Notícias ao Minuto 08/10/22
O chefe de Estado ucraniano afirmou que será garantida “a preservação da vida de todos os militares russos que voluntariamente deponham as suas armas e se rendam”.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, defendeu, este sábado, que “a melhor opção” para os ocupantes russos é “fugir enquanto têm uma oportunidade”. No entanto, assegurou, “se forem forçados a ficar” podem render-se com garantias de segurança.
"Hoje foi um dia bom e sobretudo ensolarado no território do nosso estado. Estava cerca de 20 graus e ensolarado em grande parte do país", começou por afirmar, na sua comunicação diária ao país, publicada no site da Presidência da Ucrânia.
"Infelizmente, estava nublado na Crimeia. Embora também estivesse quente", acrescentou, no que aparenta ser uma referência à explosão registada na ponte de Kerch, que liga a península anexada por Moscovo em 2014 à Federação Russa.
Zelensky frisou que "se os ocupantes fugirem enquanto têm uma oportunidade, esta será a melhor opção para eles". Já "se forem forçados a ficar, podem encontrar uma forma de se render ao cativeiro ucraniano”.
O chefe de Estado ucraniano afirmou que será garantida “a preservação da vida de todos os militares russos que voluntariamente deponham as suas armas e se rendam”, sublinhando que “a Ucrânia adere sempre a todas as normas e convenções internacionais”.
Zelensky referiu ainda que o trabalho que está a ser realizado nos territórios desocupados, referindo que Kyiv “não abranda o ritmo do trabalho de reconstrução por um único dia”. “É transporte, é eletricidade, é fornecimento de gás, são serviços postais, benefícios sociais”, enumerou.
Dirigindo-se aos cidadãos dos territórios desocupados, Zelensky pediu “especial atenção” às minas que podem ter sido deixadas pelos militares russos. “Por favor não ignorem os avisos de minas, não visitem áreas fechadas devido ao perigo, por favor comuniquem quaisquer minas ou engenhos por explodir encontrados à polícia, serviços de emergência ou autoridades locais”, apelou.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que cerca de seis mil civis morreram e nove mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.