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segunda-feira, 20 de outubro de 2025

Choque no Senegal. Jovem é raptado e morre após mãe não pagar resgate... Cheikh Touré, guarda-redes senegalês, de 18 anos, foi enganado por um conjunto de burlões, depois de ter sido convencido de que iria fazer testes numa equipa profissional em Marrocos. Acabou assassinado no Gana.

Por LUSA 20/10/2025

Uma notícia trágica chegou-nos nos últimos dias do Senegal. Um jovem de apenas 18 anos foi assassinado a sangue frio, na passada sexta-feira, depois da mãe não ter conseguido pagar um resgate, vítima de um esquema elaborado por um grupo criminoso.

As informações reveladas nos últimos dias pela imprensa internacional são algo difusas, mas, ao que tudo indica, Cheikh Touré, uma promessa do Esprit Foot Yeumbeul, terá sido atraído por um grupo de pessoas com a promessa de testes para ingressar num clube profissional em Marrocos.

Touré viajou para Kumasi para cumprir o sonho de ser futebolista Mas o pior acabaria por acontecer e o jovem teve um final de vida trágico. Convencido de que iria viajar para Marrocos, Cheikh Touré acabou por ser raptado e levado para o Gana, onde foi sequestrado e mantido em cativeiro por um grupo de criminosos que se faziam passar por empresários de futebol.

Os raptadores começaram por exigir à mãe do jogador um resgate pelo filho. No dia em que chegou ao local, Cheikh Touré ainda enviou uma mensagem de voz à mãe a dizer que estava tudo bem e só quatro dias depois voltou a dar notícias. Nessa altura, e de novo através de um áudio, o filho enviou o pedido de resgate: 850 mil francos africanos (cerca de 1.300 euros). De acordo com o jovem, este pedido já tinha sido feito pelos supostos agentes a outros jogadores que estariam com ele e serviria para que pudesse continuar a prosseguir o seu sonho. Pediu ainda que a mãe não se preocupasse.

Sem pensar duas vezes, a mãe colocou-se em campo para tentar arranjar esse dinheiro. No dia desta segunda mensagem, a progenitora recebeu, por volta da meia-noite, uma chamada de uma pessoa do Gana a dizer-lhe que o filho tinha tido um acidente. Foi aí que percebeu que o filho tinha caído num esquema. A mãe, que já tinha pago 380 euros pela suposta viagem para Marrocos, conseguiu juntar cerca de 760 euros, valor que não chegava ao exigido pelos raptores. Haveria de receber um novo pedido de mais 228 euros.

Mais tarde, a mãe acabou por receber uma nova mensagem que trazia consigo um vídeo de Cheikh Touré morto depois de ter sido visivelmente torturado.

"Tentei perceber se era seguro para ele porque é o meu único filho. Dei-lhe dinheiro para cortar o cabelo, comprar uma roupa nova, um fato. Rezei muito por ele e pedi-lhe para ter cuidado porque ele é a coisa mais importante do mundo para mim", revelou a mãe, destroçada e lavada em lágrimas, em declarações ao canal 'People 221 TV'.

Entretanto, e através de um comunicado oficial, o Ministério da Integração Africana, dos Negócios Estrangeiros e dos Senegaleses no Exterior deixou uma nota de pesar na qual diz estar ao lado da família do jovem Cheikh Touré

"O Ministério da Integração Africana, dos Negócios Estrangeiros e dos Senegaleses no Estrangeiro tomou conhecimento, neste sábado, 18 de outubro de 2025, do falecimento ocorrido em Kumasi (República do Gana), na sexta-feira, 17 de outubro de 2025, do Sr. Cheikh Touré. As primeiras investigações conduzidas pelos serviços consulares indicam que o Sr. Touré, um jovem futebolista senegalês, teria sido vítima de uma rede de fraude e extorsão de fundos", pode ler-se no comunicado.

De acordo com as informações recolhidas pela Embaixada do Senegal em Acra, o corpo do falecido foi depositado na morgue Ebenezer de Tafo, na região de Ashanti, localizada a cerca de 250 km de Acra. As autoridades ganesas competentes foram oficialmente notificadas para conduzir uma investigação aprofundada sobre as circunstâncias exatas da morte", prossegue a mesma nota.

"Neste contexto, dois agentes da Embaixada serão enviados a Kumasi, a partir de domingo, 19 de outubro de 2025, para ajudar as autoridades locais nas diligências administrativas e judiciais, a fim de preparar, em conjunto com a família, o repatriamento do corpo para o Senegal, assim que as autorizações necessárias forem obtidas. O Ministério deseja expressar a sua profunda compaixão à família enlutada e garantir que este caso está a ser acompanhado de perto", termina o comunicado.

terça-feira, 30 de setembro de 2025

3° Aventura perigosa do DSP, desta vez, muito arriscada para ele e o PAIGC

Por: Domingos Vieira Fernandes    @Eng. Santos Pereira,  30/09/2025 

A não entrega da candidatura do PAIGC nas próximas eleições, legislação de 23.10.25,  insistindo com o pedido de legalização da coligação, constitui um grande risco para a existência política, nos próximos tempos, do PAIGC e do próprio DSP.

O porquê desta corajosa e muito arriscada decisão do DSP para praticar este ato: A não apresentação da candidatura do PAIGC se tinha tempo suficiente para o fazer no último dia para apresentação de candidatura, dia 25.09.25

Hipótese 1:

O DSP conta com militantes e simpatizantes do PAIGC que segamente vão seguir a sua narrativa sobre este ou aquele fato, sem qualquer possibilidade de refletir ou escutar outro argumento: A CULPA É SEMPRE DOS OUTROS, já à MAIS 12 ANOS NA GESTAO DO PAIGC.

Prova disso 

1° Em 2014, o Governo do PAIGC foi demitido por JOMAV, por causa do resgate aos bancos não aceite pelo FMI/BM no valor de 34 bilhões de XOF. DSP, enquanto 1° Ministro do governo autor deste ato, negou a responsabilidade e imputou o JOMAV o fato  de que é contra PAIGC

Muita gente, até agora, acredita nesta narrativa. Jomav foi alvo de muitos ataques.

2a Prova:

Resgate ou pagamento das dívidas de 6 BILHÕES aos empresários e tentativa de Golpe de Estado de 1 de Fevereiro 2024. 

DSP, enquanto Presidente da ANP, órgão cujo uma das primeiras responsabilidades é de fiscalizar o governo, foi a tribuna do parlamento, apresentando argumentos mais detalhados sobre esta operação, do que próprio ministro das finanças.

Desta vez também a narrativa do DSP é tido, até hoje, como a Verdade Absoluta. 

Neste último, foi que o USE que não queria a continuidade do PAIGC no governo e no parlamento depois de ganhar as eleições com maioria absoluta 

Se na veste do presidente de assembleia defendeu com unhas e dentes o resgate de 6 BILHÕES, imaginem a sua responsabilidade no resgate de 36 BILHÕES enquanto chefe do Governo.

Hipótese 2 

O DSP teria avaliado a atual situação da  configuração política partidária na véspera das eleições, nomeadamente com o aparecimento da coligação NO KUMPO GUINE, a destruturação de API CABAZ GARANDE, a situação pode não ser favorável nem para PAI TERRA RANKA quanto mais para o PAIGC sozinho, sobretudo que o PAI TR ganhou as últimas eleições com maioria absoluta mas somente com um pouco mais de 30 % de votos dos eleitores. 

Desta vez, estas vantagens dados aos partidos ou coligação mais fortes PODEM REVERTER PARA COLIGAÇÃO NO KUMPU GUINE

Esta realidade que o DSP E PAIGC NAO Quererão assistir ou reconhecer, vendo MADEM a guiar uma coligação que vai gerir o próximo parlamento e Governo.

Daí a opção de complicar o processo e tirar o proveito do caos 

Absurdo é que desta 3 aventura o DSP tem como aliado Otávio Lopes, enquanto chefe de gabinete de JOMAV foi um dos principais protagonistas da sua queda depois da 1a aventura, resgate de 34 bilhões.

Para um bom analista, as pretensões do Otávio é óbvio. Em caso da queda do DSP, ascender ao trono do PAIGC com o apoio dos adeptos internos e externos do DSP.

Dois cenários possíveis :

1° Cenário : Mais uma vez o DSP convence os militantes e simpatizantes do PAIGC de que a culpa não é dele. Resultado : complicação do processo eleitoral e não reconhecimento dos futuros órgãos de soberania.

2° Cenário : Desta vez, os militantes e simpatizantes do PAIGC aceitam pensar com as suas próprias cabeças e responsabilizar o DSP, não só deste último ato, mas também de todo MANQUE A GAGNER, resultados negativos do PAIGC neste últimos 12 anos.

Resultado : início do fim da carreira política do DSP e o finalmente o PAIGC ocupará o seu lugar devido no cenário político Guineense.

3 cenário - muito pouco provável 

O STJ aceita apreciar a reclamação do PAI TR e este vai as eleições 

Consequência : Dar força ao mito que o PAIGC está em cima da Lei e do Estado da Guiné, dar azo às reclamações já preparadas para em caso dos resultados não a favorecer. O STJ confirma a sua incapacidade e põe em causa a sua credibilidade já anunciada pelo PAIGC.

Eng. Santos Pereira,

30/09/2025

terça-feira, 23 de setembro de 2025

PAI Terra-Ranka DENUNCIA MANOBRAS PARA TRAVAR ENTREGA DE CANDIDATURAS

Por  RSM:
23-09-2025
A coligação eleitoral Plataforma Aliança Inclusiva – PAI Terra-Ranka denunciou esta terça-feira (23), em Bissau, a existência de “manobras” que visam dificultar a obtenção de documentos exigidos pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ) para a validação das candidaturas às eleições legislativas e presidenciais de novembro.  

Segundo a coligação, entre os dirigentes visados estão o presidente da Assembleia Nacional dissolvida pelo presidente Embaló, Domingos Simões Pereira e o antigo primeiro-ministro Geraldo João Martins.  

Em declarações à imprensa, Agnelo Regala, dirigente da plataforma, após entregar as candidaturas no STJ que também na Guiné-Bissau tem o papel do Tribunal Eleitoral, afirmou que todos os candidatos ligados ao PAI Terra-Ranka já apresentaram pedidos de quitação e de registo criminal junto das entidades competentes.  

Apesar das dificuldades relatadas, Regala garantiu que a coligação está confiante:  “O PAI Terra-Ranka vai ganhar as eleições legislativas e presidenciais para resgatar o país das mãos do atual regime político.”  

Os nomes mais sonantes da coligação, Domingos Simões Pereira e Geraldo Martins, ambos dirigentes do PAIGC, continuam a ser associados ao processo do “resgate” de 2015, cujo desfecho permanece inconclusivo.  

No entanto, no último domingo, em conferência de imprensa na sua residência em Bissau, Simões Pereira assegurou que não existe “rigorosamente nada” no referido caso que possa comprometer a sua candidatura às presidenciais.  

terça-feira, 28 de janeiro de 2025

A máscara do golpista caiu: DSP em desespero total

Por Eng Santos Pereira  28/01/2025

O fugitivo e engenheiro fintadur de alianças, Domingos Simões Pereira, está em absoluto desespero depois da sua entrevista numa página Facebook TV Obulum, da sua simpatia política.

A investigação vai iniciar sobre a denúncia do Botche Candé, Ministro de Interior na altura da luta feroz entre DSP e José Mario Vaz, onde o primeiro teria sido orientado para assassinar o antigo Presidente da República.

O Ministério Público vai abrir o processo contra o fugitivo Domingos Simões Pereira, sobre a tentativa de assassinato do ex-presidente Jomav.

Segundo o líder do Partido dos Trabalhadores, Domingos Simões Pereira, é um infantil político, não tem segredo de Estado e nunca pode ser Presidente da República.

"Quem almeja ser Presidente da República, não pode ter atitudes infantis" denunciou Candé.

Agora, estamos determinados mais que nunca, para garantir a segurança ao Chefe de Estado, não permitindo a banalização das instituições do Estado. Qualquer tentativa de subversão de ordem, será histórico, ninguém mais terá o gosto nem de pronunciar esta desgraça.

Domingos Simões Pereira tem 3 processos que não pode nunca escapar:

1. Resgate de 3 bilhões,

2. Caso de 6 bilhões,

3. Caso de tentativa de assassinato de Jomav.

O país não pode retroceder, os avanços significativos alcançados pela árdua magistratura e da diplomacia agressiva do Embaló, pode estar em causa, por caso do interesse mesquinho do fugitivo golpista, Domingos Simões Pereira.

Eng. Santos Pereira,

28/01/2025

terça-feira, 10 de dezembro de 2024

A DECISÃO DE DISSOLVER A ASSEMBLEIA NACIONAL POPULAR FOI TOMADA COM BASE EM FUNDAMENTOS LEGAIS, CONSTITUCIONAIS, COMPROMISSO COM A ESTABILIDADE E O PROGRESSO, A NECESSIDADE DE COMBATER A CORRUPÇÃO E GARANTIR GOVERNABILIDADE.

 Gaio Martins Batista Gomes 

Está a ser bastante perigo deixar proliferar a narrativa simplista de inconstitucionalidade da dissolução da Assembleia Nacional Popular.

O artigo 94.º, n.º 1, que diz "a Assembleia Nacional Popular não pode ser dissolvida nos primeiros 12 meses da sua legislatura nem nos últimos 6 meses do mandato do Presidente da República", não podem servir para proteger bandidos e criminosos e tão pouco para criar instabilidade e roubos aos cofres do Estado.

Qualquer ação, por mais legal que se possa apresentar, se causar instabilidade e corrupção deve ser travada, principalmente pelo Presidente da República, que a Constituição da República da Guiné-Bissau no Artigo 68º atribui amplos poderes discricionários para conduzir questões políticas e institucionais, tendo autonomia para tomar decisões que considera mais adequadas ao interesse nacional e a salvaguarda da Democracia.

A dissolução da Assembleia Nacional Popular  pelo Presidente da República, que está a ser usada como cartaz de campanha pela oposição para retornar ao poder, foi uma medida necessária para proteger os interesses do povo da Guiné-Bissau. 

Os fatos e os resultados obtidos com a dissolução da Assembleia Nacional Popular demonstram que esta decisão foi não apenas legítima, mas também decisiva para o progresso do país.

É inquestionáveis que há fortes indícios de que membros do governo, do Parlamento, incluindo o Presidente da Assembleia Nacional Popular, que durante a tentiva de subversão da ordem constitucional assumia o lugar de Presidente da República por ausência do mesmo, falhou em tomar medidas constitucionais para travar tal ato, deixando dúvidas da cumplicidade ou omissão grave.

Escândalo de corrupção no processo de resgate, em valores aproximados a 6 bilhões de Francos CFA, esse montante estava relacionado ao pagamento de dívidas a empresários nacionais, feitos pelo Governo através de um banco comercial, sem a devida transparência. Este processo suspeito de corrupção e administração danosa, implicando membros do Governo e contando com a defesa do Presidente da Mesa Assembleia Nacional Popular a favor dos acusados, o que, por si só, compromete gravemente os interesses do Estado.

Diante desses fatores, a dissolução da Assembleia Nacional Popular foi o mecanismo constitucional necessário para proteger a estabilidade institucional e restabelecer a governação ética no país.

O Artigo 69º, nº 1, da Constituição da República permite ao Presidente dissolver a Assembleia Nacional Popular em casos de crise política ou institucional grave.

A tentativa de golpe e os atos de corrupção configuram uma crise de governabilidade que impossibilitava o funcionamento normal do Parlamento, exigindo uma intervenção imediata.

A dissolução foi necessária para proteger a ordem constitucional diante de ameaças claras à estabilidade do Estado.

A supremacia do interesse público é um princípio central na governação democrática, com consciência disso, o Presidente agiu priorizando o interesse público e o bem-estar coletivo.

Os resultados alcançados com a dissolução da Assembleia Nacional Popular por sí só justicam o acto, pois desde a dissolução da Assembleia Nacional Popular, o país alcançou progressos significativos em várias áreas, demonstrando que a medida do Presidente da República foi acertada e em benefício do povo

Obras de infraestrutura que antes eram negligenciadas começaram a ser realizadas, melhorando a mobilidade e ligação as diferentes localidades. Os salários dos funcionários públicos têm sido pagos pontualmente, trazendo estabilidade financeira às famílias. Os guineenses tem experimentado melhorias significativas no fornecimento de luz elétrica, um benefício essencial que impacta diretamente a qualidade de vida. Escolas, hospitais e edifícios públicos têm sido restaurados e modernizados, criando melhores condições para a população. O centro da cidade de Bissau, teve uma transformação de choque, com edifícios do Estado restaurados, luzes na estrada, passeios reparados, está mais organizada e limpa, refletindo uma nova fase de progresso e desenvolvimento.

A Guiné-Bissau tem sido palco de recepção de vários líderes mundiais, o que demonstra confiança e credibilidade no país.

Esses avanços, nunca antes alcançados, dão crédito à ação do Presidente da República e comprovam que a dissolução da ANP foi um marco necessário para impulsionar políticas públicas efetivas e atender às necessidades do povo.

A responsabilidade intelectual, o patriotismo deve nos impedir de permitir que o povo da Guiné-Bissau seja manipulado por narrativas falsas que acusam o Presidente de inconstitucionalidade, com o objetivo final de recuperar as mordomias. 

A DECISÃO DE DISSOLVER A ASSEMBLEIA NACIONAL POPULAR FOI TOMADA COM BASE EM FUNDAMENTOS LEGAIS, CONSTITUCIONAIS,  COMPROMISSO COM A ESTABILIDADE E O PROGRESSO, A NECESSIDADE DE COMBATER A CORRUPÇÃO E GARANTIR GOVERNABILIDADE.

Os resultados concretos alcançados até agora confirmam que essa foi uma medida corajosa e bem fundamentada, colocando o interesse público acima de qualquer agenda partidária.

O Presidente já demonstrou que está empenhado em repor o normal funcionamento das instituições, tomando todas as medidas que garantam a realização das eleições num ambiente de segurança, liberdade e justiça.

É essencial que os intelectuais se disponibilizem para apoiar as mudanças estruturais que têm transformado a Guiné-Bissau. 

A dissolução da Assembleia Nacional Popular não foi uma manobra política, mas uma decisão estratégica para resgatar a confiança do povo e construir uma nação mais justa, estável e próspera.

Não nos devemos levar em interpretações avulsas ou tendenciosas, a Constituição deve ser interpretada como um todo, buscando-se a harmonia entre suas disposições.

Em caso de dúvida deve-se buscar uma interpretação que respeite ambas as disposições, ao invés de priorizar uma sobre a outra.

Embora o Artigo 94º estabeleça limites temporais, situações excepcionais, como crises institucionais graves ou ameaças à soberania nacional, como os casos acima mencionados, justificam o uso do poder de dissolução com base no Artigo 69º, que visou proteger a ordem constitucional, mesmo que tenha ultrapassado os limites do Artigo 94º.

É para isto que estudamos, para defender a nação. 

Os que tentam defender os interesses partidários, só o conseguem fazer no monólogo. Eles tem a consciência disso.

/ Gaio Martins Batista Gomes /

segunda-feira, 30 de setembro de 2024

Guiné-Bissau. Colectivo de Advogados de PAIGC em Conferência de Imprensa "sobre o "Processo Resgate".

Por Lusa / Radio Voz Do Povo    30/09/24 

O coletivo de advogados do PAIGC considerou hoje que a reabertura do chamado "Processo Resgate" aos bancos visa apenas impedir o presidente do partido, Domingos Simões Pereira, de concorrer às eleições que se avizinham na Guiné-Bissau.

O secretário do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) juntou hoje o coletivo de advogados numa conferência de imprensa, em Bissau, para reagir à reabertura do processo anunciada a 26 de setembro pelo Procurador-Geral da República.

Em causa está um empréstimo de cerca de 36 mil milhões de francos cfa (cerca de 55 milhões de euros), contraído pelo Governo, em 2015, quando Domingos Simões Pereira era primeiro-ministro da Guiné-Bissau.

O caso foi alvo de vários processos em tribunal que resultaram em arquivamento, sendo que apenas um deles chegou a julgamento, tendo como arguido o então ministro das Finanças, Geraldo Martins, que foi absolvido.

Para Octávio Lopes, do coletivo de advogados do PAIGC, "esta tentativa de reabertura do processo não se pode dissociar do momento e do contexto político" com a aproximação de eleições, nomeadamente legislativas anunciadas para 24 de novembro e presidenciais reclamadas para este ano, mas que o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, que termina o mandato em fevereiro, só quer marcar para o final de 2025.

"Era necessário reabilitar, ressuscitar algum instrumento, sob a capa de processo, que pudesse permitir essa decisão final de o impedir de participar nas eleições", afirmou o advogado para quem "o modo inconfesso, a razão não assumida deste processo, o fim último visado deste processo é tão e só impedir o engenheiro Domingos Simões Pereira de se apresentar como candidato presidencial nas próximas eleições presidenciais".

Os advogados consideraram que "é pouco expectável que assim seja, porque, independentemente de alguns atos isolados de magistrados identificados", creem e mantêm "a confiança no poder judicial no seu todo".

Para o jurista, trata-se de "um processo 'kafkiano', em que o visado nunca foi notificado, não tem conhecimento técnico deste processo, foi investigado, foi julgado e condenado sem que nunca tivesse qualquer intervenção no processo".

Os advogados do PAIGC entendem que o empréstimo que deu origem a este processo, que se arrasta há anos pelos tribunais guineenses, foi uma "medida política para que, resultado dessa maior disponibilidade financeira e de tesouraria, o Governo estivesse em condições de melhor atender aos setores sociais de maior fragilidade, quer seja a educação, quer seja a saúde".

"É esta a orientação política que o primeiro-ministro dá ao ministro das Finanças, em estrito cumprimento do programa do Governo. O que sucede é que o Ministério Público avoca a si a competência de proceder à fiscalização política do mérito da decisão de orientação do primeiro-ministro", argumentou.

A intervenção do Ministério Público é interpretada pelos advogados como uma "violação do princípio da separação de poderes" e, por isso, inconstitucional, na medida em que pretende exercer "funções de fiscalização política que a Constituição confere ao parlamento".

O que disseram entender como a "judicialização das questões políticas", o que terá como resultado o que denominam de "um governo de juízes".

"Vão acabar por ser os juízes, o poder judicial no seu todo, a manter-se esta prática inconstitucional, a decidir sobre o mérito das questões políticas, se o investimento na educação é oportuno ou é conveniente, se o investimento na saúde é prioritário, se o investimento nas infraestruturas deve anteceder ou suceder ao investimento na Justiça", concretizou Octávio Lopes.

"Não é esta a função do poder judicial, não é este o mandato constitucional do poder judicial e muito menos atribuições e funções constitucionais do Procurador-Geral da República", afirmou.


Leia Também: A Comissão Nacional de Eleições (CNE) moçambicana afastou hoje o cenário de "enchimento de urnas" nas eleições gerais de outubro, como receia a oposição, assinalando que partidos e eleitorado estão atentos à forma como vai decorrer o escrutínio. 

quinta-feira, 26 de setembro de 2024

O procurador-geral da República da Guiné-Bissau, Dr. Bacari Biai, em conferência de imprensa sobre processos cujas acusações já foram deduzidas pelo Ministério Público e remetidas ao competente órgão judicial para devidos efeitos.

Com  LUSA  26/09/24

Numa conferência de imprensa, Biai afirmou que estava a "esclarecer os guineenses" sobre os contornos de um caso que ficou conhecido como "resgate aos bancos", um empréstimo de cerca de 36 mil milhões de francos CFA, contraídos pelo Governo, em 2015, quando era liderado por Simões Pereira.
 
O empréstimo feito a dois bancos comerciais de Bissau foi contraído para saldar a dívida que o Estado teria para com 99 empresas e pessoas individuais, indicou o Procurador guineense, no que disse ser uma operação fraudulenta.

Bacari Biai precisou que Domingos Simões Pereira, enquanto primeiro-ministro, deu orientações ao então ministro das Finanças, Geraldo Martins, para contrair o empréstimo em questão.

Ainda relacionado com o mesmo processo, o Ministério Público acusa Simões Pereira da prática de 10 crimes: dois de administração danosa, dois de abuso de poder, cinco de peculato e um crime de violação de normas de execução orçamental.

O Procurador afirmou ser falso que se considere que o processo "de resgate aos bancos" foi encerrado pela justiça, quando em 2018, Geraldo Martins, na época único suspeito do caso, foi absolvido pelo tribunal que o julgou.

Bacari Biai afirmou que do processo derivaram "quatro processos autónomos", sendo que alguns envolvem o nome de Domingos Simões Pereira, primeiro-ministro guineense entre julho de 2014 e agosto de 2015.

Por ser atualmente presidente do parlamento, o processo contra Simões Pereira foi remetido para o Supremo Tribunal de Justiça, que o deverá julgar na plenária do órgão, disse uma fonte do Ministério Público.

"Este processo contra Domingos Simões Pereira não tem nada de perseguição política. É um processo puramente técnico-jurídico. Existem provas até de sobra para avançar com a dedução de acusações contra Domingos Simões Pereira", declarou o Procurador.

Bacari Biai garantiu que é "imparcial e isento", que toda a sua atuação é feita enquanto fiscal da legalidade e convidou qualquer pessoa a constituir-se assistente para averiguar o processo, se assim quiser, conforme prevê a lei do país.



Em atualização...

sexta-feira, 6 de setembro de 2024

Incêndio em escola no Quénia mata pelo menos 17 estudantes... Caso aconteceu no centro do país. Há ainda 14 feridos.

© Reprodução - Redes sociais
Notícias ao Minuto  06/09/24

Um incêndio no dormitório de uma escola no Quénia vitimou mortalmente pelo menos 17 estudantes, revelou uma porta-voz da polícia queniana, citada pela agência Reuters, esta sexta-feira.

"Perdemos 17 pupilos no incêndio e 14 estão feridos", disse Resila Onyango.

A porta-voz da polícia assegurou que as autoridades "estão no local, neste momento". Para lá dirigem-se também outras equipas de resgate de emergência.

A cadeia de televisão local Citizen Television avançou, inicialmente, que os estudantes sofreram queimaduras que os deixaram irreconhecíveis.

A escola Hillside Endarasha Academy, onde aconteceu o incêndio, está localizadaa em Nyeri, no centro do país africano. As causas do incidente estão a ser investigadas, estimando-se que o número de vítimas mortais possa vir a aumentar.

Leia Também: Homicida foge da prisão no Quénia com ajuda de polícias (oito já detidos) 


quinta-feira, 4 de julho de 2024

Caso resgate dos Bancos. MINISTÉRIO PÚBLICO CONFIRMA TER ENTREGADO A NOTIFICAÇÃO JUNTO AO PRIMEIRO VICE-PRESIDENTE de ANP

Por  radiosolmansi.net
O Ministério Público (MP) confirmou hoje ter entregado, através do chefe de gabinete do Procurador-geral da República, a notificação da solicitação do levantamento da imunidade parlamentar ao primeiro vice-presidente de Assembleia Nacional Popular.

No documento, o Ministério Público notificou mais uma vez a Assembleia Nacional Popular (ANP) para levantar a imunidade do deputado e presidente do parlamento, Domingos Simões Pereira, para que ele responda sobre o processo de resgate aos bancos ocorrido em 2015, recorde-se.

Uma fonte bem posicionada junto a instituição de investigação, afirma que na impossibilidade de encontrar alguém afeto ao gabinete do atual presidente de ANP, devido ao encerramento do hemiciclo, falou com o primeiro vice-presidente sobre o assunto e este autorizou que o documento seja entregue ao seu pessoal.

No entanto, a nossa fonte confirmou também que, de antemão, o MP não informou ao vice do conteúdo do documento, negando categoricamente a identificar para a Rádio Sol Mansi, a pessoa que recebeu o documento e em que local o recebeu, alegando que o MP não é culpado do não funcionamento de ANP.

Sobre o alegado arquivamento deste processo, a fonte explicou que o responsável pelo processo teve um equivoco, desculpando ter ouvido dizer que o referido processo já tinha sido arquivado.

Revelou que o processo “ resgate dos Bancos”, envolve não só Domingos Simões Pereira e Geraldo Martins assim como Carlos Pinto Pereira, tendo este recebido 13 bilhões e 20 milhões de francos cfa, como advogado que redigiu o contrato, sem no entanto, declarar o montante na contribuição e impostos, razão pela qual foi notificado pelo MP.

A fonte disse que os processos envolvendo estas figuras, em nenhum momento foi aquivado, adiantando que o MP desconhece deste arquivamento.

De referir que a RSM tem em sua posse a cópia da carta que solicita o levantamento da imunidade ao Domingos Simões Pereira, datado de 13 de Junho e recebido alegadamente pelo pessoal do primeiro vice de ANP, no dia 18 do mesmo mês.

No documento, o MP pede a suspensão do mandato do deputado Domingos Simões Pereira, leventamento da sua imunidade parlamentar e consequente autorização para que o mesmo seja interrogado na qualidade de suspeito.

Se mesmo assim se não entender, acrescenta o documento, o MP adotará medidas processuais cabíveis para remover todos os obstáculos que proporcionam o retardamento do esclarecimento do resgate aos bancos.

Por. Nautaran Marcos Có

terça-feira, 2 de julho de 2024

ULTIMA HORA. MINISTÉRIO PÚBLICO VOLTA A EXIGIR LEVANTAMENTO DE IMUNIDADE AO PRESIDENTE DO PARLAMENTO PARA O JULGAMENTO

Por. Nautaran Marcos Có radiosolmansi.net
O
Ministério Público da Guiné-Bissau notificou mais uma vez a Assembleia Nacional Popular (ANP) para levantar a imunidade do deputado e presidente do parlamento, Domingos Simões Pereira, para que ele responda sobre o processo de resgate aos bancos ocorrido em 2015.

Segundo uma fonte bem posicionada junto ao Ministério Público, se a ANP não responder favoravelmente à notificação, o Ministério Público avançará com o processo, acusando a ANP de abusar de seu direito, tornando sua recusa ilegal.

A fonte afirma que, há oito anos, ou seja, desde 2016, a instituição de investigação do Estado solicita à ANP a disponibilização do atual presidente, mas a ANP não colaborou. Por isso, o Ministério Público entende que Domingos Simões Pereira deve ser acusado e encaminhado a julgamento.

“Nenhuma pessoa tem o direito de se esconder sob o capote de deputado para não responder à justiça”, afirmou.

Nossa fonte nega que a reabertura deste processo esteja relacionada com a recente declaração do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, que afirmou que nenhum político com processo judicial poderá concorrer às próximas eleições no país, alegando que a decisão de impedir qualquer político de participar nas eleições, é do Supremo Tribunal de Justiça.

Sobre o caso dos seis bilhões de francos CFA, nossa fonte confirma que o processo está suspenso no momento, aguardando a decisão do Supremo Tribunal de Justiça sobre a inconstitucionalidade do processo, invocada pelos advogados dos suspeitos Suleimane Seide e António Monteiro.

"O Ministério Público concluiu seu trabalho e enviou o processo para o juiz de julgamento, que marcou a audiência. No dia do julgamento, os advogados de defesa argumentaram que o serviço do Ministério Público que investigou o caso é inconstitucional.

“A questão de inconstitucionalidade foi enviada ao Supremo Tribunal de Justiça, que até hoje não decidiu se há inconstitucionalidade ou não”, explicou a fonte, acrescentando que os advogados de defesa são os culpados pela suspensão do processo.

quinta-feira, 6 de junho de 2024

Os ucranianos exigem responsabilização da Rússia pela destruição da barragem de Kakhovka, que há um ano inundou amplas áreas no sul da Ucrânia e provocou grandes perdas de vidas e enormes danos ambientais e económicos.

© Kherson Regional Military Administrion/Handout/Anadolu via Getty Images
Por Lusa  06/06/24
 Ucranianos pedem justiça um ano após colapso de barragem de Kakhovka
Os ucranianos exigem responsabilização da Rússia pela destruição da barragem de Kakhovka, que há um ano inundou amplas áreas no sul da Ucrânia e provocou grandes perdas de vidas e enormes danos ambientais e económicos.


"Foi um crime deliberado e premeditado, um dos seus crimes mais graves contra o ambiente e a população de toda a nossa região", afirmou hoje o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na rede X.

Na noite de 06 de junho de 2023, ocorreram diversas explosões na barragem, localizada numa área controlada pela Rússia, no âmbito da invasão da Ucrânia, iniciada em fevereiro do ano anterior.

A enorme massa de água inundou rapidamente mais de 620 quilómetros quadrados e aprisionou milhares de residentes nas suas casas, tanto na margem oriental do rio Dnipro, controlada pela Rússia, como em Kherson, controlada pela Ucrânia.

"A destruição da barragem de Kakhovka, na Ucrânia, é um crime de guerra ambiental que requer uma ação urgente por parte da justiça internacional", sublinhou a Truth Hounds, uma organização não-governamental (ONG) com sede em Kyiv, num relatório citado pela agência espanhola EFE sobre as causas e efeitos do desastre, um dos principais que ocorreram no contexto da invasão.

O relatório foi elaborado em conjunto com a organização Projeto Agilizar Justiça, especializada em assistência jurídica.

Embora a extensão total dos danos ainda seja desconhecida porque parte da área afetada continua sob ocupação russa, centenas de pessoas podem ter perdido a vida.

Pelo menos 32 pessoas morreram em território controlado pela Ucrânia, segundo dados oficiais do Governo de Kyiv.

No entanto, residentes deslocados da zona ocupada pela Rússia alegaram que vários corpos foram encontrados na região afetada depois de os militares russos não terem enviado unidades de resgate.

Victoria, de Jola Pristan, contou à EFE que os vizinhos só puderam ver do telhado das suas casas como o seu avô Oleksi Klimenko, de 83 anos, e sua avó Maria Scherbina, de 84, se afogaram, depois de tentarem em vão segurar-se numa grande árvore do seu jardim inundado.

O número exato de vítimas é difícil de estabelecer, uma vez que as autoridades instaladas na Rússia se recusaram a indicar o afogamento como causa da morte, segundo testemunhos.

Pelo menos 112 moradores locais foram resgatados por soldados ucranianos e voluntários civis que, sob fogo russo, conseguiram chegar à área através do rio.

De acordo com dados do Governo ucraniano e da ONU, os danos causados nas infraestruturas e propriedades equivalem a 12,65 mil milhões de euros.

Milhares de casas foram completamente destruídas ou danificadas após ficarem submersas durante semanas.

As explosões destruíram a importante central hidroelétrica de Kakhovka, agravando os danos sofridos pelo sistema energético ucraniano devido a bombardeamentos direcionados e à ocupação russa.

A Ucrânia também perdeu o seu maior reservatório em Kakhovka, que cobria 78% das necessidades de irrigação da região, o que afeta a sua indústria agrícola e os meios de subsistência da população a longo prazo.

A perda do reservatório aumentou ainda os riscos na central nuclear de Zaporijia, que dependia dele para o abastecimento de água.

Embora todos os efeitos ambientais causados ?não tenham sido avaliados, organizações ambientalistas observaram perdas significativas na biodiversidade, bem como na qualidade da água e dos solos.

Algumas instituições culturais únicas, como o museu da pintora Polina Raiko e os "bordados de pedra" dos edifícios de Nova Kakhovka, também sofreram grandes danos, no que é considerado um novo golpe da Rússia na identidade nacional ucraniana.

As provas disponíveis apontam para o Exército russo, particularmente a sua 205.ª Brigada, como responsável pela destruição da barragem, segundo investigadores da Truth Hounds.

"Os registos sísmicos confirmaram múltiplas explosões na barragem e as imagens de satélite revelaram uma rutura na estrutura da barragem, indicativa de uma explosão interna", sublinhou o relatório da organização, que também referiu que os danos não poderiam ser provenientes dos bombardeamentos das forças ucranianas.

Há "uma forte probabilidade" de que a ordem para destruir a unidade tenha vindo de representantes do mais alto comando político-militar russo, afirmaram os investigadores.

Nesse sentido, apelam ao Tribunal Penal Internacional e à ONU para que realizem uma investigação exaustiva e tratem a destruição da barragem como um crime de guerra.

Caso contrário, disseram os investigadores, "ditadores de todo o mundo terão motivos para repetir crimes ambientais horríveis impunemente".

"Levar os responsáveis ??à justiça é um passo crucial para garantir um futuro mais seguro para todos nós", defendeu Truth Hounds.

A comunidade ucraniana assinala hoje em Lisboa o desastre da barragem de Kakhovka, alertando que a Rússia é responsável pela maior "catástrofe ambiental" na Europa na última década e deve pagar pelo crime de ecocídio.

A iniciativa, que recorda o colapso da hidroelétrica está marcada para as 19:00 em frente da Embaixada da Federação Russa na capital portuguesa, segundo um comunicado da Associação dos Ucranianos em Portugal, juntando-se a outros protestos marcados para hoje em Berlim, Madrid, Paris, Amesterdão e Varsóvia.

Leia Também: Comunidade ucraniana protesta em Lisboa contra "ecocídio" russo  

Leia Também:  As defesas antiaéreas russas abateram, na quarta-feira à noite, 13 'drones' sobre a península anexada da Crimeia e seis na região de Belgorod, na fronteira com a Ucrânia, informou hoje o Ministério da Defesa da Rússia.   


terça-feira, 9 de janeiro de 2024

MIGRANTES: Mais de 6.600 migrantes morreram em 2023 a tentar chegar a Espanha

© Lusa

POR LUSA    09/01/24 

Pelo menos 6.618 pessoas morreram no ano passado no mar quando tentavam chegar a Espanha, quase o triplo das vítimas de 2022 e o maior número desde que há registos, disse hoje a organização não-governamental Caminhando Fronteiras.

Esta organização não-governamental (ONG), que faz desde 2007 um relatório anual sobre as pessoas que morrem no atlântico e no mediterrâneo ao tentarem alcançar as costas espanholas a partir de África, realçou que 2023 foi o ano "mais mortífero" desde que tem registos, com uma média de 18 vítimas por dia.

No ano passado, a ONG, que elabora os relatórios com base em fontes oficiais, organizações no terreno e redes familiares dos migrantes, tinha documentado 2.390 mortos e, até agora, o número mais elevado tinha sido 4.639 vítimas em 2021.

Em 2023, segundo relatório da Caminhando Fronteiras, conhecido hoje, 384 dos mortos eram crianças e 363 foram mulheres.

No ano passado, 6.007 das 6.618 mortes foram na designada "rota das Canárias", no atlântico, que tem origem na costa ocidental africana e em países como Marrocos, Senegal, Mauritânia e Gâmbia.

A ONG sublinhou que esta voltou a ser "a região migratória mais letal do mundo" e destacou o caso do Senegal, que "teve este ano um terrível protagonismo", com 3.176 pessoas mortas no mar.

Os números da ONG confirmam um aumento de saídas de embarcações precárias com migrantes das costas destes países africanos com o objetivo de chegarem às Canárias no segundo semestre do ano passado, o que as autoridades de Espanha têm associado, entre outras coisas, à instabilidade na região do Sahel.

"Apesar destes números terríveis do ano de 2023, os Estados invisibilizaram as vítimas com as suas políticas e os relatos oficiais colocaram o foco nos dados de chegadas [de migrantes a território espanhol], ignorando os mortos e desaparecidos", realçou a ONG.

A Caminhando Fronteiras acrescentou que a "análise da situação na fronteira por parte das autoridades centra-se mais nos discursos de controlo" e não existe "uma reflexão sobre o impacto que as políticas migratórias e de controlo de fronteiras têm no direito à vida" ou sobre "a situação especial de expulsão das pessoas de países que, como o Senegal, vivem conflitos graves".

"Temos de denunciar que os protocolos que provocam a morte no controlo fronteiriço são cada vez mais explícitos, mais obscenos, e repetem-se da mesma maneira em todas as fronteiras europeias", lê-se no relatório.

"Detetámos que em muitas das tragédias documentadas não se ativaram meios de procura e de salvamento ou, se se fez, foi com uma demora significativa que pôs em risco a vida das pessoas", acrescentou a Caminhando Fronteiras.

A ONG atribuiu estes atrasos na ativação de meios aos acordos entre Espanha e países africanos, naquilo que designa como "externalização de fronteiras", não havendo "a colaboração entre países que estabelece a Convenção das Nações Unidas para a proteção do direito à vida no mar".

"Isto faz com que o Estado espanhol pressione para que os resgates sejam feitos por países terceiros, mesmo quando o outro país não tem meios suficientes, capacidades ou vontade de o fazer. O foco desta externalização é a 'interceção migratória' e não 'o resgate de pessoas'", realçou a ONG, que considerou que "as pessoas que cruzam a fronteira são usadas como instrumento de negociação em interesses políticos entre países".

A ONG acrescentou que os acordos de Espanha com países como Marrocos acabaram também por levar os migrantes a rotas mais extensas e perigosas no atlântico.

Segundo dados oficiais das autoridades espanholas, entre 01 de janeiro e 15 de dezembro de 2023, entraram em Espanha de forma irregular em embarcações precárias mais de 51.700 pessoas, o número mais elevado dos últimos cinco anos.

Cerca de 72% das chegadas de migrantes a Espanha ocorreram nas ilhas Canárias, que acolheram 37.187 migrantes, mais 140% do que em 2022.


segunda-feira, 27 de novembro de 2023

PERGUNTA DO DIA ???

Fonte O Democrata Osvaldo Osvaldo

GUINÉ-BISSAU! ÉS DGIQUINDORES CO STA NA FINANÇAS CUMA 'RESGATE DE BILHÕES' DE DÍVIDAS FABRICADAS!!

ESTEJAM ATENTOS AO 'FACEBOOK LIVE' ONDE TUDO SERÁ ESCLARECIDO SOBRE FEROZ ASSALTO ÀS FINANÇAS PÚBLICAS!

TERRA CO SE FINANÇAS PÚBLICAS NA RANKADO PÁ ÉS LADRÕES DE COSTUME!

POVO DE GUINÉ-BISSAU NÔ CORDA!!

JÁ NA SEGUNDA-FEIRA!! A pergunta pertinente que os cidadãos devem e deviam fazer é; por que razões, só o PAIGC, quando está no Poder faz 'resgates' aos 'empresários' que, para nada servem a Guiné-Bissau e porque razões? Quais são essas relações sócio-económicas tem só o PAIGC exclusivamente com esses 'empresários' que os outros partidos políticos não têm?

Cidadão, esteja atento aos pormenores destas ligações políticas inquietantes do PAIGC aos 'empresários' e outros negócios duvidosos na Guiné-Bissau, já já amanhã!

É imperativo alertar e chamar atenção ao Povo da Guiné-Bissau que, o dito resgate é um assalto aos magros 'cofres' de Estado para estratégicamente pôr nas mãos dos Dominguistas e de certos paigcistas valores astronómicos financeiros para a preparação para as presidenciais e possíveis eleições gerais na Guiné-Bissau! Caso contrário, ninguém sã da mente compreende as razões profundas e até criminosas de tal 'resgate' ou melhor roubo ao Estado e ao Povo da Guiné-Bissau!

O Governo precisa ser urgentemente INVESTIGADO pedindo para o efeito uma intervenção judicial-económica estrangeira e neutra para o apuramento de factos!!

Espero acordar amanhã de manhã bem disposto e mais fresco para falar sobre mentiras despudoradas dos seus militantes e simpatizantes nazistas nas redes sociais!

Domingo, 26 de novembro

Juvenal Cabi Na Una.

sábado, 25 de novembro de 2023

Caso “resgate” de empresas: MINISTÉRIO PÚBLICO EFETUA BUSCAS E APREENSÕES NO MINISTÉRIO DAS FINANÇAS E NO BAO

 O DEMOCRATA  24/11/2023  

O Ministério Público efetuou na manhã desta sexta-feira, 24 de novembro de 2023, um mandado de buscas e apreensões na direção geral do Tesouro Público e no Serviço de Dívida Interna do ministério das Finanças, bem como no Banco da África Ocidental (BAO), no âmbito de um plano de combate e luta contra a corrupção na Guiné-Bissau

O Democrata apurou junto do Gabinete de Imprensa do Ministério Público que as operações de buscas e apreensões foram desencadeadas na sequência de uma denúncia sobre supostos pagamentos de seis biliões de francos cfa a favor de 11 empresas nacionais, através do Banco BAO, em Bissau, em resposta ao pedido, por escrito, do Ministro das Finanças, Suleimane Seidi, com a data de 07 de novembro deste ano.

De acordo com as informações, os delegados do Ministério Público conseguiram descobrir, no âmbito das buscas e apreensões junto do BAO e no Ministério das Finanças, o Cativo das contas do Tesouro Público e das empresas em causa e a apreensão de vários documentos para averiguação.

“Para além desses documentos na posse dos magistrados do Ministério Público, já existem elementos suficientes passíveis de indícios de práticas de crimes, nomeadamente de corrupção, violação de normas de execução orçamental, de administração danosa e de peculato, todos enquadrados nos crimes de titulares de cargos políticos”, indicou o documento consultado pelo Democrata.

Segundo uma nota do gabinete de imprensa da Procuradoria-Geral da República a que a redação do Jornal O Democrata teve acesso, participaram nessas operações dois magistrados do Gabinete de Auditoria e Contas da Procuradoria-Geral da República, dois da Vara Crime do Tribunal Regional de Bissau, um Oficial de Justiça e um técnico informático.

Por: Filomeno Sambú


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quinta-feira, 6 de julho de 2023

ESTREITO DE ORMUZ: Irão rejeita acusações dos EUA sobre bloqueio de navios no Estreito de Ormuz

© iStock

POR LUSA    06/07/23 

O Irão rejeitou hoje as acusações dos Estados Unidos sobre tentativas de interceção de navios no Estreito de Ormuz, indicando que uma das embarcações era alvo de uma ordem de apreensão por alegadamente ter colidido com um navio iraniano.

O Centro de Investigação Marítima e Resgate da província iraniana de Hormozgan indicou que o navio "Richmond Voyager", com pavilhão das Bahamas e gerido pela empresa norte-americana Chevron, colidiu com uma embarcação do Irão provocando sete feridos e danos materiais. 

O navio "Richmond Voyager" prosseguiu a sua rota sem se responsabilizar pelo incidente, tendo o proprietário da embarcação iraniana pedido uma ordem judicial de arresto, segundo referiu a mesma fonte, citada pela agência de notícias iraniana Tasnim.

O organismo iraniano explicou que o navio da Chevron foi localizado na quarta-feira nas águas territoriais de Omã, ignorando as advertências da Armada iraniana e mudando de direção, pelo que a situação foi comunicada às autoridades de Mascate.

De acordo com os Estados Unidos da América (EUA), o "Richmond Voyager" chegou a emitir um pedido de socorro porque a Marinha iraniana efetuou diversos disparos de intimidação, incidente que seria ultrapassado sem registo de vítimas ou danos materiais.

A Quinta Frota dos EUA acusou o Irão de tentar intercetar petroleiros perto do Estreito de Ormuz apesar de se encontrarem em "águas internacionais", acrescentando que a mesma situação ocorreu com outro navio, identificado como "TRF Moss", com pavilhão das Ilhas Marshall.

O navio iraniano abandonou a zona quando o contra-torpedeiro "USS MacFaul" da Marinha de Guerra dos Estados Unidos se aproximou do "TRF Moss".

Sobre este caso em concreto, as autoridades iranianas não se pronunciaram.


Leia Também: EUA acusam Irão de tentar apoderar-se de petroleiros no estreito de Ormuz

sábado, 29 de abril de 2023

Resgatadas 31 pessoas (17 crianças) detidas por seita religiosa no Quénia

© YASUYOSHI CHIBA/AFP via Getty Images

POR LUSA  29/04/23 

Um total de 31 pessoas, incluindo 17 crianças, foram resgatadas no Quénia na sexta-feira na casa onde estavam detidas por uma seita religiosa, anunciou hoje a polícia, citada nos meios de comunicação locais.

O resgate ocorreu na cidade de Kamwene B, no condado de Nakuru, no centro sul do país, onde as pessoas estavam confinadas à habitação, sendo obrigadas a jejuar e rezar, de acordo com os órgãos de informação do Quénia, citados pela agência espanhola de notícias, a Efe.

O anúncio da polícia surge no seguimento da investigação que foi lançada no Quénia devido a notícias que têm surgido nas últimas semanas sobre práticas religiosas radicais por parte de instituições religiosas que o Presidente do Quénia já disse terem comportamentos semelhantes aos dos terroristas.

A casa pertence a uma mulher identificada nos registos policiais como Hellen Wanjiru Weri, de 62 anos, e alegada líder do culto cristão não oficial chamado Army Rurwama (Exército Rurwama).

A operação coincide com outra investigação em curso sobre a morte de mais de 100 membros de outra seita cristã na floresta de Shakahola, no condado de Kilifi, no sul do país, que terão feito jejum até à morte.

Esses devotos foram alegadamente convencidos pelo pastor Paul Mackenzie, líder da Igreja Internacional da Boa Nova, a jejuar até à morte para "se reunirem com Jesus Cristo".

Além deste caso, a polícia do Quénia deteve também um popular religioso, Ezekiel Odero, num caso relacionado com a morte de alguns dos seus seguidores em várias filiais da sua igreja, o Centro de Nova Oração Nova Vida, também em Kilifi.


Leia Também: Líder religioso queniano admite 15 mortes em "intervenções espirituais"