sábado, 12 de abril de 2025

Guiné-Bissau : O Consórcio da Casa dos Direitos é a mais recente estrutura da sociedade civil da Guiné-Bissau a reagir à "perseguição" do presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) e considera "atropelos" aos direitos fundamentais do ativista, a presença este sábado (12.04) de homens armados na sua residência.

Por RCF  12/04/2025

Casa dos Direitos denuncia "atropelos" aos direitos fundamentais de Bubacar Turé 

O Consórcio da Casa dos Direitos é a mais recente estrutura da sociedade civil da Guiné-Bissau a reagir à "perseguição" do presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) e considera "atropelos" aos direitos fundamentais do ativista, a presença este sábado (12.04) de homens armados na sua residência. 

A estrutura representada por dez organizações da sociedade civil pede, em comunicado, uma investigação ao caso e a responsabilização dos autores da invasão da residência do presidente da LGDH.

Para a Casa dos Direitos, os objetivos de elementos que estiveram na Casa de Turé era "intimidar, silenciar e reprimir a liberdade de expressão na Guiné-Bissau".

Eis o comunicado na íntegra.

Os membros do consórcio da Casa dos Direitos, tomaram o conhecimento, através de familiares do Presidente da LGDH, Dr. Bubacar Turé, de que no dia 12, às 09 horas, seis homens não identificados invadiram a sua residência familiar para buscas ilegais.

Os homens alegaram ser agentes de justiça sem, no entanto, exibir qualquer notificação ou mandado judicial, insistiram em notificá-lo, e entraram, sem permissão, na sua residência familiar.

A confirmarem-se estes factos, em particular as alegações destes homens de serem agentes da justiça, a sua atuação decorreu à margem de todas as prerrogativas legais e configura um atropelo aos direitos fundamentais do cidadão Bubacar Turé com o objetivo de o intimidar, silenciar e reprimir a liberdade de expressão na Guiné-Bissau.

Exortamos, por isto o Estado da Guiné-Bissau, e em particular ao governo, a :

1. Investigar os factos denunciados pelos familiares do Dr. Bubacar Turé, e responsabilizar os seus autores pelos atos ilegais cometidos.

2. Assegurar que quaisquer suspeitas que recaiam sobre o Presidente da Liga dos Direitos Humanos são investigadas nos termos da Lei, respeitando o devido processo legal e com a máxima transparência.

3. Garantir a todos os cidadãos e em particular ao Presidente da Liga dos Direitos Humanos, o pleno gozo dos seus direitos de liberdade de expressão e de mobilidade.

4. Assegurar e respeitar os direitos humanos consagrados na Constituição e demais legislação em todas as suas atuações.

A Liga Guineense dos Direitos Humanos é um dos membros do Consórcio da Casa dos Direitos. Nós, membros do Consórcio da Casa dos Direitos, manifestamos a nossa profunda solidariedade ao Dr. Bubacar Turé, e a toda a sua família pela perseguição e invasão de privacidade.

Bissau, 12 de abril de 2025

O Consórcio da Casa dos Direitos

ACEP-Associação para Cooperação Entre os Povos

AD-Ação Para Desenvolvimento

AMIC-Associação dos Amigos das Crianças

AMPROCS-Associação das Mulheres Profissionais de Comunicação Social

LGDH-Liga Guineense dos Direitos Humanos

MIGUILAN-Mindjeris di Guiné Nô Lanta

RENAJ-Rede Nacional das Associações Juvenis

RENARC-Rede Nacional das Rádios Comunitárias

RENLUV-Rede Nacional de Luta Contra Violência Baseada no Género

TINIGUENA

A Ucrânia triplicou a produção de armas em 2024 para 9.000 milhões de dólares (cerca de 7,9 milhões de euros) e espera que a capacidade potencial de produção do país atinja 35.000 milhões em 2025, foi hoje anunciado.

Por LUSA   12/04/2025

Ucrânia triplica produção de armas para 9.000 milhões de dólares em 2024

A Ucrânia triplicou a produção de armas em 2024 para 9.000 milhões de dólares (cerca de 7,9 milhões de euros) e espera que a capacidade potencial de produção do país atinja 35.000 milhões em 2025, foi hoje anunciado.

Oministro das Indústrias Estratégicas ucraniano, German Smetanin, afirmou que a produção de armas atingiu 1.000 milhões de dólares em 2022 e em 2023 e triplicou para 3.000 milhões de dólares em 2023.

A produção de mísseis também registou um forte crescimento em 2024, afirmou o ministro numa conferência sobre a produção militar ucraniana, segundo a RBC-Ucrânia.

"Em 2023, produzimos apenas um míssil de cruzeiro Neptune. No ano passado, novos produtos aumentaram a produção em oito vezes", observou.

A Ucrânia introduziu novos mísseis de cruzeiro e drones de lançamento de mísseis em 2024, incluindo Palianitsia, Peklo, Ruta e Bars.

Em outubro passado, o Presidente da Ucrânia, Volodymir Zelensky anunciou também o desenvolvimento de um novo míssil balístico.

Smetanin acrescentou que os mísseis Long Neptune e os mísseis balísticos ucranianos são utilizados mensalmente.

Além dos mísseis, a Ucrânia aumentou a produção de equipamento crítico para o campo de batalha. A produção de munições de artilharia e de morteiros aumentou 2,4 vezes.


Leia Também: Rússia denuncia novas violações de trégua na Ucrânia


Prepare-se para mais "uma mudança alucinante": a expansão do Universo "pode parar e voltar a colapsar"

Por Ashley Strickland, CNN

A astronomia é sempre tão fascinante

 Mais uma mudança alucinante”: novos dados sugerem que a misteriosa energia escura está a evoluir

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Novas pistas de um dos mais extensos estudos do cosmos até à data sugerem que a misteriosa energia escura pode estar a evoluir de uma forma que pode mudar a forma como os astrónomos compreendem o universo.

A energia escura é um termo que os cientistas utilizam para descrever uma energia ou força que acelera a expansão do universo. Mas embora represente 70% da energia do cosmos, os investigadores ainda não fazem ideia do que é exatamente a energia escura, diz Mustapha Ishak-Boushaki, professor de Física e Astrofísica na Universidade do Texas, em Dallas, EUA.

Ishak-Boushaki é copresidente de um grupo de trabalho para a colaboração do Instrumento Espectroscópico de Energia Escura, conhecido por DESI. O instrumento, agora no seu quarto ano de observação do céu, pode observar a luz de 5000 galáxias ao mesmo tempo. Quando o projeto terminar no próximo ano, terá medido a luz de cerca de 50 milhões de galáxias.

A colaboração, que inclui mais de 900 investigadores, permitiu a partilha de dados dos primeiros três anos de observações do DESI. Entre as descobertas contam-se as medições de cerca de 15 milhões de galáxias e quasares, alguns dos objetos mais brilhantes do Universo. Ishak-Boushak ajudou a liderar a análise dos últimos dados do DESI, que sugerem que a energia escura - há muito designada por “constante cosmológica”, uma vez que os astrónomos pensavam que era imutável - está a comportar-se de forma inesperada e pode mesmo estar a enfraquecer com o tempo.

“A descoberta da energia escura há quase 30 anos foi já a maior surpresa da minha vida científica”, afirma David Weinberg, professor de Astronomia na Universidade Estatal do Ohio, que contribuiu para a análise do DESI. “Estas novas medições oferecem as provas mais fortes até agora de que a energia escura evolui, o que seria mais uma mudança alucinante para a nossa compreensão de como o Universo funciona.”

As descobertas colocam os astrónomos mais perto de desmascarar a natureza misteriosa da energia escura, o que pode significar que o modelo padrão de como o universo funciona também pode precisar de uma atualização, dizem os cientistas.

Um olhar profundo sobre o universo

O Instrumento Espectroscópico de Energia Escura está no topo do telescópio de quatro metros Nicholas U. Mayall, da Fundação Nacional de Ciência no Observatório Nacional de Kitt Peak, em Tucson, Arizona, EUA. Os 5.000 “olhos” de fibra ótica do instrumento e a sua extensa capacidade de observação estão a permitir aos cientistas construir um dos maiores mapas 3D do universo e acompanhar a forma como a energia escura influenciou e moldou o cosmos ao longo dos últimos 11 mil milhões de anos.

O Telescópio Mayall, de 4 metros, está localizado acima do horizonte no Arizona foto Marilyn Sargent/The Regents of the University of California, Lawrence Berkeley National Laboratory

A luz de objetos celestes como as galáxias demora algum tempo a chegar à Terra, o que significa que o DESI pode efetivamente ver como era o cosmos em diferentes momentos, desde há milhares de milhões de anos até ao presente.

“O DESI é diferente de qualquer outra máquina em termos da sua capacidade de observar objetos independentes em simultâneo”, diz John Moustakas, professor de Física no Siena College e coordenador da publicação dos dados.

As mais recentes descobertas incluem dados sobre mais do dobro dos objetos cósmicos que foram analisados e apresentados há menos de um ano. Essas revelações de 2024 sugeriram pela primeira vez a forma como a energia escura pode estar a evoluir.

“O nosso objetivo é deixar que o Universo nos diga como funciona e talvez o Universo nos esteja a dizer que é mais complicado do que pensávamos”, afirma Andrei Cuceu, investigador de pós-doutoramento no Laboratório Nacional Lawrence Berkeley do Departamento de Energia dos EUA, que gere o DESI, e copresidente do grupo de trabalho Lyman-alpha do DESI. “É interessante e dá-nos mais confiança ver que muitas linhas de evidência diferentes estão a apontar na mesma direção.”

Evidências cósmicas crescentes

O DESI pode medir aquilo a que os cientistas chamam a escala da oscilação acústica dos bariões, ou BAO - essencialmente a forma como os eventos que ocorreram no início do Universo deixaram para trás padrões na distribuição da matéria no cosmos. Os astrónomos olham para a escala BAO, com separações de matéria de cerca de 480 milhões de anos-luz, como uma régua padrão.

“Esta escala de separação é como uma régua gigantesca no espaço que podemos usar para medir distâncias e usamos a combinação destas distâncias e redshifts (velocidade a que os objetos se afastam de nós) para medir a expansão do Universo”, diz Paul Martini, coordenador da análise e professor de Astronomia na Universidade Estatal do Ohio.

Medir a influência da energia escura ao longo da história do Universo mostra como tem sido uma força dominante.

Os investigadores começaram a reparar que, quando combinaram estas observações com outras medições da luz em todo o Universo, tais como a explosão de estrelas, a luz distorcida pela gravidade de galáxias distantes e a luz que sobrou dos primórdios do Universo, denominada fundo cósmico de micro-ondas, os dados do DESI mostram que o impacto da energia escura pode estar a enfraquecer ao longo do tempo.

“Se isto continuar, a energia escura acabará por deixar de ser a força dominante no Universo”, afirma Ishak-Boushak. "Por conseguinte, a expansão do Universo deixará de acelerar e manter-se-á a um ritmo constante ou, nalguns modelos, poderá mesmo parar e voltar a colapsar. Claro que estes futuros são muito remotos e levarão milhares de milhões de anos a acontecer. Há 25 anos que trabalho com a questão da aceleração cósmica e a minha perspetiva é que, se as provas continuarem a aumentar, e é provável que isso aconteça, então será um grande acontecimento para a cosmologia e para toda a física."

A faixa cintilante da galáxia Via Láctea pode ser vista à esquerda do telescópio foto KPNO/NOIRLab/NSF/AURA/R.T. Spark

Resolver um mistério duradouro

Ainda não há provas suficientes para declarar uma descoberta inovadora que afirme definitivamente que a energia escura está a evoluir e a enfraquecer, mas isso pode mudar dentro de alguns anos, considera Ishak-Boushak.

“A minha primeira grande questão é se continuaremos a ver provas da evolução da energia escura à medida que as nossas medições forem melhorando”, diz, por sua vez, Paul Martini. "Se chegarmos ao ponto em que as provas são esmagadoras, então as minhas próximas perguntas serão: como é que a energia escura evolui? E quais são as explicações físicas mais prováveis?".

A publicação dos novos dados pode também ajudar os astrofísicos a compreender melhor a evolução das galáxias e dos buracos negros e a natureza da matéria escura. Embora a matéria escura nunca tenha sido detetada, acredita-se que constitua 85% da matéria total do Universo.

Os cientistas envolvidos na colaboração estão ansiosos por melhorar as suas medições utilizando o DESI.

“Qualquer que seja a natureza da energia escura, vai moldar o futuro do nosso universo”, diz Michael Levi, diretor do DESI e cientista do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley. “É notável que possamos olhar para o céu com os nossos telescópios e tentar responder a uma das maiores questões que a humanidade alguma vez colocou.”

Uma nova experiência chamada Spec-S5, ou Stage 5 Spectroscopic Experiment, podia medir mais de 10 vezes mais galáxias do que a DESI para estudar tanto a energia escura como a matéria escura, diz Martini.

“A Spec-S5 usaria telescópios nos hemisférios norte e sul para mapear galáxias em todo o céu”, explica Martini. “Estamos também entusiasmados com a forma como o telescópio Vera Rubin estudará as supernovas e fornecerá um conjunto de dados novos e uniformes para estudar a história da expansão do Universo.”

Outros observatórios espaciais, como o telescópio espacial Euclid e o Telescópio Espacial Nancy Grace Roman, cujo lançamento está previsto para 2027, também contribuirão com mais medições importantes da matéria escura e da energia escura nos próximos anos, que podem ajudar a preencher as lacunas, diz Jason Rhodes, um cosmólogo observacional do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA em Pasadena, Califórnia. Rhodes, que não está envolvido no DESI, é o líder científico do Euclid nos EUA e investigador principal da equipa científica de energia escura do Euclid da NASA.

Rhodes, que considera os resultados intrigantes, afirma que os dados mostram uma tensão ligeira mas persistente entre as medições dos primeiros tempos do universo e as do universo posterior.

“Isto significa que o nosso modelo mais simples de energia escura não permite que o universo primitivo que observamos evolua para o universo tardio que observamos. Os resultados do DESI - e alguns outros resultados recentes - parecem indicar que é preferível um modelo mais complexo de energia escura. Isto é verdadeiramente excitante porque pode significar que uma nova física, desconhecida, governa a evolução do Universo. O DESI deu-nos resultados tentadores que podem indicar que é necessário um novo modelo de cosmologia.”

O enviado especial do Presidente norte-americano para a Ucrânia, Keith Kellogg, procurou esclarecer este sábado na sua conta da rede social X que em nenhum momento defendeu "uma divisão" da Ucrânia.

Por LUSA   12/04/2025

Enviado de Trump esclarece que não defendeu "divisão" da Ucrânia

O enviado especial do Presidente norte-americano para a Ucrânia, Keith Kellogg, procurou esclarecer este sábado na sua conta da rede social X que em nenhum momento defendeu "uma divisão" da Ucrânia.

Numa publicação que destacava a entrevista com o enviado de Donald Trump para a Ucrânia, Keith Kellogg, o The Times referiu-se a uma "divisão" da Ucrânia como parte de um possível acordo de paz.

Mas Keith Kellogg considerou que as suas palavras tinham sido "mal interpretadas".

"Estava a falar de uma força de resistência pós-cessar-fogo em apoio da soberania da Ucrânia. Estava a referir-me às áreas de responsabilidade de uma força aliada (sem tropas americanas). Não estava a referir-me a uma divisão da Ucrânia", escreveu no X, rejeitando a ideia de uma redefinição territorial.

A Ucrânia pós-conflito poderá assemelhar-se a uma "Berlim pós-Segunda Guerra Mundial", com a presença de forças europeias e russas separadas pelo rio Dnieper, descreveu o enviado dos EUA Keith Kellogg ao jornal britânico The Times, hoje divulgada.

Depois de mais de três anos de guerra, desencadeada pela invasão russa em 24 de fevereiro de 2022, e de progressos extremamente limitados no sentido de uma trégua, vários países, como a França e o Reino Unido, manifestaram o apoio à ideia de uma presença militar europeia de manutenção da paz na Ucrânia, oferecendo-se mesmo para fazer parte desta quando o conflito terminar.

"Quase poderia fazer lembrar o que aconteceu com Berlim depois da Segunda Guerra Mundial, quando havia uma zona russa, uma zona francesa, uma zona britânica, uma zona americana", descreveu o general Kellogg, na entrevista publicada no The Times.

E para substituir o muro de separação construído em 1961 na capital alemã - e depois derrubado em 1989, no auge do colapso da URSS - o enviado norte-americano está a pensar no rio Dnieper, "um grande obstáculo natural" que corta a Ucrânia e mesmo Kiev de norte a sul.

Segundo Kellogg, uma presença anglo-francesa sob a forma de uma "força de garantia da paz" a oeste do Dnieper não seria "nada provocatória" para Moscovo. A Rússia ficaria a leste, com as tropas ucranianas no meio.

No entanto, consciente de que o Presidente russo, Vladimir Putin, poderia "não aceitar" esta proposta, Keith Kellogg sugeriu também o estabelecimento de uma "zona desmilitarizada" entre as linhas ucranianas e russas. O objetivo é garantir que não haja troca de tiros.

"Olhamos para um mapa e criamos, por falta de um termo melhor, uma zona desmilitarizada (DMZ). Os dois lados recuam 15 quilómetros cada um", explica.

Desde 1953 que existe entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul uma zona tampão pós-guerra, embora com apenas quatro quilómetros de largura.

"Agora, haverá violações? Provavelmente, porque há sempre. Mas a nossa capacidade de monitorizar isso é fácil", disse.

Kellogg disse ainda que Washington não enviaria quaisquer tropas terrestres para a força de segurança na Ucrânia.


Leia Também: Enviado de Trump sugere divisão da Ucrânia para a paz: "Algo como Berlim"


Após agressões na Sede Nacional ontem, Eduardo Sanco, membro do Conselho Nacional da Jurisdição e Fiscalização do PAIGC, promove conferência de imprensa.

Acorda frequentemente durante a noite para ir à casa de banho? Saiba porque é que isso acontece

Por CNN  12/04/2025

Nota do editor: O Dr. Jamin Brahmbhatt é urologista e cirurgião robótico no Orlando Health e professor assistente na Faculdade de Medicina da Universidade da Flórida Central

Estou a escrever este artigo às 02:00.

Não porque sofra de insónias, mas porque acabei de acordar para ir à casa de banho. Às vezes, volto a adormecer imediatamente. Outras, como esta noite, o meu cérebro entra em ação e começa a pensar no trabalho, na família e até no mercado de ações (um péssimo ponto de partida para tentar adormecer de novo). Em vez de percorrer as redes sociais sem rumo, pensei: “Porque não escrever sobre a minha experiência?”.

Estou na casa dos 40 anos, sou saudável e, de forma geral, durmo bem. No entanto, nos últimos tempos, tenho notado que acordo frequentemente durante a noite para urinar. Por vezes, volto a adormecer rapidamente; outras vezes, como nesta madrugada, é difícil retomar o sono.

Como sou urologista, tenho experiência para lidar com este tipo de sintomas nos meus pacientes. E, para ser sincero, acho que já sei o que está a causar o meu problema.

Recentemente, comecei a beber um chá noturno “relaxante” para me ajudar a acalmar e a dormir melhor. No entanto, percebi que, em vez de me ajudar a dormir a noite toda, estou a acordar mais vezes para urinar. O motivo? Esse chá pode ter um efeito diurético natural, forçando o meu corpo a eliminar mais líquidos e, consequentemente, irritando a minha bexiga.

Porque é que continua a acordar para ir à casa de banho durante a noite?

A maioria das pessoas pensa que acordar para urinar é apenas um problema de bexiga, mas na verdade as causas podem ser diversas. Às vezes, são hábitos de hidratação, outras vezes, alterações hormonais, medicação ou até distúrbios do sono não diagnosticados.

Provavelmente, já passou por algo semelhante: acorda uma ou duas vezes durante a noite (ou mais), e, em algumas noites, o problema parece ser esporádico, enquanto noutras se torna uma constante. Seja qual for o caso, não está sozinho. A micção nocturna frequente, conhecida medicamente como noctúria, é uma das perturbações do sono mais comuns, afetando muitos dos meus pacientes e inúmeras outras pessoas. Embora muitas vezes seja vista como uma consequência da idade, por vezes pode ser um sinal de que há algo mais a acontecer.

Se continuar a acordar à noite para ir à casa de banho, mesmo depois de cortar líquidos ou ajustar a sua alimentação, pode ser um sinal de um problema de saúde mais profundo. Hipertensão, diabetes descontrolada ou até apneia do sono podem ser alguns dos fatores subjacentes a este problema.

Antes de culpar totalmente a bexiga, vejamos algumas das razões mais comuns para a noctúria.

Estará a beber ou a comer em excesso antes de se deitar?

O que consome antes de dormir faz toda a diferença. Pode pensar que a culpa é da sua bexiga, mas os seus hábitos noturnos de comer e beber podem estar a sabotar o seu sono.

Bebidas com cafeína, álcool e até alguns chás de ervas podem atuar como diuréticos, aumentando a produção de urina. Um copo de vinho ou café à noite pode ser a causa do seu despertar a meio da madrugada. Alguns chás, mesmo os “relaxantes”, como a camomila ou a valeriana, podem ter efeitos diuréticos ligeiros. É certo que pode ajudar a adormecer, mas também pode fazer com que acorde mais vezes para urinar.

Além do que bebe, o que come também conta. Alimentos ricos em água, como melancia, pepino, aipo, laranjas e uvas, podem contribuir para o aumento da produção de urina. Uma salada ou uma taça de fruta antes de dormir pode ser saudável, mas também pode ser o motivo de ter que se levantar várias vezes durante a noite.

O que pode fazer? Tente evitar bebidas e alimentos ricos em água nas duas horas antes de dormir. Se suspeitar que o seu chá noturno está a ser o culpado, experimente deixá-lo de lado durante algumas noites para ver se o seu sono melhora. Registar o que come e bebe antes de dormir pode ajudá-lo a identificar os fatores desencadeantes.

As suas hormonas estão a mudar

À medida que envelhecemos, a produção de hormona antidiurética (ADH) diminui. Esta hormona envia sinais para os rins reterem líquidos durante a noite. Com níveis mais baixos de ADH, a produção de urina aumenta, resultando em mais idas à casa de banho durante a noite.

Nas mulheres, as alterações hormonais associadas à menopausa também podem contribuir para a noctúria. A redução dos níveis de estrogénio pode afetar a capacidade da bexiga e enfraquecer os músculos do pavimento pélvico, aumentando a urgência urinária, especialmente à noite.

Nos homens, as alterações hormonais relacionadas com a próstata podem ser um fator. O aumento da próstata (hiperplasia benigna da próstata) pode comprimir a bexiga e a uretra, causando micção incompleta e necessidade de ir mais vezes à casa de banho, sobretudo durante a noite.

Pode ser um sinal de um problema maior?

A micção noturna frequente pode ser mais do que um simples incómodo – pode ser um sinal de algo mais grave. Hipertensão, diabetes e apneia do sono são algumas das condições que podem estar por trás deste sintoma.

A apneia do sono, em particular, pode levar a despertares frequentes durante a noite. Embora muitas pessoas atribuam esses despertares à bexiga, na realidade são causados por padrões respiratórios perturbados, que estimulam a produção de urina.

Os medicamentos podem estar a influenciar

Medicamentos, como os diuréticos (comprimidos de água) usados para controlar a hipertensão ou problemas cardíacos, podem aumentar significativamente a micção durante a noite. Outros medicamentos - incluindo antidepressivos, sedativos, relaxantes musculares, medicamentos para a diabetes e bloqueadores dos canais de cálcio - também podem influenciar a função da bexiga ou o equilíbrio dos fluidos, agravando inadvertidamente a noctúria.

Se os medicamentos parecerem estar a contribuir para o problema, peça ao seu médico para ajustar as doses ou os horários. A simples toma de diuréticos ao início do dia pode ajudar a evitar despertares durante a madrugada sem comprometer a eficácia do tratamento.

Os ciclos de sono mudam à medida que envelhece

Por vezes, não é bem a bexiga que o está a acordar - está a acordar na mesma. À medida que envelhecemos, passamos menos tempo num sono não profundo de movimento rápido dos olhos, ou REM, o que resulta num sono mais leve e num despertar mais fácil. Pequenas perturbações, como ruídos, movimentos ou uma bexiga ligeiramente cheia, podem agora interromper facilmente o sono.

Quando era mais jovem, o seu corpo podia ignorar pequenos sinais da bexiga e continuar a dormir. Com a idade, o sono torna-se fragmentado, o que aumenta a probabilidade de acordar e de registar a vontade de urinar. Isto explica o facto de a noctúria se agravar frequentemente mesmo com uma bexiga saudável.

Melhorar a higiene geral do sono, mantendo uma hora de deitar consistente, mantendo o quarto escuro e fresco e evitando os ecrãs antes de dormir, pode ajudá-lo a dormir mais profundamente. Se acordar por breves instantes, tente relaxar e voltar a dormir antes de ir automaticamente à casa de banho.

Ouça o seu corpo

Se acordar frequentemente durante a noite para ir à casa de banho, não aceite isso como algo normal. A micção nocturna frequente pode estar a sabotar o seu sono, o seu bem-estar e até a sua saúde geral. Pequenas alterações no estilo de vida, como manter um horário de sono consistente, ter o quarto escuro e fresco e evitar ecrãs antes de dormir podem ajudá-lo a dormir mais profundamente. No entanto, se o problema persistir, vale a pena procurar um médico para investigar possíveis causas subjacentes.

Da próxima vez que acordar à noite para ir ao banheiro, preste atenção. O seu corpo pode estar a enviar uma mensagem importante.

(Ah, e não se esqueça de instalar algumas luzes noturnas no corredor – para evitar acidentes).

O enviado especial do Presidente norte-americano para a Ucrânia, Keith Kellogg, admitiu hoje a divisão do país em três zonas separadas num acordo de paz com a Rússia, comparando a solução com a Alemanha pós-2.ª Guerra Mundial.

Por LUSA 
Enviado de Trump sugere divisão da Ucrânia para a paz: "Algo como Berlim" 

O enviado especial do Presidente norte-americano para a Ucrânia, Keith Kellogg, admitiu hoje a divisão do país em três zonas separadas num acordo de paz com a Rússia, comparando a solução com a Alemanha pós-2.ª Guerra Mundial.

Em entrevista ao jornal britânico The Times, Kellogg propôs estabelecer no oeste da Ucrânia uma "força de segurança" liderada pelo Reino Unido e pela França e concentrar as tropas ucranianas a leste do rio Dnipro, servindo este como linha de separação entre as duas zonas.

Os territórios ucranianos atualmente sob ocupação seriam controlados pelas forças russas.  

"Quase poderia fazer-se algo parecido com o que aconteceu a Berlim depois da Segunda Guerra Mundial, quando havia uma zona russa, uma zona francesa, uma zona britânica e uma zona americana", disse. 

 Embora o Kremlin tenha rejeitado repetidamente a ideia de as tropas europeias monitorizarem um cessar-fogo na Ucrânia, Kellogg disse que uma força liderada pelo Reino Unido e pela França no oeste da Ucrânia "não seria nada provocatória" para a Rússia. 

 "Estaria a oeste [do Dnipro], o que é um grande obstáculo", disse o general norte-americano, que apesar de ser enviado para a Ucrânia tem sido secundarizado no papel em relação a Steve Witkoff, que é o emissário do Presidente Donald Trump para o Médio Oriente. 

 Kellogg propôs ainda a criação de uma zona desmilitarizada de 29 quilómetros no leste da Ucrânia, ao longo da atual linha da frente, para servir de barreira entre as tropas russas e ocidentais.  

"Olha-se para um mapa e cria-se, à falta de melhor termo, uma zona desmilitarizada [DMZ]. Levem-se ambos os lados 15 quilómetros para trás", disse Kellogg. 

 "E teríamos uma DMZ que pode ser monitorizada, e esta (...) zona de cessar-fogo pode ser monitorizada com bastante facilidade", adiantou. 

 O general norte-americano admitiu que a Rússia pode não aceitar a proposta e que as condições do cessar-fogo poderão ser violadas. "Agora, haverá violações? Provavelmente, porque há sempre. Mas a nossa capacidade de monitorizar isso é fácil", disse.

  Kellogg disse ainda que Washington não enviaria quaisquer tropas terrestres para a força de segurança na Ucrânia.

  E alertou a França e o Reino Unido para não contarem com o apoio norte-americano à aliança de países europeus e da Commonwealth que se comprometeram a fornecer garantias de segurança à Ucrânia após um cessar-fogo. 

 "Planeiem sempre para o pior cenário", aconselhou.  

Kellogg acrescentou ainda que a força de segurança da coligação seria capaz de enviar uma mensagem eficaz ao Presidente russo, Vladimir Putin. 

 Os comentários de Kellogg marcam a primeira vez que uma alta autoridade norte-americana propõe o Dnipro como uma linha de demarcação na Ucrânia no pós-guerra.

  A proposta surge no mesmo dia em que o enviado especial de Trump para o Médio Oriente, Steve Witkoff, se encontrou em São Petersburgo com o Presidente russo, Vladimir Putin, para discutir um futuro acordo de paz na Ucrânia.  

O plano de Kellogg para dividir a Ucrânia, no entanto, implicaria deixar sob controlo russo as regiões ocupadas ilegalmente, e o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, já afirmou que o seu país nunca reconhecerá estes territórios como legalmente russos.  

Trump manifestou hoje frustração com a falta de progressos entre a Ucrânia e a Rússia, através da porta-voz da Casa Branca.  

"O Presidente [Trump] foi muito claro ao expressar a contínua frustração com ambos os lados deste conflito e quer ver o fim da guerra", declarou a porta-voz à imprensa na Casa Branca.  

No entanto, a porta-voz indicou que os Estados Unidos mantêm influência suficiente para negociar um acordo de paz e Trump está determinado a avançar.  

O político republicano, que no regresso à Casa Branca em janeiro defendeu uma aproximação ao Kremlin e teceu duras críticas ao homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, manifestou recentemente insatisfação com os contínuos bombardeamentos russos na Ucrânia e falta de compromisso de Moscovo com uma trégua.  

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.  

COMUNICADO CONJUNTA




sexta-feira, 11 de abril de 2025

MÉDICOS E ENFERMEIROS MILITAR TREINADOS EM SUPORTE BÁSICO E SOCORRISMO

Por RSM: 11-04-2025

Cerca de uma centena dos médicos e enfermeiros militares foram treinados ao longo das últimas três semanas, em Bissau, no domino de suporte básico e socorrismo por um grupo de militares portugueses.  

Os treinos terminaram esta sexta-feira (11-04), com a entrega dos certificados, que segundo o embaixador de Portugal, Miguel Cruz Silvestre, são reconhecidos internacionalmente.  

O ministro da Defesa Nacional, Dionísio Cabi, elogia os esforços da missão portuguesa na transmissão dos conhecimentos técnicos e práticos porque vão fortalecer a capacidade do setor da saúde militar guineense.  

O governante felicitou, por outro lado, os formandos pela dedicação e compromisso demonstrados ao longo das semanas de formação e exortou-os a que os conhecimentos não sejam apenas um conjunto de técnicas e procedimentos, mas sim, uma responsabilidade perante as forças armadas e o país.    

WARDIP: TRATAMENTO E PROTEÇÃO DE DADOS PESSOAIS E NÃO PESSOAIS PODEM ATRAIR INVESTIMENTOS E IMPULSIONAR O CRESCIMENTO ECONÔMICO NA GUINÉ-BISSAU

Por RSM: 11-04-2025

A especialista em salvaguarda social do Programa de Integração Digital Regional da África Ocidental na Guiné-Bissau (WARDIP), Irina Feio, afirmou que o tratamento e a proteção de dados pessoais e não pessoais podem atrair investimentos e impulsionar o crescimento econômico do país.

A declaração foi feita durante coletiva de imprensa no encerramento de um encontro de dois dias, realizado entre quarta e quinta-feira, para apresentação e validação dos instrumentos jurídicos da Política Nacional de Governança e Proteção de Dados Pessoais e Não Pessoais.

Ao longo do evento, os debates concentraram-se na análise da proposta de Lei de Proteção de Dados Pessoais e Não Pessoais, na validação da política nacional de governança de dados, na proteção jurídica de bancos de dados e nos mecanismos para o livre fluxo de dados não pessoais.

A especialista destacou que este é apenas o primeiro de uma série de encontros que serão realizados para disseminar informações sobre a proteção de dados pessoais e não pessoais no país.

O Projeto de Lei sobre Proteção de Dados visa estabelecer uma base legal robusta para a gestão responsável de dados, assegurando a privacidade dos cidadãos e promovendo o interesse público no contexto da transformação digital pela qual a Guiné-Bissau está caminhando.

Encerrou hoje o curso do primeiro socorro para 87 enfermeiros e médicos em saúde militar. A formação de três semanas foi administrada por médicos do Estado Maior General das Forças Armadas Portuguesas. O Ministro da Defesa Nacional, Dionísio Kabi encerrou o curso.

O parlamento finlandês aprovou hoje uma proposta do Governo para proibir os cidadãos russos de comprar bens imobiliários na Finlândia por razões de segurança.

Por LUSA   11/04/2025

Finlândia proíbe russos de comprar imóveis por razões de segurança

O parlamento finlandês aprovou hoje uma proposta do Governo para proibir os cidadãos russos de comprar bens imobiliários na Finlândia por razões de segurança.

A decisão constitui um exercício de "demonstração da unanimidade nacional", afirmou o ministro da Defesa, Antti Hakkanen, citado pela agência de notícias espanhola Europa Press.

Hakkanen disse que a proposta visa reforçar a segurança nacional e congratulou-se com o apoio do parlamento, segundo um comunicado do ministério.

A lei será aplicada por fases e afetará todos os cidadãos cujos países "estejam a travar uma guerra de agressão e possam ameaçar a segurança nacional da Finlândia".

A proposta teve por base uma ideia inicial em que a Rússia foi apontada como uma nação desestabilizadora.

O ministro disse que o objetivo é minimizar os possíveis riscos, uma vez que a compra de imóveis "pode ser uma outra forma de influência hostil".

Acrescentou que já está a ser trabalhada outra legislação para melhorar a forma como se pode intervir em imóveis já adquiridos.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022 para "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho, que esteve sob a esfera de Moscovo até ao colapso da União Soviética em 1991.

Outra das razões para a invasão foi a aproximação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês) às fronteiras da Rússia com a adesão de países da esfera soviética.

Antes da invasão, Moscovo chegou a exigir o recuo da NATO para as fronteiras anteriores ao alargamento ao leste europeu, bem como garantias por tratado de que a Ucrânia e a Geórgia nunca seriam membros da Aliança Atlântica.

A NATO recusou tais exigências.

Na sequência da invasão da Ucrânia, a Finlândia aderiu à NATO em abril de 2023, pondo termo a uma política histórica de não-alinhamento militar.

A Suécia, que partilha uma fronteira marítima com a Rússia, fez o mesmo no ano seguinte.

A Finlândia partilha uma fronteira de 1.340 quilómetros com a Rússia que constitui uma parte significativa do flanco nordeste da NATO e funciona como fronteira externa da União Europeia no norte.

NATO apoia Ucrânia com 21 mil milhões, um recorde de financiamento militar

 SIC Notícias11/04/2025

A decisão foi anunciada pelo Reino Unido depois de uma reunião do grupo de contacto de defesa da Ucrânia, em Bruxelas. O encontro contou com mais de 50 países participantes, incluindo Portugal. A Ucrânia já agradeceu o apoio.

Os países da NATO comprometeram-se com um novo pacote de ajuda à Ucrânia de 21 mil milhões de euros. É um valor recorde do financiamento militar ao país.

A decisão foi anunciada pelo Reino Unido depois de uma reunião do grupo de contacto de defesa da Ucrânia, em Bruxelas. O encontro contou com mais de 50 países participantes, incluindo Portugal.

A Ucrânia já agradeceu o apoio.

"Estamos gratos pelas capacidades de coligação que foram apresentadas às nações líderes, às nações contribuidoras, e é uma das maiores ajudas que estamos a receber. Tal como anunciou o Ministro da Defesa britânico, John Healey, ouvimos as promessas de 21 mil milhões de euros na Europa, que é uma das maiores, e agradecemos a todas as nações que providenciaram esta ajuda", afirma Rustem Umero, ministro da Defesa da Ucrânia.

No que diz respeito aos anúncios individuais, Londres foi um dos que anunciou novos apoios.

"Quero anunciar aqui hoje mais 350 milhões de libras [407 milhões de euros] ", disse o ministro da Defesa do Reino Unido, John Healy, em conferência de imprensa no quartel-general da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).

O apoio adicional, que faz parte de um pacote de 5,2 mil milhões de euros para este ano, incluiu "minas antitanque" e "milhares de 'drones'" (veículos aéreos sem tripulação e pilotados remotamente), acrescentou o governante.

Já os 11.000 milhões de euros que o ministro da Defesa da Alemanha, Boris Pistorius, anunciou incluem quatro sistemas de defesa antiaérea IRIS-T, 100.000 munições de artilharia (as mais utilizadas pela Ucrânia para tentar debelar a invasão russa) e 15 carros de combate Leopard 1A5.

Apoio de Portugal

Portugal também fez um anúncio perante o Grupo de Contacto para a Ucrânia, organismo com cerca de 50 países presidido pelo Reino Unido e Alemanha que se reúne para fazer uma atualização do apoio prestado e decidir o que mais pode ser feito para auxiliar Kiev.

Lisboa vai enviar viaturas blindadas M113, "lanchas rápidas" e helicópteros, apesar de o tipo "ainda não estar definido", anunciou o secretário de Estado da Defesa Nacional, Álvaro Castelo Branco, parte de uma decisão de 221 milhões de euros, tomada em Conselho de Ministros de 27 de março.

Estes helicópteros são aeronaves de "que Portugal pode prescindir neste momento".

Um missionário norte-americano foi raptado na quinta-feira por homens armados quando estava a dar um sermão numa igreja na África do Sul, anunciou hoje a polícia, em comunicado.

Por LUSA  11/04/2025

Missionário norte-americano raptado por homens armados na África do Sul

Um missionário norte-americano foi raptado na quinta-feira por homens armados quando estava a dar um sermão numa igreja na África do Sul, anunciou hoje a polícia, em comunicado.

Opastor Josh Sullivan, de 45 anos, foi raptado na noite de quinta-feira de uma igreja Batista perto da cidade costeira de Gqeberha, no sudeste do país, declarou o reverendo Jeremy Hall.

Segundo as estatísticas das autoridades, em 2023/2024 registaram-se mais de 17.000 raptos na África do Sul, um aumento de 11% face ao ano anterior.

Em comunicado, a polícia informou que a meio de um sermão, "quatro homens armados e mascarados entraram na igreja" e "roubaram dois telemóveis antes de levarem o pastor com eles e fugirem".

Sullivan, que chegou à África do Sul com a sua família do Tennessee, Estados Unidos, em novembro de 2018, de acordo com o seu 'website' pessoal, estava a dirigir um serviço religioso com cerca de 30 pessoas, incluindo a mulher e seis filhos, quando os raptores entraram, disse o reverendo, que acreditava que o rapto tem, provavelmente, "motivações financeiras".

Os raptores forçaram-no a entrar no seu carro, que foi depois abandonado a cerca de um quilómetro da igreja.

Um cidadão chinês foi também raptado na terça-feira em Gqeberha, segundo a polícia.

Os raptos, sobretudo por grupos criminosos que visam pessoas a quem podem ser exigidos elevados resgates, aumentaram na África do Sul nos últimos anos.

Gorila mais velha em cativeiro assinala 68 anos. As imagens da celebração

Por LUSA   11/04/2025

A gorila conquistou o título de residente mais velha do zoológico no ano passado, na sequência da morte do flamingo Ingo, que teria pelo menos 75 anos.

Fatou, a gorila mais velha do mundo em cativeiro, foi presenteada com uma 'montanha' de fruta e vegetais, esta sexta-feira. A mais antiga residente do Jardim Zoológico de Berlim celebra 68 anos no sábado, mas as festividades começaram mais cedo, como é habitual.

Nascida em 1957, a gorila chegou ao zoológico em 1959, quando aquela zona era ainda Berlim Ocidental.

Como Fatou já não tem dentes, a sua comida tem ser fácil de ingerir. Ainda assim, o veterinário André Schüle assegurou que o animal “recebe os melhores cuidados possíveis”.

De facto, a gorila tem o seu próprio recinto, à parte dos outros cinco gorilas do zoológico, que têm entre quatro e 39 anos.

“Tem a paz que merece na sua idade avançada”, apontou Schüle.

A gorila conquistou o título de residente mais velha do zoológico no ano passado, na sequência da morte do flamingo Ingo, que teria pelo menos 75 anos e vivia no espaço desde 1955.

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Regiões - Registo Civil através de sistema eletrónico chega a Região de Cacheu

Cacheu, 11 abr 25 (ANG) - O Conservador do Registo Civil e Notariado da região de Cacheu, norte do país, garantiu  que   certidões de nascimento dos habitantes da Região já podem ser  feitos através do sistema eletrónico.

Segundo o Correspondente da ANG na região de Cacheu, Sori Djoco deu essa garantia ,quinta-feira, em Canchungo, no ato de distribuição dos Kits aos Oficiais de Registo Civil dos setores de Bula e São Domingos.

Sublinhou  que estão criadas as condições para o atendimento público dos cidadãos com a maior segurança dos documentos, dentro e fora da Guiné-Bissau.

 O Conservador afirmou que  o registo eletrónico vai contribuir para a redução, não só  da rejeição dos documentos guineenses na diáspora e nas Embaixadas, mas também facilitar-lhes na obtenção de residências e vistos para viagem.

A região de Cacheu conta com 11  Postos de Registo Civil, nomeadamente:  em Pecixe, Jeta, Caió, Canchungo, Calequisse, Cacheu, Bula, Ingoré, Bigene, São Domingos e Suzana. 

ANG/AG/ÂC//SG

MF || CORPO TÉCNICO DO FMI CONCLUI MISSÃO A GUINÉ-BISSAU

Por  Ministério das Finanças  11 de abril de 2025

 Os comunicados de imprensa no fim das missões incluem declarações das equipas técnicas do FMI que divulgam conclusões preliminares após uma visita a um país. As perspetivas expressas na presente declaração são inteira e exclusivamente do corpo técnico do FMI e não representam necessariamente a visão do seu Conselho de Administração. Esta missão não culminará numa discussão no Conselho de Administração.     

• Uma equipa do FMI visitou a Guiné-Bissau entre 2 e 10 de abril de 2025 para realizar a consulta de 2025 ao abrigo do Artigo IV e ainda discutir as políticas económicas que poderão servir de base à oitava avaliação do programa ao abrigo da Facilidade de Crédito Alargado (ECF, na sigla em inglês). • Prevê-se que o PIB cresça cerca de 5% em 2025, graças a termos de troca mais favoráveis e a um forte investimento privado. As autoridades continuam empenhadas em reduzir o défice orçamental para 3% do PIB, em conformidade com a meta do programa da ECF. 

• A equipa manteve um diálogo produtivo com as autoridades. As conversações prosseguirão durante as próximas reuniões da primavera do FMI/Grupo Banco Mundial, em abril, a fim de chegar a acordo sobre as políticas que sustentam a conclusão da oitava avaliação da ECF. Bissau: Uma equipa do Fundo Monetário Internacional (FMI) dirigida por Niko Hobdari esteve em Bissau de 2 a 10 de abril de 2025 para realizar a consulta de 2025 ao abrigo do Artigo IV e discutir as políticas económicas no contexto da oitava avaliação do acordo da ECF []. O acordo inicial foi aprovado pelo Conselho de Administração do FMI a 30 de janeiro de 2023 num montante total de 28,4 milhões de DSE (cerca de 37,8 milhões de dólares). Em 29 de novembro de 2023, o Conselho de Administração do FMI autorizou um aumento do acesso de 40% da quota (11,36 milhões de DSE).  

Na conclusão da missão, Niko Hobdari emitiu a seguinte declaração:  

“A equipa do FMI manteve um diálogo construtivo e produtivo com as autoridades da Guiné-Bissau, que reafirmaram o seu forte compromisso para com os objetivos do programa da ECF.   

“A economia da Guiné-Bissau mantém-se resiliente, apesar de um abrandamento do crescimento de 5,2% em 2023 para 4,7% em 2024, refletindo, em parte, a menor exportação de castanha de caju e os choques climáticos na produção agrícola. Prevê-se que os termos de troca sejam mais favoráveis em 2025, o que deverá contribuir para uma melhoria da posição externa e apoiar o crescimento económico. O défice orçamental deverá baixar para 3% do PIB, em conformidade com a meta do programa da ECF. Embora as previsões económicas continuem a ser favoráveis, estão sujeitas a riscos internos e externos significativos.  

“A equipa do FMI reiterou a necessidade de continuar a implementar as reformas acordadas no âmbito do programa da ECF que sustentam os esforços de consolidação orçamental e de manutenção da dívida pública numa trajetória descendente firme. Sublinhou a importância de respeitar as dotações inscritas no orçamento de 2025 a fim de apoiar a estabilidade macroeconómica, de resto uma condição necessária para criar as bases para um crescimento inclusivo e resiliente aos choques.  

“O diálogo no âmbito da consulta de 2025 ao abrigo do Artigo IV centrou-se nas políticas destinadas a: apoiar a diversificação económica para reduzir a dependência da castanha de caju; manter a sustentabilidade orçamental através da mobilização de receitas internas; e reforçar o capital humano e fortalecer a proteção social, incluindo uma avaliação dos níveis e resultados das despesas.  

“De futuro, uma maior mobilização das receitas internas e um controlo mais apertado das despesas serão fundamentais para apoiar a consolidação orçamental e criar espaço orçamental para a execução de despesas em infraestruturas e sociais. As autoridades devem também prosseguir os esforços para atenuar os riscos que a empresa pública de energia representa para o orçamento, reforçar a gestão da tesouraria e da dívida, e melhorar a governação. As recentes reformas realizadas no setor da energia são essenciais para apoiar o crescimento económico e devem ser prosseguidas com vista, nomeadamente, a diversificar a matriz energética e garantir uma fonte de energia de backup. A economia enfrenta significativos riscos no curto prazo em ano de eleições e no contexto de uma conjuntura externa difícil, caracterizada por um agravamento da fragmentação geopolítica e do comércio mundial.  

“A equipa aguarda com expetativa a continuação das discussões em torno da oitava avaliação do acordo da ECF nas próximas semanas, incluindo durante as reuniões da primavera do FMI/Grupo Banco Mundial. Gostaríamos de agradecer às autoridades e aos parceiros para o desenvolvimento pelo diálogo sincero e aberto."  

A equipa do FMI reuniu-se com S. Exa. o Presidente Sissoco Embaló, o Primeiro-Ministro Rui Barros, o Ministro das Finanças Ilídio Te, o Ministro da Economia, Planeamento e Integração Regional Soares Sambu, o Ministro da Energia José Carlos Casimiro, o Ministro dos Transportes e Telecomunicações Marciano Barbeiro e a Diretora Nacional do BCEAO Zenaida Cassama. Encontrou-se ainda com funcionários dos Ministérios das Finanças, da Economia, da Agricultura, das Pescas, da Justiça, da Saúde Pública, das Obras Públicas, da Direção Nacional do BCEAO, do Instituto Nacional de Estatística, entre outros. Também foram realizadas reuniões com representantes de empresas do setor público, bem como com os principais parceiros bilaterais e internacionais. 

https://www.imf.org/en/News/Articles/2025/04/10/pr-2599-guinea-bissau-imf-staff-completes-mission-to-guinea-bissau  Em Bissau, 11 de abril de 2025 www.mef.gw

Rússia recusa regresso às fronteiras de 1991 "por nada no mundo"

RUSSIAN FOREIGN MINISTRY PRESS SERVICE / HANDOUT/EPA

Almaty, Cazaquistão, 11 abr 2025 (Lusa) – A Rússia advertiu hoje que nunca regressará às fronteiras de 1991, quando a Ucrânia se tornou independente da União Soviética, reiterando que manterá os territórios ucranianos anexados, como a Crimeia.

“Nunca e por nada no mundo”, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, sobre a exigência do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, de a Ucrânia recuperar a soberania sobre os territórios anexados pela Rússia.

Moscovo anexou a Península da Crimeia em 2014 e, depois da invasão de fevereiro de 2022, as regiões de Donetsk, Lugansk, Zaporijia e Kherson.

Lavrov afirmou que a posição de Moscovo sobre as fronteiras “é entendida pela atual administração do [Presidente dos Estados Unidos Donald) Trump, que mais de uma vez disse que Zelensky terá de aceitar a questão territorial”.

“Um regresso às fronteiras de 1991, como Zelensky continua a exigir, é impossível”, insistiu Lavrov, que participou na cidade cazaque de Almaty numa reunião dos chefes da diplomacia dos países membros da Comunidade de Estados Independentes (CEI) pós-soviética.

Lavrov observou que, embora os Estados Unidos queiram abordar as causas profundas do atual conflito na Ucrânia, a Europa recusa-se a fazê-lo, segundo a agência de notícias espanhola EFE.

A Rússia apela à comunidade internacional para que aceite aquilo a que chama a “realidade no terreno” na Ucrânia, referindo-se ao controlo de quase 20% do território do país vizinho, enquanto Kiev se recusa a aceitar a ocupação russa.

Além disso, de acordo com Kiev, o exército russo lançou uma nova ofensiva nas regiões de Sumi e Kharkiv para criar uma zona de segurança na fronteira.

A CEI, criada em 1991, reúne atualmente Arménia, Azerbaijão, Bielorrússia, Cazaquistão, Quirguistão, Moldova, Rússia, Tajiquistão e Uzbequistão.

A Geórgia e a Ucrânia abandonaram a organização em 2009 e 2018, respetivamente, e o Turquemenistão mudou o estatuto para associado não-oficial em 2005.

PNG // JH

Lusa/Fim