segunda-feira, 13 de maio de 2024

Acidente marítimo - Capitão dos Portos confirma 05 mortos resultante do naufrágio de uma canoa de pesca no sábado

Bissau, 13 Mai 24 (ANG) - O Capitão dos Portos  confirmou hoje que  cinco  mortos é o balanço  provisório do  naufrágio de uma canoa de pescas que saiu do Ilhéu de Rei  para Bissau, no sábado(11), com 29 pessoas (27 passageiros e 05 tripulantes).

Rui da Silva que falava em entrevista exclusiva à Agência de Notícias da Guiné (ANG),  revelou que após o acidente conseguiram resgatar  de imediato 27 pessoas e que quatro delas morreram a caminho do hospital.

“No dia 11 duas pessoas estavam desaparecidas, mas acabamos por encontrar uma sem vida, na tarde do dia 12, no próprio local do acidente  e a outra ainda não foi encontrada. De modo que, a nossa busca continuará”, garantiu aquele responsável.

O Capitão dos Portos explicou que a referida canoa de pescas e não de transporte de passageiros levou gelo  para Ilhéu de Rei e no  regresso viu muitas pessoas a espera do momento para  regressar para Bissau, e que após negociações a tripulação decidiu transportar toda a gente para o chamado Porto de Rampa..

“O principal motivo de acidente tem que ver com o excesso de passageiros, mas também podemos dizer que o fato de uma pessoa se levantar no meio da viagem para fazer imagem contribuiu para o sucedido uma vez que ela  desequilibrou a canoa ao se levantar”, contou Rui Silva.

Acrescentou que, por não ser uma canoa de transporte de passageiros, não tinha coletes salva-vida para o número de pessoas que transportava.

Rui da Silva lançou um apelo aos passageiros no sentido de estarem sempre atentos com aos meios de transportes marítimos que utilizam para não  poem as suas vidas em risco.  

ANG/AALS/ÂC//SG

Os cidadãos lusófonos que pretendam entrar em Portugal com um visto CPLP vão ter de comprovar meios de subsistência até arranjarem trabalho, mas se quiserem podem optar por outro visto, que permita a circulação na Europa, segundo fonte governamental.

© Lusa
Por Lusa  13/05/24 
Vistos CPLP com mais exigências, lusófonos vão poder optar por outro visto
Os cidadãos lusófonos que pretendam entrar em Portugal com um visto CPLP vão ter de comprovar meios de subsistência até arranjarem trabalho, mas se quiserem podem optar por outro visto, que permita a circulação na Europa, segundo fonte governamental.


De acordo com o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, a entrada em Portugal de imigrantes da CPLP vai ser "mais exigente".

No visto para a procura de trabalho, "a pessoa vai ter de demonstrar que tem condições para subsistir em Portugal enquanto andar à procura de trabalho", disse.

No seguimento das alterações à Lei dos Estrangeiros, que entraram em vigor em 30 de outubro de 2022, os cidadãos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) ficaram com a concessão de vistos simplificada, ficando dispensados de "comprovativo de meios de subsistência".

Teriam, neste caso, de apresentar um termo de responsabilidade de um português ou estrangeiro residente em Portugal que garanta a sua subsistência e o seu alojamento.

Esse comprovativo vai voltar a ser necessário, tendo o Governo dado já orientações nesse sentido.

"O que nós queremos é que as pessoas que venham para Portugal, que venham com a defesa plena dos seus direitos, mas sem correrem situações de autêntica marginalidade, pobreza, isolamento, que não é bom para eles e nem é bom para país", adiantou o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas.

E reforçou: "Portugal, se precisa de mão-de-obra, tudo muito bem, recorre a mão-de-obra estrangeira, mas tem de garantir os direitos das pessoas que vêm; mas também não tem as portas escancaradas para vir qualquer pessoa, que depois fica por aí ao deus dará, muitas vezes sem poder garantir a sua subsistência".

José Cesário acredita que "estas alterações poderão resultar numa regulação deste setor e, sobretudo, uma maior defesa dos direitos dos cidadãos e também uma maior defesa dos direitos do país".

Por outro lado, os vistos CPLP vão deixar de se sobrepor a todos os outros.

"Quando o visto CPLP surgiu sobrepunha-se a todos os outros. Agora, estamos a implementar uma alteração, uma mudança, que é a pessoa poder optar se quer um visto CPLP ou outro tipo de visto", explicou.

Para José Cesário, "o facto de [um cidadão] vir de um país CPLP não terá de obrigar um cidadão a ficar sempre com um visto CPLP".

E adiantou que há muitas pessoas que se sentem penalizadas e que não querem o visto CPLP, mas sim "um visto diferente, que lhes permita uma autorização de residência normal, que por sua vez lhe permita uma circulação na União Europeia, no espaço Schengen, e isso não se verificava".

O facto de os portadores de Autorização de Residência CPLP não poderem circular na União Europeia é uma "queixa absolutamente recorrente" destes imigrantes.

"Já sou sensível a ela há muito tempo e essa é uma alteração a prosseguir de imediato", disse, indicando que já assinou a portaria que vai permitir esta mudança.

A CPLP integra Portugal, Cabo Verde, Brasil, Timor-Leste, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, São Tomé e Príncipe, Angola e Moçambique.


Leia Também: A Polícia de Segurança Pública (PSP) deteve, no fim de semana, no Aeroporto de Faro, um estrangeiro, suspeito de falsificação de documentos.   


PR Umaro Sissoco Embaló falava a imprensa após a cerimônia de Comemoração do 14° Aniversário da Guarda Nacional

 

@Radio Voz Do Povo 

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, afirmou hoje que não precisa de autorização de ninguém para visitar a Rússia ou qualquer chefe de Estado.

© Lusa
Por Lusa  13/05/24 
 PR guineense diz que não precisa de autorização para visitar a Rússia
O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, afirmou hoje que não precisa de autorização de ninguém para visitar a Rússia ou qualquer chefe de Estado.


"Não preciso de autorização de nenhum outro país ou Presidente da República para visitar a Rússia ou onde quer que seja. Eu sou soberano. É como não vou aceitar também que um Presidente me peça autorização para visitar o Senegal. Isso não", observou Embaló.
O Presidente guineense respondia à Lusa à margem das festividades do 14.º aniversário da Guarda Nacional, onde discursou.

No seu discurso alusivo à ocasião, Umaro Sissoco Embaló afirmou ter escutado os comentários "de um deputado português", a quem "perdoa", quando este questionava a sua visita à Rússia.

"A Guiné-Bissau é um Estado soberano e independente", disse Embaló, salientando que sabe o que é bom para a política externa do país.

Na passada quinta-feira, o deputado da Iniciativa Liberal Rodrigo Saraiva justificou o pedido de presença do ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, no parlamento, alegando que Portugal não se pode manter "surdo e mudo" perante o que se está a passar ao nível da política externa de vários Estados-membros da CPLP.

Rodrigo Saraiva referiu, em particular, o acordo militar assinado por São Tomé e Príncipe com a Rússia e a visita de Sissoco Embaló a Moscovo, onde participou nas celebrações do chamado Dia da Vitória, afirmando que a Guiné-Bissau "se prepara para fazer um acordo de cooperação militar" com as autoridades russas.

Questionado pela Lusa sobre se assinou algum acordo com Vladimir Putin, o Presidente guineense disse que os dois países já tinham Acordo de Quadro Geral, que se mantém "sempre intacto" e que, de vez em quando, é revisto, apenas através de processos verbais, em todas as áreas.

"Neste momento temos mais de 100 oficiais militares em formação na Rússia, em Frunzi, e noutras academias militares. Agora pedimos que nos formem as nossas forças especiais", adiantou Embaló, referindo-se às conversações que manteve com Vladimir Putin.

O líder russo apresentou ao Presidente guineense os responsáveis de várias repúblicas da federação russa, nomeadamente do Tartaristão, que Embaló visitou e do qual recebeu a promessa de formação de quadros nas áreas do petróleo e da engenharia naval.

Umaro Sissoco Embaló disse que só não visitou mais repúblicas da federação russa por se ter deslocado àquela zona do mundo "num avião emprestado".

O Presidente guineense anunciou que, ainda este ano, irá realizar uma visita de Estado à Rússia.


Leia Também:  O Presidente da República participa nas Comemorações do 14° Aniversário da Guarda Nacional  


Meteorologia prevê chuva acima da média na Guiné-Bissau e Cabo Verde

© Lusa
Por Lusa   13/05/24 
A época das chuvas deste ano poderá trazer chuva acima da média à Guiné-Bissau e a Cabo Verde, de acordo com a previsão sazonal do centro regional de meteorologia Agrhymet, que cobre o Sahel e África Ocidental.

"Precipitação perto da média ou acima é muito provável", até setembro, em toda a faixa do continente africano que se estende do Mar Vermelho, a leste, até ao oceano Atlântico, a oeste, lê-se no mais recente boletim da organização, consultado hoje pela Lusa.

As previsões para chuva acima da média são mais acentuadas para o continente, incluindo a Guiné-Bissau, e menos para Cabo Verde.

Seja como for, em ambos os casos, só há 20% de chances de a precipitação ficar abaixo da média.

De acordo com o centro regional de meteorologia Agrhymet, as previsões requerem medidas de prevenção face a riscos de inundações ou cheias repentinas, assim como fazer uma preparação adequada das reservas de água, para se obter o máximo proveito.

É igualmente aconselhado um contacto antecipado com os serviços de apoio agrícola para preparação das culturas.


Segundo candidato mais votado pede anulação das presidenciais do Chade

© Lusa
Por Lusa  13/05/24 
O segundo candidato mais votado nas presidenciais no Chade, Succès Masra, ganhas no dia 06 pelo líder da junta militar no poder, Mahamat Déby, anunciou no domingo que pediu a anulação das eleições, consideradas "uma farsa eleitoral".

"Com a ajuda dos nossos advogados, apresentámos hoje um pedido ao Conselho Constitucional para que seja revelada a verdade das urnas", declarou o líder dos "Les Transformateurs" (Os Transformadores) numa publicação na rede social Facebook.

"O nosso pedido é a anulação pura e simples desta farsa eleitoral", declarou à agência de notícias France-Presse (AFP) o vice-presidente do partido de Succès Masra, Sitack Yombatina.

A Agência Nacional para a Gestão das Eleições (ANGE) atribuiu na quinta-feira a Masra 18,53% dos votos contra 61,03% do Presidente de transição, Mahamat Idriss Déby Itno, que o tinha nomeado primeiro-ministro quatro meses antes das eleições.

Na quinta-feira à noite, algumas horas antes do anúncio dos resultados oficiais, Masra reivindicou "a vitória na primeira volta", de acordo com uma compilação de votos efetuada pelos seus ativistas em todo o país.

Após o anúncio dos resultados provisórios, pelo menos nove pessoas, incluindo duas crianças, foram mortas e 63 ficaram feridas em Ndjamena, a capital chadiana, por disparos do exército, confirmaram fontes médicas à agência de notícias EFE.

Os soldados dispararam para o ar com armas pesadas e automáticas em Ndjamena e em várias cidades do sul do país conhecidas pelo seu apoio à oposição, em aparente celebração, desmontada por vários ativistas, que consideraram os tiros como uma forma de dissuadir os apoiantes da oposição de se reunirem para se manifestar.

"A todos os nossos ativistas, apoiantes e eleitores, pedimos que permaneçam pacíficos por amor ao nosso país, porque a mudança que querem ver não pode ter lugar num país destruído", escreveu este domingo na rede social X Succès Masra, agradecendo-lhes por contribuírem para "documentar a verdade das urnas".

O político apelou aos apoiantes para que evitem "cair na armadilha da provocação" e se mantenham "lúcidos".

"Esta mudança é irreversível, já está aqui e será concretizada de uma forma ou de outra por todo o povo para que a justiça e a igualdade reinem (...). O povo triunfa sempre", acrescentou Masra.

"Todas as provas estão nas 'pens drives'" anexadas ao pedido de anulação do escrutínio entregue ao Conselho Constitucional, garantiu o vice-presidente do partido à AFP.

De acordo com Yombatina, os ficheiros entregues à entidade responsável por aferir a correção das eleições e proclamar o vencedor contêm "vídeos de enchimento de urnas, roubos e ameaças, mas acima de tudo urnas que foram retiradas por militares para serem contadas noutro local".

Setenta e seis pessoas, incluindo menores de idade, foram detidas no dia das eleições, na passada segunda-feira, por terem "feito elas próprias cartões de acesso a várias assembleias de voto".

O partido considerou as detenções "arbitrárias" e por motivos "ridículos e fantasiosos".

A eleição marca o fim de uma transição militar de três anos e a reposição da normalidade constitucional no país, mas muitos observadores consideram tudo foi preparado para manter no poder a "dinastia" Déby, após a morte do pai de Mahamat, o ditador Idriss Déby Itno, alegadamente derrubado na frente de combate por um grupo rebelde em abril de 2021.

O anúncio dos resultados definitivos está previsto para 23 de maio, no limite do prazo, após a análise do recurso de Succès Masra e de Yacine Abdaramane Sakine, que contesta o seu oitavo lugar.

Mahamat Déby foi apoiado desde o início pelo exército, em abril 2021, por uma comunidade internacional - liderada pela França - que se apressou a condenar golpistas noutras partes de África.

Paris ainda mantém um milhar de soldados no Chade, considerado um pilar na luta contra os extremistas islâmicos no Sahel, depois de os soldados franceses terem sido expulsos do Mali, Burkina Faso e Níger.



Leia Também: Líder da junta militar no Chade proclamado vencedor das presidenciais  

Ela tem 63 anos e ele 26. Em breve vão realizar o sonho... de serem pais... A vontade já tinha sido revelada há cerca de um ano.

© TikTok
Por Notícias ao Minuto 13/05/24

"Vai finalmente acontecer. A nossa família vai crescer". Este é o anúncio que deixou o TikTok de boca aberta. A diferença de idades entre Cheryl, de 63 anos, e Quran, de 26, sempre suscitou comentários, agora, porém, as dúvidas em relação ao casal adensam-se, depois de anunciarem que vão ser pais.

Cheryl, que tem sete filhos de uma relação anterior, e o novo companheiro partilharam um vídeo onde reagem dançando à boa nova, felizes por partilhar com os seus seguidores que vão ter um filho juntos.

O bebé virá ao mundo graças a uma barriga de aluguer, porém muitos questionam como é que Cheryl, com a sua idade, ainda pode ter filhos.

Há quem sugira que esta tivesse os seus óvulos congelados.

"Nunca é tarde para se ser pai", escrevem outros, dando apoio ao casal nesta nova fase da sua vida.

Cheryl e Quran, da Georgia, nos EUA, conheceram-se em 2012 e, desde que assumiram a relação, têm lidado com críticas e desconfianças acerca do amor que os une: 'Tem sido uma batalha, tentar provar que não somos uma piada. Os meus sete filhos diziam que ele me está a usar, mas não, não podemos evitar por quem os nossos corações se apaixonam".

Há cerca de um ano, os dois já tinham anunciado que queriam ser pais
e que estavam em contacto com três barrigas de aluguer e ponderavam, inclusive, recorrer à adoção se fosse preciso.

"Tenho mais energia do que metade dessas 'crianças' que agora estão a criar bebés. Não vejo isso como um problema", revelou a mulher em março de 20023.

O Presidente da República participa nas Comemorações do 14° Aniversário da Guarda Nacional

Por ocasião da comemoração do 14º aniversário da Guarda Nacional, o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, rendeu a sua homenagem à trajetória desta Instituição, pedra angular no Sistema de Segurança Interna.
Neste acto, o Presidente da República  promoveu 25 elementos da Guarda Nacional a postos de Coroneis, Tenente Coronéis, Majores, Capitães e tenentes, “pelas suas contribuições para os  sucessos nas missões que lhes foram confiadas”. No seu discurso, o chefe de Estado destacou: “podem contar sempre comigo. Como Chefe de Estado e Comandante Supremo das Forças Armadas não vou poupar esforços para fazer da Guarda Nacional uma verdadeira força republicana ao serviço do nosso Estado de Direito Democrático”.

Presidência da República da Guiné-Bissau

Cabo Verde: Sindicato de professores anuncia greve de uma semana, ministro pede cautela

Manifestação de professores, Praia, Cabo Verde, 2023 (Foto de Arquivo)

VOA Português  maio 13, 2024
Paralisação visa reivindicar o reajuste salarial e o pagamento de subsídios relacionados com a carga horária em dívida desde 2018.

PRAIA — O Sindicato Cabo-verdiano dos Professores (Sindep) marcou para o dia 15 de maio uma nova greve de sete dias para reivindicar o reajuste salarial e o pagamento de subsídios relacionados com a carga horária, em dívida desde 2018.

A organização sindical e o Governo não se entendem, apesar do Ministério da Educação continuar a afirmar que tem honrado os compromissos assumidos entre as partes.

"Faz tempo que estamos em negociação com o ministro, mas não chegamos a um entendimento em dois aspetos como o reajuste salarial e pagamento dos subsídios pela não redução de carga horária", afirmou o presidente do Sindep, Jorge Cardoso, para quem a "conversa tem sido sempre a mesma", com a justificação de que ainda decorre a revisão do estatuto da carreira docente.

A paralisação deve coincidir com as provas gerais internas do 12.º ano, entre os dias 15 e 17 e entre 21 e 24 de maio.

Esta é a segunda greve dos professores despois de, em novembro de 2023, terem protagonizado uma paralisação de dois dias que paralisou todo o sistema de educação do país.

No passado dia 9, na ilha do maio, o ministro da Educação disse que todos os professores que adquiriram o grau de licenciatura já foram requalificados, uma das exigências do sindicato, e que o Ministério da Educação tem vindo a fazer de tudo para cumprir as promessas feitas aos docentes.

Amadeu da Cruz reiterou estar a trabalhar para que todos os docentes tenham as condições para exercerem as suas profissões com dignidade e lembrou que está a dialogar com os sindicatos dos professores para a definição de um salário aos professores de 89 mil escudos (cerca de 870 dólares) , em vez dos 95 mil escudos (930 dólares) propostos pelos sindicatos, até ao final deste ano.

Quanto à greve, Cruz disse carecer de uma ponderação porque "estão em causa os interesses dos alunos do 12º ano de escolaridade”.

ONU alerta para crescimento de mercado lusófono de tráfico de drogas

© Lusa
Por Lusa  13/05/24 
O Escritório das Nações Unidas para a Droga e Crime Organizado em Moçambique alertou hoje para o crescimento de um mercado lusófono de tráfico ilícito, denunciando a existência de "cartéis" brasileiros com contactos em países de língua portuguesa.

"Nós estamos a ver como os cartéis brasileiros já estão a traficar com grupos organizados moçambicanos, assim como com outros países de expressão portuguesa", declarou o representante do Escritório das Nações Unidas para a Droga e Crime Organizado (UNODC), António De Vivo, em entrevista à Lusa em Maputo.

Segundo aquele responsável, as ligações entre grupos que se dedicam ao tráfico de drogas começaram a ser registadas nos últimos anos, apontando, a título de exemplo, a detenção em Moçambique, em 2020, de Gilberto Aparecido dos Santos, conhecido como 'Fuminho', um dos traficantes de droga mais procurados pelas autoridades de justiça do Brasil, além de várias apreensões de drogas provenientes do Brasil feitas pelas autoridades em Moçambique.

"É possível que isto seja uma consequência, digamos, das necessidades dos cartéis brasileiros de diversificar o risco do negócio", declarou António De Vivo.

Moçambique, prosseguiu, permanece como um corredor para o tráfico de drogas internacional, o que eleva o risco de surgimento de novos mercados.

"Quando um país tem um mercado de trânsito acaba também por criar mercados nacionais, porque muitos dos operadores que trabalham, digamos, na logística a nível nacional, muitas vezes são pagos em mercadoria", acrescentou António De Vivo.

A localização geográfica de Moçambique, na chamada "rota do Sul", e a guerra contra o terrorismo no norte deixa o país mais vulnerável, observou o responsável.

"Moçambique é conhecido por estar no meio da chamada rota do Sul, que é uma rota de tráfico de estupefacientes, principalmente anfetaminas, metanfetaminas e heroína, que partem do Afeganistão. Portanto, a confluência da crise no norte e o tráfico de drogas faz com que o país enfrente uma situação complicada", explicou António De Vivo, lembrando, no entanto, que se trata de um desafio que o país não está a enfrentar sozinho.  

Moçambique é apontado por várias organizações internacionais como um corredor de trânsito para o tráfico internacional de estupefacientes com destino à Europa e Estados Unidos da América, sobretudo de heroína oriunda da Ásia, mas as apreensões de cocaína oriunda da América do Sul têm também aumentado.

Dados da Procuradoria-Geral da República de Moçambique referem que foram instaurados 1.251 processos-crime relativos a tráfico de droga em 2023, contra 1.035 em 2022, alertando para um aumento do comércio e consumo de estupefacientes no país.

A UNODC é uma agência das Nações Unidas especializada nos assuntos de justiça criminal, droga e crime, estando a colaborar com o Governo de Moçambique ao abrigo de um acordo quadro para as áreas da criminalidade organizada transnacional.



Leia Também: Lisboa: Dupla acaba detida em operação 'stop' após ser apanhada com droga  

Ucrânia. Kyiv relata baixas russas sem precedentes na ofensiva de Kharkiv

© REUTERS/Sofiia Gatilova
Por Lusa  13/05/24

O Estado-Maior ucraniano estimou hoje em 1.740 o número de vítimas russas nas últimas 24 horas, um número sem precedentes na ofensiva transfronteiriça lançada pela Rússia contra a região nordeste da Ucrânia de Kharkiv.

O número de baixas inclui soldados russos mortos e feridos e é superior aos que Kyiv tinha relatado nas últimas semanas e meses, quando esta contagem estava entre 800 e 1.300 vítimas quase diariamente.

A Rússia lançou um ataque transfronteiriço contra a região fronteiriça do norte de Kharkiv na sexta-feira, conseguindo romper as defesas ucranianas que protegiam a fronteira com a Rússia para levar os combates ao território ucraniano.

Kyiv indicou que os combates estão ocorrer em cidades de duas áreas distintas da zona fronteiriça de Kharkiv.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Leia Também: Rússia anuncia conquista de mais quatro localidades na zona de Kharkiv   

domingo, 12 de maio de 2024

GUINÉ-BISSAU: O Secretário Regional do Madem-15 de Gabú, Ibraima Djassi denuncia violação das portas da sede regional do Madem em Gabu. As provas foram apresentadas este domingo 12.05.2024, durante uma colectiva de imprensa.


 Radio Voz Do Povo




Veja Também:  Coordenador Regional do Madem-15 José Carlos Macedo Monteiro, em conferência de imprensa   

A guerra de patentes, a Rússia em África e o Sudoku catalão: Paulo Portas na íntegra... muito interessante!

No Global desta semana, Paulo Portas falou sobre a polémica em torno do acordo de cooperação militar entre São Tomé e Príncipe e a Rússia.
O comentador olhou ainda para a guerra de patentes entre as duas maiores economias do mundo e para o desfecho das eleições na Catalunha.

Paulo Portas  @ cnnportugal.iol.pt


Doka Ogiva pede perdão ao Presidente, Umaro Sissoco Embaló 👇


 @dokaogiva

Ilhéu do Rei: QUATRO MORTOS E DOIS DESAPARECIDOS EM NAUFRÁGIO DE PIROGA

 O DEMOCRATA  12/05/2024 
Uma piroga que transportava dezenas de passageiros do ilhéu do Rei  para o porto de Bissau naufragou na tarde de sábado, 11 de maio de 2024, causando quatro mortos e dois desaparecidos.

O naufrágio, de acordo com as explicações dos responsáveis do Instituto Marítimo Portuário (IMP), deveu-se ao excesso de passageiros na piroga, que não conseguiu resistir à agitação do mar que se registava na altura em que seguia para o porto de Bissau.

De acordo com o diretor do serviço de urgências do Hospital Nacional Simão Mendes, Bubacar Cisse, deu entrada no seu serviço 21 pessoas, das quais quatro chegaram sem vida. Acrescentou que as vítimas mortais, são dois rapazes e duas raparigas.

“Recebemos no total 21 pessoas, deste número, quatro chegaram sem vida e mais duas estavam em estado grave, mas foram atendidas. De resto todas foram observadas e mandadas para as suas casas”, disse, assegurando que algumas pessoas estavam a chorar afirmando que os seus familiares desapareceram.

O Democrata soube que as autoridades estão a fazer buscas dos desaparecidos, mas até ao momento do fecho deste texto não foram encontrados mais nenhuns corpos.

Refira-se que o ilhéu do Rei faz parte do setor autónomo de Bissau, pertencendo ao círculo eleitoral n.°24.

Por: Assana Sambú

Moçambique: Embaixador russo em Maputo morre "repentinamente". Autópsia negada

© Facebook - Embaixada da Rússia em Moçambique
Por  Notícias ao Minuto  12/05/24

Polícia moçambicana diz que consulado russo recusou autorizar a realização de exames ao corpo, "e muito menos autópsia".

O embaixador da Rússia em Moçambique, Alexander Surikov, morreu em Maputo, na sua residência, na noite de sábado, segundo anunciou a própria embaixada nas redes sociais.

"Com profundo pesar, a embaixada da Rússia em Moçambique tem de informar que o embaixador Alexander Surikov faleceu repentinamente ontem à noite na sua residência", lê-se na publicação, onde são enviadas "as mais sinceras condolências".

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia emitiu uma nota onde referia que Surikov terá morrido na sequência de um acidente vascular cerebral.

Uma nota da Polícia da República de Moçambique (PRM) levanta, no entanto, outras possibilidades.

A "presunção" da investigação é de "morte súbita por causas indeterminadas", contudo, quando o piquete policial chegou à morgue do Hospital Central de Maputo "constatou que o corpo já tinha sido acondicionado", lê-se na mesma, citada pela agência Lusa.

"E por orientações vindas da Rússia, as quais chegaram à equipa técnica do piquete através do cônsul daquela Federação, o senhor Yuri Doroshenkov, o qual esteve presente na morgue acompanhado com o encarregado de segurança da embaixada, foi orientado a não fazer qualquer (...) exame do corpo e muito menos autópsia", refere-se na informação, acrescentando-se: "Porém, a equipa técnica colheu fotografias do corpo do finado estando na gaveta, foram feitas fotografias à residência do mesmo e colheu-se o depoimento do cônsul".

Surikov tinha 68 anos e foi nomeado para o cargo de embaixador em Moçambique pelo presidente russo Vladimir Putin, em 2017.

Numa das poucas declarações à comunicação social, o embaixador Surikov tinha transmitido, em entrevista à Lusa, em 2 de fevereiro passado, a disponibilidade de Moscovo para apoiar Maputo no combate ao terrorismo em Cabo Delgado, em caso de uma solicitação, assinalando, contudo, que o apoio que o país está a receber é suficiente.

"Se Moçambique solicitar alguma coisa, nós estamos ao lado, mas a situação não é tão dramática agora", declarou Alexandre Surikov, reagindo a uma questão colocada pela Lusa, à margem de um evento no Palácio da Ponta Vermelha, residência oficial do Presidente de Moçambique, em Maputo.

O embaixador russo disse mesmo que Maputo "pode sempre contar com a Rússia": "Nós temos experiência de largos anos de cooperação na esfera militar com Moçambique, ajudamos este país a construir as suas forças armadas e eles sabem perfeitamente sobre as nossas capacidades. Se eles necessitarem de alguma ajuda específica, estamos sempre ao lado", disse na altura.



Leia Também: A população da vila de Macomia, na província moçambicana de Cabo Delgado, começou esta tarde a regressar às suas casas, após relatos da saída do grupo de terroristas que ocupava a localidade, disseram à Lusa fontes da comunidade.  

Meghan disse que após sair o resultado de seu teste genealógico e descobrir ser 43% nigeriana, a primeira coisa que ela fez foi ligar para sua mãe, Doria Ragland.

  Meghan Markle @marklecombr

"Umaro Djau não fez campanha nas últimas eleições legislativas para MADEM-G15, mas sim para DSP" disse Amadu Uri Djaló

Por Radio TV Bantaba

GUINÉ-BISSAU: Coordenador Regional do Madem-15 José Carlos Macedo Monteiro, em conferência de imprensa

Radio Voz Do Povo


Veja Também:  O Secretário Regional do Madem-15 de Gabú, Ibraima Djassi denuncia violação das portas da sede regional do Madem em Gabu. As provas foram apresentadas este domingo 12.05.2024, durante uma colectiva de imprensa.   

Tunísia: Ordem dos Advogados da Tunísia anuncia greve após detenção de advogada

© Reuters
Por Lusa   12/05/24 
O presidente da Ordem dos Advogados tunisina anunciou uma greve, na próxima semana nos tribunais da região de Tunes, em protesto contra "o assalto" da polícia à sede da Ordem para deter uma advogada critica do poder.

Hatem Al Maziou pediu, em conferência de imprensa, no sábado, a libertação da "colega raptada" e descreveu os acontecimentos como um "precedente perigoso" e um "ataque flagrante" à profissão, lembrando que "quaisquer que sejam as razões e as causas, há procedimentos que devem ser respeitados".

Horas antes, cerca de 30 agentes à paisana e encapuzados entraram à força no edifício para prender a advogada Sonia Dahmani, que se tinha refugiado na sede da Ordem desde sexta-feira, depois de um juiz de instrução ter ordenado a detenção.

"A polícia invadiu [o edifício], situada em frente ao tribunal de Tunes, agrediu advogados e raptou Sonia Dahmani para local desconhecido', afirmou Dalila Msaddek, da equipa de defesa de Dahmani, na rede social Facebook.

Islam Hamza, outro dos defensores da advogada, confirmou à agência de notícias France-Presse "a detenção de Sónia Dahmani por agentes da polícia".

O canal de notícias francês France 24, cujos jornalistas estavam no local para cobrir o movimento de apoio à advogada, transmitiu em direto no momento da detenção.

"A polícia acabou por arrancar violentamente a câmara do tripé, pondo fim à transmissão em direto da cena, e prendeu Hamdi Tlili. O operador de câmara foi libertado cerca de 10 minutos depois e o correspondente da France 24 está bem", disse o canal, que transmitiu imagens da cena na rede social X (antigo Twitter).

A France 24 "condena veementemente este atentado à liberdade de imprensa e esta intervenção brutal e intimidatória das forças da segurança para impedir os jornalistas de exercerem a atividade, quando cobriam uma manifestação de advogados pelo respeito da justiça e em defesa da liberdade de expressão", acrescentou, em comunicado.

A imprensa tunisina noticiou que Dahmani está a ser investigada por divulgar "informações falsas com o objetivo de prejudicar a segurança pública" e "incitar ao discurso do ódio", ao abrigo do decreto-lei 54.

Este decreto, promulgado em setembro de 2022 pelo Presidente da Tunísia, Kais Said, pune com uma pena de prisão até cinco anos quem utilizar as redes de informação e comunicação para "escrever, produzir, difundir" informação falsa para "violar os direitos de outrem ou prejudicar a segurança pública".

Na terça-feira, durante um programa de televisão, Sonia Dahmani questionou ironicamente "de que país extraordinário" se estava a falar, depois de outro comentador ter afirmado que migrantes de vários países da África subsariana procuravam instalar-se na Tunísia.

Na quinta-feira, Dahmani recebeu uma intimação para comparecer perante um juiz de instrução na sexta-feira, indicou Msaddek.

A Sonia Dahmani explicou à imprensa que se recusava a comparecer perante a justiça "sem conhecer as razões da convocação" e denunciou uma campanha de perseguição nas redes sociais.

Devido à ausência, o juiz de instrução encarregado do processo emitiu um mandado de captura.

No último ano e meio, mais de 60 pessoas, entre jornalistas, advogados e opositores de Said, foram processadas com base no artigo 54, de acordo com o Sindicato dos Jornalistas tunisinos.


O Presidente da República, prestou homenagem no “MAUSOLÉU RAMZAN KADIROV”, Primeiro Presidente da República da Tchetchénia, pai do actual Chefe da República da Tchetchénia. Na companhia do seu homologo Tchetcheno, o Presidente da General Umaro Sissoco Embalou prestou homenagem aos Combatentes Defensores da Patria.


 Presidência da República da Guiné-Bissau


 

PARA SERES UM SANTO NA GUINÉ-BISSAU, NÃO PRECISAS SER CANONIZADO, BASTA TER A MESMA OPINIÃO QUE O PAIGC!

Por Carlos Sambu
Posto isto, há dois (só 2) tipos de indignados na Guiné-Bissau:
1. Os que pretendem que o Domingos Simões Pereira seja presidente da República
2. Os que de facto preocupam com o bem estar do País 

Aqueles digamos assim “ditos indignados” que só querem que o DSP seja Presidente da República, não tem argumentos, não estão nem aí para País, o único propósito é fazer o ungido deles sentar-se à todo custo no palácio, inventam, sabotam, criam senarios, agradem verbalmente qualquer um que ousar questionar essa deslumbrada pretensão! tem mais, qualquer consquista de País em todo vertente, se não ter dedo do DSP ou de PAIGC não vale, qualquer projecto seja ele social ou governamental que não recebe amém do “Deus político” não presta
Não se iludem, essa turma é vasta e, tem muitos pupilos, não só os autodenominados “ativistas” da rede social, contam ainda com supostos intelectuais, tanto na sociedade civil, como no organismos não governamentais, ainda tem académicos e até chegar nos simples claqueiros da bancada! Esse sonho chega a cegar muitos e, reduz desavergonhadamente suas opiniões 

Os segundos que de facto preocupam com País, estão sempre equilibrados, e as vezes são atacados pelo primeiro (indignados que pretendem somente que o DSP seja presidente) esses sim (os segundo) elogiam quando ações são boas e criticam quando algo está mal! Esses indignados as suas opiniões não são presas pelo fanatismo acerbado, por isso conseguem ter raciocínio saudável e não ficam à espera do erro adversário de PAIGC ou DSP! Pena, que são mal vistos e a sanha do complexo instalado transformaram eles em piores cidadãos e, são erredados do convívio da iludida sociedade da intelectualidade criada com simples critério, ter uma opinião a favor do PAIGC e, a propósito muitos, com mentes naïf foram obrigados a entrar nessa onda só para aparecerem e serem!
Por: Carlos Sambu

Guiné-Bissau: Como é que políticos guineenses conseguem viver meses seguidos na Europa, quando a atividade profissional que exercem é na Guiné-Bissau e numa perspetiva de fazerem parte de um Órgão de Soberania do Estado?

Por Fernando Casimiro
O Povo está na Guiné-Bissau e o Presidente da Assembleia Nacional Popular está há meses ausente da Guiné-Bissau...
O que faz um Presidente do Parlamento do seu país, fora do seu país, há meses?

Onde é a sede da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau?
Será Lisboa ou Londres?

Quais são as Competências da Assembleia Nacional Popular, e, concretamente, do seu Presidente, numa perspetiva constitucional?

Será promover lançamentos de obras literárias no exterior e organizar eventos de confraternização de âmbito político partidário?

A dissolução da Assembleia Nacional Popular não é motivo para nenhum "exílio", até porque o estatuto de Presidente da Assembleia Nacional Popular mantem-se, a exemplo do estatuto de deputado, até à realização de novas Eleições legislativas e a tomada de posse de novos Deputados e a eleição de um novo Presidente da Assembleia Nacional Popular. 

Como é que políticos guineenses conseguem viver meses seguidos na Europa, quando a atividade profissional que exercem é na Guiné-Bissau e numa perspetiva de fazerem parte de um Órgão de Soberania do Estado?

Mesmo que se diga que a sede da Assembleia Nacional Popular está bloqueada, o Trabalho dos Deputados, incluindo o Presidente do Parlamento, é na Guiné-Bissau e não algures na Europa...

O Povo pode enfrentar todas as adversidades, no seu próprio País, mas a elite política que lesa a Pátria com a impunidade que lhe é característica, e que é do conhecimento público, tem no Estrangeiro o seu refúgio, salvaguardado com Estatutos e Mordomias de Representantes do Estado da Guiné-Bissau...

É assim que se faz política na Guiné-Bissau, fora da Guiné-Bissau...👇

Podem encomendar mais insultos e ameaças de morte, à minha pessoa, por via deste texto, que isso não me preocupa. 

Didinho 11.05.2024

Mali: Diálogo promovido por junta no Mali recomenda alargar transição para 5 anos

© iStock
Por Lusa  11/05/24 
Os cinco dias de trabalho de diálogo intermaliano promovido pela junta militar, onde não participaram partidos políticos e grupos independendistas do norte do país, terminaram com a recomendação de prolongar a transição democrática de dois para cinco anos.

O documento de recomendações que saiu das reuniões, que terminaram na sexta-feira à noite, também recomenda que o atual presidente do governo da junta militar, o coronel Assimi Goita, seja candidato às futuras eleições presidenciais, que não têm data.

A junta militar no poder no Mali, que se autodenomina de governo de transição, assumiu o poder após um golpe militar em 2020 e desde então tem dado prazos para convocar eleições que não tem cumprido.

O último, de dois anos, expirou em 26 de março, e perante a falta de convocação dezenas de partidos políticos pediram à junta a sua realização, após o que o governo golpista suspendeu as suas atividades.

Estas jornadas de diálogo, realizadas no Centro Internacional de Conferências de Bamako, não contaram com a participação dos partidos políticos, recentemente suspensos pela junta militar, e dos grupos independendistas do norte do Mali, que enfrentam o governo.

Outra das recomendações é que o coronel Goita, atual chefe de Estado, seja elevado ao posto de general, bem como outros cinco coronéis que constituem a junta no poder: Malick Diaw, Sadio Camara, Ismael Wagué, Modibo Koné y Abdoulaye Maiga.

Também a proibição de líderes religiosos, chefes de vilas ou bairros, bem como responsáveis ?de organizações da sociedade civil, de participarem em atividades políticas são outras das recomendações.

Além disso, defendem que as condições para a criação de partidos políticos sejam reforçadas, que o seu número seja reduzido e que o seu financiamento público seja eliminado, bem como que as milícias e os grupos de autodefesa sejam dissolvidos.

O documento será remetido oficialmente a Goita na próxima semana e pede o diálogo com todos os movimentos armados do Mai e que se abra essa janela para os grupos 'jihadistas' (que no país atuam afiliados da Al Qaida e do Estado Islâmico).

A crise política em que está imerso o Mali, cujo governo rompeu relações com a França - uma antiga potência colonial - e se aproximou da Rússia e da junta militar vizinha no poder no Níger e no Burkina Faso, ocorre num contexto de grave crise de segurança e económica.

O Mali sofre contínuos ataques terroristas perpetrados por grupos leais à Al Qaida e ao Estado Islâmico (este último controla quase completamente a região de Menaka), e durante meses teve outro conflito aberto com os independentistas no norte do país (Azawad), que declarou a guerra à junta após alguns anos de paz.