terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Gâmbia: Perdão presidencial para 174 presos de delito comum

O Presidente da Gâmbia, Adama Barro, indultou 174 reclusos que tinham sido encarcerados pelo seu antecessor Yahya Jammeh, disse hoje uma fonte penitenciária à agência France Press (AFP), em Banjul.

Usando dos seus poderes presidenciais, Barrow concedeu perdão a 174 prisioneiros, todos reclusos de delito comum, precisou a mesma fonte à AFP.

O perdão presidencial foi conferido no passado sábado e todos os presos abrangidos pela medida de clemência já se juntaram aos seus familiares.

Entre os beneficiados pelo perdão presidencial estão também reclusos de nacionalidade senegalesa, revelou uma outra fonte dos serviços prisionais.

Da lista de mais de 174 prisioneiros indultados estão também 12 mulheres.

O indulto presidencial coincidiu com 18 de fevereiro, data de aniversário da independência desta ex-colónia inglesa encravada no Senegal, com exceção da sua costa marítima.

Barow já havia libertado várias pessoas que foram presas pelo regime de Yahya Jammeh que dirigiu o país durante 22 anos com "mão de ferro".

No seu discurso de 18 de fevereiro, Barrow prometeu libertar todos os presos que permaneciam detidos sem terem sido sujeitos a julgamento.

Yahya Jammeh, que contesta a vitória de Barrow nas eleições de dezembro, largou o poder na Gâmbia a 21 de janeiro último e refugiou-se na Guiné Equatorial.

Por Lusa

Presidente do Zimbabué diz-se admirador da política de Donald Trump

O Presidente do Zimbabué, Robert Mugabe, que completa hoje 93 anos, disse que é um admirador da política "America first" (América primeiro) do seu homólogo norte-americano, Donald Trump, conferindo que referindo que soa como os seus próprios pensamentos.


Mugabe, um dos líderes que há mais tempo está no poder, falou hoje sobre Donald Trump durante uma entrevista a propósito da passagem do 93.º aniversário.

"Quando se trata de Donald Trump, por um lado falamos do nacionalismo norte-americano, América para a América, América para os americanos, sobre isso concordamos. Zimbabué para os zimbabueanos", declarou Robert Mugabe.

O líder zimbabueano já defendeu anteriormente Trump, dizendo mesmo que não queria que a candidata democrata Hillary Clinton ganhasse as eleições do ano passado.

O Presidente do Zimbabué disse esperar que o Governo de Trump retire as sanções impostas ao Zimbabué há mais de uma década por alegados abusos de direitos humanos e por irregularidades eleitorais.

Todavia, Mugabe questionou o plano de Trump de construir um muro na fronteira com o México.

"Parece bastante desagradável. Eu não sei como os mexicanos irão pagá-lo. Eu pensei que os norte-americanos amassem o México. Não sei, dê-lhe tempo, pode melhorar as suas políticas", referiu.

Uma grande festa está agendada para sábado em homenagem a Mugabe, que exerce o cargo de Presidente desde 1987, depois de entre 1980 e 1987 ter sido primeiro-ministro. O Zimbabué ascendeu à independência em 1980.

Mugabe anunciou que vai concorrer novamente ao cargo nas eleições do próximo ano.

Durante a entrevista, Mugabe elogiou a mulher, Grace Mugabe, referindo que está sempre pronta para sair em sua defesa, sendo experiente, uma personagem forte e muito aceite pelo povo.

A ascensão política da mulher do Presidente zimbabueano tem sido uma fonte de consternação para as figuras da oposição, bem como para membros do partido do Governo (ZANU-PF), que suspeita que a primeira-dama está a posicionar-se para ocupar uma posição mais importante no Governo.

NAOM

NOTA À IMPRENSA


BAMBADINCA: A VILA ILUMINADA

Noutros países da África Ocidental os geradores são um problema ambiental. Na Guiné-Bissau não. Apenas 5,1% da população tem dinheiro para ter um gerador.
Na Guiné-Bissau, uma organização não governamental portuguesa construiu uma central fotovoltaica capaz de fornecer eletricidade a oito mil pessoas.

Num país onde a natureza é o maior tesouro, a utilização de energia limpa, do sol, é o modelo a replicar, dizem especialistas de várias áreas. O governo, porém, parece não ouvir. A cerca de cem quilómetros, quer desmatar uma floresta protegida para construir uma central termoelétrica, colocando em risco a maior reserva de água doce do país.

São seis da tarde e o sol desaparece em Bambadinca. Ao longe, um homem avança por uma picada de terra vermelha. Vai de chinelos e veste uma buba azul-bebé. O tecido largo flutua-lhe em volta como um pedaço de céu soprado, um rasgo de luz agora que a penumbra começa a espalhar-se sobre as pessoas e animais, sobre os autocarros apinhados, a confusão de táxis e carroças, motos e vendedoras de fritos, sobre as nuvens de pó e música, o troar dos motores e todo o vaivém de crianças e adultos no comércio de beira de estrada.

A 120 quilómetros de Bissau, Bambadinca é uma vila com oito mil pessoas no cruzamento entre uma estrada de alcatrão esburacado e uma estrada de terra batida.
Latas de leite em pó e conservas, pacotes de bolachas e sacos de farinha, café, margarinas, óleos – tudo em torres do chão ao teto, cada pequena loja com a sua lâmpada única a oscilar do teto na ponta do fio, quase sempre fraca, quase sempre a espalhar mais sombras do que claridade.

Na região de Bafatá, 120 quilómetros a leste da capital Bissau, Bambadinca é um cruzamento com oito mil pessoas. Literalmente: Bambadinca irradia do cruzamento entre uma estrada de alcatrão esburacado e uma estrada de terra batida, como as que cruzam a maior parte do país – em volta, acumulam-se as casas de adobe com telhados de zinco e pequenos alpendres onde as famílias se sentam a descansar e a conviver, por vezes a cozinhar e a rezar.

Nos primeiros dias de dezembro, as temperaturas já deviam ter reduzido, mas o calor abafa. Várias mulheres da família de Abulai Bilai estão sentadas à porta das duas casas partilhadas pelo agregado de mais de uma dúzia de pessoas. Uma das mulheres, muito jovem, amamenta um bebé. Há crianças a jogar futebol e gritos de felicidade por causa de uma bicicleta, vários miúdos empilhados em cima e constantemente a cair em volta. As gargalhadas ecoam, mas Abulai Bilai não sorri.

Centro Comunitário, noite de sexta-feira, novela brasileira na televisão. As ruas em redor estariam às escuras não fosse a luz projetada das janelas abertas.
Abulai é inspetor de educação, um funcionário público em topo de carreira. Há dez anos que ganha o mesmo: 65 mil francos CFA. São sessenta euros. O dobro do salário mínimo nacional. Mas a dividir por um agregado de 14 pessoas em que apenas duas são assalariadas. E num país onde o próprio Estado se atrasa regularmente nos pagamentos. Agora, por exemplo, vamos no nono dia de dezembro e Abulai ainda não recebeu novembro.

«Considerava ser classe média se o meu salário chegasse a meio do mês», explica zangado. Não chega. E as contas estão feitas: para sobreviver do salário, teria de ganhar pelo menos 114 mil francos CFA – 105 euros. «Pelo menos», repete ele. Ele que, além da mulher e dos filhos, tem a cargo os filhos órfãos de uma irmã. Um agregado a que se junta um irmão com um segundo salário mas também a sua mulher e filhos. Na Guiné é raro um trabalhador viver de apenas um salário.

Normalmente, cada assalariado tem vários empregos e cada família diferentes fontes de rendimento, em diferentes tabuleiros da economia, nomeadamente a paralela, que é a primeira economia nacional. Na família de Abulai, até há pouco, as mulheres cozinhavam para fora. Deixou de ser rentável. Ficaram os salários. E cortaram- se custos. É por isso que a família tem contador e acesso à rede elétrica mas raramente tem eletricidade. «Não temos estofo para manter a luz acesa. Temos um frigorífico, mas não funciona há três meses – está desligado. Não podemos.» Sem eletrodomésticos, Abulai diz que pagaria 41 mil CFA mensais – são mais de 62 euros apenas em lâmpadas acesas.

Na casa de Abulai Bilai, a família tem contador e acesso à rede elétrica mas raramente tem eletricidade. Não há dinheiro. «Temos um frigorífico desligado há três meses».
HÁ MUITO QUE SE CONHECE O PAPEL da eletricidade no crescimento dos países. Mais recentemente, o seu papel na luta contra a exclusão e a pobreza das famílias começou também a ser reconhecido. Mas a eletricidade é um problema na Guiné-Bissau. Em crioulo diz-se «lus bai, lus bin». «Luz vai, luz vem.» Na Guiné-Bissau, a eletricidade é um bem caro e escasso. Onde existe, é também um imponderável: mesmo em Bissau, onde vive um quarto dos menos de dois milhões de habitantes do país, raramente são asseguradas 24 horas de energia. Num momento há luz, no seguinte não.
«Lus bai, lus bin». «Luz vai, luz vem», em crioulo. A eletricidade é escassa e pouco fiável. Quase todos os dias as lâmpadas se apagam.
«Lus bai, lus bin», porque quase todos os dias as lâmpadas se apagam, os computadores e os frigoríficos se desligam, as ventoinhas e os ares condicionados deixam de funcionar e os rooters de internet cortam ligação ao mundo. A não ser que haja um gerador a postos, a encher o ar de fumos e ruído enquanto queima gasóleo. Noutros países de África Ocidental os geradores são um problema ambiental, na Guiné-Bissau não. Na Guiné-Bissau estima-se que 65% da população viva abaixo do limiar de pobreza – os geradores ficam ao alcance de poucos, apenas 5,1% da população. Na Guiné-Bissau, a maioria simplesmente não tem energia elétrica – usa velas e pilhas, cozinha a lenha e a carvão.

Na verdade, na Guiné-Bissau, não há sequer uma verdadeira rede pública de eletricidade – há diferentes soluções regionais. Ao contrário do que acontece no vizinho Senegal, por exemplo, não existe também uma política energética para as zonas rurais.

Estima-se que entre 1970 e 1990 os programas de eletrificação de zonas rurais tenham levado eletricidade a cerca de oitocentos milhões de pessoas em todo o mundo. Ainda assim, dois mil milhões foram deixados para trás. Entre eles, grande parte dos guineenses. Até 2013, estima-se que a rede elétrica chegasse a apenas 21% da população – 6% nas zonas rurais, 37% nas urbanas. Apenas o ano de 2015 trouxe melhorias a este quadro [ver caixa].

FOI PRECISAMENTE ATÉ ESSE ANO que Luís Vaz Martins presidiu à Liga Guineense dos Direitos Humanos. «Não encontro sociedade alguma que se tenha desenvolvido sem energia. Com energia consegue-se acesso a água de melhor qualidade, conservam-se melhor alimentos e medicamentos, facilita-se a transformação de produtos agrícolas para consumo doméstico e exportação. Sem energia não há investimento privado, muito menos industrialização», diz o especialista. Foi o tipo de temas que a ONGD portuguesa Tese foi buscar para a promoção do seu Bambadinca Sta Claro, uma iniciativa pioneira de energias renováveis que levou à construção da primeira central fotovoltaica da Guiné-Bissau, em 2011.

A microrrede de 1248 painéis solares ficou conclu´´ida em 2015. Custou dois milhões de euros, geridos pela Tese, uma ONGD portuguesa.
A expressão significa «Bambadinca está iluminada» – iluminada com energia limpa, do sol, através de uma microrrede de 1248 painéis. O projeto foi concluído em 2015, quando o Serviço Comunitário de Energia de Bambadinca foi inaugurado e a Tese o passou à gestão da comunidade. As autoridades locais receberam pronta uma central de dois milhões de euros custeada a fundo perdido pela União Europeia, a Cooperação Portuguesa e as Nações Unidas – teve ainda apoio da Direção-Geral de Energia portuguesa, da ONG guineense Divutec, da Universidade de Lisboa e dos ateliers de arquitetura Pedro Novo e AP.art.

Bambadinca não vinha assim da escuridão mas quase: entre 1983 e 2006 estivera ligada à central de Bafatá, em 2006 esses geradores deixaram de funcionar e a única solução passou a ser a ligação à cidade de Badora, com custos que praticamente ninguém podia suportar. Com a chegada da Tese ao terreno os problemas avolumaram-se: uma mãe contabilizava seis velas diárias para os filhos estudarem; um carpinteiro dizia que em pleno século xxi usar apenas plainas de mão era «como trabalhar num buraco».

Nessa altura, a população desconhecia que tipo de condições viria a ter com a sua central. Mas pouco depois havia já planos em ação: uma mulher decidira comprar um frigorífico e montar um negócio de sorvetes e água fresca – com o lucro previa pagar a eletricidade para os filhos estudarem, a televisão com que lhes mostraria mundo e as ventoinhas com que afastaria os mosquitos, portadores de doenças. Esta mãe chama- se Dilan Fati. É uma das duas mulheres de Abibu Fati, um motorista profissional, responsável sindical da região.
Dilan Fati montou um negócio de sorvetes e água fresca. Com o lucro paga a eletricidade para os filhos estudarem.
Aos 51 anos, Abibu tem um salário de 62 mil CFA, 94,5 euros. A casa da sua família tem dois frigoríficos, uma ventoinha e sete lâmpadas. Com tudo a funcionar todos os dias diz que pagaria um salário. Como Abulai, o inspetor de educação, queixa-se do que considera custos demasiado elevados. É como ter um supermercado de luxo na zona, dizem: «Ficávamos contentes, mas não podíamos pagar.»

Abibu faz contas aos pequenos sorvetes de sumo de cabaceira: cada um rende cem francos (um cêntimo) – o mesmo que pequenas lojas por todo o lado cobram para carregar um telemóvel. Normalmente, serão 1500 a 2000 CFA (dois a três euros) de rendimento mensal. Em dezembro será menos: aqui o consumo energético é pré-pago; carregam-se cartões para inserir no contador – há três dias que a central tem um problema de software, há três dias que a família de Abibu está sem eletricidade.

É noite quando chegamos à central, um pequeno edifício pintado de verde-garrafa e um descampado com os 1248 painéis que, durante o dia, recolhem e transformam a energia solar. Dja Seidi, o responsável, recebe- nos no alpendre iluminado por uma lâmpada fluorescente branca. Em volta uma nuvem de mosquitos ferozes. «As pessoas esquecem-se de que o papel do Estado seria garantir a energia que esta central produz», diz quando confrontado com a insatisfação popular. «E que nesta região têm de pagar o custo total da eletricidade.»

Bambadinca não vinha assim da escuridão mas quase: entre 1983 e 2006 estivera ligada à central de Bafatá, em 2006 esses geradores deixaram de funcionar e a única solução passou a ser a ligação à cidade de Badora, com custos que praticamente ninguém podia suportar.
É que em Bambadinca, ao contrário do que acontece em Bissau, o Estado não comparticipa custos. O que faz uma população já com menos dinheiro pagar mais pelos serviços. E a assimetria é grande. Malam Biai, que nasceu e cresceu em Bambadinca e é operador de câmara da RTP em Bissau, diz que, na capital, tem ar condicionado e, mesmo assim paga apenas 20 mil CFA (30 euros) mensais – metade do que Abulai Bilai diz que gastaria em apenas iluminação.

«A gestão da eletricidade na Guiné é muito política», diz Sara Dourado. A responsável pelo setor energético da Tese não se surpreende com as reclamações em Bambadinca. Correspondem a um problema de «gestão de expetativas». E os números parecem dar-lhe razão.
Com eletricidade em Bambadinca, as pessas reúnem-se à noite e é mais seguro circular nas estradas.
Em Bambadinca, 650 famílias têm hoje contador – dez vezes mais do que as 65 famílias de antes da construção da central.Mas é difícil estimar quantas usam energia regularmente – os valores são demasiado flutuantes, oscilando à medida dos rendimentos sazonais da zona.

Depois da época do arroz, a época das chuvas é sempre de carência e as famílias entram em contenção. Já na época do caju, quando há mais dinheiro a circular, os consumos sobem. As vendas aumentam também, por exemplo, às segundas-feiras, dia de mercado.


É SEXTA-FEIRA E MALAM abre caminho até ao centro comunitário onde dezenas de habitantes assistem a uma novela brasileira. As ruas são estreitas e de terra batida. Estariam às escuras se não fosse a luz das lojas que agora ficam abertas até à meia-noite. Isso já torna a vida melhor, nomeadamente para as mulheres, que antes recolhiam mais cedo. Mas essa parece ser uma memória distante. A população agora quer mais.

É no edifício da central que se carregam os cartões pré-pagos que se inserem depois nos contadores de eletricidade nas casas. Quando o software vai abaixo, não se carrega o cartão. E não há luz.
«As pessoas estão revoltadas», diz o líder comunitário Mamadou Iero Ba. Em Bambadinca, a chegada deste homem é uma visão – quando tudo em volta é noite e gente a caminhar entre o pó, a sua moto cromada parece um luxo. Ele diz que é «apenas um homem à procura de diálogo». Que parece surpreendido quando lhe perguntamos se as reivindicações não deveriam dirigir—se ao governo.


Mamadou não parece ciente de a sua vila ser hoje vista como o modelo a replicar por todo o país. Bambadinca é, neste momento, talvez o único sítio do país com 24 horas de luz por dia. Assim encontre a população meios para a pagar. Mas isso a central não pode resolver. Agora, por exemplo, são oito da noite. Estamos sentados junto à casa de Abibu e continuamos a ouvi-lo, mas deixámos de tomar notas – já não se vê para escrever.

Noticiasmagazine.pt

Guiné-Conacri: Escolas abrem quarta-feira sob alta tensão

Polícias e manifestantes nas ruas de Conacri, no dia 20 de Fevereiro de 2017.
As escolas vão abrir novamente na Guiné-Conacri, isto após 13 dias de greves dos professores. O acordo foi assinado na segunda-feira 20 de Fevereiro, no dia em que morreram cinco manifestantes.

A greve dos professores na Guiné-Conacri parece ter chegado ao fim. A greve está suspensa, por enquanto, e as escolas vão abrir nesta quarta-feira 22 de Fevereiro. O movimento dos professores chegou a 13 dias de greve.

No entanto a abertura das escolas vai decorrer debaixo de uma forte tensão visto que na segunda-feira, decorreram várias manifestações que foram reprimidas pela polícia por não terem sido autorizadas.

Durante os desacatos, nos subúrbios de Conacri, em Gbessia, três pessoas morreram, todas mortas por tiros, segundo uma fonte do hospital Ignace Deen, para onde foram encaminhados os corpos. Num outro bairro da capital guineense, Hamdalaye, duas outras pessoas foram encontradas mortas, e também houve 30 feridos entre civis e forças de segurança.

Por Marco Martins/RFI

Greve na Rádiodifusão Nacional da Guiné-Bissau em vias de suspensão

Rádiodifusão Nacional da Guiné-Bissau
Anunciada há dias, a greve dos trabalhadores da Rádiodifusão Nacional da Guiné-Bissau que devia começar hoje e durar quatro dias, afinal está em vias de ser suspensa. Ao cabo de contactos esta manhã entre a comissão de greve e o Ministro guineense da Comunicação Social, Vítor Pereira, os grevistas obtiveram o pagamento imediato de um subsídio que tinha sido recentemente retirado do ordenado dos trabalhadores da emissora estatal.  

Ao referir que o governo desbloqueou a verba de 10 milhões de francos CFA (um pouco mais de 15 mil Euros) para o pagamento dos subsídios dos trabalhadores da radio estatal, Bacar Tcherno Dole, presidente da comissão de greve indica que vai ser votada a suspensão da greve. 

Questionado sobre as explicações dadas pelo governo quanto à repentina supressão do referido subsídio, o sindicalista considera que se tratou de "um mal-entendido" e embora reconheça que existem ainda outras dívidas de cerca de 97 milhões de Francos CFA (um pouco mais de 147 milhões de Euros) de salários e subsídios por pagar, Bacar Tcherno Dole declara que "os funcionários da Rádiodifusão Nacional tentam ressalvar esta situação, dada a dificuldade em que o país se encontra".

Aludindo ainda à situação do jornalista da rádio estatal Mamadú Baldé Vieira que se via impossibilitado de prosseguir o seu tratamento médico devido à supressão do referido subsídio, colocando em sério risco a sua saúde, o presidente da comissão de greve refere que o colega está melhor graças à mobilização do sindicato dos trabalhadores da rádio, encontrando-se actualmente fora de perigo. 

RFI/Liliana Henriques

NENHUM RESPONSÁVEL GOVERNATIVO QUE FOI DEMITIDO TEM O DIREITO DE TENTAR DESACREDITAR AS INSTITUIÇÕES DO ESTADO, NUMA LÓGICA DE POLITICA DE TERRA QUEIMADA

QUANDO O RESPONSÁVEL DE UMA ENTIDADE COMO A INTERPOL, QUE DEVIA SER ISENTO E OBJECTIVO LANÇA SUSPEIÇÕES E INSINUAÇÕES EM LUGAR DE ESCLAREC ER A OPINIÃO PÚBLICA NÃO DEIXA DE SER SINTOMÁTICO. SERÁ POR INCOMPETÊNCIA? INCAPACIDADE? TENDÊNCIAS?

Para nós que não somos especialistas na matéria pensávamos que um Responsável de uma Organização intercontinental e mundial, devia ser no mínimo isento, equidistante, independente e nunca envolver-se em retóricas incendiárias, tomando partido numa luta política, consequência de acções de TERRA QUEIMADA. UMA PENA.

Como leigos, a nossa leitura é que a intervenção do Responsável guineense da INTERPOL devia ser, no mínimo, esclarecedora, não deixando duvidas que mentes corruptos e gananciosos pudessem aproveitar pela suspeições numa escalada aterrador contra a Republica e pátria guineense.

Não será que dentre as atribuições deste senhor constem a investigação do crime transnacional?

Será que estas declarações com na base da suspeita não podem prejudicar as investigações?

Ou será uma simples desculpa para não fazer o seu trabalho?

Ou será uma estratégia concertada?

Parece coincidência a mais, que as simples preocupações do responsável da INTERPOL ocorram no mesmo dia que o mesmo género de discurso irresponsável de DSP:

http://pt.rfi.fr/guine-bissau/20170220-droga-novamente-em-questao-na-guine-bissau

Publicada por Ditadura do Progresso

PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DOS RETALHISTAS ACUSA AGENTES DE ALFANDEGAS NO DESVIO DE CONTENTORES DE TRINTA TONELADAS

Não dá para acreditar mesmo. Mas tudo aponta que supostamente quer sim.

Dois contentores de produtos, contendo trinta toneladas foram esvaziados pelos agentes dos serviços das Alfândegas, alegadamente por existir um despacho viciado.

O acto ocorreu na semana passada, nos arredores do Aeroporto Internacional “Osvaldo Vieira, envolvendo três elementos da Guarda-fiscal sob comando de Fernando Cá e os produtos desapareceram. 

A prática foi denunciada terça-feira em Bissau, durante a conferência de imprensa realizada pelo presidente da Associaç”ão dos Retalhistas dos Mercados da Guiné-Bissau, Aliu Seide.
De acordo com Aliu Candé os agentes em causa foram suspensos pelos seus responsáveis máximo perante o ministro do Estado e do Interior.
“Os agentes foram ao aeroporto de Bissau não encontraram os proprietários dos camiões carregados de contentores, violaram os contentores, transferiram os produtos num “ Canter” e levaram-os para Safim, sem conhecimentos dos seus próprios responsáveis. Que tipo de pais é este!?”, Questionou Aliu Seide.

Seide ameaça disparar os preços dos produtos da primeira necessidade no mercado nacional, caso haja qualquer aumento por parte do Governo, na sequência do acordo firmado com Associação de “lugateres”, em pagar as taxas de sete milhões de francas cfa de despacho.

Notabanca

REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU MINISTÉRIO DO TURISMO E DO ARTESANATO DIRECÇÃO DE SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO E MARKETING


sempre alertamos que a Lusa deixou-se capturar pela máfia lusófona, e faz exatamente o que os chefes mafiosos mandam fazer, ultimamente tem intensificado uma campanha de desinformação e intoxicação da opinião pública com o propósito de denegrir a imagem do país e dos seus dirigentes. Felizmente, existem sites e blogues guineenses para contraria a campanha suja de desinformação  levada a cabo por este órgão ao serviço da máfia. Recentemente a Lusa adaptou um estudo realizado em Moçambique à Guiné-Bissau(ver noticia), mas como  a mentira tem pernas curtas conseguimos descobrir a falsidade e repomos a verdade dos factos.     


                                    Nota de Imprensa

O Ministério do Turismo e do Artesanato vem manifestar o seu total inconformismo sobre o surpreendente artigo publicado no site da agência lusa, esta manhã, sobre um incidente ocorrido no dia 19 de mês em curso, com um grupo de dois (2) Portugueses nas Ilhas Bijagós.

Artigo este, visa essencialmente denigrir a imagem do turismo guineense, pondo assim em causa todos os esforços que estão a ser feitos e com grandes frutos com vista a alavancar o sector turístico e transforma-lo num verdadeiro vector de desenvolvimento económico do país.

No entanto, tendo em conta a gravidade do referido artigo, o Ministério acha por bem, trazer o assunto em epígrafe ao conhecimento do público em geral. Tal incidente ocorreu da seguinte forma:

1. Dois (2) Portugueses deslocaram-se a Ilha de Orango, concretamente a lagoa de Aghor num barco particular sem equipamentos de segurança, sem um aviso prévio a capitania dos portos e sem combustível suficiente, sendo o proprietário do mesmo um individuo de nacionalidade Portuguesa;

2. No regresso à Bissau, acabou o combustível no meio do mar e no período da noite, os mesmos contactaram a capitania para solicitar o socorro, e esta por sua vez accionou o barco de IBAP (Instituto com a qual mantém uma parceria), devido ao facto do barco da Capitania dos Portos se encontrar em processo de reparação. Como era noite o Barco do IBAP teve algumas dificuldades em localizá-los mas mesmo assim, foi possível encontra-los já no período de madrugada, resgatando-os.

3. Devido a esse acontecimento, em que o Ministério do Turismo nada tem haver e nem teve nenhuma intervenção, porque foi uma pura aventura por parte dos mesmos, o Ministério foi surpreendido com um artigo publicado no site da Agencia Lusa (Artigo em anexo), a denegrir a imagem do turismo Guineense e do actual executivo pondo em causa todos os esforços que estão a ser feitos e com grandes frutos para a promoção do turismo Nacional. Achamos por bem trazer o assunto em epígrafe ao conhecimento do público em geral.

 Ainda o Mistério do Turismo o do Artesanato recomenda a quem chega a Bissau, que se aconselhe no balcão do Turismo, sito no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, nas chegadas, a fim de se evitar estas situações.

O Diretor de Serviços
___________________________
Umaro Baldé 

C/C

Ministro do Turismo e do Artesanato 

Bambaramdipadida

Bill Gates alerta: mundo deve se preparar para uma pandemia

Bill Gates, copresidente da Fundação Bill & Melinda Gates, em Munique, no dia 18 de fevereiro de 2017
A comunidade internacional deve se dar conta de que tem que se preparar para uma pandemia, disse neste sábado Bill Gates, fundador da Microsoft, na Conferência de Segurança em Munique.

Tomando como exemplo a epidemia do ebola na África Ocidental em 2014 e 2015, a gripe espanhola em 1918 e mencionando a possível invenção de um vírus com fins "terroristas", Gates considerou "possível" uma catástrofe em nível mundial.

Segundo o empresário americano, as guerras e os movimentos de agitação caminham lado a lado com as doenças e são mais propensos a provocar uma pandemia.

"Que apareçam na natureza ou pelas mãos de um terrorista, os epidemiologistas dizem que uma doença transmitida pelo ar que se propagam rapidamente pode matar 30 milhões de pessoas em menos de um ano", explicou Gates durante esta reunião anual de responsáveis da diplomacia mundial.

"As zonas de guerra e outros cenários são os lugares mais difíceis para eliminar as epidemias", assegurou.

Gates disse que é "bastante provável" que o mundo viva uma epidemia assim nos "próximos 10 ou 15 anos". "Para lutar contra as pandemias globais, também se deve lutar contra a pobreza... É por isso que corremos o risco de ignorar a relação entre segurança de saúde e segurança internacional".

Bill Gates, que fez sua fortuna com a empresa de software Microsoft e agora destina milhões de dólares para a filantropia, pediu que os Estados invistam na pesquisa para desenvolver tecnologias capazes de criar vacinas em poucos meses.

E lembrou que a maioria das medidas de controle necessárias são as que os governos realizaram para fazer frente a um ataque biológico terrorista.

"O custo global na preparação diante de uma pandemia está estimado em 3,4 bilhões de dólares por ano. A perda anual que uma pandemia provocaria poderia alcançar os 570 bilhões", afirmou.

Br.noticias.yahoo.com

ATÉ QUANDO VAMOS ADIAR O FUTURO DO NOSSO MARAVILHOSO PAÍS? ATÉ O PAIGC DESAPARECER DA CENA POLÍTICA

Um mero olhar sobre os acontecimentos do país é notório que estamos longe de ser um país normal, onde os guineenses gozam os seus direitos de forma plena e têm a liberdade de fazer as suas escolhas. É bom que se diga que a insana ambição declarada de alguns guineenses, particularmente os PAIGCWOOD, em reduzir o esforço dos guineenses à insignificância, propalando a ideia segundo a qual os indivíduos que têm opinião contrária ao regime ditatorial do PAIGCWOOD ou do seu líder, são  inimigos  e devem ser aniquilados.

É preciso que se compreenda que a diversidade é um fator que enriquece uma sociedade, um partido político ou um país. E os que pensam de modo diferente não são, de modo algum, inimigos. Porém, infelizmente alguns guineenses ainda não compreenderam isso. Não deveria haver dúvidas que as posições que assumimos são parte fundamental do esforço coletivo de edificação desta pátria. Todos queremos uma nação justa e próspera. Uma nação em que ninguém tenha de ficar preocupado se a Justiça ou a Polícia virá defendê-lo ou condená-lo com base nas suas cores políticas.

Este comportamento, digamos demente, encontra fundamento na seguinte situação: grande parte dos guineenses cresceu ou foi criado debaixo da árvore do monopartidariíssimo; desde a infância, centenas de milhares de guineenses nutriram-se (e continuam a nutrir-se) de discursos demagógicos dos lideres falhados do PAIGCWOOD, segundo os quais quem tiver ideias diferentes é inimigo, está contra a falsa promessa de desenvolvimento que anunciaram  aos guineenses aquando da proclamação da independência do país em Madina do Boé , não pode ser patriota e deve ser veemente combatido.

Ontologicamente, por razões históricas, alguns guineenses acreditam que apenas um partido(PAIGCWOOD) tem o direito legítimo de conduzir a nau desta nação. É dentro dessa realidade que assistimos impávidos à partidarização do Aparelho do Estado, da sociedade  guineense e, consequentemente, resulta na intolerância política, para além de vermos atitudes como a do presidente da ANP, Jiló Cipriano Cassamá e DSP pseudolíder do PAIGCWOOD .

Depois da independência, o PAIGC sequestrou a Guiné-Bissau, considerou-se dono e senhor do país, alegando motivos de ter sido o libertador do povo, como se isso fosse a verdade absoluta e indiscutível. O PAIGC elegeu a independência como a sua única causa durante a luta da libertação e abandonou as outras subsequentes de maior importância para organização do estado de direito, com vista ao desenvolvimento, transformando-se num partido dos casos: intriga, corrupção, peculato, nepotismo, enriquecimento fácil e disputa desenfreada de lugares no governo ou nos altos cargos públicos.

O PAIGC nem sequer foi capaz de conservar, pelo menos, as infraestruturas e o património herdados da administração colonial, tudo se encontra na mais completa degradação. O PAIGC é tão incapaz até para resolver os problemas internos criados por ele mesmo. Senão, vejamos. A presente crise no país teve origem no seu seio, devido às intrigas de que são especialistas os seus membros na disputa de poder, mas até ao momento ainda não conseguiu ultrapassá-la, mantendo a Guiné como refém dos interesses, meramente, partidários.

Por: Bambaram di Padida
Outras fontes: PAIGC, o sequestrador da Guiné-Bissau
Publicada por Bambaram di Padida 

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

FALTA DE JUSTIÇA SOCIAL NA GUINÉ-BISSAU PROVOCADA POR "PARTIDARIZAÇÃO" DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

A directora da Comissão da Voz de Paz – Iniciativa para a Conciliação da Paz na Guiné-Bissau, Filomena Mascarenhas, afirma que a partidarização da administração é o grande factor da injustiça social.

Filomena Mascarenhas que falava, esta segunda-feira (20/02/2017), numa entrevista exclusiva á Rádio Sol Mansi (RSM) no âmbito da comemoração do dia mundial para justiça social, sustenta ainda que na partidarização de a administração pública é onde se governa só pelos militantes empregados e promovidos sem mérito.

“Quando é assim não podes governar para todos pois a e a política salarial faz parte da reforma que deve ser feita”, alerta.

Na mesma entrevista á RSM, a directora da voz de paz denuncia que existem directores das empresas públicas que os seus rendimentos mensais podem pagar muitos ministros e existem certas categorias da profissão que são mais privilegiadas do que outra, “por exemplo no sector da justiça”.

Segundo Filomena, isso demonstra a desgovernação e outros aspectos que não são política salarial mas sim careira porque “enquanto nas forças armadas para chegar ao topo da carreira é necessário atingir trinta anos, no sector da justiça é apenas doze anos.

“Eles (da área da justiça) fazem leis em seus benefícios”, critica.

De acordo com ela, apesar de estarmos a viver numa desconfiança latente por questão politica “que não deixa ninguém tranquilo e tem a influência na nossa vida, a paz social depende de cada um de nós na forma como podemos contribuir de maneira positiva e tudo isso pode existir com exercício da cidadania responsável”. 

O dia mundial para justiça social serve para chamar atenção das pessoas numa acção conjunta sobre os direitos humanos. Neste dia os especialistas da ONU sobre direitos humanos pedem acção internacional para marcar o dia.

Segundo a declaração Universal dos direitos humanos todo o ser humano tem o direito a um padrão de vida que assegure serviços de saúde adequados e bem-estar.

Isso inclui acesso a comida, roupas, moradia e serviço sociais.

Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Braima Siga

Radiosolmansi

GOVERNO TOMORENSE DOA DUAS AMBULÂNCIAS AO MINISTÉRIO DE SAÚDE

O governo timorense, através da Agência de Cooperação entregou hoje (20 Fevereiro) duas (2) ambulâncias ao ministério da Saúde Pública guineense.

As referidas ambulâncias serão afectadas às estruturas de Saúde com enormes dificuldades de evacuação dos pacientes sobretudo, em situação de emergência.

Após a entrega, o ministro da Saúde Pública, Carlitos Barai, não escondeu a satisfação pelo apoio que o governo de Timor-Leste tem vindo a dar ao ministério, afirmando que “eu queria deixar aqui expresso o nosso profundo agradecimento por este gesto, são gestos que de factos chegam da parte de quem nos tem no coração e temos testemunhados gestos que o Timor-Leste tem feito para nosso país nos últimos tempos”, frisou.

Entretanto, o representante da Agência de Cooperação de Timor-Leste, Libório Pereira, disse esperar que com esta doação «vão contribuir na melhoria de condições de evacuação dos doentes aos centros mais qualificado e salvar a vida da população», diz.

Segundo o director executivo da Agencia de Cooperação de Timor-Leste a doação de duas ambulâncias deve-se ao engajamento assumido pelo seu país durante a mesa redonda de Bruxelas através do projecto “Terra Ranka”.

Por: Nautaran Marcos Có/ Marcelino Yambi
Radiosolmansi

Defesa de consumidores/ “A População da Guiné-Bissau deve apoiar ACOBES”, diz Presidente de ADECO/Cabo Verde

(ANG) – O Presidente da Associação para a Dedesa dos Consumidores de Cabo Verde (ADECO) defende a contribuição financeira dos guineenses e estrangeiros residentes no país, para que a Associação de Consumidores dos Bens e Serviços da Guiné-Bissau (ACOBES) possa cumprir a sua missão.

Antonio da Silva fez esta consideração numa palestra sob o tema:”O Direito e a Organização Internacionais que Defendem os Consumidores”. Fundamenta que, com essa contribuição a ACOBES será independente do Estado e mais activo na defesa dos direitos dos consumidores. 

Contudo, o Presidente da ADECO/Cabo Verde afirma que o Estado também deve criar um fundo para o apoio à esta entidade privada de utilidade pública, em prol da saúde e bem estar dos cidadãos e das pessoas residentes na Guiné-Bissau. 

Por outro lado, António Silva aconselha a ACOBES a filiar-se na Organização Internacional de Defesa dos Consumidores, dada as suas “grandes” vantagens, nomeadamente, na componente de formação. 

Por sua vez, O Presidente da Associação da Defesa dos Consumidores de Bens e Serviços da Guiné-Bissau , Fodé Sanhá, lamenta as “dificuldfades financeiras” com que se depara a ACOBES. 

Facto que, segundo as suas palavras, limita a actuação desta entidade na defesa dos direitos dos consumidores no país. 

A título de exemplo, refere que a Associação para a Defesa dos Consumidores de Cabo Verde recebe 10 mil Euros, por ano, do governo daquele país, o que, até agora não acontece na Guiné- Bissau. 

As Repúblicas da Guiné-Bissau e de Cabo Verde são membros da Organização Lusófona da Defesa dos Direitos dos Consumidores. 

O Presidente do Conselho Directivo da Associação para a Defesa dos Consumidores de Cabo Verde (ADECO) esteve em Bissau, onde tomou parte na Coferência dos Países da Língua Oficial Portuguesa e Timor Leste sobre o “Controlo Financeiro”. 

ANG/QC/SG

Ilhas Bijagós à mercê de traficantes de drogas


Aviso foi feito pelo director do Gabinete Central Nacional da Interpol na Guiné-Bissau

O director do Gabinete Central Nacional da Interpol na Guiné-Bissau alerta queosnarcotraficantes podem apoderar-se de uma das ilhas de arquipélagos da região de Bolama/Bijagós, no suldo país

Martinho Camará adianta que, até a data presente, a Guiné-Bissau é qualificada, apenas, como um país de trânsito e não de produção ou consumo, mas, com o tempo, o país pode vir a ser um mercado propício para o consumo.

A questão da segurança e a ausência da autoridade do Estado nas cerca de 90 ilhas que compõem o arquipélago dos Bijagós, muita das quais desabitadas, deixam a região vulnerável à actuação das redes de narcotraficantes que operam na Guiné-Bissau, enquanto um dos países de transito na áfrica Ocidental, de acordo com relatórios internacionais

É um perigo para a Guiné-Bissau e o mundo. Aliás, neste momento, a Guiné-Bissau não passa de um país de transito, mas pode vir a representar um espaço para consumo, sobretudo de droga tipo crack”, advertiu o director do Gabinete Central Nacional da Interpol na Guiné Bissau em entrevista a uma rádio local.

Martinho Camará revela que um dos indícios de movimentos suspeitos dos narcotraficantes “é a abundância de viaturas topo de gama nas estradas da capital guineense”.

Bissau foi palco recentemente de um encontro sobre a rota da cocaína em que participaram representantes de Cabo Verde, Senegal, Nigéria, Gana, Peru, Bolívia e Colômbia.

A entrevista de Camará acontece numa altura em que se multiplicam informações sobre o fluxo de aterragens suspeitas de avionetas no arquipélago dos bijagós.

Lassana Casamá
VOA

PAIGC - COMUNICADO

PARTIDO AFRICANO PARA A INDEPENDÊNCIA DA GUINÉ E CABO-VERDE
SECRETARIADO NACIONAL

Comunicado de Imprensa

O PAIGC desenvolveu uma intensa campanha diplomática junto às principais instâncias regionais, continental e internacional no sentido de os informar e alertar para as manobras do Senhor Presidente da República de não aplicar os Acordos de Bissau e de Conakry conforme discutido e acordado consensualmente entre todos os participantes presentes na capital da República irmã da Guiné sob a mediação sábia e inteligente do Professor Alpha Condé, Presidente da República da Guiné e Mediador para a crise política guineense designado pela CEDEAO.

O PAIGC acolheu com profunda satisfação as conclusões saídas das reuniões do Conselho de Paz e Segurança da União Africana que teve lugar em Addis Abeba, do Conselho de Segurança ocorrida na Sede das Nações Unidas em Nova York, e pelas várias declarações de muitos responsáveis de organismos da Comunidade Internacional, particularmente as do Presidente da Comissão da CEDEAO em visita de trabalho a Cabo Verde.

O PAIGC registou igualmente com bastante atenção o facto de todas estas instâncias ao nível continental e internacional darem razão ao posicionamento assumido pelo nosso Partido ao longo de todo este processo, na medida em que as conclusões vão na linha de posicionamento desde à primeira hora assumido pelo PAIGC e a sua Direção Nacional, sendo as mesmas bastante claras e não deixando nenhum espaço para outras manobras dilatórias, pois regista-se uma convergência de todas estas instâncias internacionais no sentido de que a crise política que afeta a Guiné-Bissau só poderá ser ultrapassada com a implementação integral do Acordo de Conakry.

Mesmo com esta constatação objetiva de toda a Comunidade Internacional o Senhor Presidente da República dá sinais de querer continuar a desafiar tudo e todos, numa deriva perigosa que pode conduzir o nosso país a uma situação que pode voltar a comprometer a paz e a estabilidade, apesar de devida e atempadamente alertado de que a única via para uma solução política deste impasse e paralisia a que o Senhor Presidente da República sujeitou a Guiné-Bissau é o da aplicação sem reservas ou subterfúgios do Acordo de Conakry.

Assim sendo, o PAIGC exige a imediata demissão do atual Governo e a nomeação sem demoras do camarada Augusto Olivais, nome consensual retido dentre as propostas levadas à capital da irmã Guiné Conakry pelo Presidente da República, e que abriria espaço para a aplicação dos restantes pontos acordados no âmbito do Acordo de Conakry.

O PAIGC reserva-se ao direito de imputar todas as responsabilidades ao Senhor José Mário Vaz caso não aplique de imediato as disposições insertas no Acordo de Conakry, pelo que também poderá o nosso Partido considerar que a obstinada recusa do Presidente da República têm outros objetivos e contornos que podem indiciar a sua tentativa, que o PAIGC considera vã e descabida de êxito, nomeadamente o de tentar apagar a grave sujeira e o envolvimento em casos escabrosos, tais como, o fundo angolano, cujo processo já foi instruído e aguarda somente que deixe o cargo de Presidente da República, o FUNPI, o PARAP, as graves e inaceitáveis dívidas ao fisco, o desvio do fosfato e da madeira, entre outras gravíssimas situações, como o de continuar a acaparar-se do erário público em benefício próprio, sem passar pela contabilidade pública.

Para o PAIGC e para uma esmagadora maioria de guineenses a dita “mão na lama” inventada pelo Senhor José Mário Vaz, já não convence ninguém e hoje mais do que nunca ela se transformou em “mão na massa”, pois basta recordarmos o folhetim criado com o dito apoio aos “Djurtus” que afinal veio a redundar numa cabala para privatizar e domesticar fundos públicos de que os processos de queixa contra o atual Presidente da República se encontram já no Ministério Público.

De igual modo, para o PAIGC as ameaças de mandar prender, bater e matar de que o Senhor José Mário Vaz se vangloriou publicamente e de forma leviana e ignorante, já não conseguem o objetivo por ele visado na sua louca tentativa de implantar a ditadura na Guiné-Bissau, pois este já não só está derrotada como moribunda pela força de uma liberdade conquistada pelos Combatentes da Liberdade do Povo e cimentada de forma sustentável ao longos destas quatro décadas de independência pelo nosso povo, em prol da consolidação da nossa democracia.

O PAIGC alerta os seus militantes e simpatizantes e ao povo guineense para com as manobras que o Senhor José Mário Vaz e os seus lacaios estão congeminando para a escolha de um novo Primeiro-Ministro dentre os seus lacaios em virtude das decisões assumidas pelas mais altas instâncias continental e internacional e agravadas ainda pela incapacidade governava do atual Governo de iniciativa presidencial.

Para o PAIGC torna-se claro a estratégia do senhor José Mário Vaz com a nomeação de mais um Governo como sendo mais uma manobra dilatória e destinada a ganhar tempo para assim tirar mais proveitos e benefícios com os sessenta dias de tolerância, quando o país está a cerca de um ano das próximas eleições legislativas.

O PAIGC e a sua Direção Nacional e muito em particular o seu Presidente e Vice-Presidente, camaradas Domingos Simões Pereira e Carlos Correia querem publicamente expressar a sua gratidão e respeito ao Senhor Presidente da República da Guiné e Mediador para a Crise Política Guineense, Professor Alpha Condé, não só pelo seu papel e posicionamento, uma vez mais comprovado com a solução política encontrada para a Gâmbia, como pela sua inequívoca demonstração de que deu provas na condução deste processo que levou ao Acordo de Conakry, facto que veio uma vez mais elevar e consolidar o seu estatuto de grande estratego político e genuíno conhecedor dos problemas internacionais e muito em particular, africanos, reconhecido e consagrado pelas mais importantes instâncias regional, continental e internacional.

Bissau, 20 de fevereiro de 2017

O PAIGC

Fonte: Ditaduraeconsenso

SANDJI FATI ANUNCIA REABERTURA DA UNIVERSIDADE PÚBLICA AMÍLCAR CABRAL EM 2017

O Ministro da Educação, do Ensino Superior e da Investigação Científica, Sandji Fati, anunciou esta segunda-feira, 20 de fevereiro 2017, que o processo da reabertura da Universidade Amílcar Cabral está em curso. Fati revelou que o chefe do governo deu orientações ao ministro da Economia e Finanças para desbloquear 38 milhões de francos CFA [cerca de 58 mil euros], montante alegado pela reitoria para reabertura da universidade pública ainda no presente ano letivo.

O titular do pelouro da educação falava ao jornal O Democrata no ato da abertura da segunda reunião do ano do “Grupo Local da Educação”, composto por vários parceiros da Guiné-Bissau, nacionais e internacionais que apoiam o setor educativo.

“Nesta reunião vamos fazer a restituição daquilo que foi o primeiro encontro, e continuaremos com a discussão sobre padrões de qualidade do sistema educativo e saber qual seria o perfil de um diretor da escola ou instituição do ensino. Também vamos analisar o plano setorial trienal”, contou o governante.

Representante do programa das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) no país, Cristine Jaulmes, informou na sua intervenção que a última vaga do financiamento de Projeto Multissetorial Integrado (PMI), permitiu o país conduzir as reformas do currículo escolar no sentido de pôr a criança no centro de atenção de aprendizagem, como também formar os professores, melhorar a capacidade de gestão de diferentes departamentos do ministério da educação e fornecer manuais escolares a mais de 300 mil crianças em todo país.

Não obstante os progressos registados na efetivação do projeto PMI, Cristine Jaulmes assegurou que o país continua a enfrentar enormes dificuldades no que diz respeito à qualidade do ensino, a falta de oportunidade para as crianças que se encontram fora do sistema educativo guineense.

Para o Coordenador da Rede da Campanha de Educação para Todos, Vençã Mendes, a educação guineense está na fase embrionária em termos da construção, pelo que, no seu entender, é preciso o engajamento de todos a fim de registar performance no setor da educação, que poderá competir com outros países.

Por: Aguinaldo Ampa
OdemocrataGB

Quando os interesses da nação falam mais alto; todas as barreiras e divergências são ultrapassadas.

O primeiro ministro General UMARO SISSOKO recebeu esta manhã o líder do partido APU Nuno Gomes Nabiam.


 Num ambiente lindo e harmonioso e tudo na base de respeito pelo povo guineense. 



Uma verdadeira demonstração de democracia. Parabéns SISSOKO porque o diálogo e o entendimento acima de tudo. Ambos estão de parabéns. 


Dokainternacional

UNIVERSIDADE AMÍLCAR CABRAL FECHADA POR 38 MILHÔES DE FRANCOS CFA O MINISTRO GARANTE EM BREVE A SUA REABERTURA

Com o obejectivo de trabalhar em conjunto para o progresso do ensino aprendizagem na Guiné-Bissau, os dirigentes do ministério da Educação Nacional e os parceiros de desenvolvimento, com destaque a UNICEF acertam passos.

No encontro tifo nesta segunda-feira em Bissau, A representante da Unicef para a Guiné-Bissau, Christine Jaulnes anunciou que “a Guiné-Bissau é candidato no processo de fase seguinte do Fundo do Programa Mundial da Educação denominado PME”. 

Apesar de enormes dificuldades no sector, Christine frisou ainda que, a sua organização vai continuar a apoiar o sistema do ensino guineense.
No final do encontro que vai se continuar a realizar regularmente nas últimas terças-feiras de cada mês, Sandji Fati, titular da pasta da Educação realçou a importância do grupo, garantindo que, os perfis dos diretores das escolas e inspetores serão alvo de análises, por forma a melhorar a qualidade do ensino.

Quanto a alegada reabertura da “Universidade Amílcar Cabral”, se encontra fechada a mais de quatro anos, o governante garante que o processo está em curso, resta apenas trinta e oito milhões de francos cfa para a sua reabertura.

Notabanca

A droga novamente em questão na Guiné-Bissau Por RFI

Arquipélago dos Bijagós, Guiné Bissau
Várias instâncias nacionais e internacionais têm vindo a público denunciar o recrudescer do narcotráfico na Guiné-Bissau, tendo sido agora a vez do director da Interpol avisar sobre os perigos que pairam sobre o país, designadamente sobre as ilhas dos Bijagós.

De acordo com Martinho Camará, director da agência da Interpol na Guiné-Bissau, há sérios riscos de uma das ilhas dos Bijagós passar a ser controlada pelos narcotraficantes para a instalação de bases de retaguarda para acções criminosas, aproveitando-se da vulnerabilidade do país em termos de meios de controlo.

O director da agência da Interpol na Guiné-Bissau disse ainda que de há uns tempos a esta parte tem sido visível sobretudo em Bissau a presença de viaturas de alta cilindrada de origem duvidosa, sendo que algumas dessas viaturas foram roubadas noutros países. Daí que na óptica de Martinho Camará é necessário o reforço da cooperação entre as várias forças policiais nacionais e estrangeiras para enfrentar o tráfico de droga e a criminalidade organizada na Guiné-Bissau, um problema recorrentemente denunciado há vários anos em relatórios de diversas entidades, designadamente da ONU.

Mais explicações com Mussa Baldé
PT.RFI