segunda-feira, 15 de dezembro de 2025

Primeiro-Ministro de Transição Ilídio Vieira Té, visita às obras de Aeroporto internacional Osvaldo Vieira.

Declaração do Primeiro-Ministro de Transição Ilídio Vieira Té, após visitar às obras do Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira.👇


Por  Tuti Vitoria Iyere 

Guiné-Bissau suspende todas as suas atividades na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa [CPLP].

Ministério dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau

Austrália: Pai e filho mataram 15 pessoas em praia de Sydney. O que se sabe?... A Austrália viveu, no domingo, um dos maiores massacres da sua história. Pai e filho mataram 15 judeus na praia de Bondi, em Sydney, e deixaram 38 feridos, alguns dos quais em estado grave.

© BIANCA DE MARCHI / Reuters    noticiasaominuto.com  15/12/2025 

Um ataque na praia de Bondi, em Sydney, na Austrália, contra judeus australianos que celebravam a Hanukkah, uma festa judaica conhecida como festival das luzes, no domingo, fez pelo menos 16 mortos e 38 feridos, alguns dos quais em estado grave

De acordo com o The Interpreter, este é o episódio de violência armada mais letal da Austrália desde o massacre de Port Arthur e o pior atentado terrorista da história do país.

Ainda há muitas informações por apurar, inclusive os motivos dos atiradores, como é que o ataque foi planeado e se os atacantes agiram por conta própria ou sob ordens de alguém ou de algum grupo criminoso.

No entanto, surgem cada vez mais dados sobre o massacre, que ocorreu  pelas 18h45 locais (7h45 em Portugal Continental) de domingo, quando cerca de uma centena de judeus se juntaram na praia de Bondi para o "Hanukkah by the Sea", um evento anual organizado pelo Chabad de Bondi para celebrar a primeira noite de Hanukkaah.

Sobre os atiradores sabe-se, para já, que serão pai e filho. Os dois homens chegaram ao local armados, vestidos de preto, e abriram fogo a partir de uma ponte pedonal que dá acesso à praia, disparando durante cerca de 10 minutos.

Testemunhas descreveram o caos e o pânico aos jornais. Centenas de pessoas - muitas que nem faziam parte do evento - fugiram pela areia e para as ruas próximas, deixando os pertences para trás.

O homem de 50 anos, que seria, segundo a Euronews, comerciante de armas, com pelo menos seis registadas no seu nome, acabou por ser abatido pela polícia, enquanto o de 24 foi desarmado por um "herói" de 43 anos, chamado Ahmed el Ahmed.

As motivações dos assassinos permanecem desconhecidas, mas o governador de Nova Gales do Sul, Chris Minns, já admitiu que o ataque que teve como objetivo atingir a "comunidade judaica de Sydney", pelo que se acredita que os suspeitos fossem antessimitistas.

O suspeito mais novo encontra-se em estado crítico mas estável, internado num hospital, mas sob custódia da polícia. Foi identificado como Naveed Akram, de Bonnyrigg, no sudoeste de Sydney. De acordo com o primeiro-ministro australiano, o jovem já era conhecido pelas agências de segurança do país, apesar de não ser "considerado uma ameaça imediata".

Inicialmente, as autoridades investigaram se uma terceira pessoa estaria envolvida no maassacre, mas já descartaram essa hipótese.

A polícia encontrou e apreendeu dispositivos explosivos improvisados que estavam no interior de um veículo estacionado na Campbell Parade. O carro pertenceria a um dos suspeitos.

As identidades das vítimas mortais também começam a ser conhecidas. Entre eles está o rabino Eli Schlanger, um dos principais organizadores do evento, Alex Kleytman, um sobrevivente do Holocausto, e uma menina de 12 anos.

Já dos feridos sabe-se que têm entre 10 e 87 anos. Seis estarão em estado grave, entre os quais dois polícias que foram baleados e tiveram de ser operados de urgência.

Três crianças feridas continua hospitalizadas, apesar de não haver informações sobre o seu estado de saúde.

Austrália pondera endurecer leis de armas

Entretanto, após o ataque de domingo, o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, anunciou que o seu Governo considera "endurecer as leis" de posse de armas.

"O governo está preparado para tomar todas as medidas necessárias, incluindo a necessidade de endurecer as leis sobre armas", disse, antes da reunião esta tarde do Gabinete Nacional, na qual participam os líderes das diferentes jurisdições do país.

Enquanto as reações de vários líderes internacionais, entre os quais portugueses, se sucedem, a solidariedade manifesta-se de uma forma ainda mais intensa na Austrália. Segundo o The Guardian, 20 mil australianos responderam positivamente ao apelo para doar sangue após o atentado terrorista na praia de Bondi e estão já a ajudar os feridos.

domingo, 14 de dezembro de 2025

Senegal assume Presidência da Comissão da CEDEAO para o período 2026–2030

Fonte: Seneweb News 14/12/2025

O Ministério da Integração Africana, dos Negócios Estrangeiros e das Comunidades Senegalesas no Exterior anunciou, através de um comunicado oficial, que o Senegal foi eleito Presidente da Comissão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para o período de 2026 a 2030.

A eleição aconteceu durante a 68.ª sessão ordinária da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, realizada no dia 14 de dezembro de 2025, em Abuja, Nigéria.

O Ministério considera esta eleição como uma “primeira histórica para o Senegal” e resultado de um processo longo de concertações diplomáticas.

O comunicado destaca que a liderança do Presidente da República, Bassirou Diomaye Diakhar Faye, a sua visão estratégica e orientações políticas foram determinantes para o sucesso da candidatura senegalesa.

Esta escolha é vista como um reconhecimento do papel importante desempenhado pelo Senegal no espaço comunitário e em África, refletindo a confiança dos Estados-membros da CEDEAO.

Na mesma ocasião, o Senegal reafirmou o seu compromisso com o reforço da CEDEAO e com a promoção da paz, da estabilidade e do desenvolvimento na África Ocidental.

CEDEAO vai impor "sanções específicas" a quem entre no processo de transição... A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) ameaçou hoje impor à Guiné-Bissau "sanções específicas" a quem entrar no processo de transição, na sequência do golpe de Estado ocorrido no passado dia 26 de novembro.

Por  LUSA  14/12/2025

"As autoridades irão impor sanções específicas a indivíduos ou grupos de pessoas que entrem no processo de transição", declarou o presidente da Comissão da CEDEAO, Omar Alieu Touray, aos jornalistas durante uma cimeira que reuniu os chefes de Estado do bloco regional em Abuja, capital da Nigéria.

Segundo a agência espanhola EFE, o chefe de Estado da Serra Leoa e presidente em exercício da CEDEAO, Julius Maada Bio, alertou, na abertura do encontro, para um aumento dos golpes de Estado que ameaçam a estabilidade da região.

Falando na abertura da 68.ª Sessão Ordinária da Autoridade dos Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, Bio sinalizou que "os fundadores da CEDEAO compreenderam que a democracia é indissociável da paz, da justiça e do desenvolvimento", alertando que, "hoje, essa ordem democrática está a ser posta à prova".

"O ressurgimento de mudanças inconstitucionais de Governo que ameaçam a nossa estabilidade regional compromete os direitos dos nossos cidadãos e enfraquece o nosso futuro coletivo", sublinhou Bio na cimeira, que se realizou após o golpe de Estado na Guiné-Bissau em 26 de novembro e a tentativa de golpe de Estado no Benim há uma semana.

Segundo Bio, "a instabilidade na Guiné-Bissau e a tentativa de golpe de Estado no Benim recordam [os Estados-membros] que a democracia requer vigilância constante e uma ação baseada em princípios".

"Em nome desta autoridade, condeno veementemente a mudança inconstitucional de Governo na Guiné-Bissau e a tentativa de subverter a ordem constitucional no Benim", declarou.

O presidente em exercício do bloco regional elogiou "a rápida mobilização das tropas e dos recursos aéreos da CEDEAO, que lideram a salvaguarda da ordem constitucional no Benim".

A CEDEAO, assegurou, mantém o seu compromisso de "apoiar vias credíveis, inclusivas e com prazos concretos para o regresso à ordem constitucional".

Após o golpe na Guiné-Bissau, a CEDEAO suspendeu o país de todos os seus órgãos de decisão "até que a ordem constitucional plena e efetiva seja restabelecida", decisão também tomada pela União Africana (UA), sendo que o chefes de Estado e de Governo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) irão analisar, numa cimeira ainda sem data anunciada, a recomendação do Conselho de Ministros para a suspensão da Guiné-Bissau e a sua substituição na presidência rotativa da organização.

A CEDEAO é composta por doze países após a saída, em janeiro passado, de Burkina Faso, Níger e Mali, países governados por juntas militares que chegaram ao poder com golpes de Estado nos últimos anos e criaram a Aliança dos Estados do Sahel.

Além da Guiné-Bissau, agora suspensa, Cabo Verde é o outro país lusófono que integra a organização, estando representado nesta cimeira pelo Presidente, José Maria Neves.

José Maria Neves tem defendido a reposição da normalidade constitucional na Guiné-Bissau, o respeito pelos resultados eleitorais, a libertação dos detidos e a assunção do poder por quem foi democraticamente eleito, reiterando o princípio da tolerância zero face a golpes de Estado, segundo uma nota da Presidência cabo-verdiana emitida na véspera do encontro.

Um autodenominado "alto comando militar" tomou o poder a 26 de novembro, três dias depois das eleições gerais (presidenciais e legislativas) e um dia antes da data anunciada para a divulgação dos resultados na Guiné-Bissau.

A oposição e figuras internacionais têm afirmado que o golpe de Estado foi uma encenação orquestrada pelo Presidente Sissoco Embaló por alegadamente ter sido derrotado nas urnas, impedindo assim a divulgação de resultados e mandando prender de forma arbitrária diversas figuras que apoiavam o candidato que reclama vitória, Fernando Dias.

Entre os detidos está Domingos Simões Pereira, presidente do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), enquanto Fernando Dias está refugiado na embaixada da Nigéria, em Bissau.


ABERTURA DA 68.a SESSÃO ORDINÁRIA DA CONFERÊNCIA DOS CHEFES DE ESTADO E DE GOVERNO DA CEDEAO EM ABUJA*

Por ECOWAS 

A 68.a Sessão Ordinária da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) foi aberta em Abuja, República Federal da Nigéria, neste domingo, 14 de dezembro de 2025.

Os trabalhos desta cimeira foram lançados pelo Presidente Julius Maada Bio da Serra Leoa, Presidente da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo, na presença de líderes dos Estados membros da CEDEAO para abordar questões regionais cruciais, na continuação das reuniões preparatórias que estão a ser realizadas foram realizado no início da semana.

Esta sessão inclui um debate especial sobre o futuro da Comunidade, bem como discussões sobre as principais prioridades regionais, incluindo estabilidade política, cooperação em matéria de segurança e integração económica.