quarta-feira, 29 de março de 2023

Líder do Wagner prepara-se para presidência russa? Há quem pense que sim

© Mikhail Svetlov/Getty Images

Notícias ao Minuto  29/03/23 

Para os analistas, uma recente entrevista de Prigozhin sugere uma de duas coisas: ou o empresário está a "parodiar o estilo 'cinematográfico' de Putin", numa "campanha que procura gozar com o Kremlin", ou "traça paralelos táticos entre Prigozhin e o gabinete da presidência russa".

O fundador do grupo de mercenários Wagner, Yevgeny Prigozhin, pode estar a usar a sua influência na 'media" russa para se apresentar como candidato às eleições presidências de 2024 na Rússia, de acordo com o Instituto norte-americano para o Estudo da Guerra (ISW, na sigla em inglês).

De acordo com o ISW, a agência de notícias de  Prigozhin - a Agência Federal de Notícias - publicou, a 14 de março, uma entrevista com o próprio, que conta também com jornalistas russos do Russia Today e RIA, que tem um "formato único".

Segundo o ISW, durante a entrevista "Prigozhin parecia imitar a maneira como o presidente russo, Vladimir Putin, filma as suas reuniões públicas coreografadas, seja para fazer troça de Putin silenciosamente ou para sugerir subtilmente que Prigozhin se poderia tornar presidente russo como Putin".

"A coreografia e a encenação da entrevista de Prigozhin colocam-no no enquadramento da câmara na mesa", em "frente ao seu público", "da mesma forma" que são filmadas as reuniões de Putin. Este é um estilo de filmagem "incomum" para o líder do grupo Wagner, que, geralmente, opta por se "filmar a si próprio".

"Prigozhin também usou esta entrevista para reiterar os seus argumentos anteriores sobre a necessidade de incutir uma ideologia de linha dura nos combatentes russos e insinuar que o Ministério da Defesa russo está deliberadamente a privar o Grupo Wagner de munição de artilharia", acrescenta o Instituto.

Desta forma, o Instituto acha que esta entrevista tem um de dois objetivos: ou serve para "parodiar o estilo 'cinematográfico' de Putin", numa "campanha que procura gozar com o Kremlin" ou "traça paralelos táticos entre Prigozhin e o gabinete da presidência russa".

O ISW lembra que Prigozhin já havia insinuado que poderia substituir Putin, quando a 11 de março anunciou que concorreria à presidência da Ucrânia em 2024 - "uma declaração que um proeminente estudioso russo ligado ao Kremlin argumentou que promoveu implicitamente uma narrativa de que Prigozhin concorreria às eleições presidenciais da Rússia, que também estão marcadas para 2024".

Note-se que, em janeiro, o empresário já tinha atacado diretamente a administração de Putin, ao referir que alguns dos seus funcionários querem que Moscovo perca a guerra. 

"O comportamento recente de Prigozhin – independentemente de sua intenção – está a avançar uma narrativa entre a sociedade russa de que este tem maiores aspirações políticas" no país, nota o Instituto. 


Leia Também: As revelações de Peskov em privado: Guerra vai durar "muito, muito tempo"

ARMAS NUCLEARES: EUA e Federação Russa acabam com partilha semestral de informação nuclear

© Wikimedia Commons

POR LUSA   29/03/23 

Os EUA e a Federação Russa acabaram com a rotina semestral de partilhar informação sobre as suas armas nucleares, como estipulado no Tratado Novo START, o último pacto de controlo de armas entre aqueles Estados.

A informação foi avançada na terça-feira por dirigentes dos EUA.

Responsáveis do governo do presidente Joe Biden na Casa Branca, no Pentágono e no Departamento de Estado disseram que os EUA se tinham disposto a continuar a fornecer esta informação à Federação Russa, mesmo depois de o presidente russo, Vladimir Putin, ter suspendido a participação no tratado, no mês passado, mas Moscovo informou Washington que deixaria de partilhar informação.

"Devido ao não cumprimento pela Federação Russa das obrigações decorrentes do tratado, os EUA também não vão fornecer a sua informação semestral à Federação Russa, de forma a encorajar a Federação Russa a regressar ao cumprimento do tratado", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Vedant Patel, a jornalistas.

A Casa Branca, que tem acusado o Kremlin de violações múltiplas do tratado, disse que a recusa russa de cumprir o estipulado é "legalmente inválida" e que a decisão de reter a informação nuclear é outra violação.

Apesar de ter sido prolongado pouco depois de Joe Biden tomar posse, em janeiro de 2021, o Novo START tem estado sujeito a severos testes desde o início da invasão da Ucrânia pela Federação Russa e passou para suporte de vida há mais de um mês, desde que Putin anunciou que iria deixar de cumprir com o estipulado.

O tratado, que os presidentes de então - Barack Obama e Dmitry Medvedev -- assinaram em 2010, limita cada Estado a um máximo de 1.550 ogivas nucleares e 700 bombardeiros. O acordo contempla ainda inspeções extensas às instalações nucleares para verificar o cumprimento do acordado.

Desde 2020, contudo, que as inspeções não se têm realizado, devido à pandemia do novo coronavírus.

As discussões para o seu reinício deveriam ter começado em novembro de 2022, mas a Federação Russa cancelou-as, argumentando com o apoio dos EUA à Ucrânia.

Em fevereiro, Moscovo suspendeu formalmente a sua participação no tratado.


Leia Também: EUA sem "indicações" de que Putin irá usar armas nucleares táticas

ONU discutirá destacamento de armas nucleares russas na Bielorrússia

© Reuters

POR LUSA   29/03/23 

O Conselho de Segurança da ONU discutirá esta sexta-feira o anúncio da Rússia de um acordo para implantar armas nucleares táticas na Bielorrússia, depois de a Ucrânia ter exigido uma reunião urgente sobre o assunto.

A sessão foi incorporada esta terça-feira à programação do Conselho de Segurança e ocorrerá no último dia de março, pouco antes de a Rússia assumir a presidência rotativa do órgão mais importante das Nações Unidas.

O Presidente russo, Vladimir Putin, anunciou o acordo com a Bielorrússia, um país que faz fronteira com a Ucrânia, no sábado, um movimento que disse ser uma reação à decisão do Reino Unido de fornecer ao Exército ucraniano munição de urânio empobrecido.

O líder russo reconheceu que a munição britânica não é considerada uma arma de destruição em massa, mas é uma arma "mais perigosa".

Putin enfatizou também que o acordo com o seu aliado não viola os tratados de desarmamento existentes e que em 01 de julho será concluída a construção de um silo para colocar essas armas no país vizinho.

Em resposta, o Governo ucraniano escreveu às Nações Unidas no domingo a solicitar com urgência a realização de uma reunião sobre o anúncio do Kremlin e solicitou a participação do secretário-geral da organização, António Guterres.

O anúncio de Putin provocou críticas severas do Ocidente, com a NATO (sigla inglesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte) a denunciar uma "retórica perigosa e irresponsável da Rússia".

A União Europeia (UE) ameaçou a Bielorrússia com novas sanções se aceitasse acolher as armas nucleares russas.

Os Estados Unidos também condenaram a medida, mas reiteraram que não tinham motivos para acreditar que a Rússia se preparava para utilizar armas nucleares.

Já a Bielorrússia referiu esta terça-feira que aceitou acolher armas nucleares táticas russas em resposta a uma pressão ocidental sem precedentes.

No comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Bielorrússia realçou ainda que Minsk não terá controlo sobre as armas nucleares russas.

Defendeu ainda que a transferência destas não contradiz as disposições do tratado de não-proliferação nuclear.

Embora a Bielorrússia não esteja diretamente envolvida no conflito na Ucrânia, Moscovo utilizou o seu território para conduzir a sua ofensiva em Kiev, iniciada em 24 de fevereiro de 2022.

Liderado por Alexander Lukashenko desde 1994, o país vizinho da UE está ligado a Moscovo por um tratado que criou a União da Federação Russa e da Bielorrússia.

O tratado, que atualizou um acordo de 1997, foi assinado por Putin e Lukashenko em 08 de dezembro de 1999.

Putin e outros dirigentes russos têm repetidamente feito ameaças veladas de utilização de armas nucleares na Ucrânia, caso o conflito se agrave significativamente.

As armas nucleares táticas podem ter mais do triplo da potência da bomba atómica lançada pelos Estados Unidos na cidade japonesa de Hiroshima em 1945.

A Rússia tem capacidade para lançar este tipo de armas a partir de navios, aviões e forças terrestres, com um alcance de até 500 quilómetros.

Este armamento é considerado mais destrutivo do que uma ogiva convencional, embora tenha a mesma energia explosiva, e causa contaminação por radiação que afeta o ar, o solo, a água e a cadeia alimentar.


NATO. Suécia e Finlândia tornam-se "alvos legítimos" após adesão

© Shutterstock

POR LUSA   29/03/23

A Finlândia e a Suécia vão tornar-se "alvos legítimos" para "retaliação" russa assim que se tornem membros da NATO, alertou esta terça-feira o embaixador russo em Estocolmo, reacendendo a retórica das ameaças de Moscovo.

"Após a adesão da Finlândia e da Suécia, a extensão total das fronteiras entre a Rússia e a NATO vai quase duplicar", realçou o embaixador Viktor Tatarintsev, num texto publicado no 'site' da missão russa na Suécia.

"Se ainda parece a alguém que isso vai de alguma forma melhorar a segurança da Europa, fiquem tranquilos que os novos membros do bloco hostil se tornarão um alvo legítimo para as medidas retaliatórias russas, inclusive de natureza militar", acrescentou o diplomata, num longo texto contra a adesão destes países à Aliança Atlântica.

O alerta surge depois de Moscovo ter arrefecido nos últimos meses as ameaças contra as duas capitais nórdicas, iniciadas desde a sua decisão histórica, em maio, de se candidatarem à NATO.

As candidaturas, que viraram a página de décadas de neutralidade, são resultado direto da invasão da Ucrânia pela Rússia.

A Finlândia, que faz fronteira com a Rússia, aguarda apenas a ratificação turca prometida pelo Presidente Recep Tayyip Erdogan para ingressar na aliança.

Quanto à Suécia, a sua candidatura transformou-se um duro jogo diplomático e enfrenta atualmente o veto de Ancara, bem como o atraso da sua ratificação pela Hungria.

A Turquia acusa em especial a Suécia de ser um refúgio para "terroristas" curdos e de recusar extradições, que são, na prática, decididas pela justiça sueca, não pelo Governo.

Outro motivo de preocupação do lado sueco é que a Hungria está a usar a aprovação da adesão de Estocolmo à NATO como moeda de troca na sua batalha com a União Europeia (UE).

Milhares de milhões de fundos destinados a Budapeste estão atualmente congelados por Bruxelas, aguardando reformas para que o Estado húngaro possa melhor combater a corrupção no país.

No entanto, Estocolmo ainda espera ingressar antes da próxima cimeira da NATO em julho, em Vilnius.

A opinião pública mudou dramaticamente a favor da NATO após a invasão da Ucrânia, superando 80% de apoio na Finlândia e aproximando-se de dois terços na Suécia, de acordo com sondagens.

Mas para o embaixador russo em Estocolmo, que nasceu em Kherson, na atual Ucrânia, a Suécia "dá um passo para o abismo" ao querer ingressar na NATO.

Criticando, entre outras coisas, uma decisão "precipitada" sem referendo nacional, o diplomata apontou o risco do comando da NATO "decidir entrar totalmente no conflito".

"Nesse caso, os suecos sem dúvida serão atraídos e enviados para a morte pelos interesses de outros", sublinhou Tatarintsev.


Leia Também: Perante ameaça russa, países nórdicos querem criar força aérea unificada

Chefe do Gabinete: “POLÍCIA JUDICIÁRIA PERSEGUE BOTCHE CANDÉ”

Com  JORNAL ODEMOCRATA  28/03/2023 

O Diretor de Gabinete do Ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Braima Tcham, denunciou uma suposta perseguição ao seu ministro, Botche Candé, por parte da Polícia Judiciária (PJ), acusando esta corporação policial de investigação criminal de fazer trabalho parcial para denegrir a imagem do também líder do Partido dos Trabalhadores Guineenses (PTG).

Em conferência de imprensa, esta terça-feira, 28 de março de 2023, Braima Tcham avisou que o gabinete do ministro não vai admitir atos de “difamação, intriga e calúnia” contra a pessoa de Botche Candé, ameaçando interpor uma queixa-crime.

“Quando chegamos aqui, ministério de Agricultura, constatamos que os dois últimos ministros, Marciano Silva Barbeiro e Sandji Fati, contraíram uma dívida de mais de 700 milhões de Francos CFA à empresa SOCOVEN PROAGRE SARL, que fornecia materiais agrícolas ao ministério. Quando recebemos várias toneladas de adubo, a empresa disse-nos para fazermos um encontro de contas. Informamos a todas as instituições e fizemos tal e qual foi acordado. Demos setenta e um mil e duzentos e oitenta (71. 280) sacos de adubo a essa empresa” revelou, afirmando que se a PJ quiser investigar o caso das cinco mil toneladas de adubo doadas ao país, que interpele os dois últimos ministros, porque foram eles quem assinaram o contrato com essa empresa.

“Que a PJ deixe de nos perseguir. Somos perseguidos até aos locais onde tomamos café. Somos guineenses, não merecemos ser tratados desta forma. Não sabemos as motivações das difamações, perseguições e calúnias. Talvez haja alguém por detrás disso. Mas é bom que essas pessoas nos confrontem” insistiu Braima Tcham, denunciando que o Diretor da Agricultura para a região de Biombo terá desviado materiais agrícolas destinados à população daquela zona, o que motivou a sua exoneração, questionando as razões pelas quais o sindicato de base do ministério não falou desse assunto.

Questionado sobre o suposto envolvimento de alguns governantes no corte de madeiras no país, Braima Tcham desafiou a associação da indústria madeireira a exibir publicamente os documentos que comprovam a atribuição de licenças aos governantes que supostamente estão implicados no corte de madeira.

A associação da indústria madeireira denunciou que existiam 12 concessões industriais, mas nos últimos tempos este número subiu para 20 com “novos contratos ilegais”. Tcham refutou estas afirmações, informando que, depois de se ter realizado o concurso público para concessões industriais, apenas a 4 empresas foram dadas novos contratos.

“A empresa CUBA Lda, cujo proprietário é o atual ministro, foi concedida a licença em 2013. Portanto, não é verdade que ele favoreceu a sua empresa no concurso. Eu, enquanto diretor de gabinete, não escrevi e nem vi um contrato de concessão entre o ministro da agricultura, o primeiro ministro, o ministro da defesa e o antigo ministro do interior. Aquilo que aconteceu em 2012 jamais acontecerá aqui, enquanto Botche Candé estiver a frente deste ministério. Se a associação da indústria madeireira tiver esse documento que o apresente publicamente” desafiou, convidando os madeireiros a um debate público sobre esse assunto.

Por sua vez, o assessor de imprensa do Ministro da agricultura, Aliu Maquilo Baio, não duvida que a perseguição contra o seu ministro não é de hoje, lembrando que desde a polémica sobre o tráfico de droga que terá envolvido altos dirigentes do Ministério do Interior que as pessoas tentam envolver Botche Candé no caso, denunciando que o Ministro da Agricultura está sob “perseguição forte sem fundamentos e sem provas” da parte da polícia judiciária.

“Se quiserem investigar o contrato com a empresa SOCOVEN PROAGRE SARL, que interpelem os ex-ministros Marciano Silva Barbeiro e Sandji Fati, na qualidade de assinantes. As pessoas estão a ser instrumentalizadas, mas estamos tranquilos” concluiu.

Por: Tiago Seide

terça-feira, 28 de março de 2023

AUTORIDADES GUINEENSES INICIAM DISTRIBUIÇÃO DO ARROZ DOADO PELA CHINA

Por Notabanca; 28.03.2023

O Chefe de gabinete do Presidente da República  Califa Soares Cassamá prometeu esta, terça-feira, que a distribuição dos 21 mil sacos de arroz doados pela República Popular da China vai decorrer na maior transparência possível.

Em declarações à imprensa, após proceder à entrega de arroz aos administradores das regiões de Gabu e Bafatá,  Soares Cassamá disse que o arroz vai ser distribuído  em oitos regiões administrativas do país, incluindo o Setor Autónomo de Bissau e que  a distribuição será equitativa, ou seja, em conformidade com o número da população de cada região.

Cassamá pediu a colaboração de todos na denúncia da venda ilegal dessa remessa de arroz, no mercado ou em qualquer lugar, caso se verificar.

“ A nível das regiões, foi decidida a criação de comissões regionais de distribuição, composta pelos governadores das regiões, administradores setoriais, chefes de secções, das tabancas, autoridades tradicionais e organizações da sociedade civil, acompanhados da Polícia Judiciária e agentes de Serviço de Informação de Segurança ”, disse Califa Soares Cassamá.

Por sua vez, e em representação do embaixador da China, Li Feng disse que o donativo representa uma assistência alimentar ao povo guineense na luta contra a fome.


 Li Feng destacou na ocasião os projetos em curso com financiamento da República Popular da China, nomeadamente a construção da autoestrada aeroporto/Safim, o Porto de pesca de Alto Bandim e  a reabilitação da Assembleia Nacional Popular.

Li Feng disse que existem outras ações que diz serem “cooperações frutuosas” entre a China e Guiné-Bissau nas áreas agrícolas, saúde, infraestruturas e outras, tudo “para ajudar o povo guineense”.


Em nome dos governadores regionais Luís Olundo Mendes, Governador da Região de Caheu, dirigindo-se ao governo, Chefe de Estado e ao Conselheiro político do embaixador da China no país, declarou que essa remessa de arroz  será entregue ao seu destinatário, e que a distribuição será feita  através das comissões  criadas para o efeito na respetivas regiões e setores.

“Nenhum saco de arroz será desviado”, prometeu Olundo Mendes.

Remessas anteriores de arroz, doadas pela China e destinadas às populações mais carenciadas registaram, na distribuição, desvios de grande quantidade para proveitos pessoais.



A Ministra de Estado, dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e das Comunidades, Suzi Barbosa presidiu hoje à inauguração do Edifício, onde no passado funcionaram várias instituições do Estado nomeadamente, o Ministério dos Negócios Estrangeiros, a Primatura, o Ministério da Cultura e ainda o Museu Etnográfico, que foi totalmente reabilitado pelo Governo da China no quadro da Cooperação entre os dois países.

 Ministério dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau

O ato, decorreu na presença do Embaixador da China, das Secretárias de Estado das Comunidades, da Cooperação, do Secretário Geral, do Inspetor Geral e dos Diretores Gerais do Ministério.

O Imóvel é composto por um Salão para realização de Conferências Internacionais, e vários Gabinetes onde passarão a funcionar as estruturas do Ministério.

A Chefe da Diplomacia, agradeceu o apoio que o Governo Chinês tem dado a Guiné-Bissau e, aproveitou para anunciar para breve, o lançamento da primeira pedra para a Construção do Novo Edifício do Ministério dos Negócios Estrangeiros que vai albergar todas as estruturas que compõe o Ministério., 

De acordo com a Ministra de Estado, a recuperação do Edifício foi graças a magistratura de influência do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló.


Presidente de Imames da Guiné-Bissau considera normal às divergências dos fiéis muçulmanos em termos do mês de Ramadão.

As considerações de Aladje Tcherno Suleimane Baldé foram registadas à RTB, onde o lider religioso enalteceu a forma como os fiéis muçulmanos começaram o Ramadão este ano no mesmo dia.

Radio TV Bantaba

Kyiv exige que Rússia se retire de "cada metro quadrado" do país

© Reuters

POR LUSA  28/03/23 

O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, exigiu hoje que Moscovo retire de "cada metro quadrado" da Ucrânia, sublinhando que não poderá haver paz com a Rússia "a qualquer preço".

"Vou ser muito claro: a Rússia tem de retirar de cada metro quadrado de território ucraniano. Não pode haver qualquer mal-entendido sobre o que significa a palavra retirada", afirmou Kuleba, numa intervenção por vídeo num fórum de debate sobre "A paz na Ucrânia", realizado no âmbito da 2.ª Cimeira das Democracias do Mundo, iniciativa do Presidente norte-americano, Joe Biden, que hoje começou em Washington e nas capitais costa-riquenha, sul-coreana, zambiana e neerlandesa.

"Nesta guerra, estamos a defender o mundo democrático no seu conjunto", prosseguiu o chefe da diplomacia ucraniano, sublinhando: "Nenhum outro país quer mais a paz que a Ucrânia. Mas a paz a qualquer preço é uma ilusão".

O Departamento de Estado norte-americano tinha anunciado que seria o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a participar via vídeo neste fórum sobre a Ucrânia na 2.ª Cimeira das Democracias do Mundo, mas ele pediu desculpas por não comparecer e foi substituído pelo seu ministro dos Negócios Estrangeiros.

A China apresentou recentemente propostas para pôr fim à guerra na Ucrânia que foram recebidas com frieza pelo Ocidente, que insiste na soberania e na integridade territorial da Ucrânia.

Por sua vez, o anfitrião da reunião virtual, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, alertou para "a armadilha cínica" representada por determinadas iniciativas de paz, que não nomeou.

"Penso (...) que é necessário desconfiar do que poderá à superfície parecer um apaziguamento, mas pode revelar-se na realidade uma armadilha cínica", declarou Blinken, referindo como exemplo um eventual cessar-fogo que nada mais faria além de "congelar o conflito" e permitir à Rússia "consolidar as suas conquistas e reorganizar-se".

A ministra dos Negócios Estrangeiros francesa, Catherine Colonna, insistiu, por seu lado, em que "a justiça deve prevalecer" e frisou, a propósito, que o mandado de captura emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) para o Presidente russo, Vladimir Putin, representa "um grande passo" na luta contra a impunidade.

Colonna instou também os países europeus a cumprirem as suas obrigações nessa matéria e a entregarem o Presidente russo ao TPI, se ele entrar na União Europeia (UE), depois de a Hungria ter indicado que não entregaria Putin.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,1 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada por Putin com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que hoje entrou no seu 398.º dia, 8.401 civis mortos e 14.023 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


Leia Também: Kyiv confirma novo pacote de 2.500 milhões dólares de ajuda dos EUA

Brasil ultrapassa 700 mil mortes em três anos de Covid-19

© Lusa

POR LUSA  28/03/23 

O Brasil ultrapassou as 700 mil mortes associadas à covid-19 desde que a pandemia de coronavírus surgiu no país em 2020, informaram hoje fontes oficiais.

Os números colocam o Brasil como o país com o segundo maior número de mortes associadas à covid-19 no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos (1,1 milhões), de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).

As autoridades brasileiras comunicaram 322 mortes na última semana e o total ascende agora a 700.239 mortes relacionadas com a doença, segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), um organismo composto por funcionários de saúde dos 27 estados brasileiros.

O número de casos comunicados oficialmente é de 37,2 milhões, embora este número já não seja um indicador fiável porque os testes de autodiagnóstico estão disponíveis nas farmácias desde o ano passado.

Além disso, os doentes com doenças mais leves não são agora sequer testados.

O Brasil registou a sua primeira morte relacionada com a covid-19 em 12 de março de 2020, um ano em que morreram 195.725 pessoas no país.

O ano de 2021 foi o pior da pandemia, com 423.349 mortes. Em 2022, com a vacinação já numa fase avançada, caiu para 74.779, enquanto que em 2023, segundo a Conass, foram registadas 6.386 mortes.

A gestão da pandemia do coronavírus no Brasil foi marcada pela negação do Governo do anterior presidente brasileiro Jair Bolsonaro após perder as eleições para o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva.

Desde o início, Bolsonaro minimizou a gravidade do vírus, criticou a imposição de medidas de isolamento, rejeitou o uso de máscaras, promoveu medicamentos de eficácia duvidosa contra a covid-19 e semeou suspeitas infundadas sobre a eficácia das vacinas.

Com a chegada de Lula da Silva ao poder em 01 de Janeiro, o novo Governo apelou à população para tomarem as doses de reforço, especialmente entre as crianças, cuja taxa de vacinação permanece baixa.

Segundo dados oficiais, 80,6% dos 213 milhões de pessoas do Brasil estão totalmente imunizadas (duas doses ou doses únicas), enquanto apenas 50,5% tiveram um reforço.

Atualmente, os estados brasileiros oferecem a possibilidade de tomar a vacina bivalente da Pfizer, desenvolvida com base nas novas variantes do vírus que surgiram nos últimos três anos.


EUA sancionam primos de Bashar al-Assad por tráfico de droga

© iStock

POR LUSA  28/03/23 

Os Estados Unidos impuseram hoje sanções a dois primos do Presidente sírio Bashar al-Assad, acusados de traficarem a droga captagon, um estimulante do qual a Síria se tornou um exportador mundial.

As sanções, tomadas em conjunto com o Reino Unido, visam Samer Kamal al-Assad e Wassim Badi al-Assad, dois primos do Presidente sírio, destacou em comunicado o Departamento do Tesouro dos EUA.

O primeiro tem uma fábrica na cidade costeira de Latakia, que produziu 84 milhões de comprimidos de Captagon em 2020, explicou a mesma fonte, citada pela agência France-Presse (AFP).

"A Síria tornou-se líder mundial na produção de captagon, que é extremamente viciante, e grande parte do qual passa pelo Líbano", frisou Andrea Gacki, do Tesouro norte-americano.

O captagon, uma anfetamina retirada de uma antiga droga psicotrópica, anteriormente associada aos 'jihadistas' do grupo Estado Islâmico, gerou uma indústria ilegal de mais de 10.000 milhões de dólares (cerca de 9.230 milhões de euros) que apoia o regime do Presidente al-Assad, tornando a Síria o mais recente narcoestado do mundo.

Esta droga ilícita espalhou-se pelo Médio Oriente, onde a Arábia Saudita é o maior mercado.

Outros alvos de sanções dos EUA divulgadas hoje incluem o traficante libanês Nouh Zaiter, que é procurado pelas autoridades, e Hassan Dekko, que chefia uma rede libanesa-síria.

Estas sanções surgem num momento em que os apelos dos Estados Unidos contra a normalização das relações com o Presidente Assad são cada vez menos acolhidas por outros países.

Al-Assad estava diplomaticamente isolado desde a repressão aos protestos populares em 2011 que resultaram numa longa guerra civil.

No entanto, desde o terremoto na Síria (e na Turquia) em 06 de fevereiro, os países árabes intensificaram os seus contactos e enviaram ajuda a Damasco.

As sanções dos EUA visam congelar quaisquer ativos sob jurisdição dos EUA e impedir que entidades da lista negra acedam a mercados e serviços financeiros internacionais.


Leia Também: EUA e aliados querem transparência para combater 'dinheiro sujo'

Polícia francesa em confrontos com manifestantes em vários pontos do país

© REUTERS/Nacho Doce

 POR LUSA  28/03/23 

As forças policiais francesas entraram hoje em confrontos com manifestantes em várias cidades, enquanto centenas de milhares protestaram durante mais um dia contra a reforma das pensões do Presidente Emmanuel Macron.

A segurança foi reforçada para a 10.ª jornada de manifestações contra a revisão da lei das pensões em França, depois do Governo ter alertado que alguns manifestantes pretendiam "destruir, ferir e matar".

O Ministério do Interior estimou o número de manifestantes em todo o país em 740.000, face aos mais de um milhão que saíram às ruas cinco dias antes, em reação à decisão de Macron em aprovar o projeto de lei que eleva a idade legal de reforma em França de 62 para 64 anos sem votação no Parlamento.

A polícia de Paris contabilizou 93.000 manifestantes, em comparação com 119.000 na última quinta-feira, quando a violência atingiu o pico.

A preocupação de que a violência pudesse atrapalhar as manifestações levou ao que o ministro do Interior, Gérald Darmanin, descreveu como uma mobilização sem precedentes de 13.000 polícias, quase metade destes concentrados na capital francesa.

Um grupo de forças de segurança em Paris retirou-se para trás das portas de madeira de um prédio residencial durante confrontos de horas contra militantes ultraesquerdistas que atacavam com vários projéteis e objetos incendiários.

As manifestações começaram pacificamente na manhã de hoje, com grandes multidões em várias cidades, mas as tensões aumentaram quando as marchas terminaram em Paris, Lyon, Nantes, Bordeaux e outros lugares.

A polícia foi atingida com objetos e respondeu com gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes na cidade de Nantes, no oeste de França. No centro de Lyon, no sudeste, houve vários confrontos entre manifestantes e polícias à medida que o protesto diminuía.

O ministro do Interior disse que mais de 1.000 "radicais", alguns do exterior, poderiam participar de marchas em Paris e outras cidades.

"Eles vêm para destruir, ferir e matar polícias. Os seus objetivos nada têm a ver com a reforma das pensões. Os seus objetivos são desestabilizar as nossas instituições republicanas e trazer sangue e fogo para a França", alertou o ministro na segunda-feira.

Por outro lado, alguns manifestantes, ativistas de direitos humanos e oponentes políticos de Macron alegam que os polícias usaram força excessiva contra os manifestantes. Um órgão de supervisão da polícia está investigando várias alegações de irregularidades cometidas por agentes.

Numa tentativa de manter a pressão sobre o Governo para que este simplesmente retire a sua medida, os sindicatos que organizaram os protestos e convocaram novas greves e marchas para 06 de abril.

Num sinal de que os protestos podem estar a perder força, os trabalhadores de recolha de lixo em Paris anunciaram a suspensão da sua greve de mais de três semanas, que deixou pilhas de lixo nauseabundo não recolhido nas ruas da capital, que se tornaram um símbolo da luta.

Apesar dos novos apelos sindicais para que o Governo interrompa o seu esforço para aumentar a idade legal de reforça, Macron permanece aparentemente fiel a esta medida.

Em resultado das greves, os responsável da Torre Eiffel divulgaram que a famosa atração turística estava encerrada, enquanto o Museu do Louvre também esteve em greve na segunda-feira.

Embora se mantenha inflexível quanto à reforma, o Governo proclama o seu desejo de "apaziguamento", tendo a primeira-ministra, Élisabeth Borne, anunciado um período de três semanas de consultas com os deputados, os partidos políticos, os dirigentes locais e os parceiros sociais.

As centrais sindicais, que advertiram contra uma derrapagem descontrolada da contestação, não tencionam desistir da idade de aposentação dos trabalhadores, pedra angular das suas palavras de ordem nas manifestações que têm reunido regularmente centenas de milhares de pessoas desde janeiro, numa população de cerca de 67 milhões de pessoas.


Leia Também: Presidente do Quénia exorta a população a respeitar o Estado de direito

Oposição senegalesa desafia e mantém manifestações para 4.ª e 5.ª-feira

© Cistermúsica/Facebook

POR LUSA   28/03/23 

A oposição senegalesa anunciou hoje que mantém as manifestações convocadas para quarta e quinta-feira em Dacar, apesar de as autoridades as terem proibido.

Dacar, 28 mar 2023 (Lusa) -- A oposição senegalesa anunciou hoje que mantém as manifestações convocadas para quarta e quinta-feira em Dacar, apesar de as autoridades as terem proibido.

As manifestações foram convocadas a pretexto do julgamento na quinta-feira de um dos líderes da oposição, Ousmane Sonko.

A coligação Yewwi Askan wi (YAW, Libertemos o Povo, na língua wolof) apelou aos senegaleses para participarem numa marcha pacífica na quarta-feira à tarde em Dacar, na véspera do julgamento previsto de Ousmane Sonko, acusado pelo ministro do Turismo, Mame Mbaye Niang, alto quadro do partido presidencial, de "difamação, injúrias e falsificação".

Sonko e os seus apoiantes acusam o governo de utilizar o setor da justiça para o impedir de concorrer à Presidência em fevereiro de 2024.

Pelo contrário, partidários do Presidente da República, Macky Sall, acusam Sonko de querer paralisar o país e usar a agitação popular para escapar à justiça.

O presidente da câmara de Dacar, Mor Talla Tine, proibiu as marchas previstas para quarta e quinta-feira na capital, para o que invocou "ameaças reais à ordem pública".

Em antecipação de possíveis tumultos, a Universidade de Dacar e as escolas senegalesas anteciparam o início das férias da Páscoa para terça-feira, em vez de 01 de abril e 31 de março, respetivamente.

Também hoje, o procurador-geral da República, Ibrahima Bakhoum, anunciou que foram feitas quatro detenções, e emitidos mandados de detenção de mais 19 pessoas, alegadamente ligados a um grupo que pretendia "semear o caos e a insurreição" para "impedir" o julgamento na quinta-feira em Dacar de Ousmane Sonko.

As investigações estabeleceram "factos que põem em jogo a estabilidade do país", disse em conferência de imprensa o procurador-geral.

"A intenção (deste grupo) era realizar atos subversivos e atentar contra figuras públicas na magistratura, no aparelho de Estado, nos círculos religiosos e na imprensa", acrescentou o magistrado.

Ibrahima Bakhoum avançou que a investigação permitiu descobrir "o fabrico" por este grupo de "produtos explosivos, fumígenos e 'cocktails molotov' [engenhos explosivos de fabrico artesanal]" bem como uma viagem dos seus membros para obter armas num mercado sub-regional perto da Guiné-Conacri.


Leia Também: Justiça senegalesa deteve elementos que pretendiam criar "insurreição"

EUA defendem tribunal especial para julgar "crimes de agressão" russos

© Reuters

POR LUSA   28/03/23 

Os Estados Unidos mostraram-se hoje favoráveis à criação de um tribunal especial para julgar "crimes de agressão" da Rússia na invasão da Ucrânia, defendendo que o órgão fique "enraizado no sistema judicial ucraniano".

"Os Estados Unidos apoiam o estabelecimento de um tribunal especial para o crime de agressão contra a Ucrânia na forma de um tribunal internacional que esteja enraizado no sistema judicial ucraniano e inclua elementos internacionais", disse um porta-voz do Departamento de Estado norte-americano.

O porta-voz explicou que Washington pretende obter "apoio internacional significativo" para a criação de tal estrutura, em particular dos aliados europeus, e gostaria que o tribunal ficasse localizado num outro país da Europa.

Esta é a primeira vez que os Estados Unidos - tradicionalmente com reservas perante mecanismos de justiça internacional - se manifestam explicitamente a favor da criação de um tribunal deste tipo para julgar crimes cometidos durante a invasão russa da Ucrânia.

O anúncio ocorre dias depois de o Tribunal Penal Internacional (TPI), com sede em Haia, ter emitido um mandado de detenção para o Presidente russo, Vladimir Putin, por crimes de guerra na Ucrânia, pelo seu alegado envolvimento na deportação de crianças de territórios ucranianos ocupados para a Rússia.

Os Estados Unidos, tal como a Rússia e a Ucrânia, não subscreveram o Estatuto de Roma, o tratado que sustenta o TPI.

Por outro lado, o TPI só tem jurisdição sobre crimes de guerra e crimes contra a humanidade cometidos na Ucrânia, não o "crime de agressão" cometido pela Rússia, atribuível aos seus líderes.

Na segunda-feira, a enviada dos EUA para a Justiça Internacional, Beth Van Schaack, disse que Washington pretende que este futuro tribunal tenha fundos e funcionários internacionais.


Leia Também: Chefe da agência atómica da ONU alerta para risco de acidente nuclear

Cientistas descobrem enorme ‘oceano’ abaixo da superfície da Terra maior do que todos os mares acima

Por Mistérios do Mundo   28 de março de 2023

Imagine um vasto reservatório de água, com um volume três vezes maior que o de todos os oceanos da Terra juntos, escondido a centenas de quilômetros abaixo de nossos pés. Um reservatório tão grande que está oculto à nossa vista, aconchegado no manto terrestre. Pode parecer algo saído do campo da ficção científica, mas cientistas descobriram evidências dessa incrível fonte subterrânea de água.

Este colossal depósito de água não está localizado em vastos lagos ou rios subterrâneos, como se poderia esperar. Em vez disso, está embutido profundamente no manto da Terra, a aproximadamente 640 quilômetros abaixo da superfície.

A água está contida dentro de uma rocha azul conhecida como ‘ringwoodita’, que atua como uma esponja, aprisionando a água em sua estrutura cristalina. Essa notável estrutura molecular não é líquida, sólida ou gasosa, mas sim um quarto estado da água, firmemente presa na rocha do manto.

A descoberta foi feita por uma equipe de cientistas da Northwestern University, em Illinois, liderada pelo geofísico Steve Jacobsen. Usando sismômetros, os pesquisadores mediram as ondas produzidas por terremotos nos Estados Unidos. Eles descobriram que essas ondas não estavam limitadas à superfície da Terra, mas sim, viajando através do núcleo do planeta. Ao analisar a velocidade e a profundidade dessas ondas, os pesquisadores puderam determinar o tipo de rocha que continha a água: a ringwoodita.

Pesquisas mostraram que a ringwoodita pode conter até 1,5% de água. Se a ringwoodita subterrânea tiver apenas 1% de água em sua estrutura molecular, isso significaria que contém três vezes mais água do que todos os oceanos da superfície terrestre juntos.

Essa impressionante descoberta tem o potencial de revolucionar nossa compreensão da formação da Terra e a origem de sua água. Isso reforça a teoria de que a água da Terra surgiu de dentro, em vez de ser fornecida por asteroides e cometas.

“Acho que finalmente estamos vendo evidências de um ciclo de água de toda a Terra, que pode ajudar a explicar a enorme quantidade de água líquida na superfície de nosso planeta habitável”, disse Jacobsen. “Os cientistas têm procurado essa água profunda e oculta há décadas.”

Até agora, a presença de ringwoodita foi confirmada apenas abaixo da superfície dos Estados Unidos. Jacobsen e sua equipe estão ansiosos para determinar se essa camada notável se estende por todo o globo. Este mundo oculto de água, escondido nas profundezas do manto terrestre, oferece uma oportunidade inigualável de expandir nosso conhecimento sobre a história do nosso planeta e os processos dinâmicos que o moldaram.

Justiça senegalesa deteve elementos que pretendiam criar "insurreição"

© Getty Images

POR LUSA   28/03/23 

A justiça senegalesa anunciou hoje quatro detenções de um grupo que pretendia "semear o caos e a insurreição" para "impedir" o julgamento na quinta-feira em Dacar do político da oposição Ousmane Sonko, acusado de difamação por um ministro.

As investigações estabeleceram "factos que põem em jogo a estabilidade do país", disse em conferência de imprensa o procurador-geral, Ibrahima Bakhoum.

"A intenção (deste grupo) era realizar atos subversivos e atentar contra figuras públicas na magistratura, no aparelho de Estado, nos círculos religiosos e na imprensa", acrescentou o magistrado.

Ibrahima Bakhoum avançou que a investigação permitiu descobrir "o fabrico" por este grupo de "produtos explosivos, fumígenos e 'cocktails molotov' [engenhos explosivos de fabrico artesanal]" bem como uma viagem dos seus membros para obter armas num mercado sub-regional perto da Guiné-Conacri.

Quatro pessoas foram detidas por "associação criminosa, atos e manobras suscetíveis de perturbar a ordem pública, fogo posto" e foram emitidos mandados de detenção de mais 19, de acordo com o procurador-geral.

Um dos detidos "afirma ser do MFDC [a rebelião pró-independência da região senegalesa de Casamansa] e será o organizador de todas as manifestações violentas do Pastef [o partido de Ousmane Sonko) em Bignona", zona de forte influência do dirigente da oposição, no sul do país, onde um jovem foi morto em 20 de março durante os confrontos entre manifestantes e a polícia.

Este indivíduo "apresentou-se como a pessoa responsável pelos assuntos místicos de Sonko", referiu o procurador-geral.

Pelo menos uma outra pessoa morreu em consequência dos confrontos em Dacar em 16 de março, dia do início do julgamento de Sonko, que foi adiado para quinta-feira.

O Governo anunciou em junho de 2022 a detenção em Dacar de rebeldes de Casamansa durante uma manifestação da oposição, o que foi refutado por Ousmane Sonko.

O Senegal, conhecido como um oásis raro de estabilidade numa região conturbada como é a África Ocidental, entra numa nova semana de tensões com o reinício do julgamento por difamação contra Sonko na quinta-feira, e apelos da oposição para manifestações na quarta-feira e na quinta-feira, bem como em 03 de abril.

O presidente da câmara de Dacar, Mor Talla Tine, proibiu as marchas previstas para quarta e quinta-feira na capital, para o que invocou "ameaças reais à ordem pública".

Sonko e os seus apoiantes acusam o Governo de utilizar o setor da justiça para o impedir de concorrer à Presidência em fevereiro de 2024.

O campo presidencial acusa Sonko, também acusado num caso de alegada violação que nega, de usar a agitação popular nas ruas rua para escapar à justiça.


Declaração do Representante da comunidade Islâmica, após saída de audiência com Chefe de Estado Umaro Sissoco Embaló.

 Radio TV Bantaba

O Governo da Guiné-Bissau, inaugurou hoje (28.03) a Estação Terminal de Cabo Submarino de Suro, sector de Prabis região do Biombo.

 Radio Voz Do Povo

Presidente da República General Umaro Sissoco Embalo recebeu esta terça-feira (28.03) em audiências separadas a associação Guineense de luta contra Racismo e Tribalismo, e Comunidade Nacional da juventude islâmica

 Radio Voz Do Povo

A Confederação Nacional de Associações Estudantis da Guiné-Bissau está preocupada com falta de colocação dos professores nas escolas públicas.

 Radio TV Bantaba

Guterres: Mudanças inconstitucionais potenciam terrorismo em África

© Lusa

POR LUSA  28/03/23 

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres disse hoje que fatores como pobreza, fome, desemprego e mudanças inconstitucionais nos governos criam um "terreno fértil" para a expansão de grupos terroristas em África.

Num debate de alto nível do Conselho de Segurança da ONU para abordar formas de prevenir e combater o terrorismo, presidido pelo chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, o secretário-geral frisou que nenhuma idade, cultura, religião, nacionalidade ou região está imune ao terrorismo, mas avaliou que a situação em África é "especialmente preocupante".

"Estou profundamente preocupado com os ganhos que os grupos terroristas estão a obter no Sahel e em outros lugares. Comunidade por comunidade, eles ampliam o seu alcance. A trilha do terror está a alargar-se, com combatentes, fundos e armas fluindo cada vez mais entre as regiões e por todo o continente -- e com novas alianças sendo forjadas com o crime organizado e grupos de pirataria", alertou Guterres.

Apesar de todo esse cenário, o ex-primeiro-ministro português disse ter testemunhado uma determinação renovada dos líderes africanos para enfrentar a ameaça do terrorismo em evolução, dando como exemplo a recente Cimeira Extraordinária da União Africana sobre terrorismo e mudanças inconstitucionais de governo.

"Assim como o terrorismo separa as pessoas, enfrentá-lo pode unir os países. Vemos isso em toda a África, que abriga várias iniciativas regionais de combate ao terrorismo. De esforços conjuntos no Sahel, na bacia do Lago Chade, em Moçambique e além. As Nações Unidas estão com África para acabar com este flagelo", frisou Guterres, exortando os Estados-membros a apoiarem também esse "trabalho vital".

No seu discurso de abertura da reunião, o líder da ONU lembrou a importância de se respeitar os direitos humanos à medida que se combate o terrorismo, avaliando que essa luta nunca terá sucesso se for perpetuada a mesma negação e destruição de direitos humanos.

"As evidências mostram que os esforços antiterroristas focados apenas na segurança, e não nos direitos humanos, podem aumentar inadvertidamente a marginalização e a exclusão e piorar ainda mais a situação", advogou Guterres, comprometendo-se ainda em defender os direitos e a dignidade das vítimas e sobreviventes do terrorismo, e ajudar a "curar aqueles que foram feridos e deslocados".

Moçambique, que está prestes a terminar a sua primeira presidência mensal do Conselho de Segurança, convocou este debate com o objetivo de criar uma oportunidade para o Conselho refletir e melhorar o quadro de cooperação entre a ONU, a União Africana e as organizações sub-regionais no contexto da luta contra o terrorismo.

Na sua intervenção, Filipe Nyusi apresentou dados sobre o terrorismo no seu país, nomeadamente em Cabo Delgado, mas também no continente, indicando que o Índice Global de Terrorismo de 2022 dá conta de que África contribui com cerca de 48% das mortes relacionadas com o terrorismo.

Nesse sentido, o Presidente de Moçambique aproveitou o debate de alto nível para propor uma revisão da estratégia de contraterrorismo global, que passaria pelo estabelecimento de um fundo para fortalecer iniciativas locais, como projetos de geração de empregos para a juventude, particularmente em África e no Médio Oriente.

"Além disso, gostaríamos de propor que seja considerado um fortalecimento da cooperação entre o Conselho de Segurança e o Conselho de Paz e Segurança da União Africana e blocos regionais, a fim de impedir a propagação e consolidação do terrorismo no continente africano", apelou Nyusi.

O chefe de Estado moçambicano concluiu a sua intervenção com um apelo à comunidade internacional, para que ajude a reestruturar a dívida e facilite o acesso a financiamentos acessíveis nos países mais pobres e mais suscetíveis ao risco do terrorismo.

"Para esse fim, o sistema financeiro internacional precisa ser transformado pela reforma das instituições financeiras multilaterais", defendeu.

Também o presidente da União Africana, Azali Assoumani, marcou presença no debate na sede da ONU, em Nova Iorque, onde defendeu a necessidade de se aplicar esforços renovados e sustentáveis, a nível internacional, para dar aos países africanos um impulso coletivo em direção à paz, segurança e estabilidade.

"Um dos fatores que contribuiria para deter a expansão do terrorismo seria uma maior atenção às abordagens preventivas. Gostaria, portanto, de exortar o Conselho de Segurança da ONU a redobrar os seus esforços e a reforçar a cooperação entre a União Africana e as Nações Unidas para que a prevenção seja menos dispendiosa a longo prazo", apelou.

De acordo com Assoumani, o Plano de Ação da ONU contra o terrorismo e o extremismo violento teria um impacto muito mais sólido "se tivesse sido dotado dos recursos necessários".

O presidente da União Africana aproveitou então para pedir um financiamento mais previsível, flexível e sustentado em prol das operações de manutenção da paz da União Africana, e instou à criação de centros de combate ao terrorismo a nível regional para apoiar os esforços nacionais em termos de prevenção e combate ao terrorismo.

"Precisamos, especialmente, de garantir que atuamos de forma mais global, mais forte, de forma mais coordenada, sejamos mais inovadores e que estejamos lado a lado se quisermos erradicar este flagelo", concluiu.

"Temos de banir o TikTok imediatamente", diz deputada dos EUA... Cathy McMorris Rodgers considera que um risco para a segurança nacional do país.

© Shutterstock

Notícias ao Minuto  28/03/23 

A deputada republicana Cathy McMorris Rodgers, que preside o Comité de Energia e Comércio do Congresso, afirmou este domingo, dia 26, na CNN que o TikTok é uma “ameaça imediata” à segurança dos EUA.

“Diria que há uma ameaça imediata através do TikTok a partir do Partido Comunista Chinês. Esse é o motivo pelo qual acredito que temos de banir o TikTok imediatamente. É uma ameaça à segurança nacional”, afirmou a deputada de acordo com o Business Insider. “Uniu os republicanos e democratas no comité no que diz respeito à necessidade urgente de agirmos”.

Serve recordar que o CEO do TikTok, Shou Zi Chew, foi ouvido pelo comité presidido por Cathy McMorris Rodgers na semana passada, uma audiência que não parece ter abonado a favor da plataforma detida pela empresa ByteDance.

“O que a audiência tornou claro para mim é que o TikTok deve ser banido nos EUA de forma a lidar com a ameaça imediata e que também precisamos de uma lei nacional de privacidade de dados”, notou ainda a deputada.

PR recebe Aliança Evangelica da Guiné-Bissau acompanhado de dois pastores_AMERICANOS em audiência

 De 30 Março a 2 Abril, a Aliança da Igreja Evangélica realiza uma grande cruzada religiosa no Estádio Lino Correia. A noticia foi transmitida ao Presidente da Republica que recebe nova Bengala das mãos do Bispo.

 Radio Voz Do Povo