segunda-feira, 19 de maio de 2025

Diretor Geral do Hospital Pediátrico Săo José de Bôr em conferencia imprensa

SESSÃO DE ABERTURA: Missão de Observação Internacional do Recenseamento Piloto do RGPH4 está em Bissau para avaliação dos trabalhos feitos pelo INE.

Reação de Domingos Simões Pereira, Presidente do PAIGC e da Coligação PAI - TERRA RANKA…

EUA: Após diagnóstico de cancro, Joe Biden fala pela 1.ª vez e agradece apoio... "Somos mais fortes nos momentos difíceis", escreveu

© X/Joe Biden  noticiasaominuto.com    19/05/2025

Joe Biden, de 82 anos, falou pela primeira vez após o seu diagnóstico de cancro na próstata.

"O cancro toca-nos a todos" começou por escrever na sua conta no X, com uma fotografia ao lado da sua mulher Jill.

"Tal como muitos de vós, eu e a Jill aprendemos que somos mais fortes nos momentos difíceis”, acrescentou.

"Obrigado por nos levantarem com amor e apoio".

O antigo presidente dos EUA, Joe Biden, foi diagnosticado com "uma forma agressiva" de cancro na próstata. A notícia foi avançada este domingo pelo seu gabinete, que dá conta de que o cancro já se espalhou pelos ossos.


Leia Também: Depois de Joe Biden e a sua família terem revelado, esta domingo, o diagnóstico de cancro, várias vozes, desde democratas a republicanos, decidiram deixar a sua mensagem de força ao ex-presidente dos Estados Unidos.


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domingo, 18 de maio de 2025

Netanyahu insiste que só termina ofensiva em Gaza com saída do Hamas

Por LUSA 

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse hoje que está aberto a um acordo para interromper a ofensiva em curso na Faixa de Gaza, desde que implique a retirada do Hamas e a libertação dos reféns mantidos pelo grupo palestiniano.

"A equipa de negociação em Doha está a trabalhar para esgotar todas as possibilidades de um acordo", segundo o gabinete de Netanyahu, "quer dentro da estrutura do plano [proposto pelo enviado norte-americano Steve] Witkoff, quer dentro da estrutura do fim dos combates, que incluiria a libertação de todos os reféns, o exílio dos terroristas do Hamas e o desarmamento de Gaza".

A declaração foi feita no momento em que o Exército israelita intensificou a sua campanha aérea e terrestre no enclave palestiniano, que resultou na morte de centenas de civis nos últimos dias, segundo as autoridades locais.

O Hamas disse hoje por seu lado que só aceitará um acordo que leve ao fim da guerra na Faixa de Gaza, numa fase em que uma equipa de negociação israelita se encontra no Qatar para discutir com os mediadores internacionais uma trégua.

"Estamos a negociar o fim da guerra, nada mais", declarou Basem Naim, membro do gabinete político do Hamas, à agência EFE.

Até agora, o Governo israelita limitou-se a dizer que só negociará uma trégua no âmbito da proposta do enviado norte-americano para o Médio Oriente, Steve Witkoff, o que colide com a posição do Hamas, que alega tratar-se meramente de um prolongamento do cessar-fogo quebrado por Israel em 18 de março e não do fim da guerra.

A viagem da delegação israelita a Doha coincidiu com os preparativos dos últimos dias e o lançamento hoje de uma extensão das operações terrestres na Faixa de Gaza.

Israel bloqueia desde 02 de março o acesso da ajuda humanitária na Faixa de Gaza, dias antes de ter quebrado o cessar-fogo que estava em vigor há cerca de dois meses.

Em 05 de maio, Israel anunciou um plano de conquista do território palestiniano, que inclui uma deslocação em massa da população, suscitando palavras de condenação em todo o mundo.

O conflito foi desencadeado pelos ataques liderados pelo grupo islamita palestiniano Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, onde fez cerca de 1.200 mortos, na maioria civis, e mais de duas centenas de reféns.

Em retaliação, Israel lançou uma operação militar na Faixa de Gaza, que já provocou mais de 53 mil mortos, segundo as autoridades locais controladas pelo Hamas, a destruição de quase todas as infraestruturas do território e a deslocação forçada de milhares de pessoas.

As partes mantêm canais de negociação com os mediadores internacionais para uma nova suspensão das hostilidades e a libertação dos reféns ainda em posse do Hamas, mas não chegaram a acordo.


Papa Leão XIV recebe Zelensky em audiência privada este domingo.... O Papa Leão XIV vai receber hoje o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou o Vaticano.

Por  LUSA 

Leão XIV, no final da missa de inauguração do seu pontificado, que teve lugar esta manhã na Praça de São Pedro, no Vaticano, referiu-se à "Ucrânia mártir", que espera "negociações para uma paz justa e duradoura".

A Ucrânia está finalmente à espera de negociações para uma paz justa e duradoura", declarou o Papa.

A audiência privada de Leão XIV com o Presidente ucraniano deve ocorrer ao início da tarde.

A missa de inauguração do pontificado contou com a presença de muitas delegações oficiais de países de todo o mundo, a que se juntaram mais de 100 mil fiéis, segundo números avançados pelos serviços do Vaticano.

Entre os presentes na Praça de São Pedro esteve o vice-Presidente dos Estados Unidos, JD Vance, sentado na primeira fila ao lado do secretário de Estado, Marco Rubio, em representação do país natal do novo Papa.

Antes do início da missa, Vance foi visto a levantar-se para apertar a mão de Zelensky, quando este passou para o cumprimentar, num gesto de desanuviamento após o seu encontro acrimonioso na Sala Oval com o Presidente Donald Trump em fevereiro.

Entretanto, Trump anunciou que vai falar na segunda-feira por telefone com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, e também com Zelensky, para "parar o derramamento de sangue".

O Vaticano mostrou a sua capacidade de mediação quando, por ocasião do funeral do Papa Francisco, a 26 de abril, acolheu na Basílica de São Pedro uma cimeira improvisada entre Trump e Zelensky, que aproximou posições após o seu tenso encontro de fevereiro.

No dia 08 de maio, dia da eleição do novo pontífice, Zelensky felicitou-o e manifestou o desejo de que ele continuasse a oferecer "o apoio moral e espiritual" que a Ucrânia recebeu do Papa Francisco.

Putin insiste que invasão tem por objetivo "paz duradoura"

Por LUSA 

Chefe de Estado russo não cede nos objetivos, que diz serem eliminar as "causas originais" da guerra.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, insistiu que a invasão da Ucrânia tem por objetivo "uma paz duradoura". 

Numa entrevista à GTRK, divulgada este domingo e citada pela imprensa russa, Putin apontou que a Rússia dispõe de amplas forças para concluir aquilo que designa por "operação militar especial" e atingir os objetivos designados.

"Os objetivos são a eliminação das causas originais desta crise, a criação de condições para uma paz duradoura e sustentável e o fornecimento de segurança à Rússia", disse, segundo cita a agência estatal russa TASS.

Além disso, acrescentou que os objetivos também se aplicam "às pessoas que residem nestes territórios e que consideram a língua russa como a sua língua materna e a Rússia como a sua pátria". 

Ontem, recorde-se, o Kremlin anunciou que irá entregará ao lado ucraniano uma lista de condições para um cessar-fogo e que certos acordos poderiam tornar possível um encontro entre o presidente russo e o homólogo ucraniano, Volodymir Zelensky.

Uma das principais exigências do Kremlin é que as tropas ucranianas abandonem o território das quatro regiões ucranianas anexadas - Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia - mesmo que os russos não as controlem todas.

Além do reconhecimento das regiões ucranianas anexadas, que também incluem a península da Crimeia, o Kremlin tem exigido repetidamente que Kyiv renuncie aos planos de adesão à NATO; a desmilitarização do país; garantias de direitos para os falantes de russo; uma mudança de governo, uma vez que Zelensky é considerado ilegítimo; e o cancelamento das sanções internacionais impostas à Rússia após a invasão da Ucrânia em 2022.

Ucrânia afirma que intercetou 88 de 273 drones disparados pela Rússia... A Força aérea ucraniana disse hoje que intercetou 88 dos 273 drones disparados pela Rússia durante a noite, que "atingiram" a região de Kiev.

© Lusa   18/05/2025

"O inimigo atacou com 273 drones explosivos do tipo 'Shahed' e outros", afirmou a Força aérea ucraniana em comunicado, acrescentando que 88 foram "destruídos" e 128 "perdidos, sem consequências negativas". 

Além da região de Kiev, os ataques tiveram como alvo as regiões de Dnipropetrovsk e Donetsk.

De acordo com dados da Força aérea ucraniana, este terá sido o maior ataque com drones lançado pela Rússia contra a Ucrânia desde o início da guerra, mas as autoridades ucranianas não o confirmaram.

O número de drones disparados excede o anterior maior ataque de drones conhecido da Rússia durante a guerra, quando a Rússia bombardeou a Ucrânia com 267 drones na véspera do terceiro aniversário da guerra.

O governador da região de Kiev, Mykola Kalashnyk, disse que uma mulher de 28 anos foi morta num ataque de drones na região e que três outras pessoas, incluindo uma criança de quatro anos, ficaram feridas.

Entretanto, o ministério da Defesa da Rússia afirmou que as suas defesas aéreas abateram sete drones ucranianos durante a noite e outros 14 hoje de manhã.

Os ataques ocorreram depois de, na sexta-feira, as primeiras conversações diretas entre Moscovo e Kiev em anos não terem conseguido chegar a um acordo de cessar-fogo.

O Presidente russo, Vladimir Putin, rejeitou a oferta do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, de se encontrarem cara a cara na Turquia, depois de o próprio ter proposto negociações diretas - embora não a nível presidencial - como alternativa a um cessar-fogo de 30 dias, exigido pela Ucrânia e pelos aliados ocidentais, incluindo os EUA.

O Presidente dos EUA, Donald Trump, disse que planeia falar por telefone na segunda-feira com Putin, e a seguir com Zelensky e líderes de vários países da NATO, sobre o fim da guerra na Ucrânia.


Mais de 10 milhões de eleitores vão eleger 230 deputados... Segundo dados da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, podem votar para as eleições legislativas antecipadas 10,8 milhões de eleitores.

Por sicnoticias.pt   18/05/2025

Mais de 10 milhões de eleitores são este domingo chamados às urnas para eleger os 230 deputados à Assembleia da República na próxima legislatura, e de onde sairá o novo Governo.

As mesas de voto estarão abertas entre as 08:00 e as 19:00 em Portugal Continental e na Madeira, enquanto nos Açores abrem e fecham uma hora mais tarde em relação à hora de Lisboa, devido à diferença horária.

Segundo a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI), podem votar para as eleições legislativas antecipadas de hoje 10,8 milhões de eleitores.

No passado domingo, mais de 314 mil eleitores dos 333.347 inscritos para o voto antecipado já exerceram o seu direito, correspondendo a uma afluência de 94,45%, segundo o balanço enviado à Lusa pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna.

Este número supera o registado nas eleições legislativas de 2024, onde foi registada uma taxa de participação de 93,8% no voto antecipado em mobilidade.

No total, serão eleitos 230 deputados, em 22 círculos eleitorais - 18 dos quais em Portugal continental e os restantes nos Açores, na Madeira, na Europa e Fora da Europa -, num ato eleitoral que terá um custo a rondar os 26,5 milhões de euros.

Concorrem a estas eleições 21 forças políticas, mais três do que nas eleições de março do ano passado.

O Partido Liberal Social (PLS) é o único partido estreante neste ato eleitoral, juntando-se a AD (PSD/CDS-PP), PS, Chega, IL, BE, CDU (PCP/PEV), Livre, PAN, ADN, RIR, JPP, PCTP/MRPP, Nova Direita, Volt Portugal, Ergue-te, Nós, Cidadãos!, PPM e, com listas apenas numa ou nas duas regiões autónomas, MPT, PTP e PSD/CDS/PPM.

Nas legislativas anteriores, em 10 de março de 2024, a taxa de abstenção situou-se nos 40,10%, tendo-se verificado uma descida em relação às legislativas de 2022, nas quais a taxa de abstenção atingiu os 48,54%.

Legislativa atual cai depois do chumbo de uma moção de confiança

A legislatura atual, que terminaria apenas em 2028, foi interrompida depois do chumbo de uma moção de confiança apresentada pelo executivo minoritário PSD/CDS-PP, que contou com os votos contra do PS, Chega, BE, PCP, Livre e deputada única do PAN.

Este texto surgiu após a apresentação de duas moções de censura ao Governo (de PCP e Chega, ambas rejeitadas) e de uma comissão de inquérito proposta pelo PS, e foi justificada pelo primeiro-ministro com a necessidade de "clarificação política".

No centro da crise política estiveram notícias sobre a empresa da família do primeiro-ministro, a Spinumviva, que geraram dúvidas da oposição sobre eventuais conflitos de interesses e acusações de falta de transparência a Luís Montenegro.


Leia Também: Legislativas. As eleições legislativas estão a decorrer com normalidade, apenas com algumas queixas relativas a atrasos no início da votação presencial, devido à necessidade de lançar em urna os votos antecipados, disse à Lusa fonte da Comissão Nacional de Eleições. 

FBI descreve como "ato de terrorismo" explosão junto a clínica nos EUA... Uma explosão matou uma pessoa e danificou gravemente uma clínica de fertilidade, no sábado, na cidade de Palm Springs, na Califórnia, no que a polícia federal de investigação (FBI) norte-americana caracterizou como um "ato intencional de terrorismo".

© Lusa  18/05/2025

Akil Davis, diretor do FBI em Los Angeles, afirmou ao fim da tarde que a clínica foi deliberadamente visada, mas recusou-se a explicar como é que as autoridades chegaram a uma conclusão sobre o motivo do alegado ataque.

As autoridades ainda estavam a trabalhar para confirmar a identidade da pessoa que morreu no local.

Davis não quis dizer diretamente se essa pessoa era o suspeito, mas disse que as autoridades não estão à procura de um suspeito.

Akil Davis informou ainda que quatro pessoas ficaram feridas, mas não forneceu mais pormenores sobre a gravidade dos ferimentos.

O FBI, que enviou para o local da explosão investigadores com diversas qualificações, incluindo técnicos de recolha de provas e sapadores especialistas em bombas, está também a investigar a possibilidade de a explosão ter sido transmitida em direto.

O chefe da polícia de Palm Springs, Andy Mills, afirmou num comunicado que a explosão "parece ser um ato de violência intencional" e que vários edifícios ficaram danificados, alguns deles com gravidade.

"Houve uma vítima mortal, cuja identidade não é conhecida", disse também Mills.

O ato está a ser investigado como uma possível explosão de um carro, de acordo com duas autoridades policiais em declarações à Associated Press sob condição de anonimato, e que os investigadores acreditam que a pessoa que morreu foi provavelmente a pessoa que desencadeou a explosão.

A investigação ainda está na sua fase inicial, ressalvaram no entanto as mesmas fontes.

A Procuradora-Geral, Pam Bondi, afirmou que os agentes federais estão a trabalhar para saber mais, mas acrescentou: "Deixem-me ser clara: a Administração Trump compreende que as mulheres e as mães são o coração da América. A violência contra uma clínica de fertilidade é imperdoável".


Leia Também: Um morto numa explosão de uma viatura nos EUA em frente a uma clínica

Terroristas do Estado Islâmico matam pelo menos 50 agricultores na Nigéria... Terroristas pertencentes ao Estado Islâmico na África Ocidental (ISWA) mataram, pelo menos, 50 agricultores e um número desconhecido foi raptado num ataque no estado de Borno, no nordeste da Nigéria.

© Maksim Konstantinov/SOPA Images/LightRocket via Getty Images   Lusa    18/05/2025

O ataque aconteceu na aldeia de Malam Karanti, que se situa numa zona controlada pelo ISWAP e cujos habitantes eram protegidos por um comandante do grupo terrorista em troca do pagamento de um imposto, segundo a edição online do jornal nigeriano "Daily Trust". 

A ausência deste comandante foi o momento escolhido pelos terroristas para levar a cabo o massacre, sob o pretexto de que os agricultores e alguns pescadores estavam a espiar e a aliar-se a inimigos.

Um dos sobreviventes, não identificado pelo diário nigeriano, disse que os terroristas cercaram e ameaçaram matar qualquer pessoa que tentasse fugir. "Juntaram-nos num só lugar e ameaçaram matar quem tentasse fugir, mas alguns de nós preferiram fugir a morrer ali miseravelmente", afirmou.

"Mataram mais de 50 pessoas, a maioria das quais foi chacinada. Também raptaram algumas. Hoje estavam em Dawashi [localidade próxima de Malan Karanti] a fazer a mesma matança, mas não há informações sobre o número de pessoas afectadas", acrescentou.

Nem as agências de segurança nem o governo comentaram o incidente, segundo o Daily Trust.

O ISWA, uma ramificação muito violenta da organização jihadista Boko Haram, intensificou o ritmo dos seus ataques no norte do país desde o início do ano.

A 04 de janeiro, os terroristas mataram seis soldados numa operação que as autoridades militares nigerianas descreveram como um ataque falhado às suas tropas em Sabon Gari, também no estado de Borno.

O massacre em Malam Karanti ocorreu apenas cinco meses depois de membros do Boko Haram e do ISWA terem assassinado, pelo menos, 40 pessoas, também no estado de Borno.


Leia Também: Mais de 5.000 pessoas forçadas a fugir devido a grupo armado na Nigéria 

sábado, 17 de maio de 2025

Mali: Exército acusado de matar e enterrar 20 civis em valas comuns... Pelo menos 20 civis foram mortos e enterrados em valas comuns após serem detidos por militares no centro do Mali, afirmaram fontes locais e a Federação Internacional dos Direitos Humanos (FIDH), noticia hoje a AFP.

© Shutterstock  Lusa  17/05/2025 

Na segunda-feira, "22 pessoas foram detidas pelas Forças Armadas do Mali em Diafarabé, onde se realizava o mercado semanal. O exército obrigou-as a atravessar o rio Níger para os levar até perto do cemitério da aldeia de Mamba, mesmo em frente, e matá-los", afirmou hoje um eleito local à agência francesa de notícias, a France-Presse (AFP). 

"Eles cavaram uma vala comum e degolaram-nos a todos para os colocar lá. Apenas uma pessoa escapou a este destino. Foi ela que informou a aldeia de que tinham matado toda a gente", indicou outra fonte local à AFP.

A FIDH "condena as execuções sumárias de pelo menos 20 civis pelas Forças Armadas do Mali", escreveu a Organização Não Governamental (ONG) num comunicado publicado na sexta-feira, no qual refere que dos cerca de trinta homens detidos na localidade, alguns foram libertados.

"Outros 25 foram levados a bordo de pirogas. Os seus corpos decapitados e enterrados em duas valas comuns foram descobertos pelos seus familiares no dia 15 de maio", continua a FIDH.

Segundo vários testemunhos, os homens detidos eram membros da comunidade peul, regularmente alvo de generalizações que a associam aos jihadistas que têm aterrorizado o país nos últimos anos.

O exército afirmou levar "muito a sério" estas acusações e prometeu uma "investigação da polícia para infirmar ou confirmar as alegações", segundo um comunicado do Estado-Maior das Forças Armadas publicado na sexta-feira.

Cerca de cem pessoas manifestaram-se nas ruas de Diafarabé na terça e na quarta-feira para exigir saber o paradeiro dos cerca de trinta homens raptados pelos militares.

O exército maliano e o seu principal aliado, o grupo paramilitar russo Wagner, encarregados nomeadamente de perseguir os jihadistas cuja violência aterroriza o país, são regularmente acusados de cometer abusos contra civis.

Há três semanas, foram encontrados corpos nas proximidades de um campo militar maliano no oeste do país, poucos dias após a detenção pelo exército e paramilitares do grupo russo Wagner de dezenas de civis, na sua maioria pertencentes à comunidade peul.

Em fevereiro, cerca de 20 civis foram mortos no norte do Mali quando os seus veículos foram alvejados pelo exército e por mercenários, segundo fontes locais.

Depois de tomarem o poder em golpes de Estado em 2020 e 2021 no Mali, os militares romperam a aliança com a antiga potência colonial francesa e voltaram-se para a Rússia.

Desde 2012, o Mali é assolado por grupos jihadistas afiliados à Al-Qaeda e ao Estado Islâmico (EI) e pela violência de grupos comunitários e criminosos.


“ATUALMENTE A GUINÉ-BISSAU DISPÕE DE 0,5 MEDICOS PARA CADA MIL HABITANTES” – Bastonário da Ordem dos Médicos

 Rádio Sol Mansi  17 05 2025

Bastonário da Ordem dos Médicos da Guiné-Bissau afirmou, hoje, que o país conta com apenas 0,2 médicos pora cada mil habitantes, número “extremamente” insuficiente para responder às necessidades da população.

A declaração foi feita por Elísio Pedro Indi, à margem de um seminário de apresentação de programas, serviços e documentos estratégicos do Sistema Nacional de Saúde, destinado aos novos médicos que irão integrar a Ordem.

“Contamos à dedo o número de médicos especialistas na Guine”, lamenta o Bastonário da Ordem dos Médicos. 

Elísio Indi apelou à reflexão coletiva sobre a situação da saúde no país e lamentou a contínua fuga de quadros médicos para o exterior. 

O Bastonário explicou que as sucessivas greves convocadas pelo setor não têm como objetivo apenas a reivindicação salarial, mas sim o melhoramento do sistema sanitário nacional.

“Queremos aconselhar os guineenses a deixarem de querelas politicas. (…) Neste momento a cada minuto viajam médicos e neste momento os nossos centros de saúde estão a ficar desertos”, lamenta.

Indi disse ainda que a convocação das greves é sobre o melhoramento do sistema sanitário e ainda criticou a sociedade civil pela passividade diante da situação. 

Indi criticou ainda a sociedade civil pela sua passividade perante os graves problemas do setor e apelou ao cumprimento do orçamento previsto para a saúde. Afirmou também que “o investimento em saúde é zero”, o que, contribui para o agravamento do estado geral de saúde da população e impede o desenvolvimento do país.

Elísio Pedro Indi destacou que não é obrigação de Portugal oferecer bolsas para tratamentos de saúde, expressando preocupação quanto à falta de alternativas internas, caso essa possibilidade deixe de existir 

O setor da saúde continua a enfrentar sérios desafios na Guiné-Bissau, com um número muito reduzido de médicos e quase nenhum investimento, cresce a urgência de ações concretas para garantir o direito à saúde e promover o desenvolvimento sustentável do país.


Um misterioso brilho oceânico registado há mais de 400 anos tem deixado os cientistas perplexos. Agora há novidades

Por CNN  

Os "mares leitosos" são um fenómeno oceânico que faz com que uma vasta área do oceano brilhe. Os cientistas estão a tentar prever quando é que os eventos ocorrem, na esperança de compreender melhor o espetáculo bioluminescente (Steven Miller)

Os "mares leitosos" são um fenómeno oceânico que faz com que uma vasta área do oceano brilhe. Os cientistas estão a tentar prever quando é que os eventos ocorrem, na esperança de compreender melhor o espetáculo bioluminescente

Há mais de 400 anos que os marinheiros relatam um fenómeno misterioso em que o oceano parece brilhar até onde a vista alcança.

"O mar, de horizonte a horizonte, em todas as direções, adquiriu um brilho fosforescente... a lua tinha acabado de se pôr e todo o mar estava vários tons mais claro do que o céu", escreveu J. Brunskill, um oficial a bordo de um navio chamado SS Ixion que tinha navegado pelo Mar Arábico em 1967.

Cerca de dez anos mais tarde, outra tripulação a bordo de um navio chamado MV Westmorland viveu um acontecimento semelhante no Mar da Arábia, enquanto navegava por uma "grande área de bioluminescência", de acordo com o capitão do navio, P. W. Price. "O mar... brilhava num verde brilhante e luminoso. Tão brilhante, de facto, que nem os chapéus brancos nem as ondas se distinguiam do que parecia ser um mar perfeitamente plano", escreveu numa carta em 1976.

Estes eventos, apelidados de "mares leitosos" pelos marinheiros que tiveram a sorte de os encontrar, têm sido notoriamente difíceis de estudar devido às suas raras ocorrências em regiões remotas do oceano, onde muitos humanos não estão por perto para os ver.

Agora, os cientistas que esperam investigar melhor estes eventos peculiares estão um passo mais perto de prever quando e onde estas misteriosas exibições bioluminescentes irão ocorrer. Justin Hudson, um estudante de doutoramento do departamento de ciências atmosféricas da Universidade do Estado do Colorado, compilou mais de 400 avistamentos já conhecidos de "mares leitosos", incluindo os de Brunskill e Price, para criar uma nova base de dados que ajudará os cientistas a levar um navio de investigação até ao evento, de acordo com um estudo publicado na revista Earth and Space Science.

"A minha esperança é que com esta base de dados ... mais pessoas possam começar a estudar os "mares leitosos" e começar a desvendar este mistério que existe há séculos", explicou Hudson, que é o principal autor da nova investigação.

Hudson acrescentou que um estudo mais aprofundado dos "mares leitosos" pode responder às muitas questões que subsistem sobre o fenómeno, tais como a razão da sua ocorrência e o que podem significar para a vida nos oceanos.

"Os mares leitosos podem ser um sinal de um ecossistema muito bom e saudável. Podem ser um sinal de um ecossistema pouco saudável, e nós simplesmente não sabemos", referiu. "Assim, ao sermos capazes de prever quando e onde vão ocorrer, podemos começar a responder a essas perguntas sobre ... onde se enquadram em todo o nosso sistema global e interligado da Terra".

Bactérias bioluminescentes

Os observadores descrevem frequentemente os "mares leitosos" como tendo uma cor semelhante à das estrelas que brilham no escuro colocadas nos tectos dos quartos das crianças. O brilho que o fenómeno emite foi relatado por marinheiros como sendo suficientemente forte para se poder ler - um forte contraste com o oceano escuro tipicamente visto quando não há sol ou luar. Segundo o estudo, estes fenómenos, que podem durar meses a fio, estendem-se por 100.000 quilómetros quadrados e os maiores podem ser vistos do espaço.

Embora os cientistas não saibam exatamente porque é que este raro brilho ocorre, é provável que seja um subproduto de elevadas concentrações de bactérias bioluminescentes microscópicas chamadas Vibrio harveyi, de acordo com o estudo. Esta hipótese baseia-se num encontro casual, em 1985, de um navio de investigação que tinha recolhido e testado uma amostra de água durante um evento de "mar leitoso".

"Mas, além disso, as circunstâncias de como eles se formam e como fazem com que todo o oceano brilhe assim ainda são altamente desconhecidas", afirmou Steven Miller, coautor do estudo e professor do departamento de ciências atmosféricas da Colorado State University. Miller, que estuda o fenómeno há décadas, foi o autor principal de um estudo de 2021 que concluiu que os maiores "mares leitosos" podiam ser detetados por satélites.

Depois de compilarem todos os registos conhecidos de avistamentos de "mares leitosos", que incluíam registos históricos de relatos de testemunhas oculares de marinheiros e dados de satélite, os autores do estudo notaram várias tendências relacionadas com as ocorrências de mares misteriosos: os mares leitosos aparecem principalmente no Mar Arábico e nas águas do Sudeste Asiático, e podem ser afetados por certos eventos climáticos globais, como o Dipolo do Oceano Índico e a Oscilação Sul do El Niño, revelou Hudson.

As regiões onde os "mares leitosos" ocorrem com maior frequência tendem a registar uma ressurgência oceânica, que ocorre quando a água mais fria e rica em nutrientes das profundezas do oceano é trazida para a superfície devido a ventos fortes. O investigador prevê que nestas regiões se registe cerca de um ou dois casos de "mares leitosos" por ano.

"São pontos que estão preparados para a ocorrência de muita atividade biológica", afirmou Hudson. "Mas há muitos sítios na Terra que são assim. Por isso, o que é que torna (estas regiões) especiais é uma grande questão em aberto."

O papel dos "mares leitosos" no ecossistema

Os "mares leitosos" são diferentes dos eventos bioluminescentes mais comuns nos oceanos, causados por um tipo de fitoplâncton conhecido como dinoflagelados. Estes organismos emitem um brilho azul quando são perturbados - por exemplo, quando os peixes nadam ou as ondas batem na costa - em contraste com o brilho constante emitido no evento "mares leitosos".

Enquanto o fitoplâncton brilha como mecanismo de defesa, os investigadores teorizam que as bactérias do "mar leitoso" brilham para atrair os peixes - que depois comem as bactérias e permitem que estas se desenvolvam no intestino da criatura, explicou Miller, que também é diretor do Instituto Cooperativo para a Investigação na Atmosfera (CIRA) da Universidade Estatal do Colorado.

Tal como muitos outros cientistas que estudaram a bioluminescência, Miller espera um dia ver o misterioso acontecimento com os seus próprios olhos. Edith Widder, uma oceanógrafa e bióloga marinha que não esteve envolvida no estudo, tem o mesmo objetivo.

"Passei a minha carreira a observar e a medir a bioluminescência no oceano. Vi alguns espectáculos de luz espantosos, mas nunca vi um mar leitoso. Quero muito ver", afirmou Widder num email. "Ao reunir esta base de dados, os autores aproximam-nos muito mais da possibilidade de prever onde e quando poderá ocorrer um mar leitoso."

Widder, que também é diretora executiva e cientista sénior da Ocean Research & Conservation Association, interroga-se sobre o efeito que o evento bioluminescente tem noutros seres vivos do oceano, em particular nas criaturas que se escondem nas profundezas escuras durante o dia e que só vêm comer na escuridão.

"A luz é um fator determinante da distribuição e do comportamento dos animais no oceano. ... O que acontece ao jogo diário de esconde-esconde quando os animais que precisam de se esconder são iluminados por toda aquela bioluminescência brilhante? Qual é o impacto no ciclo do carbono? Esta é uma experiência natural que tem o potencial de revelar muito sobre o funcionamento da vida no oceano", acrescentou.

Já houve tentativas anteriores de compilar bases de dados de eventos de mares leitosos, mas todas elas acabaram por se perder no tempo. Com a nova base de dados, "redefine-se o ponto de referência para nós em termos do nosso conhecimento e consciência de onde os 'mares leitosos' estão a ocorrer globalmente e ao longo do tempo", adiantou Miller.

Miller acrescentou ainda que durante estes misteriosos eventos bioluminescentes nos oceanos, "a população bacteriana responde de forma tão dramática e de uma forma que não tínhamos previsto ser possível".

Há muitas perguntas que permanecem sem resposta: os cientistas não sabem como as alterações climáticas podem afetar a ocorrência dos fenómenos de brilho e como isso pode afetar o ecossistema.

"Precisamos de compreender como funciona esse processo... porque, entre muitas outras coisas, as bactérias e o fitoplâncton estão associados à base da cadeia alimentar oceânica - todas as espécies de ordem superior e os peixes dependem da existência dessa cadeia alimentar. E as alterações nessa cadeia alimentar, baseadas em alterações nas circulações do nosso planeta, são coisas que temos de conhecer".

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Carro partiu-se ao meio em colisão... mas condutor continuou a conduzir... Momento foi captado por câmaras de videovigilância.

© Reprodução/Circuito de segurança/g1   Notícias ao Minuto   17/05/2025

Câmaras de segurança registaram um momento inesperado num acidente. Um carro dividiu-se ao meio após uma colisão com outro veículo, mas continuou a andar.  

O acidente aconteceu na sexta-feira, em Campinas, no Brasil. Nas imagens, divulgadas por vários meios de comunicação, é possível ver o impacto da colisão, num cruzamento, e o carro a dividir-se ao meio.

O condutor deste veículo ainda segue alguns metros, mesmo com o carro partido, antes de parar por completo.

O site brasileiro g1 confirmou que o carro tem 38 infrações e milhares em multas, de acordo com Empresa Municipal de Desenvolvimento da metrópole (Emdec). Além disso, está registado em nome de uma empresa, não pode ser vendido, transferido ou circular.  

O carro transportava materiais recicláveis na altura do acidente.

O condutor não ficou ferido.  


Gripe aviária: Brasil suspende vendas de frango para Argentina, China e UE... O Brasil, maior fornecedor mundial de frango, anunciou na sexta-feira a suspensão provisória das exportações do produto de todas as regiões do país para Argentina, China e União Europeia (UE) devido à gripe aviária.

© REUTERS/Nick Oxford    Lusa    17/05/2025

O Ministério da Agricultura do Brasil confirmou a suspensão das vendas para a China e a UE, enquanto a agência sanitária da Argentina suspendeu provisoriamente as importações de produtos e subprodutos de aves de todos os estados brasileiros.

Outros países que já reconhecem o princípio da regionalização defendido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), como o Japão, a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos e as Filipinas, apenas suspenderam as compras a explorações avícolas situadas num raio de 10 quilómetros do foco de gripe aviária, informou o ministério brasileiro da Agricultura em comunicado.

O caso de gripe aviária foi detetado numa exploração comercial no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul, um estado no extremo sul do país, que faz fronteira com a Argentina e o Uruguai.

"Reafirmando o compromisso de transparência e de responsabilidade com a qualidade e sanidade dos produtos exportados pelo Brasil, as restrições de exportação seguirão fielmente os acordos sanitários realizados com nossos parceiros comerciais", lê-se no comunicado

De acordo com dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a China foi o maior destino das exportações brasileiras de frango no ano passado, com 562,2 mil toneladas, enquanto a União Europeia foi o sétimo maior, com 231,9 mil toneladas.

A China foi seguida pelos Emirados Árabes Unidos (455,1 mil toneladas), Japão (443,2 mil toneladas), Arábia Saudita (370,8 mil toneladas), África do Sul (325,4 mil toneladas) e Filipinas (234,8 mil toneladas), que apenas restringiu as importações da região afetada pela gripe aviária.

Nesse sentido, o Brasil ressaltou a importância de acordos que prevejam o princípio da regionalização, de forma a não afetar as vendas de áreas sem focos da doença e distantes das afetadas.

A nota também esclarece que não há proibição generalizada de exportação de frango do estado do Rio Grande do Sul.

Após a confirmação do primeiro caso de gripe aviária numa exploração comercial no país, o Governo brasileiro implementou um protocolo para evitar a propagação do vírus.

Entre outras medidas, o Governo abateu todas as aves da fazenda afetada e realizou inspeções em todas as fazendas num raio de dez quilómetros do foco, segundo o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.


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Exército israelita anuncia início de "ataques em grande escala" em Gaza... O exército israelita anunciou esta madrugada que tinha iniciou "ataques em grande escala" em Gaza, no quadro das "fases iniciais" da intensificação planeada da sua ofensiva no território palestiniano devastado pela guerra.

© Majdi Fathi/NurPhoto via Getty Images   Lusa   17/05/2025

"No último dia, o exército israelita lançou ataques em grande escala e transferiu forças para assumir o controlo de áreas da Faixa de Gaza. Isto faz parte das fases iniciais da Operação Carruagens de Gideão e da expansão da ofensiva na Faixa de Gaza, com o objetivo de alcançar todos os objetivos da guerra, incluindo a libertação dos reféns e a derrota do Hamas", anunciou o exército israelita nas redes sociais.

Uma centena de palestinianos foram mortos na sexta-feira durante os intensos bombardeamentos israelitas em Gaza, segundo as equipas de socorro.

O Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, afirmou esta sexta-feira que "esta última vaga de bombardeamentos, que obrigou as pessoas a se deslocarem sob a ameaça de ataques ainda mais intensos, a destruição metódica de bairros inteiros e a recusa de ajuda humanitária sublinham que parece haver um impulso para uma mudança demográfica permanente em Gaza, que (...) equivale a uma limpeza étnica".

O chefe do Governo israelita, Benjamin Netanyahu, que considera que só o aumento da pressão militar poderá obrigar o Hamas a libertar os reféns, anunciou na passada segunda-feira a intensificação da ofensiva em Gaza para "derrotar" o Hamas, que tomou o poder no território palestiniano em 2007.


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EUA querem 20 mil soldados da Guarda Nacional em rusgas anti-imigração... O Departamento de Segurança Interna norte-americano requisitou ao Pentágono 20 mil soldados da Guarda Nacional para rusgas anti-imigração em todo o país ordenadas pelo Presidente Donald Trump, de acordo com os media.

© JIM WATSON/AFP via Getty Images  Lusa  17/05/2025

A porta-voz do Departamento (DHS, na sigla inglesa), Tricia McLaughlin, afirmou à agência AP que as tropas foram requisitadas para ajudar a cumprir o "mandato do povo americano" a Trump  "para prender e deportar estrangeiros ilegais criminosos",   

O DHS, adiantou, "usará todas as ferramentas e recursos disponíveis" para tal, porque a "segurança dos cidadãos americanos vem em primeiro lugar".

Trump tem levado a cabo uma ampla repressão contra a imigração ilegal, emitindo uma série de ordens executivas destinadas a travar aquilo a que chamou a "invasão" dos Estados Unidos.  

A notícia da requisição de 20 mil soldados foi inicialmente avançada pelo New York Times e mais tarde confirmada à agência AP um responsável governamental sob anonimato.  

Os soldados da Guarda Nacional iriam apoiar as agências que têm estado em todo o país a identificar e deter imigrantes para deportação.

A agência do DHS responsável pela aplicação da lei da imigração (ICE, na sigla inglesa), tem um efetivo total de cerca de 20.000 funcionários distribuídos por três divisões.

A divisão diretamente responsável pela detenção e remoção de pessoas que não têm o direito de permanecer no país (ERC), tem no total de cerca de 7.700 funcionários, incluindo um pouco mais de 6.000 agentes.

A Guarda Nacional norte-americana está sob alçada dos governadores estaduais e, de acordo com a AP, não foi esclarecido porque é que o pedido do DHS foi feito não aos estados, mas ao Departamento de Defesa.   

As unidades da Guarda Nacional viriam dos estados e seriam usadas para ajudar nas operações de deportação, mas a forma como atuarão poderá depender do facto de permanecerem sob o controlo dos governadores.  

A legislação norte-americana determina que as tropas sob alçada do governo federal não podem ser utilizadas para a aplicação da lei, mas tal é permitido a unidades sob controlo estadual.

Os EUA já têm cerca de 10.000 soldados sob ordens estaduais e federais ao longo da fronteira com o México, incluindo alguns que agora têm o poder de deter migrantes que encontram ao longo de uma estreita faixa de terra, recentemente militarizada, adjacente à demarcação entre os dois países.

Até agora, estas tropas têm-se limitado, em grande medida, a fornecer transporte aéreo, reforço da vedação, vigilância e apoio administrativo para libertar agentes fronteiriços para efetuar prisões ou detenções.

Ao longo da nova zona militarizada, as tropas colocaram sinais de aviso e acompanharam os agentes fronteiriços, deixando para outras agências a detenção dos imigrantes que atravessam a fronteira.

No Novo México, onde a nova zona militarizada foi criada pela primeira vez, os juízes federais começaram a rejeitar as acusações de segurança nacional contra os imigrantes acusados de atravessar a fronteira sul dos EUA através da zona militar recém-designada, encontrando poucas provas de que eles tinham conhecimento da zona.

Trump fez do combate à imigração ilegal uma prioridade máxima, mas o seu programa de deportações tem sido frustrado ou abrandado por várias decisões judiciais a favor dos direitos dos deportados.

Na semana passada, o conselheiro presidencial Stephen Miller afirmou que a Casa Branca está a "considerar seriamente" suspender os direitos de recurso 'habeas corpus' dos imigrantes nos Estados Unidos alvo de planos de deportação, caso estes continuem a enfrentar resistência nos tribunais.

O governo republicano invocou a Lei dos Inimigos Estrangeiros, de 1798, para justificar a expulsão do país de imigrantes que acusa de serem membros do gangue venezuelano Tren de Aragua - declarado entretanto organização "terrorista" - e qualificando-os de "invasores".

Washington chegou a acordo com o Presidente salvadorenho, Nayib Bukele, para enviar migrantes detidos para o Centro de Confinamento do Terrorismo (Cecot), uma prisão de segurança máxima onde de acordo com algumas organizações locais se têm registado abusos de direitos humanos.


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Donald Trump já criticou a decisão, chamando-a de 'perigosa' e alegando que permitirá a entrada de mais criminosos no país. Nas redes sociais o presidente norte-americano acusou os juízes de o impedirem de trabalhar.