segunda-feira, 29 de maio de 2023

Rússia lança 15.º ataque a Kyiv em maio. "A partir de várias direções"

© Getty Images

POR LUSA  29/05/23 

As forças russas voltaram a atacar Kiev durante a madrugada, com as defesas antiaéreas ucranianas a destruírem mais de 40 mísseis e drones 'kamikaze' de fabrico iraniano.

"Este é o 15.º ataque desde o início de maio", disse a administração militar de Kyiv num comunicado, referindo que os "terroristas" estão a tentar "destruir alvos-chave" e, "ao mesmo tempo, esgotar os recursos" das defesas antiaéreas ucranianas.

De acordo com a administração militar da capital ucraniana, a Rússia utilizou no ataque veículos aéreos não tripulados, ou drones, de fabrico iraniano Shahed (termo religioso islâmico para designar mártires) e, "quase simultaneamente", mísseis de cruzeiro disparados desde a região do Mar Cáspio.

"O ataque contra a capital foi combinado, a partir de várias direções", acrescentou o relatório militar, que elogiou o desempenho das defesas aéreas ucranianas e mencionou que o telhado de um edifício residencial foi danificado pela queda de destroços de um projétil intercetado.


domingo, 28 de maio de 2023

PRESIDENTE DA REPÚBLICA DESLOCA-SE À ABUJA

O Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló deslocou-se hoje à Abuja para assistir a cerimónia de investidura do novo Presidente da República Federal da Nigéria, Bola Ahmed Tinubu.

 Presidência da República da Guiné-Bissau

TURQUIA/ELEIÇÕES. Líderes internacionais felicitam Erdogan pela vitória

© Turkish Presidency / Murat Cetinmuhurdar / Handout/Anadolu Agency via Getty Images

POR LUSA  28/05/23 

Vários chefes de Estado, como Zelensky, Putin, Macron e Maduro, felicitaram o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, pela sua vitória na segunda volta das eleições que decorreram hoje.

Na rede social Twitter, o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, deu os parabéns a Erdogan e disse que espera desenvolver a cooperação com a Turquia para a "segurança e estabilidade da Europa e fortalecer ainda mais" a parceria estratégica em benefício dos dois países.

No 'site' do Kremlin, o Presidente russo, Vladimir Putin, depois de felicitar o chefe de Estado turco, considerou que a sua vitória "é o resultado lógico" do trabalho à frente do país, assim como "uma prova clara do apoio do povo turco aos seus esforços para fortalecer a soberania do Estado e conduzir uma política externa independente".

Também no Twitter, o presidente francês, Emmanuel Macron, destacou que os dois países "enfrentam imensos desafios em conjunto", como o regresso da paz à Europa e o futuro da Aliança Euro-Atlântica.

"Juntamente com o Presidente Erdogan, a quem felicito pela sua reeleição, continuaremos a avançar", salientou Macron.

O ex-presidente norte-americano Donald Trump, na rede social Truth Social, também felicitou Erdogan "pela sua grande e bem merecida vitória na Turquia", considerando-o "um amigo" que conhece bem, enquanto o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, comemorou a vitória eleitoral do seu homólogo turco.

"A Venezuela celebra o triunfo do nosso irmão e amigo Recep Tayyip Erdogan, que foi vitorioso nas eleições presidenciais e parlamentares", escreveu Maduro na sua conta no Twitter, onde partilhou imagens do chefe de Estado turco.

As felicitações chegaram também da Arménia, com o primeiro-ministro, Nikol Pashinyan, a manifestar o desejo de "continuar a trabalhar juntos para uma total normalização das relações" entre os dois países.

Recep Tayyip Erdogan, há 20 anos no poder, foi reeleito hoje, após a segunda volta das eleições presidenciais, confirmou o Comité Eleitoral turco.

"Com base nos resultados provisórios, verificou-se que o senhor Recep Tayyip Erdogan foi reeleito Presidente da República", disse o presidente da Alta Comissão Eleitoral da Turquia, Ahmet Yener, citado pela agência estatal Anadolu.

Os resultados oficiais finais devem ser anunciados no início desta semana.

As assembleias de voto encerraram às 17:00 locais, menos duas horas em Lisboa.

A oposição turca denunciou hoje irregularidades na segunda volta das eleições presidenciais, como ataques físicos contra observadores eleitorais na região Sudoeste e votos falsos.

A Turquia tem cerca de 85 milhões de habitantes e mais de 61 milhões de eleitores inscritos num processo em que o voto é obrigatório.

PC // TDI

Lusa/Fim


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Guiné-Bissau/Eleições. O povo espera muito e o Madem-G15 "está à altura"

© Vitoria Tuti Iyere

POR LUSA  28/05/23 

O candidato do Madem-G15 às legislativas de 4 de junho na Guiné-Bissau considerou hoje que o povo espera muito dos políticos e que o seu partido "está à altura" das expetativas com "soluções concretas e convincentes". 

"Esta onda popular, esta movimentação popular para mim representa sinónimo de grande responsabilidade porque o povo espera muito de nós e nós estamos à altura de corresponder às expetativas do povo guineense", disse Braima Camará, em declarações à margem de um comício junto à sede dos bombeiros, no centro da capital guineense.

O candidato a primeiro-ministro pelo Movimento para Alternativa Democrática (Madem-G15) prometeu "reformas profundas no sistema de educação, no sistema de saúde, reformas na agricultura", soluções concretas e convincentes porque "o Madem é o partido do povo".

"O povo da Guiné-Bissau é a razão da nossa luta", disse, referindo que o seu partido está na campanha "com elevado sentido de patriotismo e elevado sentido de responsabilidade".

O coordenador referiu que o povo guineense "é humilde", mas "muito competente" e "conhece muito bem a classe política" e o que cada um é capaz.

Questionado sobre se a única forma de corresponder às expetativas do povo é com Braima Camará como primeiro-ministro e Umaro Sissoco Embaló na presidência, o dirigente do Madem-G15 respondeu: "sem dúvida nenhuma".

Referindo que é o "único candidato que tem provas dadas na sua vida privada", Braima Camará recordou que foi convidado para desempenhar funções ministeriais, funções governativas" e que sempre declinou porque achou "que não era chegada a hora".

"Agora é a nossa vez, é a hora da Guiné-Bissau, é a hora do Madem, vamos ganhar, chegou a hora", disse, recorrendo ao lema princinal da sua campanha - "Hora Tchiga".

Esse lema foi repetido no hino do partido para animar os militantes que aguardavam a chegada do líder e que preenchiam grande parte da avenida junto aos bombeiros, no centro da capital guineense, Bissau.

Com lenços brancos e vermelhos na cabeça ou ao pescoço, os mesmos usados na campanha presidencial de 2019 quando o Madem-G15 apoiou a candidatura de Sissoco Embaló, os militantes dançavam ao som da música e gritavam que "chegou a hora" do Ba di Povo - nome pelo qual Braima Camará é conhecido e que se podia ler também nas camisolas.

Impedidas de dançar por estarem em cadeiras de rodas, um grupo de mulheres ia fazendo cordões de lã e linha com as cores do partido - amarelo, vermelho e verde - e que colocavam depois ao pescoço de alguns militantes.

Os animadores apelavam ao voto no 7 - posição que o Madem-G15 tem no boletim de voto - e faziam referências à dupla Sissoco/Braima no poder.

Ao lado do coordenador do partido estavam vários ministros do atual Governo, nomeadamente da Defesa, Marciano Silva Barbeiro, também diretor nacional da campanha, das Obras Públicas, Fidélis Forbes, dos Transportes e Telecomunicações, Ocante da Silva, da Agricultura, Sandji Fati, do Ambiente, Viriato Cassamá, e da Economia, José Carlos Varela Casimiro.

Perto de 900 mil eleitores são chamados a votar em 04 de junho para elegerem os 102 deputados da Assembleia Nacional Popular e o novo Governo, entre 20 partidos políticos e duas coligações.

O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, dissolveu o parlamento em 18 de maio de 2022 e convocou eleições para 18 de dezembro desse ano, mas o escrutínio foi depois remarcado para 04 de junho.


CAMPANHA: ELEIÇÕES LEGISLATIVAS 2023 - COMICIO DE MADEM-G15 NA CIRCULO 24



@Tuti Vitoria Iyere




FOTOS com: Tuti Vitoria Iyere / G15-COMUNICAÇÃO-JUADEM

Eleições na Turquia. Erdogan reivindica vitória nas presidenciais

© Reuters

POR LUSA   28/05/23 

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, reivindicou a vitória na segunda volta das eleições presidenciais que decorreram hoje no país.

Em frente à sua residência em Istambul, para onde uma multidão entusiasmada convergiu nas últimas horas. Erdogan afirmou: "A nossa nação confiou-nos a responsabilidade de governar o país nos próximos cinco anos".

Perante os apoiantes, o chefe de Estado, que está há 20 anos no poder, garantiu que vai cumprir "todas as promessas feitas ao povo" e salientou que cada eleição é "um renascimento".

Resultados preliminares e não oficiais colocam o atual presidente da Turquia à frente na segunda volta das eleições, quando estavam apuradas 98% das mesas de voto.

A agência de notícias estatal Anadolu adiantou que Erdogan já obteve 52,1% dos votos, enquanto o seu adversário, Kemal Kilicdaroglu, teve 47,9%.

Já a agência de notícias ANKA, próxima da oposição, avançou com 51,9% para Erdogan e 48,1% para Kilicdaroglu.

As assembleias de voto encerraram às 17:00, menos duas horas em Lisboa.

A oposição turca denunciou hoje irregularidades na segunda volta das eleições presidenciais, como ataques físicos contra observadores eleitorais na região Sudoeste e votos falsos.

A Turquia tem cerca de 85 milhões de habitantes e mais de 61 milhões de eleitores inscritos num processo em que o voto é obrigatório.


TURQUIA/ELEIÇÕES: Erdogan à frente na contagem, com 90% dos votos contados

© Sercan Ozkurnazli/ dia images via Getty Images

POR LUSA   28/05/23 

Recep Tayyip Erdogan, que conta com 20 anos no poder, está à frente na corrida presidencial, quando 90% dos votos já foram apurados, num ato eleitoral contestado pela oposição.

As duas agências que estão a noticiar os resultados indicam que o atual chefe de Estado vai à frente na contagem.

A Anadolu (estatal e pró-regime) indica que Erdogan tem 52,61%, contra Kemal Kiliçdaroglu (47,39%). Já a Anka (pró-oposição) dá também uma vitória a Erdogan (50,80%) sobre Kemal Kiliçdaroglu (49,20%).

Na primeira volta das eleições presidenciais, Erdogan obteve 49,5% dos votos, quase cinco pontos à frente do seu adversário, Kiliçdaroglu.

As assembleias de voto encerraram às 17:00, menos duas horas em Lisboa.

A oposição turca denunciou hoje irregularidades na segunda volta das eleições presidenciais, como ataques físicos contra observadores eleitorais na região Sudoeste e votos falsos.

O partido social-democrata CHP reportou a existência de votos em nome de pessoas que não constam das listas, o registo de mortos como eleitores e a entrega de boletins pré-preenchidos.

Depois de a aliança em torno de Erdogan e liderada pelo Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP) ter assegurado uma nova maioria absoluta no parlamento na primeira volta das eleições no passado dia 14 de maio, a estratégia dos dois rivais centrou-se na tentativa de assegurar os 5,2% de votos que na primeira volta contemplaram Sinan Ogan, terceiro candidato presidencial.

Kiliçdaroglu, líder do Partido Republicano do Povo (CHP, centro-esquerda e laico) desde 2010 e que se apresentou nas urnas como o candidato presidencial de uma coligação de seis partidos da oposição turca, protagonizou nas duas últimas semanas uma viragem à direita na tentativa de captar o voto ultranacionalista, para desagrado das forças mais à esquerda que o apoiam.

No início da semana, Ogan declarou publicamente o seu apoio a Erdogan, mas dois partidos nacionalistas que o apoiaram na campanha e integrados na Aliança Ancestral (ATA) optaram por apoiar Kiliçdaroglu e o seu discurso dirigido contra os 3,5 milhões de refugiados da guerra na Síria que começaram a ser acolhidos desde 2011 no território turco.

Erdogan, que antes da sua primeira eleição presidencial ocupou entre 2003 e 2014 o cargo de primeiro-ministro, também se confronta com um problema político após o seu AKP ter admitido na coligação eleitoral que lidera (Aliança Popular) o pequeno partido fundamentalista curdo Huda-Par, herdeiro de um grupo armado ultra-islamista da década de 1990 e que elegeu quatro deputados para o novo parlamento.

A Turquia tem cerca de 85 milhões de habitantes e mais de 61 milhões de eleitores inscritos.


SUDÃO: Governador de Darfur pede aos civis que "peguem em armas"

© Lusa

POR LUSA  28/05/23 

Cartum, 28 mai 2023 (Lusa) - O governador do Darfur, Minni Arko Minawi, apelou hoje aos civis desta região ocidental do Sudão a "pegarem em armas" diante do aumento dos ataques contra os cidadãos e do caos desencadeado no país há mais de um mês.

O Sudão está a viver um grande conflito após a eclosão de combates entre o exército e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (FAR).

"As agressões contra civis duplicaram (...). Por isso, apelo a todos os nossos ilustres cidadãos, 'o povo de Darfur', jovens, mulheres e homens, a pegarem em armas para proteger os seus bens", disse o governador da região na rede social Twitter.

Minni Arko Minawi, ex-líder do grupo rebelde Movimento de Libertação do Sudão, foi nomeado governador de Darfur em 2021, após a assinatura de um acordo de paz entre o Governo sudanês e grupos insurgentes que operam nesta região do país, palco de uma sangrenta guerra étnica entre 2003 e 2008.

Minawi indicou que "os movimentos da luta" no Darfur vão dar apoio aos cidadãos "em todas as situações de defesa".

A região, especialmente o estado de Darfur Oeste, tem sido uma das mais atingidas pelo conflito que eclodiu em 15 de abril entre o exército e as FAR e que, até agora, já causou a morte de mais de 700 civis, segundo o ONU.

No entanto, o conflito no Darfur adquiriu conotações étnicas e têm ocorrido confrontos entre diferentes tribos da região que, segundo o Ministério da Saúde sudanês, causaram entre 450 e 510 mortos, a destruição de instalações públicas e o deslocamento de milhares de cidadãos.

O exército sudanês acusou as FAR de iniciar estes confrontos tribais, uma vez que o grupo paramilitar foi formado pelas chamadas milícias 'janjaweed', acusadas de crimes de guerra e crimes contra a humanidade durante o conflito de Darfur entre 2003 e 2008.

Esta guerra causou a morte de mais de 300.000 pessoas e o deslocamento de cerca de 2,5 milhões de pessoas.

Mais de metade da população do Sudão, um dos países mais pobres do mundo, agora precisa de ajuda humanitária para sobreviver, segundo a ONU.