domingo, 25 de dezembro de 2022

CHINA: Exercícios militares da China perto de Taiwan em resposta a "provocações"

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POR LUSA  25/12/22 

A China realizou hoje exercícios militares perto de Taiwan, em resposta ao que disse serem provocações e conluio entre os Estados Unidos e as autoridades da ilha, anunciou o Exército de Libertação do Povo (ELP).

Um porta-voz do ELP, as forças armadas chinesas, coronel Shi Yi, disse que as manobras militares envolveram "patrulhas conjuntas de prontidão de combate multisserviços e exercícios de ataque conjuntos no mar e no espaço aéreo em redor da ilha de Taiwan".

O porta-voz não especificou o número de meios envolvidas, nem a localização dos exercícios.

"Esta é uma resposta firme ao crescente conluio e provocações entre as autoridades norte-americanas e taiwanesas", acrescentou, num comunicado citado pela agência francesa AFP.

O ELP divulgou fotografias de um bombardeiro, um navio de guerra e de uma vista aérea do que é identificado como uma cadeia de montanhas de Taiwan vista a partir do 'cockpit' de um avião.

Esta última foto destina-se a salientar que a aeronave se aproximou relativamente da costa de Taiwan.

A China considera Taiwan, com uma população de 24 milhões de habitantes, como uma das suas províncias, que ainda não conseguiu reunificar com o resto do seu território desde o fim da guerra civil chinesa em 1949.

As forças nacionalistas, que governavam a República da China (ROC, na sigla em inglês), fundada em 1912, refugiaram-se em Taiwan quando foram derrotadas pelas forças comunistas, que proclamaram a República Popular da China (RPC) em 1949.

Em 1971, a Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução em que reconheceu o governo da RPC como representante da China nas Nações Unidas e no Conselho de Segurança, em detrimento do da ROC deslocado em Taiwan.

Desde então, a generalidade da comunidade internacional cortou relações diplomáticas com a ROC e reconheceu a RPC, o que Portugal fez em 1975, depois da revolução do 25 de Abril.

Com base na resolução da ONU, Pequim considera ter soberania sobre Taiwan, que foi devolvida pelo Japão ao governo da ROC 1945, quatro anos antes da proclamação da RPC.

Pequim ameaça invadir Taiwan se a ilha declarar a independência e rejeita qualquer interferência externa na questão.

A ilha de Taiwan, situada a cerca de 180 quilómetros a leste da China continental, evoluiu de um regime de partido único para uma democracia multipartidária nas últimas décadas, com um sistema político completamente separado do da China.

Taipé rejeita a soberania da RPC sobre a ilha e considera que Taiwan já é independente 'de facto'.

Ao ser reeleita em 2020, a Presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, disse à televisão britânica BBC que Taiwan não necessita de declarar a independência.

"Já somos um país independente e chamamo-nos a nós próprios República da China, Taiwan", afirmou Tsai na altura.

Pequim tem criticado os Estados Unidos por fornecerem apoio militar a Taipé e expressou, no sábado, "forte oposição" à aprovação de uma lei de defesa em Washington que autoriza 10.000 milhões de dólares (mais de 9.410 milhões de euros, ao câmbio atual) de ajuda e venda de armas a Taiwan.

Em agosto, a China realizou manobras militares sem precedentes junto a Taiwan, em resposta à visita da presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, a Taipé.

Pequim considerou tal visita como uma provocação de Washington, que reconhece o governo da República Popular como o único representante legítimo da China.


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UCRÂNIA/RÚSSIA: Podoliak diz que Rússia não quer negociar, mas fugir à responsabilidade

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POR LUSA 25/12/22 

O principal conselheiro da Presidência ucraniana, Mikhail Podoliak, desmentiu hoje o Presidente russo, Vladimir Putin, dizendo que Moscovo não está interessado em quaisquer negociações, como demonstra ao continuar a "matar cidadãos", e que só tenta "fugir às responsabilidades".

Podoliak disse que "Putin precisa de voltar à realidade" e questionou as razões que tem vindo a apresentar para justificar a invasão da Ucrânia.

"Não há outros 'países, motivos, geopolítica'. A Rússia não quer negociações, mas está a tentar fugir às suas responsabilidades. É óbvio", escreveu o conselheiro no Twitter.

"Ver-nos-emos em Tribunal", disse Podoliak, em consonância com a linha da Ucrânia de não se sentar para negociar com a Rússia enquanto este país estiver sob condições impostas pelo Kremlin de Putin.

O conselheiro principal do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, também falou horas antes da última ofensiva russa em Kherson, ocorrida na véspera de Natal, da qual resultaram 16 mortos e dezenas de feridos, criticando aqueles que apoiam as chamadas iniciativas de paz do Kremlin.

"Recordarei àqueles que se propõem ter em conta as iniciativas de 'paz' de Putin que neste momento a Rússia está a 'negociar', matando os habitantes de Kherson, exterminando Bajmut, destruindo as redes de Kiev e Odessa, torturando civis em Melitopol... A Rússia quer matar com impunidade", escreveu Podoliak no Twitter.

"Matar mulheres, crianças e pessoas idosas na véspera de Natal! É isso que é a 'paz russa'! Transformar Kherson numa 'cidade morta' com projéteis Grad depois de fugir cobardemente! Esta é a própria essência da sede de sangue da Rússia", afirmou.


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Efeitos do álcool que se refletem na pele (e como os minimizar)... Leia o que dizem os especialistas.

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Notícias ao Minuto  25/12/22 

Beber uns copos a mais, não só causa ressacas desagradáveis, como tem efeitos negativos e visíveis na pele. Para saber quais são, e como os minimizar, o jornal The Independent falou com médicos de várias especialidades, incluindo dermatologistas, e explica-lhe tudo. 

Como o álcool é um diurético, causa desidratação, algo que "pode causar pele seca, olhos encovados, pele menos brilhante e olheiras", explica a médica Tara Francis. 

Além disto, também é possível que a a pele fique mais vermelha, "o que resulta da dilatação dos vasos sanguíneos sob a pele". Isto significa que o álcool causa, muitas vezes, surtos em pessoas com rosácea, por exemplo. 

Já o médico de medicina geral, Ahmed El Muntasa, diz que a desidratação faz com que a pele "não se consiga reparar ou funcionar adequadamente, o que pode causar linhas mais profundas". 

A melhor forma de prevenir que isto aconteça, no futuro, o médico Dev Patel recomenda que "beba um copo de água entre as bebidas", mas também que "pare de beber álcool algumas horas antes do final da noite". Aliás, segundo o médico, o ideal é consumir, pelo menos, 500 mililitros de água. 

Todas as bebidas alcoólicas têm efeitos diferentes, por isso, o aconselhado é que opte pelas que envolvem líquidos transparentes, assim garante que têm menos aditivos.

Antes de adormecer, o mais importante é, segundo o médico, que "não adormeça com sua maquilhagem".

Use um creme ou bálsamo de limpeza, sem espuma, para remover toda a maquilhagem, "sem remover a oleosidade tão necessária da pele". Quando terminar aplique um hidratante e vá, finalmente, dormir. 


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OS FIÉIS CATÓLICOS CELEBRAM A FESTA DE NATAL

Na noite de sábado de ontem, os cristãos católicos reuniram-se em diferentes igrejas das duas Dioceses existentes no país numa Missa Solene de "nascimento" do menino Jesus.

A Rádio Jovem registou as imagens do rito na Paróquia "São João Baptista" de Brá, em Bissau.

Rádio Jovem Bissau

REALIZA-SE O PRIMEIRO CONGRESSO DA ETNIA MANJACA EM CANCHUNGO, COM OBJETIVO DE RESGATAR OS VALORES CULTURAIS E TRADICIONAIS DAQUELE POVO, NORTE DO PAÍS

O anúncio foi feito ontem Bissau, numa conferência de imprensa realizada pelas duas organizações promotores do referido encontro, tráta-se de Academia Undiman Manjaco e Bakom.

Rádio Jovem Bissau

Papa Francisco alerta para humanidade insaciável de dinheiro e poder

© Reuters

POR LUSA  25/12/22 

O Papa Francisco alertou hoje para a existência de uma humanidade insaciável de dinheiro, poder e prazer que devora os mais fracos e provoca as guerras, durante a homília da Missa do Galo celebrada na Basílica de São Pedro.

O Papa Francisco celebrou hoje a tradicional Missa do Galo às 19:30 (18:30 de Lisboa, tal como no ano passado, mas devido a problemas num joelho permaneceu sentado num lado do altar e o cardeal Giovanni Battista Re celebrou a eucaristia.

Um diácono destapou pelo Papa a imagem do menino Jesus, enquanto crianças provenientes de várias partes do mundo depositaram ao seu lado umas flores e na Praça de São Pedro soaram as campainhas para anunciar o nascimento de Jesus.

Perante as sete mil pessoas que encheram a Basílica, enquanto outras três mil pessoas esperavam do lado de fora na praça, numa cerimónia transmitida pela Mundovisión, criticou que "depois de muitos Natais celebrados entre enfeites e presentes, depois de tanto consumismo que envolveu o mistério que comemorar (...) o significado foi esquecido".

O Papa leu a homília sentado e explicou as três palavras que disse que podem inspirar o presépio: "a proximidade, a pobreza e o concreto".

Sobre a proximidade, o Papa afirmou "que a manjedoura serve para aproximar os alimentos da boca e consumi-los mais rapidamente" e que "pode assim simbolizar um aspeto da humanidade: a voracidade em consumir".

"Porque, enquanto os animais do estábulo consomem a comida, os homens do mundo, famintos de poder e dinheiro, devoram os seus vizinhos, os irmãos da mesma forma", disse Francisco, acrescentando: "Quantas guerras! E em muitos sítios, ainda hoje, a dignidade e a liberdade são pisadas. E as principais vítimas da voracidade humana são sempre os frágeis, os fracos".

"Neste Natal, como aconteceu com Jesus, uma humanidade insaciável de dinheiro, poder e prazer não dá lugar aos mais pequenos, às crianças por nascer, aos pobres, aos esquecidos. Penso sobretudo nas crianças devoradas pelas guerras, pobreza e injustiça", lamentou.

Sobre a pobreza, o Papa recordou o convite "a ser uma Igreja que adora Jesus pobre e serve Jesus nos pobres".

E depois citou as palavras do assassinado e proclamado santo arcebispo de San Salvador, Óscar Arnulfo Romero: "A Igreja apoia e abençoa os esforços para transformar essas estruturas de injustiça e só coloca uma condição: que as transformações sociais, económicas e políticas resultem num verdadeiro benefício dos pobres".

O Papa recordou que não é verdadeiramente Natal sem os pobres.

"O Natal celebra-se sem eles, mas não o de Jesus. Irmãos, irmãs, no Natal, Deus é pobre. Que renasça a caridade!", exortou o Papa.

Por outro lado, o pontífice pediu "uma fé concreta, feita de adoração e caridade, não de palavreado e exterioridade".

"Não deixemos passar este Natal sem fazer algo de bom. Já que é a sua festa, o seu aniversário, demos-lhe presentes que lhe agradem. No Natal Deus é concreto, em seu nome vamos reavivar um pouco a esperança a quem a perdeu" disse o pontífice argentino.

Jorge Bergoglio voltará no domingo à janela da Basílica de São Pedro, no Vaticano, assim como fez quando foi eleito Papa em 2013, para ler a mensagem de Natal e dar a tradicional benção "Urbi et Orbi" (para a cidade e para o mundo).

UCRÂNIA/RÚSSIA: 16 civis mortos e 72 feridos nos ataques de sábado

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POR LUSA  25/12/22 

As autoridades ucranianas afirmaram hoje que 16 civis morreram e outros 72 ficaram feridos na última ofensiva russa na véspera de Natal.

O chefe adjunto do gabinete presidencial, Kirilo Tymoshenko, disse que todas as mortes tinham sido registadas na região de Kherson, bem como 64 feridos. Dos restantes feridos, sete foram registados em Donetsk e um em Kharkiv.

A região de Kherson foi a mais duramente atingida pelos ataques russos nas últimas 24 horas.

No total, Kherson foi atingida por 74 ataques de mísseis e foguetes russos. De acordo com Kirilo Tymoshenko, os projécteis atingiram instalações de infraestruturas críticas, bem como edifícios privados, um hospital e uma escola, entre outros.

Ao longo da noite passada, foram relatados bombardeamentos pelas forças russas nas regiões de Sumy, Kharkiv, Zaporijia e Mikolaiv, entre outras.

O primeiro-ministro ucraniano, Denis Shmigal, felicitou os ucranianos pela época festiva e agradeceu-lhes a força que demonstraram desde que a Rússia iniciou a invasão do país há dez meses.

"A guerra separou muitos de nós.... No entanto, apesar de todos os bombardeamentos e ataques terroristas, vamos perseverar. Nem o frio, nem a fome, nem a escuridão nos farão desesperar", afirmou o primeiro-ministro ucraniano.


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Notícias ao Minuto  25/12/22 

O Presidente Vladimir Putin afirmou em entrevista que a Rússia está pronta para negociar com todas as partes envolvidas no conflito - mas que a Ucrânia e os seus apoiantes do Ocidente se recusam a fazê-lo.

"Acredito que estamos a agir na direção certa. Estamos a defender os nossos interesses nacionais, os interesses dos nossos cidadãos, o nosso povo. E não temos outra escolha a não ser proteger os nossos cidadãos", disse Putin à televisão estatal, numa entrevista emitida este domingo e citada pela agência Reuters.

"Estamos prontos para negociar com todos os envolvidos [na guerra na Ucrânia] sobre soluções aceitáveis, mas isso é com eles - não somos nós que recusamos as negociações, são eles", disse ainda. 

"Tudo se baseia na política dos nossos adversários geopolíticos, que visam dividir a Rússia, a Rússia histórica", disse Putin numa entrevista, de que um excerto foi transmitido na televisão pública russa.

"'Dividir para reinar melhor': eles sempre tentaram fazê-lo, estão a tentar fazê-lo agora, mas o nosso objetivo é bastante diferente: unir o povo russo", disse Putin.

O presidente russo já tinha justificado a intervenção militar na Ucrânia em várias ocasiões pela necessidade de unir ucranianos e russos, que, na sua perspetiva, são um e o mesmo povo.

Questionado sobre a próxima entrega de um sistema de defesa aérea Patriot de Washington a Kiev, na sequência da visita do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, aos Estados Unidos, o Presidente russo disse estar "100% seguro" de que o exército russo "destruirá" este equipamento.

"Claro que o destruiremos, 100% de certeza", disse Putin na televisão russa.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro.

Mais de 7,8 milhões de pessoas fugiram da guerra na Ucrânia para outros países europeus, havendo ainda 6,5 milhões de deslocados internos, segundo dados recentes das Nações Unidas

Desconhece-se o número exato de baixas civis e militares em dez meses de guerra, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm admitido que será elevado.

As informações divulgadas pelas duas partes sobre o curso da guerra não podem ser verificadas de imediato por fontes independentes.


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sábado, 24 de dezembro de 2022

Guiné no ❤️🇬🇼: 23.12.2022 Uma Noite de Festa para os Funcionários da Presidência da República da Guiné-Bissau 🇬🇼


 Umaro S. Embaló/Presidente de Concórdia Nacional

O cabelo fica branco com o stress. Mito ou realidade?... Eis a resposta.

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Notícias ao Minuto  24/12/22 

Supostamente, o cabelo de Maria Antonieta, arquiduquesa da Áustria e rainha consorte de França e de Navarra, ficou completamente branco na véspera de ser executada, devido ao stress. Terá sido mesmo assim?

Conforme explica um artigo do grupo de saúde Lusíadas, a ideia de que o stresse influencia ou acelera o aparecimento de cabelos brancos parece ter tido início com estudos realizados em roedores. Uma das teorias "é de que reações produzidas localmente (por células no folículo) podem provocar uma inflamação sistémica", o que, por sua vez, "promove a produção dos já falados radicais-livres que interferem no sinal que avisa os melanócitos para entregarem melanina aos queratinócitos". Assim sendo, se esse sinal for interrompido a melanina não chegará ao seu destino.

Outra alega que "o cabelo ficar ou não branco é delineado geneticamente". Porém, admite que o estilo de vida e o stresse possam "interferir/acelerar o processo com uma variação de entre cinco a 10 anos".

Além disso, "existem também especialistas que defendem que o stresse pode encurtar a duração dos ciclos do cabelo, o que levaria a que estes se tornassem grisalhos mais rapidamente do que seria expectável", pode ainda ler-se. 

PRESIDENTE DA REPÚBLICA RECEBE CARTAS CREDENCIAIS DO NOVO EMBAIXADOR DE ANGOLA NA GUINÉ-BISSAU.

O Presidente da República da Guiné-Bissau e Comandante Supremo das Forças Armadas recebeu as Cartas Credenciais do novo Embaixador de Angola na Guiné-Bissau, Sr. Mário Augusto, numa cerimónia que decorreu no Palácio da República.


Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

Zâmbia elimina pena de morte e proibição de difamar o presidente

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POR LUSA  24/12/22 

A Zâmbia aboliu a pena de morte e pôs fim a uma lei que proibia os cidadãos de difamar o seu chefe de Estado, duas promessas do presidente Hakainde Hichilema, eleito no ano passado após décadas na oposição.

O presidente assinou na sexta-feira à noite o decreto de abolição destas leis da era colonial, o que suscitou reações entusiásticas por pare de organizações não-governamentais e ativistas dos direitos humanos.

Hakainde Hichilema "aprovou o código penal de 2022, que aboliu a pena de morte e o delito de difamação do presidente, presentes nos livros de estatutos da Zâmbia desde a era pré-independência", disse o porta-voz da presidência, Anthony Bwalya, em comunicado.

Para o ativista de direitos humanos Brebner Changala, a decisão representa um passo importante para o estabelecimento de uma verdadeira democracia.

"Este é um enorme marco na eliminação das leis coloniais que não se enquadram no sistema democrático do país", afirmou hoje, em declarações à agência France Presse (AFP), apelando ao presidente para ir mais longe e rever "a Lei da Ordem Pública, a Lei de Acesso à Informação e outras leis coloniais".

A diretora do Centro para o Diálogo Político, Caroline Katotobwe, saudou o facto de o presidente ter cumprido a sua promessa eleitoral.

"Estamos encantados por esta lei repressiva ter sido finalmente abolida. Os cidadãos poderão agora expressar livremente os seus pontos de vista sem medo de serem processados como acontecia no passado", disse, em comunicado.

A transição democrática, com a eleição de "HH" em agosto de 2021, assente em promessas de erradicar a corrupção e reabilitar a economia, tinha suscitado esperanças em África.

A Rodésia do Norte foi um protetorado britânico que ganhou a independência em 1964 como Zâmbia. Hoje em dia, este país pobre e do interior tem uma população de 18 milhões de habitantes.

UM GRUPO DE JOVENS DE BAIRRO D'AJUDA EM BISSAU, ORGANIZOU NATAL INFANTIL ÀS CRIANÇAS DA ZONA

Rádio Jovem Bissau

GUERRA NA UCRÂNIA: Países da UE concordam com assistência de 18 mil milhões para a Ucrânia... Além do pacote financeiro, o Executivo Comunitário continuará a fornecer ajuda humanitária, especialmente durante o inverno.

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Notícias ao Minuto  24/12/22 

A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, anunciou, este sábado, que todos os Estados membros da União Europeia (UE) concordaram com a proposta de financiar a Ucrânia em 18 mil milhões de euros no próximo ano.

"Todos os países da UE concordaram com a nossa proposta de canalizar 18 mil milhões de euros em assistência macrofinanceira para a Ucrânia no próximo ano. O dinheiro será desembolsado regularmente, para ajudar em reparações urgentes e abrir caminho para a reconstrução. Uma reconstrução que colocará a Ucrânia no caminho da UE", referiu Von der Leyen numa publicação na rede social Twitter.

Pouco depois, a presidente da Comissão Europeia publicou um vídeo, no qual destaca o papel dos ucranianos neste período difícil.

"Os ucranianos lutam bravamente contra o seu agressor há 9 meses. Jamais igualaremos os seus sacrifícios. Mas estamos a ajudar de todas as formas possíveis. Este ano, mobilizamos mais de 19 mil milhões de euros em apoio à Ucrânia. E mais está a chegar", reporta.

Recorde-se que este apoio já havia sido anunciado no início do mês de novembro, tendo a líder europeia comunicado a Zelensky esta proposta de apoio à Ucrânia.

"A presidente von der Leyen informou ao presidente Zelensky que esta semana proporia um grande pacote financeiro da UE, de até 1,5 mil milhões de euros por mês, para um total de até 18 mil milhões de euros, o que contribuiria significativamente para atender às necessidades de financiamento da Ucrânia para 2023", lia-se em comunicado da Comissão Europeia.

A nota acrescentava que o dinheiro segue para Kyiv na forma de empréstimos de longo prazo em condições muito favoráveis e cobrindo os custos de juros, e o objetivo é também servir "para apoiar as reformas da Ucrânia e o seu caminho para a adesão à UE".

Além do pacote financeiro, o Executivo Comunitário continuará a fornecer ajuda humanitária, especialmente durante o inverno.


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TERMINOU ONTEM EM BIJIMITA A PRIMEIRA FASE DA CONSULTA MÉDICA GRATUITA AOS POPULARES DA ZONA, ORGANIZADA PELA ASSOCIAÇÃO DOS ESTUDANTES, QUADROS, TÉCNICOS E AMIGOS DE SEÇÃO DE BIJIMITA, -Região de Biombo

Rádio Jovem Bissau

TAIWAN: Taipé denuncia aproximação de aviões e navios chineses

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POR LUSA  24/12/22 

O Ministério da Defesa de Taiwan denunciou na sexta-feira a aproximação de pelo menos 11 aviões de combate e três navios do exército chinês ao espaço aéreo e marítimo da ilha.

Numa declaração, o ministério indicou que pelo menos "11 aviões e três navios do Exército de Libertação Popular chinês foram detetados" na região circundante às 06:00 horas da manhã (22:00 de quinta-feira em Lisboa).

Em resposta, o exército de Taiwan esteve a monitorizar a situação, enviando aviões para patrulhas aéreas de combate.

Navios da marinha e sistemas de mísseis terrestres também foram mobilizados para responder a "estas atividades" da China, de acordo com o Ministério da Defesa.

A China reivindica a soberania sobre a ilha e considera Taiwan uma província separatista desde que os nacionalistas do Kuomintang se retiraram para o local em 1949, após perderem a guerra civil contra os comunistas.

Causa e Efeito : Eleições na Guiné Bissau... RTP Africa

@Radio TV Bantaba  Dec 24, 2022

sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

ESTUDO: Sapos transparentes? Acumulam sangue no fígado sem coagular... Segundo os cientistas, pode abrir portas para uma melhor compreensão da coagulação do sangue em geral.

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Notícias ao Minuto  23/12/22 

Uma pesquisa recente, publicada na revista científica Science, descobriu que o 'sapo de vidro' é capaz de acumular sangue no fígado enquanto dorme, sem ser afetado negativamente por coágulos. Segundo os cientistas, a investigação pode abrir portas para uma melhor compreensão da coagulação do sangue em geral.

Segundo o estudo, citado pela BBC News, esta descoberta pode permitir avançar na compreensão médica dos distúrbios na coagulação sanguínea - uma condição grave comum.

Os 'sapos de vidro' - que medem entre 19 e 24 milímetros e pesam de 70 a 80 gramas -, chegam a ficar 61% transparentes para se disfarçarem, escapando assim à atenção dos predadores, quando estão em folhas de tons claros.

Em alguns casos, a barriga é tão transparente que é possível observar os órgãos. "Se o corpo do sapo for virado de barriga para cima, é possível ouvir o coração a bater sozinho", explicou Jesse Delia, um dos investigadores que fizeram parte do estudo, pertencente ao Museu de História Natural, em Nova Iorque, acrescentando que "através da pele, é possível ver-se o músculo, visto que a maior parte da cavidade do corpo é realmente transparente".

Agora, as descobertas de Delia e Carlos Taboada, da Duke University, também nos EUA, revelaram como os 'sapos de vidro' realizam essa função de forma muito incomum. A verdade é que estes anfíbios conseguem 'esconder' até 89% dos glóbulos vermelhos no fígado.

"Eles, de alguma forma, acumulam a maioria dos glóbulos vermelhos no fígado, sendo, assim, removidos do plasma sanguíneo", avançou o cientista, explicando que estes animais "conseguem fazer isso sem desencadear um coágulo maciço".

As células sanguíneas do animal ficam compactadas, dobrando o tamanho do fígado e permitindo que o 'sapo de vidro' fique transparente. “Não é como se colocassem um pouco de sangue no fígado – eles colocam quase todo o sangue no fígado”, explicou Karen Warkentin, da Universidade de Boston, que não esteve envolvida no trabalho. 

À noite, quando a anfíbio quer voltar à aparência normal para caçar ou acasalar, liberta os glóbulos vermelhos de novo para a circulação do sangue e o fígado encolhe novamente.

O cientista explica que o sapo ainda é capaz de coagular o sangue quando necessário, por exemplo, quando está ferido.

Essa capacidade de acumular e coagular o sangue seletivamente é o "super poder" desses anfíbios, e pode abrir portas para uma melhor compreensão da coagulação do sangue em geral.

A maioria dos animais precisa de bombear continuamente glóbulos vermelhos por todo o corpo para fornecer oxigénio aos tecidos, e o acumular de sangue leva à coagulação, que pode ser fatal. No caso dos humanos, pode levar mesmo a ataques cardíacos. Segundo os cientistas, a aplicação desta descoberta na medicina humana pode demorar décadas.

Biden formaliza retirada do Burkina Faso de plano comercial para África

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POR LUSA  23/12/22 

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, formalizou hoje a retirada do Burkina Faso do programa de benefícios comerciais contemplado no African Growth and Opportunity Act (AGOA), a partir de janeiro, em resposta aos retrocessos democráticos no país.

"De acordo com a secção 506A(a)(3) da Lei Comercial, determinei que o Burkina Faso não preenche os requisitos descritos na secção 506A(a)(1) dessa Lei. Assim, decidi dar por finda a sua designação como país beneficiário da África subsaariana para os fins da secção 506A da Lei de Comércio, a partir de 01 de janeiro de 2023", lê-se no documento legal publicado pela Casa Branca.

Como argumenta Washington, o Burkina Faso não cumpre "a proteção do Estado de direito" e o "pluralismo político".

A decisão já havia sido antecipada em 02 de novembro, quando Biden anunciou que o Burkina Faso deixaria o plano AGOA para os países da África subsaariana a partir de 01 de janeiro de 2023.

Os Estados Unidos anunciaram também a rescisão da Etiópia, Guiné-Conacri e Mali, medida que entrou em vigor em janeiro passado, devido a violações dos direitos humanos, no caso da Etiópia, e devido à instabilidade e violência nos outros dois países africanos.

O acordo beneficia milhares de produtos africanos desde que os países exportadores cumpram as condições de respeito dos direitos humanos, boa governança e proteção dos trabalhadores, além de não impor medidas aos produtos norte-americanos que cheguem ao seu território.

No palácio já se ensaia! … O presidente da república se aventura em viola ritmo e coro!

@ Estamos a Trabalhar

Países Baixos disponibilizam 2,5 mil milhões de euros a Kyiv para 2023

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POR LUSA  23/12/22 

O governo dos Países Baixos anunciou hoje um pacote total de 2,5 mil milhões de euros de apoio à Ucrânia para 2023, em grande parte destinado a equipamentos militares.

"Cerca de dois mil milhões são destinados ao apoio militar", precisou o primeiro-ministro neerlandês, Mark Rutte, no decurso de uma conferência de imprensa em Haia.

"O restante será para as áreas humanitária, para a reconstrução de infraestruturas" e no combate à impunidade, acrescentou.

"A utilização exata da contribuição depende das necessidades dos ucranianos e da forma como irá decorrer a guerra", sublinhou por sua vez o Governo em comunicado.

A ajuda aos trabalhos de reconstrução está destinado à recuperação de infraestruturas, incluindo as energéticas, para além de hospitais, habitações, agricultura ou operações de desminagem, pormenorizou o Governo.

Na semana passada, a ministra da Defesa neerlandesa, Kajsa Ollongren, indicou que os Países Baixos disponibilizaram até ao momento cerca de mil milhões de euros de ajuda militar à Ucrânia desde o início da invasão russa em 24 de fevereiro.

"Os Países Baixos continuarão a apoiar a Ucrânia enquanto a Rússia prosseguir a guerra na Ucrânia", declarou hoje Rutte em mensagem no Twitter, acrescentando que contactou por telefone o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, sobre as decisões hoje anunciadas por Haia.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

GUERRA NA UCRÂNIA: Kyiv pede responsabilização de países "aliados" da Rússia

© REUTERS/Kemal Aslan

Notícias ao Minuto  23/12/22 

O conselheiro presidencial da Ucrânia endereçou ainda um aviso aos mesmos: Irão, Coreia do Norte e Bielorrússia.

Mykhailo Podolyak, conselheiro do presidente da Ucrânia, fez um apelo, através de uma publicação na rede social Twitter, para que haja uma responsabilização do Irão, da Coreia do Norte e da Bielorrússia pelo seu alegado envolvimento na guerra da Ucrânia.

"Irão (drones/mísseis), Coreia do Norte (munições/armas), Bielorrússia (infraestruturas/território/equipamento)", começou por enumerar Podolyak, demonstrando o alegado contributo dado por cada um destes países, conhecidos pelas suas relações próximas com Moscovo.

De seguida, acrescentou, deixando um aviso: "Aliados factual e legalmente confirmados da Federação Russa na guerra de agressão, nos assassinatos em massa de civis e na destruição deliberada de cidades ucranianas. Haverá uma responsabilização conjunta".

A posição do conselheiro presidencial ucraniano surgiu depois de, na quinta-feira, ter sido noticiado que um alto funcionário do governo dos Estados Unidos revelou que os mercenários do Grupo Wagner, atualmente a combater na Ucrânia pela Rússia, receberam um carregamento de armas (foguetes de infantaria e mísseis) provenientes da Coreia do Norte, para ajudar a reforçar o esforço militar no terreno.

A acusação foi imediatamente rejeitada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Norte, que deixou ainda uma crítica ao governo norte-americano por estar a fornecer armamento de defesa à Ucrânia.

Quanto a um outro aliado da Rússia, recorde-se que existiram várias alegações - ecoadas por autoridades ocidentais - que davam conta de que o Irão teria fornecido 160 veículos aéreos não tripulados a Moscovo, em troca de 140 milhões de euros em dinheiro e de uma seleção de armamento alegadamente capturado ao Reino Unido e aos Estados Unidos.

Já no que diz respeito à Bielorrússia, já desde o início da guerra, a 24 de fevereiro, tem ficado evidente o apoio do regime de Aleksandr Lukashenko à investida militar do exército de Vladimir Putin. Mais recentemente, numa conferência de imprensa conjunta entre os líderes de ambos os países, foi destacada a colaboração técnico-militar entre ambos, com “fornecimentos mútuos” e a aposta conjunta na “indústria de alta tecnologia”.

A guerra na Ucrânia, que completa amanhã 10 meses de duração, provocou mais de 6,7 óbitos entre civis e de 10 mil feridos, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).


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Junta no poder no Burkina Faso expulsa coordenadora da ONU

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POR LUSA   23/12/22 

A coordenadora da Organização das Nações Unidas (ONU) no Burkina Faso, a italiana Barbara Manzi, foi declarada 'persona non grata' e pediram-lhe "para deixar o país" a partir de hoje, pela junta no poder, num país marcado pela insegurança.

"Barbara Manzi, coordenadora residente do sistema das Nações Unidas, é declarada 'persona non grata' no território do Burkina Faso. Pede-se-lhe, portanto, que deixe o Burkina Faso hoje, 23 de dezembro de 2022", lê-se na declaração do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Segundo a ministra dos Negócios Estrangeiros, Olivia Rouamba, esta expulsão justifica-se em particular pelo facto de Manzi ter decidido "unilateralmente" retirar o pessoal não essencial da ONU em Ouagadougou.

"É desacreditar, manchar a imagem do país e desencorajar potenciais investidores. É inconcebível e temos de assumir as nossas responsabilidades", disse a ministra numa entrevista na televisão nacional.

"Além destes factos, soubemos que a Sra. Manzi estava a prever o caos no Burkina Faso nos próximos meses. Não sabemos em que base ela pode fazer isso. Estão a ser feitos grandes esforços ao nível da segurança e a ONU deve formar uma estrutura de apoio", acrescentou a ministra.

Desde 2015, o país tem lutado para enfrentar ataques de grupos rebeldes ligados à Al-Qaida e ao grupo extremista Estado Islâmico que já mataram milhares e forçaram cerca de dois milhões de pessoas a fugir das suas casas.

Rouamba, contudo, reforçou a diferença entre "a pessoa da Sra. Manzi e a ONU", organização com a qual o Burkina Faso "mantém sempre uma muito boa cooperação".

Uma fonte diplomática confirmou à agência France-Presse que uma "longa lista de recriminações" tinha levado "a diplomacia do Burkina Faso a assumir as suas responsabilidades".

Além do pedido de retirada de pessoal não essencial, Manzi é também acusada de uma "tentativa de influenciar negativamente" e de "interferir nos assuntos políticos do Burkina", de acordo com esta fonte.

A expulsão acontece dias após dois cidadãos franceses que trabalhavam para uma empresa do Burkina Faso terem sido expulsos por suspeita de serem espiões.

O Burkina Faso não é o primeiro país da África Ocidental a expulsar um funcionário da ONU este ano.

Em julho, o Mali, vizinho do Burkina Faso, também envolvido numa grave crise de segurança, expulsou Olivier Salgado, o porta-voz da Missão das Nações Unidas no Mali (Minusma), por publicar o que a junta no poder disse ser "informação inaceitável" na sequência da detenção de 49 soldados marfinenses em Bamaco.

Manzi, que era também coordenadora humanitária da ONU, estava no Burkina Faso desde agosto de 2021. Apresentou as suas credenciais ao ex-presidente Roch Marc Christian Kaboré, que foi derrubado em janeiro de 2022 por um golpe militar.

O Burkina Faso é governado desde o final de setembro pelo capitão Ibrahim Traoré, autor de outro golpe militar.

O seu primeiro-ministro, Apollinaire Kyélem de Tembela, disse em meados de novembro que queria "diversificar as relações de parceria até encontrar a fórmula certa para os interesses do Burkina Faso".

Disse também que "certos parceiros" nem sempre tinham sido "leais", sem nomear, contudo, nenhum país.

Entre os novos parceiros previstos, a questão de uma possível aproximação à Rússia surgiu no Burkina Faso desde o golpe que levou ao poder o capitão Ibrahim Traoré.


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GUINÉ-BISSAU: Estudantes guineenses preocupados com perda de validade de passaportes

 Palavras para Quê...? 4.19pm

Putin termina "ano de fracassos" com "mais crueldade contra civis"

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Notícias ao Minuto  23/12/22 

Na ótica de Stoltenberg, o chefe de Estado russo "cometeu dois grandes erros estratégicos quando lançou sua brutal invasão", tendo não só "subestimado a Ucrânia", como também a NATO.

Com o ano de 2022 prestes a chegar ao fim, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, resumiu os últimos 10 meses de guerra na Ucrânia, considerando que o presidente russo, Vladimir Putin, teve um “ano de fracassos”, no qual não só infligiu “crueldade contra civis”, como “subestimou a unidade da NATO” e da Ucrânia.

“O ano de 2022 tem sido o mais desafiador para a segurança europeia desde a Segunda Guerra Mundial. Também foi um ano extraordinariamente doloroso para o povo da Ucrânia. Para o presidente Vladimir Putin, foi um ano de fracassos colossais”, começou por escrever Stoltenberg, num artigo de opinião publicado no jornal Financial Times, na quinta-feira.

Na ótica do responsável, o chefe de Estado russo “cometeu dois grandes erros estratégicos quando lançou sua brutal invasão”, tendo, num primeiro momento, “subestimado a Ucrânia”.

“Pensou que poderia tomar Kyiv e decapitar o governo em poucos dias. Dez meses depois, o povo ucraniano, as forças armadas e a liderança continuam a defender a sua pátria com habilidade, coragem e determinação que inspiram o mundo. Dezenas de milhares de soldados russos foram feridos ou mortos. Cerca de um milhão de pessoas deixaram a Rússia desde o início do ano, muitas para evitar serem recrutadas para uma guerra em que não acreditam. Essa guerra de escolha deixou a Rússia mais pobre e mais isolada do que em décadas”, disse, atirando que o segundo erro passou por “subestimar a unidade da NATO”.

“Pensou que poderia dividir-nos e impedir-nos de apoiar a Ucrânia. Embora a NATO não faça parte deste conflito, os aliados estão mais unidos do que nunca em fornecer assistência militar sem precedentes para apoiar o direito de autodefesa da Ucrânia, consagrado na carta da Organização das Nações Unidas, e ajudá-la a permanecer um país livre e democrático”, complementou Stoltenberg, recordando que desde de 2014 que países como o Canadá, o Reino Unido e os Estados Unidos treinam soldados ucranianos e apoiam a reforma das forças armadas daquele país, face à tomada da Crimeia.

Nessa linha, o secretário-geral da NATO notou que, se Putin pretendia ter menos territórios da Aliança Atlântica ‘à sua porta’, a ofensiva que lançou na Ucrânia gerou o efeito contrário, proporcionando o alcance de uma “NATO mais forte e maior”, não só através do aumento da sua presença no flanco Oriental e da prontidão das suas forças, como também através da adesão de novos países, nomeadamente a Finlândia e a Suécia.

“Putin está a terminar este ano de fracassos com mais crueldade contra civis, cidades, infraestruturas e instalações de saúde ucranianas. Ataques deliberados a civis são crimes de guerra e os autores devem ser responsabilizados. Cerca de 12 milhões de pessoas, mais de um quarto da população da Ucrânia, foram cortadas do fornecimento de energia. Milhões de ucranianos fugiram para o exterior. Muitos, incluindo crianças, foram deportados à força para a Rússia. Apesar da negação por parte da Rússia, as autoridades ucranianas e especialistas internacionais estão a investigar muitos relatos de que membros das forças russas cometeram violações, torturaram e realizaram execuções sumárias”, acrescentou, referindo ainda que Moscovo pretende obter armamento através de outros “regimes autoritários, como o Irão”, para congelar a guerra e “reorganizar-se”.

“O presidente Volodymyr Zelenskyy propôs à Rússia dar início à retirada das suas tropas até ao Natal, como um passo para acabar com o conflito, mas Moscovo rejeitou [a proposta]. Foi Putin quem começou a guerra. Pode acabar com ela hoje, saindo da Ucrânia. De momento, não mostra sinais de que procura paz verdadeira”, lançou Stoltenberg, apelando para que “não nos esqueçamos de que o que acontece na mesa de negociações está intrinsecamente ligado ao que acontece no campo de batalha”.

“Temos de continuar a apoiar a Ucrânia, para que possa prevalecer um estado soberano e independente na Europa”, disse, justificando que, “se Putin prevalecer na Ucrânia, a mensagem para a Rússia – e para outros regimes autoritários – será que a força conseguirá o que querem”, o que seria “uma catástrofe para a Ucrânia” e “tornaria o mundo inteiro mais perigoso”.

Stoltenberg rematou, assim, que é do interesse da Aliança manter o “apoio à Ucrânia neste inverno, e pelo tempo que for necessário”, assegurando que a NATO defenderá “cada centímetro do território aliado”.

“E estaremos ao lado da Ucrânia, pelo seu futuro e pelo nosso”, garantiu.

De notar que, segundo o The Wall Street Journal, as autoridades ucranianas estão a trabalhar numa proposta de 10 pontos para colocar um ponto final ao conflito de forma pacífica, que poderá vir a ser apresentada em fevereiro de 2023.

Recorde-se ainda que, no âmbito da visita do chefe de Estado ucraniano à Casa Branca, o homólogo norte-americano, Joe Biden, garantiu que os Estados Unidos defendem uma "paz justa" para a Ucrânia, mantendo, por isso, o apoio militar, concretamente para defesa aérea.

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14 milhões de pessoas, segundo dados os mais recentes da Organização as Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A entidade confirmou ainda que já morreram 6.755 civis desde o início da guerra e 10.607 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.

Parceiros internacionais acreditam nos atuais dirigentes da Guiné-Bissau

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POR LUSA  23/12/22 

O ministro das Finanças da Guiné-Bissau, Ilídio Vieira Té, defendeu hoje que os parceiros internacionais "acreditam muito" nos atuais dirigentes do país, o que se prova com os apoios financeiros já recebidos e prometidos para 2023.

O governante falava aos jornalistas quando procedia ao balanço do desempenho macroeconómico da Guiné-Bissau em 2022 que disse ser "muito positivo".

"Vamos dizer que o balanço do desempenho macroeconómico do país é muito positivo tendo em conta a conjuntura global devido à guerra da Rússia e Ucrânia e também o impacto da covid-19" declarou Vieira Té.

O ministro das Finanças sublinhou que embora seja um país economicamente frágil, a Guiné-Bissau conseguiu honrar todos os seus compromissos internos e externos em 2022 o que permitiu retomar o acordo de acompanhamento do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Ilídio Vieira Té assinalou que há seis anos que a Guiné-Bissau não tinha um acordo com o FMI, facto que disse ter permitido que o Governo recebesse "de forma imediata" apoios orçamentais de países como Portugal e França.

"Desde 1998 que a França não apoiava financeiramente a Guiné-Bissau", notou o governante guineense, destacando ainda os apoios do Banco Europeu de Desenvolvimento, do Banco Mundial e de outras instituições.

Os recursos em questão, frisou Ilídio Vieira Té, estão a ser canalizados para a construção ou reabilitação de infraestruturas como estradas, escolas e hospitais.

"Tudo isso demonstra que os parceiros acreditam nas pessoas que estão a dirigir o país neste momento, o que é graças ao empenho do Presidente da República e do primeiro-ministro", sublinhou Vieira Té.

O ministro das Finanças afirmou que em 2023 as reformas em curso irão continuar, prometeu melhorias na condição de vida da população, mas apelou a que haja mais "respeito pelas infraestruturas publicas".

Ilídio Vieira Té deu os exemplos de postos de semáforos que estão a ser derrubados em Bissau por motoristas, "mal são colocados" e ainda tanques de lixo que disse estarem a ser roubados.

"Temos de ter amor ao nosso país. A Guiné-Bissau deve estar acima de tudo e de todos", observou o ministro das Finanças.