quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

A IMPLEMENTAÇÃO DO ACORDO DE CONAKRY E A ESTABILIDADE POLÍTICA NA GUINÉ-BISSAU

O amplo registo de esforços empreendidos pela humanidade na busca de soluções consistentes e duradoiras para os conflitos que marcaram e marcam o percurso da história, demonstram de forma inequívoca que não existem acordos perfeitos, acordos que beneficiam equitativamente as partes em disputa.

Para que os acordos sejam teoricamente alcançados, assinados e implementados, as partes envolvidas devem estar preparadas para fazer cedências e deixar-se mover pelo pragmatismo, o bom senso e sentido de responsabilidade face aos objectivos preconizados e neles plasmados, considerando as imensas oportunidades de realização que o desanuviar da situação coloca a disposição dos seus signatários, em função de manifestas capacidades e expressas disponibilidades de, ao longo da sua implementação, converter as supostas desvantagens neles contidas em vitórias sonantes e as suas vantagens em marcos históricos.  

Idealizado pelo Presidente da República, Dr. José Mário Vaz, como um imprescindível factor de entendimento e aproximação de ideias e visões estratégicas, determinantes do posicionamento das diferentes formações políticas representadas na nossa Assembleia, perseguindo o nobre objectivo de promover a paz e a estabilidade sociopolítica no País, o Acordo de Conakry, que pretendia ser um novo começo nas relações institucionais, propondo a constituição dum Governo Inclusivo com a histórica missão de reformar as obsoletas Leis Eleitorais vigentes e corrigir as discrepâncias que fazem dos sectores da Justiça, da Defesa e Segurança, os principais factores de instabilidade no País, acabou por se tornar num autentico pesadelo nacional, em virtude da má fé revelada pelo Presidente do PAIGC, Engenheiro Domingos Simões Pereira, que tudo fez, tudo faz e certamente tudo fará para adiar permanentemente o País, obstruindo o normal funcionamento das Instituições do Estado (por via do suborno), bloqueando e inviabilizando todas as iniciativas do Presidente da Republica e do actual Governo, inclusive no que concerne à implementação desse Acordo.

É preciso ser muito rancoroso, odioso e insensível ao Estado da Nação, para que, na redacção dum acordo tendente a ultrapassar uma profunda crise institucional como esta que assola a Guiné-Bissau, penalizando os nossos esforços de afirmação nacional e colocando o nosso País à margem do imenso caudal do desenvolvimento global, propor condições que praticamente inviabilizam a sua implementação, contribuindo propositadamente para deteriorar significativamente uma situação já por si só muito complicada – “Reintegração Incondicional dos 15 elementos expulsos da fileira do PAIGC, mas respeitando os Estatutos do Partido”. Um acordo que proclama uma reintegração “incondicional”, para logo de seguida colocar como condição para essa mesma reintegração “o respeito pelos Estatutos do Partido”, como se estivéssemos a falar duma resolução do Comité Central do PAIGC e não dum acordo mediado internacionalmente. é uma brincadeira de mau gosto que nem sequer devia ter sido assinado;

É preciso ser muito descarado, hipócrita e manipulador, para sumariamente expulsar 15 dos seus 57 Deputados (maioria absoluta), passando a contar apenas com uma minoria inexpressiva de 42 Deputados num universo de 102 eleitos a nível nacional e continuar a proclamar o direito de exercer o Poder, alegando ter sido o vencedor das últimas eleições, mesmo sabendo que nas democracias não basta ganhar as eleições para conquistar o Direito Constitucional de exercer o Poder, mas que é preciso ganhá-las de forma a assegurar a existência duma maioria parlamentar capaz de garantir a sustentabilidade governativa, o que não é o caso do PAIGC neste momento. E tudo por culpa do seu Presidente, Eng.º Domingos Simões Pereira, que, revelando uma avidez obsessiva pelo Poder absoluto, descarta quaisquer hipóteses de dialogar séria e honestamente com os seus principais adversários à liderança do Partido, encontrando nas expulsões, suspensões e demais formas de sansões arbitrárias, uma ferramenta eficaz para os marginalizar e consequentemente estabelecer o monopólio e a exclusividade da sua contestada liderança, mesmo a custa da fragmentação da sociedade e do próprio Partido que por conseguinte se viu esvaziado do seu conteúdo democrático. 

É preciso ser descaradamente hipócrita, compulsivamente destorcedor dos factos ou desconhecedor da matéria relacionada ao parlamentarismo democrático, para publicamente afirmar que a maioria parlamentar é determinada em função da composição da comissão permanente da ANP, quando é do conhecimento geral que a composição da comissão permanente deriva da composição da plenária, ou seja, do número de Deputados afectos às diferentes bancadas parlamentares. Quando o PAIGC decidiu expulsar os seus Deputados, devia estar preparado não só para definitivamente perder o Poder na presente legislatura, mas sobretudo para com a requerida dignidade, ceder as maiorias que detinha nos Órgãos da Assembleia, nomeadamente na Comissão Permanente. Entretanto não foi o caso. Ou seja, em vez dos impreteríveis ajustes que a nova situação exigia, o Presidente do PAIGC, Eng.º Domingos Simões Pereira, movido por um sentimento antipatriótico e antidemocrático, eticamente condenável, optou por bloquear a Assembleia Nacional (constitucionalmente definido como espaço de diálogo e concertação políticos por excelência) e eleger a rua como palco preferencial de resolução dos diferendos políticos que dilaceram a nossa sociedade.

Durante os últimos 44 anos, aprendemos a fazer tudo (a ser bons Engenheiros, Médicos, Psicólogos, Empresários, Professores, etc.), excepto conversar uns com os outros na busca de soluções duradoiras para ultrapassar as nossas diferenças, congregar esforços na consolidação da unidade nacional e no fortalecimento dos alicerces da nossa soberania face ao resto do Mundo.

Foram 44 anos para esquecer, 44 anos de erros sucessivos e injustificáveis que negaram ao nosso País e ao nosso povo o acesso às exuberantes oportunidades inerentes à um Mundo globalizado e em constante crescimento e desenvolvimento. Foram 44 anos de recuos, adiamentos, bloqueios, isolamentos e demais entraves ao desenvolvimento que auguraram a Guiné-Bissau um lugar de destaque na vergonhosa lista de Países detentores dos piores índices de desenvolvimento do Planeta, com todas as consequências daí derivadas.

Entretanto nunca na história da humanidade se viu uma geração de políticos, cometer tantos erros num tão reduzido espaço de tempo, como os que foram cometidos antes, durante e depois do VIII Congresso do PAIGC, realizado na cidade de Cacheu:

Os quase dois anos de sucessivos adiamentos da data da realização desse Congresso, com a macabra intenção de desgastar e prejudicar o candidato que estava melhor posicionado para albergar os votos da maioria dos Delegados nele presentes, deixou sequelas e feridas profundas tanto no Partido como na Sociedade, que em virtude da injustificável arrogância do Presidente do PAIGC, Eng.º Domingos Simões Pereira, nunca foram saradas. Ou seja, atribuindo a vitória ao representante duma aliança constituída de improviso e que não dispunha de condições para ganhar e muito menos para lidar com a emoção, a euforia, as sensibilidades, as exigências e as particularidades inerentes à um momento histórico muito delicado, que interpelava à uma rigorosa observância de factores tão importantes como a dimensão do PAIGC e a complexidade dos interesses nele instalados, o Congresso de Cacheu acabou por defraudar todas as expectativas e os seus organizadores, consciente ou inconscientemente, lançaram as sementes do descalabro nacional.
        
É preciso ter uma mente muito atrofiada para sucessivamente cometer os mesmos erros, erros imperdoáveis, assentes num padrão arcaico de relação política que, em vez de unir e fortalecer, estimula a divisão, a debandada, a marginalização a descriminação o amiguismo, o nepotismo, o oportunismo político e um generalizado descontentamento no seio dos militantes.

A decepcionante e catastrófica aliança de nove candidatos, constituída no VIII Congresso, com o único e exclusivo objectivo de impedir a vitória de Braima Camará em Cacheu, teve um fim inglório e desastroso tanto para o PAIGC que hoje se encontra fragmentado e a deriva, como para a Guiné-Bissau e o seu povo  -  UM VEREDICTO QUE A HISTÓRIA RESERVA À TUDO O QUE SE ALICERÇA NA MENTIRA, NA INTRIGA, NA INJUSTIÇA E NA MÁ-FÉ.

O Veredicto ao IX Congresso será ainda muito mais severo – É APENAS UMA QUESTÃO DE TEMPO!

Um bem-haja à todos!
EDP – com muita estima.

Fonte: dokainternacionaldenunciante

UA apoia sanções para "obstrucionistas" que impedem fim da crise na Guiné-Bissau

O Conselho de Paz e Segurança da União Africana (UA) anunciou hoje que apoia as sanções adotadas pela CEDEAO contra "obstrucionistas políticos" que estão a dificultar o processo para pôr fim à crise na Guiné-Bissau.

"O Conselho decidiu apoiar as medidas adotadas pela CEDEAO [Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental], incluindo sanções contra 'obstrucionistas políticos' que estão a empatar o processo para pôr fim à crise no país", indicou a UA em comunicado.

Para tal, aquele órgão da UA pede à Comissão da organização para "se coordenar com a Comissão da CEDEAO para garantir uma aplicação eficaz das medidas" e apela também à comunidade internacional para oferecer total cooperação à CEDEAO e apoiar a aplicação das sanções".

No documento, aprovado no final de uma reunião realizada na terça-feira em Adis Abeba, onde a UA está sediada, o Conselho de Paz e Segurança insta também "todas as partes guineenses a absterem-se de ações ou declarações que possam aumentar a tensão e incitar à violência", sublinhando igualmente "a necessidade de as forças de segurança e as Forças Armadas da Guiné-Bissau se absterem de interferir na crise política e institucional e continuarem a fazer cumprir a Constituição do país".

A UA insta, mais uma vez, os responsáveis da Guiné-Bissau a "trabalharem empenhadamente para a efetiva aplicação do acordo de Conacri de 14 de outubro de 2016 e do roteiro de Bissau para pôr termo à atual crise no país" e exorta também "os dirigentes políticos da Guiné-Bissau, incluindo o Presidente da República, a demonstrar a maior contenção, espírito de Estado e responsabilidade e a cumprirem a Constituição do país, com vista a identificar uma solução rápida para o atual impasse político", lê-se no documento.

O Acordo de Conacri, de 16 de outubro de 2016, baseado no roteiro de seis pontos da CEDEAO assinado em Bissau a 10 de setembro de 2016, continua a ser o principal quadro para uma resolução da crise política guineense, prevendo a formação de um Governo consensual integrado por todos os partidos com assento parlamentar e a nomeação de um primeiro-ministro de consenso e da confiança do chefe de Estado, entre outros pontos.

O órgão da União Africana saudou ainda "os esforços efetuados pela CEDEAO para encontrar uma solução duradoura para a crise em curso na Guiné-Bissau" e a "imposição de sanções individuais destinadas a restaurar o Governo democrático e a garantir o respeito pelo Estado de direito naquele país".

dn.pt/lusa

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

SEXO - Anorgasmia, “role playing” e swing: afinal, ainda não sabemos tudo sobre sexo

"Manual de Sedução" está nas bancas e o Dia dos Namorado a chegar, pretexto para tirar todas as dúvidas com a sexóloga Vera Ribeiro. O que é que ainda não sabemos sobre sexo?

"Manual de Sedução": o livro saiu e nós fizemos 10 perguntas à sexóloga Vera Ribeiro.

Psicóloga clínica há 18 anos, Vera Ribeiro especializou-se em sexologia em 2009. Desde então, foram muitos os casos que lhe passaram pelas mãos, alguns deles agora relatados no livro Manual de Sedução, publicado no início deste mês pela Manuscrito. Comunicação é a palavra de ordem num guia prático com conselhos, dicas e muita, muita informação prática sobre sexo, sedução e prazer. “Fazia falta pôr tudo isto num único livro. Está tudo muito separado, parece que as coisas não estão interligadas. E começa tudo com a descoberta do eu, só depois é que passa para a relação a dois”, explica.

A linguagem fácil e descomplexada mistura-se com o rigor clínico. Afinal, Vera faz parte do Conselho Clínico do Hospital St. Louis, em Lisboa. Reconhece que ainda falta à-vontade para falar do tema, sobretudo na área dos desejos e fantasias. De uma coisa tem a certeza: estar numa relação é sinónimo de estar constantemente a apalpar terreno. Aproveitámos o conselho, vasculhámos o livro e conversámos com a autora à procura de respostas a grandes dúvidas sobre sexo.

É normal chegar ao fim sem um orgasmo?

“É normal, sim. Só não pode ser habitual”, responde. A anorgasmia é um dos pontos abordados logo no início do livro. A sexóloga fala em mulheres que fingem estados sexuais para não serem alvo de preconceito, quando a ausência de orgasmo continuada é um problema que pode ser solucionado em conjunto e, em última análise, tratado com ajuda profissional. Na opinião de Vera Ribeiro, o primeiro passo é assumir que se está com essa dificuldade.

Masturbação em demasia, isso existe?

“Não há uma dose certa para o número de vezes que se deve fazer. O problema é quando se torna algo de obtenção de prazer exclusivo e deixa de haver liberdade para consegui-lo de outra forma. Só mesmo se houver atos compulsivos de masturbação é que ela se pode tornar numa patologia”, explica ao Observador.

Para a especialista, a masturbação é um dos grandes preconceitos que permanecem por combater. Continua a ser associada a insatisfação sexual, perversidade e até a problemas mentais. É uma forma de explorar o próprio corpo e não deve ser um tabu, faça parte da intimidade individual ou da de um casal. “A maioria das disfunções sexuais em adulto reflete-se na dificuldade da aprendizagem (ou ausência completa) através da masturbação”, escreve a autora.

Outro dos aspetos focados pela sexóloga é a utilização de pornografia durante a masturbação. Vera fala num estímulo sempre garantido, que enfraquece a capacidade de fantasiar e refere uma estimulação condicionada e mecânica que vai retirando poder ao exercício mental.

Posições sexuais: há um mínimo aceitável?

“É típico da fase mais inicial de uma relação. As pessoas têm muito esta sensação de que estão a ser postas à prova, de que têm que mostrar tudo o que sabem”, explica Vera ao Observador. À medida que o tempo passa, a maturidade pode reduzir o leque de opções, mas no melhor dos sentidos. Para ter prazer, fruto do equilíbrio entre criatividade e conforto, não é preciso ser nenhum ninja na cama. E não, correr o kama sutra do princípio ao fim não é sinónimo de relações sexuais melhores.


Sexo oral: há alguém que não goste?

Em Manual de Sedução, Vera Ribeiro dedica 15 páginas ao sexo oral, o preliminar dos preliminares. Não é obrigatório e “não tem ensinamentos subjacentes”, segundo explica no livro. É tudo em função do prazer que se sente e do prazer que se dá. Contudo, há regras. A sexóloga alerta ainda para a importância de não se insistir sempre que um dos intervenientes se mostrar desconfortável e de não ir logo direto ao assunto.

O contacto visual durante o sexo oral é, na opinião da sexóloga, um fator a ter em conta. A autora fala em “momentos de leitura de alma” entre parceiros, frisando que são os homens quem mais reage ao olhar. Outro detalhe: “As mudanças de temperatura do corpo são potenciadoras de prazer”.

Psicóloga clínica e sexóloga, Vera Ribeiro assina o livro Manual de Sedução © Andy Dyo

Vão dois dedinhos de conversa?

As respostas não são unânimes. Há sempre quem lide mal com demasiada conversa durante o sexo e quem, por outro lado, não tenha problemas em dizer tudo o que lhe vem à cabeça. Basicamente, a sexóloga deixa o nível da tertúlia ao gosto dos fregueses, mesmo com uma ou outra piada pelo meio. “Se for bem feita e no momento certo, é bem aceite. Senão, são duas máquina a ter relações sexuais”, admite. Manter o sentido de humor pode ser uma boa forma de ultrapassar o que não corre tão bem. Mas mais uma vez, Vera sublinha a importância da comunicação não verbal: o olhar e o toque.

Sexo anal: alguém leva a mal?

“O que é dá prazer para uns poderá fazer o contrário para outros”, explica Vera. No que toca a sexo anal, o acordo tem mesmo de ser mútuo e deve haver plena consciência de que a tentativa, por muito bem intencionada que seja, pode não dar em nada. Além de paciência, o preservativo e o lubrificante são ferramentas indispensáveis. Quanto aos anestésicos locais, ponha-os de lado. A ideia pode ser tentadora, mas não sentir nada pode acabar mal.

Primeiro passo: a abordagem. “Opte por uma conversa descontraída, sugerindo algo que possam fazer, assim perceberá a reação do parceiro”, pode ler-se no livro. No que toca a upgrades em relações sexuais, o início é sempre igual, aquilo a que a autora chama de “tête-à-tête”. Foi um sim? Avancemos. Um dos segredos é não ter pressa. Se não der não deu, recomece mais tarde.


Querido(a), comprei um dildo. E agora?

Vibradores, massajadores e dilatadores — estas e outras ferramentas têm lugar neste Manual do Prazer, mas sempre enquadradas na autodescoberta e como acessórios do momento de masturbação. Mas e um brinquedo sexual para usar a dois? Vera Ribeiro responde. “Há aquele casal que introduz um desses objetos por ser engraçado, mas depois também há aquele casal que já não tem relações sem recurso a brinquedos sexuais e quando é assim já não é tão saudável”, conclui. A autora admite que o tema já é menos tabu entre casais, mas alerta para o risco de parafilia, quando alguém só consegue retirar prazer de uma determinada forma ou com um objeto específico.

Enfermeiras e canalizadores: é estúpido brincar às profissões?

“Não é estúpido, desde que gostem de alinhar nesse tipo de brincadeiras. Mas basta uma das partes não estar para aí virada para ser um desastre”, afirma a sexóloga. É importante não apanhar o parceiro desprevenido. Primeiro, sonda-se, depois concretiza-se. No livro, Vera começa pelas subtilezas de uma ida à praia, de uma viagem de carro inesperada ou de um mergulho mais demorado na piscina (este último deve ficar reservado aos casais de longa data que não usam preservativo, pois a reação entre o látex e o cloro pode fazer com que este rebente).

Mas o role playing também está a valer. “É muito comum e habitualmente resulta”, admite, com base nas experiências dos casais que já lhe passaram pelo consultório. Uma sessão fotográfica, uma entrevista de trabalho, uma operação policial ou até mesmo um encontro inesperado num bar ou num restaurante. Os intervenientes podem planear o encontro com uma semana de antecedência e, mesmo que vivam juntos, devem evitar tocar o assunto. Aguça a curiosidade.

Um tapinha não dói, mas e se doer?

Neste campeonato há claramente um antes e um depois de As Cinquenta Sombras de Grey (não o filme, o livro, que dá mais liberdade à imaginação, lembra-se?). Vera, pelo menos, sentiu-o de imediato no consultório. “As mulheres procuraram muito fortalecer o imaginário, mais do que tentar replicar em casa. Elas têm mais essa necessidade do que os homens”, esclarece. Chama-se desejo sexual hipoativo e reflete-se na ausência de desejo sexual. Atinge sobretudo as mulheres, daí que, normalmente, sejam elas as primeiras a puxar pela fantasia e pela criatividade.

"[…] O que deve ser comum, em qualquer vertente, é o consentimento entre adultos. Todos os atos íntimos deverão ser permitidos, e se possível prazerosos, caso contrário não faz sentido a sua prática”, escreve no livro.

Das “palmadinhas de amor” para o BDSM, a diferença está no planeamento. Sem pretensões de ser um Christian Grey, Vera dá umas luzes: regras de segurança, código de palavras, uma lista prévia de até onde é que ambos estão dispostos a ir e a intensidade da representação.


Como assim “swing não é traição”?

Há mais pessoas a praticar swing do que imaginamos, embora haja muito poucas a fazê-lo de forma continuada. Esta é uma conclusão da própria autora. “O swing está longe de ser uma solução para reatar relacionamentos! É uma prática de sexo social, sem relação afetiva definida. Não é obrigatório ter relações sexuais, cada casal estabelece até onde pretende ir e com quem […]”, esclarece o livro.

"Em alguns casos, vê-se que é uma vontade de trair o outro de uma forma consentida, tem essa leitura. Ou então, um dos membros do casal tem essa fantasia e o outro aceita-a”, completa em conversa com o Observador.

Além das regras estabelecidas para a prática de swing — entre elas, escolher bem o sítio (não é uma festa com orgias), usar proteção, não abusar do álcool e conviver previamente com o outro casal –, há umas quantas reflexões prévias, altamente recomendáveis: conversar sobre o tema, nada de surpresas, perceber se a relação está na sua melhor fase no que toca à confiança, ter noção de que a experiência não é solução para nenhum problema e, decididamente, desistir da ideia se alguém tiver um perfil ciumento.

Grafismo de Raquel Martins
Mauro Gonçalves
observador.pt

Nos casamentos tradicionais da Espanha, as noivas se vestiam de preto, o que simbolizava a sua devoção ao seu marido até a sua morte.


Achei Curioso


Governo demissionário da Guiné-Bissau critica sanções da CEDEAO

O governo demissionário da Guiné-Bissau criticou hoje as sanções impostas a 19 personalidades do país, considerando-as como "injustas, parciais e insensatas" e prometeu tudo fazer para lutar contra as mesmas.


Em comunicado, o governo em gestão dos assuntos do Estado porque o novo primeiro-ministro, Artur Silva, ainda não conseguiu formar a sua equipa, responsabiliza o Presidente da Guiné-Conacri, Alpha Condé, pela imposição das sanções.

A Comunidade de Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) publicou, na passada quarta-feira, uma lista com nomes de 19 personalidades guineenses, entre as quais o filho do Presidente do país, sancionadas por as considerar como responsáveis pela persistência do impasse político na Guiné-Bissau.

As sanções implicam a proibição de viajar, o impedimento de uso de movimentos nos bancos e ainda o congelamento de bens financeiros.

Em comunicado hoje distribuído em Bissau, o executivo demitido a 16 de janeiro, promete tudo fazer para que as sanções "injustas, parciais e insensatas" não se tornem efetivas e ainda vai solicitar a substituição de Alpha Condé, na sua qualidade de mediador da crise guineense, indicado pela CEDEAO.

Para o executivo demissionário guineense, Alpha Condé é quem está a tentar impor "uma figura da sua conveniência" para o cargo de primeiro-ministro, sem que isso fosse objeto de algum consenso entre os atores políticos da Guiné-Bissau.

Perante o que classificam como "situação inaceitável", as autoridades da Guiné-Bissau vão solicitar, com caráter de urgência, uma cimeira de líderes da CEDEAO para clarificar o Acordo de Conacri, instrumento proposto pela organização como fórmula para acabar com a crise guineense.

O executivo guineense cessante não vê outro propósito das sanções às 19 pessoas que não seja "uma ingerência ilegítima nas disputas políticas internas" quando se veem, diz ainda o comunicado, que nos outros Estados-membros "diariamente são mortos manifestantes indefesos", pessoas a serem presas e os direitos humanos violados.

"Não pode haver dois pesos e duas medidas" no tratamento dos Estados-membros, salienta ainda o documento que realça que na Guiné-Bissau, nos últimos três anos, a vida política corre normalmente, tirando o bloqueio do Parlamento.

O comunicado considera, porém, de estranho o facto de os autores do alegado bloqueio ao Parlamento não terem sido objeto de sanções da CEDEAO.

dn.pt/lusa

GUINEENSES ABRAM OS OLHOS !

(GUINEENSES NÔ YABRI UDJU ) !
AS EXIGÊNCIAS DA DIASPORA GUINEENSE EM FRANÇA !

1. A DIASPORA guinéense em França solicita o Supremo Tribunal da justiça da Guiné Bissau para pedir que o documento de CEDEAO  sobre o dito « Acordo de Conakry » que deu origem à varias interpretaçôes e especulaçôes seja apresentado ao Tribunal, à opniâo pùblica nacional e internacional.

2. O Présidente  da Répùblica da Guinée Conakry, Sua Excelência Professor Alpha CONDE Médiador da crise e o Présidente da Répùblica de Togo,  Sua Excelência Faure Gnassimbé na qualidade de Présidente em exercicio da CEDEAO,  devem  ordenar a pùblicaçâo do referido documento de Acordo de Conakry datado e assinado por ambas as partes.

3. Em caso de nâo publicaçâo desse acordo « dito de Conakry » pela CEDEAO para facilitar um dialogo politico sereno e crédivel entre a classe politica e a sociedade civil, o Estado da Guiné Bissau no uso das suas competências no quadro da « Constituiçâo », poderà reservar o seu direito de perseguir a CEDEAO e os médiadores da crise politica interna nas instâncias internacionais por difamaçâo caluniosa, de manipulaçâo e propaganda politica enganosa de forma a produzir e provocar conflitos internos com o objectivo de desorganizar assim o poder de Estado, manchando a sua imagem à nivel international.

4. A Guiné Bissau nâo é um Estado fédéral, nâo é uma federaçâo ou provincia da CEDEAO, a nossa soberania està acima dos compromissos politicos e de qualquer organizaçâo que seja.

5. Exortamos ainda ao Présidente da Répùblica da Guiné Bissau, Sua Excelência Dr. José Màrio VAZ para tomar medidas claras e intrangigentes para proteger os interesses sagrados da Naçâo contra os ataques internos e externos à repetiçâo.

Viva o povo da Guiné Bissau !
             
Paris dia 14 de Févreiro de 2018
Pela Diaspora Europa, o Députado 1° Suplente
Jorge Albino MONTEIRO

Fonte: dokainternacionaldenunciante

Morreu líder da oposição do Zimbabwe, Morgan Tsvangirai

Morgan Tsvangirai falando a jornalistas em 2017

Morgan Tsvangirai encontrava-se hospitalizado na África do Sul

O líder da oposição do Zimbabwe, Morgan Tsvangirai, morreu nesta quarta-feira, 14, na África do Sul, confirmou à VOA a esposa do antigo primeiro-ministro.

Tsvangirai encontrava-se internado na África do Sul devido a um cancro e recentemente tinha nomeado um sucessor para o Movimento para a Mudança Democrática (MDC).

Tsvangirai tinha 65 anos de idade.

Morgan Tsvangirai: de mineiro a sindicalista e político

Tsvangirai chegou a desempenhar o cargo de primeiro-ministro do país, depois do acordo de divisão de poder estabelecido com o então Presidente Robert Mugabe depois das eleições de Setembro de 2008.

Afastado mais tarde por Mugabe, liderou até à morte o Movimento para a Mudança Democrática (MDC), principal partido da oposição do país.

VOA

Mulheres muçulmanas denunciam assédio sexual na peregrinação a Meca

Mulheres muçulmanas começaram a denunciar, através das redes sociais, casos de assédio sexual durante a peregrinação a Meca, o lugar mais sagrado para o islão.

FAZRY ISMAIL/EPA

Mulheres muçulmanas começaram a denunciar, através das redes sociais, casos de assédio sexual durante a peregrinação a Meca, o lugar mais sagrado para o islão.

As denúncias surgem a público através da hashtag #MosqueMeToo e a sua divulgação generalizou-se nas redes sociais da região árabe com este rótulo criado há uma semana pela jornalista e ativista egípcia Mona Eltahawy, na adaptação de #MeToo, o movimento de rejeição do assédio sexual em todo o mundo.

A ativista egípcia criou o rótulo depois de uma mulher paquistanesa ter dito no Twitter que foi assediada durante a sua peregrinação a Meca. Eltahawy foi abusada sexualmente na peregrinação a Meca em 1982, quando tinha 15 anos e relatou o seu caso num livro publicado em 2015.

“É difícil falar sobre o assédio em lugares sagrados, espero que todos nós que estamos agora a falar possamos ajudar aqueles que por qualquer motivo não o podem fazer”, escreveu Eltahawy no Twitter.

I have shared my experience of being sexually assaulted during Haj in 1982 when I was 15 in the hope that it will help fellow Muslim women break silence and taboo around their experience of sexual harassment/abuse during Haj/Umra or in sacred spaces. Let’s use https://twitter.com/monaeltahawy/status/960644697067749376 

A jornalista explicou que achou necessário criar um novo rótulo porque o #MeToo tornou-se popular devido a casos de abuso de atrizes de Hollywood, muitas mulheres podem não se sentir incluídas num movimento que emergiu num ambiente de mulheres brancas e ricas do mundo ocidental.

A iniciativa recebeu inúmeras expressões de apoio e incentivou outras mulheres a compartilhar experiências semelhantes, mas também gerou numerosas críticas.

Mona Eltahawy diz que foi insultada e acusada de querer destruir o Islão, ou mesmo de querer ganhar notoriedade com essa campanha.

Todos os anos cerca de dois milhões de muçulmanos de todo o mundo participam na peregrinação a Meca, que os crentes devem realizar obrigatoriamente pelo menos uma vez na vida.

observador.pt

HOSPITAL NACIONAL REGISTA DOIS MORTOS DURANTE DIAS DE CARNAVAL

Dois mortos, 61 casos de acidente de viação, 47 agressões físicos e 21 internados são dados revelados nos dois maiores centros hospitalares do país nomeadamente hospital Nacional Simão Mendes e hospital Militar durante os quatro dias de carnaval.


O director de Serviço de Urgência do Hospital Nacional Simão Mendes, Leibniz Bacamé Vaz, disse que número de acidentes aumentou devido acidente de Tchalana.

«Durante os quatro dias de carnaval, deu entrada no serviço de urgência do hospital nacional 35 caso de acidente de viação, 29 de agressão física, dentre quais 18 internados. No decorrer de carnaval ocorreu um caso de acidente na zona de Tchalana que fez com que número de acidentes aumentou».

Por outro lado, revelou que “dos trinta e cinco casos de acidente, 14 ocorreu na estrada que liga Bambadinca e Tchalana e todos foram internados e no mesmo acidente, duas pessoas chegaram ao hospital sem vida”  

Entretanto, nos casos que deram entrada no Hospital Militar não houve nenhum morto.

Segundo o director Clinico Júlio Nanfantché “durante a festa de carnaval, deram entrada no Hospital Militar 26 casos de acidente e 4 foram evacuados para o Hospital Nacional Simão Mendes, devido ao estado em que se encontravam e precisam de cuidados intensivos. Recebemos igualmente 18 casos de agressão física com uma vítima internada.

Por: Bíbia Marisa Pereira

radiosolmansi

COMUNICADO DE UNIÃO AFRICANA




GUINE BISSAU: DIA 18 DE FEVEREIRO MEGA MARCHA, SOB ORGANIZAÇÃO CONJUNTA DAS FORÇAS VIVAS DA NAÇÃO. OS GUINEENSES VÃO DIZER UM RUIDOSO BASTA CONTRA AS TENDENCIAS E VÍCIOS DE ALGUMAS ESTRUTURAS DA CEDEAO NA RESOLUÇÃO DOS PROBLEMAS DE ALGUNS ESTADOS MEMBROS:


ditaduradoprogresso.blogspot.sn

Anúncio: Precisa-se de administrativo (a)


A Empresa T.H.L GB – Tecnologia Hospitalar e Laboratorial SARL pretende admitir um administrativo\a.

Perfil do Candidato:

  • Português fluente (falado e escrito);
  • Conhecimentos de Inglês (falado e escrito);
  • Bons conhecimentos de informática, na óptica do utilizador;
  • Conhecimentos no software Primavera, preferencial;
  • Bons conhecimentos da Lei Geral de Trabalho;
  • Conhecimentos na área de Recursos Humanos e Contabilidade;
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  • Formação adequada às funções a desempenhar;
  • Plano de carreira e perspectiva de evolução profissional;
  • Remuneração ajustada à experiência;
  • Integração em projeto sólido.

Contato:

Favor enviar e-mail, expondo a motivação de candidatura, acompanhada de C.V. através do endereço gb-geral@thl.pt  ou entrega no nosso escritório sito na Av. Francisco Mendes s/n (em frente à Farmácia Salvador, na Praça via entre Assembleia Nacional e Império) até à data 28/02/2018.

OdemocrataGB

Jacob Zuma demite-se se moção de censura for aprovada

Zuma abandonará a presidência da África do Sul se o Parlamento votar, quinta-feira, a favor da moção de censura apresentada pelo ANC, no poder, admitiu em entrevista ao canal público SABC. "Não fiz nada de mal", afirmou.

Jacob Zuma: "Preciso de ser informado sobre o que fiz. Porquê tanta pressa?"

Jacob Zuma quebrou finalmente o silêncio, em mais um dia de tensão na África do Sul. Em entrevista à televisão pública sul-africana SABC, o Presidente sul-africano disse que aceitaria a decisão do Parlamento. Mas rejeitou a exigência do Congresso Nacional Africano (ANC) para se demitir antes da votação de uma moção de censura, antecipada para esta quinta-feira (15.02) à tarde.

Zuma, que prometeu dirigir-se à nação antes do final do dia, considerou "injusta" a decisão do ANC e sublinhou que o partido não apresentou "razões claras" para a sua saída. "Preciso de ser informado sobre o que fiz. Infelizmente, ninguém conseguiu ainda dizer-me. Porquê tanta pressa?", questionou.

O poder de Zuma tem vindo a diminuir desde que Cyril Ramaphosa lhe sucedeu, em dezembro, à frente do partido, e prometeu guerra contra a corrupção. No entender do chefe de Estado, Ramaphosa deveria preparar-se para as eleições de 2019, altura em que concluiria o seu último mandato permitido. Só então, quando fosse eleito, aconteceria a transferência de poderes e não antes.

"Alguns líderes têm dito que não precisamos de dois centros de poder na África do Sul, mas isso não é um motivo porque não existem dois centros de poder", sublinhou Zuma na sua primeira aparição pública após o ultimato do partido.

Na entrevista ao canal público, Jacob Zuma vestiu o papel de "vítima" para dizer que não fez "nada de mal". O chefe de Estado é acusado desde 2016 de vários atos de corrupção, que continua a negar. "Estamos a passar muito tempo a discutir 'Zuma deve sair' e não entendo porquê."

Oitava moção de censura

O ainda Presidente da África do Sul admitiu que ponderou demitir-se, mas depois decidiu ficar "mais uns meses" no cargo que vigora até 2019. Constitucionalmente, o Presidente não é obrigado a aceitar a decisão do seu partido.

Mas se não o fizer, o ANC marcou já para a tarde de quinta-feira (15.02) a apresentação, no Parlamento, de uma moção de censura - a nona que Zuma enfrenta. O anúncio foi feito pelo tesoureiro-geral do partido, Paul Mashatile, após uma reunião do grupo parlamentar do ANC. "Não podemos manter a África do Sul à espera", disse.

"O Comité Executivo Nacional do ANC decidiu recordar ao Presidente Zuma que termina hoje (14.02) o prazo (para ele se demitir). Vamos agora avançar com a moção de censura no Parlamento, para que o Presidente Zuma seja afastado do cargo e possamos eleger Cyril Ramaphosa como Presidente da República", revelou em conferência de imprensa.

"O melhor que o Presidente tem a fazer é fazer o que é certo. E o que é certo é que o Comité Executivo Nacional (NEC) do ANC pediu humildemente ao Presidente que se demita", afirmou Magomela Mako, membro do partido, após a entrevista de Zuma.

Buscas em casa dos Gupta

Na manhã desta quarta-feira (14.02), nos arredores de Joanesburgo, uma unidade de elite da polícia sul-africana fez buscas na casa da família Gupta, aliada de Zuma, no âmbito de investigações sobre tráfico de influências que envolvem o Presidente. Em 2016, a família de empresários, de origem indiana, foi acusada de envolvimento na gestão dos assuntos do Estado sul-africano, desde a nomeação de ministros à pressão para a obtenção de contratos públicos.

Foram detidas três pessoas, cuja identidade não foi revelada. O advogado da família disse à agência Reuters que "nenhum dos irmãos Gupta foi detido".

Tessa Turvey, vizinha da família, aplaude as detenções. "Finalmente está a ser feito algo. Estes homens devem sair do nosso país e deixar-nos em paz. Já fizeram demasiados estragos", disse aos jornalistas.

Tanto Zuma como a família Gupta, que também está a ser investigada pelos serviços secretos norte-americanos, negam quaisquer ilegalidades. Dizem-se vítimas de uma "caça às bruxas".

dw.com

Um homem casa com 3 Mulheres ao mesmo tempo


‎El Fof Carter‎

CONSELHO DE SEGURANÇA DEBATE SITUAÇÃO NA GUINÉ-BISSAU E RENOVAÇÃO DO MANDATO DO UNIOGBIS


O relatório que descreve os últimos desenvolvimentos da situação política, de segurança, dos direitos humanos, bem como os aspectos socioeconómicos e humanitários na Guiné-Bissau, é apresentado numa altura em a Comunidade Económica dos Estados da Africa Ocidental (CEDEAO) sancionou 19 políticos guineenses envolvidos na crise politica.

Para o investigador e activista ambiental, Rui Jorge Semedo, as sanções são um instrumento de pressão, mas “visam sobretudo influenciar os sancionados para corrigirem os seus comportamentos políticos”, além disso “podem reforçar a acção da CEDEAO face ao incumprimento dos seus deveres políticos e sociais.”

No relatório do SG, a situação dos direitos humanos no país não passou despercebida. Este documento revela que situação dos direitos humanos continua inalterada devido às restrições financeiras que impedem o seu respeito, protecção e cumprimento. O relatório sublinha a necessidade da criação urgente de uma comissão Nacional dos direitos humanos independente, uma vez que a que existe está sob supervisão do governo.

Para o presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Augusto Mario da Silva, “a situação dos direitos humanos piorou mesmo nos últimos três anos devido a instabilidade politica que o país vive, pelo que apela a criação urgente de uma Comissão de Direitos Humanos independente e mostra a disponibilidade da Liga em contribuir no processo”.

No que toca o Estado de Direito, o relatório fala do fortalecimento das instituições democráticas e reforço da capacidade dos órgãos do Estado, da aplicação da lei, da justiça penal e dos sistemas penitenciários, promoção e protecção dos direitos humanos, combate ao narcotráfico e crime organizado transnacional, preparação para eleições legislativas e presidenciais em 2018 -2019.

Quanto a esta área de acção, o Bastonário da Ordem dos Advogados da Guiné-Bissau, Basílio Sanca, sugeriu uma revisão de estratégias de intervenção do Gabinete Integrado das Nações Unidas para Consolidação da Paz “a intervenção do UNIOGBIS deve ser mais integrada no ministério, porque muitas vezes alguns programas do estado do direito são implementados pelas agências das Nações Unidas sem o conhecimento do Ministério. Os técnicos do ministério têm que ter uma capacidade de intervenção efectiva nos programas, por só assim é que a instituição do estado pode apropriar-se da assistência que a instituição dá ao país”.

O relatório realça também os esforços do grupo das Mulheres Mediadoras na resolução da crise e outras actividades para a sua capacitação e empoderamento.

No capítulo económico e humanitário, o Relatório do secretário-geral da ONU, menciona o IV Relatório Consultivo nacional do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a Guiné-Bissau de Outubro, que indica boas perspectivas de estabilidade macroeconómica, com um crescimento anual entre 5 e 6 por cento.

O Representante Especial do Secretário-geral das Nações Unidas para Guiné-Bissau, Modibo Toure vai fazer um resumo da situação politica na Guiné-Bissau e do trabalho do UNIOGBIS através de videoconferência. A seguir ao briefing segue-se uma discussão à porta fechada sobre a renovação do mandato da missão.

FONTE: ONU

Justiça - PGR visita tribunais do sul para informar sobre nova visão da instituição na luta contra corrupção

Bissau, 14 Fev 18 (ANG) – O Procurador-geral da República (PGR) visita aos tribunais da Província sul do país,  entre os dias 14 e 15 do mês em curso para entre outros constatar “in loco “do funcionamento dos tribunais, auscultar o poder publico e forças vivas da zona sobre acesso a justiça, e informar os mesmos da nova visão da instituição na luta contra a corrupção e crime organizado no país.

Em comunicado enviada a ANG, o gabinete de  imprensa e relações públicas da Procuradoria-geral da República  refere que Bacari Biai pretende neste sua digressão a zona Sul solidarizar-se com os magistrados e os funcionários judiciais que aí trabalham em condições precárias.

Trata-se da  primeira deslocação ao interior do país desde que Biai foi investido nas funções a  14 de Novembro do ano passado .

Acomapanham o PGR a vice-procuradora,o  representante do sindicato dos magistrados e altos funcionários daquela instituição judiciária. 

ANG/MSC/SG

PAIGC DEPOSITA DOCUMENTOS NO SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA PARA REAFIRMAR ÓRGÃOS


“Após o Nono Congresso Ordinário que decorreu contra ventos e marés, o PAIGC está pronto para qualquer embate nas próximas eleições legislativas na Guiné-Bissau.

O anunciou hoje à imprensa, o Secretário Nacional do partido, durante a depositação dos documentos no Supremo Tribunal de Justiça para reafirmar os órgãos do partido eleitos no Nono Congresso dos libertadores.

Aly Hijazy assegura que a legitimação dos órgãos do partido é obrigação de qualquer formação politica. Por isso, conforme disse apesar de confrontar os traumas da crise politica e contra ventos e marés conseguiu realizar o seu congresso com êxito.

Notabanca; 14.02.2018

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO DIZ QUE TAXA DE ESCOLARIZAÇÃO SUBIU DE 77% PARA 123% NA GUINÉ-BISSAU

O Ministério da Educação Nacional revelou que a taxa de escolarização na Guiné-Bissau subiu de 77% em 2000 para 123% em 2013, mas receia que o sistema educativo não esteja a conseguir transmitir aos alunos as competências necessárias. Aliás, esta é uma entre outras questões que têm preocupado os atores ligados ao sector do ensino público no país. O relatório sobre o sistema do ensino nacional realizado entre Março de 2014 a fevereiro de 2015 aponta que o sistema conheceu um forte aumento da taxa de escolarização nos últimos anos.

Na primária fase, por exemplo, os estudos revelam que a taxa bruta de escolarização passou de 77% no ano 2000 para 123% em 2013. Mas, a ausência de avaliação padronizada não permitiu dar conta daquilo que os alunos aprendem, porque não existe um exame nacional no sistema educativo guineense. Fato que se presume estar na origem de cada professor assumir a avaliação dos seus alunos.

Com base em diversas teses apresentadas, estas avaliações não permitem dar conta do nível de aprendizagem dos alunos devido à ausência de uma avaliação frequente e regular a nível nacional adicionada à capacidade do professor de transmitir as suas competências.

CONTEXTO DA EVOLUÇÃO DO SISTEMA DE ENSINO GUINEENSE

De acordo com fontes do Ministério da Educação Nacional, a evolução do sistema do ensino guineense resultou do compromisso que a Guiné-Bissau, a semelhança dos outros países em desenvolvimento, assumiu em dar a todas as crianças uma educação de qualidade. No caso da Guiné-Bissau, esse compromisso foi retomado na lei de base do sistema educativo e que fez da educação um direito.

Por isso, espera-se que esse setor social seja, futuramente, como uma área catalisadora para a emergência do país e assegure a igualdade de acesso e sucesso para todos, que contribua para o desenvolvimento de cada cidadão e apoie os esforços em matéria de democracia e de progresso social.

“Infelizmente, o sistema educativo da Guiné-Bissau evolui num contexto muito difícil e problemático, o que limita enormemente o seu desenvolvimento. Com efeito, o país foi frequentemente confrontado com uma situação de instabilidade política. Desde a independência, obtida em 1974, que a duração média do exercício de poder é de 2 anos e meio, e alguns períodos foram particularmente curtos, muitas vezes com mudanças na liderança das equipas com os ministérios a cargo, nomeadamente o da Educação Nacional”, sublinha a nossa fonte, indicando que persistência de indicadores sociais desfavoráveis, nomeadamente, uma esperança de vida muito baixa (50,1 anos / RGPH 2009), explica por que razão  o relatório sobre o desenvolvimento humano de 2012 coloca a Guiné-Bissau na 17ª posição entre cento e oitenta e sete (187) países, justamente, porque esse contexto da pobreza generalizada tem particular incidência no sistema educativo, tanto na procura como na oferta educativas. Além disso, diversos riscos fragilizam o sistema tornando-o cada vez mais vulnerável.

A nossa reportagem apurou de uma fonte ligada ao sistema educativo do país que todos esses constrangimentos têm como consequência um desempenho do sistema educativo abaixo das expetativas.

A fonte sublinha, contudo, que os progressos registados ao longo da década precedente permitiram melhorar a cobertura dos diferentes ciclos do ensino básico (TBS de 143% para o 1º ciclo, 76% para o 2º ciclo e 61% para o 3º ciclo), porém a conclusão dos dois primeiros ciclos de ensino básico degradou-se, passando de 64% em 2010 para 59% em 2013.

O exame da trajetória escolar de uma geração mostra que 23% das crianças nunca entrou na escola e que 18% dos que entram, abandonam antes do 6º ano. Em consequência, o país está longe de atingir o objetivo de escolarização primária universal.

Uma análise efetuada fornece dados que poderão explicar os resultados. Trata-se, em primeiro lugar, da organização das escolas. A maioria não tem todas as classes. E depois de terminar o ensino básico de 1º ciclo, as hipóteses de prosseguir os estudos são muito reduzidas. Apenas 25% das escolas oferece essa oportunidade, o que significa que os 75% restantes não conseguem admitir, ou seja, fornecer o 6º nível de escolaridade. Essa impossibilidade de prosseguir um ensino básico completo na mesma escola abrange apenas cerca de metade dos alunos, ou seja, (47%). O segundo fator explicativo é o nível elevado de reprovações.

Com efeito, os estudos demonstraram uma correlação positiva forte entre a reprovação e o abandono.

Ora, em 2013, havia 21% de reprovações no ensino básico de 1º ciclo, 18% no ensino básico de 2º ciclo e 17% no 3º. Todos esses números são nitidamente superiores ao valor de 10% sugerido pelo quadro indicativo da iniciativa Fast-Track que, entre o ano 2000 e 2010, serviu de referência às políticas educativas, e são igualmente superiores a 12% que é a média na África subsariana.

Essas tendências revelam claramente que na prática, a reprovação está muito enraizada no sistema educativo da Guiné-Bissau, porque estes números elevados permanecem praticamente sem alterações desde há 15 anos. E presume-se que mais de 96% das crianças a frequentar o 2º ano tenha idade superior à idade exigida (7 anos de idade).

Segundo os dados do Ministério da Educação Nacional, a idade média das crianças deste nível é de 11 anos.

“Com a entrada tardia e o elevado número de reprovações constata-se que no 5º ano, praticamente a totalidade dos alunos (98%) tem idade superior à exigida (10 anos). A idade média deste nível é de 15 anos. Assim, nas classes do segundo ciclo do ensino básico, coloca-se um duplo problema: por um lado, alunos com idade avançada ao lado de alunos ainda muito jovens, situação que pode ser difícil de gerir para os professores. Por outro lado, os alunos com maior idade atingem uma idade onde há uma forte tentação para exercer outras atividades ao invés de prosseguir os estudos, nomeadamente entre as raparigas”, indica o estudo.

Em consequência disso, abandonam a escola sem ter tido tempo suficiente de adquirir os conhecimentos básicos necessários ao longo da vida. Uma das características demonstradas pelo Relatório Sobre Sistema do Ensino Nacional (RESEN) é a fraca equidade do sistema educativo da Guiné-Bissau. Isto é, constatado tanto no acesso à escola como na conclusão dos ciclos de ensino e em várias dimensões: género, meio de residência, nível de riqueza e regiões.

No que diz respeito aos professores, o sistema atual não os tem em número suficiente. No ensino básico, por exemplo, 1º e 2º ciclo, se todos os professores pagos pelo Estado fossem os únicos a exercer a profissão e, além disso, colocados de maneira equilibrada, um professor teria no mínimo, numa sala, 48 alunos. Mas, este número é superior ao objetivo visado pelo ministério, que deseja atingir um rácio alunos-professor de 40. O mesmo se passa no ensino básico de 3º ciclo e no secundário onde, para garantir que todos os grupos pedagógicos recebam o número de horas devidas, um professor deve dar em média 26 horas por semana em vez das 22 horas exigidas pela legislação em vigor.

FORMAÇÃO ACADÉMICA E PEDAGÓGICA DO PROFESSOR

Para ser professor ou ter estatuto do professorado era necessário ter acabado os estudos do 9º ano e realizar uma formação numa escola normal de formação de professores. Infelizmente, diversos fatores levam a que nem todos os professores tenham este perfil de formação. Do ponto de vista da formação académica, constata-se que há professores que não concluíram os seus estudos primários (nenhum nível), alguns por diversas razões interromperam os estudos após o primário e, enfim, há ainda aqueles que puderam realizar estudos secundários ou mais. Mas quando se estabelece comparações, as pontuações médias dos alunos, de acordo com o nível académico dos seus professores, regista-se uma ausência de conexão entre o resultado dos alunos e o nível académico dos seus professores. Claramente, a pontuação dos alunos entregues aos professores que possuem um nível académico elevado não é superior à pontuação dos outros alunos.

Essas observações sobre a formação académica e profissional dos professores levantam, na realidade, o problema do desempenho do sistema educativo da Guiné-Bissau. Por isso, muitos defendem que é urgente rever a política de formação dos professores, mas, sobretudo, o próprio sistema educativo. Porque se os candidatos selecionados para o ensino atingiram o 9º ano com lacunas, como parece ser o caso, é bem provável que uma escola de formação, sozinha, não esteja à altura de colmatar todas as carências acumuladas ao longo dos anos.

PERCENTAGEM DOS ALUNOS DE 2º EM INSUCESSO ESCOLAR É DE 19% A PORTUGUES E 20% A MATEMÁTICA

O estudo revela que a percentagem da situação dos alunos do 2º ciclo em insucesso escolar é de 19% a português e de 20% a matemática. Estes números refletem, sobretudo, a situação das escolas públicas, pois nas escolas privadas, apenas 3% dos alunos tem uma pontuação em matemática ou português inferior a 25/100. Ao nível nacional, perto de 10% dos alunos está em situação de insucesso escolar nas duas disciplinas.

A Confederação Nacional das Associações Estudantis da Guiné-Bissau (CONAEGUIB) diz que a aprendizagem escolar é um dos principais problemas do sistema educativo do país. Neste particular, aponta, como primeiro fator, a degradação acentuada do nível de ensino dos estudantes devido a constantes paralisações que o setor conheceu desde a abertura política ao sistema multipartidário em 1991. Outro fator, na observação da CONAEGUIB, está relacionado com a falta de motivação por causa de salário miserável que os professores usufruem, aliada à falta de uma política de reciclagem e a ausência de infraestruturas escolares para acompanhar o ritmo do crescimento populacional.

Por isso defende que seja atualizado o curriculum escolar em vigor desde 1992, para estar compatível à atual conjuntura e a dinâmica do mundo, permitindo acabar com as constantes convulsões políticas com reflexos diretos no sistema do ensino devido às mudanças dos titulares da área da Educação.

E como solução para banir o leque de situações que contribuem para a degradação do sistema de ensino do país, a CONAEGUIB lança o seguinte desafio ao governo: organizar um Fórum nacional da Educação para discutir profundamente a problemática do setor do ensino, promover reformas ao nível do pessoal de Recursos humanos, isto é, colocar quadros competentes no lugar certo e conceber um plano estratégico a curto, médio e longo prazo com vista a estabilizar o setor.

Outra aposta da organização estudantil guineense passa pela criação de infraestruturas condignas e melhorar significativamente as que já existem, bem como criar escolas de formação técnico-profissionais com a finalidade de incutir nos estudantes o espírito do empreendedorismo.

Finalmente, promover a formação e reciclagem permanente dos professores de todos os níveis de ensino.

Por sua vez, a Associação Nacional dos Pais e Encarregados da Educação (ANPEE) acredita que, para colmatar o baixo nível do ensino na Guiné-Bissau, as entidades responsáveis terão que começar a trabalhar em alargar os dias letivos de segunda-feira  aos sábados, fato que, no seu entendimento, poderá permitir obter quatro de dias letivos em cada mês, reduzir as férias do Natal e Páscoa, convocar uma Conferência  Nacional sobre a Educação com a participação de todos os intervenientes no processo cujas conclusões, aprovadas pela ANP, servirão como bússola orientadora para qualquer Governo.

A preocupação dos pais e encarregados da educação vai também no sentido  de as autoridades nacionais encetarem negociações credíveis com o Banco Mundial e outros doadores  na qualidade de potenciais financiadoras afim de se alinharem aos objetivos delineados pelo Ministério da Educação.

Criar uma comissão de avaliação e seguimento do Pacto de estabilidade assinado entre o governo e os Sindicatos de Professores com vista a aproximar as partes para uma solução estável e duradoira no setor de ensino. E sugere como alternativa as outras sugestões levantadas (redução de férias do Natal e a Páscoa), que o intervalo docente seja fixado na época de campanha de comercialização de caju. 

Por: António Braima Cissé
Foto: Marcelo Na Ritche
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