domingo, 6 de abril de 2025
Discurso de Braima Camará durante o encontro de confraternização com as mulheres do API-CG. Video: Madem-g15
G7 manifesta "profunda preocupação" com manobras militares junto a Taiwan
Por LUSA
Os ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 expressaram hoje "profunda preocupação" numa declaração sobre as frequentes manobras militares da China em torno de Taiwan, e apelaram a um "diálogo construtivo" para resolver as diferenças entre Pequim e Taipé.
Estas atividades cada vez mais frequentes e desestabilizadoras estão a aumentar as tensões entre os dois lados do estreito e a pôr em risco a segurança e a prosperidade globais", declararam os ministros da Alemanha, Canadá, Reino Unido, Estados Unidos da América, França, Itália e Japão, bem como o alto representante da União Europeia (UE).
O grupo dos países mais industrializados manifestou o seu "interesse em preservar a paz e a estabilidade no estreito de Taiwan" e a sua oposição a "qualquer ação unilateral que ameace tal paz e estabilidade, incluindo através da força ou da coação".
"Os membros do G7 continuam a incentivar a resolução pacífica dos problemas através do diálogo construtivo entre os dois lados do estreito", afirmaram.
Esta semana, os militares chineses realizaram exercícios militares perto de Taiwan, incluindo exercícios de tiro real de longo alcance no Mar da China Oriental.
As manobras, apelidadas de "Strait-Thunder 2025A", incluíram bloqueios navais, ataques de precisão contra instalações importantes e lançamentos de mísseis numa área fechada do Mar da China Oriental, a cerca de 400 quilómetros da ilha, disse o Ministério da Defesa de Taiwan.
Os exercícios ocorreram semanas depois de o Presidente de Taiwan, William Lai, criticado pelas autoridades chinesas como um "ativista independentista" e "desordeiro", ter definido a China como uma "força externa hostil" e anunciado iniciativas para conter as operações de "infiltração" de Pequim contra a ilha.
Taiwan, que é autónomo desde 1949, é visto por Pequim como uma "parte inalienável" do território chinês e não descarta o uso da força para conseguir a "reunificação" da ilha e do continente.
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Macron defende "ação forte" se a Rússia continuar a "recusar a paz"
Por LUSA
O presidente francês, Emmanuel Macron, lamentou hoje os novos "ataques mortais" da Rússia na Ucrânia e apelou a uma "ação forte" se Moscovo continuar a "recusar a paz".
"Estes ataques russos têm de acabar. Precisamos de um cessar-fogo o mais rapidamente possível. E de uma ação forte se a Rússia continuar a procurar ganhar tempo e a recusar a paz", defendeu o chefe de Estado francês na rede social X.
Nesta publicação, Macron denunciou que, no sábado à noite, "vários ataques russos tiveram como alvo áreas residenciais" na capital Kiev e em várias outras cidades ucranianas.
"Enquanto a Ucrânia aceitou a oferta do Presidente Trump de um cessar-fogo total e incondicional de 30 dias há quase um mês, e enquanto trabalhamos com todos os nossos parceiros em maneiras de alcançar a paz, a Rússia continua a guerra com intensidade crescente, ignorando os civis", salientou o Presidente de França.
"Por quanto tempo a Rússia ignorará as propostas de paz dos Estados Unidos e da Ucrânia enquanto continua a matar crianças e civis?", questionou ainda Macron.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou hoje que os ataques aéreos russos contra a Ucrânia estão a aumentar, mostrando que a pressão internacional sobre Moscovo é "ainda insuficiente".
O número de ataques aéreos "está a aumentar", escreveu o Presidente ucraniano nas suas redes sociais, após mais uma noite de ataques, que causaram pelo menos um morto e três feridos em Kiev, um morto na região de Kherson, no sul do país, e dois feridos na região nordeste de Kharkiv.
"É assim que a Rússia revela as suas verdadeiras intenções: continuar a semear o terror enquanto o mundo lhe permitir", acrescentou o chefe de Estado ucraniano, contabilizando que, na semana passada, as forças de Moscovo lançaram "mais de 1.460 bombas aéreas guiadas, cerca de 670 drones de ataque e mais de 30 mísseis".
Na sexta-feira, um ataque russo fez 18 mortos, entre os quais nove crianças, perto de um parque infantil em Kryvyi Rig, cidade natal de Zelensky, na região Centro do país.
O Presidente da República, recebeu em audiência de cortesia o Vice-Ministro dos Negócios Estrangeiros da República do Azerbaijão, Yalchin Rafiyev, que iniciou uma visita oficial com duração de dois dias à Guiné-Bissau.
Crimes contra civis devem ser todos documentados e ter consequências
Por LUSA
A ativista ucraniana Anastasiia Holovnenko defende que as organizações não-governamentais internacionais devem esforçar-se para garantir que todos os crimes contra civis sejam documentados e tenham consequências legais, numa referência às violações cometidas pelas forças russas na Ucrânia.
"Por exemplo, recentemente, jornalistas de investigação publicaram testemunhos de militares russos que assassinaram civis em Bucha [a noroeste de Kiev]. Se a comunidade internacional não tivesse dado atenção a esses crimes há três anos, e se não tivessem sido abertos processos-crime, esses atos teriam passado despercebidos e os criminosos continuariam impunes", exemplifica Anastasiia Holovnenko numa entrevista à agência Lusa.
Holovnenko, especialista em comunicação estratégica e que já trabalhou em meios de comunicação social independentes, como o Kyiv Independent e o Hromadske, no Centro Anticorrupção, sustenta que, para o regime do Presidente russo, Vladimir Putin, os direitos humanos "são tóxicos".
"Para o regime de Putin, os direitos humanos e os princípios do Estado de direito são tóxicos. Passo a passo, o regime tem vindo a destruir sistematicamente todos os sinais de uma sociedade democrática e aberta, promovendo essa destruição como uma nova norma", afirma Holovnenko, salientando que na Ucrânia é necessária uma grande luta para combater as sucessivas violações.
Segundo a também especialista em comunicação para o impacto social no Centro para as Liberdades Civis, organização não-governamental ucraniana distinguida com o Prémio Nobel da Paz em 2022 e que promove os direitos humanos e a democracia na Ucrânia, a instituição onde trabalha está a tentar apoiar uma forma "de livrar o mundo da constante ameaça russa".
"Na sociedade ucraniana, apoiamos fortemente e contribuímos para o desenvolvimento do movimento de direitos humanos, pois oferece uma oportunidade de estabelecer padrões democráticos modernos de convivência, tanto a nível interno como com os nossos parceiros", destaca.
E prossegue: "Também gostaríamos de ver padrões de direitos humanos e garantias de liberdades na Rússia, porque acreditamos que é tão importante para os russos como para nós que, um dia, seja possível construir uma democracia naquele país, o que, do nosso ponto de vista, livraria o mundo da constante ameaça russa".
Holovnenko realça que, na Rússia, ainda existe uma rede de organizações de direitos humanos, associações de povos oprimidos, movimentos contra a guerra, grupos feministas e de defesa dos direitos LGBTQ+.
"No entanto, trata-se de um país autoritário, onde qualquer atividade que desagrade ao governo é criminalizada, uma situação que tem sido a norma na Federação Russa nos últimos 27 anos", conclui a ativista.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Coreia do Norte: Kim Jong-un visitou militares e... testou nova espingarda. As imagens
© KCNA via REUTERS Notícias ao Minuto 06/04/2025
Segundo a Coreia do Sul, as unidades de operações especiais norte-coreanas fazem parte dos milhares de efetivos que Pyongyang enviou para combater na guerra na Ucrânia.
O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, visitou, na sexta-feira, a base de treino militar das unidades de operações especiais do Exército do país e foi apanhado a testar uma nova espingarda de precisão. Esta visita foi noticiada pelos meios estatais no sábado.
Segundo a agência KCNA, citada pela Reuters, Kim montou um posto de observação para assistir a um treino tático geral e ao concurso de tiro com armas ligeiras realizado por combatentes de várias unidades de operações especiais no âmbito do programa de treino.
No local, o líder norte-coreano disse que o reforço das forças de operações especiais é uma parte essencial da atual estratégia militar do país e delineou uma série de tarefas importantes destinadas a melhorar as suas capacidades operacionais, embora não tenham sido revelados detalhes.
"O reforço das forças de operações especiais constitui atualmente uma componente importante da estratégia de construção do exército", afirmou Kim.
Além disso, o líder da Coreia do Norte efetuou também um teste de tiro de uma espingarda de precisão, que será fornecida às unidades de operações especiais. Foi desenvolvida pela tecnologia norte-coreana.
Segundo a Coreia do Sul, as unidades de operações especiais norte-coreanas fazem parte dos milhares de efetivos que Pyongyang enviou para a Rússia para combater na guerra da Ucrânia.
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