terça-feira, 28 de maio de 2024

O alto representante da União Europeia (UE) para Negócios Estrangeiros e Política de Segurança revelou hoje que mais países do bloco comunitário permitem agora a utilização do armamento que forneceram à Ucrânia para "em autodefesa" atacar território russo.

© Getty Images
Por Lusa  28/05/24 
 Mais países da UE aceitam uso de armas ocidentais em "ataques" à Rússia
O alto representante da União Europeia (UE) para Negócios Estrangeiros e Política de Segurança revelou hoje que mais países do bloco comunitário permitem agora a utilização do armamento que forneceram à Ucrânia para "em autodefesa" atacar território russo.


"Sobre a possibilidade de levantamento de restrições à utilização do armamento ocidental pelas Forças Armadas da Ucrânia para atingir alvos militares no território russo, em autodefesa, é uma ação legítima ao abrigo da lei internacional", disse Josep Borrell, em conferência de imprensa no final de uma reunião ministerial em Bruxelas (Bélgica).

"Há países que tinham uma ideia contrária e hoje aceitam levantar esta limitação no armamento que disponibilizaram à Ucrânia", completou.

Contudo, o chefe da diplomacia europeia disse que "é claro que é uma decisão individual" de cada país e que "têm de se responsabilizar por isso", sem especificar quantos ou quais os Estados-membros que consideraram essa hipótese.

Os ministros da Defesa da UE também discutiram a possibilidade de instrução de militares ucranianos no território da Ucrânia, mas faltou consenso para avançar com uma proposta.

"A 27 há visões diferentes, não posso dizer que houve consenso para isso, mas as coisas alteram-se", disse o alto representante da UE.

Existe um receio que estas duas hipóteses contribuam para exacerbar as tensões geopolíticas, uma vez que o Kremlin alertou que possibilitar o uso de armamento ocidental para atingir o território russo - ainda que "de uma maneira proporcional", como alegou Josep Borrell - podia ser considerado envolvimento de outros países.

Leia Também: O Presidente russo, Vladimir Putin, advertiu hoje a Europa das "graves consequências" se os países da NATO permitirem que a Ucrânia utilize armas ocidentais contra alvos em território russo.  

Leia Também: O Presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou-se hoje favorável ao uso de armas ocidentais pela Ucrânia contra o território russo para neutralizar pontos de onde a Rússia lança os seus mísseis, desde que os alvos não sejam civis. 


A Rússia intensificou o recrutamento de mercenários no Ruanda, Burundi, República do Congo e Uganda, oferecendo aos interessados a cidadania russa, um valor para assinar o contrato e um salário mensal, segundo o serviço de informação militar ucraniano (GUR).

© REUTERS/Evgenia Novozhenina/File Photo
Por Lusa  28/05/24 

Rússia intensifica o recrutamento no Ruanda, Burundi, Congo e Uganda
A Rússia intensificou o recrutamento de mercenários no Ruanda, Burundi, República do Congo e Uganda, oferecendo aos interessados a cidadania russa, um valor para assinar o contrato e um salário mensal, segundo o serviço de informação militar ucraniano (GUR).

"O Estado agressor, a Rússia, intensificou significativamente a sua campanha de recrutamento de mercenários estrangeiros para a guerra contra a Ucrânia. Está a recrutar na África Central, em particular no Ruanda, Burundi, República do Congo e Uganda", afirmou o GUR num comunicado.

De acordo com os serviços secretos militares de Kiev, além dos cerca de 1.800 euros pela assinatura do contrato e de mais 2.200 euros mensais, é oferecido aos recrutas um seguro médico e um passaporte russo para eles e as suas famílias.

"Uma unidade especial do Ministério da Defesa russo está envolvida no recrutamento de africanos para participarem em ataques com carne para canhão em solo ucraniano", refere-se no comunicado.

O GUR também se refere a alegadas "deserções em massa" de mercenários nepaleses do exército russo devido a baixas em massa nas suas unidades e a maus tratos por parte dos seus superiores russos.

O comunicado é acompanhado de uma fotografia de uma brochura com a qual a Rússia está alegadamente a tentar atrair homens dos quatro países africanos.

Além dos benefícios, a brochura promete aos interessados que receberão "formação avançada" e "as melhores armas e equipamento", informando da existência no exército russo de "uma unidade especial para estrangeiros".

"Pode juntar-se ao exército russo e tornar-se membro de um dos melhores exércitos do mundo", diz-se no folheto, em que pode ler-se a mensagem: "Nós somos a liberdade, nós somos a justiça, nós somos o exército russo".

Nos últimos meses, as autoridades ucranianas têm alertado para o elevado número de mercenários de África, Ásia e América Latina recrutados pela Rússia para combater na Ucrânia.

Kiev capturou mercenários de algumas dessas regiões e mostrou-se disposta a negociar com os respetivos governos o seu repatriamento para os países de origem.

Leia Também: O Presidente russo, Vladimir Putin, considerou hoje que o único poder legítimo na Ucrânia pertence agora ao parlamento ucraniano e não ao Presidente, alegando que o mandato de Volodymyr Zelensky terminou em 20 de maio. 


Coordenador da Frente Popular, Armando Lona está em Conferência de Imprensa.


 Radio Voz Do Povo
 

Atelier de validação do plano Nacional de transporte e logística da Guiné-Bissau -PNTL

Com Ministério Das Obras Publicas, Habitação e Urbanismo  MOPHU/28.05.2024
Decorreu hoje,  no salão Victor Maria no Palácio do Governo, o  Ateliê Nacional de Validação do Plano Nacional de transportes e logística da Guiné-Bissau-PNTL, com o objetivo de disseminar em maior escala, o conteúdo e a visão deste Plano estratégico de singular e transcendente importância para o desenvolvimento socioeconómico do nosso país.
O ato contou com honrosa presença da sua excelência Sr. Primeiro- Ministro da República da Guiné-Bissau;
Sua excelência Ministro Das Obras Públicas, Habitação e Urbanismo; Ministro das Pescas e Economia Marítima; Ministro das Finanças; Ministro dos Recursos Naturais; Ministro da Energia;  Ministro do Comércio e Indústria;
Representante Residente do Banco Mundial;
Embaixador da E.U;
Diretor dos Transportes para a África Ocidental do Banco Mundial;
e também contou com a presença dos técnicos dos diferentes departamentos governamentais

"RESUMO EXECUTIVO"
A posição geográfica da Guiné-Bissau constitui um importante trunfo a ser explorado para o seu desenvolvimento económico. Com efeito, o país está aberto ao oceano, faz fronteira com dos outros grandes países, Senegal e Guiné-Conacri, e os três fazem parte da União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOAO) e da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), o que consolida o seu potencial para o comércio sub-regional.
A sua abertura ao oceano favorece as exportações e importações internacionais. E a posição do porto de Bissau podera favorecer significativamente a cabotagem entre os outros portos da sub-região e, mais precisamente, os portos mais próximos, como o porto de Ziguinchor no Senegal e Kamsar na Guiné Conacri.
 
Os quatro pilares motores do desenvolvimento económico da Guiné-Bissau, nomeadamente a Agricultura, a Pesca, o Turismo e o Sector Mineiro, sofrem de problemas crucias que os impedem de tirar partido da sua riqueza diversificada.
De facto, uma vez assegurada uma boa produtividade agrícola, pesqueira e mineira e posto em prátca um bom programa de turismo e ecoturismo, há uma grande necessidade de assegurar o transporte de mercadorias dos seus locais de produção para os locais de transformação, consumo ou exportação através de meios de transporte multimodais com apoio logístico moderno.

O problema para a Guiné-Bissau é nevitavelmente a falta de infraestruturas de transporte modernas que possam apoiar os pilares da sua economia e capitalizar todo o potencial do país.
A elaboração de um Plano Nacional de Transportes e Logística para a Guiné-Bissau (PNTL) visa apoar o desenvolvimento sustentável das componentes da economia que estão harmoniosamente integradas com
as principais zonas económicas do país e a sub-região da África Ocidental.
O principal objectivo deste estudo é desenvolver um Plano Nacional de Transportes e Logística para orientar grandes investmentos e polítcas sectoriais a curto, médo e longo prazo.
 
Os subsectores dos transportes e da logística estão em causa, nomeadamente:
*Transportes rodoviários e urbanos,
*Transporte ferroviário,
*Transporte marítimo e por vias navegáveis interiores,
*E transporte aéreo

Atelier de validação do plano Nacional de transporte e logística  da Guiné-Bissau -PNTL-01


Atelier de validação do plano Nacional de transporte e logística  da Guiné-Bissau -PNTL _02


Atelier de validação do plano Nacional de transporte e logística  da Guiné-Bissau -PNTL_03
 


Fotos/Vídeos: Tuti Vitória Iyere

Guiné-Bissau: Saúde: Técnicos novos ingressos exigem demissão do Ministro da tutela

 Rádio Capital Fm

Bissau (28.04.2024) - O Coletivo de Técnicos de Saúde Novos Ingressos vai realizar uma vigília amanhã, 29, em Frente do Ministério da Saúde Pública para exigir a demissão do   Ministro da tutela, Domingos Malú, que acusam de criar bagunça que levou a desistência de Fundo Global em poder assegurar o pagamento de dois anos de salários para essa categoria de técnicos, acordado com o governo de PAI TERRA RANKA.

Numa publicação na sua página no Facebook, o porta-voz do coletivo, Dencio Florentino Ié, anunciou que os  técnicos vão amanhã exigir a demissão de Domingos Malú e que seja nomeada uma pessoa confiável e capaz de apresentar soluções viáveis para os problemas que afetam o sector da saúde neste momento.

Os  técnicos em causa foram excluídos do  sistema pelo então governo de Nuno Gomes Nabiam,    em 2022, alegando ter tomada a decisão com base nas recomendações do Fundo  Monitario Internacional. Mas foram reintegrados em 2023 pelo  Governo de PAI TERRA RANKA, tendo, na altura, um acordo com o Fundo Global para reformas emergentes no setor da saúde, no âmbito de  Programa de Emergência do executivo liderado por Geraldo Martins. 

A vigília de Coletivo de  Técnicos de Saúde Novos Ingressos acontece no momento atípico no setor da saúde e da educação,  isto é, no  decurso da terceira vaga de greve convocada pela Frente Social. 

Por: Mamandin Indjai

Quatro crianças encontradas abandonadas num apartamento em França

© Shutterstock
Por  Notícias ao Minuto  27/05/24

As crianças foram encontradas sem roupa e sem comida, e uma estava a tentar "cozinhar numa placa quente no chão".

Quatro crianças, com idades entre os dois e os seis anos, foram encontradas sozinhas dentro de um apartamento "vazio e sujo", na noite de domingo, em Reims, no departamento francês de Marne. A mãe e o namorado foram detidos e acusados de terem abandonado os menores.

Segundo o jornal Le Figaro, que cita o procurador François Schneider, as crianças foram encontradas sem roupa e sem comida, e uma estava a tentar "cozinhar numa placa quente no chão".

O alerta foi dado aos bombeiros locais por um "conhecido da mãe". As crianças foram encontradas "não desnutridas", mas com "repercussões psicológicas".

Após as crianças terem sido encontradas, as autoridades localizaram a mãe e o namorado e ambos foram detidos. O homem foi detido por violar as imposições, proibições ou interdições determinadas por sentença criminal, ao passo que a mulher foi acusada de não cumprir as "suas obrigações legais, comprometendo a saúde e a segurança dos filhos".

A publicação francesa avançou que o detido já tinha antecedentes criminais por violência doméstica e violência contra menores.

segunda-feira, 27 de maio de 2024

Guiné-Bissau – Constitucionalista estranha ninguém ter levado a tribunal dissolução do parlamento

Por LUSA
O constitucionalista português Jorge Bacelar Gouveia considerou estranho que ninguém tenha levado aos tribunais competentes a questão da dissolução do parlamento da Guiné-Bissau, antes de decorrido o período que estipula a Constituição.

Bacelar Gouveia encontra-se em Bissau, onde interveio hoje como orador na conferência internacional “A Justiça e os Desafios Contemporâneos”, que decorre até quarta-feira na capital guineense.

O evento acontece numa altura em que continua a polémica com a decisão presidencial de dissolução, em dezembro, da Assembleia Nacional Popular, antes de decorridos 12 meses das eleições legislativas, como estipula a Constituição.

Em declarações à Lusa, o constitucionalista português disse que aquilo que estranha “é que tendo havido de facto a alegação no que respeita à inconstitucionalidade da dissolução da Assembleia Nacional Popular, a questão não tenha sido levada aos tribunais competentes”.

Como salientou, “num Estado de Direito, quem diz se está certo ou se está errado, quem diz se é inconstitucional ou não é inconstitucional, todos podem dizer, mas quem decide em última instância são os tribunais”.

“A verdade é que até hoje, que eu saiba, não há um processo, e não há um sequer pedido de fiscalização da constitucionalidade do decreto presidencial da dissolução do parlamento”, disse.

Para Bacelar Gouveia, se o argumento for a desconfiança no funcionamento das instituições, “então o país deixa de existir porque a desconfiança é total” e “não pode ser assim”.

“Nós temos que acreditar nas instituições e, sobretudo os atores políticos aqui do país, devem agir, se acham que têm razão, devem procurar recorrer aos mecanismos da Justiça” e não dizer que não querem ir porque já sabem o que vai acontecer.

O constitucionalista defende que “tem que haver também uma certa coerência e se há um entendimento que é inconstitucional ou até que é inexistente, isso deve ser declarado pelos tribunais, é assim que num Estado de Direito as coisas funcionam”.

Bacelar Gouveia lembrou que “num Estado de Direito há separação dos poderes. Os poderes podem agir de uma forma errada, mas quem decide, num Estado de Direito, são os tribunais”, são quem tem “a última palavra, seja sobre atos da Administração Pública, seja sobre atos legislativos, seja atos presidenciais”.

“É assim que eu vejo as coisas e é assim que está na doutrina do Estado de Direito que nós hoje todos reconhecemos que é importante e que na Guiné-Bissau se vem construindo, também, paulatinamente”, acrescentou.

Sobre outro tipo de possíveis ações, considerou que “a intervenção externa tem sempre o risco de suscitar uma intervenção e uma interferência internacional na política interna de um país”.

Como vincou, “as questões constitucionais são sempre mais delicadas porque devem ser as autoridades de um país a decidir e não devem ser as autoridades internacionais, a não ser em casos graves de violação de direitos humanos ou outros casos de gravidade equiparada”.

“Nas questões constitucionais são os órgãos internos da soberania do país que devem decidir e a verdade é que esses tribunais até hoje não disseram nada porque ninguém lhes pediu para dizer o que quer que seja”, afirmou.

Bacelar Gouveia falava à Lusa à margem da conferência que é uma iniciativa conjunta de entidades de vários países lusófonos para partilha de conhecimentos, boas práticas e reforço da cooperação judiciária.

A corrupção, tráfico de droga, crime organizado e o impacto das novas tecnologias na criminalidade são alguns dos temas em discussão, em torno dos desafios e obstáculos dos sistemas de justiça.

Uma reunião para discutir as questões que afetam a justiça à escala global, como salientou a ministra da Justiça e dos Direitos Humanos, Maria do Céu Monteiro, na sessão de boas-vindas.

A sessão foi presidida pelo chefe de Estado guineense, Umaro Sissoco Embaló, que defendeu que “o Estado tem que implementar políticas públicas que possam prevenir”.

O Presidente da República afirmou que “os cidadãos esperam que os tribunais façam justiça dentro dos prazos razoáveis” e garantiu que “na Guiné-Bissau o setor da Justiça constitui uma prioridade do Governo”, nomeadamente a aposta “num maior acesso”.


Veja Também: PR Umaro Sissoco Embaló recebe em audiência esta segunda-feira (27.05), o Prof. Jorge Bacelar Gouveia, constitucionalista português.  


PR Umaro Sissoco Embaló recebe em audiência esta segunda-feira (27.05), o Prof. Jorge Bacelar Gouveia, constitucionalista português.

 Radio Voz Do Povo

 

Leia Também:  O constitucionalista português Jorge Bacelar Gouveia considerou estranho que ninguém tenha levado aos tribunais competentes a questão da dissolução do parlamento da Guiné-Bissau, antes de decorrido o período que estipula a Constituição.  


Ativistas Guineenses da FP, detidos na manifestação pacífica já estão em liberdade


 Radio TV Bantaba / G15-COMUNICAÇÃO-JUADEM

Cidades do norte de Israel em chamas após lançamento de rockets do Líbano

© JALAA MAREY/AFP via Getty Images
Por Lusa
As autoridades israelitas anunciaram hoje que há vários incêndios a deflagrar na cidade de Kiryat Shmona, no norte do país, e noutras cidades dos arredores, na sequência de rockets lançados do Líbano pelo Hezbollah.

"Há mais de seis horas que combatemos os incêndios após o lançamento de rockets e sob a ameaça constante de bombardeamentos", disse o chefe dos bombeiros da Alta Galileia, Eli Mor, citado pela agência de notícias espanhola EFE, acrescentando que há, pelo menos, 15 equipas a combater os fogos nas cidades de Kiryat Shmona, Kfar Yuval, Beit Hillel, Malkiyeh, Dishon, Tzivon e Meron.

Segundo o exército israelita, a maioria dos projéteis foi intercetada. Já segundo relatos da polícia, os estilhaços atingiram a área em redor da cidade de Kiryat Shmona, causando danos materiais, mas sem feridos.

O ataque já foi confirmado pelo grupo xiita libanês Hezbollah, que disse ter disparado "dezenas" de foguetes contra as cidades de Meron e Safsufa, no norte de Israel, em resposta a um bombardeamento com drones à porta de um hospital no sul do Líbano, que matou uma pessoa e feriu outras.

Até hoje, o grupo libanês reivindicou um total de dez ataques contra o Estado hebreu.

A fronteira israelo-libanesa está a viver o seu maior momento de tensão desde 2006, com uma intensa troca de tiros desde outubro, que já matou mais de 430 pessoas, na sua maioria do lado libanês e nas fileiras do Hezbollah, que confirmou 295 baixas entre os seus combatentes, alguns dos quais na Síria.

Em Israel, o conflito provocou a morte a 23 pessoas: 13 militares e dez civis.

Ataques híbridos. Polónia restringe circulação a diplomatas russos

© iStock
Por Lusa  27/05/24 
A Polónia vai impor restrições de circulação no país a diplomatas russos devido ao envolvimento da Rússia numa guerra híbrida contra Varsóvia e a União Europeia (UE), anunciou hoje a diplomacia polaca.

"Acabo de anunciar a decisão da Polónia relativamente ao envolvimento do Estado russo numa guerra híbrida contra a UE, incluindo a Polónia", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros polaco, Radoslaw Sikorski, em Bruxelas.

"Isto implica restrições à circulação de diplomatas russos no nosso país", afirmou, citado pela agência francesa AFP.

A embaixada russa será em breve informada oficialmente da decisão, disse Sikorski numa conferência de imprensa em Bruxelas, onde os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE se reúnem hoje.

As restrições de circulação na Polónia, não se aplicarão ao embaixador da Rússia em Varsóvia, segundo o chefe da diplomacia polaca.

Citado pela agência noticiosa russa RIA Novosti, o embaixador da Rússia em Varsóvia, Sergei Andreyev, disse que ainda não tinha sido oficialmente informado das medidas tomadas.

Quando a decisão entrar em vigor, os funcionários da embaixada em Varsóvia não poderão sair da subdivisão administrativa da Mazóvia, onde se situa a capital polaca.

Os funcionários dos consulados só poderão deslocar-se dentro das respetivas regiões, disse Sikorski.

"Esperamos que outros [países] sigam o nosso exemplo", disse o ministro, citado pela agência espanhola EFE.

Sikorski afirmou que existem provas de que o Estado russo está envolvido na preparação de atos de sabotagem numa campanha à escala da UE.

"Na Polónia, um homem já foi detido por quase ter levado a cabo um ataque de sabotagem e já existem outros suspeitos. Esperamos que a Federação Russa entenda isto como um sinal de alerta muito sério", disse.

Sikorski aludiu também a um recente aumento do número de chegadas de migrantes e requerentes de asilo à fronteira polaco-bielorrussa, que Varsóvia descreve como um ato de "guerra híbrida" por parte da Bielorrússia, aliada de Moscovo.

O chefe da diplomacia da Estónia, Margus Tsahkna, também alertou em Bruxelas sobre as "provocações da Rússia".

"A Rússia está apenas a tentar testar os nossos limites e a jogar com os nossos medos, o medo de uma escalada" do conflito em curso com a Ucrânia, afirmou à agência francesa AFP.

Há dois meses, a Estónia sofreu "o maior ciberataque da sua história", quando três mil milhões de "pedidos ilegais" entraram no servidor do Governo em menos de quatro horas, disse Tsahkna.

Na Estónia, 98% dos procedimentos administrativos são executados 'online'.

Tsahkna disse que a Estónia conseguiu resolver o problema, mas insistiu que a UE tem de reagir e adotar novas sanções face aos múltiplos ataques híbridos da Rússia.

No final de abril, e já em plena contagem decrescente para as eleições europeias de junho, a França, a Alemanha e a Polónia apelaram para medidas mais fortes contra as operações de desinformação russas na UE.

Os chamados ataques híbridos visam muitas vezes as infraestruturas críticas de um país através da manipulação informática, mas também podem consistir em campanhas de desinformação através das redes sociais.


Leia Também: A Rússia prometeu hoje tomar medidas de retaliação contra a Polónia por ter decidido impor restrições de circulação aos diplomatas russos no país, alegando o envolvimento de Moscovo em guerra híbrida.  

Leia Também: Rússia vai retirar talibãs da lista de grupos terroristas 


O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, participou em Moroni, União das Comores, da cerimónia de investidura de Azali Assoumani, Presidente reeleito da República Federal Islâmica das Comores.

A cerimónia decorreu no Estádio Polidesportivo de Malouzine e contou ainda com a presença dos Chefes de Estados de Angola, da República do Congo, Moçambique e Madagascar.      🇬🇼🇰🇲

 Presidência da República da Guiné-Bissau

POPULAÇÃO DE GANADU, NA GUINÉ BISSAU; KUMA?

 


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domingo, 26 de maio de 2024

Um exercício militar "em grande escala" envolvendo os exércitos do Níger, Mali, Burkina Faso, Chade e Togo está a decorrer desde o início da semana no oeste do Níger, anunciou hoje o Ministério da Defesa do Níger.

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Por Lusa  26/05/24
 Países da Aliança dos Estados do Sahel realizam exercício militar no Níger
Um exercício militar "em grande escala" envolvendo os exércitos do Níger, Mali, Burkina Faso, Chade e Togo está a decorrer desde o início da semana no oeste do Níger, anunciou hoje o Ministério da Defesa do Níger.


Na região, junto à fronteira com o Mali, com forte presença de grupos extremistas islâmicos, está a decorrer desde segunda-feira um "exercício nacional de grande envergadura no centro de formação das forças especiais" em Tillia, indicou o ministério num comunicado de imprensa.

O exercício, que resulta de uma "parceria militar entre o Níger e países amigos como o Mali, Burkina Faso, Togo e Chade", inclui "manobras táticas" e "iniciativas para reforçar os laços com a população local", explicou o ministério.

Trata-se das primeiras manobras militares conjuntas do género entre os cinco países, todos eles confrontados com diferentes graus de violência de grupos armados extremistas islâmicos.

O Togo é um dos países da África Ocidental que adotaram um tom mais conciliatório com os regimes militares que chegaram ao poder através de golpes de Estado no Mali, Burkina Faso e Níger.

No início deste ano, estes três países abandonaram a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para formar a sua própria organização, a Aliança dos Estados do Sahel (AES), e anunciaram, em março, a criação de uma força militar conjunta.

Virando as costas aos seus parceiros tradicionais, nomeadamente a França, a antiga potência colonial, este grupo de países reforçou os seus laços com a Rússia.

O exercício, que termina a 3 de junho, é realizado "com o objetivo de reforçar as capacidades operacionais" e "a resiliência das forças armadas da AES face às ameaças potenciais", explicou o ministério.

O Centro de Treino das Forças Especiais de Tillia, que acolhe o exercício, foi financiado pela Alemanha e está operacional desde julho de 2021, perto da fronteira com o Mali, palco de ataques recorrentes e mortíferos de grupos filiados no grupo Estado Islâmico e na Al-Qaeda.

Foi nesta mesma região de Tillia que 141 civis foram massacrados em 21 de março de 2021 por supostos extremistas em vários ataques a várias aldeias.

Em setembro de 2022, os Estados Unidos forneceram ao Centro de Tillia equipamentos militares no valor de 13 milhões de dólares (12 milhões de euros), constituído principalmente por vários tipos de veículos, incluindo veículos blindados.

Desde então, o Níger, onde um regime militar tomou o poder em julho de 2023, denunciou os acordos militares com Washington e exigiu que as tropas norte-americanas abandonassem o país até 15 de setembro.

Leia Também: Mali, Burkina Faso e Níger com 7,5 milhões em insegurança alimentar grave