quinta-feira, 10 de julho de 2025

Ucrânia. Aliados anunciam quartel-general para manutenção de paz em Paris

Por LUSA 

A coligação formada por países dispostos a destacar tropas ou meios militares para manter um eventual acordo de paz na Ucrânia vai ter um quartel-general permanente em Paris, anunciou hoje o Governo britânico.

A decisão foi tomada durante uma reunião virtual de líderes de países-membros do grupo de aliados da Ucrânia copresidida pelo primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, e o Presidente francês, Emmanuel Macron, a partir de Londres.

Outros líderes internacionais, como a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, e o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, encontravam-se reunidos em Roma para a Conferência sobre a Recuperação da Ucrânia.

A secretária de Estado dos Assuntos Europeus, Inês Domingos, representa Portugal na conferência em Roma.

O quartel-general em Paris será liderado pelo Reino Unido e por França para supervisionar todas as disposições táticas e operacionais, mudando-se para Londres no próximo ano, de acordo com um comunicado do Governo de Starmer.

No futuro será criada uma célula de coordenação em Kyiv, "à medida que forem sendo finalizadas as estruturas de comando da futura força de estabilização", acrescentou na mesma nota.

Durante a reunião, chefes militares fizeram um ponto da situação sobre progressos realizados, incluindo visitas de reconhecimento à Ucrânia, e foi decidido que o planeamento deve prosseguir numa base duradoura e normal, "a fim de garantir que uma força possa ser destacada nos dias que se seguem à cessação das hostilidades".

Pela primeira vez, representantes dos Estados Unidos participaram no encontro, incluindo o enviado especial do Presidente norte-americano, general Keith Kellogg, e os senadores Lindsey Graham e Richard Blumenthal. 

Os líderes presentes "condenaram os ataques brutais do Presidente [russo, Vladimir] Putin às cidades ucranianas e o desrespeito pelas conversações de paz e reafirmaram a determinação em continuar a exercer pressão sobre Putin para que ponha termo aos ataques ilegais e se empenhe de forma significativa nas negociações".

Governo aprova Projeto de Regulamento sobre a Interoperabilidade de Sistemas e Plataformas Digitais

Bissau, 10 Jul 25 (ANG) – O Governo  aprovou, quinta-feira, em Conselho de Ministros, o Projeto de Decreto relativo ao Regulamento sobre a Interoperabilidade de Sistemas e Plataformas Digitais dos Serviços Públicos e Privados.

Segundo o comunicado relativo à essa reunião do coletivo ministerial, presidida por Rui Duarte barros, Primeiro-ministro, ainda foram  aprovados o Projeto de Decreto sobre a Política Nacional de Governança e Proteção de Dados e o Projeto de Decreto sobre a Estratégia Nacional de Cibe segurança.

No capítulo de informações gerais, o Ministro da Energia apresentou um Relatório que descreveu as consequências da intempérie registada no Setor de Bambadinca e que afetou  a Central Híbrida local.

O Ministro da Administração Territorial e Poder Local deu a conhecer o estado atual do processo de atualização dos Cadernos Eleitorais que está a decorrer no território nacional e na diáspora.

A Ministra da Cultura, Juventude e Desportos apresentou, em nome da Comissão Interministerial Social, uma proposta de orçamento, visando combater, de forma tenaz, a Delinquência Juvenil, através de regulação e controlo de eventos públicos e de promoção de Campanhas de Consciencialização, orientadas para jovens adolescentes. 

ANG/MI

Guiné-Bissau. Confirmou a presença do Crocodilo da África Ocidental (Crocodylus suchus) nas principais bacias hidrográficas e lagoas costeiras l, incluindo o Arquipélago dos Bijagós e do Crocodilo anão da África Ocidental (Osteolaemus cf. tetraspis) no Sul do continente e no Arquipélago dos Bijagós.

 IBAP - Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas

Temos o prazer de partilhar um artigo científico recente, intitulado “Diversidade, distribuição e conservação dos Crocodilos na Guiné-Bissau.”

Este trabalho foi financiado pelo projeto aTROPIBIO, Elephant Crisis Fund e pela FCT.

Este estudo aborda as lacunas de informação sobre a diversidade, distribuição e conservação do crocodilo na Guiné-Bissau, onde os dados existentes estão desatualizados.

O estudo encontrou evidências que sugerem que o Crocodilo do Nilo (Crocodylus niloticus), anteriormente considerado extinto na África Ocidental há cerca de 200 anos, pode ainda persistir na região de Cacheu, na Guiné-Bissau.

Confirmou a presença do Crocodilo da África Ocidental (Crocodylus suchus) nas principais bacias hidrográficas e lagoas costeiras l, incluindo o Arquipélago dos Bijagós e do Crocodilo anão da África Ocidental (Osteolaemus cf. tetraspis) no Sul do continente e no Arquipélago dos Bijagós.

A perda de habitats e as capturas foram identificadas como as principais ameaças. 

Link para consulta da publicação: https://doi.org/10.1038/s41598-025-08789-3 


Eletricidade e Águas da Guiné-Bissau - EAGB. VAGA DE EMPREGO - Termo de referência para contratação de pessoal técnico em: -Eletricidade, -Eletrtecnica, - Eletromecânica, -Mecânica

@ Eletricidade e Águas da Guiné-Bissau - EAGB

Tudo pronto pa Cimeira CPLP

 
@Abel Djassi

Número de estrangeiros executados na Arábia Saudita ultrapassou centena... No total, 189 pessoas foram executadas desde o início de 2025, de acordo com a contagem da AFP, incluindo 88 cidadãos sauditas.

Por LUSA 

O número de estrangeiros condenados à morte este ano na Arábia Saudita subiu hoje para 101, depois de o Ministério Público do país ter anunciado a execução de dois cidadãos etíopes acusados de tráfico de droga.

O número de cidadãos estrangeiros executados na Arábia Saudita corresponde a uma contagem efetuada pela Agência France Presse (AFP) desde o princípio do ano.  

Os etíopes Khalil Qasim Mohammed Omar e Murad Yaqoub Adam Siyo foram executados depois de terem sido condenados por contrabando de canábis, refere um comunicado judicial citado hoje pela Agência Saudita de Imprensa (SPA).

No total, 189 pessoas foram executadas desde o início de 2025, de acordo com a contagem da AFP, incluindo 88 cidadãos sauditas.

Em 2024, o limite de 100 estrangeiros executados foi ultrapassado em novembro.

A pena de morte é aplicada com frequência no reino saudita.

De acordo com uma contagem anterior da France Presse, pelo menos 338 pessoas foram executadas no ano passado, em comparação com 170 em 2023, bem acima do limite anterior de 196 em 2022.

Alegria ❤ na Guiné-Bissau 🇬🇼: ADG comercial baixou preço de arroz para 15 mil franco cfa... OBS: A empresa ADG comercial está vender 1 saco de 50kg de arroz quebrado 13.500 CFA para comerciantes, depois comerciantes vão vender 15 mil franco. Preço de 15 mil franco cefa é devido logística de transporte para regiões.

CLIQUE AQUI PARA ASSISTIR AO VIDEO

EMPRESA ALBARKA COLOCA NO MERCADO NACIONAL, 10 MIL TONELADAS DE ARROZ NHELEM 100% PARTIDO NO PREÇO DE 13,500

A empresa ADG comercial, Albarka, anunciou hoje que vai colocar em todo mercado nacional, 10 mil toneladas de arroz nhelem 100% partido num preço de 13.500, em Bissau e 15.000 francos nas regiões, produzido em 2024 e com validade até 2028.

A decisão foi anunciada esta quinta-feira pelo administrador da empresa na presença de representantes do ministério do comércio, da Câmara do Comércio, da associação dos retalhistas, ACOBES e outros intervenientes do setor comercial.

Abduramane Djaló explicou que dos 50 mil toneladas conseguidos, o país recebeu ainda só 15 mil toneladas, e querem vende-lo o mais rápido possível para poder adquirir os 35 mil toneladas restantes, daí a razão de vende-lo ao preço de 13.500 e 15.000 francos cfa.

Presente na apresentação do cereal, o Secretário executivo de ACOBES, Bambo Sanha, sublinhou que não está em causa a  qualidade do arroz para ser vendido a esses preços,  mas sim a questão da concorrência no mercado.

No entanto,  inspetor-geral do comercio, Alselmo Mendes garantiu que vão fiscalizar para que não haja especulação dos preços deste arroz de origem indiana.

A empresa garantiu que dentro de 24 horas, o cereal estará disponível em todo o território nacional.



Chumbada moção de censura à Comissão Europeia... A moção deve-se à ocultação de mensagens entre a presidente da Comissão e o administrador da farmacêutica Pfizer, por causa da aquisição de vacinas contra a covid-19, em 2021.

Por  sicnoticias.pt

A moção de censura contra a Comissão Europeia, a primeira que um executivo comunitário enfrenta em 10 anos, foi, esta quinta-feira, rejeitada por maioria no Parlamento Europeu durante o plenário em Estrasburgo, em França.

A moção de censura, a primeira do executivo de Ursula von der Leyen, foi chumbada com 360 votos contra, 175 a favor e 18 abstenções, e precisava de dois terços dos votos expressos pelos eurodeputados para ser aprovada.

A presidente da Comissão Europeia, que está em funções há seis anos, não esteve presente durante a votação.

Os eurodeputados do PCP, João Oliveira (que integra o grupo político A Esquerda), e do Chega, António Tânger Corrêa e Tiago Moreira de Sá (que faz parte do grupo Patriotas pela Europa, de extrema-direita), foram os únicos portugueses que votaram favoravelmente a queda do executivo comunitário.

A moção foi apresentada por um eurodeputado romeno, dos Conservadores e Reformistas Europeus, e recebeu o apoio de quase 80 eurodeputados.

A moção deve-se à ocultação de mensagens entre a presidente da Comissão e o administrador da farmacêutica Pfizer, por causa da aquisição de vacinas contra a covid-19, em 2021.

🇬🇼🇺🇸 O Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló, participou esta terça-feira, em Washington, num encontro com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao lado de outros quatro Chefes de Estado africanos, no âmbito da Primeira Cimeira organizada pela nova administração norte-americana.


@Radio Voz Do Povo

Recuperação da Ucrânia debatida em Roma mas sem fim da guerra à vista... Roma acolhe a partir de hoje a IV Conferência sobre a Recuperação da Ucrânia, uma reunião de alto nível dedicada à reconstrução a longo prazo do país, quando o fim da guerra parece distante e intensificam-se os ataques russos.

Por LUSA 

Entre os líderes políticos presentes nesta conferência de dois dias (hoje e sexta-feira), coorganizada por Itália e Ucrânia, estão, além da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, e do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o chanceler alemão, Friedrich Merz, e Donald Tusk, primeiro-ministro da Polónia, que acolherá a quinta edição da Conferência, em 2026.

Os Estados Unidos, cujo apoio a Kiev deu sinais de algum arrefecimento desde a mudança de administração em janeiro passado, na sequência do regresso de Donald Trump à Casa Branca, estarão representados na conferência pelo enviado especial para a Ucrânia, Keith Kellogg.

Portugal faz-se representar pela secretária de Estado dos Assuntos Europeus, Inês Domingos.

O primeiro dia do encontro na capital italiana coincide com outra reunião internacional dedicada à Ucrânia que irá decorrer a partir do Reino Unido, razão pela qual o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, e o Presidente francês, Emmanuel Macron, estarão ausentes.

Starmer e Macron vão hoje copresidir, a partir da base aérea de Northwood, perto de Londres, a uma reunião da chamada "Coligação dos dispostos", um grupo de países aliados de Kiev empenhados em ajudar a manter a capacidade de combate da Ucrânia e disponíveis para participar numa força de manutenção de paz num contexto de um eventual cessar-fogo que funcione como "garantia de segurança" para impedir futuras ofensivas russas.

Meloni, Merz e o próprio Zelensky participarão, desde Roma, por videoconferência, na reunião da "Coligação dos dispostos", também aberta a outras capitais que queiram participar.

Já em Itália desde quarta-feira, Zelensky foi recebido pelo Papa Leão XIV, tendo-lhe pedido que o Vaticano impulsione uma reunião de alto nível que ponha fim à guerra.

No entanto, e perante a recente intensificação dos ataques russos, Zelensky deverá aproveitar a presença de vários líderes europeus na Conferência de Roma para apelar a um reforço das capacidades de defesa de Kiev, assim como assinar acordos para assegurar o aprovisionamento de energia no território ucraniano, setor particularmente visado por Moscovo.

Esta será a quarta conferência anual consagrada à recuperação e reconstrução da Ucrânia desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022. Nos últimos três anos, foram realizadas edições em Lugano (Suíça), meses após o início da agressão, em Londres (2023) e em Berlim (2024).

São esperados na capital italiana mais de 3.500 participantes, incluindo cerca de 100 delegações oficiais e 40 organizações internacionais, e ainda centenas de representantes de instituições financeiras, empresas, autoridades regionais, municipais, sociedade civil e diáspora ucraniana, que deverão reiterar o compromisso comum de reforçar a resiliência da Ucrânia durante o tempo que for necessário.

O objetivo principal do evento é sensibilizar e mobilizar o apoio e os investimentos internacionais contínuos para a recuperação do país, que já entrou no quarto ano de guerra, e para a reconstrução, a reforma e a modernização da Ucrânia num cenário pós-guerra.

Ao longo dos dois dias de trabalhos, os debates vão centrar-se em quatro áreas temáticas: dimensão empresarial, dimensão humana, dimensão local e regional e dimensão da União Europeia (UE).

Esta conferência ocorre num contexto em que a Rússia intensificou os ataques ao território ucraniano e descarta um acordo de paz num futuro próximo, tal como reconheceu Donald Trump, que, após uma nova conversa telefónica com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, anunciou no início desta semana que será retomado o fornecimento de armas a Kiev, dado a Ucrânia precisar de se defender dos ataques incessantes da Rússia.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados.

A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país. Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.


Leia Também: Forças russas lançaram 48 ataques aéreos contra território ucraniano 


Leia Também: O Governo norte-americano liderado por Donald Trump retomou o envio de algumas armas para a Ucrânia, uma semana depois de o Departamento de Defesa (Pentágono) ter determinado a suspensão de algumas entregas. 

quarta-feira, 9 de julho de 2025

FMI. Exportação de peixe da Guiné-Bissau vale mais que as vendas de caju

 Jornal Económico com Lusa    9 Julho 2025

Na análise ao setor pesqueiro e às implicações para os indicadores macroeconómicos da Guiné-Bissau, os economistas do FMI apontam que “a produção pesqueira industrial é significativa” neste país lusófono africano e detalha que “o volume das capturas na Zona Económica Exclusiva atingiu cerca de 167 mil toneladas por ano nos últimos cinco anos”, no seguimento da reativação do acordo de pesca com a União Europeia, em 2014.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou que as exportações de peixe da Guiné-Bissau estão significativamente sub-representadas, valendo mais do que as vendas de caju, e influenciando decisivamente indicadores como o PIB e a dívida.

“O domínio acentuado das exportações de caju, como é comummente percecionado, não representa adequadamente a verdadeira situação da diversificação económica na Guiné-Bissau”, lê-se numa nota técnica de enquadramento para o mais recente relatório de análise do país, datado deste mês, assinada pelos economistas Nour Bouzouita, Yugo Koshima e Babacar Sarr.

Na análise ao setor pesqueiro e às implicações para os indicadores macroeconómicos da Guiné-Bissau, os economistas do FMI apontam que “a produção pesqueira industrial é significativa” neste país lusófono africano e detalha que “o volume das capturas na Zona Económica Exclusiva atingiu cerca de 167 mil toneladas por ano nos últimos cinco anos”, no seguimento da reativação do acordo de pesca com a União Europeia, em 2014.

“Utilizando os preços de desembarque do peixe nos portos portugueses obtidos pelo EUROSTAT, estima-se que o valor das capturas seja de 310 milhões de euros por ano, em média, nos últimos cinco anos, muito superior ao valor das exportações de caju, que ascendeu a 201 milhões de euros por ano no mesmo período”, acrescenta o FMI.

Contrariando a perceção geral de que o caju é o principal motor do crescimento económico da Guiné-Bissau, a análise do FMI mostra que “se todas as capturas dos barcos de pesca industrial fossem registadas como exportações oficiais da Guiné-Bissau, teriam acrescentado 20,8% ao PIB por ano, em média, nos últimos cinco anos, mais do que as exportações de castanha de caju, que representaram 13,4% do PIB”.

Isto, salientam, “alteraria drasticamente o panorama dos principais indicadores macroeconómicos”, como o saldo da balança corrente, que passaria a apresentar um excedente significativo em todos esses anos.

Em 2022, por exemplo, o PIB nominal seria reajustado em 20%, o que, por seu turno, reduziria o rácio da dívida pública de 80,7% para 67,1% do PIB nesse ano, com potenciais implicações significativas nas escolhas dos investidores internacionais.

Na nota técnica, os analistas do departamento africano do FMI explicam que a exportação de peixe da Guiné-Bissau está “severamente sub-representada” por falta de atribuição da origem do peixe.

“Os relatórios das contrapartes [dos países que compram o peixe pescado nas águas da Guiné-Bissau] incluem um volume significativo de importações de peixe da Guiné-Bissau, que não são registadas nos dados oficiais de exportação das autoridades; se as exportações de peixe fossem incluídas, a quota-parte do caju ficaria limitada a 65% do total das exportações”, lê-se no artigo consultado pela Lusa.

As exportações de peixe da Guiné-Bissau seriam “pelo menos o dobro das registadas nos dados oficiais se as exportações das capturas dos barcos de pesca industrial fossem formalizadas na Guiné-Bissau”, ao invés de serem contabilizadas “noutros países da região, de onde o peixe guineense é enviado para os destinos finais na Europa e na Ásia”.

O FMI afirma também que vários países ‘escondem’ a verdadeira origem do pescado por a Guiné-Bissau não ter a certificação da União Europeia relativa a pesca ilegal, não declarada e não regulamentada (IUU), o que fez com que em 2023 mais de 85% das capturas não estejam nos relatórios dos países compradores, “tornando-se invisíveis nos dados do comércio internacional”.

O peixe da Guiné-Bissau “ainda não obteve a certificação de qualidade necessária para exportar para a UE, o que suscita sérias preocupações em matéria de IUU se um país terceiro importar peixe da Guiné-Bissau e o reexportar para a UE, sendo suscetível de motivar os compradores dos países terceiros a não declarar as importações de peixe da Guiné-Bissau, ocultando a sua origem”, alerta o FMI.

Mudança de sexo: EUA enviam intimações a médicos para por fim a operações

Por  LUSA   09/07/2025

O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enviou intimações a uma série de médicos e clínicas envolvidos em procedimentos de mudança de sexo em menores, no âmbito de um plano para tentar acabar com aquelas cirurgias.

O Departamento de Justiça emitiu hoje "mais de 20 intimações a médicos e clínicas envolvidos na realização de procedimentos médicos transgénero em crianças" para que testemunhem e forneçam documentação às autoridades federais, no âmbito de uma investigação que, segundo um comunicado divulgado por aquele, procura descobrir "fraudes na saúde" ou "deturpações".

"Os profissionais e organizações médicas que mutilaram menores ao serviço de uma ideologia distorcida serão responsabilizados perante este Departamento de Justiça", acrescenta a procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, num breve texto.

Uma semana depois de regressar ao poder, em janeiro, Trump assinou uma ordem executiva estipulando que o seu governo "não financiará, patrocinará, promoverá, ajudará ou apoiará a chamada 'transição' de um menor de um género para outro".

Trump também garantiu que iria "aplicar rigorosamente todas as leis que proíbem ou limitam estes procedimentos destrutivos".

O seu governo acusa a Associação Profissional Mundial para a Saúde dos Transgéneros (WPATH) de promover "os danos causados às crianças pela mutilação química e cirúrgica" e de não ter "integridade científica" para o fazer.

Desde janeiro, a administração nova-iorquina adotou e fez aprovar medidas agressivas que muitos juristas e organizações de defesa dos direitos civis consideram como um grande retrocesso na proteção das pessoas transgénero nos Estados Unidos.


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Frigideiras antiaderentes arranhadas: Serão um risco para a saúde?

Por  noticiasaominuto.com 09/07/2025

Vários estudos descobriram que a presença de substâncias usadas em frigideiras antiaderentes mais antigas estava relacionada com o cancro. Além disso, algumas pessoas argumentam que outros produtos químicos perigosos estavam presentes em níveis mais altos quando frigideiras antiaderentes estavam arranhadas pelo uso regular.

Se já teve dificuldade em cozinhar ovos numa frigideira de aço inoxidável ou descartou muitos crepes que não deram certo, sabe a importância das frigideiras antiaderentes em qualquer cozinha. Embora não sejam ideais para todos os projetos culinários, as suas superfícies lisas são essenciais na preparação de pratos particularmente delicados.

Mas para cada superfã de frigideiras antiaderentes, existem pelo menos dois céticos. Provavelmente já ouviu histórias de terror sobre os perigos das frigideiras antiaderentes. E elas não são totalmente infundadas.

Vários estudos descobriram que a presença de substâncias perfluoroalquiladas e polifluoroalquiladas (ou PFAS) usadas em frigideiras antiaderentes mais antigas estava relacionada com o cancro.

E como se isso não fosse assustador o suficiente, muitas pessoas argumentam que PFAS e outros produtos químicos perigosos estavam presentes em níveis mais altos quando frigideiras antiaderentes estavam arranhadas pelo uso regular.

Desde uma decisão federal de 2013 que esses compostos são proibidos em todas as frigideiras antiaderentes fabricadas nos Estados Unidos. E muitas marcas se adaptaram, introduzindo métodos menos perigosos para superfícies escorregadias. Mesmo assim, alguns ainda dizem que frigideiras arranhadas apresentam riscos para saúde. Gabby Romero, citada pelo Delish, explica tudo.

A sua frigideira antiaderente arranhada pode ser perigosa?

Provavelmente não. Mas há algumas ressalvas. A resposta dependerá da frigideira que estiver a usar. "Se usar uma frigideira velha de segunda mão ou se os seus utensílios de cozinha forem de uma marca fabricada fora dos Estados Unidos, existe uma probabilidade significativamente maior de que sejam feitos com produtos químicos perigosos".

Outro fator importante é o tipo de comida que faz com a sua frigideira antiaderente. "Produtos com quantidades mensuráveis ​​de PFAS podem libertar substâncias químicas nocivas no ar quando aquecidos acima dos 260°C. Portanto, se estiver a selar uns bifes em lume alto ou a pré-aquecer a sua frigideira em lume alto por períodos prolongados, poderá estar a convidar gases indesejáveis ​​para dentro da sua casa."

Para aqueles que usam modelos mais novos de frigideiras antiaderentes fabricados nos Estados Unidos, os riscos para a saúde associados a arranhões são improváveis.

Posto isto, deve continuar a usar a sua frigideira arranhada?

Não. "Embora não representem necessariamente um problema de segurança, não deve guardar as suas frigideiras antiaderentes arranhadas. Se os arranhões forem recentes, pode acabar com lascas do revestimento na comida".

Isso também pode afetar a eficácia da antiaderência da sua frigideira. Arranhões, altas temperaturas e desgaste geral desgastam o revestimento liso da superfície da sua frigideira. E, dependendo da frequência de uso e da manutenção, uma frigideira nova pode perder a sua antiaderência em apenas um ou dois anos.

Ao contrário dos produtos feitos de ferro fundido e aço inoxidável, as frigideiras antiaderentes não são feitas para durar para sempre. E se a sua já tiver alguns arranhões, então definitivamente está na hora de se desfazer dela.

Estudo. Com que frequência um casal deve ter sexo para se sentir feliz

Por   noticiasaominuto.com 09/07/2025

Para um estudo recente, investigadores pediram a casais que aumentassem a sua frequência sexual. Inesperadamente, os casais que foram orientados a fazer mais sexo não relataram nenhum aumento na felicidade.

Citada pelo Psychology Today, Gurit Birnbaum, professora na Universidade Reichman, em Israel, revela com que frequência os casais devem ter relações sexuais para se sentirem felizes.

"Quando é bom, o sexo pode fazê-lo sentir-se satisfeito e relaxado. E, claro, as pessoas costumam fazer sexo não apenas porque estão excitadas, mas também porque isso promove a intimidade e aprofunda a conexão emocional", começou por explicar.

De facto, vários estudos têm vindo a revelar que parceiros que fazem sexo com frequência relatam maior satisfação no relacionamento e na vida.

Considerando esses benefícios, seria de esperar que quanto mais sexo faz, melhor ele vai ficando, certo? Bem, a ciência testou essa ideia.

Para um estudo recente, investigadores pediram a casais que aumentassem a sua frequência sexual. Inesperadamente, os casais que foram orientados a fazer mais sexo não relataram nenhum aumento na felicidade. Na verdade, foi o oposto: eles experimentaram um humor mais baixo e menos prazer no sexo.

Mas aqui está a questão: os casais deste estudo já tinham relações sexuais cerca de uma vez por semana, em média. Isto revela que forçar mais sexo, especialmente quando parece uma tarefa ao invés de um resultado de um desejo genuíno e espontâneo, pode ter desvantagens.

Como qualquer pessoa que já tenha tentado uma maratona sexual pode comprovar, sexo em excesso pode ser exaustivo. Mas não precisa de uma maratona de fim de semana para sentir o peso. "É da natureza humana acostumar-se às coisas boas da vida e passar a vê-las de forma menos positiva com o passar do tempo."

No caso do sexo, a frequência excessiva pode corroer a expectativa e a emoção que o tornam especial. Um dia, pode acordar a sentir que o sexo com o seu parceiro se tornou mais um item na lista de afazeres, algo entre "comprar leite" e "levar o cão à rua". Sim, pode ser um caso de excesso de uma coisa boa.

Então, qual é o ponto ideal? Estudos mostram que o aumento da felicidade nos relacionamentos causado pelo sexo parece estabilizar-se com cerca de uma vez por semana. Pessoas que fazem sexo com mais frequência do que isso não relatam ser significativamente mais felizes do que aquelas que fazem sexo semanalmente.

Um dos motivos para esse ponto ideal semanal pode ser o "efeito pós-sexo", no qual os benefícios da atividade sexual, incluindo uma profunda sensação de satisfação, podem persistir durante, pelo menos, 24 horas depois.

Esse efeito pós-sexo ajuda os casais a manter a intimidade entre os encontros, criando uma sensação duradoura de conexão que os leva ao próximo momento íntimo. Uma boa sessão, ao que parece, pode fazer toda a diferença.

De notar que nem todas as pessoas precisam de sexo para se sentirem felizes nos seus relacionamentos. Há pessoas que têm menor desejo sexual, identificam-se como assexuais ou simplesmente não priorizam o sexo - e, para algumas, essa é uma escolha gratificante, especialmente quando o parceiro partilha uma abordagem semelhante. 

Essas pessoas podem expressar amor e afeição de outras maneiras e ainda assim sentirem-se profundamente satisfeitas uma com a outra. A chave, para qualquer casal, é a comunicação aberta sobre as necessidades de cada um e encontrar maneiras de as atender que funcionem para ambos.


Leia Também: Estudo. Mais sexo pode levar a menos dor para mulheres na pós-menopausa 

O Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló, reuniu-se hoje com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Casa Branca, durante a primeira cimeira da nova administração norte-americana com cinco líderes africanos.

O encontro reforçou a visão de uma Guiné-Bissau estável, segura e aberta ao investimento estrangeiro, com destaque para os sectores da energia, agricultura, turismo, tecnologia e infraestruturas.

Ao lado dos Chefes de Estado do Gabão, Libéria, Mauritânia e Senegal, o Presidente Embaló apresentou as potencialidades económicas do país e o novo código de investimento como elementos-chave para atrair parcerias sólidas.

 Presidência da República da Guiné-Bissau

O robô terá realizado a cirurgia com "100% de precisão”, embora “tenha demorado mais tempo a realizar o trabalho do que um cirurgião humano"

Por cnnportugal.iol.pt

Um robô operou pela primeira vez um modelo realista de paciente respondendo durante a operação aos comandos da equipa, “como um cirurgião principiante a trabalhar com um mentor”, revela um estudo publicado esta quarta-feira na revista científica Science Robotics.

Treinado com vídeos de cirurgias, o robô procedeu à remoção da vesícula biliar sem ajuda humana, indica um comunicado sobre o estudo divulgado pela Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, cujos investigadores o lideraram.

“O robô teve um desempenho irrepreensível durante os testes e com a perícia de um cirurgião humano habilidoso, mesmo em cenários inesperados típicos de emergências médicas reais”, adianta.

Segundo a universidade, o trabalho “representa um avanço transformador na robótica cirúrgica, em que os robôs podem atuar tanto com precisão mecânica como com adaptabilidade e compreensão semelhantes às humanas”.

O denominado Surgical Robot Transformer-Hierarchy (SRT-H) realiza realmente cirurgias, adaptando-se às características anatómicas individuais na ocasião, tomando decisões em tempo real e autocorrigindo-se quando é necessário.

Construído com a mesma estrutura de aprendizagem automática do sistema de inteligência artificial (IA) ChatGPT, o SRT-H também é interativo, capaz de responder a comandos de voz, como "agarrar a cabeça da vesícula biliar", e correções, como "mover o braço esquerdo um pouco para a esquerda", aprendendo neste processo.

"Este avanço leva-nos de robôs que podem executar tarefas cirúrgicas específicas para robôs que realmente compreendem os procedimentos cirúrgicos", assinala o especialista em robótica médica Axel Krieger, citado no comunicado.

O especialista acrescenta tratar-se de um passo decisivo no caminho para a criação de “sistemas cirúrgicos autónomos clinicamente viáveis, capazes de funcionar na realidade confusa e imprevisível dos cuidados reais ao doente”.

Em 2022, o Smart Tissue Autonomous Robot (STAR) de Krieger realizou a primeira cirurgia robótica autónoma num animal vivo – uma cirurgia laparoscópica num porco -, mas este robô trabalhou com “tecido marcado” e operou num ambiente altamente controlado, seguindo um rigoroso e predeterminado plano cirúrgico.

Segundo Krieger, no caso anterior foi como ensinar um robô a conduzir por uma rota cuidadosamente mapeada, enquanto no seu novo sistema se ensinou o robô “a navegar em qualquer estrada, em qualquer condição, respondendo de forma inteligente a tudo o que encontra".

Ji Woong (Brian) Kim, ex-investigador de pós-doutoramento na Johns Hopkins e atualmente na Universidade de Stanford (EUA), autor principal do artigo, diz que o trabalho “mostra que os modelos de IA podem ser fiáveis o suficiente para a autonomia cirúrgica, algo que parecia distante, mas que é comprovadamente viável”.

A equipa de Krieger já tinha treinado um robô para realizar três tarefas cirúrgicas fundamentais: manipular uma agulha, levantar tecido corporal e suturar, cada uma das quais demorava alguns segundos.

A remoção da vesícula biliar é um procedimento muito mais complexo, uma sequência de 17 tarefas, que duram alguns minutos, tendo o SRT-H aprendido a realizar o trabalho assistindo a vídeos de cirurgiões da Johns Hopkins, com legendas descrevendo as tarefas.

O robô “realizou a cirurgia com 100% de precisão”, embora “tenha demorado mais tempo a realizar o trabalho do que um cirurgião humano, os resultados foram comparáveis”, refere o comunicado.

"Isto mostra realmente que é possível realizar procedimentos cirúrgicos complexos de forma autónoma", declara Krieger.

O passo seguinte para a equipa é treinar e testar o sistema em mais tipos de cirurgias e expandir as suas capacidades para que possa realizar operações de forma completamente autónoma.

"Gostaria muito". Trump manifesta interesse em visitar África... O Presidente norte-americano, Donald Trump, manifestou hoje abertura a visitar países africanos, na sequência de um encontro com cinco líderes de Estados desse continente, incluindo o Presidente da Guiné-Bissau, na Casa Branca

Por LUSA 

Num almoço com os cinco líderes africanos - Guiné-Bissau, Gabão, Libéria, Mauritânia e Senegal - Trump discutiu potenciais parcerias económicas com esses países e questões ligadas à imigração.

No final, questionado por uma jornalista sobre se tenciona visitar o continente, Trump afirmou que "gostaria de ir a África, com certeza", acrescentando: "Vamos ver qual é o cronograma, mas eu gostaria muito de fazer isso".

Perante a imprensa, Donald Trump começou por apresentar as potencialidades dos cinco países que convidou para a Casa Branca, os quais classificou como "lugares muito vibrantes, com terras muito valiosas, grandes minerais, grandes depósitos de petróleo e pessoas maravilhosas".

"Há um grande potencial económico em África, como em poucos outros lugares, em muitos aspetos", afirmou, acrescentando que quer aumentar o envolvimento norte-americano no continente.

Desde que regressou à Casa Branca, em janeiro passado, Donald Trump defendeu a diplomacia baseada em princípios transacionais e colocou a questão dos minerais no centro das negociações com muitos Estados estrangeiros, como a Ucrânia ou no âmbito do acordo de paz entre Ruanda e a República Democrática do Congo.

Por sua vez, os líderes africanos elogiaram os esforços do Presidente dos Estados Unidos para tentar resolver conflitos no mundo e, a maioria, colocou os recursos naturais dos seus países na mesa de negociações.

Um por um, os cinco líderes foram indicando as suas prioridades nas relações com Washington, mas sem mencionarem os cortes de ajuda externa que Donald Trump decretou contra o continente africano.

O Presidente da Mauritânia, Mohamed Ould Ghazouani, falou por vários minutos, lançando elogios e expressando satisfação com "o comprometimento de Trump com o continente" africano.

"Temos minerais, terras raras, minerais raros. Temos manganês, temos urânio e temos boas razões para acreditar que temos lítio e outros minerais", indicou o líder da Mauritânia, ao descrever os atrativos naturais do seu país.

Já o Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, foi o líder que menos falou na Casa Branca, focando-se na importância da resolução de conflitos militares.

"A Guiné-Bissau é um país pacífico e somos um país pequeno, mas somos um grande Estado. Não um grande Estado como os Estados Unidos, mas também somos um grande país. E, para finalizar, estamos a acompanhar a sua dinâmica e a guerra com a Rússia e a Ucrânia. Pode contar com a Guiné-Bissau", afirmou Embaló.

Mais tarde, quando os cinco líderes africanos foram questionados por uma jornalista sobre se equacionavam indicar Trump ao Prémio Nobel da Paz, o Presidente guineense optou por manifestar apoio aos esforços do líder norte-americano para acabar com a guerra na Ucrânia.

"Estamos muito comprometidos com a paz. Fui o primeiro chefe de Estado a ir à Rússia e à Ucrânia desde o início da guerra. Eu presidi a CEDEAO [Comunidade Económica de Estados da África Ocidental] e fui ver o Presidente [da Rússia, Vladimir] Putin. Conversamos por quatro horas e depois fui para a Ucrânia. Passei 12 horas num comboio para falar com o Presidente [da Ucrânia, Volodymy] Zelensky", disse Embaló.

"Mas o peso do Presidente Trump é completamente diferente. Estamos consigo, para ver o que podemos fazer para ajudar a trazer a paz de volta. Ninguém ganha quando há guerra. Têm o nosso apoio para que possamos trazer a paz de volta", concluiu o líder guineense.

Já o Presidente senegalês, Bassirou Diomaye Faye, quis "tranquilizar os investidores americanos sobre a estabilidade política" do seu país e o "ambiente regulatório favorável", antes de destacar os recursos de petróleo e gás natural do Senegal.

"O Gabão é um país rico", declarou por seu turno o Presidente deste pais, Brice Oligui Nguema, antes de acrescentar: "Temos mais de dois milhões de habitantes e uma grande diversidade de matérias-primas, reservas de petróleo e gás, e gostaríamos de ver esses recursos explorados".

De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos, o Gabão foi em 2023 o segundo maior produtor mundial de manganês, mineral essencial para fabricar baterias, apenas atrás da África do Sul.

Também o Presidente da Libéria, Joseph Nyuma Boakai, apelou ao investimento norte-americano no país, enaltecendo os minerais que detém.

Trump elogiou o domínio do inglês do Presidente da Libéria, parecendo ignorar que o inglês é a língua oficial desse país africano.


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Ataque com laser chinês a avião alemão no Mar Vermelho? "Inaceitável"... O chanceler alemão declarou hoje "totalmente inaceitável" o incidente em que um laser chinês terá sido apontado para um avião de reconhecimento alemão que participava da Operação Áspides da UE no mar Vermelho.

Por LUSA 

"O possível ataque com laser a um avião de vigilância militar [para proteger a navegação civil dos ataques das milícias hutis do Iémen] é totalmente inaceitável", afirmou Friedrich Merz, numa conferência de imprensa conjunta com o secretário-geral da NATO, Mark Rutte.

Merz lembrou que o embaixador chinês em Berlim foi convocado na véspera ao Ministério dos Negócios Estrangeiros para uma nota de protesto por causa do incidente.

Enquanto aguarda o relatório final do ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Johann Wadephul, sobre este incidente e a conversa com o embaixador chinês, o chanceler indicou que, por sua parte, não fará hoje uma avaliação final.

"Mas algo assim demonstra que também temos de enfrentar tais fenómenos e que também esclareceremos exatamente de onde veio este ataque a laser a um avião alemão", acrescentou.

Em declarações ao grupo de "media" RedaktionsNetzwerk Deutschland (RDN), Wadephul disse estar "mais do que irritado" com o incidente e acrescentou que a China terá que se explicar.

"Uma perturbação semelhante dos nossos aviões, bem como colocar em risco sem motivo as nossas unidades, é inaceitável. Dissemos isso claramente ao embaixador chinês", afirmou.

Segundo o Ministério da Defesa alemão, o incidente, negado por Pequim, ocorreu durante um voo de rotina a 02 deste mês, quando o avião, "sem motivo algum e sem contacto prévio", segundo um porta-voz, foi atacado com laser a partir de um navio chinês.

Pequim recusou a acusação de Berlim, considerando as alegações "completamente incompatíveis com os factos".

"Ambas as partes devem adotar uma atitude pragmática, reforçar a comunicação em tempo útil e evitar mal-entendidos e erros de cálculo", afirmou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Mao Ning, em conferência de imprensa.

Mao Ning indicou que os navios chineses realizam missões de escolta no golfo de Aden e nas águas somalis, "contribuindo assim para a segurança das rotas marítimas internacionais".

A China já foi várias vezes acusada de ações de intimidação marítima com lasers. Em fevereiro de 2023, um navio da marinha chinesa foi acusado de ter usado um "laser de tipo militar" contra um navio da guarda costeira filipina no mar do Sul da China.

Em 2022, a Austrália acusou o Exército chinês de ter apontado um laser militar a um do avião no norte do país.

Desde 2017, a China possui uma base militar em Djibuti, com acesso ao golfo de Aden, na foz do mar Vermelho, o que permite a Pequim proteger os interesses geopolíticos e económicos (transportes, indústria, energia) na região.


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Saúde? Ex-médico de Biden recusa-se a responder (e invoca Quinta Emenda)

Por  LUSA 

Uma investigação levada a cabo pelo Partido Republicano 'chamou' o antigo médico da Casa Branca Kevin O’Connor para falar sobre a saúde do antigo presidente Joe Biden. Profissional recusou e advogados dizem que investigação devia ser suspensa.

O antigo médico de Joe Biden recusou-se a testemunhar num inquérito à porta fechada no âmbito da investigação que o Partido Republicano está a levar a cabo acerca da saúde mental do antecessor de Donald Trump na Casa Branca.

Segundo avançam as publicações norte-americanas, o médico Kevin O’Connor invocou o privilégio médico-paciente e o seu direito à Quinta Emenda contra a autoincriminação.

Segundo explica um comunicado citado pela imprensa, O’Connor diz, repetidamente, que os seus deveres como médico complicam o seu testemunho e o impedem também de partilhar algumas informações mais sensíveis.

A Associated Press diz ainda que a Quinta Emenda da Constituição dos EUA foi invocada esta quarta-feira antes de se realizar o Comité de Supervisão da Câmara dos Representantes.

Note-se que a Quinta Emenda garante a proteção contra o abuso da autoridade estatal, incluindo o direito de não falar, por forma a evitar a autoincriminação. Esta emenda faz parte da Carta de Direitos dos EUA e estabelece o "devido processo legal", assegurando que ninguém seja privado de vida, liberdade ou propriedade sem o devido processo legal.  

Note-se que a investigação em causa está a ser conduzida pelos republicanos, que se questionam sobre as ações de Biden no cargo de presidente dos Estados Unidos.

Segundo o que defendem, algumas políticas levadas a cabo pela Casa Branca podem ser inválidas, se se provar que Biden esteve mentalmente incapacitado durante uma parte do seu mandato - e que terá usado uma 'autopen' [máquina para assinaturas automáticas] em certas ações. Note-se que Donald Trump afirmou que o Joe Biden tinha usado uma máquina destas para assinar perdões.

"Com exceção da eleição presidencial fraudulenta de 2020, o uso de 'autopen' é o maior escândalo político da História", escreveu Trump na Truth Social, no início de junho.

No comunicado em nome do médico, um dos seus advogados, David Schertler, explicou que o Comité de Supervisão da Câmara devia suspender a sua investigação até que a Procuradora-Geral dos EUA, Pam Bondi, concluísse uma investigação que o presidente do Comité de Supervisão, o deputado James Comer, disse que esta iniciou sobre o uso destas máquinas, usadas já por presidentes, mas também por escritores.

A saúde de Biden

Note-se que ainda antes de Biden dizer que se ia recandidatar ao cargo de presidente dos EUA, várias vozes levantaram questões acerca da sua saúde, apontando que este não estaria bem mentalmente. Após insistir várias vezes que ia defrontar Donald Trump, Biden acabou por retirar a sua candidatura, em julho de 2024, dizendo que a acreditava ser "do melhor interesse do partido e do país dar um passo atrás."

Biden demonstrou desde logo o seu apoio à sua então 'vice', Kamala Harris, que acabou por perder as presidenciais dos EUA para Trump.

Mais recentemente, em maio deste ano, Joe Biden anunciou que tinha sido diagnosticado com cancro na próstata, que já estaria metastizado - e que terá sido descoberto na semana anterior.

Depois de a notícia ser tornada pública, um outro antigo médico da Casa Branca, Ronny Jackson, explicou que o antigo presidente poderia não ter entre "12 a 18 meses de vida."

AO VIVO | O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebe líderes da África Ocidental na Casa Branca, com a presença do Presidente da República da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló.