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quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Moçambique: O Governo sul-africano pediu um "diálogo urgente" em Moçambique, país vizinho, para resolver a crise desencadeada após a declaração dos resultados finais das eleições de 09 de outubro, recebidos com violentos protestos que causaram pelo menos 21 mortos.
© Siphiwe Sibeko/Reuters Lusa 25/12/2024
África do Sul pede "diálogo urgente" para superar violência em Moçambique
O Governo sul-africano pediu um "diálogo urgente" em Moçambique, país vizinho, para resolver a crise desencadeada após a declaração dos resultados finais das eleições de 09 de outubro, recebidos com violentos protestos que causaram pelo menos 21 mortos.
Na sequência do anúncio dos resultados eleitorais, na segunda-feira, a África do Sul "registou com preocupação a violência em curso e os subsequentes protestos disruptivos em resposta ao anúncio", afirmou o Ministério das Relações Internacionais e Cooperação num comunicado divulgado na noite de terça-feira.
O Governo sul-africano "apela a todas as partes para que se empenhem num diálogo urgente que cure o país e o coloque numa nova trajetória política e de desenvolvimento", sublinhou a diplomacia sul-africana.
A África do Sul "está pronta para ajudar Moçambique de qualquer forma que facilite esse diálogo", referiu ainda.
As autoridades sul-africanas adiantam que continuarão a trabalhar com a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e outras agências multilaterais para "apoiar uma solução duradoura para o atual impasse".
Apelam também "a todas as partes para que deem provas de contenção e calma".
Pelo menos 21 pessoas foram mortas e 25 ficaram feridas em Moçambique durante violentos protestos na segunda-feira, após o anúncio dos resultados finais das eleições gerais de 09 de outubro, que deram a vitória à Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), no poder.
Numa conferência de imprensa na capital, Maputo, o ministro do Interior de Moçambique, Pascoal Ronda, disse esta terça-feira que "foram cometidos 236 atos de violência grave em todo o país, dos quais resultaram 21 mortos", incluindo dois polícias.
Entre os 25 feridos, há 13 civis e 12 polícias, segundo o ministro.
O Conselho Constitucional de Moçambique, o mais alto órgão judicial para assuntos eleitorais e constitucionais, confirmou na segunda-feira a vitória de Daniel Chapo, candidato presidencial da Frelimo, nas eleições gerais, embora a oposição tenha rejeitado os resultados.
O principal líder da oposição e candidato presidencial, Venâncio Mondlane, que tem vindo a convocar manifestações - maioritariamente pacíficas - desde 21 de outubro, exigiu "verdade eleitoral" na segunda-feira.
Ao mesmo tempo, eclodiram violentos protestos em Maputo (sul) e noutras grandes cidades, como Nampula (norte), onde um mercado ardeu no bairro de Muatala.
O candidato da Frelimo obteve 65,17% dos votos, anunciou a presidente do Tribunal Constitucional, Lúcia da Luz Ribeiro, que admitiu irregularidades na votação, mas disse que estas "não influenciaram substancialmente a transparência do processo".
Estes números diferem dos divulgados em 24 de outubro pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), que atribuiu a Chapo 70,67% dos votos.
Os resultados permitem à Frelimo, que detém a presidência do país desde a independência de Portugal em 1975, manter-se no poder.
O independente Mondlane, que é apoiado pelo Partido Popular Otimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS), ficou em segundo lugar, com 24,19% dos votos, contra os 20,32% que lhe tinham sido atribuídos pela CNE.
Atrás dele, Ossufo Momade, da histórica e até agora principal força da oposição Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), com 6,62%, e Lutero Simango, do Movimento Democrático Moçambicano (MDM), com 4,02%.
Desde 21 de outubro, Mondlane tem convocado dias de greves gerais e manifestações contra os resultados da CNE, que têm sido duramente reprimidas pelas forças de segurança, segundo organizações de direitos humanos como a Human Rights Watch (HRW) e a Amnistia Internacional (AI).
Até segunda-feira, pelo menos 131 pessoas tinham morrido durante os protestos em consequência da reação da polícia, segundo dados da organização moçambicana Centro para a Democracia e Direitos Humanos (CDD).
Leia Também: A direção do Hospital Central de Maputo (HCM), o maior do país, reconheceu esta quarta-feira estar num "momento crítico" porque não consegue receber alimentos ou profissionais de saúde, face à agitação social pós-eleitoral.
O Presidente ucraniano acusou esta quarta-feira o chefe de Estado russo, Vladimir Putin, de realizar um ataque "desumano" no dia de Natal, lançando várias dezenas de mísseis e mais de 100 drones explosivos contra a Ucrânia.
© Lusa 25/12/2024
Zelensky acusa Putin de "ataque desumano" no dia de Natal
O Presidente ucraniano acusou esta quarta-feira o chefe de Estado russo, Vladimir Putin, de realizar um ataque "desumano" no dia de Natal, lançando várias dezenas de mísseis e mais de 100 drones explosivos contra a Ucrânia.
"Hoje Putin escolheu conscientemente o Natal para o seu ataque. O que pode ser mais desumano?", afirmou Volodymyr Zelensky no Telegram.
"Mais de 50 mísseis" e vários drones foram abatidos, mas alguns ataques provocaram "cortes de eletricidade em várias regiões", acrescentou o Presidente ucraniano.
Este "terror de Natal é a resposta de Putin àqueles que falaram de um ilusório 'cessar-fogo de Natal'" entre Kiev e Moscovo, referiu, por sua vez, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Andrii Sybiha.
O ataque causou a morte de, pelo menos, uma pessoa e deixou pelo menos seis feridos, segundo as autoridades.
Um dos mísseis russos lançados durante o ataque atravessou o espaço aéreo da Moldova e da Roménia, disse o chefe da diplomacia ucraniana, acrescentando: este facto "recorda-nos que a Rússia não ameaça apenas a Ucrânia", sublinhou na rede social X.
A Roménia, membro da NATO, afirmou já que não detetou qualquer violação do seu espaço aéreo por um míssil russo apontado à Ucrânia, na sequência destas alegações de Kiev.
"O sistema de vigilância aérea, parte integrante do sistema da NATO, não detetou tal situação", refere um comunicado do Ministério da Defesa, indicando que "os dados não confirmam" que um míssil "tenha violado o espaço aéreo romeno".
Desde o início da invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022, a Rússia tem bombardeado regularmente a rede elétrica do país vizinho, mergulhando centenas de milhares, se não milhões, de pessoas na escuridão e no frio, muitas vezes durante o inverno.
O grupo DTEK, o principal fornecedor privado de energia do país, declarou na quarta-feira que as suas centrais térmicas tinham sido alvo deste novo ataque, tendo registado "danos graves" no seu equipamento.
"Este é já o 13.º ataque maciço ao sistema energético ucraniano este ano", declarou a DTEK num comunicado.
"Privar de luz e calor milhões de pessoas pacíficas que celebram o Natal é um ato depravado e maléfico que deve ser combatido", disse o diretor executivo da DTEK, Maxim Timchenko, no X, apelando aos aliados de Kiev para que forneçam mais defesas aéreas.
Na madrugada de quarta-feira foi acionado um alerta aéreo em toda a Ucrânia, enquanto a força aérea comunicava o lançamento de mísseis balísticos e de cruzeiro russos.
As autoridades de Kharkiv, a segunda maior cidade do país, situada no nordeste, perto da fronteira com a Rússia, comunicaram "pelo menos sete ataques" contra a cidade.
Pelo menos seis pessoas ficaram feridas, anunciou o governador regional Oleg Synegoubov no Telegram.
A região de Dnipropetrovsk (centro-leste) também foi atacada. Foram ouvidas explosões na capital, Dnipro, e em Kryvyï Rig, a cidade natal do Presidente Zelensky.
"Uma pessoa foi morta em consequência do ataque com mísseis a instalações de energia", disse o governador regional, Serguiï Lyssak.
A administração regional de Ivano-Frankivsk anunciou que parte deste território, situado no oeste do país, a centenas de quilómetros da linha da frente, estava sem eletricidade.
Na região de Poltava (centro), as autoridades comunicaram danos nas infraestruturas.
A companhia nacional de eletricidade, Ukrenergo, anunciou restrições no fornecimento.
"O inimigo está, mais uma vez, a levar a cabo um ataque maciço ao setor da energia" e as autoridades estão a tomar "'as medidas necessárias para limitar o consumo, a fim de minimizar as consequências negativas para o sistema energético", escreveu no Telegram o ministro da Energia ucraniano, German Galushchenko.
Os ataques desta quarta-feira ocorreram no dia em que a Ucrânia, pela segunda vez na sua história moderna, celebra o dia de Natal a 25 de dezembro, como no mundo ocidental, e já não em 07 de janeiro, como no calendário juliano seguido pela Igreja Ortodoxa Russa.
Esta mudança de data foi oficializada no verão de 2023 por uma lei promulgada pelo Presidente, Volodymyr Zelensky, em sinal de desafio à Rússia.
Leia Também: As autoridades ucranianas disseram esta quarta-feira que uma enorme vaga de misséis russos danificou instalações energéticas e feriu pelo menos três pessoas, no segundo ano em que a Ucrânia celebra o Natal a 25 de dezembro.
O Governo japonês manifestou esta quarta-feira a Pequim "graves preocupações" relativamente às atividades militares chinesas nos mares da China Oriental e do Sul, acrescentando que o Japão está "atento" à situação em torno de Taiwan.
© Lusa 25/12/2024
Japão transmite preocupação a Pequim por atividades militares da China
O Governo japonês manifestou esta quarta-feira a Pequim "graves preocupações" relativamente às atividades militares chinesas nos mares da China Oriental e do Sul, acrescentando que o Japão está "atento" à situação em torno de Taiwan.
Numa visita a Pequim, o ministro dos Negócios Estrangeiros japonês, Takeshi Iwaya, reuniu-se com o seu homólogo chinês, Wang Yi, tendo os dois países reafirmado o desejo de promover relações "benéficas e estáveis", num contexto de crescentes tensões regionais, de acordo com relatos da imprensa japonesa.
Os dois governantes também concordaram em "tornar a visita do ministro dos Negócios Estrangeiros Wang ao Japão uma realidade na altura certa, o mais rapidamente possível, no próximo ano", refere um comunicado diplomático japonês.
O ministro japonês, na sua primeira visita oficial à China desde que iniciou funções, em outubro passado, transmitiu a Wang Yi que o Japão espera ultrapassar os "desafios" e "reduzir as preocupações, aumentando a cooperação e a colaboração", segundo a agência noticiosa japonesa Kyodo.
No início do dia, Iwaya também se encontrou com o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, com quem concordou em trabalhar para estabelecer relações "mutuamente benéficas e estáveis", segundo a Kyodo.
A China e o Japão têm uma parceria comercial importante, mas o aumento das despesas militares e as rivalidades territoriais no Mar da China Oriental têm afetado profundamente as relações.
Tóquio, um aliado de longa data dos Estados Unidos, aumentou consideravelmente as suas despesas com a defesa nos últimos anos, num contexto de aumento das manobras militares de Pequim, em especial em torno de Taiwan, perto da zona económica exclusiva do Japão.
Em agosto, a força aérea chinesa fez a sua primeira incursão confirmada no espaço aéreo japonês.
Algumas semanas mais tarde, um navio de guerra japonês atravessou o Estreito de Taiwan, que a China se recusa a considerar como águas internacionais.
O lançamento de um míssil balístico intercontinental por Pequim no Oceano Pacífico, no final de setembro, provocou mais uma vez a ira de Tóquio, que alega não ter sido avisada previamente.
A situação de segurança na região está a tornar-se "cada vez mais grave", afirmou o ministro da Defesa japonês, General Nakatani, no início de dezembro, durante uma reunião em Tóquio com o secretário da Defesa dos EUA, Lloyd Austin.
As relações entre Pequim e Tóquio são historicamente complexas e marcadas por disputas territoriais, comerciais e históricas.
A ocupação brutal de certas regiões chinesas pelo Japão antes e durante a Segunda Guerra Mundial continua a ser um ponto de discórdia persistente, com Pequim a acusar Tóquio de não reconhecer e reparar suficientemente o sofrimento infligido.
O sistema educativo chinês e o discurso oficial chinês dão grande ênfase a este período histórico, a fim de reforçar os sentimentos patrióticos.
As visitas de oficiais japoneses ao santuário Yasukuni, em Tóquio, que homenageia os mortos de guerra, incluindo os criminosos de guerra condenados, suscitam regularmente a ira de Pequim.
As relações entre as duas potências foram ainda mais afetadas em 2023, quando Pequim proibiu o consumo de marisco japonês na sequência da descarga de água tratada da central nuclear de Fukushima no Oceano Pacífico.
No entanto, em setembro, a China anunciou que iria retomar gradualmente as importações de marisco japonês, um gesto conciliatório sublinhado na terça-feira pela porta-voz da diplomacia chinesa.
"A China está pronta para trabalhar com o Japão", insistiu a porta-voz Mao Ning numa conferência de imprensa regular na terça-feira.
Novo partido político "LANTA CEDO" emerge na Guiné-Bissau com promessas de renovação e estabilidade.
We wish you a merry Christmas and happy New year from Mai Mbambande elderly home
terça-feira, 24 de dezembro de 2024
O Presidente da República reuniu-se com o Presidente eleito do Ghana, John Dramani Mahama, para fortalecer a cooperação entre os dois países, com diálogo sobre os desafios regionais da CEDEAO e uma visita especial às forças ghanesas em Bissau.
Presidência da República da Guiné-Bissau / Radio Voz Do Povo
O Presidente cessante dos Estados Unidos, Joe Biden, comutou hoje as penas de 37 das 40 pessoas condenadas à morte pelos tribunais federais, uma decisão "histórica" pedida pelos ativistas dos direitos humanos.
© JIM WATSON/AFP via Getty Images Lusa 23/12/2024
Presidente dos Estados Unidos comuta pena de 37 dos 40 condenados à morte
O Presidente cessante dos Estados Unidos, Joe Biden, comutou hoje as penas de 37 das 40 pessoas condenadas à morte pelos tribunais federais, uma decisão "histórica" pedida pelos ativistas dos direitos humanos.
Os ativistas temiam uma vaga de execuções no mandato de Donald Trump.
Trata-se do "maior número de comutações da pena de morte por um presidente americano nos tempos modernos", segundo as organizações de defesa dos direitos humanos, que há semanas vinham a fazer campanha para convencer Joe Biden.
As sentenças de morte federais e as execuções federais são raras, sendo a grande maioria efetuada pelos tribunais de cada um dos 50 estados. As 25 execuções levadas a cabo no país em 2024 concentraram-se em nove estados.
Dos cerca de 2.300 prisioneiros no corredor da morte nos Estados Unidos, apenas 40 tinham sido condenados pelos tribunais federais até à medida de clemência de Joe Biden. Excluídos, nomeadamente, três autores de atentados que chocaram o país.
Martin Luther King III, filho do líder do movimento dos direitos civis, saudou este como "um dia histórico". Nas suas palavras, "o Presidente Biden fez o que nenhum presidente antes dele esteve disposto a fazer: tomar medidas significativas e duradouras não só para reconhecer as raízes racistas da pena de morte, mas também para remediar a sua injustiça contínua".
"Com o golpe de uma caneta, o Presidente assegura a sua posteridade como um líder que luta pela justiça racial, pela humanidade e pela moralidade", declarou Anthony Romero, diretor da poderosa organização de defesa dos direitos civis ACLU, agradecendo-lhe a decisão "histórica e corajosa".
Cerca de 40% dos condenados à morte pelo sistema judicial federal são negros, apesar de esta comunidade representar apenas 12% da população americana adulta, segundo a ONG "Southern Poverty Law Center", uma das mais de 130 organizações que recordaram a Joe Biden, a 9 de dezembro, o seu compromisso de campanha de 2020 contra a pena capital.
Estas organizações alertaram para uma "vaga de execuções" durante o mandato de Donald Trump, que lhe sucederá em 20 de janeiro.
A Amnistia Internacional dos EUA, outra das organizações, agradeceu a Joe Biden por lhes ter dado ouvidos, mas pediu-lhe que fosse ainda mais longe, "comutando todas as sentenças de morte federais e militares". Estas últimas são quatro.
"Hoje estou a comutar as sentenças de 37 dos 40 indivíduos no corredor da morte da justiça federal para prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional", anunciou Joe Biden num comunicado de imprensa.
Joe Biden justificou nomeadamente estas comutações com a preocupação de coerência com a moratória sobre as execuções federais decretada em maio de 2021 pela sua administração, com exceção dos atos de "terrorismo e assassinatos motivados pelo ódio".
Consequentemente, três reclusos no corredor da morte estão excluídos da medida de clemência.
São eles Djokhar Tsarnaev, um dos bombistas da Maratona de Boston a 15 de abril de 2013, Dylann Roof, o supremacista branco que matou nove afro-americanos numa igreja em 2015, e Robert Bowers, o autor de um ataque armado a uma sinagoga em 2018 que matou 11 pessoas, o ataque mais mortífero contra judeus na história dos EUA.
O presidente republicano da Câmara dos Representantes, Mike Johnson, por outro lado, denunciou a decisão de Joe Biden a favor de 37 condenados, denunciando na rede social X "uma bofetada na cara das famílias que sofreram incomensuravelmente por causa destes animais".
As últimas execuções federais datam do final da presidência de Donald Trump. Após um hiato de 17 anos, 13 pessoas foram condenadas à morte entre 14 de julho de 2020 e 16 de janeiro de 2021, "mais do que nas dez administrações anteriores combinadas", recordaram as organizações.
Durante a campanha, o candidato republicano apelou ao alargamento do âmbito de aplicação da pena de morte, nomeadamente aos imigrantes condenados por assassínio de cidadãos americanos e aos traficantes de droga e de seres humanos.
A pena de morte foi abolida em 23 dos 50 Estados americanos. Seis Estados aplicam uma moratória às execuções.
Leia Também: Musk não pode ser presidente porque "não nasceu" nos EUA, diz Trump O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou, no último domingo, que o empresário Elon Musk não poderia assumir a Casa Branca porque "não nasceu" naquele país.
segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Estados Unidos: Polícia multa sem-abrigo que estava em trabalho de parto na rua nos EUA
© Louisville Metro Police Department Notícias ao Minuto 23/12/2024
O caso aconteceu em setembro, mas só agora a polícia de Louisville divulgou as imagens da câmara que o polícia tinha na farda.
Um agente da polícia de Louisville, nos Estados Unidos, multou uma sem-abrigo por acampamento ilegal enquanto a mulher estava em trabalho de parto. O caso aconteceu em setembro, mas só agora a polícia divulgou as imagens da câmara que o agente tinha na farda.
O polícia não acreditou que a mulher estava em trabalho de parto e passou-lhe a multa.
"Estou à espera de uma ambulância. Posso estar a entrar em trabalho de parto", ouve-se a sem-abrigo dizer ao agente nas imagens da câmara de vigilância.
Apesar de não ter acreditado na mulher, o agente reforçou o pedido de ajuda junto das equipas de emergência médica.
"Não acredito, nem por um segundo, que a senhora esteja a entrar em trabalho de parto, mas chamei os serviços de emergência", afirmou o agente da polícia de Louisville.
Antes de a mulher entrar na ambulância, o polícia entregou-lhe a multa de deu-lhe uma data para ir a tribunal.
O advogado da sem-abrigo, Ryan Dischinger, confirmou ao The Washington Post que a mulher deu à luz uma criança nesse dia.
O episódio tem causado indignação entre os defensores dos sem-abrigo nos Estados Unidos, que criticam o polícia por ter tido uma resposta inadequada durante uma emergência médica.
Perante a polémica, a polícia de Louisville afirmou, num comunicado, que leva "muito a sério qualquer situação que envolva indivíduos vulneráveis, incluindo aqueles que estão a passar por uma emergência médica", e acrescentou que apoia os agentes na "utilização do seu poder discricionário tendo em conta as informações de que dispunham na altura para tomar decisões".
A polícia não revelou publicamente a identidade do agente nem da mulher envolvidos no incidente.
De acordo com o advogado da sem-abrigo, a mulher e o bebé já estão num abrigo e estão saudáveis.
"A criminalização da pobreza gera, inevitavelmente, ações repressivas, feias e ofensivas. O que ela precisava era de ajuda e compaixão. Em vez disso foi tratada com violência", disse Ryan Dischinger ao mesmo jornal norte-americano.
Leia Também: EUA: Corpo encontrado em carro-patrulha (era sem-abrigo a fugir do frio)
Trump diz que Putin pediu uma reunião o mais rapidamente possível
O republicano, que voltará para a Casa Branca no dia 20 de janeiro, reiterou que a guerra na Ucrânia, que começou em fevereiro de 2022 com a invasão da Rússia, é "horrível" e que acabar com o conflito é uma das coisas que quer fazer "rapidamente".
O Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, disse este domingo que o chefe de Estado russo, Vladimir Putin, pediu para se reunir com ele "o mais rápido possível", embora não tenha confirmado se o encontro vai realizar-se.
"O Presidente Putin disse que quer reunir-se comigo o mais rápido possível, por isso temos que esperar, mas temos que acabar com esta guerra", afirmou Trump durante um fórum da organização ultra conservadora Turning Point, em Phoenix (Arizona).
Donald Trump reiterou que a guerra na Ucrânia, que começou em fevereiro de 2022 com a invasão da Rússia, é "horrível" e que acabar com o conflito é uma das coisas que quer fazer "rapidamente".
"Milhões de soldados já morreram, estamos a ver números que são insanos. Tenho de acabar com isto, é ridículo", acrescentou o republicano, voltando a dizer que se fosse ele o Presidente dos Estados Unidos na altura, a guerra nunca teria começado.
Na quinta-feira, Putin disse estar disposto a encontrar-se com Trump "em qualquer altura", embora desconheça quando tal acontecerá, porque o chefe de Estado norte-americano "não disse nada" sobre o assunto.
"Não nos falamos há quatro anos. Estou pronto a fazê-lo [falar] em qualquer altura e a encontrar-me também", disse o líder russo, na sua última conferência de imprensa do ano.
Com LUSA
Brasil: Avioneta cai em cima de prédio após descolar em Rio Grande do Sul
© o_eduteixeira/ X (antigo Twitter) Notícias ao Minuto 22/12/2024
Um avião de pequeno porte que tinha capacidade para dez pessoas caiu em Gramado, uma cidade turística brasileira. O governador estatal adiantou que nenhum dos ocupantes da avioneta sobreviveu.
Uma avioneta despenhou-se em Gramado, no estado brasileiro de Rio Grande do Sul, este domingo.
De acordo com as autoridades, citadas pela Reuters, o avião levaria dez pessoas e não há sobreviventes.
Já segundo o comissário Cléber dos Santos Lima, citado pela agência France-Presse, há para já "nove mortos confirmados pela proteção civil".
Segundo o que é explicado, a aeronave caiu poucos minutos depois de ter descolado e na queda atingiu uma chaminé de um prédio, uma loja de móveis e também uma pousada, causando depois um incêndio.
O Governo de Rio Grande do Sul já se manifestou, lamentando a situação, e indicando que ninguém que seguia no avião sobreviveu. O governador, Eduardo leite, deixou uma mensagem nas redes sociais, que pode ver abaixo:
Outras 15 pessoas terão sido hospitalizadas devido à inalação de fumos, causada pelo incêndio consequente.
A aeronave saía de Gramado, uma cidade turística do estado, em direção a Jundiaí, no interior de São Paulo, de acordo com a CNN Brasil.
Veja o momento da queda na galeria.👇
Leia Também: Lula reage a queda de avioneta em Gramado: "Solidariedade aos familiares"
domingo, 22 de dezembro de 2024
Terra Kila na avança... Realizações e obras na tudo lado…
Ambiente de Felicidade!
Veja Também: Chegada de presidente da República na local de casamento de Carlinhos Fernandes.
Imprensa russa noticia pela primeira vez as baixas na Ucrânia: 85.000 soldados mortos. Reino Unido estima mais de 750.000 (45.000 só em novembro)
Soldados russos em Rostov (Getty Images) Por cnnportugal.iol.pt
Perante as incongruências e as retóricas diferentes fica uma certeza: 2024 foi “ano mais letal”. Só em novembro, as estimativas britânicas. Só em novembro, a Rússia terá perdido 45.000 homens e gasto três mil milhões de dólares em equipamentos militares.
Numa investigação jornalística conjunta a BBC Rússia e a Mediazona, citada pelo jornal ucraniano The Kyiv Independent, identificaram os nomes de 84.761 soldados russos mortos na invasão de larga escala da Ucrânia.
Desde o início do dezembro, foram incluídos os nomes de mais 2.711 soldados à lista de baixas.
Os jornalistas apontam ainda que 2024 foi o “ano mais letal da guerra”, com uma contagem atual que já ultrapassa as 20 mil mortes, todas elas confirmadas com os nomes das vítimas mortais ao longo dos últimos 12 meses. As contas anuais ainda não foram fechadas, porque, a cada dia, surgem novas baixas.
Os números surgem, na mesma altura, em que o Reino Unido anunciou que as estimativas britânicas apontavam para que Rússia já tivesse perdido mais de 750 mil homens, com Londres a antever inclusivamente que este número passaria o milhão de baixas nos próximos seis meses.
Nos últimos meses, o número de mortes de soldados russos aumentou significativamente como reflexo do esforço para ganhar terreno – ordenado pelo Kremlin – no leste da Ucrânia e no Oblast de Kursk.
As perdas russas atingiram novos máximos nos meses de novembro e dezembro, com um pico de 2.030 baixas por dia no mês no penúltimo mês do ano. Só em novembro, a Rússia terá perdido 45.000 homens e gasto três mil milhões de dólares em equipamentos militares.
Desde 24 de fevereiro 2022, o Kremlin nunca divulgou o número de soldados mortos. O único deslize aconteceu recentemente quando um membro do Ministério da Defesa de Moscovo deixou escapar que o gabinete tinha recebido 48.000 pedidos de identificação de soldados.
Do lado de Kiev, Zelensky revelou, numa rara declaração, que a Ucrânia tinha perdido 43.000 soldados no campo de batalha desde o início da guerra.
EUA atacam instalações militares dos Houthis no Iémen
Por SIC Notícias
O anúncio dos ataques americanos surge depois de os rebeldes Houthis terem reivindicado a responsabilidade pelo disparo de um míssil contra Telavive, que causou 16 feridos ligeiros na noite de sexta-feira.
As forças armadas americanas anunciaram este sábado que realizaram ataques contra instalações militares dos Houthis em Sanaa, capital do Iémen.
Os ataques tiveram como alvo "uma instalação de armazenamento de mísseis e um centro de comando operado pelos Houthis apoiados pelo Irão", anunciou o Comando do Médio Oriente (Centcom) das Forças Armadas dos Estados Unidos na rede social X.
Os militares dizem ter abatido também vários drones disparados pelos Houthis e mísseis de cruzeiro sobre o Mar Vermelho durante a operação.
As forças norte-americanas levaram a cabo estes ataques "para desestabilizar as operações dos Houthis, tais como ataques a navios de guerra e cargueiros da Marinha dos EUA" na região, é referido no comunicado do exército.
Os Houthis, que controlam uma grande parte do Iémen, incluindo Sanaa, atacam regularmente navios que acreditam estar ligados a Israel, aos Estados Unidos ou ao Reino Unido no Mar Vermelho e no Golfo de Aden, apesar dos ataques realizados pelo exército americano, por vezes com a ajuda de forças britânicas.
O anúncio dos ataques americanos surge depois de os rebeldes Houthis terem reivindicado a responsabilidade pelo disparo de um míssil contra Telavive, que causou 16 feridos ligeiros na noite de sexta-feira.
Em Saana, um correspondente da agência de notícias francesa AFP disse ter ouvido explosões hoje à noite.
Desde o início da guerra desencadeada em 7 de outubro de 2023 pelo ataque sem precedentes em solo israelita do movimento islamita palestiniano Hamas, os Houthis apoiados pelo Irão no Iémen lançaram numerosos ataques contra Israel, que retaliou em várias ocasiões.
Os Houthis fazem parte daquilo a que o Irão chama o "eixo da resistência", que inclui outros movimentos hostis a Israel, como o Hamas, grupos iraquianos e o Hezbollah libanês.
Gabinete de Proteção Financeira (GPF). A subida do custo de vida ultrapassou o aumento dos rendimentos e a Deco tem observado um significativo acréscimo de famílias em dificuldades, com cada vez mais pessoas a recorrerem ao crédito para pagar a renda e até a prestação.
© Lusa 22/12/2024
Famílias em dificuldades aumentam e muitas pedem crédito para pagar renda
A subida do custo de vida ultrapassou o aumento dos rendimentos e a Deco tem observado um significativo acréscimo de famílias em dificuldades, com cada vez mais pessoas a recorrerem ao crédito para pagar a renda e até a prestação.
O alerta para esta realidade é dado pela coordenadora do Gabinete de Proteção Financeira (GPF) da Deco, Natália Nunes, que, em declarações à Lusa, referiu que esta é uma situação que acaba a contribuir para um cenário de maior endividamento.
"Temos muitas famílias a recorrer a crédito para conseguir manter não só a prestação da casa, mas também a própria renda da casa", precisou Natália Nunes, notando que, apesar de esta solução se poder tornar um perigo para a gestão do orçamento familiar, é muitas vezes a única alternativa.
Segundo a coordenadora do GPF, são muitas as famílias que estão no mercado de arrendamento e com contratos a termo que, quando estes terminam, se veem confrontadas com a necessidade de procurar uma nova casa, com valores de renda elevados.
E, muitas vezes, "a forma que têm para conseguir pagar o mês da caução, o primeiro mês de renda, é recorrer a crédito", acentua, precisando ques perante a falta de resposta do mercado, as famílias acabam por se sujeitar a pagar valores que estão muito para lá daquilo que é o seu orçamento.
Ainda sem dados fechados sobre o ano de 2024, a coordenadora do Gabinete de Proteção Financeira assinala que ao longo dos últimos quatro anos se tem registado "um aumento significativo do número de famílias em situação de dificuldade".
"É verdade que estamos com as taxas [de juro] a descer, mas a verdade é que as prestações [do empréstimo da casa] ainda estão significativamente elevadas face àquilo que tínhamos em 2021", diz Natália Nunes, acrescentando que as dificuldades vêm do facto de ao elevado custo da fatura da casa se somar a cada vez mais cara conta do supermercado ou dos serviços essenciais -- despesas que "subiram de forma bastante significativa", lembra.
A par deste agravamento das dificuldades causado pela subida do custo de vida acima do aumento dos rendimentos, Natália Nunes nota ainda outra diferença face à situação vivida nas crises de 2008 e 2012.
Agora, refere, "estamos a falar de outra realidade" porque olhando para as famílias que recorreram ao apoio da Deco ao longo deste ano, em 2024, verifica-se "que mais de 75%" está a trabalhar, tem rendimentos do seu trabalho.
"Portanto, não é a questão do desemprego, não é a questão da diminuição dos rendimentos por esta via que está a levar as famílias a estar em dificuldades. É precisamente pelo lado da despesa, ou seja, as despesas estão a aumentar muito para além daquilo que é o aumento dos rendimentos", sublinha.
"Hoje, eu diria que para as famílias que têm rendimentos mais baixos é uma aventura conseguirem sobreviver e fazer face a tudo aquilo que é as despesas essenciais para a sobrevivência da própria família", acentua a coordenadora do GPF.
A única vantagem face às anteriores crises, remata, é que houve alguma aprendizagem por parte das famílias para se prepararem, dos bancos e do próprio regulador que acabou por ganhar outras ferramentas.
sábado, 21 de dezembro de 2024
O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel acusou hoje o Papa Francisco de ter "dois pesos e duas medidas", depois de o líder da igreja católica ter condenado a "crueldade" de um ataque israelita na Faixa de Gaza.
© Kobi Wolf/Bloomberg via Getty Images Por Lusa 21/12/2024
Israel acusa Papa Francisco de ter "dois pesos e duas medidas"
O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel acusou hoje o Papa Francisco de ter "dois pesos e duas medidas", depois de o líder da igreja católica ter condenado a "crueldade" de um ataque israelita na Faixa de Gaza.
Neste ataque, terão sido mortas sete crianças, segundo a Defesa Civil do território palestiniano.
"Os comentários do Papa são particularmente dececionantes, porque estão desligados do contexto real e factual da luta de Israel contra o terrorismo jihadista", disse o Ministério israelita em comunicado, acrescentando que "os dois pesos e duas medidas" do pontífice em relação a Israel devem acabar.
O Papa Francisco denunciou hoje a "crueldade" dos bombardeamentos israelitas na Faixa de Gaza, depois de pelo menos 25 palestinianos, incluindo sete menores, terem sido mortos num bombardeamento em Jabalia, na sexta-feira.
"O ntem [sexta-feira] foram bombardeadas crianças. Isto não é uma guerra. É uma crueldade", lamentou o pontífice, em declarações não previstas, divulgadas pela agência de notícias do Vaticano.
"Quero dizer isto porque me toca o coração", acrescentou.
Em resposta, o Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita criticou o Papa e considerou que "crueldade é os terroristas esconderem-se atrás de crianças enquanto tentam assassinar crianças israelitas".
"Crueldade é manter uma centena de reféns durante 442 dias, incluindo um bebé e uma criança, que estão nas mãos de terroristas que os maltratam", acrescentou, lamentando que o Papa tenha optado "por ignorar tudo isto e também o facto de as ações de Israel terem como alvo os terroristas, que usavam crianças como escudos humanos".
As palavras de Francisco são "particularmente lamentáveis", referiu, porque "estão desligadas da verdade e do contexto dos factos da luta de Israel contra o terrorismo jihadista, uma guerra em várias frentes para a qual foi arrastado desde o seu início, a 07 de outubro".
"A morte de qualquer pessoa inocente numa guerra é uma tragédia. Israel faz um esforço extraordinário para evitar ferir inocentes, enquanto o Hamas faz um esforço extraordinário para aumentar os danos aos civis palestinianos", criticou ainda.
Por isso, "a culpa deve ser atribuída exclusivamente aos terroristas e não à democracia que se está a defender contra eles", salientou, insistindo que "basta de dois pesos e duas medidas e de apontar o dedo ao Estado judeu e ao seu povo".