quinta-feira, 17 de outubro de 2024

Portugal registou menos 430 nascimentos nos primeiros nove meses do ano face ao período homólogo de 2023, segundo dados relativos ao "teste do pezinho", que analisaram 63.237 recém-nascidos, invertendo a tendência dos últimos dois anos.

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 Nasceram menos bebés nos primeiros nove meses do ano face a 2023

De acordo com o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, "nos primeiros nove meses deste ano, foram estudados 63.237 recém-nascidos no âmbito Programa Nacional de Rastreio Neonatal, menos 430 do que em igual período do ano passado".

Portugal registou menos 430 nascimentos nos primeiros nove meses do ano face ao período homólogo de 2023, segundo dados relativos ao "teste do pezinho", que analisaram 63.237 recém-nascidos, invertendo a tendência dos últimos dois anos.

De acordo com o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), "nos primeiros nove meses deste ano, foram estudados 63.237 recém-nascidos no âmbito Programa Nacional de Rastreio Neonatal (PNRN), menos 430 do que em igual período do ano passado (63.667)".

Janeiro (7.683), julho (7.460) e agosto (7.268) foram os meses com maior número de recém-nascidos rastreados, enquanto os distritos com mais bebés testados foram Lisboa, Porto, Setúbal e Braga.

Por sua vez, Beja, Bragança, Guarda e Vila Real foram os distritos com menor número de recém-nascidos rastreados, com valores mensais abaixo de uma centena.

Os nascimentos em Portugal registaram em 2021 o menor número de que há registo (79.217), mas subiram nos dois anos seguintes, para 83.436 em 2022 e 85.764 em 2023, tendência que se inverteu nos primeiros nove meses deste ano.

O "teste do pezinho" permitiu identificar, em 2023, 150 casos de doenças raras entre os 85.764 bebés estudados, dos quais 54 são de doenças hereditárias do metabolismo, 50 de hipotiroidismo congénito, seis de fibrose quística, 34 de drepanocitose e seis de atrofia muscular espinal.

Coordenado pelo INSA, através da sua Unidade de Rastreio Neonatal, Metabolismo e Genética, do Departamento de Genética Humana, o PNRN rastreia, desde 1979, 28 patologias, tendo até final de 2023 identificado 2.692 casos de doenças raras, na sequência do rastreio realizado a 4.224.550 recém-nascidos.

Segundo o instituto, a identificação da doença possibilitou que "todos os doentes iniciassem de imediato um tratamento específico, evitando défice intelectual e outras alterações neurológicas ou extraneurológicas irreversíveis, com a consequente morbilidade ou mortalidade".

Apesar de não ser obrigatório, o programa tem atualmente uma taxa de cobertura de 99,5%, sendo o tempo médio de início do tratamento de cerca de 10 dias.

O "teste do pezinho" é efetuado a partir do terceiro dia de vida do recém-nascido, através da recolha de umas gotículas de sangue no pé da criança.

Com Lusa


Leia Também: Os pobres em Portugal estão mais pobres, segundo uma análise da Pordata, que destaca esta quinta-feira uma subida da taxa de risco de pobreza pela primeira vez em sete anos, ao passar de 16,4% em 2021 para 17% em 2022.


Coreia do Norte muda Constituição e Coreia do Sul passa a "Estado hostil"

© Lusa   Por Lusa  17/10/24 

A Coreia do Norte anunciou hoje que a Constituição do país passou a designar a Coreia do Sul como "Estado hostil", confirmando uma alteração prometida no início do ano pelo líder Kim Jong-un.

"Esta é uma medida inevitável e legítima, em que se define claramente a Coreia do Sul como um Estado hostil e que se deve às graves circunstâncias de segurança que conduzem à beira da guerra devido a provocações políticas e militares por parte de forças hostis", informou a agência de notícias oficial norte-coreana KCNA.

A agência não avançou com mais informações sobre as alterações constitucionais.

A ordem dada por Kim em janeiro para reescrever a Constituição apanhou muitos especialistas estrangeiros de surpresa, porque foi vista como uma forma de eliminar a ideia de um Estado partilhado entre as Coreias divididas pela guerra e de romper com o sonho de antecessores de alcançar pacificamente uma Coreia unificada nos termos do Norte.

Alguns especialistas afirmam que Kim tem provavelmente como objetivo diminuir a influência cultural sul-coreana e reforçar o poder internamente.

Outros afirmam que o líder pretende ter margem de manobra legal para lançar ataques militares contra a Coreia do Sul, definindo-a como um Estado estrangeiro e não como parceiro de uma eventual unificação que partilha um sentimento de homogeneidade nacional.

Kim pode também querer negociar diretamente com os Estados Unidos o programa nuclear, e não através da Coreia do Sul, referem estes mesmos especialistas, citados pela agência de notícia Associated Press.

A Coreia do Norte fez explodir secções de 60 metros de comprimento de dois pares de estradas e caminhos-de-ferro - um na parte ocidental da fronteira intercoreana e o outro no lado oriental da fronteira, de acordo com a KCNA, que citou o Ministério da Defesa da Coreia do Norte.

Construídas em grande parte com dinheiro sul-coreano, as ligações rodoviárias e ferroviárias eram um símbolo da reconciliação intercoreana.

Nos anos 2000, as duas Coreias voltaram a ligar as rotas rodoviárias e ferroviárias pela primeira vez desde o fim da Guerra da Coreia de 1950-53, mas as operações foram interrompidas mais tarde, quando os rivais discutiram as ambições nucleares da Coreia do Norte, entre outras questões.

Na semana passada, a Coreia do Norte declarou que iria bloquear permanentemente a fronteira com o Sul e construir estruturas de defesa na linha da frente.

De acordo com as autoridades sul-coreanas, a Coreia do Norte tem vindo a acrescentar, desde o início do ano, barreiras antitanque e a colocar minas ao longo da fronteira.


Leia Também: A Coreia do Norte afirmou hoje que mais de um milhão de jovens se alistaram esta semana no exército, depois de Pyongyang acusar Seul de enviar 'drones' para território norte-coreano e ameaçar retaliar.


Leia Também: A Coreia do Norte confirmou quarta-feira que fez explodir estradas e caminhos-de-ferro que conduziam à Coreia do Sul na terça-feira, vias utilizadas para o comércio transfronteiriço, informou a agência noticiosa oficial KCNA.

Estudo: Mais de 50% da produção de alimentos em risco até 2050 por crise da água

© Shutterstock  Por Lusa  16/10/24 

A atual crise da água coloca em risco mais de metade da produção mundial de alimentos até 2050, alerta um grupo internacional de líderes e especialistas num relatório divulgado hoje.

Intitulada 'A Economia da Água: Valorizar o Ciclo Hidrológico como um Bem Comum Mundial', a análise prevê ainda, no mesmo período, uma perda de 8% em média do produto interno bruto (PIB) em países em todo o mundo, que pode ser de até 15% nos de baixo rendimento, se a situação não se alterar.

A Comissão Global sobre a Economia da Água, que realizou o trabalho, considera que "economias fracas, a utilização destrutiva da terra e a persistente má gestão dos recursos hídricos se juntaram ao agravamento da crise climática para colocar o ciclo global da água sob uma pressão sem precedentes" e pede "ousadia" para tentar novas abordagens ao problema.

Segundo um comunicado de divulgação do estudo, "quase três mil milhões de pessoas e mais da metade da produção mundial de alimentos encontram-se em áreas que sofrem com a seca ou onde a tendência é de desequilíbrio ao nível da disponibilidade de água".

O relatório, que a comissão classifica como "histórico", argumenta que as abordagens existentes levaram à crise da água, por não terem em conta o seu valor para a economia e a preservação dos ecossistemas.

Essa subvalorização da água também encoraja o seu "uso perdulário" e leva a que se instalem culturas e indústrias que mais a consomem, como centros de processamento de dados e centrais a carvão, em áreas com maior risco de "stress hídrico".

"Pela primeira vez na história da humanidade, estamos a desequilibrar o ciclo global da água. Já não podemos confiar na chuva, a fonte de toda a água doce, devido às alterações climáticas e de uso da terra causadas pela humanidade, que prejudicam a base do bem-estar humano e da economia mundial", refere Johan Rockström, diretor do Instituto de Potsdam de Investigação sobre Impactos Climáticos (PIK) e um dos quatro copresidentes da comissão, citado no comunicado.

Em julho de 2010, a Assembleia Geral das Nações Unidas reconheceu o direito de todas as pessoas ao acesso a água suficiente para uso pessoal e doméstico, entre 50 e 100 litros por dia, mas a Comissão Global sustenta que "uma vida digna -- incluindo nutrição e consumo adequados -- requer um mínimo de cerca de 4.000 litros por pessoa por dia".

Para enfrentar a crise, é necessária uma "nova economia da água", baseada num "pensamento mais ousado e integrado e numa reformulação da estrutura das políticas", defende.

Reconhecer que "o ciclo da água deve ser governado como um bem comum mundial" é um primeiro passo, segundo a comissão, que adianta que tal exige uma ação coletiva, concertada em todos os países, uma "colaboração através de fronteiras e culturas".

A água deve ser valorizada de modo adequado à escassez e as economias moldadas nesse sentido, através de uma abordagem orientada por "missões" que "incentivarão inovações, capacitação e investimentos e serão avaliadas não em termos de custos e benefícios de curto prazo, mas sim pelo modo como podem favorecer benefícios de longo prazo para toda a economia".

A primeira missão deverá ser o lançamento de "uma nova revolução nos sistemas alimentares", transformando a agricultura para sustentar o planeta, através da micro irrigação, da redução da "dependência de fertilizantes à base de nitrogénio", da utilização da agricultura regenerativa e da mudança progressiva "de dietas de origem animal para dietas de origem vegetal".

A Comissão Global sobre a Economia da Água recomenda também que sejam conservados e restaurados 'habitats' naturais essenciais para proteger a "água verde", a "humidade nos solos e plantas, que retorna e circula pela atmosfera, gerando cerca de metade da chuva".

Em relação ao acordo alcançado na cimeira da ONU sobre alterações climáticas em 2022 para "conservar 30% das florestas e restaurar 30% dos ecossistemas degradados até 2030", a comissão aconselha a que seja dada "prioridade à proteção e restauração das áreas que mais podem contribuir para um ciclo estável da água".

Estabelecer uma economia circular da água, garantir a sustentabilidade e eficiência da aposta na energia renovável e na inteligência artificial, para que não se intensifique o consumo do líquido, e que "nenhuma criança morra por causa de água contaminada até 2030", são outras das missões recomendadas pela comissão.

Para a realização destes objetivos seria decisivo construir uma governação mundial da água, adianta.

"Só podemos resolver esta crise se pensarmos em termos muito mais amplos sobre como governamos a água. Reconhecendo as interações da água com as alterações climáticas e a biodiversidade. Mobilizando todas as nossas ferramentas económicas, e financiamento público e privado, para inovar e investir na água. Pensando e agindo multilateralmente", diz Tharman Shanmugaratnam, Presidente de Singapura e outro dos copresidentes da comissão.


Passeata de Alegria!


 Umaro S. Embaló/Presidente de Concórdia Nacional

quarta-feira, 16 de outubro de 2024

COMUNICADO DE IMPRENSA: DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO 2024: CERIMÓNIA MUNDIAL DESTACA O DIREITO A ALIMENTOS NUTRITIVOS, SEGUROS E ACESSÍVEIS

DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO 2024: CERIMÓNIA MUNDIAL DESTACA O DIREITO A ALIMENTOS NUTRITIVOS, SEGUROS E ACESSÍVEIS

FAO mobiliza a comunidade mundial em torno do tema de 2024: Direito à alimentação para uma vida e um futuro melhores - Não deixar ninguém para trás.

16 de outubro, Roma - A cerimónia global que assinalou o Dia Mundial da Alimentação 2024 teve lugar hoje aqui, com os participantes a sublinharem a necessidade de acesso universal a alimentos suficientemente diversificados, nutritivos, acessíveis e seguros. O evento decorreu num contexto de tensões e conflitos globais crescentes e de choques climáticos, que são alguns dos fatores que contribuem para o desafio de centenas de milhões de pessoas em todo o mundo que passam fome e milhares de milhões que não conseguem ter uma dieta saudável

Na sua intervenção de abertura, o Diretor-Geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Qu Dongyu, sublinhou que a alimentação é um direito humano fundamental e descreveu o tema do Dia Mundial da Alimentação deste ano, “Direito à alimentação para uma vida melhor e um futuro melhores”, como um lembrete pertinente de que todas as pessoas têm direito a uma alimentação adequada. Ele apelou a um “compromisso renovado para construir sistemas agroalimentares mais eficientes, mais inclusivos, mais resilientes e mais sustentáveis que possam nutrir o mundo”.

Qu disse que esses sistemas precisam de “apoiar os pequenos agricultores, os agricultores familiares e os pequenos empresários em toda a cadeia de valor que, em muitos países, são cruciais para tornar alimentos nutritivos e diversificados disponíveis para todos e para preservar as culturas alimentares tradicionais”. Com cerca de 730 milhões de pessoas a enfrentar a fome e mais de 2,8 mil milhões de pessoas em todo o mundo incapazes de ter uma alimentação saudável, o Diretor-Geral advertiu: “Não há tempo a perder, temos de tomar medidas imediatas”.

Desafios globais

O Rei Letsie III do Lesoto, Embaixador Especial da Boa Vontade da FAO para a Nutrição, disse que, num exemplo de mudança positiva, o Parlamento Pan-Africano da União Africana “colaborou com a FAO para desenvolver um projeto lei sobre segurança alimentar e nutrição. Este projeto lei serve como um quadro orientador, inspirando os Estados membros da União Africana a formularem a sua própria legislação para defender o direito a uma alimentação adequada, bem como a segurança alimentar para todos os cidadãos.  Para facilitar a transição desta lei para uma ação legislativa concreta, foram estabelecidas alianças parlamentares em todo o continente”, afirmou o Rei: “Este esforço de colaboração é crucial para garantir que as medidas legislativas não sejam só desenvolvidas, mas também efetivamente implementadas para abordar as questões prementes da insegurança alimentar e da desnutrição”. 

Numa mensagem lida em seu nome, o Papa Francisco disse: “A dimensão social e cultural intrínseca do ato de se alimentar não deve ser esquecida. A este respeito, os decisores políticos e económicos a nível internacional devem ouvir as exigências daqueles que estão na base da cadeia alimentar, como os pequenos agricultores, e os grupos sociais intermédios, como a família, que estão diretamente envolvidos na alimentação das pessoas”.

Na sua mensagem de vídeo, o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, afirmou: “Há algo de muito errado num mundo em que a fome e a desnutrição são um facto da vida de milhares de milhões de crianças, mulheres e homens”. António Guterres afirmou ainda que um mundo sem fome é possível, mas que “os sistemas alimentares precisam de uma transformação maciça” para se tornarem mais eficientes, inclusivos, resilientes e sustentáveis.

Francesco Lollobrigida, Ministro da Agricultura, Soberania Alimentar e Florestas, Itália, salientou a importância do direito a uma alimentação de qualidade para todos.  Sublinhou a necessidade de transformação dos sistemas agroalimentares com base na inovação e na sustentabilidade, de mais investimentos em investigação e desenvolvimento para aumentar a produtividade, reduzir os impactos nocivos dos produtos químicos e pesticidas e proteger os preciosos recursos hídricos.

Cindy McCain, Diretora Executiva do Programa Alimentar Mundial, afirmou: “Estamos a trabalhar com as comunidades locais para implementar ações de antecipação e programas de alerta precoce, a fim de as proteger contra os impactos devastadores das alterações climáticas. Continuamos a colaborar com os governos e outros parceiros num movimento global para garantir que todas as crianças, em todo o lado, recebam uma refeição escolar saudável e uma educação”. O PAM está a estabelecer parcerias com o sector privado para aproveitar o potencial da ciência, da inovação e da tecnologia e tem “soluções comprovadas e escaláveis para a fome, que apoiam a resiliência a longo prazo e reduzem as necessidades ao longo do tempo. Mas precisamos da participação de todos para nos ajudar a alcançar um futuro sem fome”, afirmou.

Gérardine Mukeshimana, Vice-Presidente do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), apelou a “investimentos urgentes, coletivos e concretos nos agricultores pobres das zonas rurais para realizar - no mínimo - o seu direito básico a alimentos nutritivos”. Mukeshérana referiu que os pequenos agricultores produzem quase metade dos alimentos do mundo, embora lutem também contra a fome e a pobreza.

Ophelia Nick, Secretária de Estado Parlamentar, Ministério Federal da Alimentação e Agricultura da Alemanha, afirmou: “Todos os conflitos, guerras e crises múltiplas são de origem humana e afetam o estado da segurança alimentar no mundo.  É nossa responsabilidade promover a cooperação multilateral para ultrapassar estes períodos de crise”.

Jeffrey Prescott, embaixador dos EUA junto das agências da ONU em Roma, afirmou que morrem mais pessoas de fome e de causas conexas a nível mundial do que em conflitos armados. Descreveu a fome num mundo de abundância humana como um insulto à dignidade humana e sublinhou a importância de corrigir esse erro. Entre as iniciativas citadas pelo Embaixador, destaca-se a cooperação com a FAO e outros parceiros no âmbito da Visão para Culturas e Solos Adaptados, que visa ajudar a transformar os sistemas agroalimentares.

Durante a cerimónia, o Diretor-Geral entregou também o prestigiado prémio “FAO Achievement Award” ao Instituto de Proteção das Plantas da Academia Chinesa de Ciências Agrícolas (IPPCAAS), destacando o seu trabalho pioneiro no combate à lagarta-do-cartucho-do-milho que teve um impacto profundo, tanto na China e na Ásia como a nível mundial, dando passos significativos na proteção das culturas e na garantia do abastecimento alimentar.

FAO completa 80 anos

A celebração incluiu também a assinatura de um memorando de entendimento com o Centro Internacional para o Estudo da Preservação e Restauração de Património Cultural (ICCROM). Este acordo envolve o trabalho do futuro projeto da FAO e de um Museu e Rede de Alimentação e Agricultura, como parte de uma colaboração entre a FAO e o país anfitrião, Itália.

Com inauguração prevista para 16 de outubro de 2025, por ocasião do 80.º aniversário da FAO, o museu será um espaço permanente de exposição e educação aberto ao público. Explorará o mandato da FAO num ambiente interativo e digital. O Museu e a Rede também fornecerão uma plataforma para os membros da FAO mostrarem as suas culturas e produtos alimentares locais, reforçando o compromisso da Organização com a diversidade e a inclusão. O ICCROM será o primeiro membro oficial da Rede. O projeto é apoiado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação Internacional de Itália. Stefano Gatti, Diretor-Geral para a Cooperação Internacional do Ministério dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação Internacional, representou a Itália no evento de lançamento da Contagem Decrescente 80-1 - 365 dias de ação para o 80º aniversário da FAO.

Este evento especial incluiu o lançamento da exposição 80-1 Aniversário Contagem Decrescente e contou com a presença de representantes dos atuais e antigos países anfitriões da FAO, juntamente com um representante dos membros da FAO que propuseram originalmente a criação de um Dia Mundial da Alimentação anual - Canadá, Itália, Hungria e Estados Unidos.

As celebrações de hoje serão seguidas, a 17 de outubro, pela Assembleia Júnior do Dia Mundial da Alimentação, um evento educativo destinado a incentivar a ação dos jovens. Entre os convidados especiais contam-se heróis da alimentação, como a equipa de basquetebol de Harlem Globetrotters, o chefe Max Mariola, o ativista de moda sustentável, Matteo Ward, bem como o empreendedor social e climático Andile Mnguni e a ativista juvenil de género e direitos humanos Shreyaa Venkat. Juntamente com especialistas internacionais em alimentação, contarão histórias inspiradoras e envolverão os jovens através de questionários, jogos, música ao vivo e danças.

Os eventos da Semana Mundial da Alimentação em Roma juntam-se a centenas de eventos em todo o mundo que apelam à ação em mais de 50 línguas.

Os eventos que também fazem parte da quarta edição desta semana do evento emblemático são: o Fórum Mundial da Alimentação (FMA), organizado em torno dos três pilares do Fórum Mundial da Juventude, o Fórum da Ciência e Inovação da FAO, e o Fórum de Investimento Mão-na-Mão da FAO. Este ano, o FMA acolhe também o Fórum Mundial da Agricultura Familiar, o Diálogo de Alto Nível de Roma sobre a Água, o WASAG (Quadro Mundial sobre a Escassez de Água na Agricultura) e o Global-Hub sobre os Sistemas Alimentares dos Povos Indígenas. No âmbito deste evento, numa tenda dos povos indígenas, a chefe Fatmata Binta deverá fazer uma apresentação sobre a sua experiência de crescer na Serra Leoa devastada pela guerra e a sua paixão por unir as pessoas através da comida. O chefe equatoriano Rodrigo Pacheco falará sobre o desenvolvimento da maior floresta comestível do mundo e sobre “repensar a cozinha” para uma vida melhor para todos.

Zonas de conflito e crise climática

A FAO trabalha ativamente para garantir a segurança alimentar e a nutrição em áreas de intervenções que abrangem conflitos, comunidades afetadas por crises climáticas e outros focos de fome, bem como situações que não seja de emergência. Nos locais onde o acesso aos alimentos está a ser afetado, levando à desnutrição e à fome, os seus esforços concentram-se na reconstrução da infraestrutura agrícola para garantir a disponibilidade e a acessibilidade dos alimentos para a segurança alimentar a longo prazo.

Para além destas intervenções de emergência, os principais programas da FAO, como a iniciativa “Mão na Mão”, os programas “Um País, Um Produto Prioritário”, “Economia Azul” e “Cooperação Técnica”, também se centram na segurança alimentar e na nutrição a médio e longo prazo em vários países.

Os desafios resultam de uma série de causas, incluindo mudanças na dieta e concentração de mercado impulsionadas pela globalização, inflação e a crise climática, que está a aumentar de intensidade e será um dos principais focos da 29ª Conferência das Partes (COP), que terá lugar no Azerbaijão no próximo mês.

Para fazer face a estas questões, as intervenções da FAO incluem o apoio a programas de alimentação escolar para fazer face ao aumento dos problemas de saúde; o trabalho com as comunidades de pescadores para alargar a proteção social aos mais vulneráveis; as transferências monetárias para as famílias mais pobres; a introdução de técnicas agrícolas inteligentes em termos climáticos e a ajuda aos governos para desenvolverem quadros jurídicos que garantam a segurança alimentar e a nutrição.

Este ano assinala-se o 20.º aniversário da adoção das Orientações Voluntárias para Apoiar a Realização Progressiva do Direito à Alimentação Adequada no Contexto da Segurança Alimentar Nacional.

O #DiaMundialdaAlimentação é celebrado a 16 de outubro de cada ano para comemorar a fundação da FAO, em 1945.

Isabel Nunes Correia

Communication Associate
World Food Programme, Guinea-Bissau Country Office
Praça Titina Sila CP 622  Bissau (Guiné-Bissau)
T +245 95 5341657/+245 96 6123076
isabel.nunescorreia@wfp.org

Presidente da República General Umaro Sissoco Embaló com representante de UNIÃO EUROPEIA 🇪🇺.

 Gaitu Baldé

À Distinção Honorífica! ...Hoje 16 de Outubro de 2024, o Chefe de Estado foi reconhecido com a Distinção Científica Honorífia, pela Universidade Myles.



 Umaro S. Embaló/Presidente de Concórdia Nacional

Discurso do PR Umaro Sissoco Embaló no Dia Mundial da Alimentação

 Radio Voz Do Povo 

Inauguração da Unidade de Transformação de Produtos Agrícolas.

Radio Voz Do Povo 

PR Umaro Sissoco Embaló inaugura o Mercado de Frutas e Legumes na Granja do Pêssube no âmbito do Dia Mundial de Alimentação.

O presidente da República da Guiné Bissau General Umaro Sissoco Embaló, preside o conselho de Ministros desta quarta feira 16 de outubro 2024 na palácio de Governo.


Por  Gaitu Baldé 

António Costa recebe prémio da UNESCO para a paz. "Precisamos de líderes empenhados numa paz duradoura"

O presidente eleito do Conselho Europeu e ex-primeiro-ministro, António Costa, discursa no jantar da Academia Socialista, uma iniciativa de debate dirigida a jovens organizada pelo Partido Socialista (PS), em Tomar, 31 de agosto de 2024. PEDRO CASTANHEIRA E CUNHA/LUSA   Por  observador.pt 16 out. 2024, 12:36 16 

Prémio ronda os 140 mil euros. UNESCO elogia "compromisso com a paz" de Costa. Última galardoada tinha sido Angela Merkel, mas nomes como Nelson Mandela já foram distinguidos.

António Costa vai receber o prémio da paz da UNESCO Félix Houphouët-Boigny, um galardão que já foi atribuído, no passado, a nomes como Nelson Mandela ou o antigo Presidente norte-americano Jimmy Carter.

Para justificar a decisão, anunciada em comunicado, o júri elogia a “perseverança do compromisso com a paz” que reconhece ao próximo presidente do Conselho Europeu, destacando a capacidade de diálogo e a “defesa do diálogo e do multilateralismo” levadas a cabo por Costa.

“Num mundo fragmentado, que enfrenta imensos desafios, precisamos de líderes políticos que estejam empenhados e convictos na construção de uma paz duradoura”, defende a instituição, que entregará em data a definir o prémio a Costa.

“Decidimos atribuir este prémio ao primeiro-ministro António Luís Santos da Costa, pelo seu trabalho de uma vida e pela consistência com que manteve, no seu papel de líder político, um comprometimento para com a paz e a promoção dos países em desenvolvimento”, anunciou ainda Michel Camdessus, vice-presidente do júri e antigo diretor administrativo do Fundo Monetário Internacional, numa declaração citada pela Lusa.

No site da UNESCO dedicado ao prémio explica-se que 120 países defenderam, em 1989, uma resolução adotada de forma “unânime” pelos estados-membros da UNESCO com o objetivo de “criar um prémio internacional pela procura da paz”. “O prémio procura homenagear indivíduos vivos e instituições públicas ou privadas que tenham dado um contributo significativo para promover, procurar, salvaguardar ou manter a paz” nos termos da ONU e da UNESCO.

O prémio é atribuído de dois em dois anos, tendo a última homenageada sido a ex-chanceler alemã Angela Merkel, e tem um valor de 150 mil dólares (137 mil euros), segundo as informações disponíveis no site.

Guardia Civil apanha “barco voador” ilegal em Espanha. Veja o vídeo ... O barco estava a cem metros de altitude.

© Guardia Civil    Notícias ao Minuto  16/10/24 

A Guardia Civil espanhola apreendeu um "barco voador" ilegal, que transportava duas pessoas a cem metros de altitude, na zona turística da ilha de Gran Canaria, em Espanha.

As autoridades espanholas apelidaram o “barco voador” de “artefacto” e explicaram, segundo a rádio Cadena Ser, que se trata de uma combinação de uma embarcação tradicional de modelo zodiac à qual foi adicionado um dispositivo semelhante a uma asa-delta e um motor que lhe permitia levantar voo.

Depois de ter sido localizado pelo Serviço Marítimo da Guarda Civil, os agentes colocaram-se num barco patrulha perto do “artefacto” e esperaram que aterrasse no porto na localidade de Puerto Rico, na ilha.

O local  da aterragem foi também o ponto de partida da viagem das duas pessoas que, a bordo do “barco voador”, sobrevoaram a costa do município de Mogán a uma altitude entre 50 a cem metros.

Os agentes envolvidos nesta operação revelaram ainda que a velocidade atingida pelo “barco voador” foi de cerca de 55 quilómetros por hora.



O Kremlin (presidência russa) rejeitou hoje o "plano de vitória" apresentado pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ao parlamento, em Kiev, argumentando que a Ucrânia "precisa de acordar".

© Getty Images   Por Lusa   16/10/24 

 Kremlin rejeita plano de vitória de Zelensky. Kyiv "precisa de acordar"

O Kremlin (presidência russa) rejeitou hoje o "plano de vitória" apresentado pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ao parlamento, em Kiev, argumentando que a Ucrânia "precisa de acordar".

"O único plano de paz possível é que o regime de Kiev compreenda que a sua política não tem perspetivas e que precisa de acordar", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, aos jornalistas.

O líder da Ucrânia está hoje de manhã a apresentar aos deputados ucranianos o seu "plano de vitória" para a guerra, depois de ter abordado o documento com alguns dos principais aliados ocidentais com o objetivo de os convencer a ajudá-lo a pôr em prática as medidas delineadas por Kiev e a derrotar a Rússia.

Esta apresentação no parlamento ucraniano acontece na véspera de Zelensky ir a Bruxelas para participar, como convidado, no Conselho Europeu que decorre quinta e sexta-feira. Na ocasião, o líder ucraniano irá apresentar os pormenores do plano aos 27 do bloco europeu.

O plano de Zelensky inclui uma vertente militar, prevendo-se para isso ajuda e autorizações dos aliados ocidentais -- sobretudo da União Europeia (UE) e dos Estados Unidos -- para usar armas de longo alcance doadas para atacar alvos em solo russo.

O plano prevê também que a Ucrânia continue a fazer avanços no terreno contra as forças russas, o que lhe daria argumentos para obrigar a Rússia a sentar-se à mesa das negociações, nomeadamente numa cimeira de paz.

Hoje, na intervenção no parlamento ucraniano, Zelensky rejeitou a possibilidade de ceder território à Rússia ou aceitar um "congelamento" na linha da frente, sublinhando que Moscovo vai perder a guerra iniciada em fevereiro de 2022.

"A Rússia vai perder a guerra contra a Ucrânia. Não pode haver um 'congelamento' [da frente]. Não pode haver qualquer troca relativamente ao território da Ucrânia ou à sua soberania", defendeu.

A Ucrânia e os seus aliados devem "forçar a Rússia a participar numa cimeira de paz e estar pronta para acabar com a guerra", afirmou ainda o Presidente ucraniano, sublinhando que o plano de vitória foi preparado "para os ucranianos".

Ainda no parlamento, Zelensky propôs a instalação na Ucrânia de um conjunto completo de medidas estratégicas de dissuasão não nucleares que, segundo defendeu, "serão suficientes para proteger a Ucrânia de qualquer ameaça militar da Rússia".

Na intervenção, Zelensky denunciou ainda o apoio da China, da Coreia do Norte e do Irão ao esforço de guerra da Rússia, classificando o grupo como "uma coligação de criminosos", liderada pelo Presidente russo, Vladimir Putin.

"Todos veem a ajuda que o regime iraniano dá a Putin. O mesmo se aplica à cooperação da China com a Rússia", referiu, acrescentando que a "última aquisição" foi a Coreia do Norte.

Outra vertente do plano, mais encaminhada, é a adesão da Ucrânia à UE, indicaram esta semana funcionários europeus, que realçam os progressos ucranianos nas reformas exigidas para entrada no bloco comunitário e que servem de inspiração a outros países candidatos dos Balcãs Ocidentais, que iniciaram o processo há vários anos.

A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.

Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.


Leia Também: O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, rejeitou hoje a possibilidade de ceder território à Rússia ou aceitar um "congelamento" na linha da frente, sublinhando que Moscovo vai perder a guerra iniciada em fevereiro de 2022.

As dores de costas estão a tirar dinheiro a Portugal (além de... doerem)... Todos os meses há 33 mil portugueses que faltam ao trabalho por causa de dores nas costas. O ortopedista Luís Teixeira tem considerações a fazer

Carta de Altos dirigentes de PAIGC.


Abel Djassi

terça-feira, 15 de outubro de 2024

Navio centenário do Amilcar Cabral está pronto e vai começar a carreira está sexta-feira Bissau- Bubaque, Bubaque - Bissau com a capacidade de mais de 400 passageiros e três horas de viagem...

Navio centenário do Amilcar Cabral está pronto e vai começar a carreira está sexta-feira Bissau- Bubaque, Bubaque - Bissau com a capacidade de mais de 400 passageiros e três horas de viagem disse está segunda-feira em Bubaque durante uma entrevista concidida á imprensa, o  Coordenador do Centenário denominado com o nome do fundador da nacionalidade Guineense, doado a pouco tempo pelo Governo Português ao estado da Guine-Bissau.
 
Radio Voz Do Povo

Guiné-Bissau "reafirma apoio incondicional" a António Guterres

© Radio TV Bantaba   Por Lusa  14/10/24 

O presidente da república da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, expressou hoje "apoio incondicional" ao Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, e "confiança plena na sua liderança".

A posição foi assumida pelo chefe de Estado guineense nas redes sociais pessoais e difundida numa nota à Comunicação Social pelo gabinete de imprensa da Presidência do país, com o título "Guiné-Bissau reitera apoio ao Secretário-Geral da ONU".

A reação de Umaro Sissoco Embaló segue-se às notícias de que a Guiné-Bissau ficou de fora de uma lista de 104 países que vincaram em conjunto a preocupação com a posição de Israel de ter declarado o Secretário-Geral da ONU "persona non grata".

O Presidente da Guiné-Bissau "reafirmou o apoio incondicional do país ao Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, destacando a confiança plena na sua liderança e no seu compromisso com a defesa dos Direitos Humanos".

"Em nome do meu país, a Guiné-Bissau, expresso o nosso apoio incondicional ao meu amigo António Guterres, Secretário-Geral da ONU. Reitero a minha plena confiança no seu trabalho e no seu combate permanente pelos Direitos Humanos", refere o Presidente guineense.

Segundo os subscritores, a carta de apoio a António Guterres é assinada pela generalidade dos membros das Nações Unidas" e reflete "um apoio amplo e coletivo de toda a comunidade internacional."

O Governo de Israel declarou, a 02 de outubro, António Guterres 'persona non grata' por o Secretário-geral da ONU não ter condenado o ataque de mísseis do Irão contra território israelita e acusou-o de ser "anti-israelita" e de apoiar "terroristas, violadores e assassinos.


Comissão Europeia prepara nova legislação para facilitar expulsão de imigrantes

© shutterstock   Por Lusa   14/10/24 

A Comissão Europeia vai propor uma nova legislação para facilitar a expulsão de imigrantes irregulares, anunciou a presidente do organismo, numa carta dirigida aos 27 estados-membros publicada hoje feira à noite.

A Comissão apresentará uma nova proposta legislativa com "obrigações claras de cooperação para os repatriados" e com o desejo de "racionalizar efetivamente o processo de regresso", afirmou Ursula von der Leyen, em resposta a um pedido de vários estados-membros da UE.

Nos últimos meses, mesmo após a aprovação do Pacto de Migrações e Asilo na UE, vários países têm anunciado medidas mais duras para lidar com as migrações.

No domingo, o Governo francês anunciou que pretende apresentar ao parlamento uma nova lei para permitir "o alargamento do período de detenção em centros de retenção administrativos" de estrangeiros ilegais considerados perigosos, segundo uma porta-voz do Governo, Maud Bregeon, à televisão BFMTV.

Uma das opções previstas é aumentar o período máximo de detenção de 90 para 210 dias, o que atualmente só é possível em caso de crimes ligados ao terrorismo.

"Não temos impedimentos em pensar noutros acordos", acrescentou o porta-voz, julgando que não deveria haver "nenhum tabu em termos de proteção dos franceses".

A cimeira europeia de 17 e 18 de outubro, em Bruxelas, deverá ter como tema principal o reforço dos controlos nas fronteiras externas da UE e a aceleração do regresso dos imigrantes irregulares ao seu país de origem.

A UE já adotou um pacto de asilo e migração em meados de maio, que endurece os controlos e estabelece um mecanismo de solidariedade entre os 27 em relação ao cuidado dos requerentes de asilo.


segunda-feira, 14 de outubro de 2024

Tuberculose mata uma criança cada 3 minutos. Situação é pior em 14 países

© Reuters   Por Lusa    14/10/24 

Uma criança morre de tuberculose a cada três minutos, tendo esta doença maior peso em 14 países, incluindo Moçambique, segundo um relatório dos Médicos Sem Fronteiras (MSF), que insta os Estados a aumentarem a resposta.

'Tic-tac: Testar, evitar, curar a tuberculose nas crianças' é o nome do relatório que avalia as respostas de 14 países com um elevado fardo de tuberculose (TB), co-infeção TB/VIH e/ou TB multirresistente: Afeganistão, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, Guiné, Índia, Moçambique, Níger, Nigéria, Paquistão, Filipinas, Serra Leoa, Somália, Sudão do Sul e Uganda.

Segundo o documento, muitos países permanecem aquém no alinhamento das suas políticas nacionais contra a tuberculose com as mais recentes recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Dos 14 indicadores de políticas que o relatório avaliou, só num país as diretrizes seguidas estão totalmente alinhadas com as da OMS. Sete países têm um alinhamento na ordem de 80% e quatro continuam abaixo de 50%.

A OMS estima que 1,25 milhões de crianças e jovens adolescentes (0-14 anos de idade) adoecem com TB todos os anos, mas que apenas metade destas crianças são diagnosticadas e notificadas aos programas nacionais de tuberculose.

"As estatísticas são ainda piores para as crianças com menos de cinco anos (até 60% das quais não são diagnosticadas) e as que têm formas resistentes aos medicamentos (menos de 20% das crianças com TB multirresistente recebem tratamento adequado)", lê-se no relatório.

Os MSF recordam que "o diagnóstico é o primeiro passo fundamental para evitar que uma criança morra de tuberculose" e por isso defende que os Governos terão de quase duplicar o número de crianças diagnosticadas e inscritas no tratamento da TB, se quiserem cumprir o seu compromisso de alcançar 90% de cobertura de diagnóstico e tratamento de qualidade, garantida até 2027 em crianças e jovens adolescentes".

Segundo a organização, a melhoria do acesso aos cuidados de saúde, um rastreio dos contactos, o reforço da prevenção e do controlo das infeções e medidas para abordar fatores de risco como a desnutrição, são fundamentais para evitar que as crianças desenvolvam e morram de tuberculose.

Ao nível do tratamento, os MSF consideram que o regime de tratamento mais curto, de quatro meses, recomendado pela OMS, é muito mais fácil de completar em crianças com TB, especialmente quando fornecido através de serviços pediátricos.

Concluem os autores do relatório, que "as crianças com tuberculose estão a ser deixadas para trás no esforço global para acabar com a tuberculose".

"Os intervenientes no setor da tuberculose devem unir-se para resolver esta situação. Os Planos Nacionais da Tuberculose devem liderar estes esforços com o envolvimento da sociedade civil da tuberculose e dos grupos comunitários afetados, com o financiamento, apoio e assistência técnica dos parceiros", defendem os MSF.

Para tal preconizam um primeiro passo no sentido do desenvolvimento de roteiros nacionais para a TB pediátrica, definindo planos concretos para atualizar as diretrizes nacionais, bem como os planos de ação para a TB pediátrica.

O objetivo é, pois, "aumentar o acesso ao diagnóstico, à prevenção e ao tratamento de todas as crianças afetadas pela TB".


A comissária europeia para as Parcerias Internacionais reafirmou hoje, na Etiópia, a aliança da União Europeia (UE) com a União Africana (UA) "num contexto global difícil" e o apoio a "uma voz africana mais forte na cena mundial".

© Thierry Monasse/Getty Images     Por Lusa    14/10/24 

UE reafirma aliança com União Africana "num contexto global difícil"

A comissária europeia para as Parcerias Internacionais reafirmou hoje, na Etiópia, a aliança da União Europeia (UE) com a União Africana (UA) "num contexto global difícil" e o apoio a "uma voz africana mais forte na cena mundial".

Jutta Urpilainen fez esta declaração numa mensagem na sua conta na rede social X, depois de ter-se reunido com o presidente da Comissão da UA (secretariado), Moussa Faki Mahamat, em Adis Abeba, onde fica a sede da organização pan-africana.

"Hoje tivemos uma discussão franca sobre o complexo contexto geopolítico. A UE apoia uma voz africana mais forte na cena mundial", afirmou a Comissária, que fez a última visita ao país africano nessa qualidade, uma vez que vai deixar o cargo para se concentrar na política do seu país, a Finlândia.

"Desde a Cimeira UA-UE, em 2022, fizemos progressos sólidos nas prioridades conjuntas", sublinhou Urpilainen, acrescentando que ambos os blocos são "defensores de uma ordem internacional baseada em regras e uniram forças para resolver os desafios globais".

A Comissária mostrou-se confiante de que a parceria UE-UA "será ainda mais reforçada com a realização da cimeira bilateral" em 2025.

Após a sua visita à Etiópia, a política finlandesa deslocar-se-á ao Senegal, onde permanecerá na terça e quarta-feira para uma missão da Equipa Europa, juntamente com a Secretária de Estado espanhola para a Cooperação Internacional, Eva Granados, e outros representantes dos países membros da UE presentes no terreno.

Em Dakar, capital senegalesa, a Comissária encontrar-se-á com o Presidente do Senegal, Bassirou Diomaye Faye, o primeiro-ministro Ousmane Sonko e o ministro das Finanças e do Orçamento, Cheikh Diba, entre outros responsáveis daquele país, que faz fronteira com a lusófona Guiné-Bissau.

Urpilainen deverá também discutir o apoio à produção farmacêutica em África e à luta contra os surtos de varíola que estão a abalar o continente.


Há cada vez mais famílias na pobreza, AMI ajudou 7.000 em apenas 3 meses

 

SIC Notícias

A maioria dos pedidos de ajuda são de portugueses em idade ativa. Muitos trabalham, mas não tem rendimentos suficientes para viver. Também o número de idosos a pedir ajuda está a aumentar. Lisboa, Porto e Coimbra são as cidades onde há mais pedidos de ajuda.

O número de pessoas em situação de pobreza está a crescer e são cada vez mais os pedidos de ajuda que chegam à AMI. Só no primeiro trimestre do ano, a fundação ajudou quase 7.000 pessoas, a maioria em idade ativa.

Casas caras, salários baixos, inflação são fatores que contribuem para um dia-a-dia cada vez mais difícil para as famílias. O reflexo: mais pedidos de ajuda.

Só nos primeiros meses do ano, chegaram 6.772 pedidos à AMI. É um aumento de 5% em relação ao ano passado.

"É bastante preocupante. Estamos a falar de famílias com cada vez mais dificuldade em conseguir suprir as necessidades. O preço da habitação torna praticamente impossível a gestão do orçamento familiar (...). É absolutamente incomportável conseguirem ter uma vida razoável", afirma Paulo Pereira, diretor Centro Porta Amiga da AMI.

A maioria dos pedidos de ajuda são de portugueses em idade ativa. Muitos trabalham, mas não tem rendimentos suficientes para viver.

"Estamos a falar essencialmente de famílias, pessoas com cada vez maior escolaridade. Estamos a falar de muitas crianças que com o nosso apoio e de outras organizações vão conseguindo ter o material escolar", acrescenta Paulo Pereira.

Também o número de idosos a pedir ajuda está a aumentar.

Mais pedidos geram mais distribuição. No caso da comida, a distribuição aumentou 23% e chegou, entre janeiro e junho, a 2.692 pessoas.

Quanto à entrega de cabazes alimentares, houve um aumento de 85% em relação ao ano passado. Foram entregues 5.766.

A AMI diz que a situação vai agravar-se.

"Temos a perfeita noção de que vamos terminar o ano com a agudização destes números", refere o responsável.

A AMI ajudou ainda mais de 1.000 pessoas em situação de sem-abrigo, 269 novos casos.

Lisboa, Porto e Coimbra são as cidades onde há mais pedidos de ajuda.

25 de Outubro de 2024 - Ilha do Príncipe vai acolher Assembleia Geral da UCCLA

Ilha do Príncipe vai acolher Assembleia Geral da UCCLA

De acordo com a deliberação tomada na Assembleia Geral - realizada em Fortaleza, em 20 de novembro de 2023 - a XL Assembleia Geral da UCCLA terá lugar no dia 25 de outubro, às 14h30, na Ilha do Príncipe, em São Tomé e Príncipe.

Ordem de Trabalhos:

- Aprovação da ata da XXXIX Assembleia Geral; 

- Votação do Relatório e Contas relativo ao ano findo em 31 de dezembro de 2023; 

- Votação do Programa de Atividades de 2024; 

- Votação de Moções; 

- Aprovação de pedidos de adesão e de exoneração; 

- Alteração dos estatutos; 

- Proposta de listas para eleição dos Corpos Sociais e Secretário-geral da UCCLA para o biénio 2024-2026; 

- Deliberação sobre a data e local da próxima Assembleia Geral; 

- Informações e outros assuntos.

As cidades que estarão presentes na Assembleia Geral são:

Angola: Belas, Icolo e Bengo, Kilamba Kiaxi, Luanda, Talatona e Viana

Brasil: Rio de Janeiro

Cabo Verde: Praia

Guiné-Bissau: Bissau

Moçambique: Dondo, Maputo e Quelimane

Portugal: Amadora, Braga, Cascais, Coimbra, Covilhã, Fundão, Lisboa e Porto

São Tomé e Príncipe: Água Grande e Santo António do Príncipe

Timor-Leste: Díli

Os pedidos de adesão à UCCLA são os seguintes: Cidades: Amadora (Portugal) e Dondo (Moçambique); Empresa: Javali (Portugal).

Com os melhores cumprimentos,

Anabela Carvalho

Assessora de Comunicação | anabela.carvalho@uccla.pt

Avenida da Índia n.º 110, 1300-300 Lisboa, Portugal | Tel. +351 218 172 950 | 

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Faladepapagaio

Afeganistão. Talibãs proíbem publicação de imagens de seres vivos

© Lusa    Por Lusa   14/10/24 

O Governo talibã do Afeganistão proibiu os meios de comunicação social de publicar imagens de seres vivos, acrescentando que os jornalistas das várias províncias já tinham sido avisados da aplicação gradual da medida.

"A lei aplica-se em todo o Afeganistão (...) e será implementada gradualmente", disse hoje Saiful Islam Khyber, porta-voz do Ministério da Promoção e Prevenção da Virtude à agência de notícias francesa AFP, argumentando que as imagens de seres vivos são contrárias à lei islâmica.

As autoridades promulgaram, durante o verão, uma lei de 35 artigos para "promover a virtude e prevenir o vício" entre a população, em conformidade com a 'sharia' (lei islâmica), imposta no país desde o regresso dos talibãs ao poder no Afeganistão, em 2021.

O texto contém várias medidas dirigidas aos meios de comunicação social, incluindo a proibição da publicação de imagens de seres vivos, "conteúdos hostis à 'sharia' e à religião" ou que "humilhem os muçulmanos".

No entanto, vários aspetos deste texto ainda não foram rigorosamente aplicados e as autoridades talibãs continuam a publicar regularmente fotografias de pessoas nas redes sociais.

As imagens de seres vivos foram proibidas em todo o país quando este foi governado pelas autoridades talibãs entre 1996 e 2001.



O grupo militar, que intensificou os confrontos com os israelitas na fronteira entre o Líbano e Israel desde o início da guerra na Faixa de Gaza, atacou com 'drones' uma base ao sul da cidade israelita de Haifa no domingo, provocando a morte a quatro militares e ferimentos a 67 pessoas.

Por  SIC Notícias  

 "Consequências dolorosas": Israel investiga ataque do Hezbollah em Haifa

O grupo militar, que intensificou os confrontos com os israelitas na fronteira entre o Líbano e Israel desde o início da guerra na Faixa de Gaza, atacou com 'drones' uma base ao sul da cidade israelita de Haifa no domingo, provocando a morte a quatro militares e ferimentos a 67 pessoas.

O chefe do Estado-Maior do Exército israelita, Herzi Halevi, declarou, esta segunda-feira, que foi doloroso o ataque do grupo xiita Hezbollah a uma base militar ao sul da cidade de Haifa no domingo.

"Estamos em guerra e um ataque a uma base de treino na frente doméstica é difícil e as consequências são dolorosas", afirmou o general Herzi Halevi aos soldados durante uma visita à base atingida no domingo à noite pelo ataque, que matou quatro soldados.

O Hezbollah, que intensificou os confrontos com os israelitas na fronteira entre o Líbano e Israel desde o início da guerra na Faixa de Gaza, atacou com 'drones' uma base ao sul da cidade israelita de Haifa no domingo, provocando a morte a quatro militares e ferimentos a 67 pessoas.

Esta segunda-feira, o coletivo de grupos xiitas integrantes da Resistência Islâmica no Iraque anunciou também o lançamento de um 'drone' contra um "alvo vital" em Israel, num ataque semelhante ao de domingo realizado pelo Hezbollah.

"Os 'mujahideen' da Resistência Islâmica no Iraque atacaram um objetivo vital no Vale do Jordão, nos nossos territórios ocupados, nas primeiras horas da manhã de hoje utilizando um veículo aéreo não tripulado", referiu um comunicado do grupo xiita na rede social Telegram.

A nota reiterou que este ataque foi realizado "em apoio do nosso povo na Palestina e no Líbano, e em resposta aos massacres cometidos pela entidade usurpadora contra civis, incluindo crianças, mulheres e idosos".

A nota não divulgou detalhes sobre o objetivo do ataque. A Resistência Islâmica no Iraque, composta por vários grupos xiitas, faz parte do chamado "Eixo da Resistência", também formado pelo Hezbollah e pelos rebeldes Huthis do Iémen, apoiados pelo Irão.

Telavive abre investigação

Já o porta-voz do exército israelita revela que o drone que atacou a base militar perto de Haifa não foi detetado previamente e que, por isso, o ataque está sob investigação.

Desde o início da guerra israelita em Gaza, em 7 de outubro de 2023, as formações iraquianas assumiram a responsabilidade pelo lançamento de dezenas de projéteis e 'drones' contra Israel, bem como contra bases com presença militar dos Estados Unidos no Iraque e na Síria.

Com Lusa