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Notícias ao Minuto 08/01/21
O Presidente cessante dos Estados Unidos da América, Donald Trump, reconheceu hoje a derrota nas eleições de novembro, apontando que "a nova administração tomará posse" no dia 20, tendo criticado os manifestantes que invadiram o Capitólio na quarta-feira.
Num vídeo divulgado pela sua conta pessoal na plataforma Twitter, Trump afirmou que após a certificação dos resultados pelo Congresso, que confirmaram a vitória do candidato democrata, Joe Biden, "a nova administração tomará posse em 20 de janeiro" e que o seu foco é agora "assegurar uma transição sem problemas".
Trump pronunciou-se sobre o violento protesto no Capitólio, considerando que se tratou de um "ataque hediondo" e que o deixou "enfurecido com a violência, a desordem e o caos".
Apoiantes do Presidente cessante dos EUA, Donald Trump, entraram em confronto com as autoridades e invadiram o Capitólio, em Washington, na quarta-feira, enquanto os membros do congresso estavam reunidos para formalizar a vitória do Presidente eleito, Joe Biden, nas eleições de novembro.
"A América foi e sempre será uma nação de lei e ordem. Os manifestantes que se infiltraram no Capitólio desonraram o lugar da democracia americana. Àqueles que participaram nos atos de violência e corrupção: vocês não representam o nosso país. E àqueles que quebraram a lei: vocês vão pagar", referiu na mensagem o Presidente cessante.
Na quinta-feira, o Congresso dos Estados Unidos ratificou a vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais de novembro, na última etapa antes de ser empossado em 20 de janeiro.
O vice-Presidente republicano, Mike Pence, validou o voto de 306 grandes eleitores a favor do democrata contra 232 para o Presidente cessante, Donald Trump, no final de uma sessão das duas câmaras, marcada pela invasão de apoiantes de Trump.
"Passámos por uma eleição intensa e as emoções estiveram ao rubro, mas agora os ânimos devem acalmar", instou o ainda chefe de Estado norte-americano.
Donald Trump assinalou que a sua campanha "percorreu todos os caminhos legais para contestar os resultados eleitorais" e que o seu único objetivo era "assegurar a integridade da votação".
"Ao fazê-lo, eu estava a lutar para defender a democracia americana", sublinhou.
"Continuo a acreditar veementemente que devemos reformar as nossas leis eleitorais para verificar a identidade e eligibilidade de todos os eleitores e assegurar a fé e a confiança nas futuras eleições", disse o dirigente norte-americano.
Após um 2020 que apelidou de "desafiante", Trump acredita que é agora necessário "apelar à recuperação e reconciliação".
"Uma ameaçadora pandemia destruiu a vida dos nossos cidadãos, isolou milhões nas suas casas, danificou a nossa economia e tirou inúmeras vidas. Derrotar esta pandemia e reconstruir a maior economia do mundo vai requerer que todos trabalhemos juntos. Vai requerer um ênfase renovado nos valores cívicos do patriotismo, fé, caridade, comunidade e família", afirmou Trump.
O Presidente norte-americano, que chegou à Casa Branca em 2017, depois de uma vitória frente à candidata democrata Hillary Clinton em novembro do mês anterior, considerou que dia 20 terminará aquela que foi "a maior honra" da sua vida.
"Servir como Presidente foi a maior honra da minha vida", disse, terminando dirigindo-se aos seus apoiantes.
"Sei que estão desapontados, mas quero que também saibam que a nossa incrível viagem está apenas a começar", finalizou.
O Presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que os violentos protestos, nos quais morreram pelo menos quatro pessoas, foram "um ataque sem precedentes à democracia" do país e instou Donald Trump a pôr fim à violência.
O governo português condenou os incidentes, à semelhança da Comissão Europeia, do secretário-geral da NATO e dos governos de vários outros países.
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Chefe de polícia do Capitólio demite-se após ataque
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Notícias ao Minuto 08/01/21
O chefe da polícia responsável pela segurança do Capitólio pediu a demissão, na sequência do ataque perpetrado na quarta-feira àquele edifício por apoiantes do Presidente cessante dos Estados Unidos, Donald Trump, divulgou hoje a AP.
Além da demissão do chefe Steven Sund, a agência AP noticia que três dias antes da invasão ao Capitólio o Departamento de Defesa dos Estados Unidos disponibilizou elementos da Guarda Nacional para reforçar a segurança do edifício, mas que a oferta foi rejeitada.
A mesma fonte acrescenta ainda que no próprio dia, à medida que os manifestantes iam chegando ao Capitólio, o Departamento de Justiça disponibilizou agentes do FBI (Federal Bureau of Investigation), mas que a oferta foi novamente rejeitada.
Por seu turno, em entrevista à AP, o chefe da polícia agora demissionário, responsável pela segurança do Capitólio, explicou que as autoridades esperavam que fosse apenas uma manifestação de insatisfação e não um "ataque violento", como veio a ocorrer.
Uma fonte próxima do Capitólio confirmou que na sequência dos ataques de quarta-feira Steven Sund apresentou a sua demissão e cessa funções em 16 de janeiro.
Segundo a mesma fonte, terá sido a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, a instá-lo a pedir a demissão.
Entretanto, comentando estes incidentes, o chefe de polícia da cidade de Houston, no estado do Texas, considerou que "os tumultos e a perda de controlo comprometem a segurança no Capitólio para futuros acontecimentos".
"Isto foi uma falha de imaginação, de liderança. A polícia do Capitólio tem de fazer melhor e não vejo como podemos contornar isso", observou Art Acevedo, responsável pelo departamento que teve de responder a várias ações de protesto após a morte de George Floyd.
O Presidente cessante Donald Trump é acusado de ter sido o mentor da iniciativa que levou um grupo dos seus apoiantes a entrar em confronto com as autoridades, invadindo o Capitólio, em Washington, na quarta-feira, enquanto os membros do congresso estavam reunidos para formalizar a vitória do Presidente eleito, Joe Biden, nas eleições de novembro.