sexta-feira, 11 de julho de 2025

EUA vão construir nova embaixada em Bissau após 27 anos

PR Sissoco Embaló     Podw.com/pt  11/07/2025

Os EUA vão iniciar a construção da nova embaixada em Bissau, fechada há 27 anos. O Presidente Umaro Sissoco Embaló anunciou o arranque das obras após a época das chuvas, reforçando laços bilaterais.

O Presidente guineense afirmou hoje que os Estados Unidos da América vão iniciar as obras de construção de raiz da sua embaixada em Bissau, encerrada há 27 anos, na sequência do conflito político-militar na Guiné-Bissau.

As obras serão iniciadas logo após a época das chuvas, que normalmente termina em outubro, num terreno que o Governo norte-americano já adquiriu, disse Umaro Sissoco Embaló.

O Presidente guineense fez este anúncio hoje em Bissau, durante o balanço da sua recente visita aos Estados Unidos da América (EUA), juntamente com mais quatro líderes de países africanos, a convite do Presidente norte-americano, Donald Trump.

Sobre a visita e o encontro com o líder norte-americano, Sissoco Embaló disse tratar-se de algo normal, como já tinha sido com os Presidentes da Rússia, Vladimir Putin, da China, Xi Jinping, e da França, Emmanuel Mácron.

Embaló disse ter dito isso mesmo a uma pessoa que lhe perguntou, na quinta-feira, numa visita que realizou a um instituto da paz em Washington, qual era a sua sensação após se ter encontrado com Donald Trump.

"Disse-lhe que me encontrei com o meu homólogo, é como me ter encontrado com o Presidente Xi Jinping ou Putin, embora este seja um homem impressionante", referiu o Presidente guineense.

"Um país soberano e não-alinhado"

Umaro Sissoco Embaló disse ter repetido diante de Trump que a Guiné-Bissau "é um país soberano e não-alinhado" a quem ninguém pode ditar o que fazer ou visitar.

"Somos coitados, mas dignos", observou Embaló, salientando, contudo, que o país está aberto a receber empresários norte-americanos em prospeção de oportunidades de negócios, que adiantou a Trump existirem na Guiné-Bissau.

O chefe de Estado guineense disse ter informado o líder norte-americano de que a Guiné-Bissau, embora ainda não esteja a explorar recursos naturais, poderá ter potencialidades nesses domínios, por se situar na mesma bacia de países como o Senegal e a Guiné-Conacri.

Estes dois países, disse Embaló, têm e já estão a explorar diversos recursos naturais.

O Presidente guineense aproveitou o encontro com jornalistas para anunciar que irá realizar ainda este ano uma visita de Estado aos EUA, antes das eleições legislativas e presidenciais guineenses, que o próprio marcou para 23 de novembro próximo. 


O Diretor Geral da Energia Carlos Handem, prestou esclarecimentos sobre o desmantelamento de postos de eletrificação financiados pelo Banco Mundial no âmbito do projecto de expansão da rede elétrica nacional.

“Não há qualquer surpresa. Não basta apenas sentar-se à mesa, é preciso estar preparado.” — Domingos Simões Pereira, sobre a visita de alguns líderes africanos ao Salão Oval com Donald Trump, Presidente dos Estados Unidos.

Número de mortos em protestos no Quénia sobe para 38

Por LUSA 

Pelo menos 38 pessoas foram mortas após os protestos violentos de segunda-feira no Quénia, segundo novo balanço divulgado hoje pela Comissão Nacional dos Direitos Humanos do Quénia (KNCHR, na sigla em inglês).

Um relatório anterior, divulgado na terça-feira pela KNHCR, uma instituição pública, mas independente, indicou 31 mortes.

Este é o maior número de mortos desde que os protestos contra o Presidente, William Ruto, começaram, há mais de um ano, e abalaram o país do leste de África.

Na segunda-feira, no dia de "Saba Saba" ("Sete, Sete" em suaíli, uma referência à revolta pró-democracia de 07 de julho de 1990), a polícia mobilizada em grande número cortou as principais vias de acesso a Nairobi, capital do país, cujas ruas estavam vazias.

Confrontos entre a polícia e manifestantes ocorreram nos arredores da cidade.

A KNHRC anunciou, em comunicado, que o número de "vítimas agora é de trinta e oito pessoas" e que outras 130 ficaram feridas.

Segundo a comissão, as três cidades com mais vítimas são Kiambu (oito), Nairobi (seis) e Kaijado (seis).

Na terça-feira, a ONU declarou estar "muito perturbada" com os primeiros números publicados no dia anterior, referindo-se a "assassínios".

Na quarta-feira, o Presidente Ruto lançou um aviso firme contra aqueles que pretendem "derrubar" o Governo e avisou que a polícia iria disparar contra "os saqueadores", o que motivou reações do principal partido da oposição.

Desde há um ano, o Quénia vive uma vaga de manifestações, desencadeada em junho de 2024 por um controverso projeto de lei orçamental, criticado em especial pelos jovens.

O movimento tem sido severamente reprimido pela polícia e, com este último número de mortos, já fez mais de uma centena de vítimas mortais.

As organizações de defesa dos direitos humanos estão a denunciar a responsabilidade da polícia na violência, na morte de manifestantes e nos muitos desaparecimentos forçados.

No dia 25 de junho de 2024, a KNCHR registou 19 mortes ocorridas nas manifestações realizadas nos dias anteriores e que já se tinham transformado em confrontos entre os manifestantes e a polícia.

Nos dias que se seguiram, o Governo afirmou ter "frustrado um golpe de Estado", enquanto os manifestantes o acusaram de ter contratado homens armados para desacreditar o seu movimento.

A violência policial manchou a imagem do Quénia, que até agora era considerado um dos poucos Estados estáveis e democráticos numa região conturbada.

Nigéria recusa-se a receber cidadãos deportados dos EUA: "Pressão"... O ministro dos Negócios Estrangeiros da Nigéria anunciou hoje que o país se recusa a aceitar 300 cidadãos venezuelanos que serão deportados dos Estados Unidos da América até porque já têm "230 milhões de habitantes".

Por LUSA 

Os Estados Unidos da América (EUA) estão a exercer uma pressão considerável sobre os países africanos para que aceitem venezuelanos deportados, alguns diretamente das prisões", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros da Nigéria, Yusuf Tuggar, em entrevista ao cança africano Channels Television, na quinta-feira.

Será difícil para a Nigéria aceitar prisioneiros venezuelanos, pelo amor de Deus. Já temos problemas suficientes (...) Somos mais de 230 milhões de pessoas", acrescentou.

Trump contactou pelo menos quatro nações africanas - Benim, Essuatíni, Líbia e Ruanda - para acolherem deportados sendo que, no início do mês, oito pessoas foram enviadas para o Sudão do Sul, após uma batalha judicial que as levou a ficarem detidas no Djibuti durante várias semanas, segundo o órgão de comunicação social britânico BBC.

Esta semana, o chefe de Estado norte-americano reuniu com cinco homólogos africanos do Gabão, Guiné-Bissau, Libéria, Mauritânia e Senegal e o norte-americano Wall Street Journal noticiou que este foi um dos temas abordados e que Trump os pressionou para tal.

Contudo, o Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, disse aos repórteres que Trump levantou a questão das deportações para países terceiros, mas não lhes pediu "para receber de volta os imigrantes".

A deportação de pessoas para países terceiros tem sido uma prática do Governo Trump aos migrantes indocumentados, nomeadamente com o envio de centenas para uma prisão em El Salvador e para o Panamá, países da América Central.

Os EUA ameaçaram o bloco político BRICS - do qual faz parte a Nigéria - com taxas o que, para Tuggar, é uma medida que está relacionada precisamente com a questão das deportações, noticiou o meio de comunicação social francês RFI.

Especificamente sobre a Nigéria, Trump anunciou uma tarifa de 10% aos produtos deste país da África Ocidental.

Também esta semana, terça-feira, os EUA anunciaram novas restrições para vistos a cidadãos nigerianos que não se enquadram nas categorias de "imigração" ou "diplomacia", uma medida que tem sido considerada vingativa, apesar da diplomacia norte-americana ter negado hoje essa retórica.

De acordo com o aviso publicado no 'site' da embaixada norte-americana na Nigéria, os vistos emitidos serão estritamente de entrada única e não excederão um período máximo de três meses.

Até agora, os nigerianos podiam beneficiar de vistos de múltiplas entradas, com validades muito superiores.

Os estudantes, comerciantes e turistas nigerianos terão, portanto, muito mais dificuldade em viajar para os EUA, noticiou a RFI. 

O Ministério dos Negócios Estrangeiros nigeriano considerou que "esta decisão parece contrária aos princípios de reciprocidade, equidade e respeito mútuo que devem orientar as relações bilaterais entre nações amigas".

Por isso, pediram "respeitosamente" aos Estados Unidos que reconsiderem esta decisão "num espírito de parceria e cooperação".

Em 2024, a Nigéria representava 20% dos vistos de não imigrantes distribuídos pelos EUA, sendo esta a nação africana que mais jovens tem lá a estudar.

Segundo o comunicado de hoje da embaixada dos EUA em Abuja "a verdadeira razão para as restrições de vistos são os padrões técnicos e de segurança que tinham de ser respeitados".

Trump admite que EUA estão a passar armas para Kyiv compradas pela NATO... Os EUA estão a vender armas aos seus aliados da NATO na Europa para que estes as possam fornecer à Ucrânia, admitiu hoje o Presidente norte-americano, Donald Trump.

Por LUSA 

"Estamos a enviar armas para a NATO, e a NATO está a pagar por essas armas, a 100%", disse Trump numa entrevista à cadeia televisiva NBC, na noite de quinta-feira.

O que está a acontecer é que as armas que estão a ser enviadas vão para a NATO. E depois a NATO vai doá-las (à Ucrânia). E a NATO vai pagar por elas", explicou Trump.

Também hoje, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, informou que algumas das armas fabricadas nos EUA que a Ucrânia procura estão a ser utilizadas por aliados da NATO na Europa.

"É muito mais rápido transportar algo, por exemplo, da Alemanha para a Ucrânia do que encomendá-lo a uma fábrica (nos EUA) e levá-lo até lá", explicou Rubio aos jornalistas, durante uma visita a Kuala Lumpur, na Malásia.

A Ucrânia precisa urgentemente de mais sistemas de defesa aérea Patriot fabricados nos EUA para deter mísseis balísticos e de cruzeiro russos.

O Governo de Trump deu sinais contraditórios sobre a sua disponibilidade para prestar mais ajuda militar vital à Ucrânia durante os seus mais de três anos de luta contra a invasão russa.

Contudo, após uma pausa em alguns envios de armas, Trump assegurou que continuará a enviar armas defensivas para a Ucrânia.

As autoridades norte-americanas informaram esta semana que munições de 155 mm e foguetes guiados de precisão estão a caminho da Ucrânia.

Na quinta-feira, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, informou que a Ucrânia pediu aos países estrangeiros que lhe forneçam mais 10 sistemas e mísseis Patriot.

A Alemanha, Espanha e outros países europeus possuem sistemas de mísseis Patriot, e alguns fizeram encomendas de mais, explicou Rubio.

A Alemanha está pronta para fornecer dois sistemas, e a Noruega concordou em fornecer um.

Zelensky também disse que a Ucrânia precisa de mais 'drones' intercetores, para abater os 'drones' Shahed de fabrico russo.


Leia Também: "Apoio de Portugal à Ucrânia é compromisso inabalável, rumo a paz justa" 

PAM suspende assistência a vários países africanos. Porquê?... O Programa Alimentar Mundial (PAM) anunciou hoje a suspensão de assistência alimentar e nutricional a vários países africanos devido à falta de financiamento da agência, nomeadamente por causa dos cortes na ajuda externa dos Estados Unidos da América.

Por LUSA 

De acordo com o alerta desta agência das Nações Unidas, a suspensão das operações já está em curso na Mauritânia, Mali e República Centro-Africana, onde os 'stocks' alimentares "só deverão durar algumas semanas".

A distribuição de ajuda já foi também significativamente reduzida nos campos de refugiados nigerianos nos Camarões, lamentou o PAM.

"Estamos a fazer tudo o que podemos para dar prioridade às atividades mais vitais, mas sem um apoio urgente dos nossos parceiros, a nossa capacidade de resposta diminui de dia para dia. Precisamos de financiamento contínuo para manter o fornecimento de alimentos e a esperança viva", declarou a diretora regional do PAM, Margot van der Velden, à agência Associated Press.

Para a agência da ONU, a decisão do Presidente norte-americano, Donald Trump, de cortar os fundos da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID, na siglaem inglês) e o financiamento vital às Nações Unidas deixou muitas agências humanitárias em dificuldades para sobreviver.

Calcula-se que milhões de pessoas sejam afetadas de forma imediata, incluindo 300.000 crianças na Nigéria em risco de "desnutrição severa", o que eleva o risco de morte, segundo dados do PAM.

O Comité Internacional de Resgate (IRC, na sigla em inglês) indicou este mês que houve um aumento de 178% nas admissões em internamento nas suas clínicas entre março e maio no norte da Nigéria, onde 1,3 milhões de pessoas dependem da ajuda do PAM.

Os deslocados no Mali não recebem alimentos de emergência desde junho, precisamente no início do período em que a produção alimentar atinge os níveis mais baixos no Sahel.

Apesar da contínua chegada de refugiados provenientes do Darfur do Norte, devido ao conflito em curso no Sudão, os fornecimentos de emergência no Chade só deverão durar até ao final do ano.

O Níger enfrenta uma suspensão total da ajuda alimentar até outubro.

Estes países já estão mergulhados em crises humanitárias agravadas por ataques constantes de diversos grupos terroristas, que provocaram milhares de mortos e milhões de deslocados, segundo a ONU. Os ataques são ainda intensificados pelas alterações climáticas, que têm afetado as colheitas e fragilizado as economias de vários países do continente.

O PAM afirma precisar de 494 milhões de dólares (cerca de 423 milhões de euros) para cobrir as operações na segunda metade de 2025, mas os fundos estão completamente esgotados, forçando a organização a dar prioridade aos grupos mais vulneráveis.

Formação em Segurança Rodoviária arranca com apoio do Ministério do Interior... O Colectivo de Condutores e Proprietários de Transportes Rodoviários da Guiné-Bissau (CCPTR) deu início esta quinta-feira, 11 de julho, à formação oficial em segurança rodoviária, numa ação realizada em estreita parceria com o Ministério do Interior. A formação decorre até dia 14 do corrente mês, sob o lema "ZERO ACIDENTE NA GUINÉ-BISSAU".

PR General Umaro Sissoco Embaló faz balanço da visita à EUA no quadro da Cimeira de Alto Nível, organizanda pelo Presidente Donald Trump


O Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló, regressado de Washington, destacou à imprensa os principais pontos da sua deslocação oficial aos Estados Unidos.

Durante a visita, o Chefe de Estado participou numa cimeira com o Presidente Donald Trump e outros líderes africanos, sublinhando a importância do encontro para o reforço das relações bilaterais e parcerias económicas.

O Presidente esteve ainda acompanhado da Ministra da Justiça e da Direcção da Polícia Judiciária, que mantiveram contactos com a DEA para aprofundar a cooperação no combate ao narcotráfico.

A agenda incluiu também uma reunião com empresários na Câmara de Comércio dos EUA, com foco nas oportunidades de investimento na Guiné-Bissau.

Sobre a organização da próxima Cimeira da CPLP, prevista para 18 de julho, o Presidente assegurou que os preparativos estão em curso.

Para concluir, reafirmou o respeito profundo por figuras históricas da luta pela independência, como Amílcar Cabral e Nino Vieira.

Exército da Nigéria mata centenas de alegados membros de grupo criminoso... Uma emboscada montada pelo exército da Nigéria matou pelo menos 150 alegados membros de um grupo criminoso, no estado de Kebbi, no noroeste do país, disse um político local.

Por LUSA 

"Mais de 150 bandidos foram mortos durante a operação militar, que envolveu tropas terrestres e caças", disse, na quinta-feira, Husaini Bena, administrador político do distrito de Danko-Wasagu.

As tropas montaram uma emboscada a uma caravana de membros de um grupo armado que passava por aldeias no estado de Kebbi na quarta-feira, originando um tiroteio de duas horas entre o exército e o grupo.

Os soldados obrigaram os membros do grupo criminoso a recuar, e os caças do exército "bombardearam-nos enquanto fugiam", acrescentou Bena.

Num comunicado, o diretor de segurança do governador local, Abdulrahman Zagga, confirmou o incidente e disse que as tropas lutaram contra cerca de 400 membros do grupo, "eliminando um grande número".

Nos últimos anos, grupos armados intensificaram os ataques em zonas rurais do noroeste e centro da Nigéria, onde a presença do Estado é fraca, saqueando aldeias e matando residentes ou raptando-os para pedir resgates.

No domingo, pelo menos 40 membros de um grupo de autodefesa morreram durante um ataque de um grupo armado a uma aldeia no centro da Nigéria, avançou a agência de notícias France-Presse (AFP), citando locais e a Cruz Vermelha.

O secretário da Cruz Vermelha do estado de Plateau, Nuruddeen Hussain Magaji, disse à AFP que "centenas de milicianos de autodefesa foram emboscados" no domingo na aldeia de Kukawa.

O ataque ocorreu quando o grupo de autodefesa se reagrupava após confrontos que causaram dez mortes entre os milicianos na aldeia vizinha de Bunyun, segundo um morador.

Regularmente assolado por tensões intercomunitárias, nomeadamente entre agricultores sedentários e criadores de gado nómadas que disputam o acesso à terra e aos recursos, o estado de Plateau tem vivido nos últimos meses uma escalada de violência.

"De acordo com os primeiros relatos do nosso pessoal no terreno, pelo menos 30 corpos foram levados para um hospital local e alguns feridos foram transferidos para um hospital no estado vizinho de Bauchi", referiu Magaji.

No centro da Nigéria, as terras disponíveis para a agricultura e a pecuária estão a diminuir em resultado das alterações climáticas e da expansão humana, o que leva a confrontos.

quinta-feira, 10 de julho de 2025

Juiz suspende ordem de Trump contra cidadania por nascimento... Um juiz federal norte-americano suspendeu hoje a ordem executiva do Presidente Donald Trump contra o direito de cidadania por nascimento nos Estados Unidos, uma das medidas mais controversas do seu segundo mandato.

Por LUSA 10/07/2025

Todos os tribunais e instâncias de recurso que se pronunciaram sobre o decreto suspenderam a sua entrada em vigor em todo o país, por o considerarem inconstitucional, mas o Supremo Tribunal, de maioria conservadora, limitou a 27 de junho o poder dos juízes para bloquearem decisões executivas que considerem ilegais. 

Um juiz federal em New Hampshire (nordeste) suspendeu hoje o decreto, como parte de uma ação coletiva em nome de qualquer pessoa nascida nos Estados Unidos em ou após 20 de fevereiro e, portanto, potencialmente afetada.

A administração Trump tinha pedido ao Tribunal que não revogasse a suspensão da sua ordem executiva, mas que limitasse o âmbito das suspensões apenas aos indivíduos que levaram o assunto a tribunal.

O princípio da cidadania por direito de nascença, consagrado na 14ª Emenda da Constituição, prevê que cada criança nascida nos Estados Unidos é automaticamente um cidadão norte-americano, estando em vigor há mais de 150 anos.

A mais alta instância judicial norte-americana não se pronunciou sobre a constitucionalidade da ordem executiva, mas autorizou as agências federais a desenvolver e emitir orientações para a sua implementação, a partir de um mês após a sua decisão.

O decreto proíbe o governo federal de emitir passaportes, certificados de cidadania ou outros documentos a crianças cuja mãe esteja nos Estados Unidos de forma ilegal ou temporária, e cujo pai não seja cidadão norte-americano ou residente permanente.

Donald Trump assinou o decreto à chegada à Casa Branca, a 20 de janeiro, declarando que queria combater a imigração ilegal.

A influente organização de defesa dos direitos civis ACLU, um dos grupos envolvidos neste caso, celebrou em comunicado esta decisão como uma "grande vitória" que "protege os direitos de cidadania de todas as crianças nascidas em solo americano".

"Desde a decisão do Supremo Tribunal que os pais vivem com medo e incerteza, questionando se os seus filhos devem ou não nascer noutro estado e se os seus bebés correm o risco de serem deportados", disse Aarti Kohli, diretora da ONG Asian Law Caucus, citada em nota da ACLU.

O juiz adiou a entrada em vigor da sua decisão por uma semana, para dar tempo ao governo para recorrer.

O Supremo Tribunal definiu 27 de julho como prazo para permitir que o executivo Trump implemente parcialmente o decreto.


Leia Também: Estados Unidos da América v. Donald Trump...     As democracias não morrem apenas quando as leis são revogadas, mas quando deixam de ser respeitadas. A democracia americana já foi testada e sobreviveu. Mas da autocracia, como já devíamos ter aprendido, não se regressa apenas com votos

MINISTRO DAS OBRAS PÚBLICAS DESLOCA-SE À VENEZUELA PARA DESBLOQUEAR ACORDO DE COOPERAÇÃO BILATERAL

Por Ministério Das Obras Publicas, Habitação e Urbanismo  10/07/2025 

O Ministro das Obras Públicas, Habitação e Urbanismo, Engenheiro José Carlos Esteves, encontra-se em Caracas, capital da Venezuela, no âmbito da implementação do acordo binacional assinado entre os dois países.

A visita tem como principal objetivo dar seguimento aos compromissos assumidos durante a deslocação do Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló, à Venezuela, onde foi recebido pelo seu homólogo, Nicolás Maduro. O acordo prevê apoios concretos da parte venezuelana nos sectores da habitação e das infraestruturas rodoviárias.

Entre os pontos acordados, destaca-se o apoio venezuelano à Guiné-Bissau na definição de uma estratégia para a construção de habitações sociais de baixo custo. Para isso, será partilhada a experiência do programa “Gran Misión Vivienda Venezolana”, com vista à implementação de um projeto-piloto de 200 habitações no território guineense.

Outro eixo fundamental da cooperação prende-se com o setor das estradas. A Venezuela comprometeu-se a doar entre 1.500 e 3.000 toneladas de betume, material essencial para o desenvolvimento da rede rodoviária nacional.

Durante a estadia em Caracas, o ministro guineense manterá encontros com responsáveis do Ministerio del Poder Popular para Hábitat y Vivienda, do programa Gran Misión Vivienda Venezolana, Barrio Nuevo Tricolor, bem como do Ministerio de Hidrocarburos y Petróleos, no intuito de operacionalizar os próximos passos da cooperação.

Liberianos indignados por Trump desconhecer que inglês é língua oficial do país

Por LUSA 

Cidadãos da Libéria demonstraram hoje indignação após o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter elogiado a eloquência da língua inglesa do seu homólogo liberiano, sendo esta a língua oficial do país africano.

Durante o encontro, que ocorreu na Casa Branca, em Washington, Donald Trump elogiou o domínio e a pronúncia da língua por parte do Presidente da Libéria, Joseph Boakai, desconhecendo que o inglês é a língua oficial desta nação da África Ocidental desde o século XIX.

A Libéria está historicamente ligada aos Estados Unidos da América pois foi fundada com o objetivo de realojar pessoas que tinham sido libertadas da condição de escravatura da nação norte-americana e que regressavam ao continente dos seus ancestrais.

Donald Trump convidou cinco líderes da África Ocidental - Gabão, Guiné-Bissau, Libéria, Mauritânia e Senegal - para uma reunião na Casa Branca que se realizou quarta-feira. 

O presidente do partido liberiano da oposição Congresso para a Mudança Democrática-Conselho dos Patriotas, Foday Massaquio, disse que, embora as observações fossem típicas de Trump com líderes estrangeiros, o tom condescendente foi amplificado pelo facto de os líderes serem africanos.

"Na verdade, isso também prova que o Ocidente não nos leva a sério como africanos", lamentou, acrescentando que Trump "foi muito desrespeitoso para com o líder africano".

A porta-voz do gabinete de Boakai, Kula Fofana, frisou à agência norte-americana The Associated Press que o mais importante é que os jornalistas se foquem "nas discussões substantivas da reunião".

No entanto, na Libéria, os comentários de Trump aumentaram o sentimento de descontentamento, sentido desde há alguns meses.

No início deste mês, as autoridades norte-americanas dissolveram a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e afirmaram que já não seguiam o que chamavam de "modelo de ajuda externa baseado na caridade".

 Essa decisão causou um choque na Libéria, onde o apoio dos EUA representava quase 2,6% do rendimento nacional bruto, a percentagem mais alta do mundo, de acordo com o Centro para o Desenvolvimento Global.

 Os liberianos pensavam que seriam poupados dos cortes de Trump devido à estreita relação entre os dois países, sendo que, na nação africana, até as placas de rua, os táxis e os autocarros escolares são semelhantes aos de Nova Iorque.

A Libéria foi um dos primeiros países a receber apoio da USAID, a partir de 1961.

Num outro prisma, houve também quem defendesse que, dado o estilo pessoal de Trump, "as observações de quarta-feira foram feitas como um elogio".

"Para alguns, o comentário pode ter um tom de condescendência, ecoando uma tendência ocidental de longa data de expressar surpresa quando os líderes africanos demonstram fluência intelectual", disse Abraham Julian Wennah, diretor de Investigação da Universidade Metodista Episcopal Africana.

Na sua opinião, "em contextos pós-coloniais, a linguagem tem sido usada como arma para questionar a legitimidade e a competência". No entanto, "se olharmos para o estilo retórico de Trump, estas declarações foram um reconhecimento da elegância, inteligência e prontidão de Boakai para o envolvimento global", concluiu.


Leia Também: Trump elogia inglês do presidente da Libéria... a língua oficial do país 

Líder da junta militar do Mali promulga lei que lhe dá mandato ilimitado... O chefe da junta militar do Mali promulgou a lei que lhe confere um mandato de cinco anos, renovável sem eleições, e tornou-se Presidente de facto da República, segundo a edição de hoje do jornal oficial.

Por LUSA 

Na semana passada, o regime militar tinha já concedido ao general Assimi Goïta um mandato de cinco anos como Presidente, renovável "tantas vezes quantas as necessárias" e sem eleições.

A promulgação da lei, que era aguardada há vários dias, manterá Goïta na chefia do Estado pelo menos até 2030.

"O Presidente assegura o cumprimento da Constituição e da Carta de Transição. Exerce as funções de chefe de Estado por um período de cinco (05) anos, renovável tantas vezes quantas as necessárias, até à pacificação do país, a contar da promulgação da presente Carta", segundo a lei.

O mandato pode ser "encurtado logo que estejam reunidas as condições para a organização de eleições presidenciais transparentes e pacíficas", refere o texto.

O presidente da transição, os membros do governo e os membros do órgão legislativo instalado pelos militares são elegíveis para as eleições presidenciais e gerais, acrescenta-se no documento.

Esta medida é a última de uma série de restrições severas às liberdades adotadas pelos militares para consolidar o seu regime no país.

Após terem chegado ao poder no Mali na sequência de dois golpes de Estado sucessivos em 2020 e 2021, os militares tinham-se comprometido a entregar o poder aos civis até março de 2024, o mais tardar, mas não cumpriram a sua promessa.

Reino Unido e França testam sistema de deportação de imigrantes ilegais

Por LUSA 

O primeiro-ministro britânico anunciou hoje um acordo, para começar a testar nas próximas semanas, de um sistema de deportação para França de imigrantes ilegais que cheguem ao Reino Unido através do canal da Mancha.

"Pela primeira vez, os migrantes que cheguem em pequenas embarcações serão detidos e devolvidos a França num curto espaço de tempo. Em troca de cada devolução, um indivíduo diferente será autorizado a vir para cá, através de uma rota segura, controlada e legal, sujeita a controlos de segurança rigorosos e aberta apenas àqueles que não tentaram entrar ilegalmente no Reino Unido", afirmou Keir Starmer. 

O líder do Governo britânico falava durante uma conferência de imprensa com o Presidente francês, Emmanuel Macron, que hoje completa uma visita de três dias ao Reino Unido. 

Para Starmer, este novo sistema pretende criar um efeito dissuasor para os imigrantes e os grupos criminosos responsáveis por organizarem a travessia do canal da Mancha de milhares de pessoas em barcos de borracha.

"Isto vai mostrar a outros que tentam fazer a mesma viagem que será em vão, e que os empregos que lhes foram prometidos no Reino Unido deixarão de existir devido à repressão a nível [do país] que estamos a aplicar ao trabalho ilegal, que é de uma escala completamente sem precedentes", vincou. 

Starmer indicou que "este projeto-piloto será implementado nas próximas semanas".

"Não existe uma solução milagrosa, mas com um esforço conjunto, novas táticas e um novo nível de intenções, poderemos finalmente inverter a situação", argumentou.

Starmer elogiou o agravamento de táticas marítimas usadas pela polícia francesa para impedir as travessias, nomeadamente furar os barcos de borracha em águas pouco profundas.

O Presidente francês salientou que o país tem atualmente mobilizados mais de 1.200 membros das forças de segurança e de intervenção para intervir no problema das travessias. 

"Este é um problema de ambos os lados do canal, devido à tensão que gera nos nossos dois países. É por isso que vamos reforçar a nossa ação comum em várias frentes", disse Macron. 

Porém, o Presidente francês apontou o dedo à saída do Reino Unido da UE, ou 'Brexit', e que implicou o fim do acesso ao acordo migratório com o bloco europeu que permitia a deportação de imigrantes ilegais para países onde tinham chegado inicialmente.

Desde o início do ano, o Reino Unido registou 20.600 entradas de migrantes através do canal da Mancha, um número recorde e mais cerca de 50% em relação ao registado no mesmo período do ano passado.

O máximo registado num ano foi 45.774 migrantes, em 2022.

Ucrânia. Aliados anunciam quartel-general para manutenção de paz em Paris

Por LUSA 

A coligação formada por países dispostos a destacar tropas ou meios militares para manter um eventual acordo de paz na Ucrânia vai ter um quartel-general permanente em Paris, anunciou hoje o Governo britânico.

A decisão foi tomada durante uma reunião virtual de líderes de países-membros do grupo de aliados da Ucrânia copresidida pelo primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, e o Presidente francês, Emmanuel Macron, a partir de Londres.

Outros líderes internacionais, como a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, e o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, encontravam-se reunidos em Roma para a Conferência sobre a Recuperação da Ucrânia.

A secretária de Estado dos Assuntos Europeus, Inês Domingos, representa Portugal na conferência em Roma.

O quartel-general em Paris será liderado pelo Reino Unido e por França para supervisionar todas as disposições táticas e operacionais, mudando-se para Londres no próximo ano, de acordo com um comunicado do Governo de Starmer.

No futuro será criada uma célula de coordenação em Kyiv, "à medida que forem sendo finalizadas as estruturas de comando da futura força de estabilização", acrescentou na mesma nota.

Durante a reunião, chefes militares fizeram um ponto da situação sobre progressos realizados, incluindo visitas de reconhecimento à Ucrânia, e foi decidido que o planeamento deve prosseguir numa base duradoura e normal, "a fim de garantir que uma força possa ser destacada nos dias que se seguem à cessação das hostilidades".

Pela primeira vez, representantes dos Estados Unidos participaram no encontro, incluindo o enviado especial do Presidente norte-americano, general Keith Kellogg, e os senadores Lindsey Graham e Richard Blumenthal. 

Os líderes presentes "condenaram os ataques brutais do Presidente [russo, Vladimir] Putin às cidades ucranianas e o desrespeito pelas conversações de paz e reafirmaram a determinação em continuar a exercer pressão sobre Putin para que ponha termo aos ataques ilegais e se empenhe de forma significativa nas negociações".

Governo aprova Projeto de Regulamento sobre a Interoperabilidade de Sistemas e Plataformas Digitais

Bissau, 10 Jul 25 (ANG) – O Governo  aprovou, quinta-feira, em Conselho de Ministros, o Projeto de Decreto relativo ao Regulamento sobre a Interoperabilidade de Sistemas e Plataformas Digitais dos Serviços Públicos e Privados.

Segundo o comunicado relativo à essa reunião do coletivo ministerial, presidida por Rui Duarte barros, Primeiro-ministro, ainda foram  aprovados o Projeto de Decreto sobre a Política Nacional de Governança e Proteção de Dados e o Projeto de Decreto sobre a Estratégia Nacional de Cibe segurança.

No capítulo de informações gerais, o Ministro da Energia apresentou um Relatório que descreveu as consequências da intempérie registada no Setor de Bambadinca e que afetou  a Central Híbrida local.

O Ministro da Administração Territorial e Poder Local deu a conhecer o estado atual do processo de atualização dos Cadernos Eleitorais que está a decorrer no território nacional e na diáspora.

A Ministra da Cultura, Juventude e Desportos apresentou, em nome da Comissão Interministerial Social, uma proposta de orçamento, visando combater, de forma tenaz, a Delinquência Juvenil, através de regulação e controlo de eventos públicos e de promoção de Campanhas de Consciencialização, orientadas para jovens adolescentes. 

ANG/MI

Guiné-Bissau. Confirmou a presença do Crocodilo da África Ocidental (Crocodylus suchus) nas principais bacias hidrográficas e lagoas costeiras l, incluindo o Arquipélago dos Bijagós e do Crocodilo anão da África Ocidental (Osteolaemus cf. tetraspis) no Sul do continente e no Arquipélago dos Bijagós.

 IBAP - Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas

Temos o prazer de partilhar um artigo científico recente, intitulado “Diversidade, distribuição e conservação dos Crocodilos na Guiné-Bissau.”

Este trabalho foi financiado pelo projeto aTROPIBIO, Elephant Crisis Fund e pela FCT.

Este estudo aborda as lacunas de informação sobre a diversidade, distribuição e conservação do crocodilo na Guiné-Bissau, onde os dados existentes estão desatualizados.

O estudo encontrou evidências que sugerem que o Crocodilo do Nilo (Crocodylus niloticus), anteriormente considerado extinto na África Ocidental há cerca de 200 anos, pode ainda persistir na região de Cacheu, na Guiné-Bissau.

Confirmou a presença do Crocodilo da África Ocidental (Crocodylus suchus) nas principais bacias hidrográficas e lagoas costeiras l, incluindo o Arquipélago dos Bijagós e do Crocodilo anão da África Ocidental (Osteolaemus cf. tetraspis) no Sul do continente e no Arquipélago dos Bijagós.

A perda de habitats e as capturas foram identificadas como as principais ameaças. 

Link para consulta da publicação: https://doi.org/10.1038/s41598-025-08789-3 


Eletricidade e Águas da Guiné-Bissau - EAGB. VAGA DE EMPREGO - Termo de referência para contratação de pessoal técnico em: -Eletricidade, -Eletrtecnica, - Eletromecânica, -Mecânica

@ Eletricidade e Águas da Guiné-Bissau - EAGB

Tudo pronto pa Cimeira CPLP

 
@Abel Djassi

Número de estrangeiros executados na Arábia Saudita ultrapassou centena... No total, 189 pessoas foram executadas desde o início de 2025, de acordo com a contagem da AFP, incluindo 88 cidadãos sauditas.

Por LUSA 

O número de estrangeiros condenados à morte este ano na Arábia Saudita subiu hoje para 101, depois de o Ministério Público do país ter anunciado a execução de dois cidadãos etíopes acusados de tráfico de droga.

O número de cidadãos estrangeiros executados na Arábia Saudita corresponde a uma contagem efetuada pela Agência France Presse (AFP) desde o princípio do ano.  

Os etíopes Khalil Qasim Mohammed Omar e Murad Yaqoub Adam Siyo foram executados depois de terem sido condenados por contrabando de canábis, refere um comunicado judicial citado hoje pela Agência Saudita de Imprensa (SPA).

No total, 189 pessoas foram executadas desde o início de 2025, de acordo com a contagem da AFP, incluindo 88 cidadãos sauditas.

Em 2024, o limite de 100 estrangeiros executados foi ultrapassado em novembro.

A pena de morte é aplicada com frequência no reino saudita.

De acordo com uma contagem anterior da France Presse, pelo menos 338 pessoas foram executadas no ano passado, em comparação com 170 em 2023, bem acima do limite anterior de 196 em 2022.

Alegria ❤ na Guiné-Bissau 🇬🇼: ADG comercial baixou preço de arroz para 15 mil franco cfa... OBS: A empresa ADG comercial está vender 1 saco de 50kg de arroz quebrado 13.500 CFA para comerciantes, depois comerciantes vão vender 15 mil franco. Preço de 15 mil franco cefa é devido logística de transporte para regiões.

CLIQUE AQUI PARA ASSISTIR AO VIDEO

EMPRESA ALBARKA COLOCA NO MERCADO NACIONAL, 10 MIL TONELADAS DE ARROZ NHELEM 100% PARTIDO NO PREÇO DE 13,500

A empresa ADG comercial, Albarka, anunciou hoje que vai colocar em todo mercado nacional, 10 mil toneladas de arroz nhelem 100% partido num preço de 13.500, em Bissau e 15.000 francos nas regiões, produzido em 2024 e com validade até 2028.

A decisão foi anunciada esta quinta-feira pelo administrador da empresa na presença de representantes do ministério do comércio, da Câmara do Comércio, da associação dos retalhistas, ACOBES e outros intervenientes do setor comercial.

Abduramane Djaló explicou que dos 50 mil toneladas conseguidos, o país recebeu ainda só 15 mil toneladas, e querem vende-lo o mais rápido possível para poder adquirir os 35 mil toneladas restantes, daí a razão de vende-lo ao preço de 13.500 e 15.000 francos cfa.

Presente na apresentação do cereal, o Secretário executivo de ACOBES, Bambo Sanha, sublinhou que não está em causa a  qualidade do arroz para ser vendido a esses preços,  mas sim a questão da concorrência no mercado.

No entanto,  inspetor-geral do comercio, Alselmo Mendes garantiu que vão fiscalizar para que não haja especulação dos preços deste arroz de origem indiana.

A empresa garantiu que dentro de 24 horas, o cereal estará disponível em todo o território nacional.



Chumbada moção de censura à Comissão Europeia... A moção deve-se à ocultação de mensagens entre a presidente da Comissão e o administrador da farmacêutica Pfizer, por causa da aquisição de vacinas contra a covid-19, em 2021.

Por  sicnoticias.pt

A moção de censura contra a Comissão Europeia, a primeira que um executivo comunitário enfrenta em 10 anos, foi, esta quinta-feira, rejeitada por maioria no Parlamento Europeu durante o plenário em Estrasburgo, em França.

A moção de censura, a primeira do executivo de Ursula von der Leyen, foi chumbada com 360 votos contra, 175 a favor e 18 abstenções, e precisava de dois terços dos votos expressos pelos eurodeputados para ser aprovada.

A presidente da Comissão Europeia, que está em funções há seis anos, não esteve presente durante a votação.

Os eurodeputados do PCP, João Oliveira (que integra o grupo político A Esquerda), e do Chega, António Tânger Corrêa e Tiago Moreira de Sá (que faz parte do grupo Patriotas pela Europa, de extrema-direita), foram os únicos portugueses que votaram favoravelmente a queda do executivo comunitário.

A moção foi apresentada por um eurodeputado romeno, dos Conservadores e Reformistas Europeus, e recebeu o apoio de quase 80 eurodeputados.

A moção deve-se à ocultação de mensagens entre a presidente da Comissão e o administrador da farmacêutica Pfizer, por causa da aquisição de vacinas contra a covid-19, em 2021.

🇬🇼🇺🇸 O Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló, participou esta terça-feira, em Washington, num encontro com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao lado de outros quatro Chefes de Estado africanos, no âmbito da Primeira Cimeira organizada pela nova administração norte-americana.


@Radio Voz Do Povo

Recuperação da Ucrânia debatida em Roma mas sem fim da guerra à vista... Roma acolhe a partir de hoje a IV Conferência sobre a Recuperação da Ucrânia, uma reunião de alto nível dedicada à reconstrução a longo prazo do país, quando o fim da guerra parece distante e intensificam-se os ataques russos.

Por LUSA 

Entre os líderes políticos presentes nesta conferência de dois dias (hoje e sexta-feira), coorganizada por Itália e Ucrânia, estão, além da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, e do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o chanceler alemão, Friedrich Merz, e Donald Tusk, primeiro-ministro da Polónia, que acolherá a quinta edição da Conferência, em 2026.

Os Estados Unidos, cujo apoio a Kiev deu sinais de algum arrefecimento desde a mudança de administração em janeiro passado, na sequência do regresso de Donald Trump à Casa Branca, estarão representados na conferência pelo enviado especial para a Ucrânia, Keith Kellogg.

Portugal faz-se representar pela secretária de Estado dos Assuntos Europeus, Inês Domingos.

O primeiro dia do encontro na capital italiana coincide com outra reunião internacional dedicada à Ucrânia que irá decorrer a partir do Reino Unido, razão pela qual o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, e o Presidente francês, Emmanuel Macron, estarão ausentes.

Starmer e Macron vão hoje copresidir, a partir da base aérea de Northwood, perto de Londres, a uma reunião da chamada "Coligação dos dispostos", um grupo de países aliados de Kiev empenhados em ajudar a manter a capacidade de combate da Ucrânia e disponíveis para participar numa força de manutenção de paz num contexto de um eventual cessar-fogo que funcione como "garantia de segurança" para impedir futuras ofensivas russas.

Meloni, Merz e o próprio Zelensky participarão, desde Roma, por videoconferência, na reunião da "Coligação dos dispostos", também aberta a outras capitais que queiram participar.

Já em Itália desde quarta-feira, Zelensky foi recebido pelo Papa Leão XIV, tendo-lhe pedido que o Vaticano impulsione uma reunião de alto nível que ponha fim à guerra.

No entanto, e perante a recente intensificação dos ataques russos, Zelensky deverá aproveitar a presença de vários líderes europeus na Conferência de Roma para apelar a um reforço das capacidades de defesa de Kiev, assim como assinar acordos para assegurar o aprovisionamento de energia no território ucraniano, setor particularmente visado por Moscovo.

Esta será a quarta conferência anual consagrada à recuperação e reconstrução da Ucrânia desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022. Nos últimos três anos, foram realizadas edições em Lugano (Suíça), meses após o início da agressão, em Londres (2023) e em Berlim (2024).

São esperados na capital italiana mais de 3.500 participantes, incluindo cerca de 100 delegações oficiais e 40 organizações internacionais, e ainda centenas de representantes de instituições financeiras, empresas, autoridades regionais, municipais, sociedade civil e diáspora ucraniana, que deverão reiterar o compromisso comum de reforçar a resiliência da Ucrânia durante o tempo que for necessário.

O objetivo principal do evento é sensibilizar e mobilizar o apoio e os investimentos internacionais contínuos para a recuperação do país, que já entrou no quarto ano de guerra, e para a reconstrução, a reforma e a modernização da Ucrânia num cenário pós-guerra.

Ao longo dos dois dias de trabalhos, os debates vão centrar-se em quatro áreas temáticas: dimensão empresarial, dimensão humana, dimensão local e regional e dimensão da União Europeia (UE).

Esta conferência ocorre num contexto em que a Rússia intensificou os ataques ao território ucraniano e descarta um acordo de paz num futuro próximo, tal como reconheceu Donald Trump, que, após uma nova conversa telefónica com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, anunciou no início desta semana que será retomado o fornecimento de armas a Kiev, dado a Ucrânia precisar de se defender dos ataques incessantes da Rússia.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados.

A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país. Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.


Leia Também: Forças russas lançaram 48 ataques aéreos contra território ucraniano 


Leia Também: O Governo norte-americano liderado por Donald Trump retomou o envio de algumas armas para a Ucrânia, uma semana depois de o Departamento de Defesa (Pentágono) ter determinado a suspensão de algumas entregas. 

quarta-feira, 9 de julho de 2025

FMI. Exportação de peixe da Guiné-Bissau vale mais que as vendas de caju

 Jornal Económico com Lusa    9 Julho 2025

Na análise ao setor pesqueiro e às implicações para os indicadores macroeconómicos da Guiné-Bissau, os economistas do FMI apontam que “a produção pesqueira industrial é significativa” neste país lusófono africano e detalha que “o volume das capturas na Zona Económica Exclusiva atingiu cerca de 167 mil toneladas por ano nos últimos cinco anos”, no seguimento da reativação do acordo de pesca com a União Europeia, em 2014.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou que as exportações de peixe da Guiné-Bissau estão significativamente sub-representadas, valendo mais do que as vendas de caju, e influenciando decisivamente indicadores como o PIB e a dívida.

“O domínio acentuado das exportações de caju, como é comummente percecionado, não representa adequadamente a verdadeira situação da diversificação económica na Guiné-Bissau”, lê-se numa nota técnica de enquadramento para o mais recente relatório de análise do país, datado deste mês, assinada pelos economistas Nour Bouzouita, Yugo Koshima e Babacar Sarr.

Na análise ao setor pesqueiro e às implicações para os indicadores macroeconómicos da Guiné-Bissau, os economistas do FMI apontam que “a produção pesqueira industrial é significativa” neste país lusófono africano e detalha que “o volume das capturas na Zona Económica Exclusiva atingiu cerca de 167 mil toneladas por ano nos últimos cinco anos”, no seguimento da reativação do acordo de pesca com a União Europeia, em 2014.

“Utilizando os preços de desembarque do peixe nos portos portugueses obtidos pelo EUROSTAT, estima-se que o valor das capturas seja de 310 milhões de euros por ano, em média, nos últimos cinco anos, muito superior ao valor das exportações de caju, que ascendeu a 201 milhões de euros por ano no mesmo período”, acrescenta o FMI.

Contrariando a perceção geral de que o caju é o principal motor do crescimento económico da Guiné-Bissau, a análise do FMI mostra que “se todas as capturas dos barcos de pesca industrial fossem registadas como exportações oficiais da Guiné-Bissau, teriam acrescentado 20,8% ao PIB por ano, em média, nos últimos cinco anos, mais do que as exportações de castanha de caju, que representaram 13,4% do PIB”.

Isto, salientam, “alteraria drasticamente o panorama dos principais indicadores macroeconómicos”, como o saldo da balança corrente, que passaria a apresentar um excedente significativo em todos esses anos.

Em 2022, por exemplo, o PIB nominal seria reajustado em 20%, o que, por seu turno, reduziria o rácio da dívida pública de 80,7% para 67,1% do PIB nesse ano, com potenciais implicações significativas nas escolhas dos investidores internacionais.

Na nota técnica, os analistas do departamento africano do FMI explicam que a exportação de peixe da Guiné-Bissau está “severamente sub-representada” por falta de atribuição da origem do peixe.

“Os relatórios das contrapartes [dos países que compram o peixe pescado nas águas da Guiné-Bissau] incluem um volume significativo de importações de peixe da Guiné-Bissau, que não são registadas nos dados oficiais de exportação das autoridades; se as exportações de peixe fossem incluídas, a quota-parte do caju ficaria limitada a 65% do total das exportações”, lê-se no artigo consultado pela Lusa.

As exportações de peixe da Guiné-Bissau seriam “pelo menos o dobro das registadas nos dados oficiais se as exportações das capturas dos barcos de pesca industrial fossem formalizadas na Guiné-Bissau”, ao invés de serem contabilizadas “noutros países da região, de onde o peixe guineense é enviado para os destinos finais na Europa e na Ásia”.

O FMI afirma também que vários países ‘escondem’ a verdadeira origem do pescado por a Guiné-Bissau não ter a certificação da União Europeia relativa a pesca ilegal, não declarada e não regulamentada (IUU), o que fez com que em 2023 mais de 85% das capturas não estejam nos relatórios dos países compradores, “tornando-se invisíveis nos dados do comércio internacional”.

O peixe da Guiné-Bissau “ainda não obteve a certificação de qualidade necessária para exportar para a UE, o que suscita sérias preocupações em matéria de IUU se um país terceiro importar peixe da Guiné-Bissau e o reexportar para a UE, sendo suscetível de motivar os compradores dos países terceiros a não declarar as importações de peixe da Guiné-Bissau, ocultando a sua origem”, alerta o FMI.