sábado, 29 de janeiro de 2022
sexta-feira, 28 de janeiro de 2022
Guiné-Bissau e BAD lançam projeto para dar emprego a 1.500 pessoas
© Lusa
Notícias ao Minuto 28/01/22
O Governo da Guiné-Bissau e o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) lançaram hoje um projeto para apoiar mulheres e jovens com o qual esperam gerar emprego direto a 1.500 pessoas, anunciou o ministro da Agricultura guineense, Marciano Barbeiro.
A iniciativa enquadrada no âmbito do projeto de apoio à autonomização e inclusão das mulheres e jovens nas fileiras de caju, frutas e legumes é financiada pelo BAD em cerca de mil milhões de francos CFA (cerca de 1,5 milhões de euros).
O projeto destina-se a apoiar as mulheres e jovens das regiões de Cacheu e Oio, no norte, Biombo, nordeste e em Bissau.
Para durar cinco anos, o projeto visa reforçar a capacidade de acesso ao financiamento, infraestruturas, equipamentos de transformação e mercados, explicou Marciano Barbeiro, no ato de lançamento.
O ministro da Agricultura guineense destacou que o projeto "representa um importante passo" na implementação das políticas públicas do Governo visando alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 2030.
Segundo Marciano Barbeiro, o projeto pretende relançar as cooperativas agrícolas e gerar empregos para mulheres e jovens.
O projeto vai potenciar a profissionalização de 100 cooperativas de mulheres em micro e pequenas empresas, vai dar formação a 300 rapazes e meninas, vai formar cinco especialistas nacionais no domínio do caju (principal produto agrícola e de exportação do país), 10 técnicos especializados no processamento de produtos agrícolas, criar duas unidades de processamento de caju e ainda construir oito armazéns de secagem de produtos.
Uma linha de crédito de cerca de 780 milhões de CFA (1,1 milhões de euros) estará disponível para os agricultores das quatro localidades.
Guiné-Bissau: O Presidente da República, recebeu hoje, em audiência de Cortesia o Sr. Akinwumi Adesina - Presidente do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD),no âmbito da visita de trabalho ao nosso país.
GOVERNO LANÇA PROJETO DE AUTONOMIZAÇÃO E INCLUSÃO FINANCEIRA NAS FILEIRAS DE CAJU
O governo da Guiné-Bissau através do ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural lançou, esta sexta-feira, 28 de janeiro de 2022, o projeto de apoio à autonomização e inclusão financeira destinado às mulheres e jovens das fileiras de cajú, frutas e legumes, com financiamento do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD).
O projeto prevê ajudar a profissionalizar 100 cooperativas de mulheres e pequenas e micro empresas, bem como a formação e inserção de 300 rapazes e meninas, formação de cinco especialistas em cajú e dez no processamento de produtos agrícolas. Ainda no âmbito do mesmo projeto, serão instaladas duas unidades de processamento de cajú, além de oito armazéns e oito áreas de secagem.
O ministro da agricultura, Marciano Silva Barbeiro, explicou que para a execução do projeto será aberto um fundo de financiamento ou linha de crédito no valor de 780.000.000 de Francos CFA, como também serão criados espaços infantis para a saúde e educação de crianças, instalados nas unidades de produção. Acrescentou que serão criados pelo menos 1500 empregos diretos.
“Os objetivos do projeto entram assim diretamente na visão global de desenvolvimento delineada pelo atual governo. A nível setorial, o projeto contribuirá para a operacionalização da ‘Carta de Política de Desenvolvimento Agrário’ e do programa nacional de segurança alimentar, apoiando as ambições do país exprimidas no PNIA 2º geração de: reduzir o défice na qualidade dos recursos para aumentar a produção agrícola e aproveitar melhor as cadeias de valor agrícola, profissionalizar as cooperativas e melhorar seu acesso ao financiamento, entre outros”, assegurou o governante.
O ministro apelou aos diferentes intervenientes durante todo o processo de execução do projeto, para o seu envolvimento na implementação e seguimento das atividades do projeto, tendo frisado que o objetivo visa a melhoria do crescimento inclusivo das fileiras de cajú, frutas e legumes, bem como a melhoria dos rendimentos das mulheres no setor e acesso das mulheres ao financiamento da atividade económica.
Em representação dos beneficiários, Mariama Danfá Nanqui, disse que as mulheres sofrem diversas discriminações, nomeadamente, a insuficiência de capacitação que, segundo a sua explicação, gera a falta de emprego e de oportunidades.
“O acesso ao crédito é uma das estratégias para o empoderamento das mulheres e a promoção de igualdades de género”, assegurou, para de seguida apelar aos gestores do projeto para tomarem em conta a situação das mulheres e jovens que considera de camadas que podem contribuir para autonomização económica.
Por: Noemi Nhanguan
Foto: N.N
Guiné-Bissau: O Presidente da República, recebeu em audiência de cortesia uma delegação da Exim Bank África.
Guiné-Bissau: Cerimónia de posse dos Membros do Governo recém-nomeados.
1. Sra. Teresa Alexandrina da Silva - Ministra da Justiça e Direitos Humanos;
2. Sr. Aristides Ocante da Silva - Ministro dos Transportes e Comunicações;
3. Sr. Abas Djaló - Ministro da Educação Nacional;
4. Sr. Timóteo Saba M’bunde - Ministro do Ensino Superior e Investigação Científica;
5. Sr. Cirilo Mamasaliu Djaló - Ministro da Administração Publica, Trabalho, Emprego e Segurança Social;
6. Sr. Augusto Gomes - Ministro da Cultura, Juventude e Desportos;
7. Sr. Florentino Fernando Dias - Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros;
8. Sr. Augusto Kabi - Secretário de Estado da Ordem Pública.
Tomada de Posse do Dr. Tomane Baldé, como Alto Comissário para a Luta contra a COVID-19.👇Fonte: Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló
Burkina Faso. CEDEAO suspende Estado-membro após golpe de Estado
© Lusa
Por LUSA 28/01/22
O Burkina Faso, palco de um golpe militar na segunda-feira, foi suspenso da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), cujos chefes de Estado se reuniram hoje numa cimeira extraordinária virtual, segundo fontes oficiais citadas por agências internacionais.
De acordo com a Associated Press (AP) e a France-Presse (AFP), a suspensão foi decidida na reunião virtual de hoje, tendo a organização regional africana agendado uma nova reunião para o próximo dia 3 em Acra para avaliar a situação no Burkina Faso.
A CEDEAO exigiu a libertação do presidente destituído, Roch Marc Christian Kaboré, que se encontra em prisão domiciliária, bem como de outros altos funcionários presos, disse à AFP um participante na reunião, sob condição de anonimato.
A cimeira virtual, que durou cerca de três horas, também decidiu enviar uma missão de chefes de Estado-Maior do Exército da CEDEAO a Ouagadougou este sábado, a ser seguida por uma missão ministerial na segunda-feira.
A próxima cimeira estudará os relatórios destas missões e decidirá se devem ser impostas mais sanções, à semelhança do que aconteceu com o Mali e a Guiné-Conacri, países igualmente suspensos pela CEDEAO após os militares terem tomado o poder.
Na quinta-feira à noite, no seu primeiro discurso desde que assumiu o poder na segunda-feira, o novo homem forte do Burkina, tenente-coronel Paul-Henri Sandaogo Damiba, afirmou na televisão nacional que o seu país "precisa dos parceiros mais do que nunca".
Damiba disse compreender as "dúvidas legítimas" suscitadas pelo golpe, e assegurou que o Burkina Faso "continuará a respeitar os seus compromissos internacionais, particularmente no que diz respeito ao respeito pelos direitos humanos".
O líder militar disse ainda que a independência do poder judicial será "assegurada".
Damiba comprometeu-se igualmente com o "regresso [do país] à vida constitucional normal", "quando as condições estiverem reunidas", mas não deu a conhecer qualquer agenda nesse sentido.
Entretanto, a televisão pública burquinabê anunciou na quinta-feira à noite um aligeiramento do recolher obrigatório imposto na segunda-feira, que passa do período inicial entre as 21:00 e as 05:00 (locais e GMT), para quatro horas, entre a meia-noite e as 04:00.
Desde que tomou o poder, Damiba encontrou-se com vários responsáveis de outras tantos organismos, desde ministros a dirigentes sindicais, tendo aos primeiros indicado que não saíssem do Burkina sem autorização e aos segundos prometido consultá-los e envolvê-los no processo de transição.
No discurso na televisão, Damiba disse que queria envolver todas as "forças vivas" da nação num "roteiro" para a recuperação do Burkina Faso e várias organizações parecem disponíveis para trabalhar com o novo homem forte do país.
Entretanto, o Presidente deposto continua sob detenção domiciliária, está de "boa saúde", de acordo com várias fontes e tem um médico à sua disposição.
Na quinta-feira à noite, o líder da junta militar não se referiu a Kaboré, mas a sua libertação foi exigida pela comunidade internacional e é esperada uma decisão da junta militar para breve.
Roch Marc Christian Kaboré, eleito em 2015 e reeleito em 2020, foi derrubado por um corpo militar liderado por Damiba, que lidera agora o chamado Movimento Patriótico para a Salvaguarda e Restauração (MPSR).
A insurreição militar começou no domingo em vários quartéis no país, incluindo na capital burquinabê, Ouagadougou, a seguir a uma manifestação que fez sair à rua milhares de protestantes contra insegurança criada pela violência de vários grupos extremistas islâmicos e pela incapacidade das forças armadas do Burkina Faso responderem a um problema que se agrava desde 2015, precisamente o ano da chegada de Kaboré ao poder.
O MPSR começou por anunciar a dissolução ou suspensão das instituições da República, bem como o encerramento das fronteiras aéreas do Burkina Faso, mas estas foram reabertas logo na terça-feira, tal como as fronteiras terrestres para certos produtos, o que parece indicar que a junta militar no poder não tem medo de um "contra-ataque" e está a controlar os vários corpos do exército.
Paul-Henri Sandaogo Damiba concluiu o discurso ao país esta quinta-feira com um lema bem conhecido da população burquinabê, atribuído ao presidente que deu ao país o seu atual nome, Thomas Sankara: "Pátria ou morte, nós venceremos".
Logo no ano seguinte à sua chegada ao poder, Sankara mudou o nome do país, numa tentativa de enterrar com as insígnias da República do Alto Volta a herança do poder colonial francês. O país de Sankara passou a chamar-se República Democrática e Popular do Burkina Faso, que significa "país do povo honesto".
Sankara, um líder progressista e ícone pan-africano, foi morto em 1987 por um golpe de Estado instigado por "irmãos de armas", que estiveram ao seu lado na independência do Burkina Faso, incluindo Blaise Compaoré, o seu sucessor, hoje com 70 anos, a viver na Costa do Marfim, onde está exilado desde que foi derrubado, em 2014.
O julgamento dos assassinos de Sankara, que começou em outubro de 2021, foi suspenso pelo golpe de Estado, mas será retomado na próxima segunda-feira.
MALI: CEDEAO acusa junta militar que querer manter o poder por "mais de 5 anos"
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Notícias ao Minuto 28/01/22
A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) acusou hoje a junta militar do Mali de querer manter o poder por "mais de cinco anos" e condicionou o levantamento das sanções à realização de eleições no país.
Os militares, que chegaram ao poder através de um golpe de Estado em agosto de 2020, revogaram um compromisso inicial de realizar eleições em fevereiro de 2022, plebiscito que teria trazido os civis de regresso ao poder.
Os militares malianos anunciaram a intenção de manter durante mais alguns anos o leme do país, mergulhado numa grave e prolongada crise política e de segurança, e a CEDEAO respondeu em 9 de janeiro último com a imposição de uma série de severas sanções diplomáticas e económicas contra o Mali.
"A postura das autoridades militares de transição sugere claramente um desejo de permanecer no poder por mais de cinco anos", sublinha a CEDEAO numa carta enviada a Bamako e hoje divulgada.
Os líderes da organização da África Ocidental reiteram a esperança de que as autoridades militares do Mali forneçam "um calendário razoável e realista" para a realização de eleições e sublinham que "as sanções serão levantadas progressivamente com base neste calendário e na sua aplicação diligente e satisfatória", segundo a missiva.
Esta carta é divulgada no mesmo dia em que os líderes da CEDEAO vão realizar uma cimeira virtual sobre a situação no Burkina Faso, onde, também aí, oficiais do exército destituíram o Presidente Roch Marc Christian Kaboré na passada segunda-feira.
As sanções da CEDEAO impostas ao Mali passam pelo encerramento das fronteiras dos seus Estados-membros com o país, um embargo ao comércio (com exceção de bens de primeira necessidade) e às transações financeiras, assim como a suspensão da ajuda financeira e congelamento dos ativos malianos no Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO).
Esta bateria de sanções deverá pesar significativamente sobre a já frágil economia do Mali, um país encravado entre vários dos países mais pobres do mundo, e onde uma insurreição 'jihadista' faz caminho desde 2012.
Grandes partes do vasto território do Mali estão fora do controlo das autoridades em Bamako.
Esta quinta-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Yves Le Drian, denunciou o comportamento "irresponsável" da junta militar do Mali, que exigiu a retirada das forças dinamarquesas do país.
As forças francesas e europeias "assim, não podem ficar" no Mali e estão atualmente a examinar como "adaptar o seu mecanismo" para combater os 'jihadistas' na região, afirmou hoje Le Drian.
"Iniciámos discussões com os nossos parceiros africanos e europeus para perceber como podemos adaptar o nosso sistema à nova situação no Mali", afirmou o ministro francês em declarações à estação de rádio RTL, citadas pela agência France-Presse.
No ano passado, a França anunciou uma redução das suas forças destacadas no Mali, ao mesmo tempo que era criado um grupo de forças especiais europeias, que recebeu o nome de Takuba.
Mas as relações com a junta militar maliana têm-se deteriorado, e a exigência feita por Bamako a Copenhaga para fazer regressar à Dinamarca o seu contingente de cerca de uma centena de efetivos, mal acabados de aterrar no Mali, é apenas o último incidente.
"Os generais no poder enviaram uma mensagem clara de que a Dinamarca não é bem-vinda no Mali. Não aceitamos isto e por esta razão decidimos trazer os nossos soldados para casa", anunciou esta quinta-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros dinamarquês, Jeppe Kofod, no final de uma reunião no Parlamento em Copenhaga.
"Estamos lá a convite do Mali. Os generais golpistas - num jogo político sujo - retiraram o convite", porque "não querem um plano rápido de regresso à democracia", acrescentou Kofod.
A comunidade internacional também está preocupada com a presença em solo maliano de paramilitares do grupo mercenário russo Wagner, cada vez mais presente em África.
Associação de Comerciantes do Mercado Central de Bissau está em conferência de imprensa.
Muita atenção! Pessoas com estas 4 condições devem evitar comer banana
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Notícias ao Minuto 28/01/22
É sem dúvida alguma uma das frutas mais populares em todo o mundo. Deliciosa e altamente nutritiva, infelizmente o seu consumo não é para todos.
As frutas são alimentos com excelentes benefícios para a saúde como um todo e obrigatórios em qualquer regime alimentar. A banana, em particular, é rica em mineiras, vitaminas e fibras, sendo o seu consumo ideal para atletas, por exemplo, já que evita cãibras e dores musculares.
No entanto, certas pessoas podem ter intolerâncias ou outros problemas associados à ingestão desta fruta. Será que faz parte desse grupo? Veja a lista divulgada pelo portal espanhol Meganotícias:
Alergia
Um facto curioso: quem é alérgico ao látex tem uma maior probabilidade de ser alérgico à banana. Dependendo da gravidade, os sintomas manifestam-se imediatamente após o consumo da fruta, podendo incluir inchaço dos olhos, lábios, língua ou garganta, nariz entupido, olhos irritados, dor abdominal, vómitos e diarreia.
Diabetes
A banana é composta de por hidratos de carbono (como a frutose), que se transformam em açúcar no sangue. Quanto mais madura, pior. Como tal, se é diabético deve evitar comer a fruta ou ingerir bananas mais verdes - com o índice glicémico mais baixo.
Prisão de ventre
As fibras presentes neste alimento podem proporcionar o alivio da obstipação, no entanto atenção aos excessos. Por ser abundante em ácido tânico, em grande quantidade pode provocar o efeito inverso e causar prisão de ventre, segundo um estudo divulgado na revista Microbial Ecology in Health and Disease.
Potássio demasiado alto
Uma das maiores qualidades da banana são os níveis elevados de potássio, por isso, caso tenha o mineral em grande quantidade no organismo, pode sofrer de hipercalemia, causando dores no peito, batimentos cardíacos irregulares, dificuldades respiratórias, fadiga, sensação de sonolência, náuseas ou vómitos.
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PM da Guiné-Bissau afirma que concorda com remodelação do Governo
© Lusa
Por LUSA 28/01/22
O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Nuno Gomes Nabiam, afirmou hoje estar de acordo com a remodelação do Governo apesar de alguns "desentendimento" e "má interpretação", que foram ultrapassados.
"Estão ultrapassadas as questões fundamentais. Houve algum desentendimento ou má interpretação, mas acabámos de ultrapassar aquilo que podia ser um problema e concordamos e agora é trabalhar para o bem do país", disse Nuno Gomes Nabiam.
O primeiro-ministro guineense falava aos jornalistas após a tomada de posse dos novos membros do Governo, depois de anunciada na quarta-feira uma remodelação governamental pelo Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, que mereceu críticas de dois dos três partidos que compõem a coligação no poder.
Nas declarações aos jornalistas, o primeiro-ministro insistiu que as relações com o Presidente "estão boas".
"É normal que haja algum desentendimento porque isto é um processo e cada um de nós às vezes tem uma visão própria, mas isso é com diálogo que se resolve", salientou.
Questionado sobre se estava de acordo com a remodelação governamental, Nuno Gomes Nabiam disse estar de acordo.
"Estou cá, é porque estou de acordo. Portanto, está tudo em ordem", concluiu.
O Governo da Guiné-Bissau, de iniciativa presidencial, é constituído por elementos do Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15), Assembleia do Povo Unido -- Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB) e Partido de Renovação Social.
Num comunicado, divulgado na quinta-feira, a APU-PDGB, liderada pelo primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam, afirmou que a iniciativa de remodelação governamental não partiu do chefe do Governo.
"Informa-se a opinião pública nacional e internacional e os partidos políticos parceiros da coligação que a iniciativa de remodelação governamental não partiu de Sua excelência engenheiro Nuno Gomes Nabiam, primeiro-ministro", pode ler-se no comunicado de cinco pontos da APU-PDGB.
No comunicado, o partido refere que foi "apanhado de surpresa pelo decreto presidencial de mais uma remodelação governamental" e que "não abdica das suas conquistas democráticas no âmbito do atual Governo de coligação".
Numa carta enviada ao primeiro-ministro, o Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15) referiu que não se devia avançar com a referida remodelação sem antes convocar a cimeira de líderes dos partidos que compõem a coligação, para analisar as propostas do chefe do Governo.
O Madem-G15 disse também que todas as propostas de remodelação devem ser feitas no quadro da aliança, "porque fora da esfera deste quadro não será caucionada" pelo partido e, "consequentemente, não terá o respaldo parlamentar desta formação política na Assembleia Nacional Popular".
Sobre este assunto, o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, aconselhou os partidos a preparem-se melhor para as próximas eleições para saírem vencedores e formarem Governo.
"Nós, antes de realizarmos as eleições presidenciais, houve legislativas, mas quem é que saiu vencedor? Não foi o PAIGC. Este Governo resultou de um consenso com o Presidente da República. Aos outros partidos o que posso aconselhar é para se preparem melhor para as próximas legislativas para poderem ganhar e assim podem reclamar", afirmou o Presidente, à margem da tomada de posse.
GUINÉ-BISSAU: PR da Guiné aconselha partidos a preparem-se para as legislativas
© Lusa
Por LUSA 28/01/22
O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, aconselhou hoje os partidos políticos na coligação no poder a preparem-se para as eleições legislativas, previstas para 2023, na sequência de críticas à remodelação governamental.
"Nós, antes de realizarmos as eleições presidenciais houve legislativas, mas quem é que saiu vencedor? Não foi o PAIGC. Esse Governo resultou de um consenso com o Presidente da República. Aos outros partidos o que posso aconselhar é para se preparem melhor para as próximas legislativas para poderem ganhar e assim podem reclamar", afirmou o Presidente aos jornalistas.
O chefe de Estado falava à imprensa na cerimónia de posse dos novos membros do Governo, após anunciar uma remodelação governamental na quarta-feira.
"Esta geringonça é feita pelo Presidente da República, de forma que eu desvalorizo essas reivindicações, mas aconselho também os meus amigos do partido Madem (Movimento para a Alternância Democrática) para se prepararem melhor para poderem ganhar as próximas eleições legislativas", disse.
Num comunicado, divulgado na quinta-feira, a Assembleia do Povo Unido -- Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), liderada pelo primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam, afirmou que a iniciativa de remodelação governamental não partiu do chefe do Governo.
"Informa-se a opinião pública nacional e internacional e os partidos políticos parceiros da coligação que a iniciativa de remodelação governamental não partiu de Sua excelência engenheiro Nuno Gomes Nabiam, primeiro-ministro", pode ler-se no comunicado de cinco pontos da APU-PDGB.
No comunicado, o partido refere que foi "apanhado de surpresa pelo decreto presidencial de mais uma remodelação governamental" e que "não abdica das suas conquistas democráticas no âmbito do atual Governo de coligação".
Numa carta enviada ao primeiro-ministro, o Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15) referiu que não se devia avançar com a referida remodelação sem antes convocar a cimeira de líderes dos partidos que compõem a coligação, para analisar as propostas do chefe do Governo.
O Madem-G15 disse também que todas as propostas de remodelação devem ser feitas no quadro da aliança "porque fora da esfera deste quadro não será caucionada" pelo partido e "consequentemente não terá o respaldo parlamentar desta formação política na Assembleia Nacional Popular".
Além da APU-PDGB e do Madem-G15, a aliança no Governo integra também o Partido de Renovação Social.
A nova orgânica do Governo da Guiné-Bissau passa a ter 22 ministérios e nove secretarias de Estado.
quinta-feira, 27 de janeiro de 2022
DEFESA NACIONAL: Senegal avisa jornalistas de que podem enfrentar sanções
© Reuters
Por LUSA 27/01/22
O Governo senegalês avisou os jornalistas e os utilizadores da Internet de que poderão enfrentar sanções se publicarem informações que "minam a defesa nacional", na sequência da perda e desaparecimento recente de soldados num confronto na Gâmbia.
O aviso, emitido pelo Ministério da Defesa na quarta-feira à noite, ocorre pouco depois de dois soldados terem sido mortos no início desta semana e de outros nove terem desaparecido na sequência de um confronto com supostos rebeldes pertencentes ao Movimento das Forças Democráticas de Casamansa (MFDC) na Gâmbia, um país que forma um enclave no sul do Senegal.
O ministério senegalês não esclarece o que motivou a declaração.
O comunicado destina-se aos "atores envolvidos no domínio da divulgação de informação, a título profissional ou não" e pede-lhes "que prestem especial atenção para não divulgarem ou transmitirem informações que possam prejudicar a defesa nacional".
A lei pune crimes e delitos contra a defesa nacional, adverte o Governo senegalês, que lembra que as penas são mais severas contra militares e paramilitares que eventualmente venham a infringi-la.
As autoridades senegalesas anunciaram na segunda e na terça-feira a morte de dois soldados senegaleses integrados na missão da África Ocidental na Gâmbia (Ecomig), e o desaparecimento de outros nove, na sequência de confrontos com alegados rebeldes de Casamansa durante uma operação contra o tráfico de madeira em território da Gâmbia.
Dacar acredita que os soldados senegaleses desaparecidos sejam prisioneiros dos rebeldes do MFDC.
A Gâmbia tem servido de base dos rebeldes do MFDC, que lutam há 40 anos pela independência de Casamansa, uma região do sul do Senegal, separada precisamente do resto do país pelo território gambiano.
A região de Casamansa, no sul do Senegal e junto à fronteira com a Guiné-Bissau, é o cenário de uma rebelião armada desde 1982, atualmente considerada como um conflito de baixa intensidade, entre o Governo em Dacar e o MFDC.
O movimento exige a independência daquela região senegalesa, separada do resto do país pela vizinha Gâmbia, e que historicamente se reclama abandonada pelo Governo senegalês.
Ao contrário do norte do país, mais árido, o sul do Senegal tem terras férteis e é rico em recursos florestais, sendo o tráfico ilegal de madeira nos últimos anos a principal fonte de financiamento do MFDC, segundo um relatório da organização não-governamental britânica Environmental Investigation Agency (EIA).
Casamansa já foi a zona turística mais popular do Senegal pelas suas florestas e qualidade das praias e, ainda que a rebelião independentista tenha limitado o seu potencial, tem gozado de longos períodos sem incidentes violentos.
Catorze lenhadores foram mortos em janeiro de 2018 por homens armados que, no mesmo mês, assaltaram também quatro turistas espanhóis, depois de terem parado o veículo em que viajavam.
Os incidentes do início desta semana foram o acontecimento mais grave em vários anos, relacionados com o conflito de Casamansa, que no passado já colheu milhares de vidas e devastou a economia senegalesa, obrigando dezenas de milhares de pessoas a fugir ou refugiar-se na Guiné-Bissau e na Gâmbia nos seus primeiros anos.
O exército senegalês realizou, por várias ocasiões nos últimos anos, operações militares com o objetivo de neutralizar os rebeldes que se refugiam na zona e combater as atividades dos bandos armados, permitindo às populações regressar às suas casas.
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