terça-feira, 3 de junho de 2025

Família de suspeito do ataque no Colorado detida pela Imigração dos EUA

Por  LUSA 03/06/2025

Mohamed Sabry Soliman, presumível autor do atentado contra uma manifestação a favor da libertação dos reféns israelitas em Gaza, foi acusado na segunda-feira de "crime de ódio".

A família do suspeito do ataque no Colorado - a mulher e os cinco filhos -, que provocou dezenas de feridos, que marchavam em apoio aos reféns israelitas de Gaza, no passado domingo, foi detida pelas autoridades da Imigração dos Estados Unidos.

"Estamos a investigar até que ponto a sua família sabia sobre este ataque hediondo, se tinham conhecimento dele ou se lhe deram apoio", disse a secretária de Segurança Interna dos EUA, Kristi Noem, através de um vídeo publicado na rede social X (antigo Twitter). 

Nessa publicação, Noem não esclareceu se a mulher de Mohamed Sabry Soliman e os seus cinco filhos serão deportados.

Uma das filhas do casal acabou recentemente o ensino secundário e foi premiada com uma bolsa de estudos de um jornal local de Colorado Springs.

"Ter vindo para o Colorado mudou-me", escreveu a jovem na aplicação da candidatura à bolsa, acrescentando que aprendeu a trabalhar sob pressão e a improvisar - e destacou o apoio da sua família.

O FBI revelou que Mohamed Sabry Soliman estaria à espera que a sua "filha se graduasse para realizar o ataque", sendo que a cerimónia de graduação aconteceu na semana passada. 

Mohamed Sabry Soliman, presumível autor do atentado contra uma manifestação a favor da libertação dos reféns israelitas em Gaza, foi acusado na segunda-feira de "crime de ódio".

O homem de nacionalidade egípcia, de 45 anos, é acusado de ter lançado dispositivos incendiários contra os participantes numa marcha semanal organizada em apoio aos reféns israelitas detidos pelo movimento islamita Hamas na Faixa de Gaza desde 07 de outubro de 2023, gritando "Libertem a Palestina!"

O alegado agressor "planeava este ataque há um ano", porque "odeia aquilo a que chama o grupo sionista", afirmou Grewel no final dos primeiros interrogatórios. "Disse que queria que eles morressem todos. Não se arrepende de nada e fá-lo-ia de novo", acrescentou o procurador.

Nos Estados Unidos, entende-se por "crime de ódio", ou crime cometido com motivação de ódio ou preconceito, um ato que visa uma pessoa devido a determinadas características da sua identidade, como a origem étnica, religião, nacionalidade ou orientação sexual. Este tipo de crime constitui uma infração federal, circunstância agravante que implica penas mais severas.

Mohammed Sabry Soliman está também a ser processado pelo estado do Colorado por várias outras acusações, incluindo tentativa de homicídio.

O ataque ocorreu cerca de dez dias depois de dois funcionários da embaixada israelita nos Estados Unidos terem sido mortos a tiro perto do Museu Judaico em Washington. O atirador, que também gritou "Libertem a Palestina", foi detido e acusado de homicídio.

Pelo menos doze pessoas ficaram feridas em Boulder, duas das quais permaneciam hospitalizadas na tarde de segunda-feira, de acordo com uma contagem atualizada pelas autoridades locais. No domingo, o balanço provisório era de oito feridos, quatro mulheres e quatro homens, com idades compreendidas entre os 52 e os 88 anos.

"Testemunhas descreveram o suspeito usando um lança-chamas caseiro e lançando um dispositivo incendiário contra a multidão", informou a polícia de Boulder.

O homem de 40 anos, de nacionalidade egípcia, segundo a imprensa norte-americana, "tentou comprar uma arma de fogo", mas "não conseguiu fazê-lo porque não tem residência legal", acrescentou o procurador do Colorado.

Mohammed Sabry Soliman "entrou no país em agosto de 2022, com um visto que expirou em fevereiro de 2023", detalhou a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, sublinhando que, entretanto, apresentou um pedido de asilo em setembro de 2022.


Leia Também: Colorado. Atacante acusado de 16 tentativas de homicídio e crimes de ódio 

Banco Mundial: Nova Atualização Económica analisa desafios fiscais na Guiné-Bissau

BISSAU, 3 de junho de 2025 — O Banco Mundial publicou a última edição da “Atualização Económica da Guiné-Bissau” , um relatório que examina as tendências económicas recentes e as questões de desenvolvimento no país.

A presente edição da Atualização Económica analisa a evolução económica em 2024 e fornece uma previsão para 2025-2028. A edição apresenta uma análise aprofundada sobre a composição e o desempenho das receitas fiscais, e fornece recomendações para melhorar a mobilização de receitas na Guiné-Bissau.

Apesar de uma campanha de caju desafiadora, a economia da Guiné-Bissau permaneceu resiliente em 2024, com o crescimento real do PIB a atingir 4,8%, ligeiramente acima da taxa de 4,4% de 2023. A inflação moderou para uma média de 3,8% em 2024, contra 7,2% em 2023. O défice orçamental melhorou para 7,3% do PIB em 2024, impulsionado pelo controlo das despesas e pelo aumento das subvenções dos doadores, apesar de a cobrança de receitas ter sido inferior ao previsto. A dívida pública subiu para 82,3% do PIB, refletindo as elevadas necessidades de financiamento e o agravamento das condições financeiras no mercado regional.

A Atualização Económica destaca que a pressão fiscal na Guiné-Bissau permanece baixa e muito abaixo do critério de convergência da União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA) de 20% do PIB. Uma das prioridades imediatas é racionalizar as múltiplas despesas fiscais do país, incluindo o alargamento da base do IVA, o reforço do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares e do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas, o ajustamento das taxas de imposto sobre combustíveis e álcool e a melhoria dos mecanismos de transparência e supervisão.

“Ao implementar estas reformas, a Guiné-Bissau pode criar espaço fiscal para fazer face à crescente necessidade de serviços públicos de qualidade, especialmente nas áreas prioritárias da saúde, educação e infraestruturas”, afirma Maria Elkhdari, Economista do Grupo Banco Mundial e principal autora do relatório.

Para 2025-2028, as perspetivas são favoráveis, mas sujeitas a riscos - prevê-se que o crescimento seja, em média, de 5,1%, pressupondo uma produção de caju favorável, uma forte atividade no setor dos serviços e a continuação do investimento em projetos de infraestruturas fundamentais. O relatório prevê igualmente uma melhoria da situação orçamental apoiada por uma consolidação orçamental baseada em receitas. A melhoria da trajetória da dívida depende de uma grande consolidação fiscal em 2025, que só pode ser alcançada com um forte compromisso político.

“O fortalecimento da mobilização de receitas é crucial para a Guiné-Bissau alcançar um crescimento económico sustentável”, refere Rosa Brito, Representante Residente do Grupo Banco Mundial na Guiné-Bissau. “O relatório Atualização Económica oferece informações oportunas e importantes para os decisores políticos, apresentando recomendações políticas concretas para ajudar a construir um sistema fiscal mais equitativo, eficiente e resiliente que possa apoiar eficazmente os objetivos de desenvolvimento da Guiné-Bissau.”

Faça o download do relatório aqui.

Contactos:

Em Bissau: Joana Rodrigues, +245 96 640 17 28, jdossantosrodrig@worldbankgroup.org

Para saber mais sobre o trabalho do Banco Mundial na Guiné-Bissau: https://www.worldbank.org/en/country/guineabissau

Para mais informações visite: https://www.worldbank.org/en/region/afr/western-and-central-africa

Siga-nos no Twitter: https://twitter.com/WorldBankAfrica

Comunicado de imprensa

2025/082/AFW

O Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló, chegou hoje a Kuala Lumpur, capital da Malásia, para uma visita oficial de 72 horas.

Recebido com honras militares e uma calorosa recepção, o Chefe de Estado deu início à primeira visita oficial de um Presidente da Guiné-Bissau à Malásia, marcada por gestos de hospitalidade e pela vontade mútua de reforçar as relações de amizade e cooperação.

Resolução do conflito com a Ucrânia? Rússia admite extrema complexidade... A Rússia reconheceu hoje que a resolução do conflito com a Ucrânia é "extremamente complexa", um dia depois de novas conversações russo-ucranianas na Turquia terem terminado sem um acordo de cessar-fogo.

© Sefa Karacan/Anadolu via Getty Images   Lusa   03/06/2025

 "Seria errado esperar decisões e progressos imediatos", afirmou o porta-voz do Kremlin (presidência), Dmitri Peskov, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).

Os russos e os ucranianos reuniram-se em Istambul na segunda-feira, para uma segunda ronda de negociações sob mediação turca, após uma primeira reunião em 16 de maio.

Mas, até agora, os esforços diplomáticos para encontrar uma saída para a ofensiva russa produziram poucos resultados, com Moscovo e Kiev a concordarem apenas com a troca de prisioneiros e de corpos de soldados mortos na frente de combate.

"A questão da resolução do conflito é extremamente complexa e envolve muitas 'nuances'", disse Peskov.

Moscovo pretende, acima de tudo, "eliminar as causas profundas do conflito" para alcançar a paz com Kiev, referiu.

Peskov elogiou, no entanto, os acordos importantes alcançados em Istambul, garantindo que "o trabalho vai continuar".

"Estamos à espera de uma reação ao memorando que foi enviado", afirmou, referindo-se à lista de exigências que Moscovo entregou aos ucranianos na segunda-feira.

Segundo o memorando, publicado pelas agências noticiosas russas TASS e Ria Novosti, Moscovo exige uma "retirada completa" do exército ucraniano das regiões parcialmente ocupadas de Donetsk e Lugansk (leste) e de Zaporijia e Kherson (sul).

Tal retirada deve ocorrer antes do "estabelecimento de um cessar-fogo de 30 dias".

Outras exigências incluem o "reconhecimento legal internacional" das quatro regiões e da península da Crimeia, anexada em 2014, como territórios russos, bem como a neutralidade da Ucrânia, numa altura em que Kiev pretende aderir à NATO.

Todas estas exigências maximalistas já foram rejeitadas no passado pela Ucrânia, que, por sua vez, pede a retirada do exército russo do território ucraniano, cerca de 20% do qual está ocupado por tropas de Moscovo.

O Presidente russo, Vladimir Putin, apelou em 19 de maio a Kiev para que encontrasse compromissos, sem dar mais pormenores.

O porta-voz de Putin não quis hoje "tornar públicos" os eventuais compromissos pretendidos por Putin.

Peskov também considerou improvável, num "futuro próximo", um encontro entre Putin e os homólogos ucraniano, Volodymyr Zelensky, e norte-americano, Donald Trump, sugerido pela Turquia na segunda-feira e pedido por Kiev.

A Casa Branca (presidência) disse que Trump estava pronto para se deslocar à Turquia para participar em tal cimeira.

Trump, que tomou posse em 20 de janeiro, disse durante a campanha eleitoral que poderia acabar com a guerra entre a Rússia e a Ucrânia em 24 horas.

As forças russas tinham a expectativa de conquistar Kiev em dois dias quando invadiram o país vizinho em 24 de fevereiro de 2022.

Mais de três anos depois, a guerra causou dezenas de milhares de mortos civis e militares dos dois lados, e o fim não parece estar à vista, como reconheceu hoje o porta-voz de Putin.


Bill Gates anuncia doação de 175 mil milhões a África durante 20 anos... Bill Gates anunciou hoje, na Etiópia, que a maior parte dos 175 mil milhões de euros que doou à sua fundação serão investidos em África nos próximos 20 anos para ajudar o continente "enfrentar os seus desafios".

© Lusa  02/06/2025

Num discurso proferido hoje na sede da União Africana, em Adis Abeba, o presidente da Fundação Gates, Bill Gates, exortou os líderes africanos a aproveitarem "o momento para acelerar o progresso na saúde e no desenvolvimento por meio da inovação e da parceria, apesar dos desafios atuais", segundo um comunicado de imprensa da fundação.

De acordo com a nota de imprensa, Gates anunciou que a maior parte dos 200 mil milhões de dólares (cerca de 175 mil milhões de euros) "que a fundação gastará nos próximos 20 anos irá para a África, com foco em parcerias com governos que priorizam a saúde e o bem-estar dos seus povos".

Gates contextualizou que assumiu o compromisso de doar a sua fortuna dos próximos 20 anos e que pretende que esse valor seja para ajudar "África a enfrentar os seus desafios".

Para Gates, o papel da liderança e criatividade africanas são fundamentais na promoção da saúde e do futuro económico do continente.

"Ao libertar o potencial humano através da saúde e da educação, todos os países africanos deverão estar no caminho da prosperidade --- e é emocionante fazer parte desse caminho", afirmou o cofundador da Microsoft.

Após o seu discurso, Gates juntou-se a Paulin Basinga, diretor da fundação para África, numa conversa informal para discutir a agenda de desenvolvimento de África e os investimentos e parcerias necessários para impulsionar o progresso futuro.

Para Gates, países como Moçambique, Etiópia, Ruanda, Zimbabué, Nigéria e Zâmbia "estão a mostrar o que é possível [acontecer] quando uma liderança ousada aproveita a inovação".

Ao refletir sobre o seu envolvimento de mais de duas décadas no continente, declarou que sempre se inspirou pelo trabalho árduo dos africanos, mesmo nos locais com os recursos mais limitados.

Para si, a inteligência artificial (IA) poderá ter um potencial transformador relevante no futuro do continente.

Por outro lado, Gates elogiou os "jovens inovadores africanos", que diz ver "os jovens em África a abraçar essa realidade e a pensar em como isso se aplica aos problemas que querem resolver".

Citou o exemplo do Ruanda, que usa IA "para melhorar a prestação de serviços".

Este anúncio da ajuda de Gates ao continente surge num contexto de corte da ajuda internacional a África, nomeadamente desde a tomada de posse da administração do Presidente norte-americano Donald Trump.

Enquanto esteve na Etiópia, Gates reuniu-se com o primeiro-ministro Abiy Ahmed e de seguida viajará para a Nigéria, onde se reunirá com o Presidente Bola Ahmed Tinubu e se reunirá com líderes federais e estaduais para discutir as reformas dos cuidados de saúde primários do país.

Gates também participará num evento da Goalkeepers Nigéria focado no futuro da inovação em África e reunirá com cientistas e parceiros locais que estão a moldar a estratégia nacional de IA da Nigéria e a ampliar as soluções de saúde.

Segundo o comunicado da fundação, nos próximos 20 anos a entidade "trabalhará em conjunto com os seus parceiros para alcançar o máximo progresso possível em direção a três objetivos principais: acabar com as mortes evitáveis de mães e bebés; garantir que a próxima geração cresça sem ter que sofrer com doenças infecciosas mortais; e tirar milhões de pessoas da pobreza, colocando-as no caminho da prosperidade"

Após esse período de 20 anos, a "fundação encerrará as suas operações", concluiu.

A Fundação Gates foi criada em 2000 por Bill e Melinda Gates e tem sede em Washington, nos Estados Unidos da América.


segunda-feira, 2 de junho de 2025

Estudo revela: Canábis pode ajudar as mulheres a atingir o orgasmo... A canábis pode ajudar muitas mulheres a relaxar durante o sexo, o que as ajuda a atingir o clímax.

© Shutterstock   Notícias ao Minuto  02/06/2025

Recentemente, uma equipa de investigação de Harvard e outras universidades descobriu que a canábis ajuda as mulheres a atingir o orgasmo.

Michael Castleman explicou como funcionou este estudo ao site Psychology Today.

A equipa de investigação utilizou sites que abordam temas como canábis, sexualidade feminina e disfunções sexuais femininas para recrutar 410 mulheres, com 18 anos ou mais, que responderam a uma inquérito sobre o impacto da canábis nas suas relações sexuais com parceiros.

A maioria assumiu fumar canábis (47%) ou consumir através dos vapes (17%). O principal motivo para o uso da droga era o relaxamento (60%).

Metade das participantes (52%) relatou dificuldade para atingir orgasmos durante o sexo com o parceiro. Nesse grupo, quase três quartos (73%) relataram que o uso de canábis antes do sexo as ajudou a atingir o clímax e dois terços (67%) disseram que a droga melhorou a sua satisfação sexual. Posto isto, a canábis melhorou o sexo para a grande maioria dessas mulheres.

Ainda assim, embora a canábis possa melhorar a relação sexual para cerca de dois terços dos consumidores, um terço afirma que também pode prejudicar o sexo. O motivo? "A droga faz perder a conexão erótica com os seus parceiros. Se isso acontecer consigo, não misture sexo e canábis", recomenda.


Leia Também: Estudo revela os benefícios do óleo de canábis para doenças crónicas


Leia Também: Estudo. Tipo de alimentos ajuda a eliminar químicos que causam cancro...    A investigação incidiu sobre as substâncias perfluoroalquiladas (PFAS).

11 de Junho de 2025 - Conferência “Desafios do Emprego” na UCCLA

Conferência “Desafios do Emprego” na UCCLA

No âmbito do Ciclo de Conferências “Desafios Atuais da Imigração Lusófona: Portugal e União Europeia”, vai ter lugar, no dia 11 de junho, às 14h30, no auditório da UCCLA, a conferência surdinada ao tema “Desafios do Emprego”.

Esta conferência - moderada pelo Professor Doutor Pedro Gois, da Universidade de Coimbra - contará com as intervenções de:

- Professor Doutor Bernardo Sousa (Garantia Jovem);

- Professora Doutora Cátia Batista (Nova SBE);

- Dra. Ana Paula Costa (Casa do Brasil);

- Dra. Mariana Hancock (CEPAC - Centro Padre Alves Correia).

Estas conferências, organizadas pela Universidade de Lisboa e pela UCCLA, pretendem ser um espaço de diálogo e partilha de experiências, promovendo uma reflexão crítica sobre as dinâmicas da imigração no espaço lusófono. 

A entrada é livre.

Com os melhores cumprimentos,

Anabela Carvalho

Assessora de Comunicação | anabela.carvalho@uccla.pt

Avenida da Índia n.º 110, 1300-300 Lisboa, Portugal | Tel. +351 218 172 950 | 

uccla@uccla.pt | www.uccla.pt Facebook Linkedin | Youtube | Instagram | Twitter |ISSUU

Faladepapagaio

A Primeira-Dama da República, Dinísia Reis Embaló, realizou a entrega de equipamento de som à Sé Catedral de Bissau... O donativo, composto por colunas, microfones e mesa de som, teve como finalidade o reforço da qualidade das celebrações religiosas.

A entrega foi feita em representação da Primeira-Dama pela Diretora do Gabinete do Presidente da República, Gilda Lobo de Pina. Durante a cerimónia, o pároco Frei Armando Cossa agradeceu o gesto e sublinhou a importância de iniciativas solidárias que contribuem para o bem-estar das comunidades.


 Presidência da República da Guiné-Bissau

Ataque aéreo na Nigéria mata pelo menos 20 civis

Por  LUSA  02/06/2025

Pelo menos 20 civis, membros de um grupo local de autodefesa, foram mortos num ataque aéreo no noroeste da Nigéria, disseram hoje vários residentes à agência de notícias France-Presse (AFP).

Segundo as mesmas fontes, gangues criminosos atacaram as aldeias de Mani e Wabi, no distrito de Maru, no estado de Zamfara, na semana passada.

Os civis alertaram as forças de segurança, que enviaram um avião militar para os ajudar. Mas o avião confundiu os membros do grupo de vigilantes com os atacantes e bombardeou-os entre as aldeias de Maraya e Wabi, disseram.

"O ataque aéreo custou a vida a 20 pessoas" no sábado, disse um residente do distrito de Maru, onde teve lugar o ataque aéreo, Ishiye Kabiru.

Contactado pela AFP sobre o assunto, o exército não respondeu de imediato.

"Os membros dos nossos grupos de autodefesa da aldeia de Maraya e das aldeias vizinhas juntaram-se para caçar os bandidos. Infelizmente, um avião militar atacou-os, confundindo-os", acrescentou Kabiru.

Buhari Dangulbi, outro residente de Maru, confirmou estes relatos.

Outra testemunha, Alka Tanimu, disse também que os civis mortos estavam a tentar resgatar "residentes raptados e recuperar o gado roubado".

Os ataques aéreos já tinham causado a morte de civis que lutavam contra grupos criminosos ou extremistas islâmicos na Nigéria.

Em janeiro, pelo menos 16 pessoas foram mortas num ataque aéreo militar no estado de Zamfara, no noroeste da Nigéria, de acordo com residentes locais.

Cabo Verde pode ser "laboratório de soluções para o futuro"

Por  LUSA   02/06/2025

O Presidente da República de Cabo Verde, José Maria Neves, defendeu hoje, em Coimbra, que o país pode e deve ser um laboratório global de soluções tecnológicas e sustentáveis para o futuro, defendendo a aposta na educação e conhecimento.

"Cabo Verde pode e deve tornar-se num laboratório de soluções para o futuro", afirmou José Maria Neves, que proferia uma conferência, intitulada "Cabo Verde 2075, Nova Terra", no âmbito das "Conversas da Casa da Lusofonia", promovidas pela Universidade de Coimbra.

Considerando que o "maior ativo estratégico de Cabo Verde" reside nos cabo-verdianos -- no país e na diáspora -, o Presidente da República daquele país insular entende que, para o futuro, o progresso do país terá de passar pela "qualificação intensiva e continuada do capital humano".

Nesse sentido, a educação tem de "ser a prioridade absoluta", defendeu, referindo que, face à "vertiginosa transformação tecnológica" a que se assiste, "os países que não se prepararem para esta nova era serão inexoravelmente marginalizados".

"Não podemos continuar a preparar os nossos jovens para o desemprego ou para a partida forçada. Temos de capacitá-los para as oportunidades que o mundo emergente oferece e criar as condições para que essas oportunidades floresçam no seio do território nacional, com escolas de qualidade, centros de formação modernos, universidades com vocação internacional e redes de articulação com a diáspora e com o setor produtivo", disse.

Para José Maria Neves, a competitividade de Cabo Verde não se medirá pela escala, quantidade ou força bruta, mas "pela sofisticação", valor agregado e criatividade.

"Devemos, com ousadia e sabedoria, transformar Cabo Verde numa 'sandbox' [ambiente isolado associado à computação, onde se testam programas e código] global de experiências tecnológicas e sustentáveis", defendeu, apontando para o Parque Tecnológico de Cabo Verde como exemplo desse mesmo espírito.

Na ótica do Presidente da República cabo-verdiano, esse parque tecnológico "posiciona o país como elo inteligente entre continentes".

Durante a conferência, José Maria Neves reiterou também a necessidade de aposta no mar, que não deve ser visto como uma fronteira, mas como "um horizonte aberto".

"A economia azul deverá afirmar-se como uma das principais âncoras do desenvolvimento futuro das ilhas. Queremos e podemos ser uma potência marítima, não pela dimensão territorial, mas pela excelência das ideias e das soluções que produzimos", disse, apontando para a necessidade de Cabo Verde se posicionar como referência na economia azul.

Segundo José Maria Neves, caso o país coloque "o conhecimento, a juventude, a cultura e a criatividade no cerne" do seu projeto nacional, "não haverá limites" para aquilo que poderá alcança.


Leia Também: Presidente de Cabo Verde destaca "vaga migratória" para Portugal

Navio Nacional ''Ndjamba Mane"de Fiscalização Maritima partiu hoje [02.06.2025] para manutenção em Espanha.

ADP_ Armazéns do Povo-SARL ... CONVOCATÓRIA


JUSTIÇA MILITAR | GUINÉ-BISSAU... O Coronel Victor Tchongo, ex-comandante da Guarda Nacional, foi condenado a 8 anos de prisão e expulso das Forças Armadas.

A sentença do Tribunal Militar Regional refere-se ao assalto de 1 de dezembro de 2023 à Polícia Judiciária, onde dois governantes detidos pelo Ministério Público por alegada corrupção foram retirados à força e, a ação de recuperação resultou em tiroteio.   

Outros dois militares também foram condenados. 
➡️ Defesa promete recorrer. 
➡️ 36 soldados foram absolvidos.  
📍caso 1 dezembro 2023,

OMC alerta para necessidade de aumentar impostos em África

Por LUSA 

Os países africanos vão ter de aumentar os impostos e combater fluxos financeiros ilícitos para colmatar o vazio financeiro deixado pela redução da ajuda externa internacional, avisou hoje a diretora-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Ngozi Okonjo-Iweala. 

"Na era pós-ajuda, temos, antes de mais, de levar a sério a mobilização dos nossos recursos internos. O aumento dos impostos faz parte do contrato social", afirmou, durante a abertura do Forum Ibrahim, parte da conferência Ibrahim Governance Weekend, a decorrer em Marraquexe.

O tema do evento é "Alavancar os recursos de África para colmatar o défice financeiro" perante a redução da ajuda externa dos Estados Unidos e de países europeus.

A economista nigeriana admitiu que a situação "é um desafio", enfatizando que, para que a população aceite impostos mais elevados, os governos africanos têm de garantir a prestação de melhores serviços públicos.

"Como antiga ministra das Finanças, sei-o bem. Mas não temos escolha. Temos de melhorar a cobrança de impostos. Temos de combater os fluxos financeiros ilícitos e a corrupção", vincou. 

Okonjo-Iweala citou dados da ONU que estimam que o continente africano perde anualmente cerca de 89 mil milhões de dólares (78 mil milhões de euros no câmbio atual) em fluxos financeiros ilícitos, nomeadamente a sobrefaturação das exportações de matérias-primas. 

A diretora geral da OMC admitiu a necessidade de os países africanos colaborarem com os países europeus, árabes, EUA e outros para recuperar essas verbas e investi-las na consolidação financeira e no desenvolvimento.

"Aos próprios países que nos dão donativos, dizemos: recusem simplesmente os fluxos ilícitos e cooperem connosco para os travar e devolver quaisquer recursos provenientes de bens adquiridos ilicitamente ou de recursos ocultos", afirmou.

De acordo com o relatório "Financiar a África que queremos" da Fundação Mo Ibrahim, em média as receitas fiscais dos países africanos são de 16% do Produto Interno Bruto (PIB), mas só 14 atingem o limiar de 15% considerado necessário para o desenvolvimento sustentável. 

Uma maior taxação das empresas e da riqueza é considerada pelos autores do estudo como possibilidade para fazer subir as receitas fiscais em África.  

A diretora-geral da OMC acredita também que África deve aproveitar o contexto de guerras comerciais em curso entre os Estados Unidos e outros países para reforçar o comércio interno no continente e, ao mesmo tempo, procurar mercados de exportação noutras regiões no hemisfério sul. 

"As cadeias de abastecimento estão a diversificar-se à medida que as empresas procuram reduzir os riscos e reforçar a resiliência. África pode e deve procurar atrair este tipo de investimento. Na OMC, estamos a trabalhar nesta matéria no âmbito de uma iniciativa de reglobalização, procurando persuadir as cadeias de abastecimento a diversificarem-se em África", adiantou.

A conferência IGW 2025 decorre até terça-feira, em Marraquexe.

Políticos, académicos e ativistas debatem como podem os países africanos mobilizar-se para acelerar o desenvolvimento social e económico num contexto internacional de declínio da ajuda externa.


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