terça-feira, 17 de dezembro de 2019

Rádio África FM – DENUNCIA

17/12/2019 18:48:33

OPINIÃO: Guineenses vamos todos votar no dia 29/12/2019 com a convicção de que NUNCA mais na nossa GUINÉ-BISSAU,haverá GUINEENSES de praça ou GUINEENSES de tabanca

EU vou votar USE, porque conheço muito bem as  minhas raizes, sei de onde vim, onde estou e felizmente sei onde quero estar amanhã com a minha FAMÍLIA.

Isso é minha opinião pessoal que não significa que todos devem estar de acordo comigo seja ela família ou amigo, respeito a opinião de todos a fim de contas a partir do dia 30 vamos continuar a ser famílias e amigos e todos vamos trabalhar para o desenvolvimento do nosso pais.

VIVA USE, VIVA a DEMOCRACIA

Fonte: dokainternacionaldenunciante

General Umaro Sissoco com uma alta e larga escala de vantagem sobre o DSP.

A cada minuto o desespero do PAIGC torna-se incontrolável.
Forças militares estrangeiras procuram a todo o custo seguir o conselho de DIPLO da CEDEAO e Ovídio Pequeno- União Africana para adulterar os resultados mas todos estão atentos com as manobras que se avizinham.

Por dokainternacionaldenunciante

Brincadera tchiu na kil terra, nhu Geraldo incapaz de paga qualquer salario, gera minima receita, cria 40 mil empregos prometidos ta nomeado pa mindjor Ministro de Financas so na Republica de PAIGC. Adembles pa... Q falta de respeito pa povo sofredor de Guiné. Geraldo cria ZERO emprego até ês momento.




Democracia Em Acção

O Democrata Osvaldo Osvaldo - Cidadãos AfroSaudações Irmãos assumem as vossas próprias revoluções


Cidadãos AfroSaudações Irmãos assumem as vossas próprias revoluções

A luta pela imaginação, de mcci satanászes vanguardas do PAIGC Ladrões no mais alto escalão de estado Guineense.

Cabe em vogsos peitos a falsidade, nem a dissimulação, sêde pois fieis ás vossas proprias declarações e convicções.

Irmão Silas ao que me parece, o Senhor está na sua terra natal, não precisas ter medo, e muito interventivo nas eleições do País, mcci não quer que você fale, mas em fim vais falar mesmo, porque aqui está o Democrata em Ação ao seu lado.

Por O Democrata Osvaldo Osvaldo 

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Por O Democrata Osvaldo Osvaldo


Povo da Guiné-Bissau

De um ponto de vista histórico
os paigcistas estão no fundo do poço do pensamento progressista, são imbeciloides, o nosso País precisa de Colégio Nova Geração salvador da Pátria, e não de um GURO dentro de cadeia e fica mandando recado fora, significa Ele é um cadáver no cemitério, agora entenda quem quiser entender. Essas são as minhas verdades dignas pelas quais Eu me Remonero,
porque estou sintonizado com o coração do meu povo, e proteger a SOBERANIA Nacional da minhã Pátria, afirmar de que um dia todos e todas vão para Balcão de Atendimento do Campus da Justiça, Guineense dias úteis e até no final de semana.

Abordar os aspectos internos e externos da SOBERANIA, assim analisando como Salvar a República favorito, isto é, nos limites da sua jurisdição e como autonomia e a competência , dai o País vai respirar com pulmões grandes, e responder Interesses e às
necessidades de todos nós.

Afirma o Democrata em Ação.

Sindicato dos professores de Guiné-Bissau decidiram publicamente que 14 mil e tal professores vão votar no Candidato #UMARO #SISSOKO #EMBALO N°2✌, entre eles, está a querida professora #Sônia de Cantchungo que derrotou Luciano Óscar Pereira no debate público


Umaro Sissoko Embalo é único governante guineense que pagava salário dos professores tempo e hora, nunca deixou greve acontecer no setor de ensino e saúde pública. Sempre pensou na Guiné-Bissau e povo guineense, por isso que povo guineense vão lhe eleger presidente da República.

O candidato do PAIGC só fala discursos açucarados que nunca ele executou.

Já estamos cansado de ouvir promessas melados de "SABI BOKA" sem fazer nada.

Viva Guiné-Bissau🇬🇼
Viva número N°2✌
Viva Umaro Sissoko Embalo✌
Viva #KALA
Viva democracia guineense.
Wantanara.

Leopold Sedar Domingos

Assinatura de Acordo Politico com LIPE, para Apoio ao GENERAL DI POVO na próxima Eleição Presidencial de 29 de Dezembro.


Em representação do GENERAL DI POVO esteve o Camarada Soares Sambu, Vice- Coordenador de MADEM-G15 e Director Nacional da Campanha, que rubricou este Acordo.

Seguidamente, usou de palavras Mustafa Baldé, Presidente do LIPE, que esclareceu as razóes que levaram o LIPE a apoiar desde a 1ª Volta o Candidato do MADEM.

Da sua parte o Camarada Alassan Queta, Coordenador de Divisão encarregue dos Partidos Politicos das Relações Publicas do MADEM, realçou a importancia do acto:

Rogerio Dias

OPERAÇÃO TURBADA, BOTCHE CANDE EM AÇÃO. ZONA LESTE. CANDJIA


Junior Gagigo 

.

GERAÇÃO DE CONCRETO 🙌🏾🇬🇼🙌🏾



#GeraçãoDeConcreto

Dara Fonseca Ramos 

FRUSTRAÇÃO E DESISPERO TOTAL

PAIGC na sua tática habitual, intrigas e sabotagens, por ocasião do comício de próximo Presidente da República General Umaro Sissoco Embalo, previsto hoje em Farim, MUNIRO KONTE E JOSÉ ANTÓNIO ALMEIDA, a mando do DSP bloquearam funcionamento de ZANGADA alegando avarias do mesmo. Neste momento algumas viaturas da comitiva do USE se encontra aglomerados sem acesso a travessia. KILA KANA MAINA VITÓRIA nhu DSP.



Fonte: Gaitu Balde

GENERAL DI POVO visita Região de Oio e em Bissorã Nuno Nabian fala de Sissokó Embaló como patriota


Durante o Comício local, com a participação de BÁ DI POVO,  Nuno Nabian, Certório Biote, Faustino Imbali, Marciano Barbeiro e de dezenas de dirigentes de MADEM-G15, do PRS e de APU-PDGB esclareceu-se alguns porquês.

Rogério Gomes Dias

Dara Fonseca Ramos was live


#NôPolítica
#NôVida

OPERAÇÃO TURBADA. ZONA LESTE - Lion Nacional "Aledje Botche Cande" continua manti contacto ki populason de zona leste de país, principalmente na tabanca de "Ibraima Sori " motivo de é vota maxivamente na General Umaro Sissoco Embalo ✌️ na dia 29 de Dezembro de 2019





Junior Gagigo / Papa Jomav

MOVIMENTO NUNO NABIAM PRESIDENTE - Eleições Presidenciais 2019. Djintis di Nhoma kuma raça ika problema Elis é ranka dja raça, viva Kalá. É na vota massiva na General Umaro Sissoco Embalo desde já ku Nuno Nabiam da Elis orientação.



Viva Comandante di Zona Centro.
Viva Umaro Sissoco Embalo

Alai Nbi-Nhoma Djalo‎

DENÚNCIA SOBRE A INTEGRIDADE FÍSICA DE UM CIDADÃO

PERSEGUIÇÃO POLÍTICA + ABUSO DE PODER = A INJUSTIÇA!

Está detido na PJ o rapaz que, em nome do MCCI, assinou, enquanto presidente da referida associação, o acordo de apoio ao USE na Segunda volta das eleições presidenciais marcadas para o dia 29 de Dezembro do ano em curso.

Gostaríamos de saber por que crime ele foi detido preventivamente?

Qual é moldura penal abstrata de tal crime? Interessa saber porque crimes bagatelares não ensejam a prisão preventiva.

bem-haja!

#PRS_DIÁSPORA_AFRICA

Prs Diáspora

Muçulmanos bo obi👂👂diritu!

Gervasio Silva Lopes bu tem ku rispita Imames ku muçulmanos na Guiné-Bissau.
Também disa fulas, mandingas ku balantas em paz.
Poxa vida, bo para papia saklata.


Fonte: Leopold Sedar Domingos

Nauteria Gomes

Amanhã Géba nasta em festa de democracia, grande comício na bas de coordenação de ALADJE BULI KOIO CAMARA, Ka bó pirdi és grande comício.





Ba Di Géba Poco

Thousands take to the streets to demand Barrow step down from power but drama erupts over Gambian leader’s envoy

By Lamin Njie

Thousands of Gambians on Monday took to the streets to demand President Adama Barrow step down from power by 19 January 2020, as part of an agreement that was struck in 2016.

President Barrow in 2016 promised political parties that backed him that he would preside over a transition government of three years. He has now changed his mind saying he will be in office for five years ‘whether one likes it not’.

On Monday, members of Operation Three Years Jotna, a pressure group that is campaigning for him to respect his pledge took to the streets to demand he leave power.

“People thought we couldn’t do this but we thank God that people have answered our call and have turned out in their large numbers,” Operation Three Years Jotna chairman Abdou Njie told The Fatu Network at Sting Corner as the protesters gathered for a march to Denton Bridge.

At 10;30am, the protesters began a five kilometers walk from Sting Corner to Denton Bridge, chanting ‘three years, three years’.

At Denton Bridge, there was mild drama after some of the protesters reacted with anger over President Barrow’s decision to entrust government spokesperson Ebrima Sankareh with the task of meeting with the protesters. Some of the protesters insisted he was junior government official who they should not hand their petition to.

fatunetwork.net

ALERTA VERMELHA

POSSIBILIDADES DE CONFRONTOS E SANGUE OU VIDAS INOCENTES PODERÃO SER CEIFADAS INJUSTAMENTE.

A COMUNIDADE INTERNACIONAL ESTA CONSCIENTE DA DERROTA DE DSP NA 2ª VOLTA DAS PRESIDENCIAIS.

OVÍDIO PEQUENO E DIPLO ESTÃO FAZENDO UM TRABALHO NA SECRETARIA.

NO ENTANTO, GENERAL SISSOKO E TODOS OS SEUS APOIANTES E O POVO EM GERAL ESTÃO ATENTOS AS MANOBRAS MAQUIAVÉLICAS QUE SE APROXIMAM.

O DESESPERO É GRANDE E A AFLIÇÃO, DISSO NINGUÉM PODE IMAGINAR.

Fonte: dokainternacionaldenunciante.blogspot.com

Paixão do Povo Na Ratina do Sol! - Chegada do Canditado mais popular do momento, Umaro Sissoco Embaló em Mansoa na Ratina do Sol; povo quer algo acontece;


Chegada do Canditado mais popular do momento, Umaro Sissoco Embaló em Mansoa na Ratina do Sol; povo quer algo acontece;

Após os percursos nas Tabancas da região de Oio, Umaro chega Mansoa para um pequeno comício ruma à Bissorã, felizmente para um mega comício popular; USE que, deste primeiras horas, está acompanhado pelos grandes reforços políticos, Nuno Gomes Nabian, José Mário Vaz, Carlos Gomes Júnior, PRS, APU-PDGB, M. RGB, Nado Mandiga, Braima Obama, Botche Cande entre ouros; face às eleições presidenciais;

Nô vota Na Umaro Sissoko Embaló na dia 29 de Dezembro.


Obrigado Mansoa!


Umaro sissoko Embalo recebido no sector de de Mansoa, Bastião do PRS e APU-PDGB, enfim Oio região da massa popular do Madem-G-15;


Embaló que está acompanhado por: Aberto Nambeia, Nuno Gomes Nabian, Botche Cande, Fernando Gomes, Carlos Gomes Júnior, Braima Camará, Nado Mandiga entre outros. Ambos dão forças políticas a Canditado do MADEM-G15 em todo território nacional;

Votem no Canditado número 02, Umaro Sissoco Embaló para continuarmos em paz que o José Mário Vaz conquistou.

Madem-G15/Sector Autónomo Bissau

Conferência de imprensa do Carlos Gomes Júnior


Mutaro Uldada Cisse 

TEMPO DE ANTENA


Antonio Iaia SEidi

LANÇAMENTO OFICIAL DO MOVIMENTO GERAÇÃO DE CONCRETO


segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

SINDICATOS DOS PROFESSORES EM GREVE A EXIGIR O CUMPRIMENTO DO MEMORANDO ASSINADO COM GOVERNO

Inicia, hoje, (16/12) a greve de cinco dias no sector ensino, convocada pelos quatro Sindicatos de Professores que exigem do governo o cumprimento do memorando de entendimento assinado a 8 de Janeiro de corrente ano.

Na entrevista à Rádio Sol Mansi, o porta-voz dos sindicatos em causa Bunghoma Duarte Sanhá, disse que estão na greve tendo em conta o incumprimento do governo dos acordos assinados com os sindicatos há quase um ano.

“É só para confirmar que a greve efectivou desde 7 horas de manhã, neste momento os professores estão sentados em cumprimento das orientações dadas pelas direcções destes Sindicatos. Estamos a reivindicar o cumprimento do memorado de entendimento assinado a 8 de Janeiro do corrente ano e a decisão do governo de cortar os salários dos professores”, confirma Bunghoma Sanhá.

Questionado se os professores da região de Biombo não vão beneficiar do subsídio de isolamento, Bunghoma Duarte Sanhá sustenta que as escolas de Plack1, Plack2 e de Bôr são os que não receberão o subsídio de isolamento, mas não é a região de Biombo na sua totalidade, “ porque quem está em Pidjin, em Quinhamel, em Bigimita e em Prábis têm direito a subsídio de isolamento”, disse o sindicalista.

Os sindicatos de professores projectam outra vaga de greve de 60 dias a iniciar no mês de Janeiro de 2020, caso o governo não cumprir o compromisso assumido com os professores de pagamento de salário atrasado, aplicação de estatuto de carreira docente, entre outros pontos em causa.  

Por: Quina Nhaté  

radiosolmansi.net

DIRECTOR DO CENFOJ: SECTOR DE JUSTIÇA PRECISA DE UMA REFORMA PONTUAL

O director do Centro Nacional de Formação Judiciária (CENFOJ) diz esta segunda-feira (16/12) que o sector de justiça precisa de uma reforma pontual para responder os anseios da sociedade.

A ideia é sustentada no âmbito do seminário de validação do relatório da missão do diagnóstico para “Um CENFOJ de Futuro”.

Para João Mendes, a justiça deve ter o seu papel na sociedade de regulador por isso deve ser célere para a população a fim de evitar os danos posteriormente.

“A justiça da Guiné-Bissau está como o país, por isso precisa de reformas pontuais para ter o seu papel numa sociedade em que a justiça seja célere e precisa da formação humana assim como na capacitação e criação de condições materiais a fim responder as exigências da actualidade”, atirou o director do CENFOJ.

O Procurador-geral da República Ladislau Clemente Embassa lamentou como a situação da justiça tem vindo a ser tema de debate nos últimos anos nos órgãos de comunicação sociais.

“Lamentavelmente no nosso país, a justiça tornou-se desde alguns anos, tema central de debate política e na opinião pública e em particular na comunicação social que descobriu nela um objecto capaz de alimentar constantemente a curiosidade com ansiedade insaciável de encontrar um “bode de expiatório” para o mal do país”, referiu Embassa.

Por: Marcelino Iambi

radiosolmansi.net

Esta é a Luxuosa Vida de Lionel Messi


Viva a ignorância! Como rir, chorar e enriquecer no mercado da miséria intelectual

A Parábola dos Cegos, 1568, Pieter Bruegel (Foto: WikiArte/Domínio Público)

Ignorância como matéria-prima

Ignorância, por definição, é o estado de quemc não tem conhecimento ou cultura: um desconhecimento por falta de estudo, experiência ou prática. Todos nascem ignorantes e, em certo sentido, essa é a nossa identidade original. Mudar esse estado, ou não, sempre foi uma opção política tanto quanto o resultado de um esforço pessoal.

Por muito tempo, havia consenso de que era necessário superar a ignorância para desenvolver as potencialidades de cada indivíduo e fortalecer a sociedade. Mesmo a abstração do “homem econômico”, transformado em modelo do “indivíduo desejável” tanto no liberalismo clássico quanto no neoliberalismo, supõe uma pessoa que superou a ignorância para se tornar capaz de calcular as vantagens pessoais que possa obter a partir de suas decisões e ações. Em apertada síntese, a ignorância, até bem pouco tempo, era vista como uma negatividade. Mesmo as pessoas mais ignorantes procuravam fingir algum tipo de conhecimento diferenciado ou de erudição. Hoje, ao contrário, passou a ser percebida como uma positividade e tratada como uma mercadoria.

A ignorância é um estado que possui valor porque pode ser explorada tanto no plano econômico quanto no plano político. É a matéria prima para um processo de subjetivação que não enfrentará resistência de valores como a “verdade”, a “solidariedade”, a “inteligência”, a “lógica” etc. A partir da ignorância é possível potencializar tanto o mercado quanto a adesão acrítica a um regime político. Manter a ignorância tornou-se, então, uma das principais metas da “arte de governar”.

Diante da valorização econômica da ignorância, o “homem ignorante” é ressignificado e passa a ser percebido como o tipo-ideal de cidadão: aquela pessoa que se caracteriza pela simplicidade com que todos podem se identificar. A “educação” e a “cultura”, por sua vez, começam a ser tratadas como ameaças que precisam ser afastadas. Instaura-se, assim, um novo modo de governo, mais eficaz e barato: o governo para e pela ignorância.

Com a demonização da educação e da cultura (percebidas como atividades degeneradas e “ideológicas”), aparece o indivíduo com orgulho de ser ignorante, como demonstra a adesão sem reflexão às posturas anti-intelectualistas em voga na sociedade. Em uma curiosa inversão valorativa (e, com toda manifestação ideológica, não percebida enquanto tal), o intelectual (aquele que se diferencia por um saber específico) torna-se objeto de reprovação social, enquanto aumenta a ode à ignorância e a espetacularização do desconhecimento.

Diante desse quadro, cada vez mais pessoas buscam se expressar a partir de uma linguagem empobrecida, com o recurso a slogans, frases feitas, chavões, jargões e construções gramaticalmente pobres, com o objetivo de serem compreendidas e contarem com a simpatia de interlocutores que eles supõem serem ignorantes. A orientação para os governantes, a oposição, os jornalistas, os gerentes e diretores de grandes empresas é a de se limitar a formulações simples (sujeito-verbo-complemento) e utilizar um vocabulário pobre para conseguir a atenção de um auditório que eles acreditam (e agem para tornar) cada vez mais inculto.

Revisitar um discurso ou uma conferência de imprensa dos principais políticos do século passado, e compará-los com os eleitos de hoje, gera profundo incômodo. A questão ultrapassa limites territoriais ou ideológicos: para não falar do Brasil, basta comparar as manifestações públicas do General De Gaulle ou de François Mitterand com as de Nicolas Sarkosy e François Hollande. A redução dos standards de conhecimento e educação necessários para chegar ao poder são evidentes (como demonstram as manifestações do presidente brasileiro Jair Bolsonaro sobre a mulher do presidente francês Emmanuel Macron e o “boicote” à marca de canetas Bic).

Hoje, as referências culturais da grande maioria dos políticos não ultrapassam citações a Chaves (não o político venezuelano, mas o personagem infantil mexicano) ou, na melhor das hipóteses, a Valdemort (da saga Harry Poter). Os déficits culturais são evidentes tanto entre os eleitos quanto entre os eleitores: O desconhecimento de Jean Valjean e dos irmãos Karamazov é proporcional ao crescimento do capital político de atores pornôs fracassados, cantores de qualidade duvidosa e jovens dirigentes de milícias virtuais especializados em ofender e divulgar fake news. As mesmas pessoas que desconhecem a Ilíada de Homero são os que gritam “mito” e “herói” para defensores da tortura, de ilegalidades e das ditaduras militares latino-americanas.

Em um clima de indigência intelectual, qualquer personagem saído de um circo de horrores ou de um programa de auditório brasileiro (igualmente horroroso, por explorar a pobreza e a desgraça) pode chegar à presidência da República. Basta pensar que a cada campanha eleitoral diminuem o número de palavras e verbos utilizados nos debates e nos programas de governo. Os debates televisivos entre os candidatos, com suas regras que inviabilizam a formulação de ideias e a exposição de argumentos com alguma profundidade, são outros exemplos que sinalizam a desimportância do conhecimento, tanto à direita quanto à esquerda, no campo político.

Nas grandes empresas, não é diferente. Métodos de “gerência” importados dos Estados Unidos buscam bloquear a reflexão e otimizar a alienação para fazer dos trabalhadores meros autômatos. Alguns sintomas desse incentivo à ignorância no ambiente das grandes empresas são facilmente percebidos, tais como o abuso do PowerPoint para orientar as formas de atuação dos empregados a partir de imagens pensadas para pessoas incapazes de interpretar um texto; a contratação de consultores externos, diante do reconhecimento da incapacidade do pensamento no ambiente da empresa etc.

Também no campo do jornalismo a perda da qualidade intelectual é perceptível. Não é uma obra do acaso: para a manutenção da ignorância é necessário atacar tanto a educação quanto a liberdade de expressão. A stardardização e a uniformização dos conteúdos jornalísticos somadas à precarização da profissão de jornalista e à concentração de poder nos blocos midiáticos (dominados por empresários sem preocupações filantrópicas), fenômenos típicos a partir da racionalidade neoliberal, são o retrato da derrocada do jornalismo em todo o mundo.

A necessidade de manter o emprego e o desejo de atender aos detentores do poder econômico comprometem a qualidade da informação e impossibilitam que determinados assuntos, notícias ou reflexões que não interessem aos patrões sejam veiculados. Cada vez mais são “fabricados” jornalistas ignorantes para produzir desinformação e, assim, divulgar/produzir ignorância. A opção por oferecer informações e discursos simplificados, de priorizar o fútil e o insignificante em lugar da informação e da reflexão, também são uma opção política tanto dos empresários que controlam os meios de comunicação quanto da pequena casta de jornalistas que exercem postos chaves no mercado de produção de notícias.

O exemplo do tratamento jornalístico dado pelo Grupo Globo à chamada Vaza Jato, conteúdo informativo que atinge a imagem de “herói” do atual Ministro da Justiça brasileiro, é um exemplo bem evidente de como opções políticas e econômicas das empresas apostam na ignorância da população e comprometem a qualidade da atividade jornalística. Trata-se de uma questão exclusivamente econômica: notícias de evidente interesse público não são divulgadas (ou são desqualificadas) para que não se perca o investimento na construção midiática do herói Moro.

A hipótese deste pequeno artigo é a de que é preciso reconhecer a vitória da ignorância. O reconhecimento da derrota da inteligência e a identificação dos mecanismos e funcionalidades da gestão da ignorância são os antecedentes lógicos da reflexão e da criação de estratégias que recuperem a importância da educação e da cultura na construção de uma sociedade menos injusta (e, portanto, mais inteligente).

Ignorância e identidade

A ignorância é um dado natural. Basta não educar ou educar precariamente para conseguir essa matéria-prima. Mantê-la, incentivá-la e explorá-la passam a ser objetivos estratégicos (e biopolíticos) tanto de governantes quanto de empresários. Isso porque a ignorância permite uma nova e mais produtiva forma de reificação, uma radical impossibilidade de “reconhecimento” (que não se resume à mera identificação): o desconhecimento a respeito dos outros seres humanos, dos mecanismos de exclusão, das técnicas e dispositivos de opressão e do como se interage com outras pessoas.

O valor político da “ignorância”, que facilita a introjeção de uma normatividade adequada aos interesses dos detentores do poder político e do poder econômico, está ligado à ideia de identidade. É a ignorância que permite uma identificação direta com ampla parcela da população, uma identificação a partir da falta de conhecimento/informação e da miséria intelectual.

A identificação é um processo através do qual tanto a identidade pessoal quanto as relações sociais são construídas. Todavia, em um quadro de empobrecimento da linguagem e de pobreza intelectual, a “identificação” leva à formação de indivíduos que se submetem aos mandamentos daqueles com os quais se identifica e, ao mesmo tempo, à exclusão de todos os que não se adaptam a eles, em um fenômeno tendencialmente violento. Essa violência, não raro, adquire uma forma institucionalizada na medida em que é organizada e passa a contar com o apoio tanto do governo quanto dos grupos de interesse que controlam as máquinas de produção de subjetividades (televisão, smartphones, redes sociais, etc.). A divisão da sociedade entre os “desejáveis” e os “indesejáveis” é uma opção política facilitada pela ignorância que permite fazer com que criminosos recebam o tratamento de “heróis”, ao mesmo tempo em que todos aqueles que não interessam aos detentores do poder são criminalizados/demonizados.

Note-se que a identidade pela ignorância é um fenômeno correlato ao da ascensão de ignorantes ao poder econômico e ao poder político, ou mesmo à tentativa de parecer cada vez mais ignorante para conseguir enganar e explorar pessoas rotuladas como ignorantes. Há uma espécie de captação simbólica e o surgimento de uma nova figura de autoridade que se caracteriza tanto pela ignorância quanto pelo sucesso político e/ou econômico. A mensagem do detentor do poder poderia ser traduzida nos seguintes termos: “sou tão ignorante quanto você, mas cheguei ao poder, você também consegue, basta me seguir e/ou copiar”.

Hoje, ao detentor do poder político ou do poder econômico basta repetir fórmulas prontas, slogans, piadas preconceituosas e outras manifestações associadas à ignorância, ao preconceito ou à burrice para angariar o apoio e a simpatia de pessoas que foram levadas a acreditar que o desconhecimento não é um obstáculo à realização pessoal. Políticos, empresários, jornalistas e funcionários públicos disputam a imagem do ignorante para retirar proveito e lucrar.

Ignorância e autoritarismo

Não há como manter um regime autoritário sem “investir” na ignorância. Um povo ignorante pode não só ficar apático diante do autoritarismo como verdadeiramente desejá-lo, na tentativa de suprir o medo que deriva do desconhecimento sobre fenômenos e valores democráticos como a liberdade e a verdade.

A ignorância adquire assim um caráter funcional para o autoritarismo. É o elemento que, ao mesmo tempo, faz a ligação entre o governante e grande parcela da população, bem como permite a manipulação da opinião pública na construção de consensos antidemocráticos. É a ignorância que fomenta a base social que naturaliza o absurdo.

O indivíduo ignorante acredita que ele e suas limitações são o retrato do mundo. Incapaz de operar a distinção entre discurso e realidade, entre o essencial e o superficial, torna-se facilmente massa de manobra. Não por acaso, a ignorância é a matéria prima para as mais variadas formas de populismo, nas quais a emoção e os sentimentos manipulados substituem a reflexão crítica, os argumentos racionais e as demonstrações empíricas. O desconhecimento da complexidade da sociedade, e a insegurança gerada por essa ignorância, favorecem o surgimento de tendências psicopolíticas e movimentos de massa reacionários, que buscam em um passado idealizado a segurança perdida e o sentido da vida.

No lugar do convencimento por argumentos racionais, o governo pela ignorância atua a partir do reforço de preconceitos, da exploração das confusões conceituais e do preenchimento dos vazios cognitivos com as “certezas” do governante, visto como um igual (ignorante) que deu certo (e aqui reside uma contradição performática que a cegueira da ignorância impede que seja percebida).

A exploração da ignorância por regimes autoritários não é uma novidade. Theodor Adorno, nos anos 1940 e 1950, durante suas pesquisas sobre a personalidade autoritária, já apontava que “todos os movimentos fascistas modernos, inclusive os praticados por demagogos americanos contemporâneos, tem visado os ignorantes”. O que mudou, hoje, é que a ignorância deixou de ser velada para se tornar celebrada.

Festival de besteiras que assolam o Brasil e o mundo

Em todo mundo, o uso político da ignorância (naquilo que Marcia Tiburi, ainda em 2017, chamou de “ridículo político”) se faz cada vez mais frequente.

Na França, o país das “Luzes”, não é diferente. Em 2011, Fréderic Lefebvre, secretário de Estado do governo Sarkozy, disse que o livro que mais o marcou foi “Zadig &Voltaire”, confundindo a obra “Zadig” de Voltaire com a famosa marca de prêt-à-porter de luxo quase homônima. O próprio Nicolas Sarkozy, também em 2011, confundiu o nome do filosofo Roland Barthes com o do campeão de futebol Fabien Barthez e acabou homenageando o pensador “Roland Barthesse”. Por sua vez, a ministra de Emmanuel Macron, Muriel Pénicaud, por ocasião da morte da escritora Toni Morrison, declarou que foi a partir dessa autora afro-americana que os negros finamente entraram para os “grandes nomes da literatura”, ignorando a existência de Aimé Césarie, Léopold Sedar Senghor e vários outros brilhantes e conceituados escritores negros que surgiram antes de 1970.

A era Trump também é famosa pela instrumentalização da ignorância. O próprio Trump chegou a declarar que o conceito de aquecimento global “foi criado por chineses para as fábricas americanas não conseguirem competir”. O Brasil, porém, encontra-se em um outro patamar na arte de governar pela ignorância. Apenas nos últimos seis meses, os exemplos do “festivas de besteiras que assola o país” comprovam que a ignorância virou tanto método quanto objetivo de governo. Dentre os muitos exemplos que poderiam ser citados, vale mencionar a declaração do chanceler brasileiro Ernesto Araújo associando o aumento da temperatura global com o “asfalto quente”. Também não podem ser esquecidas tanto a afirmação da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de que as pessoas não passam fome no Brasil “porque tem mangas nas cidades” quanto as “denúncias” da ministra Damares Alves de que a violação sexual de meninas estaria ligada à “falta de calcinhas” em determinadas localidades. Ou de que a personagem Elza do filme Frozen, dos Estúdios Disney, seria lésbica. Também não poderiam ficar de fora o ministro da Educação, Abraham Weintraub, que tentou explicar o corte de verbas nas universidades públicas usando “chocolates” para simbolizar os valores e errou o cálculo (com o presidente da República se aproveitando da “demonstração” para comer um dos chocolates), e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que disse que a nuvem de fumaça que cobriu o céu brasileiro em razão dos incêndios na Amazônia (vale lembrar que só os desmatamento em agosto deste ano subiram 222% em relação a agosto de 2018) era uma fake news.

Ignorância: uma história de sucesso

Para encerrar, e comprovar a hipótese de que a ignorância no Brasil faz sucesso, vale lembrar de duas pérolas de Olavo de Carvalho, o guru intelectual do governo de Jair Bolsonaro, de muitos militantes de direita e de parcela das forças armadas brasileiras (que ainda acredita estar em meio a uma guerra contra o “marxismo cultural” e a ameaça comunista). Para ele (e seus seguidores), é crível a tese de que as músicas dos Beatles teriam sido compostas pelo filósofo alemão Theodor Adorno, como parte de uma grande conspiração para destruir a sociedade, bem como muito provável a ligação entre o Papa Francisco, a KGB e George Soros em uma espécie de “plano infalível” para dominar o mundo da esquerda mundial.

O fato de Olavo de Carvalho ocupar o espaço de “intelectual” da extrema-direita precisa ser objeto de atenção. Trata-se de um filósofo que divulga certezas delirantes enquanto projeta uma “revolução cultural obscurantista” a partir da tese de que se deve lutar contra a “revolução cultural marxista” (em um interessante caso de apropriação das lições de Gramsci). Pessoas como Olavo de Carvalho costumam ser desprezadas pela “inteligência” brasileira: não deveriam. Vale lembrar que ele foi capaz de construir uma obra (escreveu mais do que muitos “intelectuais” de esquerda que se mantém escondidos do debate público) a partir de teses que propagam a desinformação e contam com a ignorância (a “cabeça vazia”) dos leitores. Pode-se dizer que com ele nasce o “intelectual orgânico” da ignorância. No lugar do “marxismo cultural”, Olavo faz surgir o oxímoro “ignorância cultural”.

RUBENS R.R. CASARA é juiz de Direito do TJRJ e escritor. Doutor em Direito e mestre em Ciências Penais. É professor convidado do Programa de Pós-graduação da ENSP-Fiocruz. Membro da Associação Juízes para a Democracia e do Corpo Freudiano

Fonte: revistacult.uol.com.br

Leia a coluna Além da Lei toda segunda no site da CULT

Secção de Cumere!

À caminho de Mansoa e Bissorã, Umaro Sissoko Embalo acompanhado pelos altos dirigentes partidários e antigos dirigentes do país: Ex PM Faustino F Imbali, Nuno Gomes Nabiam do APU-PDG, Alberto Nambeia do PRS, Coordenador Nacional do Madem-G15, Braima Camará, Fernando Mendes do Movimento-Ba-fata RGB; estão ao lado do Candidato do Madem-G15 Umaro face às Presidênciais de 29 do coerente;

Todos Unidos para reforçar o Embaló para a presidência da Guiné-Bissau, outros por exemplo: Botche Candé, Fernando Gomes, Braima Obama, etc; estão espalhados a todo território nacional, para uma única voz.

Vota Umaro Sissoko Embalo para o bem estar de todos os Guineenses.




 

Madem-G15/Sector Autónomo Bissau

Oio-Nhacra Tabanca de Cuntanga! - Passo à passo, Umaro Sissoco Embaló em percursos políticos face às eleições presidenciais.

Nuno Gomes do APU-PDGB, Alberto Nambeia do PRS, Braima Camará do Madem-G-15; lado a lado do candidato mais popular do momento Umaro Sissoco Embaló, quarto dia de campanha eleitoral;



Madem-G15/Sector Autónomo Bissau