Os chefes de Estado e de Governo da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental reúnem-se hoje na Libéria para debater a crise na Guiné-Bissau, com a presença do primeiro-ministro israelita e a ausência do rei de Marrocos.
A crise política na Guiné-Bissau, iniciada em 2015, levou à intervenção da CEDEAO e ao estabelecimento do Acordo de Conacri, que continua sem ser aplicado no país, apesar de a organização ter admitido a imposição de sanções a quem criasse obstáculos à sua execução.
Além da crise na Guiné-Bissau, os chefes de Estado e de Governo também vão debater a situação no Mali.
A surpresa da 51.ª sessão ordinária dos chefes de Estado e de Governo da CEDEAO é a presença do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.
Durante a cimeira, Benjamin Netanyahu deverá assinar acordos de cooperação com a CEDEAO em várias aéreas, incluindo agricultura, segurança e tecnologia.
A presença de Israel na cimeira levou o rei de Marrocos, Mohammed VI, a anunciar que não estará presente no encontro, que deverá analisar a adesão de Rabat à CEDEAO.
Em fevereiro passado, Marrocos manifestou o desejo de ser "membro pleno" da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, fundada em 1975, e em que Rabat tem o estatuto de observador.
Marrocos é promotor de um ambicioso projeto, anunciado no início de dezembro de 2016, ou seja, a construção de um gasoduto entre a Nigéria e o reino através da costa atlântica.
Os chefes de Estado e de Governo da CEDEAO vão também escolher o novo presidente em exercício da organização, já que a Presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, termina funções em outubro.
Dn.pt/lusa
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