domingo, 13 de abril de 2025

"Ultrapassa limites da decência". Europa e EUA reagem a ataque a Sumy

Por LUSA   13/04/2025

Os Estados Unidos consideraram hoje que o ataque russo à cidade ucraniana de Sumy, que causou pelo menos 32 mortos e 80 feridos, "ultrapassa os limites da decência" e "é inaceitável".

"O ataque das forças russas a alvos civis em Sumy ultrapassa os limites da decência. Como antigo oficial militar, sei o que são ataques direcionados e isto é inaceitável", escreveu o enviado dos Estados Unidos para a Ucrânia, Keith Kellogg, na rede social X, citado pela AFP.

No mesmo sentido, vários líderes e governos europeus manifestaram-se chocados com o ataque com mísseis balísticos que a Rússia lançou esta manhã contra a cidade de Sumy, no nordeste da Ucrânia.

"Toda a gente sabe que só a Rússia queria esta guerra. Hoje, é claro que é a Rússia sozinha que escolhe prossegui-la", escreveu o Presidente Francês, Emmanuel Macron, também numa mensagem na rede social X.

Segundo Macron, "são necessárias medidas fortes para impor um cessar-fogo à Rússia", e "a França está a trabalhar incansavelmente neste sentido, com os seus parceiros".

Também o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, já se manifestou contra o ataque a Sumy, afirmando estar "chocado com os horríveis ataques".

"Estou chocado com os horríveis ataques da Rússia contra civis em Sumy e os meus pensamentos estão com as vítimas e os seus entes queridos", escreveu o líder trabalhista, igualmente na rede social X, citado pela AFP.

Segundo escreveu Starmer, "este último ataque assassino é uma recordação brutal do banho de sangue perpetrado por Putin", que apelou mais uma vez à Rússia para que aceite um cessar-fogo "total e imediato".

O chanceler alemão, Olaf Scholz, considerou, numa declaração divulgada pelo Governo alemão, que "estes ataques russos demonstram a extensão da alegada vontade da Rússia em alcançar a paz", defendendo que "esta guerra tem de acabar e a Rússia tem de aceitar finalmente um cessar-fogo abrangente".

"As imagens do centro de Sumy, onde os mísseis russos mataram civis inocentes no Domingo de Ramos, são terríveis", afirmou Olaf Scholz.

A Itália, pela voz da primeira-ministra Giorgia Meloni condenou o ataque russo a Sumy: "Neste dia santo de Domingo de Ramos, um novo ataque russo horrível e cobarde teve lugar em Sumy, mais uma vez fazendo vítimas civis inocentes, incluindo, infelizmente, crianças".

"Condeno veementemente esta violência inaceitável, que contradiz qualquer verdadeiro empenhamento na paz (...). Continuaremos a trabalhar para pôr termo a esta barbárie", escreveu Meloni no Whatsapp, citada pela AFP.

O primeiro-ministro português, Luis Montenegro, condenou igualmente aquele ataque russo, que considerou ser "intolerável".

"Os ataques russos à cidade de Sumy são intoleráveis. Toda a solidariedade para com as vítimas e com o Presidente Zelensky. A Rússia continua em violação flagrante do direito internacional. Portugal está ao lado da Ucrânia e do lado do cessar-fogo proposto pelos EUA", escreveu Luis Montenegro numa publicação na rede social X.

Horas antes, o Governo português já tinha condenado aquele ataque russo numa publicação na conta oficial do Gabinete do Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, na rede social X.

"O Governo português condena o terrível ataque russo a Sumy, que fez dezenas de vítimas. Apresenta pêsames às famílias e ao povo ucraniano. Insta a Federação Russa a abster-se de todas as hostilidades e a aceitar o cessar-fogo já aceite pela Ucrânia", declarou o Governo de Portugal.

Um ataque de mísseis russos realizado hoje de manhã no centro de Sumy, no nordeste da Ucrânia, matou pelo menos, 31 pessoas, incluindo duas crianças, e causou 84 feridos, segundo um balanço publicado pelos serviços de emergência ucranianos.

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pediu, entretanto, uma "resposta forte do mundo" ao ataque a Sumy numa publicação na rede social Telegram.

"Precisamos de uma resposta forte do mundo. América, Europa, todos os que querem que esta guerra e estas mortes terminem. A Rússia quer exatamente este tipo de terror e está a arrastar esta guerra", sublinhou o chefe de Estado ucraniano.


Leia Também: Governo português condena "terrível ataque" russo à cidade de Sumy



Angola registou 12 óbitos e 245 novos casos de cólera, nas últimas 24 horas, ultrapassando os 12 mil casos, com um total de 465 mortes, desde o início do surto, em janeiro passado, divulgou o Ministério da Saúde.

 

Por LUSA   13/04/2025

Angola ultrapassa 12 mil casos de cólera desde o início do surto

Angola registou 12 óbitos e 245 novos casos de cólera, nas últimas 24 horas, ultrapassando os 12 mil casos, com um total de 465 mortes, desde o início do surto, em janeiro passado, divulgou o Ministério da Saúde.

De acordo com os dados disponibilizados até sexta-feira, 11 províncias das 17 afetadas registaram novas infeções, com Benguela a liderar a lista de casos, com 97 dos 245 casos.

Relativamente aos óbitos, Benguela também somou o maior número de mortes nas últimas 24 horas, com nove das 12 pessoas falecidas.

Com as novas infeções e mortes reportadas até sexta-feira, Angola registou, nos últimos três meses, 12.193 casos e 465 óbitos.

Nas últimas 24 horas, 172 pessoas receberam alta, estando internadas 1.181 outras com cólera.

O surto de cólera, com os primeiros casos registados em Luanda, capital de Angola, foi declarado pelas autoridades angolanas a 07 de janeiro deste ano.

Os Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, estão a exigir o controlo de um importante gasoduto que transporta gás russo através da Ucrânia para a Europa. Esta exigência faz parte de um pacote mais alargado de negociações com Kiev sobre o acesso a minerais e outros recursos naturais ucranianos, segundo escreve o “The Guardian”.

Por  Sicnoticias    13/04/2025

Trump exige controlo de importante gasoduto que leva gás russo para a Europa

Presidente dos Estados Unidos quer que Kiev ceda uma importante infraestrutura estratégica como moeda de troca pelo apoio militar prestado no passado.

Trump exige controlo de importante gasoduto que leva gás russo para a Europa

Os Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, estão a exigir o controlo de um importante gasoduto que transporta gás russo através da Ucrânia para a Europa. Esta exigência faz parte de um pacote mais alargado de negociações com Kiev sobre o acesso a minerais e outros recursos naturais ucranianos, segundo escreve o “The Guardian”.

Donald Trump quer que a Ucrânia entregue os seus recursos naturais como moeda de troca pelas armas que foram enviadas pela anterior administração de Joe Biden.

Nesse sentido, o Presidente norte-americano exige que a Corporação Financeira Internacional para o Desenvolvimento do governo dos EUA assuma o controlo do gasoduto de gás natural, que se estende entre a cidade de Sudzha, no oeste da Rússia, à cidade ucraniana de Uzhhorod, numa distância de cerca de 1,2 mil quilómetros.

Volodymyr Landa, um economista sénior do Centro de Estratégia Económica, um grupo de analistas de Kiev, disse ao jornal britânico que os norte-americanos queriam “tudo o que pudessem” e que as suas exigências intimidatórias de “tipo colonial” dificilmente seriam aceites pela Ucrânia.

As conversações entre as duas potências têm sido cada vez mais acrimoniosas, segundo fontes citadas pela agência Reuters.

Recorde-se que, no ano passado, o Presidente ucraniano Volodymiyr Zelensky propôs dar aos Estados Unidos a possibilidade de acesso ao sector mineral da Ucrânia, em troca de proteção face à Rússia, com o envio de armas norte-americanas.

Trump, por sua vez, recusou dar garantias de segurança à Ucrânia, mas manteve o interesse na sua oferta inicial. “O acordo deve ser benéfico tanto para os Estados Unidos como para a Ucrânia”, respondeu Zelensky, na passada quinta-feira.

Ataque russo causou "muitos mortos". Rússia acusa Kyiv de violar acordo

Por LUSA13/04/2025

Um autarca ucraniano denunciou este domingo que um ataque russo causou "muitos mortos" no nordeste da Ucrânia, ao mesmo tempo que a Rússia acusa Kiev de violar as "tréguas energéticas" por ter lançado vários mísseis, no sábado, contra regiões russas.

"Muitos mortos hoje após um ataque de mísseis", denunciou o presidente da Câmara de Soumy, no nordeste da Ucrânia, Artem Kobzar, nas redes sociais e citado pela AFP, acrescentando que "o inimigo voltou a atingir civis".

Também esta manhã, Moscovo acusou as autoridades ucranianas de terem lançado um ataque com mísseis sobre território ucraniano, no sábado.

Segundo a agência Efe, que cita o Ministério da Defesa russo, as defesas antiaéreas abateram no sábado 13 drones ucranianos: 12 drones foram abatidos na região de Rostov e um em Belgorod.

De acordo com as autoridades russas, não foram registadas vítimas naqueles ataques.

A Rússia garantiu que tem informado os Estados Unidos de todas as violações da trégua energética por parte da Ucrânia.

Em comunicado, Moscovo acusou Kiev de "continuar com os ataques unilaterais contra as infraestruturas energéticas russas, violando os acordos russo-americanos", que estabelecerem um cessar-fogo por um período de 30 dias a partir de 18 de março.

Segundo as autoridades russas, a Ucrânia já violou o acordo mais de 60 vezes.

No dia 18 de março, o Presidente russo, Vladimir Putin, aceitou a proposta do Presidente dos EUA, Donald Trump, de uma moratória de 30 dias sobre os ataques as infraestruturas energéticas, à qual o Presidente da Ucrânia, Volodymir Zelensky, aderiu uma semana depois.

No entanto, desde o início daquela moratória que Kiev e Moscovo trocam acusações de violação do acordo, embora o Kremlin afirme repetidamente que as forças armadas russas estão a cumprir integralmente a ordem do Presidente de não atacar as infraestruturas energéticas ucranianas.

Obras de Reabilitação nas Ruas da Cidade de Bafata: Régulo de Cosara Mamadu Nenê Balde agradece o PR General Umaro Sissoco Embalo pelo trabalho para requalificar a cidade natalícia do Fundador da Nacionalidades Guineense e Cabo-verdiana, Amílcar Lopes Cabral.

 

O presidente norte-americano expressou no sábado otimismo no que diz respeito às relações entre a Ucrânia e a Rússia, apesar de os ataques de ambos os lados prosseguirem.

Por LUSA 

"Relação entre a Ucrânia e a Rússia pode estar a correr bem", diz Trump

O presidente norte-americano expressou no sábado otimismo no que diz respeito às relações entre a Ucrânia e a Rússia, apesar de os ataques de ambos os lados prosseguirem.

"Penso que a relação entre a Ucrânia e a Rússia pode estar a correr bem. E eles vão descobrir isso em breve. Chega a um ponto em que é preciso aguentar ou calar-se. Veremos o que acontece, mas acho que está a correr bem", explicou Donald Trump à comunicação social a bordo do Air Force One, o avião presidencial dos EUA.

"Temos muitos conflitos a decorrer em todo o mundo e penso que em breve vamos ter boas notícias sobre alguns desses conflitos", afirmou, enquanto viajava da residência de Mar-a-Lago, na Florida, para Miami, para assistir a um combate de artes marciais mistas.

As declarações de Trump surgem depois de o enviado especial dos EUA para o Médio Oriente, Steve Witkoff, ter tido uma longa reunião com o Presidente russo, Vladimir Putin, na cidade russa de São Petersburgo, na sexta-feira.

Pouco antes da reunião, Witkoff instou a Rússia a tomar medidas para pôr termo às hostilidades na Ucrânia, com o objetivo de levar as duas partes a assinar um acordo de paz.

Nos últimos dias, Kyiv e Moscovo têm denunciado repetidamente os ataques, e a Rússia poderá abandonar a trégua energética acordada com a Ucrânia a 16 de abril, devido ao que o Kremlin considera serem constantes violações da moratória por parte de Kyiv.

Na sexta-feira, o Presidente norte-americano manifestou frustração com a falta de progressos entre a Ucrânia e a Rússia, disse a porta-voz da Casa Branca.

"O presidente foi muito claro ao expressar a contínua frustração com ambos os lados deste conflito e quer ver o fim da guerra", declarou a porta-voz em conferência de imprensa.

Equador decreta estado de emergência devido ao aumento da criminalidade e violência

 SIC Notícias

A medida, que suspende alguns direitos e permite a intervenção militar, foi decretada na véspera da segunda volta das eleições presidenciais e estará em vigor por 60 dias. O país enfrenta uma escalada de violência, com a taxa de homicídios a aumentar significativamente nos últimos anos.

O Equador declarou este sábado o estado de emergência em sete das suas 24 províncias, bem como na capital Quito e nas prisões, para responder ao aumento da violência relacionada com o tráfico de droga.

O estado de emergência foi decretado na véspera da segunda volta das eleições presidenciais, num país onde é cometido um homicídio por hora, segundo dados oficiais.

O estado de emergência estará em vigor por 60 dias em Quito, nas prisões do país e nas províncias de Guayas - cuja capital Guayaquil é uma das cidades mais afetadas pela violência - Los Ríos, Manabí, Santa Elena e El Oro, na costa do Pacífico.

São igualmente abrangidas as províncias amazónicas de Orellana e Sucumbíos, bem como a cidade mineira de Camilo Ponce Enríquez.

Recolher noturno em vários municípios

A medida suspende os direitos à inviolabilidade do domicílio e da correspondência, a liberdade de reunião e impõe um recolher obrigatório noturno em vários municípios. Também permite a intervenção do exército nas vias públicas.

O Presidente do país, Daniel Noboa, no poder desde novembro de 2023, impôs o estado de emergência em resposta ao "aumento da violência, da prática de crimes e da intensidade da perpetração de atos ilegais por grupos armados organizados", de acordo com o decreto.

Situado entre a Colômbia e o Peru, o Equador viu a taxa de homicídios aumentar de seis por 100.000 habitantes em 2018 para 38 em 2024, após um recorde de 47 em 2023.

Início de 2025, o mais sangrento desde que há registos

O Equador registou a maior taxa de mortes violentas da América Latina no ano passado, de acordo com o grupo especializado Insight Crime. O início de 2025 foi o mais sangrento desde que há registos, com mais de 1.500 homicídios registados em janeiro e fevereiro.

"O governo está a enfrentar um nível de violência de tal intensidade que ultrapassou os limites de controlo" das forças de segurança, refere ainda o decreto, acrescentando que 120 pessoas foram mortas entre 7 de março e 8 de abril.

Na sexta-feira, o Equador restringiu a entrada de estrangeiros nas suas fronteiras terrestres com a Colômbia e o Peru, os maiores produtores de cocaína do mundo, para garantir a segurança da segunda volta das eleições presidenciais.

Em janeiro de 2024, Daniel Noboa declarou o estado de emergência durante os 90 dias permitidos por lei para fazer face ao que designou por "conflito armado interno" desencadeado pelos bandos. Desde então, o estado de emergência tem sido reintroduzido ocasionalmente em algumas províncias.

A segunda volta das eleições presidenciais de domingo opõe Daniel Noboa à candidata de esquerda Luisa González.

sábado, 12 de abril de 2025

Guiné-Bissau : O Consórcio da Casa dos Direitos é a mais recente estrutura da sociedade civil da Guiné-Bissau a reagir à "perseguição" do presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) e considera "atropelos" aos direitos fundamentais do ativista, a presença este sábado (12.04) de homens armados na sua residência.

Por RCF  12/04/2025

Casa dos Direitos denuncia "atropelos" aos direitos fundamentais de Bubacar Turé 

O Consórcio da Casa dos Direitos é a mais recente estrutura da sociedade civil da Guiné-Bissau a reagir à "perseguição" do presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) e considera "atropelos" aos direitos fundamentais do ativista, a presença este sábado (12.04) de homens armados na sua residência. 

A estrutura representada por dez organizações da sociedade civil pede, em comunicado, uma investigação ao caso e a responsabilização dos autores da invasão da residência do presidente da LGDH.

Para a Casa dos Direitos, os objetivos de elementos que estiveram na Casa de Turé era "intimidar, silenciar e reprimir a liberdade de expressão na Guiné-Bissau".

Eis o comunicado na íntegra.

Os membros do consórcio da Casa dos Direitos, tomaram o conhecimento, através de familiares do Presidente da LGDH, Dr. Bubacar Turé, de que no dia 12, às 09 horas, seis homens não identificados invadiram a sua residência familiar para buscas ilegais.

Os homens alegaram ser agentes de justiça sem, no entanto, exibir qualquer notificação ou mandado judicial, insistiram em notificá-lo, e entraram, sem permissão, na sua residência familiar.

A confirmarem-se estes factos, em particular as alegações destes homens de serem agentes da justiça, a sua atuação decorreu à margem de todas as prerrogativas legais e configura um atropelo aos direitos fundamentais do cidadão Bubacar Turé com o objetivo de o intimidar, silenciar e reprimir a liberdade de expressão na Guiné-Bissau.

Exortamos, por isto o Estado da Guiné-Bissau, e em particular ao governo, a :

1. Investigar os factos denunciados pelos familiares do Dr. Bubacar Turé, e responsabilizar os seus autores pelos atos ilegais cometidos.

2. Assegurar que quaisquer suspeitas que recaiam sobre o Presidente da Liga dos Direitos Humanos são investigadas nos termos da Lei, respeitando o devido processo legal e com a máxima transparência.

3. Garantir a todos os cidadãos e em particular ao Presidente da Liga dos Direitos Humanos, o pleno gozo dos seus direitos de liberdade de expressão e de mobilidade.

4. Assegurar e respeitar os direitos humanos consagrados na Constituição e demais legislação em todas as suas atuações.

A Liga Guineense dos Direitos Humanos é um dos membros do Consórcio da Casa dos Direitos. Nós, membros do Consórcio da Casa dos Direitos, manifestamos a nossa profunda solidariedade ao Dr. Bubacar Turé, e a toda a sua família pela perseguição e invasão de privacidade.

Bissau, 12 de abril de 2025

O Consórcio da Casa dos Direitos

ACEP-Associação para Cooperação Entre os Povos

AD-Ação Para Desenvolvimento

AMIC-Associação dos Amigos das Crianças

AMPROCS-Associação das Mulheres Profissionais de Comunicação Social

LGDH-Liga Guineense dos Direitos Humanos

MIGUILAN-Mindjeris di Guiné Nô Lanta

RENAJ-Rede Nacional das Associações Juvenis

RENARC-Rede Nacional das Rádios Comunitárias

RENLUV-Rede Nacional de Luta Contra Violência Baseada no Género

TINIGUENA

43 ÁRBITROS RECÉM FORMADOS DA PROVÍNCIA SUL REGIÃO DE TOMBALI SECTOR DE CATIO RECEBEM HOJE OS SEUS CERTIFICADOS DO CURSO

Por Federação de futebol da Guiné-Bissau. 

Os árbitros de futebol recém formados pelos instrutores locais da arbitragem receberam hoje,12  de abril, os seus certificados do final do curso.  

A entrega dos certificados a quarenta e três (43) árbitros foi assistida pelo Presidente da Federação de futebol da  Guiné-Bissau, "Caito Teixeira".   

O curso de arbitragem foi organizado pela comissão de arbitragem da Federação de futebol da Guiné-Bissau. 

 Importa salientar que tomaram Parte  nesta formação dos novos árbitros do sector de Catio três novas árbitras.  

A Federação de futebol, pretendem ter uma arbitragem qualificada como sendo um dos pilares fundamentais para garantir a integridade do julgamento seguro e tecnicamente embasada, os atletas poderão competir com a confiança de que os seus esforços serão reconhecidos  de forma imparcial.  

Um corpo de árbitros bem treinado não apenas assegura a lisura da competição, mas também protege os competidores.

Bafata: Adulai Balde_Nhirbui, dirigente do MADEM-G15 junta-se à Adja Satu Camara Pinto, Coordenadora Nacional de Madem-G15, para apoiar o segundo mandato do PR General Umaro Sissoco Embalo.


Intervenção do deputado Adulai Baldé "NHIRBUI", destacado dirigente do MADEM-G15, após unir forças com Adja Satu Camará Pinto, Coordenadora Nacional do partido e, anunciou oficial de apoio ao segundo mandato do PR General Umaro Sissoco Embaló. Nhiribui deixa mensagem unidade e confiança.

Discurso di Carlos Sambú Coordenador Nacional de JUADEM em Bafata, na ocasião de volta de deputado Nhiribui

A Ucrânia triplicou a produção de armas em 2024 para 9.000 milhões de dólares (cerca de 7,9 milhões de euros) e espera que a capacidade potencial de produção do país atinja 35.000 milhões em 2025, foi hoje anunciado.

Por LUSA   12/04/2025

Ucrânia triplica produção de armas para 9.000 milhões de dólares em 2024

A Ucrânia triplicou a produção de armas em 2024 para 9.000 milhões de dólares (cerca de 7,9 milhões de euros) e espera que a capacidade potencial de produção do país atinja 35.000 milhões em 2025, foi hoje anunciado.

Oministro das Indústrias Estratégicas ucraniano, German Smetanin, afirmou que a produção de armas atingiu 1.000 milhões de dólares em 2022 e em 2023 e triplicou para 3.000 milhões de dólares em 2023.

A produção de mísseis também registou um forte crescimento em 2024, afirmou o ministro numa conferência sobre a produção militar ucraniana, segundo a RBC-Ucrânia.

"Em 2023, produzimos apenas um míssil de cruzeiro Neptune. No ano passado, novos produtos aumentaram a produção em oito vezes", observou.

A Ucrânia introduziu novos mísseis de cruzeiro e drones de lançamento de mísseis em 2024, incluindo Palianitsia, Peklo, Ruta e Bars.

Em outubro passado, o Presidente da Ucrânia, Volodymir Zelensky anunciou também o desenvolvimento de um novo míssil balístico.

Smetanin acrescentou que os mísseis Long Neptune e os mísseis balísticos ucranianos são utilizados mensalmente.

Além dos mísseis, a Ucrânia aumentou a produção de equipamento crítico para o campo de batalha. A produção de munições de artilharia e de morteiros aumentou 2,4 vezes.


Leia Também: Rússia denuncia novas violações de trégua na Ucrânia


Prepare-se para mais "uma mudança alucinante": a expansão do Universo "pode parar e voltar a colapsar"

Por Ashley Strickland, CNN

A astronomia é sempre tão fascinante

 Mais uma mudança alucinante”: novos dados sugerem que a misteriosa energia escura está a evoluir

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Novas pistas de um dos mais extensos estudos do cosmos até à data sugerem que a misteriosa energia escura pode estar a evoluir de uma forma que pode mudar a forma como os astrónomos compreendem o universo.

A energia escura é um termo que os cientistas utilizam para descrever uma energia ou força que acelera a expansão do universo. Mas embora represente 70% da energia do cosmos, os investigadores ainda não fazem ideia do que é exatamente a energia escura, diz Mustapha Ishak-Boushaki, professor de Física e Astrofísica na Universidade do Texas, em Dallas, EUA.

Ishak-Boushaki é copresidente de um grupo de trabalho para a colaboração do Instrumento Espectroscópico de Energia Escura, conhecido por DESI. O instrumento, agora no seu quarto ano de observação do céu, pode observar a luz de 5000 galáxias ao mesmo tempo. Quando o projeto terminar no próximo ano, terá medido a luz de cerca de 50 milhões de galáxias.

A colaboração, que inclui mais de 900 investigadores, permitiu a partilha de dados dos primeiros três anos de observações do DESI. Entre as descobertas contam-se as medições de cerca de 15 milhões de galáxias e quasares, alguns dos objetos mais brilhantes do Universo. Ishak-Boushak ajudou a liderar a análise dos últimos dados do DESI, que sugerem que a energia escura - há muito designada por “constante cosmológica”, uma vez que os astrónomos pensavam que era imutável - está a comportar-se de forma inesperada e pode mesmo estar a enfraquecer com o tempo.

“A descoberta da energia escura há quase 30 anos foi já a maior surpresa da minha vida científica”, afirma David Weinberg, professor de Astronomia na Universidade Estatal do Ohio, que contribuiu para a análise do DESI. “Estas novas medições oferecem as provas mais fortes até agora de que a energia escura evolui, o que seria mais uma mudança alucinante para a nossa compreensão de como o Universo funciona.”

As descobertas colocam os astrónomos mais perto de desmascarar a natureza misteriosa da energia escura, o que pode significar que o modelo padrão de como o universo funciona também pode precisar de uma atualização, dizem os cientistas.

Um olhar profundo sobre o universo

O Instrumento Espectroscópico de Energia Escura está no topo do telescópio de quatro metros Nicholas U. Mayall, da Fundação Nacional de Ciência no Observatório Nacional de Kitt Peak, em Tucson, Arizona, EUA. Os 5.000 “olhos” de fibra ótica do instrumento e a sua extensa capacidade de observação estão a permitir aos cientistas construir um dos maiores mapas 3D do universo e acompanhar a forma como a energia escura influenciou e moldou o cosmos ao longo dos últimos 11 mil milhões de anos.

O Telescópio Mayall, de 4 metros, está localizado acima do horizonte no Arizona foto Marilyn Sargent/The Regents of the University of California, Lawrence Berkeley National Laboratory

A luz de objetos celestes como as galáxias demora algum tempo a chegar à Terra, o que significa que o DESI pode efetivamente ver como era o cosmos em diferentes momentos, desde há milhares de milhões de anos até ao presente.

“O DESI é diferente de qualquer outra máquina em termos da sua capacidade de observar objetos independentes em simultâneo”, diz John Moustakas, professor de Física no Siena College e coordenador da publicação dos dados.

As mais recentes descobertas incluem dados sobre mais do dobro dos objetos cósmicos que foram analisados e apresentados há menos de um ano. Essas revelações de 2024 sugeriram pela primeira vez a forma como a energia escura pode estar a evoluir.

“O nosso objetivo é deixar que o Universo nos diga como funciona e talvez o Universo nos esteja a dizer que é mais complicado do que pensávamos”, afirma Andrei Cuceu, investigador de pós-doutoramento no Laboratório Nacional Lawrence Berkeley do Departamento de Energia dos EUA, que gere o DESI, e copresidente do grupo de trabalho Lyman-alpha do DESI. “É interessante e dá-nos mais confiança ver que muitas linhas de evidência diferentes estão a apontar na mesma direção.”

Evidências cósmicas crescentes

O DESI pode medir aquilo a que os cientistas chamam a escala da oscilação acústica dos bariões, ou BAO - essencialmente a forma como os eventos que ocorreram no início do Universo deixaram para trás padrões na distribuição da matéria no cosmos. Os astrónomos olham para a escala BAO, com separações de matéria de cerca de 480 milhões de anos-luz, como uma régua padrão.

“Esta escala de separação é como uma régua gigantesca no espaço que podemos usar para medir distâncias e usamos a combinação destas distâncias e redshifts (velocidade a que os objetos se afastam de nós) para medir a expansão do Universo”, diz Paul Martini, coordenador da análise e professor de Astronomia na Universidade Estatal do Ohio.

Medir a influência da energia escura ao longo da história do Universo mostra como tem sido uma força dominante.

Os investigadores começaram a reparar que, quando combinaram estas observações com outras medições da luz em todo o Universo, tais como a explosão de estrelas, a luz distorcida pela gravidade de galáxias distantes e a luz que sobrou dos primórdios do Universo, denominada fundo cósmico de micro-ondas, os dados do DESI mostram que o impacto da energia escura pode estar a enfraquecer ao longo do tempo.

“Se isto continuar, a energia escura acabará por deixar de ser a força dominante no Universo”, afirma Ishak-Boushak. "Por conseguinte, a expansão do Universo deixará de acelerar e manter-se-á a um ritmo constante ou, nalguns modelos, poderá mesmo parar e voltar a colapsar. Claro que estes futuros são muito remotos e levarão milhares de milhões de anos a acontecer. Há 25 anos que trabalho com a questão da aceleração cósmica e a minha perspetiva é que, se as provas continuarem a aumentar, e é provável que isso aconteça, então será um grande acontecimento para a cosmologia e para toda a física."

A faixa cintilante da galáxia Via Láctea pode ser vista à esquerda do telescópio foto KPNO/NOIRLab/NSF/AURA/R.T. Spark

Resolver um mistério duradouro

Ainda não há provas suficientes para declarar uma descoberta inovadora que afirme definitivamente que a energia escura está a evoluir e a enfraquecer, mas isso pode mudar dentro de alguns anos, considera Ishak-Boushak.

“A minha primeira grande questão é se continuaremos a ver provas da evolução da energia escura à medida que as nossas medições forem melhorando”, diz, por sua vez, Paul Martini. "Se chegarmos ao ponto em que as provas são esmagadoras, então as minhas próximas perguntas serão: como é que a energia escura evolui? E quais são as explicações físicas mais prováveis?".

A publicação dos novos dados pode também ajudar os astrofísicos a compreender melhor a evolução das galáxias e dos buracos negros e a natureza da matéria escura. Embora a matéria escura nunca tenha sido detetada, acredita-se que constitua 85% da matéria total do Universo.

Os cientistas envolvidos na colaboração estão ansiosos por melhorar as suas medições utilizando o DESI.

“Qualquer que seja a natureza da energia escura, vai moldar o futuro do nosso universo”, diz Michael Levi, diretor do DESI e cientista do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley. “É notável que possamos olhar para o céu com os nossos telescópios e tentar responder a uma das maiores questões que a humanidade alguma vez colocou.”

Uma nova experiência chamada Spec-S5, ou Stage 5 Spectroscopic Experiment, podia medir mais de 10 vezes mais galáxias do que a DESI para estudar tanto a energia escura como a matéria escura, diz Martini.

“A Spec-S5 usaria telescópios nos hemisférios norte e sul para mapear galáxias em todo o céu”, explica Martini. “Estamos também entusiasmados com a forma como o telescópio Vera Rubin estudará as supernovas e fornecerá um conjunto de dados novos e uniformes para estudar a história da expansão do Universo.”

Outros observatórios espaciais, como o telescópio espacial Euclid e o Telescópio Espacial Nancy Grace Roman, cujo lançamento está previsto para 2027, também contribuirão com mais medições importantes da matéria escura e da energia escura nos próximos anos, que podem ajudar a preencher as lacunas, diz Jason Rhodes, um cosmólogo observacional do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA em Pasadena, Califórnia. Rhodes, que não está envolvido no DESI, é o líder científico do Euclid nos EUA e investigador principal da equipa científica de energia escura do Euclid da NASA.

Rhodes, que considera os resultados intrigantes, afirma que os dados mostram uma tensão ligeira mas persistente entre as medições dos primeiros tempos do universo e as do universo posterior.

“Isto significa que o nosso modelo mais simples de energia escura não permite que o universo primitivo que observamos evolua para o universo tardio que observamos. Os resultados do DESI - e alguns outros resultados recentes - parecem indicar que é preferível um modelo mais complexo de energia escura. Isto é verdadeiramente excitante porque pode significar que uma nova física, desconhecida, governa a evolução do Universo. O DESI deu-nos resultados tentadores que podem indicar que é necessário um novo modelo de cosmologia.”

O enviado especial do Presidente norte-americano para a Ucrânia, Keith Kellogg, procurou esclarecer este sábado na sua conta da rede social X que em nenhum momento defendeu "uma divisão" da Ucrânia.

Por LUSA   12/04/2025

Enviado de Trump esclarece que não defendeu "divisão" da Ucrânia

O enviado especial do Presidente norte-americano para a Ucrânia, Keith Kellogg, procurou esclarecer este sábado na sua conta da rede social X que em nenhum momento defendeu "uma divisão" da Ucrânia.

Numa publicação que destacava a entrevista com o enviado de Donald Trump para a Ucrânia, Keith Kellogg, o The Times referiu-se a uma "divisão" da Ucrânia como parte de um possível acordo de paz.

Mas Keith Kellogg considerou que as suas palavras tinham sido "mal interpretadas".

"Estava a falar de uma força de resistência pós-cessar-fogo em apoio da soberania da Ucrânia. Estava a referir-me às áreas de responsabilidade de uma força aliada (sem tropas americanas). Não estava a referir-me a uma divisão da Ucrânia", escreveu no X, rejeitando a ideia de uma redefinição territorial.

A Ucrânia pós-conflito poderá assemelhar-se a uma "Berlim pós-Segunda Guerra Mundial", com a presença de forças europeias e russas separadas pelo rio Dnieper, descreveu o enviado dos EUA Keith Kellogg ao jornal britânico The Times, hoje divulgada.

Depois de mais de três anos de guerra, desencadeada pela invasão russa em 24 de fevereiro de 2022, e de progressos extremamente limitados no sentido de uma trégua, vários países, como a França e o Reino Unido, manifestaram o apoio à ideia de uma presença militar europeia de manutenção da paz na Ucrânia, oferecendo-se mesmo para fazer parte desta quando o conflito terminar.

"Quase poderia fazer lembrar o que aconteceu com Berlim depois da Segunda Guerra Mundial, quando havia uma zona russa, uma zona francesa, uma zona britânica, uma zona americana", descreveu o general Kellogg, na entrevista publicada no The Times.

E para substituir o muro de separação construído em 1961 na capital alemã - e depois derrubado em 1989, no auge do colapso da URSS - o enviado norte-americano está a pensar no rio Dnieper, "um grande obstáculo natural" que corta a Ucrânia e mesmo Kiev de norte a sul.

Segundo Kellogg, uma presença anglo-francesa sob a forma de uma "força de garantia da paz" a oeste do Dnieper não seria "nada provocatória" para Moscovo. A Rússia ficaria a leste, com as tropas ucranianas no meio.

No entanto, consciente de que o Presidente russo, Vladimir Putin, poderia "não aceitar" esta proposta, Keith Kellogg sugeriu também o estabelecimento de uma "zona desmilitarizada" entre as linhas ucranianas e russas. O objetivo é garantir que não haja troca de tiros.

"Olhamos para um mapa e criamos, por falta de um termo melhor, uma zona desmilitarizada (DMZ). Os dois lados recuam 15 quilómetros cada um", explica.

Desde 1953 que existe entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul uma zona tampão pós-guerra, embora com apenas quatro quilómetros de largura.

"Agora, haverá violações? Provavelmente, porque há sempre. Mas a nossa capacidade de monitorizar isso é fácil", disse.

Kellogg disse ainda que Washington não enviaria quaisquer tropas terrestres para a força de segurança na Ucrânia.


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Após agressões na Sede Nacional ontem, Eduardo Sanco, membro do Conselho Nacional da Jurisdição e Fiscalização do PAIGC, promove conferência de imprensa.

Acorda frequentemente durante a noite para ir à casa de banho? Saiba porque é que isso acontece

Por CNN  12/04/2025

Nota do editor: O Dr. Jamin Brahmbhatt é urologista e cirurgião robótico no Orlando Health e professor assistente na Faculdade de Medicina da Universidade da Flórida Central

Estou a escrever este artigo às 02:00.

Não porque sofra de insónias, mas porque acabei de acordar para ir à casa de banho. Às vezes, volto a adormecer imediatamente. Outras, como esta noite, o meu cérebro entra em ação e começa a pensar no trabalho, na família e até no mercado de ações (um péssimo ponto de partida para tentar adormecer de novo). Em vez de percorrer as redes sociais sem rumo, pensei: “Porque não escrever sobre a minha experiência?”.

Estou na casa dos 40 anos, sou saudável e, de forma geral, durmo bem. No entanto, nos últimos tempos, tenho notado que acordo frequentemente durante a noite para urinar. Por vezes, volto a adormecer rapidamente; outras vezes, como nesta madrugada, é difícil retomar o sono.

Como sou urologista, tenho experiência para lidar com este tipo de sintomas nos meus pacientes. E, para ser sincero, acho que já sei o que está a causar o meu problema.

Recentemente, comecei a beber um chá noturno “relaxante” para me ajudar a acalmar e a dormir melhor. No entanto, percebi que, em vez de me ajudar a dormir a noite toda, estou a acordar mais vezes para urinar. O motivo? Esse chá pode ter um efeito diurético natural, forçando o meu corpo a eliminar mais líquidos e, consequentemente, irritando a minha bexiga.

Porque é que continua a acordar para ir à casa de banho durante a noite?

A maioria das pessoas pensa que acordar para urinar é apenas um problema de bexiga, mas na verdade as causas podem ser diversas. Às vezes, são hábitos de hidratação, outras vezes, alterações hormonais, medicação ou até distúrbios do sono não diagnosticados.

Provavelmente, já passou por algo semelhante: acorda uma ou duas vezes durante a noite (ou mais), e, em algumas noites, o problema parece ser esporádico, enquanto noutras se torna uma constante. Seja qual for o caso, não está sozinho. A micção nocturna frequente, conhecida medicamente como noctúria, é uma das perturbações do sono mais comuns, afetando muitos dos meus pacientes e inúmeras outras pessoas. Embora muitas vezes seja vista como uma consequência da idade, por vezes pode ser um sinal de que há algo mais a acontecer.

Se continuar a acordar à noite para ir à casa de banho, mesmo depois de cortar líquidos ou ajustar a sua alimentação, pode ser um sinal de um problema de saúde mais profundo. Hipertensão, diabetes descontrolada ou até apneia do sono podem ser alguns dos fatores subjacentes a este problema.

Antes de culpar totalmente a bexiga, vejamos algumas das razões mais comuns para a noctúria.

Estará a beber ou a comer em excesso antes de se deitar?

O que consome antes de dormir faz toda a diferença. Pode pensar que a culpa é da sua bexiga, mas os seus hábitos noturnos de comer e beber podem estar a sabotar o seu sono.

Bebidas com cafeína, álcool e até alguns chás de ervas podem atuar como diuréticos, aumentando a produção de urina. Um copo de vinho ou café à noite pode ser a causa do seu despertar a meio da madrugada. Alguns chás, mesmo os “relaxantes”, como a camomila ou a valeriana, podem ter efeitos diuréticos ligeiros. É certo que pode ajudar a adormecer, mas também pode fazer com que acorde mais vezes para urinar.

Além do que bebe, o que come também conta. Alimentos ricos em água, como melancia, pepino, aipo, laranjas e uvas, podem contribuir para o aumento da produção de urina. Uma salada ou uma taça de fruta antes de dormir pode ser saudável, mas também pode ser o motivo de ter que se levantar várias vezes durante a noite.

O que pode fazer? Tente evitar bebidas e alimentos ricos em água nas duas horas antes de dormir. Se suspeitar que o seu chá noturno está a ser o culpado, experimente deixá-lo de lado durante algumas noites para ver se o seu sono melhora. Registar o que come e bebe antes de dormir pode ajudá-lo a identificar os fatores desencadeantes.

As suas hormonas estão a mudar

À medida que envelhecemos, a produção de hormona antidiurética (ADH) diminui. Esta hormona envia sinais para os rins reterem líquidos durante a noite. Com níveis mais baixos de ADH, a produção de urina aumenta, resultando em mais idas à casa de banho durante a noite.

Nas mulheres, as alterações hormonais associadas à menopausa também podem contribuir para a noctúria. A redução dos níveis de estrogénio pode afetar a capacidade da bexiga e enfraquecer os músculos do pavimento pélvico, aumentando a urgência urinária, especialmente à noite.

Nos homens, as alterações hormonais relacionadas com a próstata podem ser um fator. O aumento da próstata (hiperplasia benigna da próstata) pode comprimir a bexiga e a uretra, causando micção incompleta e necessidade de ir mais vezes à casa de banho, sobretudo durante a noite.

Pode ser um sinal de um problema maior?

A micção noturna frequente pode ser mais do que um simples incómodo – pode ser um sinal de algo mais grave. Hipertensão, diabetes e apneia do sono são algumas das condições que podem estar por trás deste sintoma.

A apneia do sono, em particular, pode levar a despertares frequentes durante a noite. Embora muitas pessoas atribuam esses despertares à bexiga, na realidade são causados por padrões respiratórios perturbados, que estimulam a produção de urina.

Os medicamentos podem estar a influenciar

Medicamentos, como os diuréticos (comprimidos de água) usados para controlar a hipertensão ou problemas cardíacos, podem aumentar significativamente a micção durante a noite. Outros medicamentos - incluindo antidepressivos, sedativos, relaxantes musculares, medicamentos para a diabetes e bloqueadores dos canais de cálcio - também podem influenciar a função da bexiga ou o equilíbrio dos fluidos, agravando inadvertidamente a noctúria.

Se os medicamentos parecerem estar a contribuir para o problema, peça ao seu médico para ajustar as doses ou os horários. A simples toma de diuréticos ao início do dia pode ajudar a evitar despertares durante a madrugada sem comprometer a eficácia do tratamento.

Os ciclos de sono mudam à medida que envelhece

Por vezes, não é bem a bexiga que o está a acordar - está a acordar na mesma. À medida que envelhecemos, passamos menos tempo num sono não profundo de movimento rápido dos olhos, ou REM, o que resulta num sono mais leve e num despertar mais fácil. Pequenas perturbações, como ruídos, movimentos ou uma bexiga ligeiramente cheia, podem agora interromper facilmente o sono.

Quando era mais jovem, o seu corpo podia ignorar pequenos sinais da bexiga e continuar a dormir. Com a idade, o sono torna-se fragmentado, o que aumenta a probabilidade de acordar e de registar a vontade de urinar. Isto explica o facto de a noctúria se agravar frequentemente mesmo com uma bexiga saudável.

Melhorar a higiene geral do sono, mantendo uma hora de deitar consistente, mantendo o quarto escuro e fresco e evitando os ecrãs antes de dormir, pode ajudá-lo a dormir mais profundamente. Se acordar por breves instantes, tente relaxar e voltar a dormir antes de ir automaticamente à casa de banho.

Ouça o seu corpo

Se acordar frequentemente durante a noite para ir à casa de banho, não aceite isso como algo normal. A micção nocturna frequente pode estar a sabotar o seu sono, o seu bem-estar e até a sua saúde geral. Pequenas alterações no estilo de vida, como manter um horário de sono consistente, ter o quarto escuro e fresco e evitar ecrãs antes de dormir podem ajudá-lo a dormir mais profundamente. No entanto, se o problema persistir, vale a pena procurar um médico para investigar possíveis causas subjacentes.

Da próxima vez que acordar à noite para ir ao banheiro, preste atenção. O seu corpo pode estar a enviar uma mensagem importante.

(Ah, e não se esqueça de instalar algumas luzes noturnas no corredor – para evitar acidentes).

O enviado especial do Presidente norte-americano para a Ucrânia, Keith Kellogg, admitiu hoje a divisão do país em três zonas separadas num acordo de paz com a Rússia, comparando a solução com a Alemanha pós-2.ª Guerra Mundial.

Por LUSA 
Enviado de Trump sugere divisão da Ucrânia para a paz: "Algo como Berlim" 

O enviado especial do Presidente norte-americano para a Ucrânia, Keith Kellogg, admitiu hoje a divisão do país em três zonas separadas num acordo de paz com a Rússia, comparando a solução com a Alemanha pós-2.ª Guerra Mundial.

Em entrevista ao jornal britânico The Times, Kellogg propôs estabelecer no oeste da Ucrânia uma "força de segurança" liderada pelo Reino Unido e pela França e concentrar as tropas ucranianas a leste do rio Dnipro, servindo este como linha de separação entre as duas zonas.

Os territórios ucranianos atualmente sob ocupação seriam controlados pelas forças russas.  

"Quase poderia fazer-se algo parecido com o que aconteceu a Berlim depois da Segunda Guerra Mundial, quando havia uma zona russa, uma zona francesa, uma zona britânica e uma zona americana", disse. 

 Embora o Kremlin tenha rejeitado repetidamente a ideia de as tropas europeias monitorizarem um cessar-fogo na Ucrânia, Kellogg disse que uma força liderada pelo Reino Unido e pela França no oeste da Ucrânia "não seria nada provocatória" para a Rússia. 

 "Estaria a oeste [do Dnipro], o que é um grande obstáculo", disse o general norte-americano, que apesar de ser enviado para a Ucrânia tem sido secundarizado no papel em relação a Steve Witkoff, que é o emissário do Presidente Donald Trump para o Médio Oriente. 

 Kellogg propôs ainda a criação de uma zona desmilitarizada de 29 quilómetros no leste da Ucrânia, ao longo da atual linha da frente, para servir de barreira entre as tropas russas e ocidentais.  

"Olha-se para um mapa e cria-se, à falta de melhor termo, uma zona desmilitarizada [DMZ]. Levem-se ambos os lados 15 quilómetros para trás", disse Kellogg. 

 "E teríamos uma DMZ que pode ser monitorizada, e esta (...) zona de cessar-fogo pode ser monitorizada com bastante facilidade", adiantou. 

 O general norte-americano admitiu que a Rússia pode não aceitar a proposta e que as condições do cessar-fogo poderão ser violadas. "Agora, haverá violações? Provavelmente, porque há sempre. Mas a nossa capacidade de monitorizar isso é fácil", disse.

  Kellogg disse ainda que Washington não enviaria quaisquer tropas terrestres para a força de segurança na Ucrânia.

  E alertou a França e o Reino Unido para não contarem com o apoio norte-americano à aliança de países europeus e da Commonwealth que se comprometeram a fornecer garantias de segurança à Ucrânia após um cessar-fogo. 

 "Planeiem sempre para o pior cenário", aconselhou.  

Kellogg acrescentou ainda que a força de segurança da coligação seria capaz de enviar uma mensagem eficaz ao Presidente russo, Vladimir Putin. 

 Os comentários de Kellogg marcam a primeira vez que uma alta autoridade norte-americana propõe o Dnipro como uma linha de demarcação na Ucrânia no pós-guerra.

  A proposta surge no mesmo dia em que o enviado especial de Trump para o Médio Oriente, Steve Witkoff, se encontrou em São Petersburgo com o Presidente russo, Vladimir Putin, para discutir um futuro acordo de paz na Ucrânia.  

O plano de Kellogg para dividir a Ucrânia, no entanto, implicaria deixar sob controlo russo as regiões ocupadas ilegalmente, e o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, já afirmou que o seu país nunca reconhecerá estes territórios como legalmente russos.  

Trump manifestou hoje frustração com a falta de progressos entre a Ucrânia e a Rússia, através da porta-voz da Casa Branca.  

"O Presidente [Trump] foi muito claro ao expressar a contínua frustração com ambos os lados deste conflito e quer ver o fim da guerra", declarou a porta-voz à imprensa na Casa Branca.  

No entanto, a porta-voz indicou que os Estados Unidos mantêm influência suficiente para negociar um acordo de paz e Trump está determinado a avançar.  

O político republicano, que no regresso à Casa Branca em janeiro defendeu uma aproximação ao Kremlin e teceu duras críticas ao homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, manifestou recentemente insatisfação com os contínuos bombardeamentos russos na Ucrânia e falta de compromisso de Moscovo com uma trégua.  

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.  

COMUNICADO CONJUNTA