quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020
Président de la République fait ses dernières adieux au Président sortant et la première dame.
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quinta-feira, fevereiro 27, 2020
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Après l'investiture, les deux présidents se sont retrouvés au palais présidentiel pour la passation.
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Aristides Gomes - Num momento em que está em marcha uma tentativa de golpe de estado, o governo está reunido com o P5 no Palácio do Governo para esclarecer a comunidade internacional a atual situação.
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EMPOSSAMENTO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU, GENERAL UMARO SISSOCO EMBALO - QUINTA-FEIRA, 27 DE FEVEREIRO DE 2020
Fim da Cerimónia do Empossamento!
Umaro Sissoco Embaló, Presidente da República da Guiné-Bissau.
Bissau 27 de Fevereiro de 2020.
Vídeo: Sarathou Nabian /Junior Gagigo
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Aristides Gomes - Em curso uma tentativa de golpe de estado na Guiné-Bissau.???
Por ordem do ex-Presidente José Mário Vaz, o batalhão da Presidência da República ocupou os perímetros do hotel Azalai para permitir a tomada de posse ilegal de um candidato às eleições, numa altura em que se aguarda pela decisão do Supremo Tribunal de Justiça sobre o diferendo eleitoral.
Fonte: Aristides Gomes - Primeiro Ministro da Guiné-Bissau
Fonte: Aristides Gomes - Primeiro Ministro da Guiné-Bissau
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THE INDEPENDANCE DAY - Empossamento do Presidente da República da Guiné-Bissau General UMARO SISSOCO EMBALO
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Guiné-Bissau: General Umaro Sissoco Embalo - Já esta tudo preparado para minha investidura no Hotel Azalai Hoje
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Ali infiltrado di PAIGC na tomada de posse... 😂😂😂
Jorge Herbert
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quinta-feira, fevereiro 27, 2020
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TUDO ESTÁ PROGRAMADO PA TOMADA DE POSSE DO GENERAL PRESIDENTE UMARO EL MOKTHAR SISSOCO EMBALO 27 02 2020
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quinta-feira, fevereiro 27, 2020
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ENGRAÇADO COMPORTAMENTO DOS MILITONTOS
Vi alguns fanáticos do PAIGC a tentar culpabilizar a direção do seu partido pelo facto de ter cedido, ao Nuno Gomes Nabian, o lugar do primeiro vice-presidente da ANP.
Coitados, nem se lembram que foi graças ao Nabian que PAIGC chegou ao poder, pois com os seus 47 deputado não detinha a maioria absoluta dos assentos parlamentares e, como consequência, iria para oposição, que é o que eles mais temem.
Em vez de dizerem obrigado ao homem por lhes ter facilitado a vida, mostram-se arrependidos de o ter dado o privilégio de ocupar o cargo do Primeiro vice presidente da ANP, como se de um favor se tratasse.
Acordem, militontos, os tempos são outros.
Povo decidiu agora assumir as rédeas do seu poder, exercendo-o directamente, porque é o seu único e exclusivo detentor, após ter visto e sindicato a profundeza corrupção do STJ e da ANP, dois órgãos de soberania que, em vez de servir ao povo, escolheram servir-se a si próprios, sustentando em troca os interesses do partido arcaico, ultrapassadíssimo no tempo, que se agarra ao poder para poder alimentar uns rufiões da grande prostituta chamada a corrupção.
Que Deus abençoe a Guiné-Bissau!
Rei David
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quinta-feira, fevereiro 27, 2020
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Simões Pereira confia que militares intervirão caso Sissoco Embaló tome posse
Domingos Simões Pereira concedeu uma entrevista exclusiva à DW África após um encontro com o Presidente angolano, João Lourenço. Candidato do PAIGC nega-se a reconhecer a eventual posse de Umaro Sissoco Embaló em Bissau.
Domingos Simões Pereira e Umaro Sissoco Embaló
O candidato do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, esteve em Luanda, na quarta-feira (26.02), para cumprir uma agenda com autoridades angolanas. Segundo o candidato do PAIGC, ele foi convidado para uma audiência com o Presidente João Lourenço.
Segundo Simões Pereira, Lourenço quis conhecer em pormenor a versão do PAIGC sobre o que está acontecer na Guiné-Bissau. O chefe de Estado angolano estaria interessando em "tentar compreender os problemas que se colocam para encontrar-se uma solução para o contencioso eleitoral."
Horas antes de uma possível tomada de posse de Umaro Sissoco Embaló como Presidente da Guiné-Bissau - reconhecido pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) como vencedor do pleito de 2019, mas à revelia do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) - Domingos Simões Pereira revelou à DW África que teme uma intervenção militar caso o candidato apoiado pelo Movimento para Alternância Democrática (MADEM G-15) insista em tomar posse nesta quinta-feira (27.02).
DW África: O senhor está a buscar apoio internacional diante do impasse eleitoral?
Domingos Simões Pereira (DSP): Eu não tenho essa abordagem. Desde o dia 29 de [dezembro], havendo um contencioso eleitoral, eu não saí da Guiné-Bissau até que a CNE afirmou ter tido a última posição e o Supremo Tribunal de Justiça também ter feito uma deliberação nesse sentido. Saí agora e fui não só a capital portuguesa, como francesa, e agora vim a Angola respondendo a questões muito concretas. Porque entendi que era muito importante que a nossa versão também fosse conhecida para as entidades poderem avaliar. Se essa fosse a nossa estratégia, também temos muitas capitais internacionais disponíveis para nos receber e para poder eventualmente afirmar o seu apoio à nossa posição. Mas nós pensamos diferente. Nós pensamos que uma disputa eleitoral é, antes de mais, um processo de escolha por parte do povo guineense, e qualquer situação de contencioso deve ser regulado - não só prioritariamente, mas exclusivamente - pelas instâncias democráticas da Guiné-Bissau. A combinação do esforço dessas instituições vai acabar por produzir a solução possível.
DW África: Mencionou Portugal e França. Com quem esteve nestes países?
DSP: Em todos os contatos que eu tenho realizado, excluindo agora este contato com Angola, eu assumi o compromisso de não revelar os encontros com entidades. No caso [das entidades] de França - pelo menos até ao pronunciamento do Supremo Tribunal de Justiça - eles entendem que não devem estar a proporcionar encontros que podem ser confundidos com [agendas] oficiais. Portanto, eu preferiria não estar a mencionar [nada] em relação aos encontros em França. Para o caso de Portugal, eu estive de passagem. Eu devo voltar nas próximas horas ou dias. Então, poderá vir a acontecer encontros a outros níveis.
DW África: O senhor acredita na posse do novo Presidente da Guiné-Bissau nesta quinta-feira?
DSP: O evento desta quinta-feira é, como alguém já disse, um não-evento. Eu penso que o evento diz da responsabilidade e compromisso que nós temos com as nossas próprias instituições. Quem pretende ser Presidente da República de um país, o primeiro magistrado da nação, deve assumir como principal compromisso o respeito da lei, da Constituição e das nossas instituições. Ele deverá ter a vocação não só de respeitar, mas de fazer respeitar a nossa Constituição. Quando ouvimos da parte de um candidato que ele será investido como ou sem o pronunciamento favorável do STJ, ele está a dizer que a Constituição não o obriga e não se sente comprometido por nada que venha da parte das leis. Isso é preocupante. Por outro lado, o pronunciamento já é uma afronta as instituições. A tentativa de realização dessa cerimónia é um crime. É um crime que confronta não só as instituições internas da Guiné-Bissau, confronta a CEDEAO enquanto organização regional, confronta a União Africana e confronta o Conselho de Segurança das Nações Unidas. Se eu li bem o comunicado da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que veio a dizer que qualquer tentativa de comprometer o funcionamento das instituições internas será sancionada, será [passível] de responsabilidade. Eu espero que esta cadeia de responsabilidades internas e internacionais vá recolocar a ordem constitucional e responsabilizar quem pretender violá-la.
Tomada de posse simbólica de Sissoco Embaló está agendada para esta quinta-feira
DW África: O senhor junta-se a vozes que dizem que se trata de uma tentativa de golpe de Estado?
DSP: É um golpe de Estado. A afirmação já era uma tentativa de golpe de Estado. A realização é praticamente um golpe de Estado, porque é uma tentativa de legitimação de um poder que não foi pronunciado pelos órgãos competentes para esse efeito. É mais daquilo que nós já vimos diante de todo esse processo. Nós tivemos eleições, quem conduziu o processo eleitoral foi a CNE, o recurso [ingressou] no STJ e nós tínhamos elementos com os quais poderíamos nos confortar. Porque os votos continuaram nas urnas, as urnas foram guardadas pela CNE. A minha dúvida é quem seria o prejudicado se a decisão do STJ fosse respeitada? Isso significaria voltar ao apuramento dos votos e, em menos de 48 horas, poder afirmar ao povo guineense, sem qualquer tipo de ambiguidade, quem mereceu o voto favorável da maioria. Há quem não acredite nisso. Parece que, para muita gente ou para o meu adversário, o mais importante não é a escolha que foi feita pelos guineenses, o mais importante é beneficiar de um presumível reconhecimento internacional. Porque muitas entidades que receberam o meu opositor foram levadas a acreditar que já havia uma decisão pronunciada quando realmente há um contencioso em curso.
DW África: Há informações seguras sobre o que está por trás dessa alegada resistência da CNE, que insiste declarar Umaro Sissoco Embaló vencedor?
DSP: Eu tenho suposições. Entre os dias 30 de dezembro e 1 de janeiro, circulou a informação de que o presidente da CNE teria sido retirado do seu gabinete ou de sua casa e passado por um período de "sequestro". Seria muito simples o procurador-geral esclarecer isso por via de um inquérito que permitisse-nos saber se isso aconteceu ou não. As instituições, como a CNE, deveriam manter-se equidistantes da disputa entre os candidatos. Quando o STJ constata que as atas de apuramento nacional – e agora parece que as atas de apuramento regional também – não existem, não há necessidade nenhuma de a CNE assumir uma posição de confronto. Porque, se os resultados que anunciou são os resultados que estão nas urnas, voltar às urnas vai provar que eles realmente fizeram um trabalho profissionalmente bom, honesto e correto. Quando insistem em não fazer, obrigatoriamente estariam a dizer-nos que forças externas, motivações outras, estariam na base dessa insistência em não cumprir uma deliberação do órgão competente que é o STJ.
DW África: Na sua visão, a Procuradoria-Geral da República (PGR) da Guiné-Bissau deveria adotar iniciativas veementes em relação ao caso?
DSP: Nós não esperamos nada da Procuradoria-Geral. Porque quando, no início de todo esse processo, circulou a informação de que peritos informáticos poderiam ter interferido no processo, nossos advogados submeteram uma petição junto do procurador-geral [da República, Ladislau Embassa,] a pedir duas coisas: uma investigação para verificar se essa denúncia tinha fundamento e que a PGR determinasse a securitização das urnas para a eventualidade de uma recontagem de que se fala hoje. A PGR não só não deu providência a estas petições, como o procurador foi ao ponto de afirmar publicamente o apoio à posição de alguma das candidaturas.
CNE confirmou na terça-feira a vitória de Umaro Sissoco Embaló
DW África: Diante da tensão no país, é possível considerar pensamentos belicosos ou o senhor tem o seu limite nesta disputa eleitoral?
DSP: Eu sou um político. Eu, neste momento, exerço a política. Para mim, política faz-se através de mecanismos democráticos. Desde que assumi a presidência do PAIGC, depois das eleições de 2014 e que fui nomeado primeiro-ministro, eu disse que, dependendo de mim, os únicos recursos que são utilizados são os democráticos. Isso não deve ser interpretado de forma abusiva. O que quero dizer é que quem não respeita este princípio da utilização exclusiva de métodos democráticos deve ser traduzido em justiça e deve ser levado a cumprir a ordem democrática que está estabelecida no país.
DW África: O Conselho de Segurança Nacional (CSN) reuniu-se na quarta-feira. Autoridades das forças de segurança integram o CSN. O primeiro-ministro Aristides Gomes saiu da reunião afirmando que a eventual posse de Umaro Sissoco Embaló à revelia do STJ significaria uma tentativa de golpe de Estado. O senhor teme alguma intervenção militar em caso de posse de Sissoco Embaló?
DSP: A tentativa de posse sem respeitar a ordem das instâncias competentes já é um ato de violência. Eu temo que a tentativa de evitar a consumação desse ato – mesmo ele sendo ilegal e praticamente inexistente – possa realmente incorrer em alguma derrapagem. Mas eu quero acreditar no profissionalismo e no sentido patriótico das nossas Forças Armadas para saber dosear a sua intervenção, no sentido de exclusivamente evitar aquilo que está fora da lei e não levar a outros extremos porque o povo guineense precisa e merece a paz, a tranquilidade e poder pensar no desenvolvimento.
DW África: O senhor acredita que as Forças Armadas podem intervir numa situação dessas?
DSP: Obviamente. Havendo uma tentativa de alteração da ordem constitucional por vias não democráticas, [as Forças Armadas] podem ser chamadas a intervir e eu espero que tenham a capacidade e o profissionalismo para saber dosear a sua intervenção de forma a limitar-se a reposição da ordem.
Fonte: DW
Domingos Simões Pereira e Umaro Sissoco Embaló
O candidato do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, esteve em Luanda, na quarta-feira (26.02), para cumprir uma agenda com autoridades angolanas. Segundo o candidato do PAIGC, ele foi convidado para uma audiência com o Presidente João Lourenço.
Segundo Simões Pereira, Lourenço quis conhecer em pormenor a versão do PAIGC sobre o que está acontecer na Guiné-Bissau. O chefe de Estado angolano estaria interessando em "tentar compreender os problemas que se colocam para encontrar-se uma solução para o contencioso eleitoral."
Horas antes de uma possível tomada de posse de Umaro Sissoco Embaló como Presidente da Guiné-Bissau - reconhecido pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) como vencedor do pleito de 2019, mas à revelia do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) - Domingos Simões Pereira revelou à DW África que teme uma intervenção militar caso o candidato apoiado pelo Movimento para Alternância Democrática (MADEM G-15) insista em tomar posse nesta quinta-feira (27.02).
DW África: O senhor está a buscar apoio internacional diante do impasse eleitoral?
Domingos Simões Pereira (DSP): Eu não tenho essa abordagem. Desde o dia 29 de [dezembro], havendo um contencioso eleitoral, eu não saí da Guiné-Bissau até que a CNE afirmou ter tido a última posição e o Supremo Tribunal de Justiça também ter feito uma deliberação nesse sentido. Saí agora e fui não só a capital portuguesa, como francesa, e agora vim a Angola respondendo a questões muito concretas. Porque entendi que era muito importante que a nossa versão também fosse conhecida para as entidades poderem avaliar. Se essa fosse a nossa estratégia, também temos muitas capitais internacionais disponíveis para nos receber e para poder eventualmente afirmar o seu apoio à nossa posição. Mas nós pensamos diferente. Nós pensamos que uma disputa eleitoral é, antes de mais, um processo de escolha por parte do povo guineense, e qualquer situação de contencioso deve ser regulado - não só prioritariamente, mas exclusivamente - pelas instâncias democráticas da Guiné-Bissau. A combinação do esforço dessas instituições vai acabar por produzir a solução possível.
DW África: Mencionou Portugal e França. Com quem esteve nestes países?
DSP: Em todos os contatos que eu tenho realizado, excluindo agora este contato com Angola, eu assumi o compromisso de não revelar os encontros com entidades. No caso [das entidades] de França - pelo menos até ao pronunciamento do Supremo Tribunal de Justiça - eles entendem que não devem estar a proporcionar encontros que podem ser confundidos com [agendas] oficiais. Portanto, eu preferiria não estar a mencionar [nada] em relação aos encontros em França. Para o caso de Portugal, eu estive de passagem. Eu devo voltar nas próximas horas ou dias. Então, poderá vir a acontecer encontros a outros níveis.
DW África: O senhor acredita na posse do novo Presidente da Guiné-Bissau nesta quinta-feira?
DSP: O evento desta quinta-feira é, como alguém já disse, um não-evento. Eu penso que o evento diz da responsabilidade e compromisso que nós temos com as nossas próprias instituições. Quem pretende ser Presidente da República de um país, o primeiro magistrado da nação, deve assumir como principal compromisso o respeito da lei, da Constituição e das nossas instituições. Ele deverá ter a vocação não só de respeitar, mas de fazer respeitar a nossa Constituição. Quando ouvimos da parte de um candidato que ele será investido como ou sem o pronunciamento favorável do STJ, ele está a dizer que a Constituição não o obriga e não se sente comprometido por nada que venha da parte das leis. Isso é preocupante. Por outro lado, o pronunciamento já é uma afronta as instituições. A tentativa de realização dessa cerimónia é um crime. É um crime que confronta não só as instituições internas da Guiné-Bissau, confronta a CEDEAO enquanto organização regional, confronta a União Africana e confronta o Conselho de Segurança das Nações Unidas. Se eu li bem o comunicado da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que veio a dizer que qualquer tentativa de comprometer o funcionamento das instituições internas será sancionada, será [passível] de responsabilidade. Eu espero que esta cadeia de responsabilidades internas e internacionais vá recolocar a ordem constitucional e responsabilizar quem pretender violá-la.
Tomada de posse simbólica de Sissoco Embaló está agendada para esta quinta-feira
DW África: O senhor junta-se a vozes que dizem que se trata de uma tentativa de golpe de Estado?
DSP: É um golpe de Estado. A afirmação já era uma tentativa de golpe de Estado. A realização é praticamente um golpe de Estado, porque é uma tentativa de legitimação de um poder que não foi pronunciado pelos órgãos competentes para esse efeito. É mais daquilo que nós já vimos diante de todo esse processo. Nós tivemos eleições, quem conduziu o processo eleitoral foi a CNE, o recurso [ingressou] no STJ e nós tínhamos elementos com os quais poderíamos nos confortar. Porque os votos continuaram nas urnas, as urnas foram guardadas pela CNE. A minha dúvida é quem seria o prejudicado se a decisão do STJ fosse respeitada? Isso significaria voltar ao apuramento dos votos e, em menos de 48 horas, poder afirmar ao povo guineense, sem qualquer tipo de ambiguidade, quem mereceu o voto favorável da maioria. Há quem não acredite nisso. Parece que, para muita gente ou para o meu adversário, o mais importante não é a escolha que foi feita pelos guineenses, o mais importante é beneficiar de um presumível reconhecimento internacional. Porque muitas entidades que receberam o meu opositor foram levadas a acreditar que já havia uma decisão pronunciada quando realmente há um contencioso em curso.
DW África: Há informações seguras sobre o que está por trás dessa alegada resistência da CNE, que insiste declarar Umaro Sissoco Embaló vencedor?
DSP: Eu tenho suposições. Entre os dias 30 de dezembro e 1 de janeiro, circulou a informação de que o presidente da CNE teria sido retirado do seu gabinete ou de sua casa e passado por um período de "sequestro". Seria muito simples o procurador-geral esclarecer isso por via de um inquérito que permitisse-nos saber se isso aconteceu ou não. As instituições, como a CNE, deveriam manter-se equidistantes da disputa entre os candidatos. Quando o STJ constata que as atas de apuramento nacional – e agora parece que as atas de apuramento regional também – não existem, não há necessidade nenhuma de a CNE assumir uma posição de confronto. Porque, se os resultados que anunciou são os resultados que estão nas urnas, voltar às urnas vai provar que eles realmente fizeram um trabalho profissionalmente bom, honesto e correto. Quando insistem em não fazer, obrigatoriamente estariam a dizer-nos que forças externas, motivações outras, estariam na base dessa insistência em não cumprir uma deliberação do órgão competente que é o STJ.
DW África: Na sua visão, a Procuradoria-Geral da República (PGR) da Guiné-Bissau deveria adotar iniciativas veementes em relação ao caso?
DSP: Nós não esperamos nada da Procuradoria-Geral. Porque quando, no início de todo esse processo, circulou a informação de que peritos informáticos poderiam ter interferido no processo, nossos advogados submeteram uma petição junto do procurador-geral [da República, Ladislau Embassa,] a pedir duas coisas: uma investigação para verificar se essa denúncia tinha fundamento e que a PGR determinasse a securitização das urnas para a eventualidade de uma recontagem de que se fala hoje. A PGR não só não deu providência a estas petições, como o procurador foi ao ponto de afirmar publicamente o apoio à posição de alguma das candidaturas.
CNE confirmou na terça-feira a vitória de Umaro Sissoco Embaló
DW África: Diante da tensão no país, é possível considerar pensamentos belicosos ou o senhor tem o seu limite nesta disputa eleitoral?
DSP: Eu sou um político. Eu, neste momento, exerço a política. Para mim, política faz-se através de mecanismos democráticos. Desde que assumi a presidência do PAIGC, depois das eleições de 2014 e que fui nomeado primeiro-ministro, eu disse que, dependendo de mim, os únicos recursos que são utilizados são os democráticos. Isso não deve ser interpretado de forma abusiva. O que quero dizer é que quem não respeita este princípio da utilização exclusiva de métodos democráticos deve ser traduzido em justiça e deve ser levado a cumprir a ordem democrática que está estabelecida no país.
DW África: O Conselho de Segurança Nacional (CSN) reuniu-se na quarta-feira. Autoridades das forças de segurança integram o CSN. O primeiro-ministro Aristides Gomes saiu da reunião afirmando que a eventual posse de Umaro Sissoco Embaló à revelia do STJ significaria uma tentativa de golpe de Estado. O senhor teme alguma intervenção militar em caso de posse de Sissoco Embaló?
DSP: A tentativa de posse sem respeitar a ordem das instâncias competentes já é um ato de violência. Eu temo que a tentativa de evitar a consumação desse ato – mesmo ele sendo ilegal e praticamente inexistente – possa realmente incorrer em alguma derrapagem. Mas eu quero acreditar no profissionalismo e no sentido patriótico das nossas Forças Armadas para saber dosear a sua intervenção, no sentido de exclusivamente evitar aquilo que está fora da lei e não levar a outros extremos porque o povo guineense precisa e merece a paz, a tranquilidade e poder pensar no desenvolvimento.
DW África: O senhor acredita que as Forças Armadas podem intervir numa situação dessas?
DSP: Obviamente. Havendo uma tentativa de alteração da ordem constitucional por vias não democráticas, [as Forças Armadas] podem ser chamadas a intervir e eu espero que tenham a capacidade e o profissionalismo para saber dosear a sua intervenção de forma a limitar-se a reposição da ordem.
Fonte: DW
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quinta-feira, fevereiro 27, 2020
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À atenção dos guineenses e da comunidade internacional:
O contencioso eleitoral está a ser arbitrado pelo Superemo Tribunal de Justiça, o único órgão competente para tal de acordo com as nossas leis.
Sendo assim, qualquer tentativa de usurpação de poderes do Presidente da República é um golpe de estado.
Em baixo, a nossa declaração à imprensa após a reunião do Conselho de Segurança Nacional.
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quinta-feira, fevereiro 27, 2020
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Domingos Simões Pereira acusa Senegal
Domingos Simões Pereira foi recebido por João Lourenço em Luanda e pediu ao chefe de Estado angolano que esteja atento à situação no seu país. Em declarações aos jornalistas após o encontro, não hesitou em queixar-se de interferência externa:
"Há um país vizinho da Guiné-Bissau que assume que vai lançar o leilão de plataformas de exploração petrolífera, incluindo plataformas petrolíferas que estão dentro do território da Guiné-Bissau".
Domingos Simões Pereira acrescentou, sem papas na língua: "Estou a falar do Senegal, obviamente. O Presidente do Senegal assumiu num ‘tweet' pessoal que a CDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) deveria mobilizar as forças para impor o Presidente que ele acha que devia ser colocado na Guiné-Bissau, a exemplo do que já tinha feito na Gâmbia".
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Em causa está um tweet de Macky Sall, considerado como uma felicitação a Umaro Sissoco Embaló pela vitória... publicado antes da Comissão Nacional de Eleições se ter pronunciado sobre o acórdão do Supremo Tribunal de Justiça que ordenou um novo apuramento dos resultados.
A ordem judicial acabou por ser ignorada e Sissoco Embaló aproveitou para marcar a tomada de posse para esta quinta-feira. O primeiro-ministro Aristides Gomes já se pronunciou, afirmando que uma tomada de posse sem esperar por uma posição do Supremo Tribunal de Justiça seria uma tentativa de golpe de Estado.
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Leia Também: Domingos Simões Pereira, o embusteiro-mor, guineense
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quinta-feira, fevereiro 27, 2020
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SAÚDE - Atchim! Afinal, por que espirramos?
Especialistas respondem.
Espirrar é natural, mas qual é a razão?
"Espirrar é uma das reações mais comuns do nosso corpo, mas muitas vezes não paramos para pensar sobre como e por que isso acontece", diz o médico Tim Mynes, à The Healthy. "Espirrar é simplesmente uma libertação involuntária de ar que ajuda o corpo a livrar-se de substâncias 'irritantes' no nariz e na garganta, como pó ou sujidade".
Esta reação pode aumentar face a alergias ou constipações, mas não só. "Outros gatilhos podem variar entre sujidade, sprays nasais, exposição repentina a luz brilhante, trauma no nariz ou respirar ar frio", explica o médico. "Podemos espirrar quando respiramos ar frio porque o nosso muco nasal seca e pode rachar, o que desencadeia a mesma resposta nos nervos do nariz".
NAOM
Espirrar é natural, mas qual é a razão?
"Espirrar é uma das reações mais comuns do nosso corpo, mas muitas vezes não paramos para pensar sobre como e por que isso acontece", diz o médico Tim Mynes, à The Healthy. "Espirrar é simplesmente uma libertação involuntária de ar que ajuda o corpo a livrar-se de substâncias 'irritantes' no nariz e na garganta, como pó ou sujidade".
Esta reação pode aumentar face a alergias ou constipações, mas não só. "Outros gatilhos podem variar entre sujidade, sprays nasais, exposição repentina a luz brilhante, trauma no nariz ou respirar ar frio", explica o médico. "Podemos espirrar quando respiramos ar frio porque o nosso muco nasal seca e pode rachar, o que desencadeia a mesma resposta nos nervos do nariz".
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quinta-feira, fevereiro 27, 2020
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Comunicado do Gabinete do Primeiro-ministro
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quinta-feira, fevereiro 27, 2020
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Sissoco Embaló marcou para hoje posse simbólica como Presidente
Umaro Sissoco Embaló, dado como vencedor das presidenciais na Guiné-Bissau pela Comissão Nacional de Eleições, agendou para hoje a sua posse simbólica como Presidente, apesar de o Supremo Tribunal de Justiça estar a analisar um recurso de contencioso eleitoral.
Em declarações à Lusa, fonte da candidatura de Umaro Sissoco Embaló disse que a cerimónia vai decorrer a partir das 10:30 locais (mesma hora em Lisboa) numa unidade hoteleira em Bissau "esgotadas todas as diligências políticas e constitucionais".
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) da Guiné-Bissau confirmou terça-feira os resultados das eleições presidenciais e a vitória de Umaro Sissoco Embaló, tendo rejeitado as reclamações apresentadas pela candidatura de Domingos Simões Pereira.
O novo apuramento nacional foi feito para cumprir um acórdão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ).
Segundo o apuramento nacional da segunda volta das eleições presidenciais de 29 de dezembro, Sissoco Embaló venceu o escrutínio com 53,55% dos votos, enquanto Domingos Simões Pereira obteve 46,45%.
A candidatura de Domingos Simões Pereira apresentou na quarta-feira um novo recurso de contencioso eleitoral no Supremo Tribunal de Justiça, que na Guiné-Bissau tem também função de tribunal eleitoral, por alegadas irregularidades, incluindo a ausência de oito atas de apuramento regional das 10 regiões do país.
O primeiro-ministro guineense, Aristides Gomes, considerou que a eventual tomada de posse de Umaro Sissoco Embaló como chefe de Estado sem o pronunciamento do tribunal será um golpe de Estado.
Em Luanda, Domingos Simões Pereira afirmou na quarta-feira aos jornalistas que se o seu adversário tomar posse hoje estará a confrontar as leis da República e a ordem internacional.
A Constituição da Guiné-Bissau refere que o chefe de Estado é indigitado pelo presidente do parlamento em sessão plenária da Assembleia Nacional Popular, mas o presidente do parlamento, Cipriano Cassamá, disse que a tomada de posse só acontecerá depois da validação dos resultados eleitorais pelo STJ.
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Leia Também: PM da Guiné-Bissau elogia Comissão Eleitoral por cumprir decisão judicial
Em declarações à Lusa, fonte da candidatura de Umaro Sissoco Embaló disse que a cerimónia vai decorrer a partir das 10:30 locais (mesma hora em Lisboa) numa unidade hoteleira em Bissau "esgotadas todas as diligências políticas e constitucionais".
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) da Guiné-Bissau confirmou terça-feira os resultados das eleições presidenciais e a vitória de Umaro Sissoco Embaló, tendo rejeitado as reclamações apresentadas pela candidatura de Domingos Simões Pereira.
O novo apuramento nacional foi feito para cumprir um acórdão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ).
Segundo o apuramento nacional da segunda volta das eleições presidenciais de 29 de dezembro, Sissoco Embaló venceu o escrutínio com 53,55% dos votos, enquanto Domingos Simões Pereira obteve 46,45%.
A candidatura de Domingos Simões Pereira apresentou na quarta-feira um novo recurso de contencioso eleitoral no Supremo Tribunal de Justiça, que na Guiné-Bissau tem também função de tribunal eleitoral, por alegadas irregularidades, incluindo a ausência de oito atas de apuramento regional das 10 regiões do país.
O primeiro-ministro guineense, Aristides Gomes, considerou que a eventual tomada de posse de Umaro Sissoco Embaló como chefe de Estado sem o pronunciamento do tribunal será um golpe de Estado.
Em Luanda, Domingos Simões Pereira afirmou na quarta-feira aos jornalistas que se o seu adversário tomar posse hoje estará a confrontar as leis da República e a ordem internacional.
A Constituição da Guiné-Bissau refere que o chefe de Estado é indigitado pelo presidente do parlamento em sessão plenária da Assembleia Nacional Popular, mas o presidente do parlamento, Cipriano Cassamá, disse que a tomada de posse só acontecerá depois da validação dos resultados eleitorais pelo STJ.
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Leia Também: PM da Guiné-Bissau elogia Comissão Eleitoral por cumprir decisão judicial
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quinta-feira, fevereiro 27, 2020
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GUINÉ-BISSAU: ELEIÇÕES/ FORTE MEDIDAS DE SEGURANÇA EM BISSAU PARA TOMADA DE POSSE DO GENERAL UMARO SISSOCO EMBALÓ
Capital da Guiné-Bissau (Bissau) está sob forte dispositivos das forças armadas da Guiné-Bissau e a ECOMIB que vão dar segurança para tomada de posse de novo presidente da República da Guiné-Bissau General Umaro Sissoco Emabló
Dentro da capital Bissau se faz notar grande números de dispositivos das forças armadas e da Ecomib em todas artérias da capital, General Umaro Sissoco Emabló toma posse amanha substituindo assim Dr. José Mário Vaz que liderou país durante 5 anos como prevê a constituição daquele país.
Enquanto em Bissau a candidatura do Eng. Domingos Simões Pereira espera pronunciamento do Supremo Tribunal de Justiça guineense sobre contencioso eleitoral entregue pelo PAIGC ao STJ.
O coletivos dos advogados do PAIGC alegam que a CNE não cumpriu com a formalidade instada pelo STJ à CNE, sobre apuramento nacional, alegando assim muitos indícios que afetou esse processo.
Reporter: Alexer Mello de Hans
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quinta-feira, fevereiro 27, 2020
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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020
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