terça-feira, 7 de janeiro de 2025

Trump insiste que Canadá deve fazer parte dos EUA após demissão de Trudeau

© Getty Images    Lusa   06/01/2025

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, insistiu hoje que o Canadá devia passar a ser mais um Estado do país, realçando que o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, apresentou a demissão por saber isso.

"Muitas pessoas no Canadá ADORARIAM ser o 51.º estado. Os Estados Unidos não podem mais suportar os enormes défices comerciais e os subsídios que o Canadá precisa para se manter à tona. Justin Trudeau sabia disso e renunciou", frisou o republicano, numa publicação na sua rede social, Truth Social.

"Se o Canadá se juntasse aos Estados Unidos, não haveria tarifas, os impostos baixariam consideravelmente e estariam COMPLETAMENTE SEGUROS da ameaça dos navios russos e chineses que os rodeiam constantemente. Juntos, que grande nação seríamos", vincou ainda.

A proposta de Trump de que o Canadá se integre nos Estados Unidos, que tem repetido nos últimos dias mais como uma brincadeira do que como uma possibilidade real, gerou desconforto entre os canadianos, defensores da sua soberania.

Trump expressou esta ideia pela primeira vez durante um jantar com Trudeau em Mar-a-Lago, na Florida, em 29 de novembro, numa conversa que se tornou pública mais tarde.

O presidente eleito ameaçou impor tarifas de 25% sobre todos os produtos provenientes do Canadá e do México se não impedirem o fluxo de migrantes e drogas para os Estados Unidos, o que levou Trudeau a visitar Mar-a-Lago para tentar persuadir Trump.

Os Estados Unidos são o maior parceiro comercial do Canadá e o destino de 75% das suas exportações. Cerca de dois milhões de canadianos, numa população de 41 milhões, dependem dos Estados Unidos.

O primeiro-ministro canadiano anunciou hoje a sua demissão, indicando que se manterá no cargo até que o seu partido escolha um sucessor.

Quase 10 anos depois de ter chegado ao poder, Justin Trudeau, 53 anos, estava sob pressão há semanas, com a aproximação das eleições gerais e numa altura em que a sua força política, o Partido Liberal (PL) do Canadá, está mal colocada em diversas sondagens.

"Este país merece uma verdadeira escolha nas próximas eleições. Tornou-se claro para mim que se tiver de travar batalhas internas, não posso ser primeiro-ministro", disse o governante, que tem estado a enfrentar um descontentamento crescente em relação à sua liderança.

A saída abrupta da vice-primeira-ministra e ministra das Finanças, Chrystia Freeland, no final do ano, que discordava de Justin Trudeau sobre a forma de gerir a guerra económica iminente com os Estados Unidos, fez transparecer uma turbulência crescente no seio do governo canadiano.

Trudeau referiu que pediu ao presidente do Partido Liberal que inicie o processo de seleção de um novo líder.

Segundo fontes governamentais, o parlamento, que deveria ser retomado a 27 de janeiro, será suspenso pelo menos até 24 de março, data que permitirá a realização de uma corrida à liderança do Partido Liberal.


Leia Também: Partidos da oposição dizem que demissão de Trudeau não muda nada 

segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

O Presidente da República, Carlos Vila Nova, à luz do Decreto Presidencial nº01/2025, demitiu, hoje o XVIII Governo Constitucional, liderado pelo Primeiro-ministro Patrice Trovoada.

 Presidência da República Democrática de São Tomé e Príncipe

Gervasio Silva Lopes muitíssimo obrigado 👏... Presidente #Sissoko i bu Presidente da República ku tudo fidjus di Guiné-Bissau 🇬🇼... Gosi bu sta dja na bom caminho.

Por  Leopold Sedar Domingos

Congresso norte-americano certifica vitória de Trump no dia que o ataque ao Capitólio faz 4 anos

Sicnoticias.pt   06 jan.2025

Os líderes democratas do Congresso norte-americano pediram, nesta segunda-feira, ao país e aos políticos republicanos que não esqueçam o ataque ao Capitólio de 2021, no mesmo dia em que foi certificada a vitória do presidente eleito, Donald Trump. 

A 6 de janeiro de 2021, o mundo olhava incrédulo para Washington, onde uma multidão de apoiantes de Donald Trump tentava impedir a confirmação da vitória de Joe Biden nas eleições com um assalto ao Capitólio. Quatro anos depois, no dia da certificação dos resultados, os democratas prometem uma transição pacífica de poder.

Os acontecimentos que a 6 de janeiro de 2021 abalaram as fundações da democracia americana, transformaram o que era até então uma mera formalidade, num dia particularmente simbólico.

A certificação pelo congresso dos resultados eleitorais da eleição de novembro foi presidida por Kamala Harris, que confirmou a sua própria derrota, no dia que faz precisamente quatro anos depois de discurso incendiário proferido a poucos metros do edifício pelo então ainda presidente.

O ainda presidente Joe Biden prometeu uma transição de poder pacífica, mas alerta para as tentativas de reescrever o 6 de janeiro.

A revisão histórica poderá ter um novo impulso com o regresso de Donald Trump à Casa Branca e beneficiar centenas de pessoas condenadas pela insurreição, mas é particularmente penosa para quem esteve na frágil primeira linha de defesa do Capitólio.

Em janeiro de 2022, no Texas, Donald Trump prometia uma outra justiça para os condenados caso fosse eleito e a história pode começar a ser reescrita a 20 de janeiro.

GANA!. Após a receção do sábio religioso, estamos a caminho de Ghana, para participar na cerimónia de investidura do homólogo Jonh Dramani Mahama.


Umaro S. Embaló/Presidente de Concórdia Nacional

O renomado líder religioso senegalês, Califa Tcherno Muniro Baldé, foi recebido hoje pelo Presidente da República, Umaro Sissoco, em uma audiência especial no Palácio Presidencial.

Acompanhado por populares do leste do país, o líder religioso apresentou seus cumprimentos ao som de citações do Corão.



Presidência da República da Guiné-Bissau

sábado, 4 de janeiro de 2025

Sindicato Nacional dos Professores-"SINAPROF" entrega ao Governo primeiro pré-aviso de greve deste ano 2025, por um período de três (3) dias úteis...



 Radio TV Bantaba

A taiwanesa Hon Hai (Foxconn), a maior empresa de montagem de produtos eletrónicos do mundo, está a trabalhar com a norte-americana Nvidia para desenvolver robôs humanoides, informou este sábado a agência de notícias de Taiwan CNA.

© Shutterstock    Lusa    04/01/2025 

 Foxconn associa-se à Nvidia para desenvolver robôs humanoides

A taiwanesa Hon Hai (Foxconn), a maior empresa de montagem de produtos eletrónicos do mundo, está a trabalhar com a norte-americana Nvidia para desenvolver robôs humanoides, informou este sábado a agência de notícias de Taiwan CNA.

A Foxconn está a adotar as tecnologias de 'software' e as plataformas de 'hardware' da Nvidia, para desenvolver robôs semelhantes aos humanos em Kaohsiung, cidade portuária no sul de Taiwan, disse o presidente da empresa taiwanesa Young Liu, de acordo com a CNA.

A Foxconn, que já introduziu robôs não humanoides em algumas das linhas de produção, com recurso às tecnologias da Nvidia, está a planear lançar robôs com forma humana noutros serviços, incluindo no setor da saúde, referiu Liu, sem fornecer mais detalhes.

A parceria entre a Foxconn e a Nvidia vem de longa data: a tecnológica taiwanesa é a principal fabricante dos servidores GB200 da empresa norte-americana, essenciais para o desenvolvimento de aplicações de inteligência artificial (IA).

Neste sentido, Liu avançou que as vendas da Foxconn vão ultrapassar os sete biliões de dólares taiwaneses (cerca de 206 mil milhões de euros) em 2025, acima dos 6,2 biliões (cerca de 182,7 mil milhões de euros) alcançados nos primeiros onze meses do ano passado, graças à forte procura global de aplicações de IA.

Fundada em 1974, a Foxconn é o maior fabricante mundial de produtos eletrónicos por contrato, com fábricas e centros de investigação nos Estados Unidos, China, Índia, Japão, Vietname, entre outros países.

Tal como outras tecnológicas, a Foxconn beneficiou nos últimos meses do otimismo em relação ao desenvolvimento da IA: as ações na bolsa de valores de Taiwan subiram 74% no último ano.


Leia Também: Huawei revela telemóvel capaz de trocar mensagens via satélite...   Por enquanto, o Enjoy 70X está previsto apenas para o mercado chinês.

Rússia denuncia novo ataque ucraniano com mísseis norte-americanos

© Lusa   04/01/2025 

As defesas aéreas russas intercetaram este sábado oito mísseis ATACMS norte-americanos disparados pela Ucrânia, um tipo de ataque apresentado por Moscovo como uma "linha vermelha" no conflito, anunciou o exército da Rússia.

"As defesas aéreas abateram oito mísseis táticos operacionais ATACMS de fabrico norte-americano e 72 'drones'", informou o exército russo num comunicado citado pela agência francesa AFP.

O exército não especificou se o ataque ucraniano causou vítimas ou danos materiais.

A administração do Presidente dos Estados Unidos cessante, Joe Biden, autorizou em novembro a utilização dos mísseis ATACMS por Kiev, depois de se ter oposto durante muito tempo.

A autorização foi dada na sequência do destacamento, segundo o Ocidente e a Ucrânia, de milhares de soldados norte-coreanos em apoio dos soldados russos.

Desde então, Kiev efetuou vários ataques com mísseis ATACMS de longo alcance e com os Storm Shadows britânicos.

A Rússia retaliou com o primeiro disparo de uma arma hipersónica experimental denominada Orechnik e prometeu "uma resposta" a cada ataque ucraniano deste tipo contra o seu território.

O Presidente russo, Vladimir Putin, ameaçou atacar o centro da cidade de Kiev como retaliação, embora isso ainda não tenha acontecido.

Donald Trump, que vai suceder a Biden como presidente em 20 de janeiro, afirmou em dezembro que se opunha à utilização pelo exército ucraniano de mísseis ATACMS, invocando um agravamento do conflito.

Também hoje, duas pessoas ficaram feridas num ataque de um 'drone' ucraniano na cidade de Chebekino, perto da fronteira com a Ucrânia, de acordo com o governador da região russa de Belgorod, Vyacheslav Gladkov.

Na frente, um ataque ucraniano feriu pelo menos 10 pessoas na cidade de Gorlivka, no território ocupado por Moscovo no leste da Ucrânia, anunciou o presidente da câmara local, Ivan Prikhodko.

Mais a norte, o exército russo reivindicou hoje a tomada da pequena cidade de Nadiia, na região ucraniana de Lugansk, que anexou em 2022 e que agora controla quase totalmente.

Também quatro pessoas ficaram feridas num ataque de um 'drone' russo no sul, de acordo com o chefe da administração militar municipal da cidade de Kherson, Roman Mrotchko.

As informações sobre o curso da guerra divulgadas pelas duas partes não podem ser verificadas de forma independente de imediato.

A guerra foi desencadeada pela invasão russa da Ucrânia ordenada por Putin em fevereiro de 2022 para "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho.

Desconhece-se o número de vítimas civis e militares em quase três anos de combates, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm admitido que será elevado.


Leia Também: O aeroporto de São Petersburgo retomou este sábado as operações, após um encerramento temporário devido a um ataque de 'drones' ucranianos na região, anunciaram as autoridades locais.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

Ucrânia quer míssil capaz de chegar a Moscovo. Que diferença pode fazer o novo Trembita?

Nova versão do míssil de cruzeiro não promete, segundo os especialistas, ser um "game changer". Ainda assim, poderá trazer novos fôlegos à guerra. Sobretudo nas mensagens que é preciso enviar a Washington, quando a Casa Branca se prepara para um novo inquilino com uma visão diferente sobre o conflito: Donald Trump

Chama-se Trembita e é um dos símbolos do desejo da autonomia ucraniana no campo de batalha. Sobretudo porque Kiev estará a preparar uma versão deste míssil de cruzeiro capaz de chegar a Moscovo.

A atual versão do Trembita, que está em desenvolvimento desde 2023, tem um alcance na ordem dos 140 quilómetros. A PARS, empresa ucraniana responsável pela produção deste armamento, estará a trabalhar numa versão com pelo menos 700 quilómetros de alcance - uma distância que, a partir da fronteira, permite chegar à capital russa, Moscovo.

Segundo a imprensa internacional, o desejo é de que a nova versão do Trembita esteja pronta no prazo de um ano. O modelo atual, que segundo os especialistas militares prima pela simplicidade, tem um custo de produção na ordem dos 10 mil dólares. E o sucessor deverá manter esse traço económico. Para efeitos de comparação, um míssil ATACMS, como os fornecidos pelos Estados Unidos da América (EUA) a Kiev, custa cerca de um milhão de dólares.

A Ucrânia consegue produzir o Trembita sozinha?
Antes de percebermos se a nova versão do Trembita vai mudar o rumo da guerra, importa perceber se a Ucrânia terá mesmo capacidade de produzi-la sozinha. Os especialistas militares ouvidos pela CNN Portugal garantem que sim.

“A Ucrânia tem uma capacidade de produção que vem dos tempos da ex-URSS. Nunca deixou de ter os velhos engenheiros, os grandes mecânicos e designers. Tem uma grande tradição de produção de armamento pesado”, aponta Isidro de Morais Pereira. O major-general cita o discurso de Ano Novo de Volodymyr Zelensky para referir que 30% das armas utilizadas pelos militares ucranianos em 2024 foram produzidas integralmente na Ucrânia.

Destacando que o Trembita “não é uma arma muito sofisticada”, Agostinho Costa concorda que a “Ucrânia tem capacidade tecnológica para construir sistemas de armas com sofisticação”, com destaque para os drones.

Mas, mesmo com este historial a favor, o major-general Carlos Branco deixa um aviso: “a Ucrânia está com um problema grave de energia”, que poderá condicionar este objetivo produtivo.

De que ajuda do Ocidente não pode a Ucrânia prescindir?
Mesmo que o objetivo seja o de uma maior autonomia, Kiev não poderá abdicar do apoio que tem vindo a receber do Ocidente para produzir um míssil de cruzeiro capaz de alcançar Moscovo.

“A Ucrânia precisa de apoio ocidental, mas não é tanto de dinheiro. Precisa é que os países ocidentais continuem a fornecer acesso livre a tecnologia de ponta, nomeadamente a microchips, necessários para construir mísseis”, aponta Isidro de Morais Pereira.

Ainda assim, reitera Agostinho Costa, o dinheiro é sempre bem-vindo na Ucrânia, uma vez que o “orçamento do país é assegurado” pelo Ocidente. E, sem um orçamento folgado, fica mais difícil adaptar prioridades no campo de batalha.

Poderá este novo míssil mudar a guerra?
Poderá um míssil com capacidade de chegar a Moscovo mudar o rumo da guerra? Os especialistas não acreditam em alterações substanciais no terreno.

“É mais um sistema, não é um ‘game changer’. Estes mísseis entram numa panóplia de meios de que a Ucrânia já dispõe”, vinca Agostinho Costa. Além disso, ainda não há certezas sobre o grau de precisão deste novo recurso.

Apesar de reconhecer que a nova versão do Trembita teria um “alcance notável”, ao superar os 700 quilómetros, Isidro de Morais Pereira alerta que “a Ucrânia tem outros mísseis” que utilizam tecnologia similar.

“Esta nova versão do Trembita torna-se relevante porque alguns líderes ocidentais foram demasiado cautelosos, para não dizer medrosos, face às ameaças de Putin. E qualquer militar sabe que não há uma guerra que se ganhe só com a defesa”, junta.

O novo Trembita permitiria à Ucrânia alcançar um conjunto diferente de alvos, como postos de comando, complexos industriais e pontos de produção de energia.

Mas transforma-se-à em realidade? Só o tempo dirá, avisa o major-general Carlos Branco: “Estamos perante uma retórica sistemática e repetida das armas milagrosas. Estas coisas não se anunciam, acontecem. Os russos não disseram que tinham os mísseis Oreshnik. Empregaram-nos”.

Que mensagem para os EUA e Trump?
As notícias sobre a existência de um novo míssil ucraniano capaz de alcançar Moscovo ganham força quando o mundo está a três semanas de ver Donald Trump tomar posse novamente como presidente dos EUA.

E, com ele, ganham força os receios sobre um corte (ou mesmo sobre um ponto final) no apoio americano. Para os especialistas militares, há uma mensagem subliminar nas notícias sobre este novo míssil de cruzeiro.

Não é Kiev a dizer a Washington que a Ucrânia se pode safar sozinha. Pelo contrário: é Kiev a mostrar que não está no fundo do poço, que ainda tem muito fôlego e vontade de se digladiar, que precisa dos EUA para chegar a uma solução de paz.

Isidro de Morais Pereira lembra que, no discurso de Ano Novo, Zelensky disse acreditar que os EUA estariam com a Ucrânia nos primeiros minutos de paz. “Está a mostrar a Washington que tem a determinação de ser um país livre e dono do seu destino. E que, por isso, merece ser apoiado”, diz.

O grupo palestiniano Hamas qualificou hoje como "crime total" os ataques das forças da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP) "contra os seus cidadãos e milicianos" em Jenin e no seu campo de refugiados, na Cisjordânia, que já fizeram 13 mortos.

© JAAFAR ASHTIYEH/AFP via Getty Image   
Lusa    03/01/2025
O grupo palestiniano Hamas qualificou hoje como "crime total" os ataques das forças da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP) "contra os seus cidadãos e milicianos" em Jenin e no seu campo de refugiados, na Cisjordânia, que já fizeram 13 mortos.

O Hamas fez esta acusação depois de um pai e do seu filho de 14 anos terem sido hoje atingidos a tiro quando enchiam um tanque de água no telhado da sua casa. Uma filha, que também estava com eles, ficou ferida.

Jenin, considerado um bastião do Hamas e da Jihad Islâmica, é um dos pontos mais atacados pelo Exército israelita, mas desde o início de dezembro a ofensiva contra os militantes palestinianos é liderada pelas forças de segurança da ANP, que governa áreas reduzidas da Cisjordânia ocupada.

Com as mortes de hoje, o número de vítimas mortais devido a este ciclo de violência ascende agora a 13 desde 05 de dezembro, incluindo cinco membros das forças de segurança e oito civis.

O Hamas considera que as práticas das forças de segurança da ANP "servem apenas a ocupação israelita e os seus planos para acabar com a resistência na Cisjordânia e completar o plano de anexação" do território.

A Cisjordânia ocupada está a viver a sua maior espiral de violência desde a Segunda Intifada (2000-2005), e o ano de 2024 terminou com pelo menos 492 palestinianos mortos nestes territórios pelo fogo israelita, a maioria dos quais combatentes residentes nos campos de refugiados, mas também civis, incluindo pelo menos 75 menores, segundo uma contagem da agência espanhola EFE.

O Governo palestiniano decidiu na quarta-feira suspender as emissões da televisão Al-Jazeera, que tem feito a cobertura destes combates, na Cisjordânia, depois de a acusar de "incitar à sedição".

Estes confrontos somam-se a um aumento da violência na Cisjordânia ligada ao conflito israelo-palestiniano desde o início da guerra na Faixa de Gaza, desencadeada pelo ataque sem precedentes do Hamas em território israelita em 07 de outubro de 2023.


O Exército israelita confirmou hoje que deteve Hussam Abu Safiya, diretor do hospital Kamal Adwan, no norte da Faixa de Gaza, justificando que pertence ao grupo islamita palestiniano Hamas e participou em "atividades terroristas".

© Getty Images   Lusa  03/01/2025 

Israel confirma prisão de diretor de hospital no norte de Gaza

O Exército israelita confirmou hoje que deteve Hussam Abu Safiya, diretor do hospital Kamal Adwan, no norte da Faixa de Gaza, justificando que pertence ao grupo islamita palestiniano Hamas e participou em "atividades terroristas".

Um porta-voz militar alegou à agência EFE que "centenas de terroristas do Hamas e da Jihad Islâmica estavam escondidos no Hospital Kamal Adwan", sob a direção de Hussam Abu Safiya, e que as forças de segurança israelitas estão a investigar o caso.

É a primeira vez que Israel confirma publicamente ter detido Safiya, depois de ter dito nos últimos dias que "não havia qualquer indicação" a esse respeito.

Abu Safiya tornou-se um dos rostos mais visíveis do duro cerco que o norte da Faixa sofre há mais de dois meses, e, nas últimas semanas, publicou vídeos quase diários sobre a situação em Kamal Adwan, que continuou a tratar doentes apesar dos constantes ataques israelitas.

O médico foi detido entre a passada sexta-feira e sábado numa operação israelita contra a unidade de Kamal Adwan, um dos poucos hospitais que ainda funcionavam no devastado norte da Faixa de Gaza.

Após a detenção, perdeu-se o rasto de Safiya, cuja última imagem divulgada nas redes sociais mostra como caminhava em direção a uma coluna de tanques no meio de uma rua de escombros e com enorme destruição à sua volta.

Os familiares do diretor do hospital, bem como a Organização Mundial de Saúde (OMS) e várias organizações não-governamentais já exigiram a sua libertação.

Ao mesmo tempo, o Exército israelita negou hoje que as suas tropas tenham ordenado a evacuação do hospital indonésio, o único ainda em funcionamento no norte da Faixa de Gaza, e que o tenha atacado, contrariando a versão dos funcionários.

"Restam cerca de 15 pessoas no hospital, principalmente doentes retirados de [hospital] Kamal Adwan e funcionários", lamentou um dos médicos, Arawya Tamboura.

Depois do ataque israelita contra a unidade de Kamal Adwan, no passado fim de semana, grande parte dos doentes foi transferida para o hospital indonésio, que continuou a funcionar apesar dos enormes danos devido às constantes ofensivas militares.

"O hospital está gravemente danificado e não tem fornecimentos e as fundações do edifício foram danificadas por uma escavadora no ataque anterior ao hospital indonésio, há algumas semanas, em dezembro", descreveu Tamboura.

O alto-comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk, revelou hoje perante o Conselho de Segurança das Nações Unidas que o Exército israelita bombardeou 27 hospitais e 12 centros médicos na Faixa de Gaza, alguns deles até seis vezes.

O Conselho de Segurança da ONU reuniu-se hoje de emergência, a pedido da presidência mensal argelina do órgão, para discutir os ataques israelitas às infraestruturas médicas na Faixa de Gaza, durante o conflito que perdura há quase 15 meses.

Segundo o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas, estes ataques custaram a vida a 1.050 profissionais clínicos, todos eles "civis que desempenham uma função crítica em tempo de guerra", salientou Volker Turk, lamentando os crescentes obstáculos que Israel coloca.

Turk lembrou que no direito internacional é obrigatório distinguir entre alvos civis e militares, sendo que "o uso de artilharia pesada contra os hospitais é difícil de conciliar com este princípio".

Israel tem levado a cabo uma dura ofensiva de "terra queimada" em todo o norte da Faixa de Gaza há quase 90 dias, que causou mais de 3.000 mortos, milhares de desaparecidos e uma enorme destruição em toda a região.

A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada por um ataque do Hamas em solo israelita em 07 de outubro de 2023, que provocou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.

Em retaliação, Israel lançou uma operação em grande escala no enclave palestiniano, que matou acima de 45 mil habitantes, segundo as autoridades locais, e deixou o território destruído, a quase totalidade da população deslocada e mergulhada numa grave crise humanitária.

O Tribunal Penal Internacional emitiu em novembro passado mandados de captura contra o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, o antigo ministro da Defesa da Israel Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, que as forças de Israel dizem estar morto.

Em causa estão as ações israelitas realizadas na Faixa de Gaza e os ataques do Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel.


Leia Também: Israel nega ter ordenado evacuação do único hospital no norte de Gaza 

A Organização Mundial de Saúde (OMS) insistiu hoje com Israel para que permita a retirada de doentes de Gaza e lembrou que pelo menos 12.000 habitantes de Gaza necessitam de ajuda nessa operação.

© REUTERS/Mohammed Salem     Lusa     03/01/2025

 OMS diz que 12.000 pessoas precisam de ser retiradas de Gaza

A Organização Mundial de Saúde (OMS) insistiu hoje com Israel para que permita a retirada de doentes de Gaza e lembrou que pelo menos 12.000 habitantes de Gaza necessitam de ajuda nessa operação.

"A lentidão das retiradas [de doentes] é insuportável", lamentou o diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyessus.

Apenas 5.383 doentes foram retirados com o apoio da OMS desde outubro de 2023, quando começou a guerra em Gaza, e destas saídas apenas 436 ocorreram desde o encerramento da passagem fronteiriça de Rafah, há oito meses.

Segundo a OMS, mais de 12.000 pessoas ainda necessitam de ser retiradas com ajuda médica e, ao ritmo atual, seria necessário entre cinco e dez anos para retirar todos estes pacientes gravemente doentes, incluindo milhares de crianças.

No último dia de 2024, foi conseguida excecionalmente a retirada de 55 doentes e 72 acompanhantes para os Emirados Árabes Unidos, país ao qual a organização agradeceu o apoio neste esforço, uma vez que até ao momento colaborou na retirada médica de mais de 1.200 doentes.

O Egito, o Qatar, a Turquia, a Argélia, a Itália, a Roménia, a Espanha, a Irlanda, a Bélgica, a França, a Suíça, a Tunísia, Omã, a Jordânia e os Estados Unidos também contribuíram.

Tedros insiste que Israel deve aumentar as retiradas médicas e nunca as negar a crianças doentes, permitindo ainda a utilização de todos os corredores e passagens de fronteira possíveis para que estas transferências possam ser realizadas em segurança.

A guerra em Gaza foi desencadeada por um ataque sem precedentes do movimento islamita palestiniano Hamas contra Israel, em 07 de outubro de 2023, que causou a morte de mais de 1.200 pessoas do lado israelita, a maioria civis, segundo uma contagem da agência France-Presse, baseada em números oficiais.

Mais de 45.500 palestinianos foram mortos na campanha militar de retaliação de Israel na Faixa de Gaza, a maioria dos quais civis, segundo dados do Ministério da Saúde do governo do Hamas, que a ONU considera fiáveis.


O que eles vão fazer depois do dia 27 de fevereiro?! Absolutamente Nada... Juvenal Cabi Na UNa

Por  O Democrata Osvaldo Osvaldo

“I’m not against all wars,”

Aonde anda (GENERAL ASSEMBLY ) para salvação da Democracia e resgate da Constituição da República!!? 

—Ou Ninguém mais lembra dessa metáfora mentirosa?! 

—(Everything could change, depending on what you do today, I couldn't get wrapped up in that falsehood, had to move away).

OS hipócrita precisam aumentar os rumores sobre dia 27 de fevereiro de 2025. Já era ruim o suficiente para o chico esperto, então, tive que compará-lo com o dono da nossa Pátria ." Os demagogos oportunistas não vão enganar ninguém mais em Bissau.

“Gostei muito”, disse palhaçada . "Sempre gostei de ouvir palhaçada." 

Agora no ano 2025, eu lhes pergunto o seguinte: Aonde anda aquela dissonância cognitiva com grande atmosfera que pretende induzir as pessoas menos atentas de certa forma fanáticas em suas crenças e ideologias corruptas de que a razão dessa aliança é salvar Democracia e resgatar à Constituição?!! São responsáveis pela miséria absoluta no país.

As forças do atraso só existem na Guiné- Bissau e no mundo para roubar, manipular, escravizar e controlar.

Eu sempre disse que: raiz de todo problema da Guiné Bissau são resultado da destruição das forças do atraso no país.

São pessoas que leram os mesmos livros compreendem as mesmas palavras e têm o mesmo domínio do vocabulário defendem os mesmo fatos mesmas ideias mesmos valores têm acesso a mesmas fontes de factos. 

Por isso, as pessoas dizem que eu falo com palavras de dicionários, porque não querem ouvir a verdade. E não lembram de que dicionários são instrumentos para Eruditos. 

É uma coisa impressionante! Tem aí uma turma fanática que não quer nem saber de nada, são os fanáticos que vivem de paixões infantis, febris...

O que eles vão fazer depois do dia 27 de fevereiro?! Absolutamente Nada.

Se a gente não entender isso, estamos a ser burrinhos. Não queremos volta dos corruptos crônicos para à cena do crime, porque representam a mesma governança política corrupta e o mesmo modelo econômico corrupto.

Sou simplesmente contra agenda crônica . Porque é igual o 'militarismo alemão corrupto' - porém, aceitar isso é como se não mantivéssemos o nosso império político através de forças democráticas inovadoras. O corrupto crônico deve estar morto por um motivo furioso e muito ilusório, sei que ele vai levar um tiro político dramático.

Concluindo: I know my haters checkin' on me, l've been doin' great. No entanto, que ano 2025 seja um ano de muito consciência nacional para negar as (forças do atraso). Confesso que nunca tenho dúvidas sobre a minha convicção contra o mal maior. 

Fanático em que posso ajudá-lo hoje?

Friday 3 January

15:40.

(………..)

Juvenal Cabi Na UNa.

Presidente da República Umaro Sissoco Embalo recebe os estudantes que beneficiaram bolsas de estudo da Nigéria oferecida pela Ex-Primeira Dama Rosa Vaz.



 Radio Voz Do Povo

Juventude do Partido dos Trabalhadores Guineenses em Conferência de imprensa


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 Radio Voz Do Povo 


Veja Também:

O derrame de petróleo que afeta o sudoeste da Rússia e a Crimeia desde dezembro, na sequência do naufrágio de dois petroleiros, atingiu Sebastopol, a maior cidade desta península anexada e base da frota russa, anunciaram hoje as autoridades.

© REUTERS TV via REUTERS   Por Lusa  03/01/2025

Maré negra na Crimeia atinge cidade e base da frota russa Sebastopol

O derrame de petróleo que afeta o sudoeste da Rússia e a Crimeia desde dezembro, na sequência do naufrágio de dois petroleiros, atingiu Sebastopol, a maior cidade desta península anexada e base da frota russa, anunciaram hoje as autoridades.

"Uma pequena mancha de petróleo com 1,5×1,5 metros chegou hoje a Sebastopol e foi descoberta à entrada da baía de Balaklava", sublinhou o governador de Sebastopol, Mikhail Razvojaiev, numa mensagem publicada na plataforma Telegram.

Segundo a mesma mensagem, que foi acompanhada por um vídeo que mostra uma mancha preta a flutuar na água, os trabalhos de limpeza já foram ordenados.

A cidade de Sebastopol, com uma população de mais de meio milhão de habitantes, é a base histórica da frota russa no Mar Negro e um importante destino turístico para os russos.

Segundo Razvojaiev, foram também descobertos "casos esporádicos" de aves cobertas de petróleo noutras zonas da Crimeia, uma península ucraniana anexada pela Rússia em 2014.

"Até agora, apenas foram encontrados alguns pássaros" com petróleo, mas "se a situação se agravar, serão mobilizados pontos de recolha e voluntários adicionais", disse.

Dois petroleiros russos, o 'Volgoneft-212' e o 'Volgoneft-239', encalharam, a 15 de dezembro, durante uma tempestade, no Estreito de Kerch, entre a Rússia e a Crimeia.

Estes navios transportavam 9.200 toneladas de fuelóleo, das quais cerca de 40% podem ter sido derramadas no mar.

As autoridades e os voluntários organizaram uma operação de limpeza em grande escala, mas a situação continua a causar preocupação.

No sudoeste da Rússia, foram descobertos indícios de petróleo nas praias de Anapa, uma popular estância balnear, anunciou a organização regional responsável pela gestão deste tipo de situações.

"Na noite de 02 para 03 de janeiro, o mar espalhou uma nova vaga de produtos petrolíferos", explicou esta organização na rede social Telegram, publicando fotografias de pessoas com equipamentos de proteção a limparem a zona e a carregarem areia contaminada em sacos de plástico.

Desde o início da maré negra, quase 78 mil toneladas de areia contaminada foram removidas de dezenas de quilómetros de praias na costa russa, mas, no total, cerca de 200 mil toneladas de solo podem ter sido afetadas, segundo as autoridades.

Os esforços de limpeza estão também a ser complicados pelo facto de o tipo de óleo derramado não flutuar necessariamente na superfície da água.

De acordo com o serviço russo responsável pelos resgates marítimos Morspassloujba, este é "o primeiro acidente no mundo a envolver fuelóleo 'pesado' de qualidade M100".

"Este tipo de fuelóleo solidifica a uma temperatura de 25°C, a sua densidade é próxima da água mas mais pesada e, ao contrário de outros produtos petrolíferos, não flutua à superfície, tendo antes tendência para ir para o fundo", explicou a fonte.

"Não existe tecnologia comprovada no mundo para eliminar" este tipo de substância no mar, alertou o Morspassloujba.


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Vírus enche hospitais na China? Há mais casos, mais máscaras... e vídeos... Imagens mostram os hospitais chineses mais cheios do que o normal, devido à subida de casos de doença causados por um vírus respiratório.

© nabilajamal_/ X (antigo Twitter)   Notícias ao Minuto    03/01/2025

Vídeos que mostram hospitais alegadamente cheios na China estão a circular nas redes sociais e a fazer os utilizadores questionarem-se se haverá um novo surto de uma doença respiratória a surgir.

Muitas publicações internacionais lembram mesmo a pandemia de Covid-19, que começou há cerca de cinco anos.

Segundo o que explica a imprensa internacional, em especial a indiana, em causa está o Metapneumovírus humano (HMPV) que, por norma, causa sintomas parecidos a uma constipação.

A maioria dos casos será de sintomas ligeiros, mas as crianças pequenas, os idosos (pessoas com mais de 65 anos) e as pessoas com sistemas imunitários enfraquecidos correm um risco mais elevado de contrair doenças graves. 

Segundo o que surge nas redes sociais, o vírus estará a propagar-se rapidamente na China - e, simultaneamente, os hospitais terão também pessoas infetadas com os vírus da Covid-19, Gripe A e também Mycoplasma pneumoniae.

De acordo com especialistas citados pela imprensa, o aumento de casos de doenças respiratórias, incluindo o HMPV, está relacionado com as temperaturas mais baixas, e com o regresso à vida quotidiana - dado que anos de confinamento devido à pandemia levaram a que as crianças e todas as pessoas ficassem menos expostas a agentes patogénicos.

As autoridades chinesas de controlo de doenças estarão a adotar medidas proativas em resposta ao aumento dos casos. A informação é avançada pela Reuters, que adianta ainda que as autoridades sanitárias lançaram também um sistema-piloto para monitorizar a pneumonia de origem desconhecida.

A iniciativa tem como objetivo melhorar a preparação para as doenças respiratórias durante os meses de inverno - e contrasta com a preparação limitada do país durante o surto inicial de Covid-19. 

Com o regresso das interações sociais, muitos estarão agora a ter contacto com o vírus pela primeira vez. O HMPV pertencerá à mesma família do vírus sincicial respiratório, sarampo e papeira.

A transmissão deste vírus é por contacto, seja pelo uso dos mesmos objetos, contacto físico, tosse ou espirros.


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Wang Yi: MNE chinês visita Namíbia, República do Congo, Chade e Nigéria

© Sputnik/Kristina Kormilitsyna/Kremlin via REUTERS  Por Lusa  03/01/2025

O Ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, vai visitar a Namíbia, República do Congo, Chade e Nigéria, entre 5 e 11 de janeiro, anunciou hoje a porta-voz da diplomacia chinesa, em conferência de imprensa.

Há mais de três décadas que o Ministro dos Negócios Estrangeiros chinês começa sempre o ano com uma viagem ao continente africano. 

"É uma excelente tradição", que visa "aprofundar a cooperação prática em vários domínios e promover o desenvolvimento sustentado e profundo das relações China - África", frisou a porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning.

Ela disse que a Namíbia, a República do Congo, o Chade e a Nigéria são "parceiros de cooperação amigável da China" e que Wang tem como objetivo "promover a implementação" dos resultados do último Fórum de Cooperação China - África, realizado em setembro passado na capital chinesa.

O Presidente chinês, Xi Jinping, prometeu então 360 mil milhões de yuan (45,764 mil milhões de euros) para financiar o desenvolvimento de África nos próximos três anos.

Xi anunciou igualmente investimentos no continente no valor de 70 mil milhões de yuan (9 mil milhões de euros).

Ele anunciou também 30 projetos de infraestruturas e renovou a sua promessa de aumentar as importações agrícolas do continente, uma intenção que já tinha declarado na edição de 2021 do fórum, em Dakar.

A China é desde há 15 anos o maior parceiro comercial de África, com o volume das trocas comerciais a atingir um recorde de 282,1 mil milhões de dólares (quase 280 mil milhões de euros), em 2023.

Críticos alertaram para o uso da estratégia do "armadilhamento pela dívida" por Pequim para alargar a influência sobre o continente, através da utilização estratégica do financiamento para tornar os países africanos cativos das exigências da China.

O défice comercial de África com a China aumentou em 2023 para 64 mil milhões de dólares (62 mil milhões de euros), embora a diferença tenha diminuído no primeiro semestre de 2024 graças ao crescimento das importações chinesas oriundas de África.


Elon Musk: "Vamos diretamente para Marte. A Lua é uma distração"... O empresário e dono da SpaceX deixou críticas ao programa Artemis da NASA.

© arstechnica.com   noticiasaominuto.com   03/01/2025 

O líder da SpaceX, Elon Musk, partilhou uma mensagem na rede social X onde afirma estar mais interessado em ir a Marte do que à Lua.

A afirmação chega depois de, nos últimos dias, ter criticado publicamente o programa Artemis da NASA. “Sobre o Espaço, a arquitetura do Artemis é extremamente ineficiente, uma vez que é um programa que visa os empregos e não os resultados”, escreveu Musk.

No entanto, esta quinta-feira, dia 2, Musk foi mais longe. “Vamos diretamente para Marte. A Lua é uma distração”, escreveu o líder da SpaceX.

Como recorda o site Ars Technica, o objetivo da NASA com o programa Artemis é realizar missões tripuladas para a Lua de forma a estabelecer uma base lunar. No entanto, dada a proximidade de Musk a Trump, que assumirá funções a 20 de janeiro, estas afirmações de Musk estão a ser vistas como um ataque a futuras missões da agência espacial.


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Coreia do Sul: Após impasse de 6h, autoridades cancelam detenção de Yoon. O que se sabe?

© REUTERS/Kim Hong-Ji   Notícias ao Minuto 03/01/2025 

O Gabinete de Investigação da Corrupção (CIO, na sigla em inglês) tem até 6 de janeiro para executar o mandado de detenção, num caso sem precedentes contra um presidente sul-coreano.

Ao fim de um impasse de cerca de seis horas, as autoridades da Coreia do Sul cancelaram uma operação para deter e interrogar o presidente deposto Yoon Suk-yeol, por volta das 13h30 locais (4h30 em Lisboa), depois de terem visto o seu acesso à residência do chefe de Estado bloqueado pela segurança presidencial. Ainda assim, o Gabinete de Investigação da Corrupção (CIO, na sigla em inglês) tem até 6 de janeiro para executar o mandado de detenção, num caso sem precedentes contra um presidente sul-coreano.

"Quanto à execução do mandado de detenção hoje, face ao persistente impasse, determinámos que era virtualmente impossível executar o mandado e estávamos preocupados com a segurança das pessoas no terreno devido à obstrução à sua execução", disse o porta-voz do CIO, citado pela agência de notícias Yonhap.

O responsável explicou que vão ser agora ponderadas outras medidas e acrescentou lamentar "profundamente a atitude do suspeito, que não respeitou os procedimentos legais".

Depois de passar por um primeiro controlo militar no perímetro do complexo, pelas 7h00 (22h00 de quinta-feira em Lisboa), a equipa de agentes do CIO e polícias confrontaram-se com o serviço de segurança presidencial, que se recusou a aceitar como válidos os mandados de detenção temporária e de busca, que foram obtidos na terça-feira.

Os cerca de 1.200 apoiantes do presidente deposto, que estavam reunidos perto da residência, situada na área de Hannam, em Seul, festejaram a notícia. No local estava ainda um numeroso contingente policial, incluindo 2.700 agentes, para evitar distúrbios.

Se conseguirem deter Yoon Suk-yeol, a equipa composta por CIO, polícia e Ministério da Defesa Nacional tem 48 horas para interrogar o dirigente e solicitar uma ordem para prolongar a detenção, caso seja considerado necessário.

Já na quarta-feira, o diretor do CIO, Oh Dong-woon, garantiu que o mandado seria executado "dentro do prazo".

"Consideramos que ações como a montagem de barricadas e encerramento dos portões de ferro [da residência de Yoon] para resistir à execução do nosso mandado de detenção constituem uma obstrução às funções oficiais", prosseguiu o responsável, acrescentando que qualquer pessoa que se opusesse à detenção de Yoon poderia "ser processada".

Ainda assim, os advogados de Yoon solicitaram uma ordem judicial para anular a ação, alegando que só o Ministério Público a pode requerer. Insistiram, até, que o procedimento "é ilegal", depois de saberem que as autoridades se encontravam no interior do complexo presidencial.

Yoon, que está proibido de sair do país, foi destituído pelo parlamento sul-coreano a 14 de dezembro, após ter declarado lei marcial. É a primeira vez na história da Coreia do Sul que um presidente em exercício é alvo de uma ação judicial do género. O responsável, que continua a ser oficialmente o presidente, enquanto aguarda a decisão do Tribunal Constitucional sobre a sua destituição, está suspenso do cargo. Espera-se que a justiça confirme ou rejeite a destituição até meados de junho.

O antigo procurador, de 64 anos, não respondeu por três vezes às convocatórias para ser interrogado sobre a tentativa de golpe de Estado, o que levou a justiça sul-coreana a emitir um mandado de detenção.

Recorde-se que o presidente surpreendeu o país ao declarar a lei marcial e enviar o exército para o parlamento, na noite de 3 de dezembro. Contudo, Yoon foi forçado a recuar horas mais tarde, face à pressão dos deputados e de milhares de manifestantes.

Desde a tentativa de impor a lei marcial, Yoon não demonstrou qualquer arrependimento e a sua recusa sistemática em submeter-se às perguntas dos investigadores levantou receios de que uma tentativa de detenção pudesse terminar em violência, agravando a já difícil situação do caso.