Aspecto da fachada do FMI, em Washington
AFP/ Getty Images
O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou hoje que o défice orçamental da Guiné-Bissau baixou de 4,7% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2016 para 1,5% em 2017, e que o crescimento económico deverá situar-se em cerca de 6%.
Os altos preços do caju no mercado interno constituem a base de sustentação da avaliação do Fundo Monetário Internacional, tendência que poderá vir a baixar este ano, já que as perspectivas de exportação do caju não são nada animadoras.
As condições de comércio para a Guiné-Bissau, em 2018, não são nada encorajadoras, tendo em conta o custo do petróleo no mercado mundial. Mas, mesmo com temores, o FMI antevê um crescimento de 5,9 por cento no Produto Interno Bruto guineense, a inflação média a fixar-se em 1,1 por cento, e o défice externo da conta corrente do Estado a quedar-se para 0,5 por cento do PIB.
O FMI diz ter notado um dinamismo na actividade económica, dinamismo impulsionado pelo preço do caju, e um controlo apertado nos investimentos feitos pelo Estado. Com as receitas a crescerem, e as despesas melhor controladas, o FMI apontou que houve uma redução drástica do défice orçamental em relação ao PIB de 4,7%, em 2016, para 1,5% em 2017.
Três chamadas de atenção às autoridades de Bissau: O crédito malparado persiste e é preciso arranjar uma solução para o problema; as tensões políticas poderão prejudicar as reformas estruturais inadiáveis, e ainda a última palavra quanto ao pedido de prorrogação para mais um ano do programa de Facilidade de Credito Alargado será tomada pelo conselho de administração do FMI, cuja reunião está prevista para Junho.
Para já, a missão de avaliação preliminar do FMI, liderada por Tobias Rasmussen, considera que a economia guineense está de boa saúde.
Mussa Baldé, em Bissau, para a RFI
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