O PAIGC diz reagir com "inquietação e indignidade" a decisão do Presidente da República de convidar o PRS, o segundo partido mais votado nas eleições de 2014, para formar o próximo Governo da Guiné-Bissau.
Óscar Barbosa acusa o PR de desrespeitar a Constituição da qual ele devia ser o guadião e espera que José Mário Vaz "tenha senso e recue na sua decisão.
O Presidente justificou a sua decisão com o facto de o PAIGC não ter apresentado um acordo que reúna “o apoio maioritário dos deputados".
Na semana passada, o PAIGC enviou ao Presidente da República uma proposta de Pacto de Estabilidade que, segundo ele, tinha o apoio de todas as formações políticas com apoio parlamentar, à excepção do PRS, que detém a segunda maior bancada na Assembleia Nacional Popular.
"Recebemos a notícia com alguma inquietação e indignidade pela decisão de uma pessoa que tem o dever de velar pelo respeito da Constituição da República", diz o porta-voz que acusa José Mário Vaz de criar "maior tensão política no país".
O acórdão 1/2015, segundo Óscar Barbosa, "é claro e diz que o partido mais votado é que deve formar o Governo", e que, por isso, diz que o seu partido vai aguardar os próximos passos, mas espera que o Presidente "tenha bom senso e recúe".
Caso contrário, Barbosa admite que o PAIGC vai recorrer à justiça para que se respeite a Constituição e a vontade dos eleitores guineenses.
O PRS ainda não se pronunciou sobre o convite do Presidente da República.
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