segunda-feira, 20 de maio de 2024

Emissão de mandados de captura para Netanyahu e líder do Hamas é "inútil"... As declarações são do porta-voz do primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak.

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Por Notícias ao Minuto   20/05/24
Um porta-voz do primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, disse que a decisão do procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI) Kharim Khan de apelar à emissão de mandados de captura para líderes de Israel e do Hamas é "inútil".

"Esta ação é inútil em relação a uma pausa nos combates, à retirada de reféns ou à entrada de ajuda humanitária", disse o porta-voz, citado pela BBC.

Recorde-se que Kharim Khan pediu a emissão de mandados de captura para o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu e para o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, bem como para o líder do Hamas em Gaza, Yahya Sinwar, o comandante das Brigadas Al-Qassam, Mohammed Al-Masri, e o chefe do gabinete político do Hamas, Ismail Haniyeh.

Um outro porta-voz do governo britânico disse, anteriormente, que Londres rejeita que o TPI tenha "jurisdição neste caso".

"O Reino Unido ainda não reconheceu a Palestina como um Estado, e Israel não é um Estado Parte no Estatuto de Roma [TPI]", acrescentou essa fonte, citada pela mesma cadeia televisiva.

Khan disse ter "motivos razoáveis para acreditar" que Netanyahu e Gallant "têm responsabilidade criminal por crimes de guerra e crimes contra a humanidade" cometidos em Gaza.

Os dois políticos israelitas são suspeitos de causar a fome de civis como método de guerra, de causar intencionalmente grande sofrimento ou ferimentos graves em pessoas e de homicídio voluntário.

São igualmente suspeitos de dirigir intencionalmente ataques contra uma população civil, de extermínio e assassínio, incluindo no contexto de mortes causadas pela fome, de perseguição e outros atos desumanos.

"Os crimes contra a humanidade imputados foram cometidos no âmbito de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil palestiniana, em conformidade com a política do Estado [de Israel]. Estes crimes, na nossa avaliação, continuam até hoje", afirmou.

As provas recolhidas mostram que Israel "privou intencional e sistematicamente" a população civil de Gaza de bens indispensáveis à sobrevivência humana, através da "imposição de um cerco total" ao enclave.

Tais medidas "foram acompanhadas de outros ataques a civis, incluindo os que faziam fila para obter alimentos, da obstrução à entrega de ajuda por parte das agências humanitárias e de ataques e assassínios de trabalhadores humanitários", segundo o TPI.

O tribunal considerou que os crimes imputados aos políticos israelitas visavam eliminar o Hamas, assegurar o regresso dos reféns e "punir coletivamente a população civil de Gaza, que era vista como uma ameaça a Israel".

Disse que os efeitos da utilização da fome como método de guerra, juntamente com outros ataques e castigos coletivos contra a população civil de Gaza, "são graves, visíveis e amplamente conhecidos".

"Incluem desnutrição, desidratação, sofrimento profundo e um número crescente de mortes entre a população palestiniana, incluindo bebés, outras crianças e mulheres", disse o TPI.

O tribunal referiu que "Israel, como todos os Estados, tem o direito de tomar medidas" para se defender, mas lembrou que esse direito não o isenta da obrigação de cumprir o direito internacional humanitário.

"Independentemente de quaisquer objetivos militares que possam ter, os meios que Israel escolheu para os alcançar em Gaza (...) são criminosos", acusou.

Os chefes do Hamas e das Brigadas Al-Qassam, braço armado do grupo extremista palestiniano que atacou Israel em 07 de outubro de 2023, são também suspeitos de crimes de guerra e crimes contra a humanidade.

O TPI cita os crimes de extermínio, homicídio, tomada de reféns, violação e outros atos de violência sexual, tratamento cruel, ultrajes à dignidade pessoal e outros atos desumanos, no contexto de cativeiro.

"Os crimes contra a humanidade imputados fizeram parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil de Israel pelo Hamas e outros grupos armados (...). Alguns desses crimes, em nossa opinião, continuam até hoje", referiu.

O TPI disse ter "motivos razoáveis para crer" que Sinwar, Al-Masri e Haniyeh "são criminalmente responsáveis pelo assassínio de centenas de civis israelitas" no ataque de 07 de outubro, e pela tomada de pelo menos 245 reféns.

Durante "visitas pessoais aos reféns pouco depois do seu rapto, reconheceram a responsabilidade por esses crimes", afirmou.

Os investigadores consideraram que os crimes de que são suspeitos Sinwar, Al-Masri e Haniyeh "não poderiam ter sido cometidos sem as suas ações", pelo que são acusados como coautores e como líderes.

"Se não demonstrarmos a nossa vontade de aplicar a lei de forma equitativa, se esta for vista como sendo aplicada de forma seletiva, estaremos a criar as condições para o seu colapso", disse o TPI.

Os crimes que motivaram os mandados de detenção "foram cometidos no contexto de um conflito armado internacional entre Israel e a Palestina e de um conflito armado não internacional entre Israel e o Hamas que decorreu em paralelo".


Leia Também: O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, considerou "escandaloso" o pedido de emissão de mandados de captura para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e para outros líderes do país, por parte do procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI), Kharim Khan.   


Leia Também: O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, acusou hoje o procurador-geral do Tribunal Penal Internacional (TPI) de "completa distorção da realidade", por equiparar forças israelitas aos "monstros do Hamas" ao pedir para ambos a emissão de mandados de captura.    


Leia Também: TPI pede captura de Netanyahu. UE vai impor "sanções a Israel?"  

Cabo Verde: Vistos para Portugal? Denúncias ajudam em investigação, diz PGR

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Por Lusa  20/05/24
O Procurador-Geral da República de Cabo Verde, Luís Landim, disse hoje à Lusa que há denúncias que estão a ajudar a concluir a investigação a redes que cobram por serviços de facilitação de vistos para Portugal.

"Há denúncias que dão alguns dados bastante importantes para a conclusão da investigação", disse, sem conseguir "precisar uma data" para o termo.

A população "tem colaborado nessa questão dos vistos" para se averiguarem os casos e perceber "se há ou não crime", disse, sobre o processo aberto pelo Ministério Público e entregue à Polícia Judiciária.

"Estamos nesse trabalho para ver o que se pode apurar e chegar a conclusões. Estamos a aproximar-nos cada vez mais do bom ritmo das investigações, as coisas estão a andar bem", referiu, sem adiantar detalhes que possam prejudicar as averiguações.

O Ministério Público cabo-verdiano disponibiliza contactos para denúncias, anónimas, se necessário, no seu portal na Internet e Luís Landim classificou esta colaboração como fundamental.

No tema dos vistos, como noutros, "é necessária a colaboração da sociedade, senão, as coisas não andam: as pessoas que investigam não são adivinhos", referiu.

Uma das investigações em curso no Ministério Público diz respeito ao açambarcamento de vagas para agendamento de vistos para Portugal, por parte de empresas que depois cobram valores diferenciados para prestar esse serviço, que, se for tratado nos balcões públicos criados para o efeito, é gratuito.

No último ano, numa ronda por algumas dessas firmas na Praia, capital do arquipélago, a Lusa constatou que cobravam entre mil e 20 mil escudos (nove e 181 euros) por processo, podendo o valor aumentar em caso de prestação de outros serviços.

Na altura, o ministro das Comunidades de Cabo Verde, Jorge Santos, classificou como "traficantes" as empresas e particulares que açambarcam vagas para agendamento de vistos para Portugal e disse que estas devem ser punidas.

O Governo português anunciou este mês que se prepara para introduzir mudanças nos requisitos para atribuição de vistos para cidadãos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), voltando a ser necessário um comprovativo de meios de subsistência até arranjarem trabalho.

Leia Também: Embaixador brasileiro em Angola nega corrupção ligada a vistos   

Kuma;... Abos di PAIGC, kuta partilha e comenta koba mal di Belmiro ku Vasco, bo djudan partilha então é vídeo...

O Presidente da República General Umaro Sissoco Embalo, endereçou uma mensagem de condolências pela morte do Presidente do Irão, Ebrahim Raisi, expressando a sua solidariedade para com o povo irmão Iraniano, por este trágico acidente.

  Presidência da República da Guiné-Bissau

O Presidente da República recebeu em audiência os Chefes de Estados da CPLP, à margem da 25ª reunião de Chefes de Estado-Maior General das Forças Armadas dos Estados-Membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

Conselho Nacional da Juventude CNJ, reage sobre caso de naufrágio e da detenção dos manifestantes da FP

 Radio TV Bantaba

Guiné-Bissau: Atelie Nacional Sobre o Funcionamento do Observatorio do Analise e Segmento do Territorio Communitario (ORASTEC - UEMOA)






Fotos/videos by Tuti Vitoria Iyere / CANAL FALADEPAPAGAIO

Comunicado à Imprensa do Movimento sobre as perseguições e detenções





Alaje Jose Saico Balde papia ba dja...

RDCongo. União Africana condena "firmemente" tentativa de golpe de Estado

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Por Lusa  20/05/24
O presidente da União Africana (UA) condenou "firmemente" a "tentativa de golpe de Estado" na madrugada de domingo na República Democrática do Congo (RDCongo) e saudou "o controlo da situação anunciado pelas forças de defesa e segurança" do país.

Numa mensagem divulgada no final do dia de domingo pela UA, Moussa Faki Mahamat aproveitou para condenar "qualquer uso da força para alterar a ordem constitucional em qualquer Estado africano, seja ele qual for", depois de ter "seguido com grande preocupação" os assaltos às residências do Presidente e do vice-primeiro-ministro congoleses.

Mahamat também aplaudiu o facto de os dirigentes das instituições estarem "sãos e salvos".

Várias dezenas de homens congoleses e estrangeiros, uniformizados e armados, falharam na madrugada de domingo a sua tentativa de golpe de Estado para depor o Presidente, Félix Tshisekedi, e instaurar um "novo Zaire", inspirado no regime ditatorial de Mobutu Sese Seco, no final do século passado.

Num comunicado em que denuncia o atentado, o Governo da RDCongo afirma que os atacantes eram de "várias nacionalidades", liderados pelo líder da diáspora congolesa, Christian Malanga, que foi morto no ataque.

O porta-voz das Forças Armadas da República Democrática do Congo (FARDC), Sylvain Ekenge, que afirmou numa breve mensagem na televisão pública, na manhã de domingo, ter "cortado pela raiz" a "tentativa de golpe de Estado", disse que os atacantes - todos mortos ou detidos - eram tanto congoleses como estrangeiros, embora sem especificar quaisquer outras nacionalidades.

No entanto, a embaixadora dos Estados Unidos na RDCongo, Lucy Tamlyn, disse estar "muito preocupada" com o alegado envolvimento de cidadãos norte-americanos e garantiu na sua conta na rede social X que o seu país iria cooperar com as autoridades congolesas na investigação.

Nas primeiras horas da manhã, Malanga publicou vários vídeos na rede social Facebook que mostravam um grupo de homens armados em uniforme militar, incluindo o seu filho Marcel Malanga, de 22 anos, no átrio e nos jardins do Palácio da Nação, a residência de Tshisekedi.

"Desfrutem da libertação do nosso novo Zaire", gritava Malanga em inglês, enquanto os seus apoiantes queimavam bandeiras da RDCongo, país vizinho de Angola.

Por volta das 04:30 locais (mesma hora em Lisboa), homens armados invadiram também a residência do vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Vital Kamerhe, num assalto em que ele e a sua família saíram ilesos, mas que fez pelo menos três mortos: Dois polícias encarregados da segurança do político e um dos atacantes.

A segurança foi reforçada no bairro de La Gombe, em Kinshasa, onde se situam as duas residências e algumas das principais sedes governamentais e diplomáticas da RDCongo.

Christian Malanga, que se intitulava comandante e usava frequentemente um uniforme militar, era bem conhecido nos círculos da diáspora congolesa nos Estados Unidos pelos seus discursos contra o Governo de Tshisekedi, que descrevia como um "regime ditatorial".

Dirigiu o movimento Novo Zaire e o Partido dos Congoleses Unidos (PCU), que agrupa congoleses residentes em todo o mundo, e chegou a declarar a sua intenção de se candidatar à Presidência da República.

Nascido em 1983 na então República do Zaire, Malanga viveu na África do Sul e na atual Essuatíni (antiga Suazilândia), antes de se estabelecer em Salt Lake City (Utah, Estados Unidos), após o seu pai ter sido exilado da RDCongo, em 1990.

Em fotos publicadas nas redes sociais, pode ser visto com o popular líder da oposição Martin Fayulu, que muitos consideram o legítimo vencedor das eleições de 2018, após as quais Tshisekedi chegou ao poder.

Leia Também: ONU condena com "veemência" tentativa de golpe de Estado na RDCongo  

Movimento para Alternância Democrática - MADEM G15 - COMUNICADO!

 Movimento para Alternância Democrática - MADEM G15

À busca de uma Guiné-Bissau Melhor!

 

Hoje, 19 de Maio de 2024 fomos dar passeio até à avenida 3 de Agosto para observar e avaliar as situações de re/construção da mesma. Contra ventos e marés, estamos a tentar dar o nosso máximo, para com o Bem desta nossa Pátria.

Bissau acolhe 25ª Reunião dos Chefes de Estado-Maior General das Forças Armadas da CPLP, de 20 a 21 de Maio de 2024

  Radio Voz Do Povo

Longevidade. Quatro dicas para viver muitos (e bons) anos... Um médico especializado em saúde cerebral explica os aspetos que deve ter em conta.

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Por  Notícias ao Minuto  20/05/24

O 'segredo' para a longevidade é o que muitos sonham. Um médico norueguês, especializado em saúde cerebral, revelou algumas dicas chave que podem fazer a diferença.

Em declarações ao 'website' ABC Startsiden, Ole Petter Hjelle revelou que a prática de exercício físico, a alimentação saudável e o sono são fundamentais.

"Uma das coisas que talvez não falemos tanto é a importância do exercício e da atividade física para a saúde. O mesmo vale para a alimentação saudável, mas o que não falamos tanto é sobre o sono", revelou.

Refere que grande parte das pessoas apresenta uma deficiência de sono ao dormir apenas uma média de seis horas e meia.

Outro aspeto que revela ser fundamental para uma vida mais longa é a convivência social. "As boas relações sociais, na verdade, superam tudo o resto e o importante não é tanto a quantidade de relações que se tem, mas sim a sua qualidade", continua.

Leia Também: O 'truque' para um cérebro saudável passa pelo consumo deste nutriente   

Irão: Recuperado corpo de Raisi e restantes vítimas no Irão. Operação concluída

© Sakineh Salimi/Borna News/Aksonline ATPImages/Getty Images
Por Lusa  20/05/24 
As equipas de socorro iranianas recuperaram hoje os restos mortais do Presidente, Ebrahim Raissi, e dos outros oito passageiros que seguiam no helicóptero que se despenhou no domingo no noroeste do Irão, anunciou o Crescente Vermelho.

"Estamos a transportar os corpos dos mártires para Tabriz", a principal cidade do noroeste do país, disse o chefe do Crescente Vermelho, Pirhossein Koulivand, à televisão estatal, anunciando o fim das operações de busca.

Poucas horas antes, o Governo iraniano confirmava a morte do Presidente Ebrahim Raissi, acrescentando que o desastre não vai causar "qualquer perturbação na administração" do Irão.

"O Presidente do povo iraniano, trabalhador e incansável, (...) sacrificou a sua vida pela nação", disse o executivo de Teerão, num comunicado após a primeira reunião desde o acidente.

O helicóptero que transportava Raisi e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Hossein Amir-Abdollahian, despenhou-se na zona de Kalibar.

O acidente ocorreu domingo, quando a comitiva regressava da zona de fronteira com o Azerbaijão, onde Raisi inaugurou uma barragem em que participou o homólogo azeri, Ilham Aliyev.

Leia Também: Após morte do Presidente, o que se segue no Irão?  

Polícia da Guiné-Bissau liberta 61 detidos por protesto contra regime

Por Lusa   20/05/24 
A polícia da Guiné-Bissau libertou hoje 61 ativistas detidos por se manifestarem em vários pontos do país contra o regime, constatou a Lusa quando vinham a sair das celas da 2ª Esquadra em Bissau.


"Fomos mandados sair das celas e ir para as nossas casas, mas nove dos nossos ficaram lá", referiu um dos detidos no sábado.

Na sua maioria jovens, todos vinham com sacolas nas mãos, onde tinham alguns pertences, nomeadamente tigelas que os familiares usavam para lhes enviar comida.

Perfilados diante da 2ª Esquadra da capital, os ativistas debatiam como iam chegar às respetivas casas já que os familiares não tinham sido avisados sobre a possibilidade de serem libertados.

"Mandaram-nos ir embora dali, mas para voltarmos às 10:00 de segunda-feira [11:00 em Lisoboa] para virmos buscar os nossos telemóveis", relatou uma jovem.

Questionados sobre quem ficou nas celas, os jovens apontaram para Armando Lona "e outros" considerados pela polícia como os cabecilhas da Frente Popular, plataforma que junta associações juvenis, sindicatos e organizações de mulheres, e que promoveu as manifestações de sábado.

Os ativistas confirmaram que a polícia apenas ordenou que saíssem das celas em cumprimento de "ordens superiores", sem revelar quem deu essas ordens.

Os jovens prometeram que nos próximos dias vão continuar a luta, "primeiro pela libertação incondicional" de todos os detidos e "depois pela denúncia" do que se passou durante a sua detenção na 2ª Esquadra.

A Frente Popular, liderada pelo jornalista e ativista político Fernando Lona, promoveu no sábado um pouco por toda a Guiné-Bissau e nalgumas comunidades guineenses na diáspora uma manifestação para denunciar o regime em vigor no país.

Com o lema "contra violência e destruição da democracia ", a Frente Popular convocou uma "mega manifestação pacífica" para "resgatar a democracia" na Guiné-Bissau.

Os promotores consideram que o país está a viver "num contexto absolutista" com o regime do Presidente Umaro Sissoco Embaló, que dissolveu o parlamento e o governo da maioria PAI- Terra Ranka e nomeou um Governo de iniciativa presidencial.

A manifestação de sábado foi reprimida pelas forças policiais, que foram dispersando qualquer aglomeração de pessoas desde as primeiras horas do dia.


Veja Também: A Frente Popular exige a libertação incondicional dos ativistas socias e os membros detido, ontem.

domingo, 19 de maio de 2024

Paradeiro do presidente do Irão ainda incerto. O que acontece se morrer?

© ATTA KENARE/AFP via Getty Images
Por Lusa  19/05/24 

O Presidente iraniano continua desaparecido horas depois da queda do seu helicóptero no noroeste do Irãoqueda do seu helicóptero no noroeste do Irão, o que está a suscitar preocupação sobre o futuro político do país e incertezas sobre quem o substituirá em caso de morte.

"Em caso de morte, destituição, demissão, ausência ou doença por um período superior a dois meses do Presidente da República, o Primeiro Vice-Presidente da República assume o cargo", segundo o artigo 131.º da Constituição da República Islâmica do Irão, citado pelas agências internacionais, horas depois do incidente que envolveu Ebrahim Raisi.

Esta alteração deverá ter o "consentimento do Líder Supremo" do país, o 'ayatollah' Ali Khamenei, que já apelou hoje aos iranianos para "não se preocuparem" enquanto prosseguem as buscas.

"O povo do Irão não deve preocupar-se, não haverá interrupção das funções do país", disse Khamenei numa reunião com as famílias dos membros da Guarda Revolucionária em Teerão, segundo a agência de notícias IRNA.

O atual primeiro vice-presidente do Irão é Mohammad Mokhber, de 68 anos, que está no cargo desde 2021 e anteriormente liderou o poderoso conglomerado "Execução da Ordem do Imã Khomeini" (EIKO). Por estas funções é alvo de sanções pelos Estados Unidos desde 2021.

Em caso de morte do primeiro vice-presidente ou de outras circunstâncias que o impeçam de exercer as suas funções, bem como no caso de o Presidente falecido não ter um primeiro vice-presidente, o líder supremo nomeia outra pessoa.

O Presidente Raisi permanece desaparecido, assim como o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Hossein Amir-Abdollahian, depois de o seu helicóptero se ter despenhado na zona de Kalibar e Warzghan, na província do Azerbaijão Oriental, no noroeste do país.

O acidente deu-se quando a comitiva regressava da fronteira com o Azerbaijão, onde Raisi inaugurou uma barragem com o seu homólogo azeri, Ilham Aliyev.

O Exército iraniano indicou na última hora ter localizado a posição "exata" do helicóptero em que viajava o Presidente iraniano, Ebrahim Raisi, graças a um sinal da aeronave e a outro do telemóvel de um dos tripulantes.

No terreno estão pelo menos 65 equipas de salvamento em operações de busca que estão a ser dificultadas devido ao denso nevoeiro e às fortes chuvas.

A Arábia Saudita, o Iraque, o Azerbaijão e a Rússia ofereceram ajuda a Teerão, enquanto o Presidente norte-americano, Joe Biden, foi informado sobre o incidente, segundo a Casa Branca, que não adiantou mais detalhes.

A Turquia já enviou 32 equipas de salvamento e seis veículos e a União Europeia ativou o serviço cartográfico de resposta rápida Copernicus a pedido do Irão.

Ebrahim Raisi, de 63 anos, um clérigo religioso de linha dura, foi eleito Presidente do Irão em 2021, numa eleição presidencial com a participação mais baixa da história da República Islâmica.

A sua liderança tem protagonizado uma intensificação da repressão contra ativistas, mulheres e críticos do regime.

Leia Também: O Exército iraniano indicou hoje ter localizado a posição "exata" do helicóptero em que viajava o Presidente iraniano, Ebrahim Raisi, graças a um sinal da aeronave e a outro do telemóvel de um dos tripulantes.  

 

Leia Também: O líder supremo do Irão, o 'ayatollah' Ali Khamenei, apelou hoje aos iranianos para "não se preocuparem" quando prosseguem as buscas do helicóptero do Presidente iraniano, Ebrahim Raisi, que se despenhou no noroeste do país.  

 

Leia Também: Presidente do Irão continua desaparecido após "acidente". O que se sabe   

 

Leia Também: Erdogan "triste" e Biden informado. As reações à queda de 'héli' no Irão    

O Presidente Interino do Partido da Renovação Social, Fernando Dias, promete convocar para breve o Conselho Nacional do partido, para marcação da data do congresso ordinário dos renovadores.

 Rádio Capital Fm    19.05.2024

ONU condena com "veemência" tentativa de golpe de Estado na RDCongo

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Por Lusa  19/05/24 

A chefe da missão de manutenção da paz da ONU na República Democrática do Congo condenou "com toda a veemência" o ataque de hoje às residências do Presidente e vice-primeiro-ministro congoleses, numa tentativa de golpe de Estado.

"[Bintou] Keita está a acompanhar de perto a evolução da situação e está à disposição das autoridades congolesas para lhes prestar todo o apoio no âmbito do seu mandato", declarou a Missão da ONU na República Democrática do Congo na sua conta da rede social X (antigo Twitter).

Às primeiras horas de hoje dezenas de atacantes invadiram as residências do Presidente, Felix Tshisekedi, e do vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Vital Kamerhe, numa tentativa de golpe de Estado, rapidamente travada pelo exército congolês.

A tentativa de golpe de Estado foi liderada pelo ativista da diáspora congolesa nos Estados Unidos, Christian Malanga, morto pelas Forças Armadas da República Democrática do Congo (RDC) depois de invadir o Palácio da Nação, a residência presidencial.

Malanga tinha publicado vários vídeos na sua página da rede social Facebook que mostravam um grupo de homens armados em uniforme militar no átrio e nos jardins do palácio.

"Desfrutem da libertação do nosso novo Zaire", gritou Malanga em inglês, enquanto os atacantes queimavam bandeiras da RDCongo e carregavam bandeiras do Zaire, o antigo nome da RDCongo durante a ditadura de Mobutu Sese Seko.

Os atacantes afirmaram ser da diáspora e estar a lutar para expulsar Tshisekedi do poder, segundo a imprensa local.

Por volta das 04:30 (03:30 de Lisboa), homens armados invadiram também a residência de Kamerhe, causando pelo menos três mortos, entre os quais dois polícias encarregados da segurança do político e um dos atacantes.

A segurança foi reforçada no bairro de La Gombe, em Kinshasa, onde se situam as duas casas e algumas das principais sedes governamentais e diplomáticas do país.

A embaixadora norte-americana na RDCongo, Lucy Tamlyn, condenou o ataque e manifestou-se "muito preocupada" com o alegado envolvimento de cidadãos dos EUA.

O porta-voz das forças armadas, Sylvain Ekenge, afirmou à televisão pública ter "cortado pela raiz" a "tentativa de golpe", depois de ter sugerido que os atacantes eram congoleses e estrangeiros, mas sem dar pormenores.

Christian Malanga, que se intitulava comandante e usava frequentemente um uniforme militar, era bem conhecido nos círculos da diáspora congolesa nos EUA pelos seus discursos contra o poder.

Malanga liderou o movimento Novo Zaire e o Partido dos Congoleses Unidos, tendo declarado a intenção de se candidatar à Presidência da República.

Nascido em 1983 na então República do Zaire, Malanga cresceu na comuna de Ngaba, em Kinshasa, e viveu na África do Sul e na Suazilândia antes de se estabelecer nos Estados Unidos.

Leia Também: Número de mortos em ataque rebelde no nordeste da RDCongo sobe para 18