sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

Novo presidente do Sindicato Nacional dos Quadros Superiores da Saúde, SINQUASS, admite que sistema nacional de saúde na Guiné-Bissau esta altamente vulnerável.

Radio TV Bantaba

Resposta de presidente Said Rais Daula a Jornalista sobre carta di API Cabaz garandi... Djintis ku sta na API tudo sta nha tras eka tene utru caminho.



@ Abel Djassi

O presidente norte-americano, Joe Biden, comutou um recorde de 2.500 sentenças de pessoas condenadas por crimes não violentos relacionados com drogas a três dias de deixar o cargo, anunciou hoje o seu gabinete.

© Bonnie Cash/UPI/Bloomberg via Getty Images   Lusa  17/01/2025

 Biden comuta um recorde de 2.500 penas por infracões de drogas

O presidente norte-americano, Joe Biden, comutou um recorde de 2.500 sentenças de pessoas condenadas por crimes não violentos relacionados com drogas a três dias de deixar o cargo, anunciou hoje o seu gabinete.

Biden, citado num comunicado da Casa Branca (presidência), reivindicou ser o presidente dos Estados Unidos que concedeu mais perdões e comutações.

A decisão foi justificada por os condenados "suportarem penas longas que são desproporcionadas em relação às penas que enfrentariam hoje de acordo com a prática da lei e da jurisprudência", segundo a Casa Branca.

Em dezembro, Biden já tinha concedido 39 indultos e 1.500 comutações, e comutado as penas de 37 das 40 pessoas condenadas à morte pelos tribunais federais.

O líder democrata, católico praticante, espera que este "ato de clemência traga conforto aos indivíduos condenados a longas penas com base numa distinção que já não existe entre 'crack' e cocaína", lê-se no comunicado citado pela agência francesa AFP.

Biden criticou também "um endurecimento desatualizado das penas para crimes relacionados com a droga".

O presidente democrata, de 82 anos, avisou ainda que vai "continuar a rever comutações e perdões adicionais" antes de segunda-feira, 20 de janeiro, dia da posse do seu sucessor, o republicano Donald Trump, 78 anos.

A declaração da Casa Branca não menciona nomes, embora os meios de comunicação social especulem há semanas sobre a possibilidade de Biden perdoar preventivamente representantes eleitos e altos funcionários ameaçados de serem processados quando Trump se tornar o 47.º presidente dos Estados Unidos.

Os presidentes americanos concedem centenas de indultos e comutações durante os mandatos, com uma aceleração notável pouco antes de deixarem o cargo.

No início de dezembro, Biden renegou o seu compromisso de não-intervenção ao perdoar o filho Hunter Biden que aguardava sentença em dois processos por posse ilegal de arma de fogo e fraude fiscal.

Em dezembro de 2020, Trump também perdoou o pai do genro e conselheiro Jared Kushner, Charles Kushner, condenado em 2004 a dois anos de prisão por evasão fiscal.

Charles Kushner foi nomeado embaixador em Paris.

Em 2001, no último dia de mandato, Bill Clinton (1993-2001) perdoou o meio-irmão Roger Clinton, que tinha sido condenado por posse de cocaína em 1985.

Tanto Charles Kushner como Roger Clinton já tinham cumprido as penas de prisão na altura do perdão presidencial.



Estudo: A China ultrapassou nos últimos anos pela primeira vez os Estados Unidos em número de peritos de alto nível na área da ciência e tecnologia, de acordo com um estudo de uma instituição chinesa.

© Shutterstock     Lusa   17/01/2025

China ultrapassa Estados Unidos no número de cientistas de topo

A China ultrapassou nos últimos anos pela primeira vez os Estados Unidos em número de peritos de alto nível na área da ciência e tecnologia, de acordo com um estudo de uma instituição chinesa.

A análise, elaborada pela unidade de investigação Dongbi, incluiu dados relativos ao período entre 2020 e 2024 e revelou que o número de cientistas de topo na China aumentou, enquanto o número nos Estados Unidos diminuiu.

A equipa responsável pelo relatório recolheu uma amostra de mais de 40.000 artigos científicos altamente citados, publicados entre 2020 e 2024 em 129 revistas académicas internacionais de topo numa série de disciplinas, extraindo depois informações sobre os autores.

Wu Dengsheng, fundador da Dongbi Data e professor na faculdade de administração da Universidade de Shenzhen, disse que a análise mostrou o quanto o setor está a mudar em todo o mundo.

"Nos últimos cinco anos, o panorama global do talento científico e tecnológico de alto nível sofreu profundas alterações", afirmou Wu.

"A China e os EUA estão a dominar de forma consistente, mas com tendências diametralmente opostas", apontou.

Em termos de distribuição, os cientistas de topo da China estão concentrados na costa leste do país e em cidades de primeira linha, enquanto os norte-americanos estão principalmente agrupados em universidades e institutos de investigação na Califórnia e em Massachusetts.

A Academia Chinesa de Ciências, a maior organização científica do mundo, com mais de 100 institutos em toda a China, encabeçou a lista com 3.615 cientistas de topo. Este número é muito superior ao da Universidade de Harvard, com 1.683, e ao da Universidade de Stanford, com 1.208.

Fora dos EUA e da China, o número de cientistas de topo na Alemanha manteve-se relativamente estável durante o período de cinco anos, revelando apenas um ligeiro declínio, enquanto a Grã-Bretanha e a França registaram uma tendência decrescente. O Japão e a Austrália também registaram declínios tanto no número como na percentagem global de cientistas de topo.

As conclusões do relatório, juntamente com os resultados de outras análises semelhantes, apontam para uma mudança na força científica entre os EUA e a China nos últimos anos.

De acordo com um relatório publicado em 2023 pelo Instituto de Informação Científica e Técnica da China, sob a tutela do Ministério da Ciência e Tecnologia, a China contribuiu com quase um terço dos artigos académicos publicados nas revistas internacionais mais influentes em 2022.

Foi a primeira vez que a China ultrapassou os EUA para assegurar a primeira posição a nível mundial.

Na última edição da Nature - uma das mais antigas e prestigiadas revistas científicas - publicada a 8 de janeiro, quase metade dos estudos incluía trabalhos de investigadores de etnia chinesa.


Leia Também: A população da China diminuiu em 2024 pelo terceiro ano consecutivo, segundo dados hoje divulgados, que apontam para novos desafios demográficos na segunda nação mais populosa do mundo. 

Sua Excelência Presidente da República Visita o Hospital Simão Mendes



Presidência da República da Guiné-Bissau 

Metro de Lisboa vai abrir três estações a sem-abrigo durante a noite

Peter Charlesworth/GETTY IMAGES   Por  sicnoticias.pt

A transportadora adianta que, adicionalmente, devido às baixas temperaturas, será realizada a distribuição de 'kits Metro', compostos por um cobertor e um gorro de forma a proporcionar um maior conforto aos utilizadores das estações durante o período noturno.

O Metropolitano de Lisboa vai abrir as estações de Santa Apolónia, Oriente e Rossio no período noturno, neste fim de semana, para permitir que as pessoas em situação de sem-abrigo possam ali pernoitar, devido ao frio, foi anunciado esta sexta-feira.

Em comunicado, a transportadora adianta que as três estações vão permanecer abertas na madrugada de sexta-feira para sábado e na madrugada de sábado para domingo.

Na de Santa Apolónia estará aberta a entrada da zona norte, no passeio junto ao edifício da estação. No Oriente, a entrada faz-se pelo portão do lado Tejo/Centro Comercial e no Rossio pelo portão da Praça da Figueira.

"O Metropolitano de Lisboa, em estreita articulação com a Câmara Municipal de Lisboa, encontra-se a desenvolver um conjunto de medidas destinadas a assegurar o cumprimento do Plano de Contingência para pessoas em situação de sem-abrigo, em resposta às condições de frio extremo que atualmente se fazem sentir na cidade de Lisboa", é referido na nota.

Empresa distribuirá 'kits Metro'

A transportadora adianta que, adicionalmente, será realizada a distribuição de 'kits Metro', compostos por um cobertor e um gorro, nas estações indicadas, de forma a proporcionar um maior conforto aos utilizadores das estações durante a noite.

O Metropolitano de Lisboa diz ainda que, em articulação com a Polícia Municipal, vai reforçar as ações de vigilância e limpeza nas estações que permanecerão abertas.

A Câmara de Lisboa está a reforçar desde quinta-feira as medidas de apoio às pessoas em situação de sem-abrigo, nomeadamente para mitigar os efeitos das baixas temperaturas.

Além das estações de metro, também o Centro de Acolhimento de Emergência (CAE) Joaquim Urbano estará aberto com 30 camas disponíveis e transporte em caso de necessidade.

No final de 2023, a cidade de Lisboa identificou 3.378 pessoas em situação de sem-abrigo, das quais 594 a dormir na rua, verificando-se mais 200 pessoas sem teto do que em 2022, segundo dados da Câmara Municipal de Lisboa.

Previstos 06 graus de temperatura mínima para Lisboa

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê, pelo menos até sábado, céu pouco nublado ou limpo, vento fraco a moderado, formação de geada e descida da temperatura mínima.

Para domingo está prevista uma pequena subida da temperatura mínima, em especial no litoral, e pequena descida da máxima.

Esta sexta-feira, em Lisboa, são esperados 06 graus Celsius de mínima e 14 de máxima e no sábado 04 de mínima e 13 de máxima.

Para domingo, a previsão do IPMA aponta para 05 graus de mínima e 12 de temperatura máxima.

Com Lusa

Cientistas da NASA utilizam quase 20 anos de observações para mostrar que o ciclo global da água está a mudar de formas sem precedentes e que a maioria destas alterações é causada por atividades como a agricultura.

© Lusa  17/01/2025

Novas alterações no ciclo global da água provocadas pelos humanos

Cientistas da NASA utilizam quase 20 anos de observações para mostrar que o ciclo global da água está a mudar de formas sem precedentes e que a maioria destas alterações é causada por atividades como a agricultura.

Este novo estudo refere também que as alterações podem ter impactos nos ecossistemas e na gestão da água, especialmente em determinadas regiões.

"Estabelecemos através da assimilação de dados que a intervenção humana no ciclo global da água é mais significativa do que pensávamos anteriormente", destacou, em comunicado, Sujay Kumar, investigador do Goddard Space Flight Center da NASA (agência espacial norte-americana) e coautor de um estudo publicado na revista PNAS.

As alterações têm implicações para toda a população mundial. As práticas de gestão da água, como a conceção de infraestruturas para as cheias ou o desenvolvimento de indicadores de seca para sistemas de alerta precoce, baseiam-se frequentemente em pressupostos de que o ciclo da água flutua apenas dentro de um determinado intervalo, frisou Wanshu Nie, investigador do Goddard da NASA e o autor principal do estudo.

"Esperamos que esta investigação sirva de guia para melhorar a forma como avaliamos a variabilidade dos recursos hídricos e planeamos a gestão sustentável dos recursos, especialmente em áreas onde estas alterações são mais significativas", sublinhou Nie.

Um exemplo de impactos humanos no ciclo da água encontra-se no norte da China, que sofre com a seca contínua. Mas a vegetação em muitas áreas continua a prosperar, em parte porque os agricultores continuam a irrigar as suas terras bombeando mais água das reservas subterrâneas, detalhou Kumar.

Estas intervenções humanas inter-relacionadas levam frequentemente a efeitos complexos noutras variáveis do ciclo da água, como a evapotranspiração e o escoamento.

Nie e os seus colegas concentraram-se em três tipos diferentes de alterações no ciclo: em primeiro lugar, uma tendência, como uma diminuição de água num reservatório de águas subterrâneas. Em segundo lugar, uma alteração na sazonalidade, como a época típica de cultivo que começa mais cedo no ano ou o derretimento da neve mais cedo, e terceiro, uma alteração em eventos extremos, como "inundações de 100 anos", que ocorrem com maior frequência.

Os cientistas recolheram dados de deteção remota de 2003 a 2020 de várias fontes de satélite diferentes da NASA.

"Este artigo combina vários anos de esforço da nossa equipa no desenvolvimento de capacidades de análise de dados de satélite, permitindo-nos simular com precisão os fluxos e armazenamentos de água continentais em todo o planeta", vincou Augusto Getirana, investigador do Goddard da NASA e o coautor do estudo.

Os resultados do estudo sugerem que os modelos do sistema terrestre utilizados para simular o futuro ciclo global da água devem evoluir para integrar os efeitos atuais das atividades humanas.

Com mais dados e modelos melhorados, os agricultores e os gestores de recursos hídricos poderiam compreender e planear eficazmente como será o "novo normal" da sua situação hídrica local, apontou Nie.


Leia Também: Nevoeiro que "cheira a químicos" e deixa americanos doentes? A explicação 

Proveniente de Moçambique, o PR General Umaro Sissoco Embaló efectuou uma visita oficial de 24h à Botswana a convite do seu homólogo Duma Boko, para estreitar laços de cooperação entre Bissau e Gaborone.


@ Radio Voz Do Povo

quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

NATO: Um terço de 11 mil soldados norte-coreanos estão "feridos ou mortos"

© Dursun Aydemir/Anadolu Agency via Getty Images  Lusa  16/01/2025 

O presidente do Comité Militar da NATO, o almirante Rob Bauer, indicou hoje que um terço dos soldados norte-coreanos que combatem ao lado da Rússia contra as forças ucranianas estão mortos ou feridos.

"Sabemos que cerca de 11.000 soldados estão na região de Kursk, utilizados pelos russos. O que sabemos agora, e que os ucranianos também sabem, é que um terço deles estão feridos ou mortos", declarou Bauer em conferência de imprensa, após uma reunião de chefes do Estado-maior dos países da Aliança Atlântica.

O almirante neerlandês sublinhou que estas tropas enviadas por Pyongyang "não são utilizadas de forma muito eficaz", porque "há um problema de linguagem com os russos, pelo que a coordenação entre os russos e os norte-coreanos não é realmente possível".

Bauer referiu ainda que os norte-coreanos "não são necessariamente usados como escudo", mas também não são utilizados de forma muito favorável no campo de batalha, pelo que "muitos deles morrerão, e é assim que acontece".

Referindo-se aos militares da Coreia do Norte capturados pelos ucranianos, disse apenas que "foram interrogados, pelo que fornecerão informações".

"Continua a ser surpreendente que um dos países mais isolados do mundo, a Coreia do Norte, seja agora, de repente, um interveniente", considerou Bauer, acrescentando ser também "fascinante que a China esteja basicamente a permitir que isto aconteça".

O presidente do Comité Militar da Aliança afirmou que foi transmitida à China a mensagem de que "não pode ter as duas coisas" ao mesmo tempo.

"Ou seja, não se pode dizer que se quer ser nosso amigo e negociar com os europeus e os americanos e, ao mesmo tempo, alimentar a guerra na Europa", afirmou, reconhecendo que "não é totalmente claro" até onde vai a relação entre Moscovo e Pequim, mas as suas implicações a longo prazo "são, naturalmente, uma grande preocupação".

Bauer recordou que, de acordo com os números da NATO, 700 mil soldados russos foram feridos ou mortos em quase três anos desde a invasão da Ucrânia, "um número enorme".

O responsável militar salientou, em todo o caso, que a situação é "difícil para ambos os lados", frisando que a Ucrânia "não está a colapsar na frente", mantendo posições na região fronteiriça russa de Kursk, enquanto "os russos, basicamente, não alcançaram qualquer dos seus objetivos".

Por seu lado, o comandante supremo Aliado para a Europa, o general Christopher G. Cavoli, afirmou que "o apoio da NATO à Ucrânia é duradouro" por várias razões, a começar pela intenção política dos aliados e porque foram criadas estruturas para tal.

"Temos infraestruturas. Temos pessoas designadas. E a SATU é uma sede importante. A NATO já assumiu a responsabilidade de defender os nós logísticos que permitem o fornecimento de armas à Ucrânia", comentou, referindo-se ao comando que a Aliança assumiu a partir de uma base na Alemanha para coordenar a entrega de material e treino militar às forças de Kiev.

Relativamente à nova atividade da NATO denominada "Baltic Sentry" para proteger infraestruturas submarinas críticas no Mar Báltico com navios, aeronaves e outros meios, após as recentes suspeitas de ações de sabotagem atribuídas à chamada frota de "navios fantasma russos", Cavoli observou que, "de muitas maneiras", ilustra os desafios de defender instalações vitais.

O general norte-americano, que vai comandar o "Baltic Sentinel", apontou que existem "complicações jurisdicionais" a nível nacional em relação a estas infraestruturas.

"Existe uma mistura complicada de autoridades pertencentes aos ministérios do Interior, guarda costeira, polícia, organizações internacionais, organizações comerciais e, em cada caso, trabalhamos muito cuidadosamente com a autoridade relevante para partilhar informações e dar uma compreensão do que está a acontecer no mar", explicou.


Leia Também: Putin convoca reservistas russos para formação militar 

O Presidente russo, Vladimir Putin, assinou hoje um decreto que convoca os reservistas russos para uma formação militar anual.


O presidente da República da Guiné-Bissau Said Raïs Daula chegou esta tarde em Bissau, Apos participar na tomada de posse de novo presidente de Moçambique Daniel Chapo.


@ Abel Djassi

Moçambique: O novo chefe de Estado moçambicano, Daniel Chapo, reduziu o número de ministérios e extinguiu três secretarias de Estado, fundindo diversos setores e criando novas entidades.

© Lusa 16/01/2025 

Daniel Chapo reduz ministérios e extingue três secretarias de Estado

O novo chefe de Estado moçambicano, Daniel Chapo, reduziu o número de ministérios e extinguiu três secretarias de Estado, fundindo diversos setores e criando novas entidades.

Segundo um comunicado emitido hoje pela Presidência, no seu primeiro decreto presidencial, Daniel Chapo, empossado na quarta-feira, determinou a extinção dos Ministérios da Economia e Finanças, dos Transportes e Comunicações, da Cultura e Turismo, da Agricultura e Desenvolvimento Rural, da Terra e Ambiente, do Mar, Águas Interiores e Pescas, da Indústria e Comércio, do Trabalho e Segurança Social, da Educação e Desenvolvimento Humano e da Tecnologia e Ensino Superior.

Também foram extintas três secretarias de Estado, nomeadamente, as da Juventude e Emprego, dos Desportos e do Ensino Superior.

No mesmo comunicado, a Presidência moçambicana indica que o novo chefe de Estado decidiu criar os Ministérios das Finanças, da Economia, da Agricultura, Ambiente e Pescas, dos Transportes e Logística, da Educação e Cultura, do Trabalho, Género e Ação Social, das Comunicações e Transformação Digital, da Planificação e Desenvolvimento e da Juventude e Desportos.

Na quarta-feira, durante o seu discurso de tomada de posse de quase 50 minutos, Chapo prometeu lançar uma ampla reforma do Estado para reduzir o número de ministérios, criar novas entidades, fomentar a digitalização dos serviços públicos e combater a corrupção.

"Vamos implementar mudanças importantes sobre como o Governo funciona, colocando o povo no centro das decisões", prometeu o novo Presidente, observando que a redução do tamanho do Governo, "com menos ministérios e a eliminação das secretarias de Estado equiparadas a ministérios", vai permitir uma poupança de 17 mil milhões de meticais (mais de 258 milhões de euros) por ano, "que serão direcionados para onde realmente importa: educação, saúde, agricultura, água, energia, estradas, e melhoria das condições de vida do povo".

A eliminação da figura do vice-ministro e a reformulação dos cargos dos secretários de Estado e dos secretários permanentes, além da revisão do papel dos secretários de Estado nas províncias foram outras das promessas do novo chefe de Estado, que disse igualmente ir rever as regalias dos dirigentes públicos e o programa de privatizações do Estado.

A digitalização dos serviços públicos e a criação de um Ministério dos Transportes e Logística, essencialmente dedicado aos caminhos de ferro e aos portos, bem como a criação de um Tribunal de Contas e de tribunais intermédios que agilizem os processos, a par de centros de arbitragem, foram outras das medidas apresentadas por Daniel Chapo no que diz respeito à reforma do Estado.

A eleição de Daniel Chapo tem sido contestada nas ruas desde outubro, com manifestantes pró-Venâncio Mondlane -- candidato presidencial que, segundo o Conselho Constitucional, obteve apenas 24% dos votos, mas que reclama vitória -- a exigirem a "reposição da verdade eleitoral", com barricadas, pilhagens e confrontos com a polícia, que já provocaram mais de 300 mortos e cerca de 600 pessoas feridas a tiro, segundo organizações da sociedade civil que acompanham o processo.


Leia Também: Sobe para 11 número de mortos em protestos na investidura de Chapo 

25 de Janeiro de 2025 - Comemoração do 1.º aniversário da Casa da Cultura da Guiné-Bissau na UCCLA

Comemoração do 1.º aniversário da Casa da Cultura da Guiné-Bissau na UCCLA

A UCCLA vai acolher, no dia 25 de janeiro, as celebrações do 1.º aniversário da Casa da Cultura da Guiné-Bissau (CCGB), das 15h30 às 19h30. Não falte!

O programa inclui momentos de animação cultural, intervenções institucionais e comunicações dedicadas à importância da cultura e da identidade guineense. A agenda do Centenário de Amílcar Cabral 2025 será também apresentada oficialmente, revelando as atividades e iniciativas previstas para celebrar este marco.

Outro momento especial será o lançamento do livro biográfico em banda desenhada "100 Cabral - A Epopeia de um Simples Africano", da autoria de Fernando Júlio e Braima Mané, com uma conversa com autores e convidados que irão partilhar reflexões sobre o impacto de Amílcar Cabral na história da Guiné-Bissau e de África.

No encerramento das comemorações, haverá um momento de convívio, onde poderá saborear os sabores tradicionais da Guiné-Bissau, acompanhado de música, venda de livros e outros produtos tradicionais.

A entrada é gratuita, mas sujeita a inscrição prévia em www.tuduticket.com

O evento será uma oportunidade para partilhar a história e os objetivos da CCGB, promover a riqueza da cultura guineense e fortalecer laços com a comunidade.

Junte-se a nós para celebrar este marco especial e contribuir para a valorização da cultura e da identidade guineense. Esperamos por si!

Programação - https://www.uccla.pt/sites/default/files/inline-images/Programa-Aniversario-CCGB.jpg 

Livro "100 Cabral - A Epopeia de um Simples Africano" - https://www.uccla.pt/sites/default/files/inline-images/Lancamento-livro_cabral_Lisboa.jpg 

Anabela Carvalho

Assessora de Comunicação | anabela.carvalho@uccla.pt

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Faladepapagaio

A coligação de partidos apoiantes de Umaro Sissoco Embaló, Plataforma Republicana "Nô Kumpu Guiné", defendeu hoje que o mandato presidencial só termina em setembro, corroborando a posição do chefe de Estado guineense.

© Lusa  16/01/2025

Coligação de apoio a Embaló defende que mandato termina em setembro

A coligação de partidos apoiantes de Umaro Sissoco Embaló, Plataforma Republicana "Nô Kumpu Guiné", defendeu hoje que o mandato presidencial só termina em setembro, corroborando a posição do chefe de Estado guineense.

Para a Plataforma Republicana, o início do mandato do Presidente da República foi oficialmente confirmado pelo Supremo Tribunal de Justiça a 04 de setembro de 2020 e essa é a data que considera para a contagem dos cinco anos, apesar de a tomada de posse ter ocorrido a 27 de fevereiro de 2020.

Esta coligação reúne 15 partidos, incluindo as alas do Madem-G15 e do Partido de Renovação Social (PRS) apoiantes do Presidente da República, enquanto as lideranças deste partidos, nomeadamente Braima Camará e Fernando Dias, respetivamente, se associaram noutra coligação, a Aliança Patriótica Inclusiva (API) "Cabas Garandi", contrária ao regime presidencial.

Na coligação Plataforma Republicana encontra-se, também, o Partido dos Trabalhadores Guineenses (PTG), liderado por Botché Candé, atual ministro do Interior do Governo de iniciativa presidencial.

Umaro Sissoco Embaló dissolveu o parlamento de maioria da coligação PAI-Terra Ranka, liderada pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), em dezembro de 2023, e nomeou um Governo de iniciativa presidencial.

O chefe de Estado marcou eleições legislativas para novembro de 2024, que foram adiadas alegando falta de condições, promoveu audiências com agentes políticos e institucionais, mas ainda não anunciou nova data para legislativas.

As coligações agora na oposição, API e PAI-Terra Ranka, reclamam a marcação de eleições, legislativas e presidenciais, alegando que o mandato do Presidente termina a 27 de fevereiro, data em que se completam cinco anos da tomada de posse de Sissoco Embaló.

Para a Plataforma Republicana, a posição das outras duas coligações é "descabida, descontextualiza e manipuladora" e visa lançar "confusão" junto das comunidades guineense e internacional.

A coligação reafirma, em comunicado divulgado hoje, o apoio ao Presidente, Sissoco Embaló, e acompanha a posição de que o mandato só termina a 04 de setembro, data da sentença judicial sobre o recurso do adversário Domingos Simões Pereira, líder da PAI-Terra Ranka e do PAIGC, acerca dos resultados eleitorais das presidenciais de 2019.

A Plataforma Republicana defende ainda que a marcação das eleições "é uma prerrogativa exclusiva do Presidente da República" e condena o uso das siglas dos partidos por parte das alas do Madem-G15 e do PRS contrárias ao chefe de Estado.

A coligação elogia "os esforços do Presidente da República na promoção da paz, unidade nacional e na resolução de desafios sociais e políticos" e exorta o chefe de Estado "a prosseguir com as reformas e esforços para transformar o país".



Leia Também: Mais de 100 detidos e 28 manifestações reprimidas num ano na Guiné-Bissau

Kyiv e Londres assinam acordo de parceria de 100 anos

© Carl Court/Getty Images    Por Lusa  16/01/2025

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, assinaram hoje um acordo de parceria entre os respetivos países para os próximos 100 anos, no âmbito de uma visita oficial do líder britânico a Kiev.

"Hoje é um dia verdadeiramente histórico", declarou Volodymyr Zelensky.

"As relações entre a Ucrânia e o Reino Unido estão mais estreitas do que nunca. Atingimos um novo nível, isto é mais do que apenas relações estratégicas. Assinámos um acordo de parceria de 100 anos", destacou o Presidente ucraniano.

O acordo assinado prevê um aumento das relações bilaterais em vários setores, sobretudo no campo da defesa, incluindo a criação de um consenso para a adesão da Ucrânia à NATO e o reforço da segurança marítima.

O compromisso firmado entre Kiev e Londres está igualmente focado nas relações económicas e comerciais e nos setores da justiça, das ciências e tecnologia, da saúde, da agricultura e das migrações.

O pacto torna também o Reino Unido um parceiro prioritário no setor energético e um aliado fundamental no rastreio de cereais roubados de campos ucranianos em territórios ocupados pela Rússia durante a guerra, que teve início com a invasão russa em 24 de fevereiro de 2022.

"A nossa parceria de 100 anos é uma promessa de que estamos convosco, não apenas hoje ou amanhã, mas durante cem anos, muito depois de a guerra ter terminado e da Ucrânia estar novamente livre e próspera", disse Starmer ao chegar a Kiev.

A visita não anunciada de Starmer à capital ucraniana é a sua primeira viagem à Ucrânia desde que assumiu o cargo em julho. Visitou o país em 2023, quando era líder da oposição, e falou duas vezes com Zelensky em Londres, depois de ter assumido a chefia do executivo britânico.

Keir Starmer foi recebido na estação ferroviária de Kiev pelo embaixador do Reino Unido na Ucrânia, Martin Harris, e pelo enviado da Ucrânia em Londres, Valerii Zaluzhnyi.

O Reino Unido é um dos maiores fornecedores de ajuda militar e civil à Ucrânia e também forneceu treino no seu território a mais de 50.000 soldados ucranianos.

De acordo com os meios de comunicação social britânicos, Starmer irá anunciar também em Kiev uma ajuda adicional de 40 milhões de libras (47,5 milhões de euros) para a recuperação económica da Ucrânia após a guerra.

A visita do primeiro-ministro faz parte de um esforço mais amplo dos líderes europeus para reforçar o apoio a Kyiv, ao mesmo tempo que intensificam as discussões sobre a segurança da Europa antes do Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, tomar posse em 20 de janeiro.


Leia Também: França e Noruega cumprem calendário de entrega de caças à Ucrânia 

COMUNICADO À IMPRENSA DA ACOBES

 @Fode Caramba Sanha

COMUNICADO A IMPRENSA

@ Abel Djassi 

A PLATAFORMA REPUBLICANA "NÔ KUMPU GUINÉ", saúdam calorosamente a Sua Excelência Presidente da República desejando-lhe muita saúde e os maiores êxitos neste novo ano que agora começa.

No âmbito do início de mais um ano novo, reuniu-se na sua sede Nacional, a Conferencia de Líderes dos Partidos da Plataforma Republicana "NÔ KUMPU GUINÉ" para analisar a situação política vigente no país que foi antecedido com um balanço do ano transato, considerado de muito positivo, nomeadamente, do ponto de visto de afirmação da diplomacia de alto nível que colocou o pais num lugar privilegiado no concerto das nações, a infraestruturação do pais, o crescimento económico e não obstante as várias tentativas de pôr em causa todo o esforço do presidente da república na busca incessante de promoção da paz, da unidade nacional bem como na resolução dos problemas sociais, políticos e económicos mais prementes da nossa sociedade.

Neste âmbito, a Plataforma Republicana "NÔ KUMPU GUINÉ" tomou conhecimento através dos órgãos de comunicação social dos comunicados das coligações eleitorais, cujos conteúdos são totalmente descabidos, descontextualizados e que não passam de um simples panfletos com chantagens políticos, tendo como objetivo semear a confusão, tentando desinformar e manipular a sociedade Guineense, bem como da comunidade internacional, se não vejamos:

1 - O mandato do Presidente da República a que os tais comunicados fazem referência foi confirmado pelo STJ, a 4 de setembro de 2020 (Data oficial do início do seu mandato).

Depósito de petróleo na região russa de Voronezh atacado com 'drones'

© STRINGER/AFP via Getty Images   Lusa   16/01/2025

A Ucrânia atacou com 'drones' um depósito de petróleo na região russa de Voronezh, na quarta-feira à noite, disse hoje o governador local, Alexandr Gusev.

"O ntem à noite [quarta-feira], mais de 10 veículos aéreos não tripulados atacaram o território de três distritos da região de Voronezh. A maioria deles atingiu o depósito de petróleo no distrito de Liski", escreveu Gusev na sua conta do Telegram.

Gusev acrescentou que, de acordo com os dados preliminares, o ataque não causou vítimas.

"O processo de combate aos incêndios foi inicialmente complicado pela ameaça de novos ataques", disse o governador.

Os bombeiros estão atualmente a tentar controlar o fogo em vários tanques de petróleo.

"Forças adicionais foram enviadas de duas regiões próximas", acrescentou.

Gusev disse que "não há qualquer ameaça para a população" e que a situação "não vai afetar a disponibilidade de combustível" na região.


Leia Também: Primeiro-ministro britânico em Kyiv para assinar tratado de 100 anos 

Israel adia aprovação de acordo de cessar-fogo em Gaza (e culpa Hamas)

© Amos Ben Gershom/GPO via Getty Images   Notícias ao Minuto  16/01/2025

O gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, acusa o grupo islamita Hamas de criar uma "crise de última hora", com tentativas de "extorsão".

O governo israelita adiou o acordo de cessar-fogo com o Hamas, previsto entrar em vigor no domingo. 

De acordo com a informação avançada esta quinta-feira, o executivo israelita não só recuou no acordo, fechado ontem, como também culpou o grupo islamita Hamas, dizendo que isto aconteceu devido a "uma crise de última hora".

Numa nota citada pelas agências internacionais, o gabinete do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, acusou o Hamas de renegar partes do acordo numa tentativa de "extorquir concessões de última hora". A mesma nota não explicava as alegadas alterações que estariam a tentar ser feitas.

O acordo, anunciado há menos de 24 horas, deveria ser ratificado por Telavive esta quinta-feira.

“O gabinete israelita não se reunirá até que os mediadores notifiquem Israel de que o Hamas aceitou todos os elementos do acordo", lê-se ainda na nota.

O acordo alcançado entre Israel e o Hamas prevê um cessar-fogo completo durante 42 dias a partir de domingo, após 15 meses de uma guerra devastadora, e a troca de 33 reféns israelitas por centenas de prisioneiros palestinianos.


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Quase 3.800 profissionais de saúde vão atingir a idade da reforma até ao final do ano

Hospital Santa Maria (Lusa/Tiago Petinga)   Por  CNN Portugal

REVISTA DE IMPRENSA || Uma estimativa da Administração Central do Sistema de Saúde

Quase 3.800 profissionais de saúde, entre os quais 1.426 médicos, vão atingir a idade da reforma até ao final do ano, avança o jornal Público que cita a estimativa da Administração Central do Sistema de Saúde.

O número de médicos reformados a trabalharem no Serviço Nacional de Saúde nunca foi tão alto. Dados de novembro de 2024 apontam para 716, sendo que a grande maioria está alocada aos cuidados de saúde primários.

O regime excecional, que permite a contratação de profissionais reformados, está em vigor há 15 anos. No ano passado, a tutela deu luz verde para contratar até 900 aposentados, o maior número de sempre.


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Biden se despede da Casa Branca, deseja sucesso para Trump, mas faz alerta sobre as ameaças à democracia dos EUA

 Joe Biden apresenta o seu discurso de despedida no Salão Oval, Washington 15 janeiro 2025  Por VOA Português

Biden alerta para uma "oligarquia" e um "complexo tecnológico-militar" que ameaçam a democracia

Na mensagem de despedida, o Presidente americano alertou para os perigos à democracia e elencou os ganhos do seu mandato.

Washington — O Presidente dos Estados Unidos fez o seu discurso de despedida à nação nesta quarta-feira, 15, no qual apresentou os principais ganhos do seu mandato e alertou para uma "oligarquia" de ultra-ricos que está a enraizar-se no país, bem como um "complexo tecnológico-industrial" que está a infringir os direitos dos americanos e o futuro da democracia.

"Hoje, uma oligarquia de extrema riqueza, poder e influência está a tomar forma na América, o que ameaça literalmente toda a nossa democracia, os nossos direitos e liberdades básicos e a oportunidade justa de todos progredirem", afirmou Joe Biden a partir do Salão Oval, na Casa Branca.

Ele chamou a atenção para "uma perigosa concentração de poder nas mãos de algumas pessoas ultra-ricas, consequências perigosas se o abuso de poder não for controlado".

"Complexo militar-militar", um perigo para a democracia

Na sua mensagem, antes de passar a Presidência a Donald Trump, na segunda-.feira, 20 janeiro, Biden invocou os avisos do antigo Presidente Dwight Eisenhower sobre o complexo militar-industrial quando deixou o cargo.

"Estou igualmente preocupado com o potencial surgimento de um complexo tecnológico-industrial que também pode representar perigos reais para o nosso país", continuou Joe Biden que criticou as empresas de redes sociais, ao afirmar que "os americanos estão a ser soterrados por uma avalanche de desinformação e informações falsas, permitindo o abuso de poder".

Biden alertou também para os perigos da Inteligência Artificial, defendeu que os Estados Unidos devem assumir a "liderança" sobre a China na tecnologia transformadora, e disse que "forças poderosas" ameaçavam as suas conquistas climáticas.

“As redes sociais estão a desistir da verificação de factos. A verdade é sufocada por mentiras contadas em busca de poder e lucro. Devemos responsabilizar as plataformas sociais para proteger as nossas crianças, as nossas famílias e a nossa própria democracia do abuso de poder”, apelou o Presidente.

Fim da imunidade presidencial

Biden também pediu a aprovação de uma emenda constitucional para pôr fim à imunidade dos Presidentes em exercício, depois de o Supremo Tribunal ter concedido a Trump amplas proteções contra a responsabilidade criminal no ano passado pelo seu papel na tentativa de minar a sua derrota em 2020.

Durante grande parte do seu discurso, Biden elogiou o seu legado na economia, na saúde, no clima e no combate à violência armada que assola os Estados Unidos.

"Levará tempo para sentir o impacto de tudo o que fizemos juntos, mas as sementes foram plantadas, vão crescer e florescer nas próximas décadas", disse Joe Biden.

Na política externa, o Presidente americano sublinhou ter fortalecido a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), o que permitiu que a Ucrânia continuasse a ser um país livre mesmo em guerra com a Rússia.

Forças poderosas

Biden afirmou, por outro lado, que as mudanças climáticas nunca foram tão evidentes, dando como exemplo os incêndios dos últimos dias que deixaram mais de 20 mortos na Califórnia.

"Forças poderosas" estão a tentar desfazer ações de proteção ambiental por meio de uma "influência descontrolada", mas, enfatizou, "não devemos ser intimidados a sacrificar o nosso futuro, o futuro dos nossos filhos e netos".

O Presidente que deixa a Casa Branca aos 81 anos de idade afirmou que a nação esteve “constantemente a ser testada” e que “nos bons e maus momentos, resistimos a tudo”.

Ao usar a Estátua da Liberdade como metáfora, Biden disse que “estão sempre a chegar tempestades” que irão aumentar — mas não quebrar — os alicerces da nação.

Defesa da democracia

O presidente descreveu a construção da Estátua da Liberdade em Nova Iorque, uma oferta da França, dizendo que “como a própria ideia da América, foi construída não por uma pessoa, mas por muitas pessoas, de todas as origens e de todos os lugares .

“Tal como a América, a Estátua da Liberdade não está parada. O seu pé pisa literalmente à frente sobre uma corrente quebrada de escravidão humana. Ela está em marcha e move-se literalmente. Foi construída para balançar para a frente e para trás, para suportar a fúria das tempestades e para resistir ao teste do tempo. Porque as tempestades vêm sempre. Balança alguns centímetros, mas nunca cai na corrente abaixo. Uma maravilha da engenharia”, acrescentou o Presidente.

Em muitas ocasiões ele fez a defesa da democracia e incentivou todos a manterem-se envolvidos no processo democrático.

“Temos de nos manter engajados no processo. Eu sei que é frustrante. Um tiro justo é o que faz da América, América", disse Biden. “

Biden elogiou as instituições democráticas que sustentam os Estados Unidos da América e reconheceu que “o nosso sistema de separação de poderes, de freios e contrapesos pode não ser perfeito, mas manteve a nossa democracia durante quase 250 anos, mais do que qualquer outra nação na história que já tentou uma experiência tão ousada”.

Ideia da América

“Depois de 50 anos no centro de tudo isto, sei que acreditar na ideia da América significa respeitar as instituições que governam uma sociedade livre, a presidência, o Congresso, os tribunais, uma imprensa livre e independente”, disse.

O Presidente democraca terminou o seu discurso de despedida reiterando que acredita "na ideia que esta nação representa".

Após agradecer a vice-presidente Kamala Harris, todos os seus colaboradores, funcionários públicos no país e no exterior, a sua esposa Jill Biden e familia, e a todos os americanos, Biden concluiu que "agora é a vossa vez de ficarem de guarda, que todos vós sejais os guardiões da chama".

Durante a sua carreira, além de procurador, ele foi senador por 29 anos, vice-presidente durante oito anos e Presidente nos últimos quatro anos.

C/AP

Acordo de cessar-fogo leva 42 dias de paz a Gaza após 15 meses de guerra

© REUTERS/Hatem Khaled   Lusa  15/01/2025

O acordo hoje alcançado entre Israel e o Hamas prevê um cessar-fogo completo durante 42 dias a partir de domingo, após 15 meses de guerra devastadora, e a troca de 33 reféns israelitas por centenas de prisioneiros palestinianos.

O acordo esteve ameaçado até ao último instante, segundo relatos do interior da sala de negociações, indicando que Israel acusava o grupo islamita palestiniano de rejeitar as suas propostas em relação ao chamado Corredor de Filadélfia, entre o Egito e a Faixa de Gaza, levando o Qatar, país anfitrião e mediador das conversações, a adiar o anúncio de "fumo branco".

No entanto, ao fim do dia, o acordo foi anunciado, ainda que o gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, tenha ressalvado que permaneciam cláusulas por fechar.

"Perante a posição firme do primeiro-ministro Netanyahu, o Hamas recuou na sua exigência de última hora para alterar a distribuição de forças no Corredor de Filadélfia", segundo um comunicado do gabinete de Netayahu, que esperava, em todo o caso, dar a aceitação ao entendimento ainda hoje à noite.

Tanto o Governo de coligação israelita como o gabinete de segurança - que reúne os principais ministros e representantes do setor da segurança - vão reunir-se na quinta-feira de manhã para dar luz verde ao cessar-fogo.

Apesar de vozes dissonantes, como do ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, representante da extrema-direita no executivo, que descreveu o acordo como "mau e perigoso" para a segurança do país, Netanyahu deverá ter maioria suficiente para a aprovação.

Um alto dirigente do Hamas já tinha, nesta fase, confirmado hoje que o grupo islamita palestiniano dera aval ao acordo de cessar-fogo e o futuro Presidente norte-americano, Donald Trump, apressava-se a ser o primeiro anunciar e comentar o pacto.

"Temos um acordo sobre os reféns", saudou Trump, que toma posse no próximo dia 20, e anteriormente tinha ameaçado com "o inferno" se o Hamas não libertasse as pessoas que mantém cativas desde que atacou solo israelita, em 07 de outubro de 2023, provocando o atual conflito.

Em comunicado, o Hamas defendeu que o acordo de cessar-fogo foi o resultado da "lendária tenacidade" do povo palestiniano e da "valente resistência" do grupo armado, e vai abrir "o caminho para a concretização de as aspirações de libertação" do território.

Segundo o primeiro-ministro do Qatar, a primeira fase da trégua começa às 12:15 locais (menos duas horas em Lisboa) de domingo e tem uma duração prevista de 42 dias.

Nessa altura, 33 israelitas de cem reféns, com prioridade a mulheres civis, crianças, idosos, doentes e feridos, são libertados em troca de cerca de um número não especificado mas na escala de centenas de prisioneiros palestinianos em posse de Israel.

Cabe ao Qatar, Egito, Estados Unidos, países que passaram o último ano a tentar mediar sem sucesso as partes, controlar a aplicação do acordo através de um mecanismo de vigilância estabelecido no Cairo.

O entendimento também prevê o regresso às suas casas (aos que ainda as têm) das populações deslocadas no enclave, incluindo na cidade de Gaza, e a entrada da ajuda humanitária no território devastado por 15 meses de guerra e que carece urgentemente de alimentos, água, medicamentos e reabilitação dos hospitais.

Ainda não é claro quando e quantos palestinianos deslocados poderão regressar às suas casas e se o acordo levará ao fim completo da guerra e à retirada total das tropas israelitas, as principais exigências do Hamas para a libertação dos restantes prisioneiros.

Os pormenores das fases dois e três da trégua serão negociados durante a vigência de 42 dias da primeira, segundo os mediadores, visando o fim completo das hostilidades e a libertação dos restantes reféns.

Milhares de palestinianos celebraram na Faixa de Gaza hoje à noite as primeiras notícias de um cessar-fogo, mas as autoridades locais, controladas pelo Hamas, recomendaram cautela e que ninguém se mexesse até ao anúncio oficial.

As famílias dos reféns acolheram com "enorme alegria e alívio" a revelação do pacto, deixando porém sinais de inquietação.

"É um importante passo em frente que nos aproxima do regresso de todos os reféns: os vivos, para reabilitação e os mortos, para um enterro adequado. Mas acompanha-nos uma profunda ansiedade e preocupação pela possibilidade de o acordo não ser cumprido na totalidade, deixando alguns reféns para trás", afirmou o Fórum das Famílias em comunicado.

Em todo o mundo, os líderes internacionais saudaram o entendimento e apelaram às partes para que o cumpram.

"Isto traz esperança a toda a região, onde as pessoas suportaram um enorme sofrimento durante demasiado tempo", declarou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, desejando que "ambas as partes em conflito cumpram este acordo na totalidade, como um trampolim para uma estabilidade duradoura na região e uma resolução diplomática do conflito".

No mesmo sentido, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, instou Israel e Hamas a garantirem que o cessar-fogo seja totalmente implementado.

Numa breve declaração à imprensa, em Nova Iorque, Guterres, largamente visado por Israel durante o período de guerra alegando parcialidade, indicou que a prioridade a partir de agora deve ser "aliviar o tremendo sofrimento causado por este conflito".

Apesar de Donald Trump se ter antecipado às entidades oficiais envolvidas nas negociações, o Presidente cessante norte-americano, Joe Biden, afirmou que a sua administração e a equipa do seu sucessor "dialogaram como uma equipa" durante as conversações, justificando ter consciência de que o acordo terá de ser implementado já na vigência do próximo mandato na Casa Branca.

Muitas questões de longo prazo sobre a Faixa de Gaza no pós-guerra permanecem, incluindo quem governará o território ou supervisionará a gigantesca tarefa de reconstrução após um conflito brutal, que custou a vida a cerca de 1.200 pessoas no ataque do Hamas em 07 de outubro de 2023 em Israel e de mais de 46 mil no enclave palestiniano, de acordo com o grupo palestiniano, e que desestabilizou o Médio Oriente, gerando protestos em todo o mundo.


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