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Por LUSA 07/03/22
Moscovo está a recrutar especialistas sírios em combate urbano para lutar na Ucrânia, de acordo com autoridades norte-americanas consultadas pelo The Wall Street Journal.
Relatórios dos EUA indicam que a Rússia, que opera dentro da Síria desde 2015, recrutou nos últimos dias combatentes sírios na esperança de que a sua experiência em combates urbanos possa ajudar a tomar Kiev.
"O número de combatentes recrutados é desconhecido, mas alguns deles já estão na Rússia a preparar-se para entrar no conflito", segundo o jornal.
Os especialistas consultados pelo jornal recusaram-se a dar mais detalhes sobre o deslocamento de combatentes sírios na Ucrânia.
De acordo com uma publicação com sede na cidade síria de Deir Ezzor, a Rússia ofereceu aos voluntários entre 200 a 300 dólares (entre cerca de 180 a 270 euros) "para ir para a Ucrânia operar como guardas armados" durante seis meses e também confirmou que há combatentes chechenos no terreno.
"Com a chegada de voluntários de outros países à Ucrânia, o conflito pode tornar-se um novo foco para combatentes estrangeiros", disse Jennifer Cafarella, do Instituto para o Estudo da Guerra em Washington.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que, segundo as autoridades de Kiev, já fez mais de 2.000 mortos entre a população civil.
Os ataques provocaram também a fuga de mais de 1,5 milhões de pessoas para os países vizinhos, de acordo com a ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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Grupo de 'hackers' Anonymous reivindica ataque a televisões russas
Notícias ao Minuto 07/03/22
O grupo de 'hackers' Anonymous reivindicou hoje a responsabilidade por um ataque cibernético sobre os principais canais de televisão russos, transmitindo imagens não editadas da guerra na Ucrânia.
Numa publicação na rede social Twitter, o grupo disse que os canais afetados foram o Russia 24, o Channel One e o Moscow 24.
O ataque teve também entre os alvos as plataformas audiovisuais russas Wink e Ivi -- semelhantes à Netflix --, que contam com milhares de assinantes.
A publicação inclui uma gravação, com 38 segundos, que alegadamente comprova a transmissão de imagens da invasão da Ucrânia por tropas russas, assim como de mensagem sobre o conflito, nos três canais televisivos.
A 28 de fevereiro, o Anonymous reivindicou a responsabilidade por um ataque cibernético que paralisou as páginas na Internet de meios de comunicação russos, incluindo de agências estatais.
Durante alguns minutos, os sítios na Internet das agências de notícias estatais TASS e RIA Novosti, o jornal Kommersant, o diário pró-Kremlin Izvestia e a revista Forbes Russia exibiram uma mensagem que apelava ao "fim" da invasão russa da Ucrânia.
A 24 de fevereiro, o grupo declarou "guerra informática contra a Rússia", tendo depois reivindicado um ataque que deixou vários 'sites' estatais russos em baixo durante mais de 24 horas, incluindo as páginas da emissora estatal russa RT e do Ministério da Defesa russo.
Na sexta-feira, o parlamento russo aprovou uma lei que penaliza a divulgação de "informações falsas" sobre a "operação militar especial" em curso na Ucrânia, com penas previstas que variam desde multas até 15 anos de prisão.
No sábado, o Kremlin (Presidência russa) defendeu a necessidade de "firmeza" na nova lei que reprime "informações falsas" sobre o exército russo para enfrentar uma "guerra de informação" que diz estar a ser travada contra a Rússia no âmbito do conflito na Ucrânia.
"No contexto da guerra de informação, era necessário adotar uma lei cuja firmeza foi adaptada, o que foi feito", disse o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que, segundo as autoridades de Kiev, já fez mais de 2.000 mortos entre a população civil.
Os ataques provocaram também a fuga de mais de 1,5 milhões de pessoas para os países vizinhos, de acordo com a ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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A Rússia já mobilizou 95% das suas tropas na Ucrânia e disparou 600 mísseis desde o início da invasão, a 24 de fevereiro, disse à CNN um alto responsável da defesa dos Estados Unidos.
Amesma fonte assegurou, este domingo, que as forças russas continuam a montar o cerco à capital, Kiev, e às cidades de Kharkiv, Chernigov e Mariupol, citada pela cadeia de televisão norte-americana.
A Coreia do Sul suspendeu hoje todas as transações com o Banco Central da Rússia, juntando-se ao movimento global de sanções adicionais contra Moscovo em resposta à invasão russa da Ucrânia.
A 1 de março, as autoridades sul-coreanas anunciaram sanções contra sete bancos russos e suas filiais.
Seul visa desta forma impor medidas semelhantes às anunciadas por outros países, como os Estados Unidos e a União Europeia.
O Japão elevou hoje o nível de alerta de viagem para todo o território russo e aconselhou os japoneses a não viajarem para a Rússia, avisando que "a tensão pode aumentar" após a imposição de sanções.
Oporta-voz do Governo japonês, Hirokazu Matsuno, anunciou que o Ministério dos Negócios Estrangeiros elevou o alerta para o nível 3 para a Rússia, o segundo mais grave, apenas abaixo do nível 4, que recomenda a retirada imediata de um território.
Mais de 4.600 pessoas que se manifestaram hoje na Rússia contra a intervenção militar na Ucrânia foram detidas, em cerca de 60 cidades, elevando o total para 13.000, desde o início da ofensiva, segundo a ONG OVD-Info.
Pelo menos 4.640 pessoas foram detidas hoje em 65 cidades, elevando para mais de 13.000 o total de manifestantes detidos desde o início da operação militar russa na Ucrânia, a 24 de fevereiro, de acordo com o OVD-Info, que acompanha os protestos não autorizados.