sexta-feira, 18 de abril de 2025

A presença de mercenários russos na Guiné Equatorial não foi anunciada e faltam fotos que o revelem, mas não passam despercebidos em Malabo e, segundo a AFP, suscitam críticas e questões num país atingido pela pobreza e pelo desemprego.

Por LUSA 

Presença de mercenários russos na Guiné Equatorial suscita críticas

A presença de mercenários russos na Guiné Equatorial não foi anunciada e faltam fotos que o revelem, mas não passam despercebidos em Malabo e, segundo a AFP, suscitam críticas e questões num país atingido pela pobreza e pelo desemprego.

O descontentamento exprime-se em privado, uma vez que este país da África Central é governado há 45 anos pelo autocrata Teodoro Obiang Nguema, que não respeita os direitos fundamentais, nomeadamente a liberdade de expressão, segundo a agência de notícias francesa.

A sua presença não traz qualquer garantia de bem-estar para a população", indigna-se Baril, de 40 anos, na sala de estar da sua casa em construção, em Malabo.

Em agosto de 2024, apareceram homens brancos com fardas militares, por vezes adornadas com insígnias russas. Podem ser vistos perto do palácio de Malabo, em frente ao mar.

Juvenal Osuan Ondo Mba, de 50 anos e engenheiro de telecomunicações, diz não compreender o porquê da presença destes mercenários.

"Independentemente da sua origem, a Guiné Equatorial não está em guerra e a presença de mercenários russos ou de outros países não traz qualquer benefício para a população", afirma este homem, residente num dos bairros pobres de Malabo.

"Também temos um exército e não passa um ano sem que haja recrutamento para as forças armadas e de segurança do Estado: porque é que ainda temos mercenários", questiona.

Para o advogado equato-guineense Tutu Alicante, do grupo de defesa dos direitos humanos EG-Justice, sediado nos Estados Unidos, a presença de mercenários é "extremamente preocupante".

"O Governo tem a obrigação de informar a população sobre a presença de soldados estrangeiros ou mercenários em território da Guiné Equatorial, porque estão lá, quanto tempo vão ficar, como ou quanto dinheiro lhes é pago, etc", disse, contactado telefonicamente pela AFP.

De momento, as informações oficiais limitam-se a alguns comunicados vagos após as três visitas do Presidente Obiang à Rússia (em 2023 e 2024) e as duas audiências em Malabo do vice-ministro da Defesa russo Younous-Bek Evkourov, em 01 de dezembro de 2024 e em 03 de março de 2025.

Segundo os especialistas, este vice-ministro foi encarregado de tomar conta das redes africanas do grupo Wagner após a morte de Evgeny Prigozhin em agosto de 2023, com uma estrutura denominada Africa Corps, ativa nomeadamente nos países do Sahel, em ligação com a expansão da influência russa no continente.

Os comunicados de imprensa oficiais não fazem qualquer referência a Wagner ou ao África Corps.

Os acordos militares de 2024 mencionam o envio de "instrutores" russos para formação militar, mas não foi organizada qualquer formação desde a chegada do primeiro contingente russo em agosto de 2024, segundo fontes militares.

Desde o envio de um segundo contingente em meados de setembro de 2024, os paramilitares estrangeiros continuam a chegar com equipamento, armas e veículos.

O seu número atual é estimado em cerca de 300, de acordo com fontes de segurança contactadas pela AFP.

Estes mercenários são responsáveis pela segurança pessoal do Presidente Teodoro Obiang Nguema, da sua mulher e do seu filho, o vice-Presidente Teodoro Nguema Obiang, juntamente com soldados israelitas e ugandeses, segundo informações obtidas pela AFP em Malabo.

Segundo os analistas políticos, a extensão dos acordos militares à proteção do chefe de Estado reflete uma certa desconfiança do Presidente em relação ao exército, num contexto de receio de um golpe de Estado como o que liderou contra o seu antecessor e tio Macias Nguema Biyogo, em agosto de 1979.

O apelo aos russos e a mistura das nacionalidades da sua guarda para criar divisões teriam como objetivo limitar os riscos, disse à AFP um estratega militar sob condição de anonimato.

O diário Rombe, um jornal eletrónico com sede em Espanha, próximo da oposição equato-guineense no exílio, afirma que os acordos militares incluem uma operação de recrutamento para o conflito na Ucrânia.

Em meados de março, o Ministério da Defesa publicou um "convite à apresentação de candidaturas" para selecionar jovens guineenses para "bolsas de formação oferecidas pela Federação Russa", documento de que a AFP teve acesso.

"O objetivo é recrutar cidadãos sem experiência militar para serem sacrificados em troca da presença de mercenários russos na Guiné Equatorial", refere o Rombe.

A AFP conclui não ter sido possível obter um comentário oficial sobre estas alegações.

A Guiné Equatorial integra a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) desde julho de 2014.

Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos nega ser fugitivo da justiça

Por LUSA 

O presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Bubacar Turé, negou ser um fugitivo da justiça, mas apelou para que seja notificado pelo Ministério Público ou Polícia Judiciária.

Em entrevista por escrito ao jornal O Democrata, Turé afirmou ser, neste momento, "a pessoa mais procurada" pelas autoridades guineenses na sequência das suas declarações de que "todos os doentes em tratamento de hemodiálise no Simão Mendes, principal hospital do país, "morreram".

"O objetivo do regime é claro, prender e levar-me ao Ministério do Interior para ser submetido às sessões de torturas", disse o ativista dos Direitos Humanos em relação às alegadas operações da polícia para o prender.

O presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, e o ministro do Interior, Botche Candé, desmentiram que esteja em curso qualquer operação para prender Bubacar Turé, atualmente num lugar desconhecido, desde sábado passado.

A Liga acusa as autoridades de terem invadido a residência de Turé, tendo efetuado revistas, sem mandado judicial, e ainda de terem colocado agentes armados à procura do presidente da organização.

"Parem de procurar-me como um criminoso perigoso a monte, processem-me no Ministério Público ou na Polícia Judiciária, irei responder imediatamente. Notifiquem os meus advogados e entreguem o mandado de detenção à PJ", disse Turé.

O Ministério Público notificou o ativista para que comparecesse na última quinta-feira, 17, mas a Liga solicitou que a audiência fosse protelada para uma nova data para permitir que Turé pudesse chegar a Bissau de forma segura.

Umaro Sissoco Embaló considera que Bubacar Turé "se está a esconder", mas, disse, "terá de enfrentar a justiça para provar as suas declarações" que afirma serem falsas.

"A minha fuga não é à justiça, é uma fuga legítima à tortura e espancamentos", assegurou Turé.

EUA felicitam autoridades guineenses por entrega de narcotraficantes

Por LUSA 

O embaixador dos Estados Unidos Michael Raynor felicitou hoje as autoridades guineenses pela "extraordinária colaboração" que permitiu a transferência de quatro estrangeiros condenados por tráfico de droga de Bissau para a Florida.

"Estou grato aos nossos parceiros da Presidência da Guiné-Bissau, do Ministério da Justiça e da Polícia Judiciária pela sua extraordinária colaboração", afirmou em comunicado Raynor, embaixador com jurisdição para a Guiné-Bissau, mas residente no Senegal.

O diplomata sublinhou ainda que a transferência dos quatro condenados em Bissau ocorreu "graças a uma colaboração forte e contínua" entre as autoridades judiciárias guineenses e as agências de combate ao tráfico de droga dos Estados Unidos.

"Esta transferência seguiu-se a uma investigação conjunta da Polícia Judiciária (guineense) e da DEA (agência federal de combate à droga dos Estados Unidos) que levou à detenção destes indivíduos e à apreensão de 2,6 toneladas métricas de cocaína traficada da Venezuela para a Guiné-Bissau em setembro de 2024", diz o embaixador no comunicado.

Michael Raynor anunciou que os quatro condenados foram transferidos da Guiné-Bissau para o estado norte-americano da Florida onde vão enfrentar acusações nos tribunais dos Estados Unidos. 

O 'site' do escritório de advocacia do distrito sul da Florida relata que os quatro condenados - Ramón Manriquez Castillo, de 68 anos com cidadania americana e mexicana, Edgar Rodriguez Ruano, 29 anos, cidadão mexicano, Fernando Javier Escobar Tito, 48 anos, cidadão do Equador e Anderson Jair Gamboa Nieto, 30 anos, cidadão do da Colômbia - foram presentes na quinta-feira ao juiz Patrick Hunt.

A mesma fonte indica que um grande júri federal acusou os réus de conspirarem para distribuir "grandes quantidades de cocaína", através da Colômbia, Venezuela, México, Bahamas e Guiné-Bissau usando um avião registado nos EUA, com um cidadão dos EUA a bordo.

A mesma publicação refere que se forem condenados, os quatro réus correm o risco de enfrentarem entre 10 anos de prisão e prisão perpétua.

Na Guiné-Bissau foram condenados, cada um, a uma pena de 17 anos de prisão efetiva.

Ministro da Comunicação Social, Florentino Fernando Dias, recebeu hoje (18.04), Sayed Ali Mussavi o chefe da delegação iraniana sobre o processo de transição analógica para digital.

COMUNICADO A IMPRENSA

 


O PAIGC nos últimos 5 anos vive em estado de negação.

Por 
Republicanos 18/04/2025 

 O Presidente Umaro Sissoco Embalo, conseguiu quebrar o mito popular de que o “PAIGC é o único partido capaz de promover o desenvolvimento no país.”  Sim o USE conseguiu.   

Desenvolvimento tem várias definições. Para mim novas infraestruturas são sinais de desenvolvimento.  Países como a Ruanda, Senegal, Marrocos, Nigeria apostaram no desenvolvimento de novas infraestruturas para impulsionar o crescimento econômico e promover o desenvolvimento sustentável.  

 Na Guine Bissau, o trabalho desenvolvido nas obras públicas sao célebres. Graças a magistratura de influência do presidente da República conseguimos resgatar projetos chaves para o Desenvolvimento do país com obras de grandes envergaduras. 

Eis as seguintes conquistas: 

  • 1- Construção da Autoestrada Bissau-Safim, 8,2km e três faixas de cada Lado. Estas obras foram financiadas pela China, mas a sua execução estava suspensa desde 2016.  
  • 2- Construção do porto de pesca de Bandim também suspensa a vários anos.  
  • 3- Reabilitação e ampliação da Avenida Amílcar Cabral. 
  • 4- Reabilitação das retundas do Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira.  
  • 5- Reabilitação da Praça (Diogo Cao) no Cais de Pindjiguiti. 
  • 6- Reabilitação de 10km de vias urbanas de Bafata e Gabu.  
  • 7- Reabilitação de 12,6km de vias urbanas de Bissau e Avenida Jose Carlos Schwarz.  
  • 8- Prolongamento da Avenida de Muhammadu Buhari até Retunda de Bor.  
  • 9- Construção da estrada Farim- Dugal 23km.  
  • 10- Reabilitação da pista do Aeroporto Osvaldo Viera que corria o risco de deixar de receber voos internacionais, seguindo o projeto da sua reabilitação, amplificação e modernização, financiado pela Turquia.    

A lista pode continuar, mas há que se admitir que estas conquistas são invulgares e marcantes na política do país.     

Agora para os Negacionistas do PAIGC, é tudo menos desenvolvimento. Eles têm uma dificuldade enorme em aceitar a realidade dos factos ou a verdade. Preferem incentivar:     

A Rejeição do progresso: consideram uma falácia um mito as N obras acima supracitadas e que não tem benefícios nenhuns para a sociedade.     

A Manutenção do Status quo ante: promovendo ideias ou práticas que prejudicam a execução de novos projetos.    

Em resumo, nos que estamos na luta pela verdade na Guiné Bissau vamos combater este negacionismo do PAIGC até ao fim

quinta-feira, 17 de abril de 2025

Washington e Kiev assinaram, na quarta-feira, um "memorando de intenções" com o objetivo de concluir um acordo complexo sobre o acesso aos recursos naturais e minerais da Ucrânia, anunciou a vice-primeira-ministra ucraniana, Yulia Svyrydenko.

Por Sicnoticias 

EUA e Kiev a assinaram "memorando de intenções" sobre acesso a minerais ucranianos

Os Estados Unidos e a Ucrânia tinham planeado assinar um acordo sobre a extração de minerais estratégicos da Ucrânia há várias semanas, mas uma disputa entre o Presidentes dos EUA, Donald Trump e o seu homólogo ucraniano Volodymyr Zelensky, em fevereiro, suspendeu temporariamente os trabalhos.

Washington e Kiev assinaram, na quarta-feira, um "memorando de intenções" com o objetivo de concluir um acordo complexo sobre o acesso aos recursos naturais e minerais da Ucrânia, anunciou a vice-primeira-ministra ucraniana, Yulia Svyrydenko.

"Temos o prazer de anunciar a assinatura, com os nossos parceiros americanos, de um memorando de intenções que abre caminho a um acordo de parceria económica e à criação do Fundo de Investimento para a Reconstrução da Ucrânia", declarou na rede social X, Yulia Svyrydenko.

Os Estados Unidos e a Ucrânia tinham planeado assinar um acordo sobre a extração de minerais estratégicos da Ucrânia há várias semanas, mas uma disputa entre o Presidentes dos EUA, Donald Trump e o seu homólogo ucraniano Volodymyr Zelensky, em fevereiro, suspendeu temporariamente os trabalhos sobre o acordo.

Acordo como compensação pela ajuda dos EUA a Kiev

Trump quer o acordo, que tem como objetivo dar aos EUA parte dos lucros da exploração de recursos ucranianos e minerais raros, como compensação pela ajuda dada à Ucrânia pelo seu antecessor, Joe Biden.

Svyrydenko não divulgou detalhes do memorando, mas disse que o trabalho estava a ser feito para chegar a um acordo final.

"Esperamos que o Fundo se torne um instrumento eficaz para atrair investimentos para a reconstrução do nosso país, modernizar as infraestruturas, apoiar as empresas e criar novas oportunidades económicas", afirmou.

"Ainda há muito trabalho a fazer, mas o ritmo atual e os progressos significativos permitem esperar que o documento seja muito benéfico para ambos os países", afirmou Svyrydenko.

As autoridades americanas afirmam que o reforço dos interesses comerciais dos Estados Unidos na Ucrânia ajudará a dissuadir futuras agressões russas em caso de cessar-fogo.

Kiev está a exigir garantias militares e de segurança concretas como parte de qualquer acordo para pôr fim à guerra de três anos.

Tiroteio em universidade? "A arma não dispara, as pessoas é que disparam"

Por LUSA 

Presidente norte-americano reagiu a tiroteio que, esta quinta-feira, matou duas pessoas e fez cinco feridos.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recusou, esta quinta-feira, defender qualquer nova legislação sobre armas, depois de um estudante ter levado a cabo um tiroteio na Universidade da Flórida, que fez dois mortos e cinco feridos. 

A partir da Sala Oval, Trump disse que tinha sido informado sobre o tiroteio, afirmando que é uma "pena" que tenha acontecido, mas que não vai defender qualquer nova legislação. 

"A arma não dispara, as pessoas é que disparam", acrescentou.

O presidente norte-americano disse que é um "grande defensor" da Segunda Emenda e do direito do porte de armas.

"Tenho a obrigação de proteger a Segunda Emenda", acrescentou, sublinhando que é "horrível que coisas como esta aconteçam".

De realçar que o atirador, que foi baleado pela polícia (elevando para seis o total de feridos), tem 20 anos, é estudante daquela universidade e usou uma arma pessoal da mãe, agente no Gabinete do Xerife do Condado de Leon, no tiroteio. 

Ambulâncias, camiões de bombeiros e veículos de patrulha de várias agências de aplicação da lei correram para o campus que fica a oeste da capital do estado da Flórida, depois de a universidade ter emitido um alerta de atirador ativo ao meio-dia de quinta-feira, dizendo que a polícia estava a responder perto da união de estudantes. Um alerta emitido pedia que as pessoas se resguardem e se mantenham "afastados de todas as portas e janelas e estejam preparados para tomar medidas de proteção adicionais".

O sistema de alerta da universidade anunciou, cerca de três horas após o tiroteio, que as forças policiais tinham "neutralizado a ameaça".

As autoridades pediram aos estudantes e professores que evitassem a associação de estudantes e outras áreas ainda consideradas como locais de crime.

Estudantes e pais esconderam-se numa pista de 'bowling' e num elevador de carga dentro da associação de estudantes depois de ouvirem tiros no exterior do edifício.

A Universidade da Flórida é uma das 12 universidades públicas da Flúrida, com o seu campus principal localizado em Tallahassee, onde ocorreu o tiroteio, a poucos minutos do edifício do Capitólio do Estado.

Cerca de 44.300 alunos estão matriculados na universidade, de acordo com a ficha informativa da escola para 2024.

Em 2014, a biblioteca principal da universidade foi palco de um tiroteio que feriu três pessoas, com os agentes a dispararem e a matarem o atirador, Myron May, de 31 anos.


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Suspeito tem 20 anos e usou a arma da mãe no tiroteio.


Tidjane Thiam é candidato presidencial do principal partido da oposição na Costa do Marfim

Por LUSA 

O antigo ministro e banqueiro internacional Tidjane Thiam foi escolhido como candidato do principal partido da oposição da Costa do Marfim às eleições presidenciais de 25 de outubro, anunciou esta quinta-feira o seu partido.

Thiam, que concorreu sozinho, obteve 99,5% dos votos expressos, com uma taxa de participação de 93,17%, de acordo com os resultados globais provisórios.

A escolha foi feita numa convenção do Partido Democrático da Costa do Marfim (PDCI, na sigla em francês) realizada na quarta-feira.

Atualmente fora do país, Thiam, de 62 anos, está no centro de uma controvérsia sobre a sua nacionalidade que pode enfraquecer a candidatura à presidência.

Thiam esteve ausente do país durante mais de 20 anos para prosseguir uma carreira no estrangeiro à frente de grandes empresas financeiras como a Aviva, a Prudential e o Credit Suisse.

Nascido na Costa do Marfim, adquiriu a nacionalidade francesa em 1987, à qual renunciou em março para se candidatar às eleições presidenciais, um escrutínio em que os candidatos não podem ter dupla nacionalidade.

Mas, segundo os seus detratores, a aquisição de uma outra nacionalidade privou-o automaticamente da sua nacionalidade costa-marfinense, por força do artigo 48.º do código da nacionalidade, que data da década de 1960.

Para o PDCI, a controvérsia não passa de uma manobra das autoridades para impedir a candidatura de Thiam.

Ao mesmo tempo, a seis meses das eleições no país mais rico da África Ocidental francófona, as tensões estão a abalar o panorama político, nomeadamente no que se refere à inelegibilidade de três opositores devido a condenações judiciais.

Trata-se do antigo Presidente Laurent Gbagbo (2000-2011), proposto pelo Partido Popular Africano - Costa do Marfim (PPA-CI, na sigla em francês), do antigo braço-direito Charles Blé Goudé e do antigo primeiro-ministro e ex-líder rebelde Guillaume Soro, que se encontra no exílio.

Os nomes destes três homens não figuram na lista eleitoral provisória, cuja versão definitiva será publicada em junho.

A comissão eleitoral acaba de declarar inadmissível o pedido de Blé Goudé.

Para além disso, o PDCI de Thiam e o PPA-CI de Gbagbo anunciaram a suspensão da sua participação na Comissão Eleitoral Independente (CEI), denunciando a falta de independência do órgão responsável pela organização das eleições.

O partido no poder, a União dos Houphouëtistes pela Democracia e a Paz (RHDP, na sigla em francês), respondeu através do seu ministro de Estado e porta-voz, Kobenan Kouassi Adjoumani, que "não tenciona deixar-se distrair por todo este ruído orquestrado por uma oposição que, na realidade, receia as eleições".

Por seu lado, o Presidente, Alassane Ouattara, de 83 anos, não indicou se tenciona ou não candidatar-se a um quarto mandato, mas disse em janeiro que estava "desejoso de continuar a servir" o seu país.

O mapa mais pormenorizado do cérebro humano: como se forma a nossa mente

A imagem colorida artificialmente é o resultado da análise de uma das diferentes áreas da amostra. As cores mostram regiões neuronais com funções diferentes. Esta imagem tem o tamanho aproximado de um décimo de um alfinete. © Google Research e laboratório Lichtman
Por  msn.com/pt-pt
 O cérebro humano é o puzzle mais complexo que a humanidade alguma vez enfrentou. Esta teia de 86 mil milhões de neurónios, células da glia e triliões de ligações representa um desafio quase intransponível para as mentes mais aguçadas da nossa sociedade.

No entanto, nos últimos anos, a neurociência tem conseguido gradualmente desvendar o emaranhado de células no interior da cabeça e criar mapas cada vez mais precisos para explicar o funcionamento da nossa mente.

Actualmente, o mapa cerebral mais preciso alguma vez criado é o resultado de uma colaboração entre a Universidade de Harvard e o gigante tecnológico Google. O projecto, que foi realizado no laboratório do reitor da faculdade de artes e ciências, Prof. Jeff Lichtman, deu um enorme salto tanto na resolução dos mapas anteriores como na compreensão do cérebro.

E qual é a dimensão desse salto científico? Um cérebro humano completo é uma palavra grande e, com os métodos actuais, impossível, metade também não seria viável, nem um quarto, nem um oitavo... Na realidade, o enorme salto para a ciência é do tamanho de um grão de arroz.

Um grão de arroz e o mapa cerebral mais exacto de sempre

Na pequena quantidade de massa cerebral que analisaram durante meses, os investigadores encontraram 57.000 neurónios, 23 centímetros de vasos sanguíneos e 150 milhões de ligações neurais. Assim, apesar do seu pequeno tamanho, dissecar cada pedaço do cérebro foi um verdadeiro desafio para os modelos computacionais. Foi por isso que utilizaram inteligência artificial especialmente treinada para distinguir os neurónios. Uma vez pronta, puseram-na a trabalhar analisando mais de 1.400 terabytes de dados para encontrar cada uma das ligações neuronais e, após vários meses, chegaram a uma das mais belas imagens para um neurocientista.

Nesta imagem, é possível ver seis camadas de neurónios excitatórios, ou seja, neurónios que são responsáveis por comunicar entre si para realizar acções. Destes neurónios saem cabos, chamados axónios, que ligam células próximas e distantes, criando assim canais por onde circulam neurotransmissores e hormonas. Desta forma peculiar de falar que os neurónios têm, surgem as propriedades que nos tornam humanos: pensar, reflectir e até a nossa identidade.

É por isso que ter um mapa cerebral completo e exacto de uma zona do cérebro, mesmo que seja do tamanho de um grão de arroz, é extremamente útil. Um mapa dá-nos um vislumbre do funcionamento interno da caixa negra que é o nosso cérebro. Além disso, ao transferir este conhecimento para outros mapas com menor resolução, mas que abrangem regiões maiores, é possível compreender de onde surgem alguns comportamentos. Mas ainda há muitos anos de trabalho pela frente para se conseguir um mapa completo, “se é que alguma vez se conseguirá”, dizem os autores do mapa.

O próximo grande salto: o rato

Actualmente, o maior cérebro totalmente mapeado é o da mosca-da-fruta Drosophila Melanogaster, um marco alcançado em Novembro de 2024. Neste cérebro de mosca, com cerca de 140.000 neurónios, estão entrelaçadas cerca de 50 milhões de ligações, um terço do total de ligações que puderam ser observadas na amostra humana analisada pelo laboratório Lichtmann. Isto deve-se ao facto de, como somos animais mais complexos, os neurónios serem também mais ramificados para terem mecanismos redundantes que garantam a execução de comportamentos e acções mais elaborados.

Assim, o próximo grande salto que têm em mente é um mamífero, o rato. Embora isto possa parecer uma ideia rebuscada, tendo em conta os avanços que foram feitos nos últimos anos na análise de dados em massa, não seria invulgar que conseguissem atingir este objectivo dentro de 5 a 10 anos. Actualmente, as estimativas sugerem que, para atingir o seu objectivo, os investigadores da Iniciativa BRAIN dos Institutos Nacionais de Saúde terão de analisar cerca de 1.000 vezes a quantidade de dados no laboratório de Lichtman, pelo que a incipiente computação quântica poderá ser de grande ajuda para atingir os seus objectivos.

No rato, a ideia é começar por desmontar as peças e, eventualmente, juntá-las todas. O primeiro alvo da equipa é o hipocampo, uma região do cérebro envolvida na perceção espacial e na criação de memórias. Quando conseguirem mapeá-lo, os resultados poderão ser extrapolados para os seres humanos, o que poderá ajudar a compreender melhor as doenças neurodegenerativas, como a demência ou a doença de Alzheimer. No final, os mapas mostram o caminho e, no caso da biomedicina, o caminho pode significar um antes e um depois na vida das pessoas.

Os talibãs afegãos congratularam-se esta quinta-feira com a retirada da lista russa de "organizações terroristas", saudando-a como um "desenvolvimento importante" nas relações entre o regime talibã e Moscovo

Por LUSA 

Talibãs saúdam "desenvolvimento importante" após saída da lista russa de terroristas

Os talibãs afegãos congratularam-se esta quinta-feira com a retirada da lista russa de "organizações terroristas", saudando-a como um "desenvolvimento importante" nas relações entre o regime talibã e Moscovo.

Numa reunião com o embaixador russo na capital afegã, o ministro dos Negócios Estrangeiros do regime talibã afegão, Amir Khan Muttaqi, agradeceu à Rússia por uma medida que, frisou, "é um desenvolvimento importante nas relações" entre Cabul e Moscovo.

"Com esta decisão, o único obstáculo restante para uma maior cooperação política e económica foi removido", disse o ministro, durante uma reunião com o embaixador russo, Dmitri Zhirnov, considerando tratar-se de uma "decisão histórica", segundo um comunicado citado pelas agências internacionais.

Hoje, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) da Rússia retirou o movimento talibã, que domina o Afeganistão, da sua lista de organizações terroristas, abrindo caminho para o reconhecimento pelo Kremlin (presidência) das novas autoridades afegãs.

A decisão entra imediatamente em vigor, indicou a alta instância, após o Gabinete do Procurador-Geral da Rússia ter pedido que os talibãs deixassem de ser classificados como um grupo terrorista, estatuto que mantinham desde 2003.

A decisão representa uma vitória diplomática para os talibãs, porque esse estatuto tornava qualquer contacto com o grupo punível ao abrigo da legislação russa.

Apesar da designação, delegações talibãs participaram em diversos fóruns organizados pela Rússia, numa altura em que Moscovo tem procurado afirmar-se como mediador regional.

Os talibãs regressaram ao poder no Afeganistão em agosto de 2021, após o colapso do governo apoiado pelos Estados Unidos e a subsequente retirada total das tropas internacionais, sobretudo norte-americanas, do país.

Desde então, Moscovo tem procurado normalizar as relações com o novo regime afegão, que considera um potencial parceiro económico e na luta contra o terrorismo.

Contudo, a decisão do Supremo Tribunal russo não equivale, nesta fase, a um reconhecimento formal do governo talibã.

Este último não foi oficialmente reconhecido por nenhum país, devido, nomeadamente, à situação dramática dos direitos das mulheres no Afeganistão.

No entanto, além da Rússia, o Paquistão, a China, o Irão e a maioria dos países da Ásia Central mantêm relações diplomáticas de facto com o regime afegão.

Moscovo recebeu em diversas ocasiões emissários talibãs no seu território, mesmo antes do seu regresso ao poder.

A aproximação entre o Kremlin e Cabul pareceu acelerar-se após um atentado, em março de 2024, nos arredores de Moscovo: 145 pessoas foram mortas numa sala de concertos por quatro atiradores do grupo Estado Islâmico do Khorasan (EI-K), a filial regional da organização 'jihadista' presente no Afeganistão.

Em julho de 2024, o Presidente russo, Vladimir Putin, afirmou considerar os talibãs como "aliados na luta contra o terrorismo". Posteriormente, assinou no final de 2024 uma nova lei que permitia às autoridades russas alterar a lista de organizações proibidas no país.

Segundo este texto, a proibição de uma organização pode, doravante, ser "temporariamente suspensa" pela justiça em caso de "provas reais" de que o grupo em causa deixou de promover "o terrorismo".

Em outubro de 2024, o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, apelou ao Ocidente para que levantasse as sanções impostas ao Afeganistão e assumisse a "responsabilidade" pela reconstrução do país, devastado por décadas de guerra.

O secretário do Conselho de Segurança russo, Serguei Shoigu, deslocou-se a Cabul no final de dezembro, numa rara visita de um alto responsável estrangeiro, durante a qual declarou querer reforçar a "cooperação" com o Afeganistão.

Vários dirigentes talibãs combateram Moscovo nos anos 1980, durante a guerra travada durante uma década no país pela antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).


Leia Também: Rússia retira Talibãs da lista de organizações terroristas

O Presidente ucraniano acusou esta quinta-feira a China de "fornecer armas" à Rússia e de participar na "produção de certo armamento" em território russo, anunciando, paralelamente, que quer comprar mísseis Patriot aos Estados Unidos.

Por LUSA 

 Zelensky acusa China de "armar" Rússia e quer comprar mísseis aos EUA

O Presidente ucraniano acusou esta quinta-feira a China de "fornecer armas" à Rússia e de participar na "produção de certo armamento" em território russo, anunciando, paralelamente, que quer comprar mísseis Patriot aos Estados Unidos.

"Recebemos finalmente informações de que a China está a fornecer armas à Rússia. [...] Acreditamos que representantes chineses estão envolvidos na produção de certas armas em território russo", disse Volodymyr Zelensky numa conferência de imprensa.

Zelensky não entrou em pormenores sobre estas acusações, mas referiu-se a "pólvora e artilharia", prometendo dizer mais "na próxima semana".

Na semana passada, a Ucrânia anunciou a captura de dois cidadãos chineses que combatiam no exército russo. Zelensky já tinha acusado a China de "estar envolvida" no conflito, o que Pequim negou.

O Presidente ucraniano também afirmou que "várias centenas" de cidadãos chineses estão a combater nas fileiras do exército russo na Ucrânia.

A China apresenta-se como parte neutra e um potencial mediador neste conflito, mas continua a ser um aliado político e económico fundamental da Rússia, ao ponto de o Ocidente a ter descrito como um "facilitador decisivo" do ataque russo, algo que Pequim nunca condenou.

Pequim é acusada, nomeadamente, de ajudar Moscovo a contornar as sanções ocidentais, permitindo-lhe adquirir os componentes tecnológicos necessários para produzir armas de guerra. No entanto, esta é a primeira vez que Zelensky acusa a China de fornecer armas diretamente a Moscovo.

Na mesma conferência de imprensa, Zelensky acusou o enviado do homólogo norte-americano, Donald Trump, Steve Witkoff, interlocutor de Moscovo nas negociações de cessar-fogo, de "adotar a estratégia russa" e de "espalhar histórias russas".

"Penso que Witkoff adotou a estratégia russa. Penso que isto é muito perigoso, porque ele está, consciente ou inconscientemente, a divulgar histórias russas", declarou Zelensky.

Steve Witkoff é o interlocutor privilegiado do Presidente russo, Vladimir Putin, nas negociações para resolver o conflito na Ucrânia. Os dois homens encontraram-se três vezes desde fevereiro, a última das quais na semana passada, na Rússia.

Segundo Zelensky, Witkoff vai manter conversações com os chefes da diplomacia ucraniana, francesa, alemã e britânica durante a visita a Paris, que começou hoje.

Há várias semanas que a administração Trump tem mantido conversações separadas com responsáveis russos e ucranianos, para encontrar uma saída para a guerra na Ucrânia.

Até agora, porém, estas conversações não conduziram a uma cessação das hostilidades.

Independentemente das palavras sobre o enviado de Trump, Zelensky garantiu que a Ucrânia está pronta para comprar "pelo menos" 10 sistemas antiaéreos Patriot aos Estados Unidos, um sistema caro que Kiev havia exigido anteriormente aos aliados na forma de ajuda.

"A Ucrânia está pronta para comprar pelo menos 10 sistemas. Discuti esse mínimo com o Presidente Trump durante nossa conversa telefónica. Disse-me que os Estados Unidos trabalhariam nisso", sublinhou o chefe de Estado ucraniano.

"Até agora, não tenho mais informações", indicou, acrescentando estar a conduzir "conversações separadas com os europeus porque é muito caro".

Segundo analistas, uma bateria Patriot pode custar até 2.500 milhões de dólares (2.200 milhões de euros) para ser exportada e cada um dos mísseis custa até 10 milhões de dólares (8,81 milhões de euros) para ser exportado.

Na passada sexta-feira, Zelensky já tinha pedido aos aliados da Ucrânia para fornecerem 10 sistemas Patriot adicionais para ajudar o país a enfrentar o número crescente de ataques aéreos russos.

"Precisamos mesmo deles", pediu numa mensagem de vídeo dirigida aos chefes militares dos países aliados da Ucrânia, reunidos em Bruxelas.

Nos últimos três anos, a Ucrânia já recebeu várias baterias Patriot fornecidas pelos Estados Unidos, pela Alemanha, pelos Países Baixos e pela Roménia.

Bancos e postos de abastecimento do Mali fecham após detenção de dirigentes sindicais

Por LUSA 

Muitos bancos e postos de abastecimento fecharam esta quinta-feira no Mali após uma greve convocada pelo Sindicato Nacional de Bancos, Seguradoras, Instituições Financeiras e Empresas (Synabef), avançou a agência de notícias France-Presse (AFP).

O Synabef exige a libertação de três dos seus membros, detidos há um mês no âmbito de um processo de garantia bancária. Por outro lado, reclama melhores condições de trabalho.

Num comunicado de imprensa emitido na quarta-feira, o sindicato anunciou uma greve de 72 horas a partir de hoje até à meia-noite de sábado.

A greve é renovável por 120 horas a partir de 22 de abril e terminará a 26 de abril, segundo o documento.

"De momento, as negociações estão num impasse. O Ministério do Trabalho criou uma comissão de conciliação. Ao fim de três dias de discussões, separámo-nos com o argumento de que as negociações tinham falhado", disse à AFP o secretário-geral adjunto do Synabef, Abdoulaye Keïta.

"As negociações prosseguem", afirmou um conselheiro do ministro do Trabalho do Mali, Fassoun Coulibaly, assegurando que será alcançado um acordo nos próximos dias.

Esta manhã, quase todos os bancos, seguradoras e postos de abastecimento na capital, Bamaco, permaneciam fechados.

O país é governado por uma junta desde dois golpes de Estado, em 2020 e 2021.

No início de junho de 2024, uma greve bancária iniciada pelo mesmo sindicato, em que também se exigia a libertação de um dos dirigentes, teve grande apoio.


Leia Também: Mali encerra escritório de gigante mineiro canadiano Barrick Gold em Bamaco

Justiça: Ministério Público nega que Bubacar Turé esteja a ser perseguido pelas autoridades judiciais

Bissau, 17 Abr 25 (ANG) – O Ministério Público (MP) considerou, quarta-feira, de “infundadas e falsas”, as informações segundo as quais o presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Bubacar Turé, esteja a ser perseguido, pelas autoridades judiciais.

Em nota à imprensa do Gabinete de Imprensa e Relações Públicas do Ministério Público (GIRPMP), a instituição indica que  tomou  conhecimento das denúncias  do Bubacar Turé sobre mortes de pacientes em tratamento de hemodiálises, através dos órgãos de comunicação social e  das redes sociais.

O mesmo documento informa ainda que, por se tratar de uma denúncia de crime público, o Ministério Público por conhecimento próprio, ordenou nos termos da lei, a abertura de um competente procedimento criminal com o fito de investigar a verdade  material dos factos constantes na denuncia do Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH).

“Foi nesta prespetiva que o Ministério Público (MP), através do seu competente serviço, tentou, sem sucesso, no dia 10 de Abril, notificar Bubacar Turé, na Sede da LGDH em Bissau, na qualidade de denunciante, para colaborar na investigação, fornecendo as provas de que despõe”, lê-se na nota.

Acrescenta que  este procedimento de recolha de prova pessoal não pode ser interpretado  como perseguição, porque o mesmo constitui um acto processual ordinário aceite no Estado de Direito Democrático, pelo que “são falsas e caluniosas” quaisquer aproveitamento do referido ato processual para fins de motivação política.

Para concluir, a Procuradoria-Geral da República diz  que a sua atuação foi, é e será sempre em estreita observância às leis em vigor na República da Guiné-Bissau

O Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, aquando da sua participação no ateliê de restituição do Fórum dos Mídias contra a violência nas mulheres e crianças, disse que todos os pacientes submetidos ao tratamento  de hemodiálise no Hospital Nacional Simão Mendes (HNSM) faleceram.

ANG/LLA/ÂC//SG         

O exército do Níger reforçou a sua presença no sudoeste do país, perto do Burkina Faso, para "conter a ameaça terrorista" que tem provocado deslocações da população, declarou esta quinta-feira uma fonte de segurança.

Por LUSA 

 Níger reforça presença perto do Burkina Faso face à ameaça terrorista

O exército do Níger reforçou a sua presença no sudoeste do país, perto do Burkina Faso, para "conter a ameaça terrorista" que tem provocado deslocações da população, declarou esta quinta-feira uma fonte de segurança.

"A zona de Torodi foi palco de vários incidentes de segurança nos últimos dias", segundo o mais recente boletim de operações do exército no seu 'website'.

Em 06 de abril, um "grupo criminoso armado" atacou um distrito e uma esquadra de polícia na cidade de Makalondi, de acordo com o exército, mas "não causou vítimas". Também foram atacados miniautocarros em 02 de abril.

Para "tranquilizar a população", o exército declarou ter "reforçado imediatamente a sua presença" e "o seu dispositivo de segurança" na zona, o que permitiu o "regresso progressivo das populações deslocadas".

Em 14 de abril, um destacamento militar foi alvo de um ataque numa estrada principal da região, no qual seis membros do grupo armado foram mortos.

Localizada a 100 quilómetros de Niamey, capital do Níger, no departamento de Torodi, Makalondi é a última cidade antes do Burkina Faso e tem sido alvo de ataques de extremistas islâmicos desde 2018, apesar do destacamento maciço de forças e do estado de emergência em vigor.

Dirigido por uma junta militar desde um golpe de Estado em julho de 2023, o Níger é atormentado pela insegurança e por ataques recorrentes de grupos armados, alguns dos quais ligados à Al-Qaida ou ao Estado Islâmico.

A 03 de abril, o exército também afirmou ter detido entre Niamey e Torodi "um membro influente do Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos [GSIM, na sigla em francês]", que tem ligações à Al-Qaida.

O Mali e o Burkina Faso, dois dos países vizinhos do Níger, todos governados por militares, também foram alvo de ataques recorrentes de grupos extremistas ao longo da última década.

Os três países são membros da Aliança dos Estados do Sahel (AES) e criaram uma força unificada para combater estes grupos na sua área, sem litoral, de 2,8 milhões de quilómetros quadrados.

"Os nossos povos esperam resultados (...), temos o dever histórico de responder a esta aspiração legítima (...) e a criação desta força unificada deve ser a manifestação da nossa recusa categórica em depender de apoio externo", declarou o general Moussa Diallo, chefe do Estado-Maior do Burkina Faso, numa reunião realizada no início da semana em Ouagadougou, capital do Burkina Faso, com os homólogos do Mali e do Níger.

O Presidente guineense justificou hoje a decisão do Governo de extraditar para os Estados Unidos quatro estrangeiros condenados por tráfico de droga com a falta de prisões de alta segurança

Por LUSA 

Extraditar narcotraficantes? "Não temos ainda prisão de alta segurança"

O Presidente guineense justificou hoje a decisão do Governo de extraditar para os Estados Unidos quatro estrangeiros condenados por tráfico de droga com a falta de prisões de alta segurança.

"Não temos prisões aqui para ter essa gente. Não temos ainda prisão de alta segurança. Infelizmente um deles morreu. É complicado", referiu Umaro Sissoco Embaló, à saída da reunião semanal do Conselho de Ministros.

Dois mexicanos, um colombiano e um equatoriano foram "transferidos para uma prisão dos Estados Unidos, à luz da cooperação judicial", segundo o Governo de Bissau.

A defesa estranha esta transferência sem que exista um acordo de extradição entre os dois países.

"O Governo decidiu, em colaboração com os Estados Unidos da América, extraditá-los. O Governo dos EUA pediu a extradição deles", declarou o Presidente guineense.

Embaló afirmou que se trata de um sinal que a Guiné-Bissau está a dar ao mundo e aos traficantes, que no passado realizavam as suas operações no país.

"Qualquer narcotraficante que apanharmos aqui, mesmo se for guineense, se pedirem, será enviado para lá. Não temos condições físicas de deter essas pessoas", sublinhou.

Este tipo de medidas, adiantou Sissoco Embaló "é a forma também de demonstrar aos narcotraficantes que a Guiné-Bissau deixou ser aquele narco-Estado".

"Quem for apanhado [no tráfico de droga] na Guiné-Bissau será enviado para o país que o reclamar", avisou o chefe de Estado guineense.

Os quatro prisioneiros foram levados para os Estados Unidos "a pedido" da agência federal dos EUA para o combate à droga - DEA (Drug Enforcement Administration) -, entidade que também colaborou com a Polícia Judiciária guineense na detenção, a 07 de setembro de 2004.

Foram capturados cinco pessoas, a bordo de um avião que vinha do México, mas, no dia 03 de março, um cidadão brasileiro morreu, de doença, num hospital de Bissau.

Os cinco foram condenados a pena de prisão efetiva de 17 anos.

Umaro Sissoco Embaló aproveitou as declarações aos jornalistas para esclarecer que a DEA não o vai prender, "como se ouve dizer por aí", em alusão às afirmações de ativistas políticos, nas redes sociais.

"As pessoas dizem que serei detido pela DEA. A DEA não prende ninguém, nem tem vocação para prender pessoas", observou o Presidente.

Vários ativistas políticos têm repetido que, a qualquer momento, Sissoco Embaló poderá ser detido pela DEA, pela sua alegada conexão com tráfico de droga.

Com um sorriso no rosto, Embaló acrescentou: "Mesmo nos Estados Unidos não têm mandato para prender pessoas. Quem tem essa competência pode ser FBI ou outro tipo de polícia que têm lá, mas em flagrante delito".

Com apenas 10 anos, vai formar-se na universidade com dois diplomas

Por LUSA 

Alisa Perales tornar-se-á na mais jovem licenciada de sempre da Crafton Hills College.

Uma criança, de 10 anos, de San Bernardino, na Califórnia, está a um mês de formar-se com dois diplomas, pela Crafton Hills College, de Yucaipa, no mesmo estado norte-americano. 

Segundo o Inland Empire Community News, Alisa Perales tornar-se-á na mais jovem licenciada de sempre da faculdade pública, em maio.

Vai obter diplomas de associada - um nível de graduação que fornece conhecimentos técnicos e académicos básicos- em Matemática e Ciências Múltiplas, pouco depois de completar o 11.º aniversário. 

A menina começou a aprender os números e o abecedário quando ainda nem tinha um ano. Foi aos oito anos que começou a frequentar a Crafton Hills College e a sua paixão académica continua a crescer. 

"Para mim, é muito divertido. É quase tão divertido como brincar ao ar livre ou andar de bicicleta ou fazer o que quer que seja. Gosto de aprender. Há tantas coisas interessantes por aí", disse. 

Alisa tem o objetivo de vir a trabalhar em inteligência artificial - numa empresa de tecnologia ou numa empresa em fase de arranque com o pai - a quem atribui parte deste gosto por aprender. 

O Presidente da República, recebeu em audiência os Cônsules Honorários da Guiné-Bissau, reunidos em Bissau por ocasião do IV Encontro de Interacção, promovido pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, da Cooperação Internacional e das Comunidades. Durante o encontro, foi reforçado o compromisso com a promoção da imagem externa do país, a captação de investimento estrangeiro e a assistência aos cidadãos guineenses no exterior.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros anunciou que este encontro passará a realizar-se anualmente, alinhado com a actual dinâmica de desenvolvimento sustentável da Guiné-Bissau.

BANCO MUNDIAL | Comunicado de Imprensa: Banco Mundial concede financiamento adicional de 4 milhões de dólares para apoiar o primeiro recenseamento digital da Guiné-Bissau

BISSAU, 16 de abril de 2025 - O Banco Mundial aprovou uma subvenção adicional de 4 milhões de dólares para apoiar o Recenseamento Geral da População e Habitação da Guiné-Bissau, elevando para 10 milhões de dólares o financiamento total para o recenseamento. Este apoio faz parte do projeto Harmonização e Melhoria das Estatísticas na África Ocidental e Central (HISWACA), que agora disponibiliza um total de 19 milhões de dólares para reforçar as capacidades estatísticas na Guiné-Bissau.

O financiamento adicional cobrirá um excedente de custos na implementação do recenseamento, garantindo recursos suficientes para realizar o primeiro recenseamento totalmente digital da Guiné-Bissau.

“O Governo da Guiné-Bissau identificou a necessidade de financiamento adicional para garantir a implementação bem sucedida do recenseamento, e o Banco Mundial respondeu prontamente a este pedido”, afirma Rosa Brito, Representante Residente do Grupo Banco Mundial na Guiné-Bissau. “Este apoio adicional ajudará a garantir a equipa de trabalho, o equipamento e as infraestruturas necessárias para o recenseamento. É um processo crítico para o país, uma vez que dados populacionais exatos são essenciais para a elaboração de políticas baseadas em evidências e desempenharão um papel fundamental no desenvolvimento da Guiné-Bissau a longo prazo.”

O último censo populacional da Guiné-Bissau foi realizado em 2009, e a falta de dados atualizados tem colocado desafios significativos ao planeamento, monitorização e formulação de políticas de desenvolvimento eficazes. O próximo recenseamento fornecerá informações essenciais sobre a dimensão, a distribuição e as caraterísticas socioeconómicas da população do país.

As atividades abrangidas por este financiamento adicional incluem a cartografia, o recenseamento piloto, a enumeração, o processamento e a análise dos dados, bem como a divulgação e a utilização dos resultados e dos dados do recenseamento.

O projeto regional HISWACA visa melhorar o desempenho estatístico dos países, promover práticas de dados harmonizadas entre países, melhorar o acesso e a utilização de dados e modernizar os sistemas estatísticos nacionais na África Ocidental e Central. A iniciativa inclui oito países - Benim, Guiné, Guiné-Bissau, Mali, Mauritânia, Níger, Senegal e Gâmbia - e três organizações regionais: a União Africana (UA), a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e a União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA), com um montante total de financiamento de 464 milhões de dólares.

Contactos:

Em Bissau: Joana Rodrigues, +245 96 640 17 28, jdossantosrodrig@worldbankgroup.org

Para saber mais sobre o trabalho do Banco Mundial na Guiné-Bissau: https://www.worldbank.org/en/country/guineabissau

Para mais informações visite: https://www.worldbank.org/en/region/afr/western-and-central-africa

Siga-nos no Twitter: https://twitter.com/WorldBankAfrica

Comunicado de imprensa

2025/064/AFW

Acidente de Viação: Mulher Morre Atropelada por Taxista na Avenida João Bernardo Vieira

Por: Marcelino Adriano Foia  CAP.GB  17/04/2025 

Uma mulher perdeu a vida na manhã desta quinta-feira, após ser atropelada por um táxi na Avenida João Bernardo Vieira, nas proximidades do posto Petromar, em Bissau.

Segundo testemunhas, a vítima encontrava-se a exercer a sua atividade comercial à beira da estrada no momento do acidente. O condutor do veículo saiu ileso e permaneceu no local.

Até o momento, a identidade da vítima e o paradeiro da sua família não foram confirmados pelas autoridades.

O antigo presidente da Rússia Dmitry Medvedev aponta que a reunião desta quinta-feira, em Paris, França, servirá para discutir "quantos caixões" serão precisos, caso a Coligação dos Interessados avance com a colocação de tropas na Ucrânia.

Por LUSA 

Medvedev: Tropas europeias vão "voltar em caixões" se lutarem na Ucrânia

O antigo presidente da Rússia Dmitry Medvedev aponta que a reunião desta quinta-feira, em Paris, França, servirá para discutir "quantos caixões" serão precisos, caso a Coligação dos Interessados avance com a colocação de tropas na Ucrânia.

O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, ameaçou, esta quinta-feira, as tropas estrangeiras que foram combater na Ucrânia, no âmbito da Coligação dos Interessados, uma iniciativa realizada pelos países Europeus.

As declarações surgem no mesmo dia em que Andrey Yermak,  chefe do gabinete de Vladimir Zelensky chegou a Paris juntamente com os ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa, Andrey Sibiga e Rustem Umerov, para discutir a situação de apoio a Kyiv, com representantes do Reino Unido, Alemanha e França.

"Aparentemente, os líderes da panelinha fascista ucraniana foram a Paris para conversações com o Reino Unido, a Alemanha e a França sobre o número de caixões europeus que estarão dispostos a aceitar após o destacamento das tropas da Coligação dos Interessados na Ucrânia", disse o político, citado pela agência russa Tass.

Para além dos europeus que se deslocam à capital francesa, também o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, e o enviado especial dos Estados Unidos para o Médio Oriente, Steve Witkoff, são esperados para discutir a Ucrânia.

O reforço por parte de dezenas de países, que conta nas reuniões com membros do bloco comunitário europeu, foi discutido há algumas semanas. Entre algumas das hipóteses para prestar apoio à Ucrânia, a colocação de tropas europeias na Ucrânia foi posta em cima da mesa.

Ainda não é conhecido quantos - ou quais - os países que estão a pensar em avançar para a Ucrânia, mas o mês passado o Ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, disse que a presença de tropas da NATO na Ucrânia seria considerado como uma ameaça para a Rússia.

Conferência de imprensa do coletivo dos Advogados da Liga Guineense Dos Direitos Humanos, Sobre a notificação do Ministério Público pelo seu Constituinte (Bubacar Turé), presidente da LGDH.

Presidente da República, Umaro Sissoco, fala à imprensa, à saída na reunião do Conselho de Ministros desta quinta-feira (17-04-2025)


Veja Também:

Conferência de Imprensa do Tribunal de Contas da Guiné-Bissau