quinta-feira, 25 de maio de 2023
quarta-feira, 24 de maio de 2023
Líderes de incursão em solo russo dizem que operação foi um sucesso
© Lusa
POR LUSA 24/05/23
Dois grupos que combatem do lado ucraniano e que assumiram a autoria de uma incursão nos últimos dois dias numa região fronteiriça russa vangloriaram-se hoje pelo "sucesso" da sua operação que afirmam ter evidenciado as fragilidades russas.
Falando a jornalistas no norte da Ucrânia, perto da fronteira russa, o fundador de um desses grupos, Denis Kapustin, do Corpo de Voluntários da Rússia, disse que entrar na Rússia e regressar à Ucrânia "pode ??ser considerado um sucesso".
O ataque a que se referem os combatentes pró-ucranianos ocorreu na segunda-feira na região de Belgorod, quando Moscovo denunciou a incursão de grupos de "sabotadores" provenientes da Ucrânia, o mais grave incidente deste tipo, que foi acompanhado por bombardeamentos ucranianos que visaram localidades russas e que provocaram um morto e 13 feridos.
"A operação está em andamento. Tem várias fases", afirmou Kapustin, uma figura conhecida nos meios 'hooligan' e de extrema-direita na Rússia e que se estabeleceu antes da guerra na Ucrânia, onde organizava lutas de Artes Marciais Mistas e era dono de uma marca de roupas.
Segundo Kasputin, este tipo de incursões obriga o exército russo a deslocar "um grande número" de forças, destapando assim outras partes da fronteira e da frente de combate.
O porta-voz do outro grupo que assumiu a responsabilidade pela incursão, identificado como "César" da "Legião da Liberdade Russa", qualificou a operação de "incrível" enquanto posava em frente a um veículo blindado que garantiu ser um "troféu" retirado das forças russas.
Nascido em São Petersburgo, na Rússia, "César" foi identificado pelos 'media' russos como outro membro com ligações à extrema-direita.
Os combatentes, que eram cerca de 30 diante da imprensa, disseram que passaram quase 24 horas em território russo antes de regressar à Ucrânia na madrugada de hoje.
Moscovo afirmou na terça-feira ter repelido esta incursão com a ajuda da artilharia e da aviação e ter eliminado "mais de 70 terroristas ucranianos".
Os combatentes, que se definem como "conservadores de direita e tradicionalistas", afirmaram, por seu lado, que tiveram apenas dois feridos.
Segundo Kapustin, a reação de Moscovo àquela incursão mostrou que "a liderança militar e política na Rússia está completamente despreparada" para lidar com este tipo de manobras.
"Quero provar que se pode lutar contra os tiranos e que o poder de Putin não é ilimitado", acrescentou, referindo que está a lutar contra a injustiça e a tortura.
Embora a Ucrânia tenha negado qualquer responsabilidade pela incursão, Kapustin disse que Kyiv as encorajava mas sem fornecer armas ou equipamentos.
Imagens divulgadas pelas autoridades russas mostraram veículos usados ??pelos combatentes durante a incursão e posteriormente capturados, identificados pelo jornal The New York Times como MRAPs norte-americanos.
Se a Ucrânia recebeu mais de 500 de Washington, "César" garantiu tê-los comprado "nos armazéns de guerra".
A Rússia prometeu hoje uma resposta "extremamente firme" em caso de novas incursões armadas.
"Vamos continuar a responder de forma rápida e extremamente firme a tais ações", disse o ministro da Defesa da Rússia, Serguei Shoigu.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Japão entrega 100 veículos militares a Kyiv
POR LUSA 24/05/23
O Governo do Japão anunciou hoje a entrega de uma centena de veículos militares à Ucrânia, na sequência de um acordo alcançado com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Numa cerimónia organizada pelo Ministério da Defesa nipónico, o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, confirmou a entrega dos veículos, especificando que são carrinhas com capacidade para uma dúzia de pessoas e máquinas.
A entrega surge na sequência de um acordo alcançado no domingo passado por Zelensky e Kishida, paralelamente à cimeira do G7 (grupo das sete democracias mais desenvolvidas), que decorreu em Hiroshima, no Japão, tal como foi noticiado pela televisão NHK.
Kishida prometeu então aumentar a ajuda à Ucrânia em plena invasão russa.
Hoje, Kishida afirmou que o Governo decidiu prestar assistência adicional à Ucrânia, tanto a nível financeiro como em domínios como a energia, exploração mineira e agricultura, reportou o jornal The Japan Times.
O governante indicou que Tóquio planeia fornecer 470 milhões de dólares (436 milhões de euros) no âmbito do acordo alcançado pelas partes, além de 30 milhões de dólares (27,8 milhões de euros) para a compra de material não letal através de fundos da NATO.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão, justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia, foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para Kiev e com a imposição de sanções políticas e económicas a Moscovo.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 8.895 civis mortos e 15.117 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
A Rússia acusou hoje a Ucrânia de atacar um dos seus navios de guerra enquanto patrulhava a zona económica exclusiva da Turquia, alegando ter destruído três embarcações não tripuladas.
© REUTERS/Evgenia Novozhenina/File Photo
POR LUSA 24/05/23
Rússia acusa Kyiv de atacar navio russo em águas da Turquia
A Rússia acusou hoje a Ucrânia de atacar um dos seus navios de guerra enquanto patrulhava a zona económica exclusiva da Turquia, alegando ter destruído três embarcações não tripuladas.
"As forças armadas ucranianas tentaram, sem sucesso, atacar o navio da Frota do Mar Negro Ivan Khours (...) na zona económica exclusiva da Turquia", afirmou o Ministério da Defesa da Rússia, na rede social Telegram.
Segundo Moscovo, este ataque ocorreu quando o navio russo estava a "realizar tarefas destinadas a garantir a operação segura dos gasodutos Turkish Stream e Blue Stream", que transportam gás russo para a Turquia.
"Todas as embarcações inimigas foram destruídas por disparos regulares do navio russo 140 quilómetros a nordeste do Estreito de Bósforo", explicou o Ministério russo.
Vários incidentes envolvendo navios de guerra ou aeronaves russas ocorreram no Mar Negro desde o início da invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022.
Em março, dois caças russos intercetaram um 'drone' norte-americano, provocando a sua queda em águas internacionais, o que provocou uma escalada de tensões entre Washington e Moscovo.
Em abril de 2022, a Ucrânia afirmou ter afundado um navio da Frota Russa do Mar Negro com mísseis.
A zona também é usada para a exportação de cereais ucranianos, um suprimento crucial para países da África e da Ásia, graças a um acordo patrocinado pela ONU e pela Turquia e que, na semana passada, foi prorrogado por dois meses.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa -- justificada pelo presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 8.895 civis mortos e 15.117 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
Leia Também: O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, instou hoje os países africanos a abandonarem a sua posição de neutralidade em relação à guerra que a Rússia trava na Ucrânia.
CAMPANHA: ELEIÇÕES LEGISLATIVAS 2023 - COORDENADOR NACIONAL DO MADEM-G15, BRAIMA CAMARÁ, EM MANSOA
O Governo da Guiné-Bissau fez um empréstimo bancário para fazer face a "necessidade inadiáveis" das eleições legislativas de 04 de junho, disse hoje à Lusa fonte governamental.
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POR LUSA 24/05/23
Guiné-Bissau. Recurso à banca para "necessidade inadiáveis" das eleições
O Governo da Guiné-Bissau fez um empréstimo bancário para fazer face a "necessidade inadiáveis" das eleições legislativas de 04 de junho, disse hoje à Lusa fonte governamental.
Segundo a mesma fonte, o executivo recorreu a um empréstimo no valor de 1,87 mil milhões de francos cfa (cerca de 2,7 milhões de euros).
A mesma fonte explicou o Governo já teve a anuência de um banco comercial de Bissau do valor em causa e que será reposto assim que entrar o dinheiro prometido pela comunidade internacional.
A verba em causa destina-se a pagar ações no dia da votação, nomeadamente o transporte do material para as assembleias do voto, combustível para as comissões regionais de eleições, bem como o pagamento de subsídios às pessoas que vão trabalhar nas mesas de voto.
A fonte sublinhou que, contando com a diáspora, serão cerca de 3.400 mesas de voto.
O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o Governo da Guiné-Bissau assinaram em março o Projeto de Apoio ao Ciclos Eleitorais, para o período entre 2023 e 2025, no valor de 5,3 milhões de euros, que prevê apoiar as legislativas de 04 de junho e as presidenciais, que se devem realizar em 2025.
Mas, segundo o PNUD, a resposta dos parceiros ao projeto está a ser lenta e em 10 de maio apresentava uma diferença de três milhões de dólares (2,8 milhões de euros).
Portugal, que entregou na terça-feira material eleitoral à Guiné-Bissau, incluindo boletins de voto, no valor de 300 mil euros, anunciou um apoio extraordinário de 250 mil euros ao processo eleitoral no âmbito da cooperação multilateral.
O PNUD avançou com cerca de um milhão de dólares (cerca de 930 milhões de euros) para a aquisição de cabines de votação, selos para as urnas e canetas marcadoras de tinta indelével.
O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, tinha já afirmado no início deste mês que estavam em curso diligências para suprir o défice orçamental para as legislativas.
As eleições legislativas da Guiné-Bissau estão orçadas em 7,9 mil milhões de francos cfa (cerca de 12 milhões de euros), segundo o ministro das Finanças guineense, Ilídio Té, que disse que o Governo cobriu cerca de 70% daquele valor.
Duas coligações e 20 partidos políticos iniciaram em 13 de maio a campanha eleitoral para as sétimas eleições legislativas de 04 de junho, depois de o parlamento guineense ter sido dissolvido em 18 de maio de 2022.
A campanha eleitoral na Guiné-Bissau vai decorrer até 02 de junho.
Leia Também: CEDEAO enviou missão de longa duração para a Guiné-Bissau
CEDEAO enviou missão de longa duração para a Guiné-Bissau
© Lusa
POR LUSA 24/05/23
A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) enviou uma missão de observação eleitoral de longa duração para acompanhar as legislativas na Guiné-Bissau, que já está no terreno, segundo um comunicado a que Lusa teve hoje acesso.
Em comunicado, divulgado na sua página oficial na Internet, a CEDEAO informa que a missão de observação eleitoral de longa duração, que chegou ao país na semana passada, vai acompanhar as "principais etapas do processo eleitoral em curso" para as legislativas de 04 de junho.
A missão é chefiada por Serigne Mamadou Ka, chefe da Divisão de Assistência Eleitoral, e é composta por 15 especialistas eleitorais e "servirá como mecanismo de alerta precoce para a prevenção e gestão de qualquer conflito relacionado com o processo eleitoral".
"Durante a sua estada, os membros da missão vão manter sessões de trabalho com vários intervenientes no processo eleitoral, nomeadamente a Comissão Nacional de Eleições, administração, organizações da sociedade civil, comunicação social, polícia nacional, bem como com candidatos e partidos políticos para promover o bom andamento de vários aspetos do processo", refere o comunicado.
A missão de observação eleitoral de longa duração vai permanecer no país até 08 de junho.
A partir de 01 de junho, segundo o comunicado, a missão será reforçada com uma outra de curto prazo composta por 60 observadores eleitorais, que estarão presentes em todo o território nacional.
Duas coligações e 20 partidos políticos iniciaram em 13 de maio a campanha eleitoral para as sétimas eleições legislativas de 04 de junho da Guiné-Bissau, depois de o parlamento guineense ter sido dissolvido a 18 de maio de 2022.
A campanha eleitoral na Guiné-Bissau vai decorrer até 02 de junho.
A Guiné-Bissau preside atualmente à CEDEAO, que integra também o lusófono Cabo Verde, além de Benim, Burkina Faso, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné-Conacri, Libéria, Mali, Níger, Nigéria, Serra Leoa, Senegal e Togo.
CAMPANHA: ELEIÇÕES LEGISLATIVAS 2023 - COORDENADOR NACIONAL DO MADEM-G15 EM NHACRA
Presidência da República da Guiné-Bissau: Força de Protecção Civil (Bombeiros)
Kyiv acusa Rússia de usar central nuclear de Zaporíjia como base militar
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POR LUSA 24/05/23
O serviço de informações militares do Ministério da Defesa da Ucrânia (GUR) denunciou hoje que a Rússia continua a utilizar a central nuclear de Zaporíjia, no sudeste do território ucraniano e sob controlo russo, como base militar.
"Apesar dos repetidos apelos da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) e de líderes internacionais, os ocupantes não estão a reduzir a sua presença na central nuclear de Zaporíjia", disse o GUR, em comunicado.
"Neste momento, a zona dos reatores um, dois e quatro está a ser utilizada como base militar e logística", acrescentou a mesma nota informativa, que vem acompanhada de duas fotografias em que se veem vários camiões no interior da central nuclear, de acordo com as agências internacionais.
Segundo as autoridades ucranianas, as forças russas mantêm veículos blindados e camiões militares próximos a esses reatores, eventualmente com munições e material explosivo.
O GUR denuncia ainda que os trabalhadores da central nuclear encarregados da sua fiscalização estão proibidos de aceder a estas áreas.
"Aqueles que tentaram realizar rondas de controlo sofreram agressões", acrescentou o comunicado, que garante que alguns dos funcionários que procuraram vigiar as instalações estão no hospital em estado grave.
Kiev acusa a Rússia de usar a central nuclear de Zaporijia, a maior da Europa, para lançar ataques militares contra a Ucrânia, de forma a que as forças ucranianas não possam responder, com receio de causar um acidente nuclear.
Por sua vez, Moscovo acusa a Ucrânia de bombardear sistematicamente a central nuclear, que está sob controlo russo.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Leia Também: O Presidente chinês, Xi Jinping, disse hoje que a China está disposta a "manter um firme apoio mútuo à Rússia" em questões relacionadas com os "interesses fundamentais" dos dois países, num encontro com o primeiro-ministro russo, Mikhail Mishustin.
Presidência da República da Guiné-Bissau: Visita ao Ministério do Interior
OMS condena invasão russa e ataques a infraestruturas de saúde
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Notícias ao Minuto 24/05/23
A Rússia ainda apresentou uma contra-proposta, na qual rejeitava o seu papel na emergência na Ucrânia, mas esta foi rejeitada com uma grande maioria.
A assembleia da Organização Mundial de Saúde (OMS) condenou oficialmente a invasão russa na Ucrânia e os ataques contra infraestruturas de saúde no país, com uma esmagadora maioria e apesar de uma contraproposta por parte das autoridades de Moscovo.
A moção, votada esta quarta-feira, foi aprovada com 80 votos a favor contra apenas 9 contra, com 52 abstenções 36 países ausentes da votação, explicou a Reuters.
A Rússia apresentou também uma moção na mesa da assembleia, no qual estão presentes 194 países-membros, e, nessa proposta, assumiu que existe uma emergência de saúde na Ucrânia mas omitiu qualquer responsabilidade nessa emergência. A proposta foi rejeitada por 62 votos, com 13 países a votarem a favor da moção russa, 61 abstiveram-se e 41 ausentaram-se da votação.
O corpo diplomático russo na organização reagiu de forma breve ao voto de condenação, garantindo que não está contra a atividade da OMS na Ucrânia mas mostrando-se desagradado com o que considera ser uma "politização" da entidade.
A votação não se desenrolou sem alguma tensão, com o enviado russo a interromper os discursos que criticavam o regime com pontos de ordem, e com o embaixador britânico a acusá-lo de "desinformação" por terem sido espalhados panfletos nos quais o Kremlin acusa Kyiv de atacar as suas próprias infraestruturas médicas.
Leia Também: Filial especializada da OMS encerra em Moscovo devido à guerra na Ucrânia
Presidência da República da Guiné-Bissau: Visita à guarda Nacional
BOLÍVIA: Murros e pontapés. Deputados bolivianos agridem-se em pleno Parlamento... Agressões aconteceram durante sessão pública com o ministro Eduardo Del Castillo.
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Notícias ao Minuto 24/05/23
Murros, pontapés e até puxões de cabelo. Vários deputados da Bolívia envolveram-se numa violenta rixa, na terça-feira, numa sessão pública do Parlamento.
Num vídeo, entretanto partilhado nas redes sociais, vê-se de um lado os parlamentares do partido do Governo e de outro os da oposição. A certa altura os ânimos começam a aquecer e ambos partem para a agressão.
O conflito aconteceu durante a apresentação de um relatório do ministro do Interior do país, Eduardo Del Castillo, sobre a prisão, em dezembro do ano passado, do governador da região de Santa Cruz, Luis Fernando Camacho, principal figura da oposição da Bolívia.
Enquanto defendia a legalidade da detenção, o governante criticou os deputados do Creemos, descrendo-os como "grupos radicais" e "ladrões violentos, que vieram roubar as carteiras do povo boliviano".
Ao que a oposição reagiu com cartazes com uma foto de Eduardo Del Castillo com a legenda: "ministro do terror".
A partir daí, vários deputados passaram das palavras aos atos e partiram para a agressão física, como se pode ver no vídeo acima.
Cerimónia de Lançamento da 1ª pedra para a construção do novo edifício do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
O chefe do grupo paramilitar russo Wagner, Yevgeny Prigozhin, admitiu hoje o fracasso da campanha militar da Rússia na Ucrânia, afirmando que nenhum dos objetivos foi atingido.
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POR LUSA 24/05/23
Chefe do grupo Wagner admite fracasso da campanha militar russa
O chefe do grupo paramilitar russo Wagner, Yevgeny Prigozhin, admitiu hoje o fracasso da campanha militar da Rússia na Ucrânia, afirmando que nenhum dos objetivos foi atingido.
"A operação militar especial foi lançada com o objetivo de 'desnazificação', mas transformámos a Ucrânia numa nação conhecida em todo o mundo", Prigozhin na rede social Telegram, citado pela agência espanhola EFE.
O empresário, que tem estado ao comando dos mercenários do grupo Wagner na linha da frente, disse que a invasão russa fez dos ucranianos "os gregos e os romanos da época do florescimento".
Prigozhin é um aliado do Presidente Vladimir Putin, que ordenou a invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, para "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho, entre outros objetivos.
Desde o início da guerra, Prigozhin tem sido um duro crítico do estado-maior russo e do ministro da Defesa, Serguei Shoigu.
O chefe do grupo Wagner considerou que a Rússia também falhou o objetivo da desmilitarização da Ucrânia.
"Se antes do início da operação especial, eles [os ucranianos] tinham, digamos, 500 tanques, agora têm 5.000. Se na altura eram capazes de combater 20.000 soldados, agora têm 400.000", afirmou.
"Acontece que estamos a militarizar a Ucrânia, e de que forma!", criticou, numa alusão ao fornecimento de armamento por parte dos aliados ocidentais de Kiev como resultado da invasão.
Prigozhin disse também que o grupo Wagner "é o melhor exército do mundo".
"Para ser correto, devo dizer que o segundo melhor exército do mundo é o exército russo. Mas penso que os ucranianos têm um dos exércitos mais fortes", afirmou.
Prigozhin disse que os militares ucranianos conseguem usar com sucesso qualquer sistema de armas, seja soviético ou da NATO (sigla inglesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte).
Também comparou a motivação dos soldados ucranianos à dos soviéticos durante a guerra contra a Alemanha nazi.
"Fazem tudo para atingir o objetivo supremo, tal como nós fizemos durante a Grande Guerra Patriótica", disse.
A Grande Guerra Patriótica é a designação dada na Rússia ao período da Segunda Guerra Mundial entre o início da invasão da então União Soviética, em 1941, e a capitulação da Alemanha, em 1945.
Prigozhin criticou igualmente os filhos da elite russa pela vida de luxo que exibem nas redes sociais, quando "as pessoas comuns veem os filhos serem-lhes devolvidos em caixões de zinco, feitos em pedaços".
"E não devemos pensar que são centenas, agora são dezenas de milhares de familiares dos mortos. E serão certamente centenas de milhares", acrescentou.
Prigozhin advertiu que esta dualidade de critérios "pode acabar como em 1917, numa revolução", referindo-se ao conflito de que resultou o fim da monarquia e a tomada do poder pelos bolcheviques liderados por Vladimir Lenine.
Além do fornecimento de armas, os aliados ocidentais de Kiev têm decretado pacotes de sanções contra a Rússia para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.
Desconhece-se o número de vítimas do conflito, que mergulhou a Europa naquela que é considerada como a pior crise de segurança desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
ESCRAVIDÃO MODERNA: A Coreia do Norte, a Eritreia e a Mauritânia são os países mais afetados pela escravatura moderna, segundo o Índice Global de Escravidão publicado hoje, que assinalou também o agravamento desta situação no mundo.
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POR LUSA 24/05/23
Coreia do Norte e Eritreia são os países mais atingidos pela escravidão
A Coreia do Norte, a Eritreia e a Mauritânia são os países mais afetados pela escravatura moderna, segundo o Índice Global de Escravidão publicado hoje, que assinalou também o agravamento desta situação no mundo.
No relatório, estima-se que 50 milhões de pessoas estavam "em situação de escravidão moderna" em 2021, 10 milhões a mais do que em 2016. Este número inclui 28 milhões de pessoas em situação de trabalho forçado e 22 milhões de pessoas casadas à força.
Entre os fatores que explicam este agravamento, destacam-se os "conflitos armados crescentes e mais complexos" e o impacto da pandemia da covid-19.
O relatório, realizado pela associação Walk Free, define a escravidão moderna como "trabalho forçado, casamento forçado, servidão por dívida, exploração sexual" ou ainda "venda e exploração de crianças".
A Coreia do Norte tem a taxa mais alta, com 104,6 pessoas em situação de escravidão moderna por 1.000 habitantes.
Em seguida vêm a Eritreia (90,3) e a Mauritânia (32), que foi o último país, em 1981, a tornar ilegal a escravidão hereditária.
Muitos dos países mais afetados estão em regiões consideradas voláteis, passando por conflitos ou instabilidade política, com grandes populações vulneráveis, como refugiados ou trabalhadores migrantes.
Também entre os 10 países mais afetados estão a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, onde a "kafala", um sistema de tutela dos empregados, limita os direitos dos trabalhadores migrantes. Nestas posições de destaque estão também a Turquia, "que acolhe milhões de refugiados sírios", o Tajiquistão, a Rússia e o Afeganistão.
Embora o trabalho forçado seja mais comum em países pobres, tem vínculos profundos com as necessidades dos países mais ricos, aponta o relatório, constatando que dois terços dos casos de trabalho forçado estão ligados a cadeias internacionais de fornecimento de produtos.
O relatório destaca que os países do G20 atualmente importam 468 mil milhões de dólares (434 mil milhões de euros) de bens que podem ter sido produzidos com trabalho forçado, um valor acima dos 354 mil milhões (328 mil milhões) assinalados pelo relatório anterior.
Os produtos eletrónicos continuam a ser os de maior risco, seguidos por roupas, óleo de palma e painéis solares.
"A escravidão moderna permeia todos os aspetos da nossa sociedade. Está presente nas nossas roupas, nos nossos aparelhos eletrónicos e tempera a nossa comida", disse a diretora da associação Walk Free, Grace Forrest.
"Fundamentalmente, a escravidão moderna é uma manifestação de extrema desigualdade. "É um espelho erguido ao poder, que reflete quem, numa dada sociedade, tem e quem não tem este poder", sublinhou Grace Forrest.