segunda-feira, 9 de junho de 2025

O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, participou na abertura solene da 3ª Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos.

Durante este encontro, que contou com a presença de mais de 50 Chefes de Estado, foram destacados temas cruciais como a proteção da biodiversidade marinha, o combate à pesca ilegal, à poluição plástica e à mineração em alto-mar.

Na sua intervenção, o Chefe de Estado sublinhou o compromisso da Guiné-Bissau com a preservação ambiental, referindo que mais de 26% do território nacional está classificado como área protegida.


Presidência da República da Guiné-Bissau

PR guineense pede cooperação internacional para proteção dos oceanos

Por LUSA 

O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, afirmou hoje que o país "não poupará esforços" nas ações globais para a proteção dos oceanos, mas alertou para a necessidade de aumento da cooperação internacional e transferência de tecnologias na matéria.

No discurso proferido na abertura da terceira conferência das Nações Unidas sobre os oceanos, em Nice, França, Sissoco Embaló assegurou que o país continuará a ser "uma voz audível e um parceiro comprometido" no processo de proteção dos oceanos.

A Guiné-Bissau não poupará esforços para continuar a ser uma voz audível e um parceiro comprometido na construção de um futuro onde os oceanos sejam protegidos e as comunidades costeiras valorizadas, a biodiversidade marinha preservada, como a herança comum da humanidade", declarou.

O Presidente guineense disse que o país conta com o apoio da comunidade internacional para uma "transformação justa", por considerar que "nenhum país pode vencer sozinho", perante os desafios de proteção dos oceanos.

"É por isso que a cooperação internacional deve continuar a ser um pilar central das nossas ações, com destaque para a partilha de conhecimentos e a transferência de tecnologia marinha", sublinhou o chefe de Estado guineense.

Embaló salientou que participa na conferência de Nice "com prazer", num momento em que "a humanidade se confronta com um desafio existencial: preservar a integridade dos oceanos ou comprometer o futuro comum no (...) planeta".

"A Guiné-Bissau, país costeiro e arquipelágico, situado na África Ocidental com um território marítimo composto por mais de 88 ilhas e ilhéus sente diretamente os impactos da degradação dos ecossistemas marinhos e costeiros, das alterações climáticas bem como da perda da biodiversidade", frisou.

O Presidente guineense enumerou um conjunto de ações em curso e outras já realizadas pelas autoridades do país para a preservação da biodiversidade, o que, disse, não só beneficia as populações do país como a própria humanidade.

Nesse aspeto, Embaló referiu a possibilidade de o arquipélago dos Bijagós vir a ser considerado Património Mundial Natural pela UNESCO, a organizaçãodas Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.

O chefe de Estado guineense acrescentou que o país se juntará ao mundo "com determinação, responsabilidade e visão" nos esforços globais para reverter as situações de ameaça aos oceanos, clima e biodiversidade.

Pai de Musk diz que desentendimento com Trump foi causado por "stress intenso" e que vai acabar "em breve"

SIC Notícias/ Com REUTERS

O pai de Elon Musk diz que o filho não está habituado a lidar com políticos e que a troca de acusações com Trump não passam de um exagero. Presente numa conferência em Moscovo, na Rússia, Errol Musk elogiou Vladimir Putin.

O pai de Elon Musk disse, esta segunda-feira, que a troca de acusações entre Donald Trump e o empresário foi desencadeada por meses de stress de ambos os lados. À Reuters, Errol Musk sublinhou que o filho precisa de parar.

Foi na semana passada que Donald Trump e Elon Musk começaram a trocar insultos e acusações, com o CEO da Tesla a descrever o plano fiscal e de despesas do presidente como uma “abominação nojenta”.

Confrontado com a acesa troca de palavras entre o filho e o Presidente dos EstadosUnidos, Errol Musk disse que, por vezes, as pessoas não conseguem pensar com a clareza necessária “no calor do momento”.

“Tiveram cinco meses de stress”, disse Errol Musk à Reuters, numa conferência em Moscovo organizada por magnatas conservadores russos.

“Com toda a oposição afastada e restando apenas duas pessoas na arena, tudo o que fizeram foi eliminar tudo – e agora estão a tentar eliminar-se um ao outro – bem, isso tem de parar", continuou.

Tem, no entanto, esperança que a disputa entre os dois termine bem e "muito em breve".

No sábado, Donald Trump disse quer a relação com Elon Musk tinha terminado e ameaçou o dono da Space X cm "consequências sérias" caso decidisse financiar os democratas que votassem a favor do plano fiscal e de despesas.

Elon, homem mais rico do mundo, financiou uma parte significativa da campanha presidencial de Trump em 2024. Foi nomeado para liderar um esforço de redução do número de funcionários públicos federais e corte de despesas.

O pai de Musk disse aos jornalistas que apoiava o filho.

“Elon está a manter-se fiel aos seus princípios, mas nem sempre se pode manter os princípios no mundo real”, disse o pai de Musk.

Em Moscovo, ao lado do empresário russo sancionado Konstantin Malofeyev, o pai de Musk elogiou o presidente Vladimir Putin, descrevendo-o como “um homem muito estável e agradável”. Acusou os “media falsos” no Ocidente de projectarem “disparates completos” sobre a Rússia e de a retratarem como inimiga.

Rússia lançou um número recorde de 479 'drones' contra a Ucrânia... A Rússia lançou um número recorde de 479 'drones' contra a Ucrânia no domingo à noite, anunciou hoje a força aérea ucraniana, numa altura em que Moscovo continua a recusar pedidos de cessar-fogo.

Por LUSA 

A força aérea ucraniana afirmou em comunicado que 460 dos 'drones' foram intercetados ou neutralizados, assim como 19 dos 20 mísseis disparados pela Rússia.

"Foram registados impactos em 10 locais", acrescentou, sem dar mais pormenores, incluindo sobre eventuais vítimas, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP).

No dia 01 de junho, a Ucrânia afirmou ter sido alvo de 472 'drones' durante a noite, um número recorde até então, de acordo com a força aérea ucraniana.

A nova série de ataques ocorre no momento em que Kyiv e Moscovo devem trocar prisioneiros e corpos de soldados mortos em ambos os lados do conflito.

A troca deveria ter ocorrido durante o fim de semana, mas espera-se agora que tenha lugar durante a semana, de acordo com o chefe dos serviços secretos militares ucranianos, Kyrylo Budanov.

A Rússia tem atacado diariamente a Ucrânia desde que invadiu em grande escala o país vizinho, em 24 de fevereiro de 2022, bombardeando cidades e aldeias.

O conflito já causou a morte de dezenas de milhares de pessoas, tanto civis como militares.

Há vários meses que Kyiv pede a Moscovo uma trégua de 30 dias para iniciar conversações de paz.

A Rússia tem recusado a trégua até agora, argumentando que a pausa nos combates daria tempo ao exército ucraniano, em dificuldades, para se rearmar.


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'Drones' ucranianos atingem aeródromo militar na Federação Russa... 'Drones' do exército ucraniano atingiram na noite passada o aeródromo militar de Savasleika, na região de Nizhny Novgorod, na Federação Russa, de onde descolam regularmente aeronaves MiG-31K, que transportam mísseis hipersónicos Kinzhal.

© Lusa   09/06/2025 

"O atacante russo está a utilizar [o aeródromo] para atacar território ucraniano", refere a nota do Estado-Maior-General que relata o ataque.

A nota acrescenta que, de acordo com informações obtidas pela Ucrânia, um MiG-31 e outro Su-30 ou Su-34 russo ficaram danificados no ataque.

O Estado-Maior-General tinha anunciado antes que atingiu uma fábrica de antenas de 'drones' Shahed num ataque contra a retaguarda inimiga na noite passada.

A fábrica em causa também produz outros componentes para sistemas de navegação de bombas aéreas e outros tipos de armas russas.


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Donald Trump tropeça em escadas de avião e internet não perdoa... Ora veja O presidente dos Estados Unidos foi muito crítico com Joe Biden em momentos semelhantes.

© Reprodução X/ J Stewart  Por Notícias ao Minuto  09/06/2025 

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, viveu um momento algo insólito. Enquanto subiu os degraus do Air Force One, em Nova Jérsia, nos Estados Unidos, tropeçou e... o pequeno incidente rapidamente se tornou viral nas redes sociais. 
 
Os internautas não perdoaram Donald Trump e compararam o tropeção aos do antigo presidente dos EUA, Joe Biden. Incidentes com que, na altura, Trump gozou publicamente (e ainda hoje o faz).

"Quando aconteceu ao Biden foi uma cobertura intensiva de vários dias nos meios de comunicação social, tendo sido criada uma narrativa. Quanto querem apostar que, agora que aconteceu a Trump, isso não vai acontecer?", lê-se num comentário.

Mas há mais. Há internautas que dizem que "está na altura dos seus exames cognitivos e neurológicos" ou "um homem de 80 porque é que é presidente".



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Eis os riscos de arrancar cabelos brancos, segundo dermatologista... Uma dermatologista explica alguns dos motivos pelos quais deve evitar fazê-lo.

© Shutterstock  Por Notícias ao Minuto  09/06/2025 
Quando aparece um, ou mais, cabelos brancos, a tendência de muitas pessoas é arrancá-lo. Será uma boa ideia fazê-lo? Será que terá alguma consequência?

À revista Parade, a dermatologista Viktoryia Kazlouskaya explicou que esta ação pode trazer consequências a longo prazo. "Arrancar os cabelos grisalhos não resolve o problema. Na verdade, pode danificar o folículo", começa por dizer.

"Pode danificar o folículo, causar inflamação, infecção e até queda permanente", continua a especialista. Explica ainda que podem acabar por crescer num ângulo irregular e até ficar encravados.

Será que acabam por crescer? A especialista diz que sim quando o faz de forma ocasional, mas "arrancar repetidamente pode traumatizar o folículo, e causar danos permanentes".

Estudo da FMUP alerta que maus tratos a crianças podem estar a escapar ao radar da saúde

Por cnnportugal.iol.pt

Estudo também detetou que nas pessoas que terão vivido eventos traumáticos na infância, a percentagem de problemas de saúde é superior
Um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), que inclui dados de duas décadas, concluiu que crianças vítimas de eventos traumáticos podem estar a escapar ao radar dos profissionais de saúde e, consequentemente, das autoridades competentes.

Segundo um resumo enviado à agência Lusa, “apenas 2%” das crianças com menos de 16 anos seguidas na Unidade Local de Saúde de Matosinhos, no distrito do Porto, de 2001 a 2021, estão referidas como prováveis vítimas de abuso, negligência ou disfunção familiar, ou seja cerca de 900 em mais de 40.000.

“E quando nós sabemos que a violência doméstica, de acordo com as estatísticas das diversas associações, e também a constante no RASI [Relatório Anual de Segurança Interna], corresponde a cerca de 20, 25% das famílias em Portugal. Se, neste período e com esta amostra, se detetou apenas 2%, alguma coisa está mal contada”, acrescentou à Lusa a professora da FMUP Teresa Magalhães, deixando alertas aos decisores públicos, profissionais de saúde e educadores.

“Detetar e reportar casos de vítimas de trauma na infância é fundamental para instituir um tratamento precoce e, assim, evitar a escalada de danos na sua saúde atual e futura”, referiu Teresa Magalhães.

Para a docente, “a falta de comunicação da parte do sistema de saúde irá atrasar ou mesmo impedir o acesso das vítimas ao apoio médico, psicológico, social, de segurança e judiciário, de que precisam”.

O estudo também detetou que nas pessoas que terão vivido eventos traumáticos na infância, a percentagem de problemas de saúde é superior.

Existe um risco aumentado de ferimentos, que pode ser mais do dobro, bem como de intoxicações, de perturbações mentais, como perturbação de hiperatividade e défice de atenção, e problemas sociais, comparativamente com o resto da população estudada.

O trabalho, publicado em janeiro na revista académica Frontiers of Medicine, indica, também, que a diabetes tipo 2 e o colesterol elevado são as principais doenças apresentadas pelas pessoas que terão experienciado traumas quando eram crianças.

A diabetes tipo 2 é quase três vezes mais elevada neste grupo.

São igualmente mais comuns doenças como a síndrome metabólica, asma, infeções urinárias e mesmo cancro.

De acordo com os investigadores, esta associação entre eventos traumáticos e problemas de saúde poderá explicar-se por “stresse crónico” que provocará um desequilíbrio do eixo hipotalâmico-pituitário-adrenal, bem como uma “disrupção da rede imunitária e neuroendócrina”.

No resumo da FMUP é ainda descrito que “poderão existir modificações epigenéticas nestas crianças, devido a alterações no próprio ADN e ao encurtamento dos telómeros, fenómeno que se associa a uma série de doenças”.

Insistindo que as conclusões são “assustadoras” e “responsabilizam todos”, Teresa Magalhães alerta que o desenvolvimento de doenças físicas e mentais dependerá muito da capacidade dos profissionais de saúde de identificarem os sinais e os sintomas suspeitos, mesmo na ausência de um sinal físico explícito.

“A maior parte dos ferimentos em crianças é acidental. No entanto, os médicos têm de estar atentos à possibilidade de um ferimento ser sinal de abuso”, refere.

Podem ser considerados indicadores a falta de justificação, a localização invulgar, padrões e simetria, ferimentos múltiplos e em diferentes estados de evolução, e a procura tardia dos cuidados de saúde.

Desde 2001, os maus tratos a crianças constituem crime público, pelo que, depois da notificação da suspeita, por parte dos profissionais de saúde, não é necessária a apresentação de queixa para que seja iniciada uma investigação do caso.

Os registos consultados são de atendimentos em hospital, quer em contexto de urgência quer em internamento bem como nos centros de saúde.

Protestos em Los Angeles resultam em vários carros em chamas. As imagens

Por LUSA 

Os protestos contra as rusgas de imigração em Los Angeles voltaram a tornar-se violentos este domingo com diversos carros autónomos Waymo incendiados na baixa da cidade, que geraram enormes nuvens de fumo negro visíveis de longe.

Enquanto helicópteros sobrevoavam a zona e centenas de carros da polícia fecharam a autoestrada 101 no sentido sul, a Lusa testemunhou o momento em que a polícia de Los Angeles (LAPD) declarou que não autorizada a concentração de manifestantes e, em protesto contra isso, vários carros foram incendiados.

De várias pontes sobre a autoestrada grupos de manifestantes atiraram pedras e dejetos para cima dos carros da polícia, gritando 'slogans' e empunhando bandeiras, sobretudo do México, mas também algumas da Palestina. A maioria dos manifestantes usava chapéus e máscaras ou lenços a tapar a cara.

Os incidentes estão limitados a algumas ruas na baixa de Los Angeles, perto da câmara municipal, onde milhares de manifestantes pacíficos se concentraram durante todo o dia até que começaram os distúrbios.

"A polícia está apenas a cumprir ordens, a fazer o seu trabalho. Só podemos culpar a Administração Trump", disse à Lusa Aaron Puchahes, mexicano-americano, que vive na baixa de Los Angeles e foi surpreendido pelos distúrbios, que se prolongam desde sexta-feira.

"É uma idiotice. No quarteirão da moda apanharam doze pessoas. Toda esta comoção por doze pessoas? Não faz sentido", afirmou, sugerindo que a demonstração de força da agência ICE (Immigration and Customs Enforcement) foi desenhada para semear o medo entre a comunidade imigrante.

Cerca de 2.000 elementos da Guarda Nacional foram chamados pelo presidente Donald Trump para a cidade, contra a vontade do governador democrata Gavin Newsom e os protestos da 'mayor', também democrata, Karen Bass.

"Enviar militares federais no rescaldo das rusgas é uma escalada caótica", acusou Bass. "O medo que as pessoas estão a sentir na cidade agora é muito real. É sentido nas nossas comunidades e famílias e põe os bairros em risco".

Tanto Karen Bass como Gavin Newsom instaram os manifestantes a protestarem pacificamente e o governador pediu ao presidente Trump que lhe devolva o comando estadual da Guarda Nacional, uma vez que a situação não é de emergência.

As ruas em torno do centro estão desertas, como a Lusa pôde observar na baixa de Los Angeles. No resto da cidade não há indícios de distúrbios e este domingo a maioria dos habitantes comentava a situação com base no que viu na televisão e redes sociais.

Entre a comunidade portuguesa de Los Angeles, algumas pessoas testemunhos diretamente os distúrbios. Nelson Abreu, engenheiro elétrico, estava de serviço quando assistiu à fuga de imigrantes junto ao edifício do Home Depot, em Cypress Park.

"Vi gente a fugir do ICE. Gente que só quer trabalhar no duro", descreveu. "Gente que os Estados Unidos precisam para movimentar a economia", continuou, considerando errado perseguir "quem trabalha em bairros étnicos" ou "tem o sobrenome errado".

Os desacatos na baixa de LA seguiram-se a uma noite de sábado conturbada em Compton, outra cidade a sul de Los Angeles, que tem uma taxa de crime mais elevada que as áreas circundantes.

Aí, polícia usou gás lacrimogéneo e balas de borracha para conter grupos que provocaram incêndios e grafitaram lojas. Mas também em Paramount, ainda mais a sul e perto da comunidade luso-americana de Artesia, as autoridades recorreram igualmente a disparos com munições de borracha e granadas de gás em distúrbios relacionados com as rusgas do ICE.

Gavin Newsom, que falou ao canal MSNBC na noite de domingo, disse que foi Donald Trump quem criou as condições para estes confrontos. "É a confusão dele que estamos a tentar limpar".


Leia Também: Governador pede a manifestantes: "Não deem a Trump o que ele quer"

Conferência da ONU arranca para mobilizar decisores sobre os Oceanos

Por LUSA 

A terceira Conferência sobre o Oceano da ONU arranca hoje em Nice, França, reunindo chefes de Estado e de Governo, incluindo o primeiro-ministro português, para uma mobilização contra a degradação do oceano pela poluição e pela sobrepesca.

Na abertura dos trabalhos estará o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres.

Segue-se a discussão dos temas em 10 painéis que vão decorrer durante toda a semana e que abordarão assuntos relacionados com o oceano, desde a poluição por plásticos à conservação e gestão sustentável dos ecossistemas marinhos e costeiros.

A conferência vai reunir governos, organizações intergovernamentais, instituições financeiras internacionais, organizações não governamentais, organizações da sociedade civil, universidades, a comunidade científica, povos indígenas e comunidades locais.

A presença portuguesa será assegurada "ao mais alto nível" político, com o primeiro-ministro, a ministra do Ambiente e Energia, o ministro da Agricultura e Mar e o secretário de Estado das Pescas e do Mar, "refletindo o compromisso do Governo com a agenda da conservação marinha e da economia azul sustentável", adiantou o gabinete da ministra do Ambiente, Maria da Graça Carvalho.

Segundo o Ministério do Ambiente, o Governo vai levar à conferência de Nice a mensagem de que a proteção do oceano é uma prioridade estratégica, tanto do ponto de vista ambiental como económico.

Durante a conferência é esperada a apresentação do Pacto Europeu para os Oceanos, pela presidente da Comissão Europeia.

Deverão surgir declarações da comunidade científica contra a mineração no mar profundo pelos impactos que essa atividade pode causar em todo o ecossistema marinho e é esperado que mais países ratifiquem o Tratado do Alto-Mar.

Formalmente designado de Acordo sobre Proteção da Biodiversidade Marinha em Áreas para além da Jurisdição Nacional (BBNJ, na sigla inglesa), o tratado resultou de quase 20 anos de discussões e pretende a conservação e utilização sustentável da biodiversidade marinha.

É um documento juridicamente vinculativo de proteção das águas internacionais, que estão fora da área de jurisdição nacional, correspondendo a cerca de 70% da superfície da Terra.

O tratado só entra em vigor quando 60 países o ratificarem e neste momento apenas 31 o fizeram, incluindo Portugal.

Durante a conferência será aprovado o "Plano de Ação de Nice para o Oceano", que reúne compromissos voluntários dos países. O encerramento acontecerá com a aprovação da "Declaração de Nice para a Ação no Oceano", um documento político não vinculativo, adotado por consenso, que refletirá a posição dos Estados-Membros sobre temas como biodiversidade, poluição, financiamento e governança.

A organização coube à França e à Costa Rica. A conferência de Nice realiza-se três anos após a realizada em Lisboa, em 2022.


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domingo, 8 de junho de 2025

TikToker Khaby Lame detido pela imigração nos EUA. Já saiu do país... Khaby Lame, que conta com mais de 162 milhões de seguidores na rede social TikTok, foi detido no Aeroporto Internacional Harry Reid, em Las Vegas, por ter o visto caducado.

Por LUSA 

O tiktoker senegalês-italiano Khaby Lame foi detido, na sexta-feira, pelo Serviço de Imigração e Alfândegas dos Estados Unidos (ICE) por ter ultrapassado o prazo do seu visto. Após a detenção, "recebeu uma autorização para sair voluntariamente" do país.

Segundo a agência de notícias France-Presse (AFP), que cita as autoridades norte-americanas, Lame, que conta com mais de 162 milhões de seguidores na rede social TikTok, foi detido no Aeroporto Internacional Harry Reid, em Las Vegas.

"O Serviço de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos deteve Khabane Lame, 25, cidadão italiano, a 6 de junho, no Aeroporto Internacional Harry Reid, em Las Vegas, Nevada, por violar as leis de imigração", disse o ICE num comunicado enviado à AFP.

Segundo a autoridade, Kabhy Lame entrou nos Estados Unidos a 30 de abril e "expirou o prazo do visto". Após a detenção, "recebeu autorização para sair voluntariamente em 6 de junho e, desde então, deixou os Estados Unidos".

Khaby Lame, de 25 anos, foi nomeado, no início do ano, embaixador da Unicef no Dacar, no final de uma visita de quatro dias ao Senegal, o seu país natal.

O influenciador é conhecido pelos seus vídeos curtos e silenciosos que troçam dos tutoriais complicados que abundam na Web. A sua imagem de marca são as palmas das mãos viradas para o céu, acompanhadas de um sorriso e de olhos arregalados.

Grupo Wagner deixa o Mali, mas "Africa Corps assume o comando"... O grupo paramilitar russo Wagner vai deixar o Mali, onde está presente desde 2021, e os seus contingentes serão reintegrados noutra estrutura, num momento em que o país tem mais sinais de violência por ações de grupos 'jihadistas'.

© Reuters   por Lusa  08/06/2025 

"Oficialmente, a Wagner está a terminar a sua presença no Mali. Mas o 'Africa Corps' [uma nova estrutura gerida pelo Kremlin] está a assumir o comando", disse à agência de notícias francesa France-Presse fonte diplomática no Sahel. 

Desde os golpes de Estado em 2020 e 2021 que levaram ao poder a junta liderada pelo general Assimi Goïta, o Mali rompeu a sua aliança com a antiga potência colonial francesa para se virar militar e politicamente para a Rússia.

Numa mensagem publicada na sexta-feira num canal Telegram do grupo podia ler-se: "Missão cumprida. O Wagner está de regresso a casa."

Contudo, o "Kremlin continua a controlar o jogo", continuou a mesma fonte diplomática: "A maior parte do pessoal de Wagner no Mali, originário da Rússia, será reintegrado no 'Africa Corps' e mantido nas capitais regionais do norte e em Bamako."

Oficialmente, o Mali nunca reconheceu a presença de mercenários da Wagner, mas afirma que recorre a instrutores russos.

"Wagner ontem ou 'Africa Corps' hoje, o nosso interlocutor continua a ser o mesmo, é o poder central na Rússia, ou seja, o Kremlin", reagiu uma fonte de segurança maliana.

Uma fonte militar do Mali confirmou que "a cooperação militar com a Rússia continua, com ou sem Wagner".

Até porque "a Rússia continua a ser o nosso parceiro estratégico em termos de cooperação militar", acrescentou a fonte.

O grupo de mercenários russos foi desmantelado e reorganizado após a morte do seu líder, Yevgeny Prigozhin, em agosto de 2023.

Os métodos brutais do grupo paramilitar no terreno, no Mali, são regularmente denunciados pelas ONG de defesa dos direitos humanos.

A situação militar no Mali continua tensa e hoje o exército anunciou que se retirou da base de Boulkessi, objetivo recorrente dos ataques da filial da al-Qaeda no Sahel.

A base de vários hectares foi atacada por 'jihadistas' duas vezes em dois dias. O primeiro ataque, efetuada por assaltantes fortemente armados, causou dezenas de mortos. No segundo, os jihadistas utilizaram drones e, depois de terem partido, chegou um contingente militar para apoiar a retirada das restantes forças.

Fontes militares falam de uma "retirada estratégica", apesar do aumento evidente das ações da al-Qaeda no norte, centro e sul do Mali nas últimas semanas.

Oficialmente, as forças armadas estão a "obter resultados significativos" dizendo que conseguiram "desmantelar várias conspirações e planos de atentados terroristas destinados a semear o pânico entre a população e a desestabilizar as instituições" do país africano.

Contudo, a situação militar no terreno parece estar a fugir ao controlo das autoridades estatais.


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DOM CÂMNATE CRISMA 88 JOVENS, FALA DE UM NOVO PENTECOSTES E DESAFIA A AGIR COM O ESPÍRITO SANTO NUM MUNDO EGOÍSTA

 Rádio Sol Mansi   08 0 2025

A Paróquia São José de Bôr viveu, neste domingo, 08/06, uma celebração animada e cheia de significado com a Crisma de 88 catecúmenos, presidida por Dom José Câmnate na Bissign, bispo emérito de Bissau, no contexto da solenidade de Pentecostes.

Na sua intervenção inicial, Dom Câmnate destacou a força transformadora do Espírito Santo, recordando que “o Espírito que os apóstolos receberam há mais de dois mil anos é o mesmo que os crismados de hoje recebem”, e que este dom é dado para agir “neste mundo cada vez mais marcado pelo egoísmo e pela injustiça”. O prelado afirmou ainda que estamos perante um novo Pentecostes, um tempo de renovação da fé e do compromisso cristão.

O bispo emérito sublinhou três acontecimentos importantes que marcam esta etapa: o jubileu proclamado pelo Papa Francisco, que convida todos a serem “peregrinos da esperança”; a própria festa de Pentecostes; e o sacramento da Crisma, sinal de maturidade e compromisso na vida cristã.

A homilia da missa foi confiada ao vigário paroquial, padre Lino Correia, que dirigiu palavras de encorajamento e responsabilidade aos novos crismados. Pediu-lhes que não se envergonhem da sua identidade cristã, onde quer que estejam, e que sejam testemunhas autênticas de Cristo, por meio das suas atitudes e ações. “Deixem o Espírito Santo transformar-vos”, exortou o sacerdote.

Padre Lino lembrou ainda que, quanto mais sacramentos se recebem, maior é a responsabilidade na sociedade e na Igreja. Encorajou os crismados a perseverarem na fé, a não se afastarem da comunidade, justificando-se com a falta de tempo, e a não se tornarem críticos destrutivos da própria Igreja. “Não sejais ingratos com a Igreja que vos gerou na fé”, concluiu.

A celebração foi marcada por um forte espírito de entusiasmo juvenil e renovação da fé, num verdadeiro Pentecostes vivido em comunidade.

18 de Junho de 2025 - Conferência “Desafios da Formação/Educação” no ISCSP

Conferência “Desafios da Formação/Educação” no ISCSP

No âmbito do Ciclo de Conferências “Desafios Atuais da Imigração Lusófona: Portugal e União Europeia”, vai ter lugar no dia 18 de junho, às 14h30, no ISCSP - Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, a conferência subordinada ao tema “Desafios da Formação/Educação”.

Esta conferência - moderada pela Doutora Catarina Reis Oliveira, do ISCSP-ULisboa - contará com as intervenções de:

- Dra. Eulália Alexandre (Direção-Geral da Educação);

- Dr. José Reis (Departamento RESPECT – AIMA);

- Professora Doutora Ana Josefa Cardoso (AE Baixa da Banheira, Vale da Amoreira);

- Dra. Rosário Farmhouse (Ex-Alta Comissária para a Imigração e Diálogo Intercultural, Ex-Presidente da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens);

- Professora Doutora Silvia Almeida (FCSH/NOVA);

- Professora Doutora Maria João Hortas (ESEL);

- Professora Doutora Teresa Seabra (ISCTE) & Doutoranda Adriana Albuquerque (CIES/ISCTE).

Estas conferências, organizadas pela Universidade de Lisboa e pela UCCLA, pretendem ser um espaço de diálogo e partilha de experiências, promovendo uma reflexão crítica sobre as dinâmicas da imigração no espaço lusófono. 

A entrada é livre.

Morada:

ISCSP - Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas

Rua Almerindo Lessa, em Lisboa

Com os melhores cumprimentos,

Anabela Carvalho

Assessora de Comunicação | anabela.carvalho@uccla.pt

Avenida da Índia n.º 110, 1300-300 Lisboa, Portugal | Tel. +351 218 172 950 | 

uccla@uccla.pt | www.uccla.pt Facebook Linkedin | Youtube | Instagram | Twitter |ISSUU

Faladepapagaio

Kiev diz que abateu caça russo... A Ucrânia diz que abateu um caça russo SU-35 que ia na direção de Kursk e também atacou vários alvos militares russos.

Por Sicnoticias 

A Rússia disse, este domingo, que atacou e atingiu vários alvos militares ucranianos, destruindo material de guerra como, por exemplo, 311 drones quatro embarcações no Mar Negro.

Enquanto isso, a Ucrânia diz que abateu um caça russo SU-35 que ia na direção de Kursk e também atacou vários alvos militares russos.

Na noite de sexta-feira para sábado, Kharkiv foi alvo de um dos ataques mais intensos desde o início da guerra, tendo causado ferimentos a duas dezenas de civis e sido registadas várias mortes ao longo do dia.

Este domingo, as autoridades da região sul de Mykolaiv relataram o impacto de dois mísseis e de vários 'drones' na localidade de Kostiantinivka, onde deflagrou um incêndio num armazém e foi danificado equipamento agrícola ali guardado, sem que tenham sido reportados feridos.

Na Rússia, o governador da região de Tula, cerca de 200 quilómetros a sul de Moscovo, Dmitri Miliayev, deu conta de um incêndio na fábrica de azoto e amoníaco Azot após ter sido atingida por um 'drone' ucraniano.

Espetáculo em planetário ajudou cientistas a desvendar um segredo cósmico... Cientistas norte-americanos descobriram acidentalmente que o interior da Nuvem de Oort tem uma forma espiral, contrariando a ideia anterior de que era esférica.

Por Sicnoticias 

Cientistas norte-americanos fizeram uma descoberta acidental a partir de um espetáculo realizado num planetário em Nova Iorque ao repararem que a Nuvem de Oort tem no seu interior a forma de uma espiral e não esférica como se pensava.

Responsáveis do planetário do museu Americano de História Natural depararam-se com esta descoberta quando estavam a preparar uma cena que mostrava a chamada Nuvem de Oort, uma região para além de Plutão.

Os especialistas estavam a trabalhar na exposição denominada "Encontros na Via Láctea", moldada pelos movimentos das estrelas e de outros objetos celestes.

Uma noite, enquanto observavam a cena da Nuvem de Oort, os cientistas repararam em algo estranho projetado na cúpula do planetário.

"Porque é que está ali uma espiral?", questionou Jackie Faherty, um astrofísico que dirige os programas educativos do museu e que ajudou a montar o espetáculo do planetário.

A secção interior da Nuvem de Oort, composta por milhares de milhões de cometas, assemelha-se a uma barra com dois braços ondulantes, semelhante à forma da galáxia Via Láctea.

Há muito que os cientistas pensavam que a Nuvem de Oort tinha a forma de uma esfera ou de uma concha achatada, deformada pelo empurrão e pela atração de outros planetas e da própria Via Láctea.

O museu contactou um investigador que forneceu os dados da Nuvem de Oort para o espetáculo, que também ficou surpreendido ao ver a espiral.

"É uma espécie de acidente bizarro o facto de ter acontecido", disse à AP David Nesvorny do Southwest Research Institute.

Apercebendo-se de que tinham tropeçado em algo novo, os investigadores publicaram as suas descobertas no The Astrophysical Journal.

 A espiral é "uma mudança notável na nossa compreensão do sistema solar exterior", disse o cientista planetário Andre Izidoro, da Universidade Rice, que não esteve envolvido no estudo.

A descoberta, que se baseia em dados sobre a forma como os objetos celestes se movem e em simulações, será difícil de confirmar com observações. Mas saber mais sobre as órbitas de cometas distantes pode dar aos cientistas algumas pistas.

Trump envia 2 mil soldados para a Califórnia para travar protestos contra rusgas anti-imigração

Por sicnoticias.pt

Trump começou por ameaçar, através da sua rede social, Truth Social, "intervir" com o envio do exército para travar os protestos em Los Angeles, em reação a uma série de rusgas anti-imigração levadas a cabo nos últimos dois dias.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou este sábado o envio de 2.000 efetivos da Guarda Nacional para Los Angeles, informou a sua porta-voz, após confrontos na cidade californiana durante os protestos contra as detenções em massa de imigrantes ilegais.

"O presidente Trump assinou um memorando presidencial que prevê o envio de 2.000 efetivos da Guarda Nacional para remediar a ilegalidade que foi permitida a florescer", disse a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, culpando os líderes democratas 'incompetentes' da Califórnia.

Trump começou por ameaçar, através da sua rede social, Truth Social, "intervir" com o envio do exército para travar os protestos em Los Angeles, em reação a uma série de rusgas anti-imigração levadas a cabo nos últimos dois dias.

"Se o governador Gavin Newscum ['nova escumalha', alcunha de Trump para o governador democrata Newsom], da Califórnia, e a prefeita Karen Bass, de Los Angeles [também democrata], não puderem fazer seu trabalho, o que todos sabemos que não podem, então o governo federal intervirá e resolverá o problema", ameaçou o Presidente numa mensagem na sua rede social, Truth Social.

O aviso foi feito pouco depois de Tom Homan, nomeado por Trump como "czar da fronteira", ter dito numa entrevista à Fox que a Casa Branca vai enviar a Guarda Nacional dos Estados Unidos para as ruas de Los Angeles, na sequência de dois dias de protestos provocados por múltiplas rusgas do Serviço de Imigração e Fronteiras (Immigration and Customs Enforcement, ICE) nas ruas e nos locais de trabalho.

"Esta medida é deliberadamente provocatória e só vai aumentar as tensões"

O governo federal está a assumir o controlo da Guarda Nacional da Califórnia e vai enviar 2.000 soldados", confirmou Newsom este sábado através de um comunicado.

"Esta medida é deliberadamente provocatória e só vai aumentar as tensões", acrescentou o governador democrata, depois de criticar as rusgas que começaram na sexta-feira.

Este sábado, a cidade de Paramount, na Califórnia, foi palco confrontos entre manifestantes e agentes de vários serviços de segurança norte-americanos, deslocados em mais de 50 veículos federais, junto a uma empresa onde foi efetuada uma rusga anti-imigração clandestina.

Ativistas e membros da comunidade protestaram para tentar impedir as detenções, mas durante mais de duas horas os agentes federais repeliram os manifestantes com gás lacrimogéneo e granadas de atordoamento.

Foram registados vários feridos entre os manifestantes, atingidos por balas de borracha e granadas lançadas pelas autoridades, que utilizaram táticas militares para dispersar os manifestantes e retirar os detidos.

Quase 1.700 espécies marinhas estão ameaçadas de extinção e, em 2024, o nível global do mar atingiu o valor mais elevado já registado, alerta um novo barómetro científico sobre a saúde dos oceanos.

Por LUSA 

Barómetro alerta que quase 1.700 espécies estão ameaçadas de extinção

Quase 1.700 espécies marinhas estão ameaçadas de extinção e, em 2024, o nível global do mar atingiu o valor mais elevado já registado, alerta um novo barómetro científico sobre a saúde dos oceanos.

Os dados constam do estudo Starfish que é apresentado hoje aos chefes de Estado e de governo que participam na Conferência dos Oceanos da ONU (UNOC3), em Nice, e que conclui que os oceanos estão em declínio, a registar recordes de temperaturas e de subida do nível do mar, com um declínio generalizado de espécies e com importantes ecossistemas ameaçados.

Segundo este primeiro barómetro global sobre a saúde dos oceanos, desenvolvido por uma equipa de especialistas de várias áreas e supervisionado pelo comité científico internacional do One Ocean Science Congress, 1.677 espécies marinhas estão ameaçadas de extinção, incluindo um terço dos tubarões e das raias, e 26% dos cetáceos estão em risco.

O documento alerta ainda que o nível global do mar aumentou 23 centímetros desde 1901 e, em 2024, atingiu o nível mais elevado alguma vez registado, enquanto a temperatura dos oceanos ultrapassou, no último ano, o recorde anterior em 0,25 graus à superfície.

Quanto à pressão das atividades humanas, o Starfish salienta que todos os indicadores estão a aumentar, apontando o exemplo das emissões provenientes do transporte marítimo, que subiram 2,7%, para 600 milhões de toneladas, representando 1,6% das emissões globais.

O barómetro, que é publicado hoje na revista State of The Planet, conclui também que a "pesca insustentável persiste a nível global", tendo em conta que 37,7% dos `stocks´ de peixe marinho foram sobre-explorados em 2021, face aos 10% de 1974, e que, em 2022, 75% das embarcações de grande porte - com mais de 15 metros - permaneceram sem monitorização.

A produção de alimentos marinhos atingiu o recorde de 115 milhões de toneladas para fazer face à procura global, com a pesca de pequena escala a contribuir com apenas 25 milhões de toneladas, mas a gerar 88% dos empregos no setor.

Os resíduos plásticos representam mais de 80% dos detritos aquáticos, com 75 a 199 milhões de toneladas acumuladas nos rios e no oceano em 2021, realça o documento, que estima que 500 milhões de pessoas são expostas anualmente a tempestades tropicais e furacões cada vez mais recorrentes.

De acordo com o Starfish, as perdas económicas destas catástrofes naturais atingiram os 102 mil milhões de dólares em 2023 (89 mil milhões de euros), ultrapassando regularmente os 100 mil milhões de dólares por ano (87 mil milhões de euros) e aumentando 25% a cada década.

Os investigadores salientam ainda que as áreas marinhas protegidas cobrem agora 8,34% do oceano, mas uma em cada quatro existe "apenas no papel e apenas um terço está total ou altamente protegida", avisando que ainda são necessárias ações urgentes para atingir eficazmente a meta de 30 x 30 - 30% das áreas protegidas até 2030.

A terceira conferência dos oceanos realiza-se em Nice, França, a partir de hoje até 13 de junho, depois de uma primeira que decorreu em Nova Iorque e da segunda em Lisboa, e vai contar com a participação do primeiro-ministro, Luís Montenegro, e de vários ministros do seu executivo.

Vai ter como tema "acelerar a ação e mobilizar todos os intervenientes para conservar e utilizar de forma sustentável os oceanos".


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