domingo, 4 de maio de 2025

Putin diz esperar que não haja necessidade de usar armas nucleares na Ucrânia... O Presidente russo disse em declarações transmitidas este domingo que a necessidade de utilizar armas nucleares na Ucrânia não surgiu e que espera que isso não aconteça.

Kristina Kormilitsyna/AP  SIC Notícias  04/05/2025

A Rússia tem forças suficientes para vencer a guerra na Ucrânia sem recorrer a armas nucleares, disse o presidente russo, Vladimir Putin, num documentário que será hoje transmitido na televisão e cujos excertos começaram a ser publicados.

O documentário será divulgado por ocasião do 25.º aniversário da sua primeira tomada de posse como chefe de Estado, em 07 de maio.

"Queriam provocar-nos para que cometêssemos erros. Mas não havia necessidade de utilizar as armas a que se referiu. E estou confiante de que não será necessário", disse Putin, de 72 anos, ao seu interlocutor, citado pela agência EFE.

De acordo com Putin, existem "forças e recursos suficientes para concluir politicamente o que foi iniciado em 2022 com o resultado que a Rússia precisa".

O documentário, que será exibido hoje às 21:00, hora de Moscovo (19:00 hora de Lisboa), foi anunciado na sexta-feira passada pelo jornalista Pavel Zarubin, um dos autores do filme.

A primeira tomada de posse de Putin teve lugar em 07 de maio de 2000, depois de ter vencido as eleições presidenciais antecipadas de março de 2000 com 52,94% dos votos, na qualidade de Presidente interino, na sequência da demissão de Boris Ieltsin.

Desde então, com exceção de 2008, quando Dmitry Medvedev, seu vice, assumiu a presidência para um mandato de quatro anos, Putin foi empossado quatro vezes, graças a alterações à Constituição, que inicialmente só permitia dois mandatos presidenciais.

Um míssil balístico disparado pelos rebeldes hutis do Iémen caiu hoje na área do aeroporto de Ben-Gurion, próximo de Telavive, e causou seis feridos ligeiros, noticiou a imprensa de Israel.

© GIL COHEN-MAGEN/AFP via Getty Images   Lusa  04/05/2025 

 Rebeldes do Iémen disparam míssil contra aeroporto de Telavive

Um míssil balístico disparado pelos rebeldes hutis do Iémen caiu hoje na área do aeroporto de Ben-Gurion, próximo de Telavive, e causou seis feridos ligeiros, noticiou a imprensa de Israel.

O serviço de emergência Magen David Adom (MDA) disse que prestou assistência médica a quatro mulheres e dois homens com idades entre os 22 e os 54 anos que ficaram ligeiramente feridos devido à explosão.

Os jornais Haaretz, The Times of Israel e Jerusalem Post publicaram imagens em vídeo que mostram o momento do impacto na zona do Terminal 3 do Aeroporto Ben-Gurion.

As operações no aeroporto foram interrompidas devido ao ataque, mas os voos foram retomados cerca de uma hora depois, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP).

O exército israelita confirmou o ataque, mas disse desconhecer ainda se intercetou o míssil ou não.

"Foram feitas várias tentativas para intercetar o míssil lançado do Iémen", afirmou o exército em comunicado, informando que um objeto caiu na zona do aeroporto, sem especificar se se tratava de um míssil ou de destroços do projétil.

"O incidente está a ser investigado", acrescentou.

A polícia israelita disse que o impacto foi mesmo de um míssil.

"Podem ver a área atrás de nós: formou-se uma cratera com várias dezenas de metros de largura e também várias dezenas de metros de profundidade", disse o chefe da polícia local, Yair Hezroni, num vídeo com a torre de controlo do aeroporto em segundo plano.

Um comunicado emitido pela polícia concluiu tratar-se de um "impacto de míssil".

O ministro da Defesa israelita, Israel Katz, prometeu uma resposta sete vezes mais dura ao ataque dos hutis, que são apoiados pelo Irão.

"Quem nos prejudicar receberá sete castigos", afirmou num comunicado citado pela agência de notícias espanhola EFE.

Israel já realizou vários ataques contra alvos hutis no Iémen.

O ataque não foi reivindicado de imediato, mas os rebeldes hutis do Iémen, aliados do movimento palestiniano Hamas, reivindicaram a responsabilidade por vários ataques com mísseis e 'drones' em território israelita desde o início da guerra em Gaza.

Os hutis tinham anteriormente reivindicado a responsabilidade pelos disparos contra o aeroporto, mas o exército disse que os tinha intercetado.

Na sexta-feira, afirmaram ter disparado dois mísseis contra Israel, com várias horas de intervalo, que o exército israelita anunciou terem sido intercetados.

O porta-voz militar dos hutis, Yahya Saree, afirmou num vídeo que o grupo tinha como alvo uma instalação militar no centro de Israel com "um míssil balístico hipersónico Palestina 2".

Os rebeldes controlam vastas áreas do Iémen devastado pela guerra, incluindo a capital Sana, a mais de 1.800 quilómetros da fronteira sul de Israel.

Desde o início da guerra em Gaza, desencadeada pelo ataque sem precedentes a Israel pelo movimento extremista Hamas em 07 de outubro de 2023, os hutis anunciaram ataques alvos israelitas em solidariedade com os palestinianos.

Os rebeldes também atacaram navios que acreditam estar ligados a Israel no Mar Vermelho, uma zona-chave para o tráfego marítimo mundial.

Após uma suspensão de dois meses, os hutis retomaram os ataques contra Israel com o recomeço da ofensiva israelita na Faixa de Gaza, em 18 de março.

Os Estados Unidos, sob a liderança do Presidente Joe Biden, começaram a atacar as posições dos hutis em janeiro de 2024 para os obrigar a cessar os disparos.

A campanha intensificou-se após o regresso de Donald Trump à presidência, em janeiro, segundo a AFP.

No final de abril, o Pentágono (sede da Defesa dos Estados Unidos) afirmou ter atingido mais de 800 alvos no Iémen desde meados de março, matando centenas de combatentes entre os hutis, incluindo alguns líderes do grupo.


Leia Também: Os rebeldes hutis do Iémen reivindicaram o ataque de hoje contra o aeroporto internacional Ben-Gurion de Telavive, que causou seis feridos ligeiros, num comunicado divulgado pela estação de televisão al-Massirah, ligada ao grupo.


Como sentir raiva pode fazer mal à sua saúde

Getty Images. A explosão de raiva pode ser prejudicial à saúde — mas a raiva também pode nos proteger e nos levar a tomar uma atitude.   Por  Alejandra Martins  BBC News Mundo

"O ser humano é uma casa de hóspedes. Todos os dias chega uma nova visita, uma alegria, uma tristeza, uma decepção…"

Em seu famoso poema A Casa de Hóspedes, o escritor persa do século 13 Rumi relembra nossa coexistência diária com convidados inesperados: as emoções.

Algumas podem ser intensas e desconfortáveis, mas também são aliadas que nos revelam informações valiosas.

É o caso da raiva, que pode nos "sequestrar" e até ser prejudicial à saúde, mas também pode nos dar clareza e motivar mudanças positivas.

A BBC News Mundo, serviço de notícias em espanhol da BBC, conversou com duas especialistas sobre esta emoção — e como administrá-la.

A neurocientista espanhola Nazareth Castellanos é pesquisadora do Laboratório Nirakara-Lab, e do departamento de mindfulness e ciências cognitivas da Universidade Complutense de Madri. Dolores Mercado é professora de graduação e pós-graduação na faculdade de psicologia da Universidade Autônoma do México (UNAM).

O que acontece no nosso corpo quando a raiva é liberada? Quais ferramentas podemos usar para lidar com ela? E como podemos ajudar as crianças a expressá-la de forma saudável?

O que acontece no cérebro

Quando surge um conflito, um dos parâmetros que nos informa sobre nossa inteligência emocional e nosso estado interior naquele momento, é a velocidade de reação, diz Nazareth Castellanos.

"Diz-se que há momentos em que o cérebro responde, e há momentos em que o cérebro reage. Idealmente, o cérebro deveria responder, mas normalmente ele reage, ou seja, responde muito rápido", ela explica.

"Imagine que alguém chega e te diz algo que provoca aversão. Essa informação, quando entra no cérebro, segue sua rota normal e, quando passa pela amígdala, que é a área mais importante para as emoções mais aversivas, como a raiva, a amígdala tem de interpretar, junto ao hipocampo e o córtex frontal, esses três, o quão desagradável foi essa reação."

A amígdala (em vermelho na imagem) 'é a área do cérebro mais importante para emoções como a raiva'

Quando já estamos estressados, os neurônios da amígdala ficam muito ativos, e reagimos mais rapidamente a qualquer estímulo, explica a especialista, que sugere considerar três situações.

Na primeira, "fulano chega e me diz algo desagradável. E então o hipocampo e o córtex frontal, juntos, moderam a amígdala. Imagine o papel de um mediador. É um cenário um pouco idílico, e nem sempre útil".

No segundo cenário, alguém nos diz algo, e ficamos com raiva.

"A amígdala aumenta sua atividade. E eu começo a respirar mais rápido, a tensão aumenta, meu coração bate mais rápido e meus músculos mostram isso. É o que deveria ser normal. Alguém vem e diz algo negativo para mim, e eu respondo à raiva agora."

Quando já estamos estressados, os neurônios da amígdala ficam muito ativos, e reagimos mais rapidamente a qualquer estímulo

No terceiro cenário, já estamos muito estressados ​​ou muito irritados com fulano.

"E ele vem e me diz algo negativo. Minha amígdala já está 'martelando' e ela envia a informação para o córtex frontal, mas enviesada. Tudo se torna amígdala."

A reação, neste caso, é exagerada.

"Então eu posso dizer coisas das quais me arrependo; há pessoas que podem ter um ataque cardíaco. É o circuito da amígdala, do hipocampo e do córtex frontal. Mas, neste caso, o que tem mais votos, o que tem mais peso, é a amígdala."

O coração e o sistema digestivo

Um estudo de 2024, liderado por Daichi Shimbo, professor de medicina da Universidade de Columbia, nos EUA, descobriu que um episódio de raiva de oito minutos altera a capacidade de dilatação dos vasos sanguíneos, aumentando o risco de danos vasculares de longo prazo.

A mudança mais imediata que notamos em um episódio de raiva é no sistema cardiorrespiratório, pois a pressão arterial, a frequência cardíaca e a frequência respiratória aumentam.

As mudanças a nível digestivo, por outro lado, tendem a ser mais lentas.

"O intestino tem toda uma rede de neurônios chamada sistema entérico. O sistema entérico faz com que o estômago se contraia, e inflame", explica Castellanos.

"Quanto mais alto no corpo, mais rápido as coisas acontecem. O estômago e o intestino são lentos. Talvez eu tenha ficado com raiva, e tenha me acalmado, e depois de um tempo minha barriga parece inchada, inflamada, sinto queimação, e tenho muito desconforto estomacal e intestinal."

O intestino tem toda uma rede de neurônios chamada sistema entérico

A raiva, o motor da mudança

"Todas as emoções têm uma função, como diz o belo poema A Casa de Hóspedes, de Rumi", observa Castellanos.

"Às vezes, é preciso bater na mesa, e não ficar sentado, e achar que está tudo bem."

"Há um livro de que gosto muito que é El Optimismo Inteligente ('O otimismo inteligente', em tradução livre). Se fulano de tal me diz isso e aquilo, e eu tento fazer uma cara boa, talvez eu não esteja reagindo da maneira que deveria. É preciso ter muito cuidado", diz ela.

Dolores Mercado nos lembra que "a raiva é a resposta emocional a uma agressão, uma injustiça ou um obstáculo à realização de seus objetivos".

"Assim como todas as emoções, ela tem uma função adaptativa, naturalmente protetora, e suas funções incluem: restaurar a justiça e remover obstáculos à realização de seus objetivos. Comunicar que está com raiva."

Mas quando a intensidade é muito alta ou sua duração é muito longa (é tão frequente que quase se torna habitual), a raiva prejudica as pessoas fisiologicamente, seu bem-estar subjetivo e suas relações sociais, acrescenta a especialista da UNAM.

"Além disso, quando a resposta não corresponde à situação ambiental ou ao estímulo interno, é chamada de raiva irracional. Não é adaptativa."

Manifestante a favor do voto feminino no Reino Unido por volta de 1910 sendo arrastada por três policiaisCrédito, Getty Images

Quando as emoções surgem como reação a uma situação que consideramos injusta, a raiva gera uma necessidade de ação.

"Santo Agostinho tem uma bela citação que diz: 'A esperança tem dois filhos preciosos: a raiva quando percebemos as coisas como são, e a coragem para mudá-las'", afirma Castellanos.

O problema é que, segundo ela, muitas vezes não sabemos como canalizar nossa raiva para resolver o conflito.

"Na Espanha, por exemplo, costumamos dizer que nos irritamos muito, e não fazemos nada. Outro dia eu estava no metrô, e a máquina de cartão não funcionava", diz ela.

"E todo mundo ficava resmungando: 'Que droga, que droga...', mas ninguém foi registrar uma reclamação."

"Então você ficou muito aborrecido, mas não mudou nada."

Castellanos ressalta que a raiva aguça os recursos neurais e amplifica a percepção.

"Devemos ser gratos pelo papel dela; muito do progresso que fizemos como seres humanos foi graças à raiva de alguns. Se as mulheres em Londres em 1900 não ficassem indignadas, não votaríamos."

Ferramentas para controlar a raiva

1- Permitir e investigar

A psicóloga americana Tara Brach ensina uma ferramenta para emoções chamada RAIN ("chuva" em inglês). RAIN é o acrônimo para quatro palavras: Recognize ("reconhecer), Allow ("permitir"), Investigate ("investigar") e Nurture ("nutrir e cuidar" da parte do nosso eu interior de onde vem essa emoção).

Ao investigar a raiva, podemos nos perguntar: o que me deixou com raiva? O que eu quero mudar? É justo mudar isso?

"Talvez eu esteja interpretando mal, porque você sempre tem que ter essa autocrítica também. E com esse olhar humilde, mas prático. Talvez eu esteja exagerando porque estou muito nervoso", observa Castellanos.

"Para mim, um dos exercícios mais importantes em saúde mental é ser capaz de discernir entre uma emoção e outra. Primeiro com você mesmo, mas de uma forma muito honesta. Porque quando a amígdala está hiperativa, perdemos a honestidade. Eu me defendo, culpo os outros, porque a amígdala é muito protetora de si mesmo, da imagem de alguém. Sempre se diz que a amígdala gosta de ter razão. Então, é claro, temos que baixar um pouco a bola dela para termos clareza suficiente."

Ao investigar a raiva, podemos nos perguntar: o que me deixou com raiva? O que eu quero mudar?

2- A importância da respiração

Nazareth Castellanos compartilha outra ferramenta com a qual ela e seus colegas conduziram um novo estudo, que está em processo de publicação na revista científica Biological Psychology.

"Quando estamos muito ansiosos e irritados, nosso padrão respiratório é alterado. A amígdala faz algo chamado apneia induzida pela amígdala. Normalmente, após expirar, fazemos uma leve apneia; um breve período sem respirar. Eu inspiro, expiro, paro um pouco, e depois inspiro novamente."

"Quando estou muito irritada, minha respiração muda muito. Então, essa apneia após a expiração é alterada, e isso, por sua vez, deixa meu cérebro mais estressado. Em outras palavras, a amígdala usa o corpo para propagar seu estresse. Então, se eu me voltar para o corpo, posso acessar a amígdala."

Se nesses momentos de raiva intensa, tentarmos pensar "não temos controle frontal", estaremos batendo em uma porta que será difícil de abrir. Mas a amígdala recebe informações não conscientes do corpo.

O que devemos fazer então "é tentar desacelerar a respiração, de modo que a expiração seja mais longa do que a inspiração". Podemos, por exemplo, inspirar contando até três, e expirar contando até seis.

"Vimos que essa parte da expiração é a que mais trabalha nas redes cerebrais que controlam a amígdala".

A especialista ressalta que basta fazer o exercício por alguns minutos para começar a sentir o efeito. Ela adverte, no entanto, que haverá interferências.

"Você tem que treinar a si mesmo para retornar à respiração e, se um pensamento vier, deixe-o passar, porque quanto mais você fecha a porta para ele, mais ele bate. Deixe-o entrar, mas coloque-se na posição de observá-lo."

Diminuir a velocidade da respiração e fazer com que as expirações sejam mais longas do que as inspirações 'atua nas redes neurais que controlam a amígdala'

3- O poder do mantra

Outra ferramenta compartilhada por Castellanos é proveniente de um estudo da Universidade de Tel Aviv, em Israel, chamado "O efeito mantra".

"É um artigo que me ajudou pessoalmente", diz ela.

"Eles escolheram um grupo de pessoas e disseram que, se você estiver com raiva, deve repetir uma palavra por um tempo. Mas tem que ser uma palavra que não tenha conotação espiritual, religiosa, emocional, não pode ser Jesus Cristo, nem Buda, nem amor, nada. Uma palavra neutra, mesa, copo. Ninguém se comove com um copo."

A ideia é repetir, então, essa palavra: "copo", "copo", "copo"... mas em silêncio. Os pesquisadores observaram que a repetição deste mantra reduzia a atividade da amígdala.

Repetir uma palavra neutra acalma a amígdala, diz estudo

"Grande parte da interferência da amígdala na raiva é verbal, 'mas você disse que não', 'mas eu fiz isso', a amígdala é muito verbal, é uma tagarela raivosa, blá, blá, blá."

"E se você der a ela palavras, mas não informações, a amígdala se cala. Ela precisa de linguagem, mas o pensamento não é sobre como esse cara é um canalha e assim por diante. Dê a ela linguagem, mas não informações".

Ajudando as crianças

Em muitos casos, as crianças são incentivadas a não expressar raiva.

"Temos um pouco de medo da emoção negativa. Seu filho precisa fazer birra, e você precisa saber que isso vai ser muito desagradável para você", diz Castellanos.

"A criança que não faz birra é a que preocupa. Outra coisa é se ela explodir ou for desproporcional. Quando falamos de emoções, acho que a palavra mais importante é equilíbrio, não ausência."

"A birra tem uma função no cérebro de uma criança que está em desenvolvimento. É um mecanismo pelo qual o cérebro gera essas conexões que vão da amígdala às partes frontais. São como testes de som."

'A birra é um mecanismo pelo qual o cérebro gera essas conexões que vão da amígdala às partes frontais'

Como os pais podem ajudar as crianças nesse processo?

"O que eu faço muito com minha filha é respirar. É preciso deixar que ela se expresse. Deixá-la sentir que está contida, que há alguém que está no controle, que há limites firmes, limites amorosos. O que é difícil para mim é não me deixar levar pela birra dela, não ficar nervosa também, porque estamos muito sincronizados com o corpo dos nossos filhos. Ela faz uma birra, e eu sinto isso dentro de mim", admite.

"Então, muitas vezes eu respiro. Ou recorro ao que eu estava te dizendo sobre o efeito mantra. Enquanto ela está lá, fazendo um tremendo circo, repito uma palavra para mim mesma."

Dolores Mercado ressalta que é preciso ensinar às crianças que é normal ficar com raiva — e que elas precisam reconhecer quando estão bravas.

"Temos que dar espaço para que elas se irritem e expressem sua raiva, temos que ajudá-las a analisar a situação que provocou sua raiva, a reação que tiveram, as consequências dessa reação, e se elas acreditam que a situação foi bem conduzida."

"Uma estratégia consiste em ensiná-las a não expressar a raiva impulsivamente, a pensar sobre a situação e depois responder. Outra é perguntar: 'o que eu quero? E como posso conseguir isso? Ensiná-las que é possível obter mais resultados tentando soluções pacíficas do que (soluções) impulsivas e agressivas".

Gerencie a raiva, mas não a reprima

"O primeiro problema com a raiva reprimida é que ela não resolve o problema que a causou", explica Mercado.

"Uma consideração importante é o modo de expressão da raiva. No modo explosivo, a pessoa entra em um ciclo de feedback que estimula a raiva novamente... Quando se aprende a regular a raiva, é possível expressá-la para provocar mudanças na situação que a provocou, com menos danos pessoais e sociais. A raiva é expressa, e os problemas são resolvidos".

Em seu livro Quando o corpo diz não, o psiquiatra canadense Gabor Mate explica por que reprimir a raiva e não estabelecer limites sendo autêntico e respeitando nossos sentimentos leva a doenças. Se não dissermos NÃO, o corpo faz isso por nós por meio da doença.

"Qualquer emoção reprimida vai aparecer em outro lugar, e geralmente será somatizada", ressalta Castellanos.

"Assim, da mesma forma que quando você não está bem fisicamente, isso gera um estado psicológico, ou seja, há duas direções."

O psiquiatra canadense Gabor Mate aborda os os efeitos da relação entre o corpo e a mente na saúde

"Temos que entender que são dois lados da mesma moeda, e que cuidar da saúde mental é cuidar da saúde física, e cuidar da saúde física é cuidar da saúde mental."

Castellanos ressalta que é importante lembrar dessa conexão, especialmente em situações adversas da vida, quando sabemos que nossa saúde física e mental vão sofrer.

"Então você se pergunta: como posso me preparar?"

"Realizamos um estudo muito interessante no qual vimos que quando estamos mal em termos de saúde mental, o cérebro escuta mais o corpo. Portanto, se você tem uma alimentação ruim, e tem um problema de saúde mental, isso vai te afetar mais. Você pode se permitir comer porcaria de vez em quando, quando estiver se sentindo bem, mas se estiver se sentindo mal, isso vai fazer com que você se sinta pior", afirma.

"Você diz: 'Estou passando por uma situação porque fui demitido, porque me separei, porque houve um luto, isso vai me afetar', sou um pouco mais obrigado a cuidar do meu corpo."

"Heidegger tem um conceito muito bonito do dasein, que é o ser, ele diz que é intrínseco ao ser cuidar de si mesmo. Qualquer um que não cuida de si está traindo seu ser."

'É sempre importante ouvir nossas emoções', diz Dolores Mercado

Expressar a raiva, observá-la, investigá-la — e não reprimi-la.

O mestre budista Thich Nhat Hahn afirmou que devemos cuidar das nossas emoções como uma mãe cuida amorosamente do seu bebê que chora.

"É sempre importante ouvir nossas emoções", diz Mercado.

"A raiva é uma forma de interpretar a realidade e um meio de comunicar emoções de outras pessoas e para elas. Ela requer analisar a situação (reflexão) para tirar o máximo proveito dela."

Como indica o poema de Rumi sobre as emoções, não se deve fechar a porta quando chegam convidados inesperados.

"Seja grato a quem vier,

porque todos foram enviados

como guias do além."

O Chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló preside o lançamento da primeira pedra das obras de reabilitação da Estrada Nacional, Safim_Mpack 115km. Lote1(Safim, Bula, São Vicente e Antotinha) e Lote2(Antotinha, Ingoré, São Domingos, Jegue e Mpack. As obras sob o financiamento do Banco Europeu de Investimento e Banco Mundial no 135 biliões de francos CFA, vão ser executadas pela Empresa Arezki.

Radio Voz Do Povo 

O Presidente da República, participou na cerimónia de investidura do novo Presidente da República Gabonesa, General Brice Clotaire Oligui Nguema, realizada a 3 de maio de 2025, no Estádio da Amizade Sino-Gabonesa, em Libreville.

O evento contou com a presença de diversos Chefes de Estado da África Central e Ocidental, simbolizando o apoio regional à transição democrática no Gabão e reforçando os laços de cooperação entre os países africanos

@Presidência da República da Guiné-Bissau

O Presidente chinês, Xi Jinping, irá visitar a Rússia entre 07 a 10 de maio, para se juntar ao seu homólogo russo, Vladimir Putin, na celebração do 80.º aniversário da vitória dos Aliados sobre a Alemanha nazi.

© SERGEI SAVOSTYANOV/POOL/AFP via Getty Images   Lusa   4/05/2025

 Presidente chinês Xi Jinping visita Rússia de 7 a 10 de maio

O Presidente chinês, Xi Jinping, irá visitar a Rússia entre 07 a 10 de maio, para se juntar ao seu homólogo russo, Vladimir Putin, na celebração do 80.º aniversário da vitória dos Aliados sobre a Alemanha nazi.

De acordo com um comunicado do Kremlin, a "convite do Presidente russo, Vladimir Putin, o Presidente da República Popular da China, Xi Jinping, efetuará uma visita oficial à Rússia de 07 a 10 de maio e participará nas celebrações do 80.º aniversário da vitória na Grande Guerra Patriótica".

Segundo o Kremlin, "durante as conversações, serão discutidas as principais questões do futuro desenvolvimento das relações de ampla parceria e interação estratégica, bem como os problemas atuais da agenda internacional e regional".

"Está prevista a assinatura de uma série de documentos intergovernamentais e interagências", concluiu.

No dia anterior, o Presidente do Uzbequistão, Shavkat Mirziyoyev, tinha confirmado a sua participação nas celebrações da vitória, juntando-se a líderes como o Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e os seus homólogos da Venezuela, Nicolás Maduro, e de Cuba, Miguel Díaz-Canel.

Entre os europeus, apenas o primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, o presidente sérvio, Aleksandar Vucic, e o líder separatista sérvio-bósnio, Milorad Dodik, estarão presentes.

No entanto, o presidente sérvio foi internado na Academia Médica Militar de Belgrado, depois de ter cancelado vários eventos da sua agenda por razões médicas durante uma visita aos Estados Unidos.

No final de abril, o primeiro-ministro indiano Narendra Modi, que era esperado em Moscovo para as celebrações, anunciou que não iria estar presente devido ao conflito com o vizinho Paquistão.

A Rússia acusou no sábado o Presidente ucraniano de ameaçar as comemorações da Segunda Guerra Mundial depois de ter afirmado que Kyiv não podia garantir a segurança dos líderes internacionais em Moscovo.

Volodymyr Zelensky "fez uma ameaça inequívoca aos líderes mundiais" que vão participar na cerimónia, disse a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, nas redes sociais, segundo a agência de notícias russa TASS.

A porta-voz acusou Zelensky de também "ameaçar a segurança física dos veteranos que vão participar" nos desfiles na Praça Vermelha, em Moscovo.

"A sua declaração [...] é, evidentemente, uma ameaça direta", afirmou, também citada pela agência de notícias France-Presse (AFP).

Zakharova comentava declarações feitas na sexta-feira à noite por Zelensky, mas divulgadas no sábado, sobre as comemorações dos 80 anos da vitória sobre a Alemanha nazi, presididas por Vladimir Putin.

Zelensky disse que Kyiv não poderá garantir a segurança dos líderes internacionais presentes, sugerindo que Moscovo poderá fazer alguma coisa para culpar a Ucrânia.

"Não sabemos o que a Rússia vai fazer nessa data. Poderá tomar várias medidas, como incêndios ou explosões, e depois acusar-nos", disse o Presidente ucraniano.

A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros disse que o regime de Kyiv e Zelensky se "vangloriam pessoalmente" depois de "cada ataque terrorista em território russo".

"Portanto, a frase de que 'não garante a segurança no dia 09 de maio em território russo', uma vez que esta não é a sua área de responsabilidade, é, naturalmente, uma ameaça direta", afirmou.

Zakharova insistiu na questão da segurança dos veteranos da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) que vão participar nas comemorações.

"Há muito tempo que sabemos que Zelensky não tem nada de sagrado [...]. Mas hoje atingiu o fundo do poço: agora ameaça a segurança física dos veteranos que vão participar em desfiles e eventos cerimoniais no dia santo", acrescentou, citada pela TASS.


sábado, 3 de maio de 2025

O novo Presidente do Gabão, Brice Oligui Nguema, tomou hoje posse depois de vencer as eleições de abril, marcando o fim do período de transição política e o regresso à ordem constitucional após o golpe militar de 2023.

© AFP via Getty Images   Lusa  03/05/2025

 Oligui Nguema tomou posse como presidente do Gabão

O novo Presidente do Gabão, Brice Oligui Nguema, tomou hoje posse depois de vencer as eleições de abril, marcando o fim do período de transição política e o regresso à ordem constitucional após o golpe militar de 2023.

Nguema, de 50 anos, antigo chefe da unidade da guarda republicana e a liderar o Gabão desde o golpe de Estado, comprometeu-se a diversificar a economia deste país centro-africano, maioritariamente dependente do petróleo, a reformar o sistema educativo e a reduzir o desemprego jovem.

"Hoje celebramos a renovação democrática", disse Nguema, que prometeu, no seu discurso na cerimónia de tomada de posse, "servir, proteger e unir todos os gaboneses", afirmando que é esse o significado do seu juramento.

Centenas de milhares de pessoas reuniram-se num estádio na capital, Libreville, para testemunhar a cerimónia.

O líder da junta militar do Gabão e agora Presidente venceu as eleições presidenciais de 12 de abril, recolhendo mais de 90% dos votos, muito à frente do principal rival, o ex-primeiro-ministro Alain-Claude Bilie-By-Nze, que ficou em segundo lugar com 3,02% dos votos.

O Gabão tem uma taxa de desemprego muito elevada, especialmente entre os jovens licenciados, e a economia está fortemente dependente do petróleo, faltam infraestruturas, incluindo estradas que liguem as províncias regionais, e serviços básicos como água.

Dirigindo-se ao povo gabonês quando foram conhecidos os resultados, Nguema prometeu "um Gabão diferente, em linha com as aspirações do povo", medidas para "diversificar a economia através da transformação local das matérias-primas" e ainda a abertura do país a investidores estrangeiros.

Nguema derrubou o Presidente Ali Bongo Ondimba em 2023 e depois liderou a transição do país antes de concorrer e vencer as eleições presidenciais.

O Gabão, que tem uma população de 2,3 milhões de pessoas, um terço das quais vive na pobreza apesar da sua vasta riqueza petrolífera, realizará eleições legislativas e locais em setembro.


Leia Também: União Africana felicita Gabão pela "boa organização" das Presidenciais

"Ninguém garante que o 10 de maio chegue a Kyiv", ameaça Medvedev... O responsável alertou que "o maluco da barba por fazer" fez somente "uma provocação verbal".

Por LUSA

O ex-presidente da Rússia e atual vice-presidente do Conselho de Segurança do país, Dmitry Medvedev, alertou, este sábado, que não há garantias de que Kyiv veja o dia 10 de maio, caso a Ucrânia ataque Moscovo durante as celebrações do Dia da Vitória, a 9 de maio.

“O maluco da barba por fazer disse que rejeita a oferta de Putin de um cessar-fogo de três dias para 9 de maio e que não pode garantir a segurança dos líderes mundiais em Moscovo. E quem é que está à espera das garantias dele? Apenas uma provocação verbal. Nada mais do que isso”, começou por escrever, na rede social Telegram, referindo-se ao chefe de Estado ucraniano, Volodymyr Zelensky.

E ameaçou: “O patife compreende que, no caso de uma provocação real no Dia da Vitória, ninguém garante que o 10 de maio chegue a Kyiv.”

Isto porque, recorde-se, Zelensky desvalorizou as tréguas propostas pelo homólogo russo, Vladimir Putin, incluindo um cessar-fogo de 8 a 10 de maio, por ter considerado serem prazos demasiado curtos para conversações sérias.

O responsável disse ainda que se recusava a ajudar Putin num "tipo de jogo para dar um ambiente agradável à sua libertação do isolamento em 9 de maio", nas celebrações dos 80 anos da vitória sobre a Alemanha nazi.

O presidente alertou também que Kyiv não poderá garantir a segurança dos líderes internacionais presentes, entre eles os presidentes da China, Xi Jinping, e do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, bem como os aliados tradicionais de Moscovo, Cazaquistão, Bielorrússia, Cuba e Venezuela.

"Não sabemos o que a Rússia vai fazer nessa data. Poderá tomar várias medidas, como incêndios ou explosões, e depois acusar-nos", disse.

Kyiv quer um "cessar-fogo total e incondicional" como condição prévia para quaisquer negociações com a Rússia, que diz estar pronta para negociar com a Ucrânia, mas está relutante em concordar com uma trégua prolongada.

Moscovo, cujo exército está atualmente em vantagem na linha da frente, diz temer que um cessar-fogo permita a Kyiv recuperar a força, com o apoio militar dos aliados ocidentais.

Anteriormente, Putin tinha anunciado uma curta trégua durante o fim de semana da Páscoa.

Os Estados Unidos disseram na segunda-feira que o presidente Donald Trump quer um cessar-fogo permanente na Ucrânia e não apenas uma trégua temporária, como a que foi anunciada por Putin para três dias, de 8 a 10 de maio.


Leia Também: O ex-presidente da Rússia e atual vice-presidente do Conselho de Segurança do país, Dmitry Medvedev, considerou, este sábado, que as declarações do chefe de Estado norte-americano, Donald Trump, sobre o papel dos Estados Unidos na vitória na Segunda Guerra Mundial não passam de “um absurdo pretensioso”.

Jornalistas guineenses lamentam declínio da liberdade de imprensa no país

Por  LUSA 

A presidente do Sindicato de Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social (Sinjotecs) da Guiné-Bissau, Indira Correia Baldé, lamentou hoje que o país tenha sofrido um declínio na ordem de dez pontos no ranking mundial da liberdade de imprensa.

Numa comunicação na Casa dos Direitos em Bissau, para assinalar o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, Baldé comentou igualmente o último relatório divulgado pela organização Repórteres Sem Fronteiras, segundo o qual a Guiné-Bissau desceu do lugar 92 para 102 de 2024 para este ano.

"Perdemos dez lugares no ranking. Descemos de 92 para o lugar 102. Isso deve-se à pressão política e económica que é exercida sobre os profissionais da comunicação social da Guiné-Bissau", lamentou Correia Baldé.

A Repórteres Sem Fronteira defendeu que a Guiné-Bissau vive "uma grave deterioração do ambiente de segurança da imprensa e as pressões políticas e económicas têm posto à prova o exercício do jornalismo".

A presidente do Sinjotecs apelou aos profissionais de comunicação social, mas sobretudo os decisores políticos, para refletirem sobre os dados apresentados.

Indira Correia Baldé corroborou a denúncia da Repórteres Sem Fronteiras, segundo a qual "os jornalistas são regularmente expostos às agressões físicas, as redações estão sujeitas a serem saqueadas e outros ainda são alvos de campanhas violentas de assédio 'online', especialmente sexistas".

"Os decisores políticos deviam analisar as posições que a Guiné-Bissau tem vindo a ocupar no ranking mundial de liberdade de imprensa ao longo dos últimos dez anos", exortou Correia Baldé.

Como forma de inverter "esse quadro negro", Baldé apelou para a criação de políticas públicas de inclusão digital, o acesso à informação e o fortalecimento dos meios de comunicação locais, especialmente nas regiões do interior, distantes de Bissau.

Ministro do Interior Aladje Botche Candé reúne oficiais superiores zona Sul

Radio Voz Do Povo 

Os presidentes da Ucrânia e dos Estados Unidos discutiram a possibilidade de impor sanções adicionais à Rússia quando se reuniram no Vaticano em 26 de abril, no funeral do Papa Francisco, afirmou hoje Volodymyr Zelensky.

© Reuters  Lusa  03/05/2025 

 Zelensky e Trump falaram sobre possíveis novas sanções contra Moscovo

Os presidentes da Ucrânia e dos Estados Unidos discutiram a possibilidade de impor sanções adicionais à Rússia quando se reuniram no Vaticano em 26 de abril, no funeral do Papa Francisco, afirmou hoje Volodymyr Zelensky.

"Penso que tive a melhor conversa com o Presidente [Donald] Trump de todas as que tivemos até agora", disse Zelensky numa conferência de imprensa em Kyiv, citado pela agência de notícias ucraniana Ukrinform.

"Levantei a questão das sanções dos Estados Unidos. Não vou entrar em pormenores, mas o que ele [Trump] me disse pareceu-me muito poderoso", afirmou, segundo relato da agência noticiosa espanhola EFE.

Zelensky também respondeu a perguntas sobre o controverso acordo económico entre os Estados Unidos e a Ucrânia, assinado esta semana, que ainda tem de ser ratificado pelo parlamento de Kyiv nos próximos dias.

O Presidente ucraniano manifestou a expectativa de que não haverá dificuldades na aprovação do documento.

Admitiu, no entanto, haver deputados que se opõem ao acordo, a quem censurou por rejeitarem um pacto "do qual depende a segurança da Ucrânia".

Zelensky afirmou que, com base nas decisões tomadas pelo Congresso norte-americano, a Ucrânia deverá receber 15 mil milhões de dólares (13,2 mil milhões de euros, ao câmbio atual) de ajuda este ano e um montante semelhante em 2026.

O acordo assinado com Washington poderá permitir que os 15 mil milhões de dólares previstos para 2026 sejam antecipados para este ano, disse ainda Zelensky.

Tal antecipação seria parte da contribuição dos Estados Unidos para o Fundo de Investimento para a Reconstrução a ser criado no âmbito do acordo, acrescentou.


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Donald Trump partilha imagem vestido de Papa (e gera críticas)... Pouco mais de dez dias após a morte de Francisco, Trump partilhou uma imagem vestido de Papa.

© Donald Trump Truth Social  Notícias ao Minuto  03/05/2025 

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, continua a dar que falar. Agora, publicou uma fotografia sua, aparentemente gerada por Inteligência Artificial, vestido de... Papa.

A partilha foi feita na sexta-feira à noite na sua rede social, a Truth Social, e repartilhada pela página oficial da Casa Branca na rede X (antigo Twitter). 

Na imagem, Trump surge sentado no que parece a Sede Gestatória (ou trono papal), com as vestes típicas de um Papa, especificamente aquelas com que Francisco surgia regularmente em público. Além de ter um crucifixo ao pescoço, surge também com a mão direita e o indicador levantados. 

A imagem foi divulgada sem qualquer comentário.

No entanto, a 'brincadeira' não agradou a todos. Há vários comentários, em diversas redes sociais, a criticar o presidente e a imagem, referindo que se trata um "desrespeito" para com os católicos, sobretudo numa altura de luto. 

"Psicopata", "blasfemo", "desrespeitoso", foram alguns dos comentários. Por outro lado, alguns apoiantes elogiaram e falaram em "comédia". 

Esta não é, contudo, a primeira vez que Trump se associa ao Papa. Na quarta-feira, o presidente norte-americano afirmou que gostaria de ser Papa. 

"Gostaria de ser Papa. Essa seria a minha escolha número um", disse Trump na Casa Branca.

Recorde-se que o Papa Francisco morreu no passado dia 21 de abril e o presidente norte-americano marcou presença no funeral, em 26 de abril, com a sua esposa, Melania Trump, que fez 55 anos nesse dia.

Mais de 4500 imigrantes vão ser notificados para deixar Portugal em 20 dias

SIC Notícias,  03 mai. 2025

A AIMA vai notificar mais de 4500 imigrantes para abandonarem o país devido ao não cumprimento dos requisitos para autorização de residência.

A partir da próxima semana, mais de 4500 imigrantes começam a ser notificados para abandonar o território nacional no período máximo de 20 dias, avança o Jornal de Notícias.

Entre os 18 mil pedidos de autorização de residência que chegaram à AIMA (Agência para a Integração, Migrações e Asilo), mais de 4500 não cumprem os requisitos.

Os pedidos podem ser negados por várias razões: crimes cometidos pelo imigrante, permanência irregular noutros países ou a falta de documentos obrigatórios.

Depois de notificados, caso não abandonem o país, ficam sujeitos a um processo de expulsão.

Um estudo realizado na Andaluzia comprovou a eficácia do medicamento Nirsevimab na prevenção de casos graves de vírus sincicial respiratório (VSR) em bebés

Por sicnoticias.pt

Medicamento eficaz na prevenção de formas graves de vírus respiratório em bebés

Um estudo realizado na Andaluzia comprovou a eficácia do medicamento Nirsevimab na prevenção de casos graves de vírus sincicial respiratório (VSR) em bebés

Um estudo concluiu a utilidade do medicamento Nirsevimab na prevenção de formas graves do vírus sincicial respiratório em bebés que, embora possam ser infetados apesar de o tomarem, apresentam sintomas menos graves.

O estudo, que envolveu a Universidade de Granada (UGR), vários hospitais e a Direção Geral de Saúde Pública do Governo Regional da Andaluzia, certificou a eficácia do Nirsevimab contra o vírus sincicial respiratório (VSR) em lactentes.

O estudo demonstrou que, embora as crianças que recebem este medicamento possam ficar infetadas com o VSR e acabar hospitalizadas, a gravidade dos sintomas clínicos durante o internamento é muito menos grave do que a das crianças que não recebem a imunização.

Mario Rivera, investigador do Departamento de Medicina Preventiva e Saúde Pública da Universidade de Granada (UGR), que participa neste estudo, explicou que o Nirsevimab não é um tratamento, mas sim uma medida preventiva não vacinal baseada na utilização de um anticorpo monoclonal com efeito duradouro.

Algumas comunidades autónomas espanholas, como a Andaluzia, foram pioneiras na implementação desta medida, o que evitou desfechos graves em crianças com este vírus após o internamento, noticiou na sexta-feira a agência Efe.

O estudo de coorte retrospetivo incluiu 222 bebés hospitalizados com VSR em nove hospitais de todas as províncias da Andaluzia.

Os cientistas analisaram a frequência dos desfechos hospitalares, incluindo bebés que necessitaram de suporte respiratório, ventilação mecânica ou internamento em UCI, entre outros, com base na imunização ou não das crianças com Nirsevimab.

"Observámos que as crianças imunizadas com o medicamento tiveram menor necessidade de suporte respiratório e menor tempo de internamento hospitalar do que as crianças não imunizadas com Nirsevimab", acrescentou Rivera.

Os dados indicam que, embora o Nirsevimab não seja infalível, é benéfico para as crianças imunizadas que necessitam de hospitalização por VSR.

Em 2023-2024, Espanha tornou-se pioneira na utilização deste novo medicamento, utilizando-o sistematicamente em bebés de diferentes comunidades, como a Andaluzia, com uma cobertura de 94% da população.