quarta-feira, 5 de março de 2025

O Sahel é o epicentro de terrorismo no mundo e Moçambique está entre as nações com o maior aumento de mortes por terrorismo em 2024, anunciou hoje o Instituto para a Economia e a Paz.

© Lusa  05/03/2025
 Moçambique entre países africanos com maior aumento de mortes por terrorismo

O Sahel é o epicentro de terrorismo no mundo e Moçambique está entre as nações com o maior aumento de mortes por terrorismo em 2024, anunciou hoje o Instituto para a Economia e a Paz.

O Sahel é o "epicentro do terrorismo" e, nesta região, as mortes aumentaram quase dez vezes desde 2019. Em 2024, o Sahel foi responsável por 51% de todas as mortes por terrorismo", indicou a organização, que divulgou hoje o "Índice Global de Terrorismo 2025".

De acordo com o estudo, o maior número de mortes por terrorismo registou-se no Burkina Faso, no Paquistão e na Síria, sendo o país africano responsável por um quinto de todas as mortes a nível mundial.

Por sua vez, o Níger, a República Democrática do Congo, Moçambique e a Nigéria foram os países que registaram os maiores aumentos de mortes por terrorismo em 2024, segundo o índice.

Nos dez primeiros lugares do índice estão seis nações africanas: Burkina Faso em 1.º lugar, Mali em 4.º, seguido do Níger (5.º), Nigéria (6.º), Somália (7.º) e Camarões em 10.º lugar.

Segundo a investigação, "a fraca governação, as tensões étnicas e a degradação ecológica criaram um ambiente propício ao desenvolvimento do terrorismo" no Sahel.

Por sua vez, a competição pelos recursos minerais no Sahel contribuiu para a atual instabilidade, de acordo com o estudo.

"O ouro é um importante ponto de inflamação no Mali, Burkina Faso e Níger. O Níger fornece mais de 25% do urânio europeu. A presença russa tem aumentado significativamente na região, enquanto a França se está a retirar", explicou.

Segundo o índice, o Níger, em 2024, registou "o maior aumento de mortes por terrorismo a nível mundial, subindo 94%, para um total de 930, invertendo as melhorias anteriores a partir de 2022, quando teve a segunda maior melhoria".

No entanto, o estudo salientou que o número de mortes na África Subsariana - excluindo o Sahel - é agora o mais baixo desde 2016, tendo diminuído 10%.

O Estado Islâmico (EI) continua a ser a organização mais mortífera, tendo causado 1.805 mortes em 22 países em 2024, indicou.

Este grupo extremista está nomeadamente presente em Moçambique com a denominação de "Estado Islâmico Moçambique" (ISM, na sigla em inglês), conhecido localmente como Al-Shebab - embora não esteja relacionado com o grupo somali - que surgiu em outubro de 2017 "a partir de uma seita salafista de longa data", explicou.

A principal área de atuação do ISM é a província de Cabo Delgado, no norte do país, embora outras províncias, como Balama, Chiure e Macomia, também tenham sido palco do desenvolvimento do grupo, frisou. 

O instituto acrescentou ainda que, no final de 2023 e durante o ano de 2024, o ISM intensificou as suas operações no norte e no sul de Moçambique, nomeadamente em zonas anteriormente intocadas, como os distritos de Chiure e Mecúfi, no sul de Cabo Delgado.

"Nos primeiros seis meses de 2024, o grupo levou a cabo ataques mortíferos, incluindo raptos e massacres, deslocando mais de 200.000 pessoas", citou.

De um modo geral, o número de países que registaram um ataque terrorista aumentou de 58 para 66, de acordo com o 12.º Índice Global de Terrorismo hoje publicado.

Esta situação inverte quase uma década de melhorias.

O Instituto para a Economia e a Paz declarou, no documento analisado, ser "um grupo de reflexão independente, não partidário e sem fins lucrativos, dedicado a mudar o foco do mundo para a paz como uma medida positiva, alcançável e tangível do bem-estar e progresso humanos". 


Leia Também: Pelo menos 16 pessoas foram baleadas esta manhã entre os apoiantes que acompanhavam uma passeata liderada pelo ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane na capital de Moçambique, Maputo, avançou a Plataforma Decide.

Leia Também: Venâncio Mondlane em parte incerta 

Numa nota divulgada nas redes sociais de Venâncio Mondlane, a equipa do político moçambicano diz que o estado clínico e paradeiro do ex-candidato presidencial são desconhecidos, após tumulto durante passeata em Maputo.

O Presidente da República, condecorou, a título póstumo, Luís Oliveira Sanca com a Medalha Amílcar Cabral, a mais alta distinção do Estado, em reconhecimento pela sua luta pela liberdade, percurso político e contribuição para a independência do país

Em nome da família, Doménico Sanca agradeceu a homenagem. O Chefe de Estado destacou a relação que teve com Sanca e o seu papel na fundação do MADEM-G15.

  Radio Voz Do Povo  / 
Presidência da República da Guiné-Bissau

Presidente da República Umaro Sissoco Embaló, criticou duramente a empresa responsável pela reabilitação do Ministério da Justiça, afirmando que o montante disponibilizado para as obras não corresponde ao trabalho realizado até ao momento.

Durante uma visita ao local nesta quarta-feira (05.03), o chefe de Estado manifestou indignação com o atraso e a qualidade dos trabalhos, sublinhando que não permitirá desvios de fundos públicos. "O dinheiro foi entregue, mas o trabalho não reflete esse investimento. Alguém terá de responder por isso", declarou Embaló perante membros do governo e jornalistas.

Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, visita às instalações do Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos...☝ @CAP GB

Radio Voz Do Povo


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O Presidente da República, foi recebido pela Ministra da Justiça e dos Direitos Humanos, durante a sua visita ao Ministério, verificou o andamento das obras de reabilitação do edifício colonial, que alberga serviços essenciais, como o Registo Civil e o Notariado.

Balanço Carnaval / Serviços de Urgência do HNSM registam 250 casos de assistência médica

Bissau, 05 Mar 25 (ANG) – O enfermeiro responsável do Serviço de Urgência do Hospital Nacional Simão Mendes(HNSM), considerou hoje de positivo o balanço dos festejos de carnaval 2025,decorrido entre 01 e 04 de Março, por não haver o registo de nenhum óbito, contrariamente ao ano passado em que houve dois mortos.

Augusto Gomes deu estas informações numa conferência de imprensa em que disse que deram entrada nos Serviços de Urgência do HNSM 250 casos, sendo 28 relacionados à  acidentes, 24 à agressões físicas.

Fazendo comparação com o ano passado, Gomes disse que em 2024 foram registados 190 casos para assistência médica relacionados ao Carnaval, sendo que dos 20 casos de acidentes de viação registados duas pessoas morreram e 20 casos se deveram a  agressões físicas.

Segundo explicou, os casos atendidos são ligeiros e depois de tratamento as vítimas voltaram para suas casas.

Disse que o Carnaval é uma das festas mais quentes onde as pessoas consomem bebidas alcoólicas  e entram em brigas ou fazem  outras práticas não adequadas.

“Os casos de acidentes são na sua maioria de moto–taxi que além de levar passageiros à mais, andam com muita velocidade para poder ganhar mais dinheiro uma vez que as estradas fecham e as viaturas não circulam”, salientou.

Augusto Gomes apelou ao Estado à fazer a sua parte controlando com mais rigor as vias públicas.

ANG/MSC/ÂC//SG

Guiné-Bissau: O Ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau afirmou hoje que o país aguarda uma retratação pública por parte da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) que "quis faltar ao respeito" às autoridades.

MNECI" Carlos Pinto Perreira, em conferência de Imprensa faz balanço da recente visita de Estado do Presidente da República Umaro Sissoco Embaló a Rússia.
Por Lusa  05/03/2025 

 Guiné-Bissau aguarda pedido de desculpas da CEDEAO

O Ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau afirmou hoje que o país aguarda uma retratação pública por parte da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) que "quis faltar ao respeito" às autoridades.

Em conferência de imprensa de balanço das visitas ao estrangeiro do Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, Carlos Pinto Pereira aproveitou para abordar a recente polémica que envolve a CEDEAO e o país. 

Ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e das Comunidades, Carlos Pinto Pereira, considerou de positivo a recente visita de Estado do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló a Rússia...☝  @CAP GB

de regresso ao país, Umaro Sissoco Embaló afirmou na segunda-feira ter ordenado a expulsão de uma missão "de alto nível político" que a CEDEAO enviou a Bissau para ajudar a classe política a alcançar consenso à volta do calendário eleitoral.

"Aguardamos da parte da CEDEAO uma retratação pública", disse hoje o chefe da diplomacia guineense, para quem o nome do país foi "vilipendiado na praça pública" pela atitude da missão.

Para Carlos Pinto Pereira a missão "não tem o direito de faltar ao respeito" às autoridades guineenses pelo que, disse, o Governo "está inteiramente ao lado da posição do Presidente".

"Não podemos admitir que as leis e as autoridades do país sejam desrespeitadas", sublinhou, dizendo não compreender de onde saiu a ideia de que a missão da CEDEAO iria elaborar um roteiro de transição na Guiné-Bissau.

Para o chefe da diplomacia guineense, a missão enviada a Bissau pela organização oeste africana não é de alto nível, por ser liderada por um embaixador e só poderia ser de alto nível se fosse dirigida por um ex-Presidente ou por um chefe de Estado em funções.

Pinto Pereira sublinhou ainda que o desrespeito maior foi quando a missão da CEDEAO recebeu uma delegação de deputados em nome da Comissão Permanente da Assembleia Nacional Popular dirigida por Fernando Dias.

"Toda a gente sabe que a Comissão Permanente é dirigida pelo seu presidente, que neste caso é a Satu Camará Pinto", afirmou Pereira, em alusão à terceira vice-presidente do parlamento, que desde setembro tem dirigido a instituição.

As autoridades destituíram Domingos Simões Pereira, lider da coligação PAI-Terra Ranka, da liderança do parlamento e colocaram Camará Pinto naquelas funções.

O chefe da diplomacia guineense considerou que qualquer contacto que a missão da CEDEAO pudesse fazer seria através dos serviços do Protocolo do Estado e também em nome do parlamento, por intermédio de Satu Camará.

Carlos Pinto Pereira disse que a Guiné-Bissau "não admite falta de respeito, nem da CEDEAO nem de qualquer outra organização" e afirmou que o Presidente do país já anunciou que convocará eleições legislativas e presidenciais para 30 de novembro.

A delegação da CEDEAO esteve na Guiné-Bissau, entre 21 e 28 de fevereiro, tendo revelado que deixou o país na madrugada de 01 de março sob ameaça de expulsão por parte do Presidente guieense.

O chefe de Estado não gostou que a missão tivesse alterado o programa inicial e decidido ouvir a coligação que reúne partidos contestatário do regime, a API Cabas Garandi.

A missão acabou por ouvir, também, a comissão permanente deposta do parlamento, depois de a coligação PAI-Terra Ranka recusar reunir-se com a CEDEAO sem que esta comissão fosse incluída nas audiências.

A substituição da liderança do parlamento ocorreu alguns meses depois de o Presidente ter dissolvido, em dezembro de 2023, a Assembleia de maioria Terra Ranka, liderada pelo PAIGC (Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde).

O líder da coligação e do PAIGC, Domingos Simões Pereira, assumiu a presidência da Assembleia e entregou a Geraldo Martins a liderança do Governo deposto meio ano depois da posse e substituído por um de iniciativa presidencial.

Simões Pereira encontra-se fora da Guiné-Bissau e, apesar de afastado da Assembleia, tem feito reuniões 'online' da comissão que presidia e que acabou por ser ouvida pela CEDEAO, sem a presença do líder.


Convocatoria...

Os líderes árabes adotaram hoje no Cairo um plano para a reconstrução da Faixa de Gaza e o regresso da Autoridade Palestiniana, apresentado como alternativa ao plano de Donald Trump de colocar o território sob controlo americano.

© Ashraf Amra/Anadolu via Getty Images  Lusa  05/03/2025 

Cimeira árabe adota plano de reconstrução de Gaza em alternativa ao de Trump

Os líderes árabes adotaram hoje no Cairo um plano para a reconstrução da Faixa de Gaza e o regresso da Autoridade Palestiniana, apresentado como alternativa ao plano de Donald Trump de colocar o território sob controlo americano.

Os líderes dos países da Liga Árabe alertaram contra as tentativas "odiosas" de deslocar a população de Gaza, e apelaram para a união dos palestinianos sob a égide da Organização de Libertação da Palestina (OLP), excluindo efetivamente o movimento islamita Hamas, que não é membro daquela entidade.

Acordaram ainda em criar um fundo para financiar a reconstrução de Gaza, destruída por 15 meses de guerra entre Israel e o Hamas, e apelaram para uma contribuição internacional para acelerar o processo.

Segundo o plano a Faixa de Gaza será administrada durante um período de transição por um comité de tecnocratas palestinianos, antes de a Autoridade Palestiniana retomar o controlo do território.

Na cimeira, o Egito apresentou um plano de 53 mil milhões de dólares (50 mil milhões de euros) em cinco anos, uma estimativa equivalente à da ONU, para reconstruir a Faixa de Gaza.

Por seu lado, o Hamas "saudou" o plano árabe e a criação de um comité para gerir o território após a guerra.

A primeira fase da reconstrução, com uma duração de seis meses, será consagrada à remoção dos escombros, à desminagem e ao alojamento provisório de mais de 1,5 milhões de pessoas.

Seguir-se-ão duas fases de reconstrução, a primeira das quais abrangerá as infraestruturas essenciais e o alojamento permanente e a segunda as que incluem um porto comercial e um aeroporto.

O presidente egípcio Abdel Fattah al-Sissi afirmou que o plano garantirá que os 2,4 milhões de habitantes de Gaza permaneçam nas suas terras, em resposta ao plano do Presidente dos EUA de os expulsar para o Egito e a Jordânia e transformar o território na "Riviera do Médio Oriente".

No entanto, Sissi não criticou diretamente o plano de Donald Trump, que causou um protesto internacional no início de fevereiro, e disse que o presidente norte-americano era "capaz de alcançar a paz" na região.

"Qualquer tentativa odiosa de deslocar o povo palestiniano ou (...) anexar parte dos territórios palestinianos ocupados mergulharia a região numa nova fase de conflito (...) que representa uma clara ameaça à (...) paz" no Médio Oriente, refere o comunicado final divulgado pela cimeira.

O Cairo vai procurar o apoio dos países muçulmanos para o seu plano numa cimeira de emergência da Organização de Cooperação Islâmica (OCI), na sexta-feira, em Jeddah, na Arábia Saudita, para que o projeto "se torne um plano árabe e islâmico", segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros egípcio, Badr Abdelatty.

A cimeira realizou-se num contexto de impasse sobre a continuação do cessar-fogo em vigor desde 19 de janeiro, entre Israel, que exige a "desmilitarização total" de Gaza, e o Hamas, que insiste em permanecer no território.

O movimento islamita tomou o poder no território em 2007, depois de ter destituído a Autoridade Palestiniana, liderada por Mahmoud Abbas, de 89 anos, que afirmou nesta cimeira estar preparado para organizar eleições presidenciais e legislativas nos Territórios Palestinianos "no próximo ano", "desde que as condições estejam reunidas".

O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, que também esteve no Cairo, afirmou que a ONU "apoia firmemente" o plano árabe.

O Governo israelita continua a repetir que se reserva o direito de retomar os combates em qualquer altura para aniquilar o Hamas se este não depuser as armas, e lamentou que a cimeira extraordinária de líderes da Liga Árabe, na qual participaram também a União Africana (UA) e a União Europeia (UE), tenha optado pelo plano egípcio para a reconstrução de Gaza sem avaliar a ideia de Donald Trump.

A primeira fase da trégua de 42 dias entre Israel e o Hamas terminou em 1 de março, depois de ter permitido o regresso de 33 reféns detidos em Gaza em troca da libertação por Israel de cerca de 1.800 detidos palestinianos.

As duas partes estão agora em desacordo sobre a próxima fase do processo, cuja primeira consequência é o bloqueio imposto por Israel no domingo à entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza sitiada.

Por outro lado, os islamitas voltaram a insistir na "necessidade de obrigar" Israel a aplicar a segunda fase do acordo de cessar-fogo, que deveria ter entrado em vigor no domingo, e a "rejeitar qualquer projeto que vise a deslocação dos palestinianos".

Israel quer que a primeira fase da trégua seja prolongada até meados de abril, enquanto o Hamas insiste na aplicação da segunda fase, que prevê um cessar-fogo permanente e a libertação de todos os reféns.

"A ideia do presidente Trump é uma oportunidade para os habitantes de Gaza terem liberdade de escolha com base no livre arbítrio - é isso que deveria ter sido pressionado", disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros numa mensagem no X.

O ataque do Hamas no sul de Israel fez 1.218 mortos israelitas, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais e incluindo os reféns que morreram ou foram mortos em cativeiro.

A resposta do exército israelita causou pelo menos 48.405 mortos em Gaza, a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde do Hamas, considerados fiáveis pela ONU.


terça-feira, 4 de março de 2025

Saúde: Sintomas de falta de ferro que muitos desvalorizam (e não deviam)... É importante estar atento e não ignorar os sintomas. Saiba mais.

© Shutterstock   Notícias ao Minuto  04/03/2025

É importante lembrar que o ferro tem um papel crucial na "produção de glóbulos vermelhos no corpo", explica Stephanie Ooi, uma médica, citada no Mirror. Quando está em falta o corpo manifesta-se com sintomas como cansaço e fadiga, ambos são, muitas vezes, ignorados e associados a outros problemas. 

"É fácil ignorar os sentimentos de exaustão como resultado de um estilo de vida agitado", explica. Já nos meses de inverno podemos "naturalmente assumir que se devem aos dias mais curtos e às noites mais longas".

Geralmente, "os sintomas de níveis baixos de ferro incluem: fadiga, cansaço, função imunitária enfraquecida, assim como função cognitiva prejudicada, como dificuldade de concentração e de resolução de problemas". De acordo com a médica, "os episódios prolongados de fadiga ou qualquer um destes sintomas, quer apareçam isoladamente ou com outros, devem ser sempre investigados". 

"Para além de terem impacto na qualidade de vida, se não forem tratados, os níveis baixos de ferro têm impacto no sistema imunitário e podem tornar as pessoas mais susceptíveis a doenças e infeções", alerta a médica.

Por isso, a especialista recomenda uma que aposte em alimentos ricos em ferro, como "a carne vermelha, a carne de porco, os cereais enriquecidos e os vegetais de folhas verdes escuras". 


Leia Também: Com estas frutas e vegetais, nunca mais terá falta de ferro

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Estónia afirmou hoje que a decisão dos Estados Unidos de suspender a ajuda militar à Ucrânia obriga a Europa a aumentar e acelerar a sua ajuda à Ucrânia para colmatar a lacuna.

© Lusa   04/03/2025

Estónia insta Europa a "aumentar" ajuda à Ucrânia após anúncio dos EUA

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Estónia afirmou hoje que a decisão dos Estados Unidos de suspender a ajuda militar à Ucrânia obriga a Europa a aumentar e acelerar a sua ajuda à Ucrânia para colmatar a lacuna.

"A Europa deve aumentar a ajuda militar à Ucrânia para que este país possa continuar a lutar por uma paz justa e duradoura", declarou Margus Tsahkna em comunicado.

Tsahkna recordou que o Governo da Estónia já tinha decidido aumentar a sua ajuda este ano em 25% e entregar 10.000 cartuchos de artilharia à Ucrânia.

"A nossa decisão mostra que é possível tomar decisões novas e rápidas para ajudar a Ucrânia e apelamos para que todos os que apoiam a Ucrânia aumentem a sua ajuda o mais rapidamente possível", acrescentou.

O responsável avançou ainda que uma das opções para obter recursos adicionais para ajudar a Ucrânia é utilizar os activos congelados da Rússia, em que a Europa tem um papel decisivo, uma vez que a maioria desses activos está localizada na Europa.

"Antes do fim do prazo para a prorrogação das sanções contra a Rússia, em junho, deve ser tomada uma decisão política sobre a utilização dos activos congelados", insistiu, referindo que existem formas legais de o fazer.

O responsável sublinhou igualmente que o único responsável pela guerra "deve sentir-se pressionado e a vítima da agressão deve ter um forte apoio, porque esta é a única forma de forçar a Rússia a desistir dos seus objectivos e alcançar uma paz duradoura na Ucrânia".

Na segunda-feira à noite fonte da Casa Branca citada pela Associated Press (AP) referiu que Trump está focado em chegar a um acordo de paz para terminar a guerra que tem mais de três anos e que pretende ter Zelensky comprometido com esse objetivo.

A mesma fonte, que falou sob anonimato, acrescentou que os Estados Unidos estão a "suspender e a rever" a sua ajuda para "garantir que está a contribuir para uma solução".

Uma fonte da Casa Branca citada pela agência France-Presse (AFP), que também confirmou a suspensão da ajuda militar a Kyiv, sublinhou que os Estados Unidos "precisam que os seus parceiros também se comprometam a atingir o objetivo" da paz.

De acordo com a estação Fox News, citada pela agência Efe, esta medida interrompe a entrega de armas ou equipamentos que já se encontrem em território polaco e prontos para entrega final aos ucranianos.


Leia Também: A suspensão da ajuda militar dos Estados Unidos a Kyiv é a "melhor contribuição possível" para alcançar a paz na Ucrânia, defendeu hoje o Kremlin após o anúncio da Casa Branca, dias depois da altercação entre Trump e Zelensky.

Leia Também:  Fato? Camisola usada por Zelensky na Casa Branca é um sucesso de vendas

Amigos Irmãos de Canchungo homenageiam Américo Gomes.

 Radio Voz Do Povo 

Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló recebeu hoje [04.03], em audiencia a Rede das Mulheres Profissionais Maritimas e Portuárias da África Ocidental e Central.

 Radio Voz Do Povo

Said Rais Daula bai fala Mantenha de tchur di Americo Gomes.

 Abel Djassi / Estamos a Trabalhar

Famílias de norte-coreanos apanhados pela Ucrânia serão "executadas" ...Denúncia é feita por desertores norte-coreanos.

© Scott Peterson/Getty Images   Notícias ao Minuto  04/03/2025

As famílias dos soldados norte-coreanos que forem capturados em combate contra a Ucrânia serão executadas, denunciaram antigos soldados das forças armadas de Pyongyang à ABC News. 

Este é apontado como o motivo para que a maioria dos soldados norte-coreanos esteja a tirar a própria vida antes de serem capturados - foi-lhes disto que as suas famílias seriam executadas caso fossem apanhados vivos. 

"A maioria dos soldados mata-se antes de serem mortos pelo inimigo. É uma vergonha ser capturado", disse Ryu Seong-hyeon, que desertou para a Coreia do Sul em 2019, após atravessar um campo minado na zona desmilitarizada que separa o Norte do Sul. 

"Se os soldados forem capturados e derem informações ao inimigo, as suas famílias serão castigadas, irão para um campo de prisioneiros políticos ou, pior ainda, serão executados à frente do povo", disse outro desertor norte-coreano, identificado como Pak Yusung.

Tal como já tinha sido descrito pelas forças de Kyiv, os antigos soldados também sugeriram que os norte-coreanos, na guerra da Ucrânia, têm tido dificuldade em adaptar-se ao campo de batalha moderno, acreditando que a maioria dos soldados nunca terá visto um drone na vida. 

"Antes de partirem, não têm qualquer prática de defesa contra um drone ou de luta contra os ucranianos, e é por isso que morrem como cães", disse Ryu. "Não têm a capacidade, a língua ou a informação", acrescentou. 

De realçar que os serviços secretos sul-coreanos também afirmaram que a Coreia do Norte deu instruções claras aos soldados para que se suicidassem para evitarem ser capturados vivos.

Ryu e Pak afirmam também que os soldados norte-coreanos acreditam que estão a matar norte-americanos. "Desde tenra idade que lhes é dito que devem odiar os 'lobos' americanos, e agora dizem-lhes que estão finalmente a matar americanos", disseram. 

Estima-se que Pyongyang tenha enviado mais de 12.000 soldados para a Rússia para lutar na guerra da Ucrânia. O número de baixas entre as fileiras das forças norte-coreanas já terá ultrapassado as 3.000, incluindo cerca de 300 mortos e 2.700 feridos. 


Leia Também: Primeiro-ministro francês critica suspensão de ajuda dos EUA à Ucrânia

Granadas de fumo lançadas no parlamento sérvio por oposição política... As granadas e o gás lacrimogéneo foram lançados por deputados da oposição do país como protesto contra as políticas governamentais.

© SERBIAN PARLIAMENT POOL / VIDEOPLUS/Handout via REUTERS  Notícias ao Minuto 04/03/2025 

Granadas de fumo e gás lacrimogéneo foram lançados dentro do parlamento da Sérvia por deputados da oposição, em Belgrado, na manhã desta terça-feira, avança a Reuters.

Duas pessoas ficaram feridas na sequência dos lançamentos. Uma deputada Jasmina Obradović, do partido SNS, sofreu um AVC e está em estado crítico, revela ainda a agência.

O lançamento dos explosivos foram uma forma de protesto contra as políticas governamentais e em apoio aos estudantes que se manifestam contra a corrupção do regime autoritário do presidente Aleksandar Vucic.

Em cima da mesa estava a aprovação pelo parlamento de uma lei que aumenta os fundos para as universidades - uma das principais reivindicações dos estudantes, mas os partidos da oposição insistiram que a sessão - no primeiro dia da sessão legislativa da primavera - era ilegal, noticia a Associated Press (AP).

No entender da oposição, os deputados deveriam, primeiro, confirmar a demissão do primeiro-ministro, Milos Vucevic, e do seu Governo.

A presidente do parlamento, Ana Brnabic, criticou os atos da oposição, que apelidou de "gangue terrorista" e disse que "a revolução falhou".

"Este país vai viver, este país vai trabalhar e este país vai continuar a ganhar", referiu, segundo imagens televisivas citadas pela agência France-Presse (AFP).

O caos no parlamento começou cerca de uma hora depois do começo da sessão, com a oposição a assobiar em apitos e a segurar uma tarja em que se lia: "a Sérvia levantou-se para que o regime caísse".

As imagens, transmitidas em direto, mostram confrontos entre deputados que levaram, depois, a que fossem atiradas tochas e granadas de fumo.

Os protestos no país foram desencadeados no dia 01 de novembro, aquando da morte de 15 pessoas provocada pelo colapso da cobertura de betão da estação ferroviária de Novi Sad, que tinha acabado de ser renovada através de um investimento público.

Desde o colapso do viaduto, têm-se realizado regularmente protestos e bloqueios um pouco por toda a Sérvia.

No final de janeiro, o primeiro-ministro sérvio Milos Vucevic anunciou a sua demissão, após quase três meses do movimento de protesto, assegurando que a sua decisão era irrevogável.


Durante a presidência do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, as relações entre a Guiné-Bissau e a República Francesa alcançaram um novo patamar, atingindo um alto nível de excelência.

O Presidente da República foi recebido no Palácio de Eliseu pelo seu homólogo francês, Emmanuel Macron. Ambos analisaram as relações bilaterais, trocaram impressões sobre os desafios na Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental e partilharam as suas visões para a paz na Ucrânia.

@Presidência da República da Guiné-Bissau

Estados Unidos suspendem ajuda militar à Ucrânia... A decisão surge apenas dias depois do encontro tenso com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, na Casa Branca.

© ROBERTO SCHMIDT/AFP via Getty Images   Notícias ao Minuto 04/03/2025

O presidente norte-americano, Donald Trump, deu ordem para a suspensão do envio de novos carregamentos de armas das reservas norte-americanas, avança a Bloomberg. A decisão, anunciada esta segunda-feira, acontece apenas dias depois do encontro tenso com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, na Casa Branca.

A pausa estará em vigor até Trump determinar que Zelensky demonstra um "compromisso de boa-fé para com a paz", segundo revela um alto-responsável do departamento da Defesa norte-americano ao mesmo meio, mantendo o anonimato.

A suspensão aplicar-se-á a todo o equipamento militar dos EUA que não esteja atualmente na Ucrânia, incluindo armas em trânsito - em aeronaves ou navios - ou a aguardar na Polónia.

Também a Associated Press (AP), a citar fonte da Casa Branca, refere que Trump está focado em chegar a um acordo de paz para terminar a guerra e que pretende ter Zelensky comprometido com esse objetivo. Acrescenta ainda que os Estados Unidos estão a "suspender e a rever" a sua ajuda para "garantir que está a contribuir para uma solução".

Recorde-se que já ao final da noite de segunda-feira, o Wall Street Journal dava conta que a Administração Trump tinha deixado de financiar novas vendas de armas à Ucrânia e estaria a considerar congelar os carregamentos de armas das reservas norte-americanas.

Ainda na segunda-feira, os presidentes voltaram a trocar acusações, com Donald Trump a acusar Volodymyr Zelensky de não querer que "haja paz enquanto tiver o apoio" dos Estados Unidos. Em resposta, Zelensky garantiu que os ucranianos querem uma "paz verdadeira" e que esta é "necessária o mais rapidamente possível".


Leia Também: EUA estão a considerar congelar apoio militar à Ucrânia

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Amnistia Internacional num novo relatório... "Um silêncio ensurdecedor": os gritos ocultos dos prisioneiros ucranianos

Global Images Ukraine   André de Jesus sicnoticias.pt

Milhares de ucranianos, tanto militares como civis, continuam a sofrer em cativeiro, mantidos incomunicáveis e sujeitos a tortura e maus-tratos. A ausência de informação sobre o seu paradeiro e a recusa da Rússia em permitir o acesso de organizações humanitárias perpetuam um cenário de impunidade e desespero para as vítimas e para as famílias. Uma realidade denunciada pela Amnistia Internacional num novo relatório.

A Amnistia Internacional (AI) denuncia, num relatório divulgado esta terça-feira, que as autoridades russas têm sujeitado prisioneiros de guerra ucranianos e civis detidos a tortura, detenções prolongadas em regime de incomunicabilidade, desaparecimento forçado e outros tratamentos desumanos. De acordo com a organização, estas práticas constituem crimes de guerra e crimes contra a humanidade.

O relatório, intitulado "Um silêncio ensurdecedor: Ucranianos mantidos incomunicáveis, desaparecidos à força e torturados em cativeiro russo", revela que os prisioneiros de guerra e civis ucranianos mantidos sob custódia russa desde fevereiro de 2022 têm sido deliberadamente isolados do mundo exterior, muitas vezes durante anos.

A ausência de informação sobre o paradeiro dos detidos facilita a prática de tortura e outros maus-tratos sem qualquer responsabilização.

Tortura e detenção em isolamento

A secretária-geral da Amnistia Internacional, Agnès Callamard, alerta que a "detenção sistémica em regime de incomunicabilidade de prisioneiros de guerra e civis ucranianos pela Rússia reflete uma política deliberada destinada a desumanizá-los e silenciá-los, deixando as suas famílias em agonia à espera de notícias".

Agnés Callamard

O relatório baseia-se em entrevistas realizadas na Ucrânia entre janeiro e novembro de 2024, envolvendo antigos prisioneiros de guerra, familiares de detidos e até mesmo prisioneiros de guerra russos detidos na Ucrânia.

As famílias dos prisioneiros relatam um desespero crescente perante a ausência de informações oficiais. Olena Kolesnyk, cujo marido foi capturado em julho de 2024, diz não saber onde procurá-lo nem para onde escrever. "Esta escuridão negra de não saber – está a matar-me", desabafa.

Desaparecimento forçado e negação de acesso humanitário

Dezenas de milhares de ucranianos estão desaparecidos em circunstâncias incertas. Muitos poderão estar detidos, enquanto outros poderão ter sido mortos. Em alguns casos, a Rússia reconheceu o cativeiro de prisioneiros de guerra, informando o Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV), mas a organização alerta que centenas ou milhares de outros detidos podem não ter sido notificados.

Um desses casos é o de Volodymyr, marido de Khrystyna Makarchuk, que apareceu na televisão russa a descrever a sua captura. Apesar de a família ter recebido a confirmação indireta de que está vivo, a Rússia nunca reconheceu oficialmente a sua detenção, o que equivale a um desaparecimento forçado.

Além dos militares, também civis são alvos desta prática, que tem sido usada como instrumento de intimidação nas áreas sob controlo russo.

Brendan Hoffman

Relatos de tortura e negligência médica

O relatório documenta também testemunhos de violência sistemática contra os prisioneiros. Volodymyr Shevchenko, um ex-prisioneiro de guerra, relatou que foi torturado desde o primeiro momento.

"Bateram-me com armas de choque, com bastões especiais. Vi homens a morrer porque os seus corações já não aguentavam mais", revela.

Outros detidos relatam recusa de tratamento médico adequado, mesmo em situações graves.

Violações do direito internacional

As ações da Rússia reportadas no relatório configuram violações flagrantes das Convenções de Genebra, que garantem aos prisioneiros de guerra direitos fundamentais, como correspondência com familiares, acesso a cuidados médicos e visitas de organizações internacionais.

Fotografias de várias pessoas desaparecidas expostas nos escritórios da "Edelweiss", uma associação composta por pessoas cujos entes queridos estão desaparecidos (Amnistia Internacional)

A Amnistia Internacional exige que Moscovo ponha termo às práticas de tortura e detenções arbitrárias, além de permitir o acesso de entidades humanitárias aos detidos. A AI defende ainda que a comunidade internacional deve usar todos os meios ao seu dispor para responsabilizar a Rússia por estas violações.

"Sem justiça, o sofrimento dos prisioneiros de guerra ucranianos, dos civis e das suas famílias só irá agravar-se", conclui Agnès Callamard.

Rússia: Um ataque de 'drones' provocou um incêndio esta noite numa instalação petrolífera na região russa de Rostov, na fronteira com a Ucrânia, segundo o governador regional em exercício, Yuri Sliusar.

© Vladimir Aleksandrov/Anadolu via Getty Images  Lusa  03/03/2025

Ataque de drones incendeia instalação petrolífera na região russa de Rostov

Um ataque de 'drones' provocou um incêndio esta noite numa instalação petrolífera na região russa de Rostov, na fronteira com a Ucrânia, segundo o governador regional em exercício, Yuri Sliusar.

A Ucrânia ataca regularmente alvos militares e instalações energéticas na Rússia, em retaliação pelos ataques diários do Kremlin contra o seu território desde fevereiro de 2022.

"Na sequência de um ataque maciço de 'drones' no distrito de Chertkovsky, deflagrou um incêndio" numa instalação petrolífera, declarou Slioussar no Telegram, sem dar mais pormenores.

"Os serviços de emergência em serviço acorreram ao local" e o pessoal foi retirado da instalação, sem causar vítimas, acrescentou Slioussar.

O canal Baza, na rede social Telegram e próximo das forças russas, publicou um vídeo que mostrava um incêndio no bairro de Chertkovsky, durante a noite.

Numa declaração posterior, o governador Yuri Sliusar acrescentou que tinha deflagrado um outro incêndio "num armazém" na aldeia de Sokhranovka, "devido à queda de destroços de 'drones'".

Sokhranovka é um dos dois pontos históricos de entrada de gás russo na Ucrânia, mas a circulação de gás para a Europa foi invadida desde que Kyiv declarou "força maior" em maio de 2022, na sequência do ataque russo.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.  

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kyiv têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.

Já no quarto ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas confrontaram-se com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais.  


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segunda-feira, 3 de março de 2025

Guiné-Bissau: Presidente guineense anuncia visita aos EUA para falar da Ucrânia... O chefe de Estado guineense diz que aguarda apenas pela "confirmação da data".

Por Lusa   03/03/2025

O presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, anunciou hoje que "brevemente" visitará os Estados Unidos da América para discutir a crise em torno da guerra da Ucrânia.

O anúncio foi feito à chegada a Bissau de um périplo de uma semana para uma visita de Estado à Rússia, com passagem pelo Azerbaijão, Hungria e França.

Sissoco Embaló disse que falou com Vladimir Putin sobre a situação da Ucrânia e da Rússia e anunciou que brevemente vai aos Estados Unidos com o mesmo fim.

O chefe de Estado guineense diz que aguarda apenas pela "confirmação da data".

"Estamos implicados na resolução da crise", indicou, defendendo que "qualquer pessoa, independentemente da sua localização geográfica, entende que a guerra não é solução".

Sissoco Embaló acredita que as partes "vão acabar por falar" e lembrou que, antes de viajar, teve "uma longa conversa telefónica com Zelensky", o presidente da Ucrânia.

Sobre esta viagem, o chefe de Estado indicou que o ministro dos Negócios Estrangeiros fará posteriormente um balanço, mas adiantou que a deslocação à Rússia foi "uma visita muito histórica".

Segundo disse, a Rússia aumentou a quota de formação, não só na área civil mas também na área militar e para equipamento militar à Guiné-Bissau.

"Nós não temos ameaças, mas isso não faz com que deixemos de estar armados", declarou, afirmando que "a Guiné-Bissau precisa renovar o seu armamento" e que "brevemente a Rússia vai enviar armamentos em termos de donativos".

A visita de Estado, a primeira de um Presidente da Guiné-Bissau à Rússia, serviu para "renovar as relações" entre os dois países, com um aumento das bolsas nas áreas de engenharia, nomeadamente para responder às empresas russas que fazem prospeção de petróleo e bauxite na Guiné-Bissau.

Na passagem pelo Azerbaijão, a convite do Presidente, Ilham Aliev, foi abordada a formação de 150 a 200 quadros guineenses naquele país, nas áreas do petróleo e agronomia, assim como da segurança.

O Azerbaijão vai enviar técnicos à Guiné-Bissau para prospeção de recursos mineiros.

Na Hungria, Sissoco Embaló encontrou-se com o homólogo Viktor Orbán, com quem assinou um acordo de cooperação para consultas diplomáticas e recebeu a oferta de bolsas de estudos para guineenses.

O Presidente guineense passou mais uma vez por França, onde disse ter passado em revista com o Presidente Macron a situação da África, no Congo e Ruanda.

"Estamos à procura de uma solução. Convidei os dois a irem à França", disse.

Sissoco Embaló adiantou ainda que a partir desta terça-feira começam a chegar a Bissau técnicos dos Emirados Árabes Unidos para tratar do alcatroamento de estradas, construção de hospitais de referência e aumento do número de cadeiras de hemodiálise, no Hospital Nacional Simão Mendes.


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