segunda-feira, 24 de abril de 2023

"A cada dia estamos mais perto da vitória", diz Zelensky

© Artur Widak/NurPhoto via Getty Images

 POR LUSA  24/04/23 

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, recusou hoje deixar cair nas mãos das forças russas a localidade de Bakhmut, onde as suas tropas enfrentam duros ataques dos mercenários russos da Wagner, antes da anunciada contraofensiva ucraniana.

"Não podemos desistir de Bakhmut, pois isso contribuiria para expandir a frente e permitiria que as tropas russas e os [mercenários] Wagners capturassem mais território", disse Zelensky ao canal Al-Arabiya.

As unidades de assalto da empresa militar privada Wagner ocuparam cerca de vinte quarteirões da cidade nos últimos dias, embora à custa de um grande número de baixas, de acordo com as autoridades de Kyiv.

Zelensky pretende continuar a resistir apesar da insistência de vários aliados sobre a duvidosa importância estratégica daquele bastião na província de Donetsk, no leste do país, onde a batalha dura há largos meses com elevadas baixas de ambas as partes.

"Se a Rússia tomar Bakhmut, pode tornar-se num trampolim para o avanço em direção a duas cidades ainda maiores na região de Donetsk - Kramatorsk e Sloviansk", afirmou.

O líder ucraniano reconheceu que a situação em vários setores da frente é complicada, mas que a Ucrânia "está mais forte do que há um ano".

Zelensky destacou que o escândalo da fuga de documentos secretos dos Estados Unidos, a serem fidedignos, com informação sensível sobre a Ucrânia, não teve impacto nos preparativos da contraofensiva do exército ucraniano, acrescentando: "A cada dia estamos mais perto da vitória".

Considerou ainda que, quando os aliados apoiam Kyiv, estão na verdade a ajudar-se a si mesmos, uma vez que "a verdade é que a Rússia não vai parar na Ucrânia e isso está claro para todos".

Enquanto isso, o líder da Wagner, Yevgueni Prigojin, afirmou que, após quase nove meses de combates, as forças ucranianas controlam uma área não superior a um ou dois quilómetros em Bakhmut.

"A nossa tarefa é oprimir o exército ucraniano, não lhe dar a oportunidade de se preparar para a contraofensiva. Fazemos isso com muito sucesso", declarou.

A propósito da contraofensiva, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, pediu hoje à União Europeia (UE) que intervenha para acelerar o fornecimento de munições a Kyiv.

Entre as necessidades mais urgentes, Kuleba mencionou "mais veículos blindados, tanques e sistemas de artilharia, artilharia de longo alcance e munições".

Kuleba, que já expressou a sua frustração na semana passada com a incapacidade da UE de implementar o seu plano de angariar, comprar e produzir um milhão de munições para a Ucrânia, sustentou, por outro lado, que "não há argumento racional" para impedir o envio de F-16 e aviões de combate para o seu país, alegando que "a superioridade aérea sobre o inimigo salvará vidas de soldados e civis".

O Instituto para o Estudo da Guerra (ISW) norte-americano assegurou hoje no seu relatório diário que Kyiv preparou nove brigadas mecanizadas para a esperada contraofensiva, cinco a mais do que as usadas para recapturar Kharkiv em setembro de 2022.

Para isso, terá que contar com blindados, tanques de guerra e, o mais importante, muitas munições, face a uma estimativa de uma mobilização por Moscovo de 120.000 soldados, segundo Kyiv.

Prigojin afirmou que assim que o Grupo Wagner terminar a missão em Bakhmut, no mesmo dia começará a contraofensiva ucraniana.

Sobre a possível ofensiva russa na direção de Sloviansk e Kramatorsk, comentou que as suas forças continuam em condições de o fazer, "pois a situação num raio de 10 quilómetros de Bakhmut não mudará após a sua captura".

"Zelensky vai precisar de uma grande vitória. E para isso vai começar a contraofensiva", alertou.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,1 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 8.534 civis mortos e 14.370 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


Leia Também: "Atrocidades em massa" marcaram Europa em 2022, diz Conselho da Europa

MACKY SALL: Presidente senegalês rompe com Idrissa Seck após candidatura às eleições

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POR LUSA  24/04/23 

O Presidente senegalês, Macky Sall, oficializou hoje a sua rutura com um dos seus principais aliados na coligação governamental, o antigo primeiro-ministro Idrissa Seck, que anunciou recentemente a sua candidatura presidencial às eleições de 2024.

Idrissa Seck, de 63 anos, chefe de governo entre 2002 e 2004 sob a Presidência de Abdoulaye Wade, ficou em segundo lugar, atrás de Sall nas eleições presidenciais de 2019.

Em novembro de 2020 abandonou a oposição para se juntar à coligação presidencial e foi posteriormente nomeado presidente do Conselho Económico, Social e Ambiental (Cese), uma instituição consultiva.

O seu partido também passou a integrar o governo, onde tinha duas pastas.

O Presidente Sall "deu por findas" as funções de Seck como chefe do Cese e as de Yankhoba Diatara, ministro dos Desportos, e Aly Saleh Diop, ministro da Pecuária, segundo um comunicado oficial enviado à agência France-Presse.

Seck foi substituído na direção do Cese por um antigo ministro das Finanças, Abdoulaye Daouda Diallo, que foi chefe de gabinete do Presidente Sall.

O primeiro-ministro Amadou Bâ irá, "cumulativamente com as suas funções", dirigir os ministérios do Desporto e da Pecuária, segundo o comunicado presidencial.

O antigo primeiro-ministro Seck tinha anunciado no sábado a sua saída do Cese, bem como a saída do seu partido da coligação presidencial e a demissão dos dois ministros do governo, depois de ter declarado em 14 de abril a sua candidatura às eleições presidenciais.

O Presidente Sall, eleito em 2012 e reeleito em 2019, mantém o silêncio sobre as suas intenções relativamente à eleição presidencial agendada para fevereiro de 2024, para a qual já se declararam cerca de 20 candidatos.

Os seus opositores consideram que Sall está impedido constitucionalmente de concorrer a um terceiro mandato.


Leia Também: Cantor senegalês nomeado embaixador da ONU contra desertificação

Índia deve 'destronar' China como país mais populoso já este mês

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POR LUSA  24/04/23 

A Índia vai tornar-se o país mais populoso do mundo já no final deste mês, ultrapassando a China e atingindo mais de 1,425 mil milhões de habitantes, de acordo com uma estimativa da ONU hoje divulgada.

"A China perderá em breve o estatuto, detido por muito tempo, de país mais populoso do mundo. Até ao final deste mês, a população da Índia deve atingir 1.425.775.850 habitantes, igualando e, a seguir, excedendo a população da China continental", de acordo com um comunicado de imprensa da agência de Assuntos Económicos e Sociais das Nações Unidas.

Em 19 de abril, um relatório do Fundo das Nações Unidas para População (UNFPA) sobre o estado da população mundial estimava que a população da Índia teria 1,4286 mil milhões de habitantes contra 1,4257 mil milhões da China, em meados deste ano.

"A população da China atingiu um pico de 1.426 mil milhões de habitantes em 2022 e começou a diminuir. As projeções indicam que o tamanho da população chinesa poderá cair para menos de um milhar de milhão [de habitantes] até ao final do século, [enquanto] a população indiana deve continuar a crescer nas próximas décadas", acrescentou o comunicado.

De acordo com dados oficiais publicados no início do ano, a população chinesa diminuiu no ano passado pela primeira vez desde 1960-1961, quando uma situação de fome, que começou em 1959, matou dezenas de milhões de pessoas, como consequência das políticas autoritárias do regime comunista.

Paradoxalmente, esse declínio na população na China ocorreu apesar do abrandamento da política de limitação de nascimentos que foi determinada por Pequim nos últimos anos.

Até há 10 anos, os chineses tinham o direito de ter apenas um filho, mas passaram a poder ter três filhos desde 2021.

A quebra demográfica tem sido atribuída ao acelerar do aumento do custo de vida na China, nomeadamente os custos com a educação dos jovens.

Quanto à Índia, o país não possui dados oficiais sobre o número dos seus habitantes, porque não realiza qualquer censo desde 2011.

O censo na Índia, que só ocorre uma vez por década, deveria ter sido feito em 2021, mas teve de ser adiado devido à pandemia do covid-19.

Os obstáculos logísticos e a relutância política impedem neste momento a sua realização e é improvável que essa tarefa em grande escala ocorra em breve.

O Governo nacionalista hindu do primeiro-ministro Narendra Modi é acusado pelos seus opositores de adiar deliberadamente o censo, para não tornar públicos os dados sobre questões sensíveis, como o desemprego, antes das eleições nacionais do próximo ano.


Edmundo Mendes, Procurador geral da República falou a VOZ DO POVO sobre o XXº encontro dos procuradores gerais da CPLP a decorrer de 26 a 28 em Bissau sob o lema “Ministério Público e os Desafios Contemporâneos de Combate à Criminalidade. A Guiné-Bissau preside a organização.

Radio Voz Do Povo

Sobe para 73 os corpos encontrados de alegados membros de seita no Quénia

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POR LUSA   24/04/23 

O número de corpos encontrados pelas autoridades quenianas no caso da seita religiosa que praticava o jejum extremo, subiu para 73, segundo fontes policiais.

"Encontrámos 73 corpos na floresta até agora" e a busca por mais corpos "continuará terça-feira", disse à agência France-Presse um agente da polícia envolvido na investigação.

A seita, denominada Igreja Internacional da Boa Nova, difunde a ideia de que o jejum é a via para encontrar Jesus Cristo.

O líder da seita, Paul Mackenzie Nthenge, foi detido em 15 de abril.

Hoje, o Presidente do Quénia, William Ruto, prometeu endurecer as ações contra os cultos, que classificou como "terroristas", que deturpam a religião, no seguimento da descoberta dos primeiros corpos.

"O que vimos em Shakahola [uma floresta perto da cidade de Malindi] é semelhante aos terroristas, que usam a religião para promover atos hediondos, e o que pessoas como o senhor Mackenzie estão a fazer é exatamente a mesma coisa", disse William Ruto numa cerimónia de graduação de oficiais prisionais no centro do país.

No discurso, citado pela agência francesa de notícias, Ruto afirmou que tinha pedido às "agências responsáveis para investigarem o caso e chegar à raiz e ao fundo das atividades de pessoas que querem usar a religião para promover uma ideologia sombria e inaceitável".

De acordo com a Cruz Vermelha queniana, "até agora 112 pessoas foram dadas como desaparecidas".

Segundo relatórios da imprensa local, Makenzie Nthenge foi preso e acusado em março, depois de duas crianças terem morrido à fome quando se encontravam ao cuidado dos seus pais.

Mais tarde, foi libertado sob fiança de 100.000 xelins quenianos (cerca de 670 euros).


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EUA preocupados com presença de mercenários do grupo Wagner no Sudão

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POR LUSA   24/04/23 

O chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, manifestou hoje preocupação com a presença do grupo russo de mercenários Wagner no Sudão, onde violentos combates persistem há 10 dias opondo o exército a uma força paramilitar, provocando centenas de mortos.

"Estamos muito preocupados com o envolvimento do grupo de Prigozhin - o grupo Wagner - no Sudão", disse Blinken numa conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo queniano Alfred Mutua, em que criticou o papel desempenhado por alguns países do Médio Oriente.

"Já há algum tempo que estamos preocupados com o papel desempenhado por alguns dos nossos amigos no Médio Oriente, bem como pela Rússia e outros, no apoio a um ou outro lado", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros queniano, salientou que "não é altura de tomar partido por nenhum dos lados".

Mutua não mencionou nenhum país em particular e disse que agora o importante é as "forças externas deixarem o Sudão em paz".

Blinken afirmou que o grupo Wagner, que também está ativo no Mali e na República Centro-Africana, traz "mais morte e destruição onde quer que esteja presente".

Segundo a imprensa, citando funcionários, o grupo Wagner forneceu armas aos paramilitares das Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês), lideradas pelo general Mohamed Hamdane Daglo, que se opõe ao general Abdel Fattah al-Burhan, o líder de facto do Sudão.

O ministro queniano manifestou igualmente a esperança de que o seu país possa mediar o conflito, reiterando que o Presidente William Ruto está pronto para viajar para o Sudão logo que as condições o permitam.

Os Estados Unidos retiraram o seu pessoal diplomático do Sudão - menos de 100 pessoas - e suspenderam as operações na sua embaixada em Cartum no sábado à noite, em resposta à deterioração da situação de segurança.

Washington excluiu, para já, qualquer operação para retirar os restantes cidadãos americanos do Sudão, preferindo ajudá-los caso a caso.

O secretário de Estado norte-americano não quantificou o número de cidadãos norte-americanos, muitos dos quais têm dupla nacionalidade sudanesa, mas disse que "algumas dezenas" tinham manifestado às autoridades o desejo de abandonar o país.

"Estamos a trabalhar em estreita colaboração com os nossos aliados e parceiros para fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para os ajudar a encontrar uma saída, se for essa a sua decisão", disse Blinken, salientando as dificuldades.

Blinken referiu-se ainda ao ataque e saque de que foi alvo uma coluna, sem dar mais pormenores.


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Governo da Guiné-Bissau assina acordo de parceria com a União Europeia no dominio da pesca do protocolo 2019 - 2024 da comissão mista.

O ato conta com a presença do vice primeiro Ministro, Ministro das Finanças e Ministro das pescas.👇


©  Radio Voz Do Povo   24/04/23 

ONU "está a ultrapassar uma crise profunda", atira Lavrov

© Reuters

Notícias ao Minuto   24/04/23 

O ministro dos Negócios Estrangeiros russo acusou os EUA de quererem minar os interesses dos países que não alinham com a sua política externa.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia disse, esta segunda-feira, que a ONU "está a ultrapassar uma crise profunda", devido à "aspiração de alguns dos membros da organização de substituir a carta da ONU por um estilo de ordem baseada por regras".

Sergey Lavrov falava na sede da ONU, em Nova Iorque, onde disse ser "simbólico realizar esta sessão dedicada ao multilateralismo e diplomacia, nesta data memorável".

"Daqui a duas semanas vamos comemorar 78 anos de vitória na Segunda Guerra Mundial, a derrota da Alemanha Nazi com o contributo decisivo do meu país que, com o apoio dos Aliados, permitiu criar as fundações da Ordem Mundial pós-Guerra", continuou Lavrov, passando a tecer fortes críticas ao papel dos Estados Unidos no panorama internacional.

Lavrov acusou "a fragmentação do comércio internacional, destruição dos mecanismos de mercado" e a "paralisia da Organização Mundial do Comércio", alegadamente resultantes das políticas internacionais de Washington.

Mais, o diplomata máximo de Moscovo criticou ainda uma transformação "descarada" do FMI num "instrumento dos objetivos dos EUA, incluindo objetivos militares". "Nas suas tentativas de afirmar o domínio através da punição dos desobedientes, os EUA começaram a destruir a organização", disse, acusando Washington, com o Ocidente "dominado", de aplicar "as suas regras sempre que é preciso justificar passos ilegítimos".

Lavrov passou a apontar as armas ao papel dos EUA em diferentes regiões no mundo, incluindo a Ásia e o Pacífico, onde "a linha de defesa da NATO como aliança defensiva está a deslocar-se para a costa ocidental".

"Os EUA estão a criar mecanismos de interferência na segurança marítima, procurando assegurar os interesses militares do ocidente no Mar do Sul da China", acusou o ministro russo.

Serguei Lavrov está, esta segunda-feira, em Nova Iorque para presidir a dois debates sobre multilateralismo e Médio Oriente, no âmbito da presidência russa do Conselho de Segurança da ONU.

A Rússia assumiu no início de abril a presidência mensal rotativa do Conselho de Segurança, tendo anunciado dois eventos durante a sua liderança: um debate aberto sobre a exportação de armas e equipamentos militares; e um debate de nível ministerial, presidido por Lavrov, sob o título "Multilateralismo eficaz através da defesa dos princípios da Carta da ONU", com um 'briefing' de Guterres.

A par de participar no debate sobre o multilateralismo, agendado para segunda-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo vai presidir ao debate trimestral sobre a situação no Médio Oriente, com foco na questão da Palestina, no dia seguinte.

A Rússia (um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança com poder de veto) assumiu este mês a presidência rotativa do órgão, que tem capacidade de fazer aprovar resoluções com caráter vinculativo.

Nas últimas semanas, o representante permanente da Ucrânia junto das Nações Unidas, Sergiy Kyslytsya, apelou publicamente à organização para que não permitisse a presidência russa, mas sem sucesso.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).


Leia Também: O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu hoje respeito pela soberania e integridade territorial e criticou duramente a invasão da Ucrânia pela Rússia, numa reunião do Conselho de Segurança presidida pelo ministro das Relações Exteriores russo, Serguei Lavrov.

ANGOLA: Balanço de vítimas das chuvas em Angola sobe para 332 em sete meses

© Lusa

POR LUSA   24/04/23 

As autoridades angolanas reviram hoje em alta o número de mortes em consequência das chuvas em Angola, que passou para 332, entre 15 de agosto de 2022 e 21 de abril de 2023.

Há ainda a registar, pelo menos, 649 feridos, 4.292 residências danificadas, 3.827 residências destruídas e 1.741 inundadas e 18.860 famílias afetadas

A atualização dos dados sobre as chuvas, que caem com intensidade nas últimas semanas em Angola, foi feita no final da reunião da Comissão Multissetorial de Proteção orientada pela ministra de Estado para a Área Social, Dalva Ringote.

O Governo angolano anunciou, na sexta-feira, que pelo menos 308 pessoas morreram devido às chuvas, entre agosto de 2022 e abril de 2023, tendo sido afetadas mais de 13 mil famílias.

Manuel Lutango, membro do secretariado executivo da Comissão Nacional de Proteção Civil, e porta-voz do encontro, disse hoje que o plano emergencial contém medidas de curto, médio e longo prazo.

"Trata-se de um plano de ação de resposta, o plano emergencial consiste na ação de respostas que precisam de ser consolidadas para apoiar as populações afetadas, este plano prevê também medidas a serem aplicadas a curto, médio e longo prazo", afirmou.

Sem avançar o montante para as despesas do plano de emergência, o responsável referiu que as comissões provinciais de proteção civil "servem como base fundamental para dar os dados concretos das pessoas afetadas e beneficiárias da resposta multissetorial".

Deste encontro, prosseguiu Manuel Lutango, saíram também orientações para resposta "imediata e emergente" e a pretensão de se atualizar o plano nacional de contingência.

"Porque esse plano de contingência gera sempre um plano de ações e ou respostas para os sinistrados", notou.

"A resposta que se pretende dar é multissetorial como o desassoreamento das águas, distribuição de bens alimentares, reforço para abrigos, distribuições de 'kits' de primeira necessidade e outros fatores que forem identificados pela comissão", assegurou.

Grande parte das províncias angolanas registam chuvas, mas a província do Huambo foi a que registou o maior número de vítimas mortais, 54 no total, desde o início da época chuvosa em agosto de 2022 até abril de 2023.

Em relação à capital angolana, Luanda, que na semana passada registou chuva intensa acompanhada de ventos forte e relâmpagos, as autoridades continuam a fazer o levantamento dos danos, sendo que dados preliminares apontam para mais de 10 mortos.


Leia Também: 

‼️🇦🇴 𝗩𝗼𝗰ê𝘀, 𝗰𝘂𝗹𝗽𝗮𝗱𝗼𝘀!!!

Por DW Português para África 

Em Angola, enxurradas provocadas pelas costumeiras chuvas de abril causaram mortes e várias casas inundadas em Luanda.

Com um saldo de mais de 300 mortos, milhares de pessoas afetadas e danos materiais, o presidente da República não disse uma única palavra de conforto às vítimas. O Governador de Luanda está de férias, e o ministro do interior atira as culpas para as populações dizendo que é necessário disciplina-las.

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Empresa espanhola condenada por despedir funcionário que bebia até três litros de cerveja por dia

Empresa espanhola não devia ter despedido empregado a beber cerveja durante o dia de trabalho (Emilio Morenatti/ AP)

TVI cnnportugal.iol.pt    24/04/23

Um tribunal de Múrcia declarou injustificado o despedimento de um eletricista que consumia mais de três litros de cerveja durante um dia de trabalho e decidiu que a empresa terá de pagar-lhe uma compensação financeira de mais de 47 mil euros, ou reintegrá-lo

Um tribunal de Múrcia, no sudeste de Espanha, considerou injustificado o despedimento de um funcionário de uma empresa elétrica por "consumo excessivo e repetido de grandes quantidades de álcool durante o horário de trabalho".

O homem, que trabalhava como eletricista há 27 anos na empresa, bebia até três litros de cerveja num dia quando se deslocava às residências dos clientes e conduzia pela cidade numa carrinha. O tribunal rejeita que esta conduta seja suficientemente grave para justificar a sua demissão e decidiu que a empresa  deveria reintegrá-lo ou pagar-lhe uma indemnização de mais de 47 mil euros.

O jornal El Confidencial conta que o empregado terá recebido uma carta da empresa a informá-lo do despedimento em setembro de 2021 "por ter violado a boa fé contratual e a quebra de confiança nele depositada". Depois da empresa receber várias queixas de outros funcionários, contratou um detetive privado, que redigiu um relatório, descrevendo o comportamento do eletricista durante cinco dias, em julho desse ano.

No primeiro dia, o detetive descreveu ter visto o eletricista a começar o dia, com outro colega, às oito da manhã, a beber num bar, ao meio-dia a dirigir-se a um supermercado, onde comprou quatro latas de cerveja da marca San Miguel e um litro de cerveja da marca Estrella Levante. Ao final da tarde, bebeu outra lata de cerveja, a seguir a ver um cliente, e comprou outra lata de cerveja numa bomba de gasolina.

Nos quatro dias seguintes, segundo o mesmo relato, continua "um consumo excessivo e repetido de grandes quantidades de álcool durante o horário de trabalho": num dos dias trocou a cerveja por três copos de vinho tinto e um shot de bagaço ao almoço. Segundo o relatório, o eletricista chegou a beber mais de três litros num só dia de trabalho.

Esta conduta foi considerada pela empresa como negligente, por conduzir depois de ingerir bebidas alcoólicas, pondo em perigo a sua saúde e transgredindo as regras básicas de prevenção de acidentes laborais.

No entanto, na opinião do tribunal de Múrcia, o despedimento foi injustificado. De acordo com o The Guardian, o tribunal argumentou que a empresa não apresentou qualquer prova ("nem documentário, nem perito, nem testemunho") de que o homem estivesse "embriagado". "Não há qualquer prova ou prova, mesmo de forma circunstancial, de que as suas faculdades físicas ou mentais tenham sido prejudicadas ou diminuídas para desempenhar as funções de um eletricista ou que ele não tenha sido capaz de conduzir a carrinha da empresa no final do seu dia de trabalho", afirmaram os magistrados.

Acrescentam ainda que o relatório do detetive não teve em conta as elevadas temperaturas durante o verão naquela região, e a necessidade dos trabalhadores de  "recuperarem forças" durante as refeições e refrescarem-se. O relatório também não refere se o empregado teria sinais de embriaguez ou falta de jeito a andar, insiste o tribunal.

Este tribunal decidiu então que o despedimento era injustificado e forçou a empresa a escolher entre reintegrá-lo e pagar-lhe os salários que deveria ter recebido durante o tempo em que esteve desempregado, ou pagar-lhe uma compensação financeira de 47.028 euros.

Educação/ Presidente de SINAPROF considera de positivo balanço da greve observada entre 17 e 21 do mês corrente

Bissau, 24 Abr 23 (ANG) -  O Presidente do Sindicato Nacional dos Professores (SINAPROF) considerou de positivo o balanço da  greve observada no ensino público entre  17 e 21 deste mês ,e diz ter sido registado 75 por cento de adesão de professores, em todo o país.

Domingos Carvalho, no balanço de cinco dias de paralisação para a ANG, esta segunda-feira, afirmou que a greve não decorreu durante todos os dias previstos devido a mediação dos líderes religiosos, nomeadamente, Imames, entre o SINAPROF e o Ministério da Educação Nacional.

 “Houve uma mediação separada entre o Ministério e o SINAPROF promovida pela Comunidade Religiosa Islâmica, e a ministra da Educação alegara ser nova nessas funções,  não conhece bem o dossiê e disse que existem diligências a serem feitas e que dentro de alguns dias vai ter sinal de alguns pontos que estamos a reivindicar”, disse.

Acrescentou que a greve foi apenas suspensa não levantada, assegurando que, se até dia 10 de Maio próximo não houver uma resposta concreta vão começar a nova vaga de greve no dia 15 de Maio.

Soluções ligadas à questões administrativas, segundo Carvalho, têm a ver com a decisão política e tem que ser resolvidos a 100 por cento, e são,nomeadamente, a efetivação e reclassificação dos professores, porque isso não tem nada a ver com a questão de falta do dinheiro, mas sim com a vontade política para se tomar uma decisão e cumpri-lá.

Em relação à questão de pagamento das dívidas, Domingos Carvalho disse que o sindicato continua a exigir a liquidação de, pelo menos, 85 por cento do montante em dívida.

“Podemos perder 25 por cento dos 85 por cento exigidos em relação ao pagamento das dívidas, mas não vamos recuar por menos de 60 por cento,  e vamos ter mesmos que avançar para a greve no dia 15 do próximo mês”, ameaçou, Domingos Carvalho. 

ANG/DMG/ÂC//SG   

TOMADA DE POSSE DE NOVO INSPECTOR GERAL DO MINISTÉRIO DO INTERIOR E DA ORDEM

Brigadeiro-Geral Celsio de Carvalho tomou posse hoje, 24-04-2023, Sua Excelência Vice-Primeiro Ministro Ministro do Interior e da Ordem Pública Eng Soares Sambu foi quem o deu posse.

O Ministro mostrou uma abertura total e de apoio incondicional ao novo titular da Inspecção.


 Ministério do Interior e da Ordem Pública

Governador de Bolama Bijagos Fernando Ye faz balanço da viagem a Ilha de Madeira e depois Faro _Portugal.

 Radio Voz Do Povo

Aviso à navegação: "Se alguém subtrair um voto do PRS, não viverá aquela vitória"

Por Rádio Capital Fm  24/04/23

O presidente em exercício do Partido da Renovação Social (PRS), Fernando Dias, deixou, este domingo (23.04), um sério aviso sobre a eventual fraude eleitoral, nas eleições legislativas de 04 de junho próximo.

No seu discurso de improviso, numa ação da pré-campanha eleitoral, no círculo eleitoral 27, em Bissau, Fernando Dias disse que o PRS não vai permitir qualquer tipo de manobra que visem adulterar os resultados eleitorais.

"Vamos ganhar as eleições [legislativas] marcadas para o dia 04 de junho. Com uma maioria relativa ou absoluta, vamos ganhá-las. E se as ganharmos e se alguém apontar o seu dedo e subtrair um voto do PRS, para adicioná-lo a seus, porque tem poder, não viverá aquela vitória", avisou.

"Não permitiremos que ninguém se aproprie dos resultados do PRS, porque tem poder ou porque pode fazer o que quer. Isso nunca", sinalizou Fernando Dias, perante a multidão.

O presidente interino do Partido da Renovação Social disse que a sua formação política, desde que ganhar as eleições, não tem medo da polícia nem das forças armadas. 

Ao terminar a sua intervenção, Fernando Dias, sem mencionar nomes, fez acusação aos adversários políticos do PRS, sobre o seu objetivo na política guineense.

"Nós estamos há muito tempo na política e aqueles que estão a aprender a política não nos podem dar ensinamentos. Muitos estão na política para resolver os seus problemas pessoais, não os do país. É preciso que nos distingam, aqueles que fazem a política para defender o povo daqueles que a fazem para defender os seus interesses pessoais", finalizou.


Autoridades russas acusam Kyiv de atacar porto de Sevastopol

© Getty Images

POR LUSA   24/04/23 

As autoridades russas acusaram hoje a Ucrânia de tentar atacar o porto de Sebastopol, acrescentando que foi também encontrado um 'drone' numa floresta perto de Moscovo.

O chefe da cidade portuária de Sevastopol, na Crimeia, nomeado por Moscovo, Mikhail Razvozhayev, anunciou que os militares destruíram um 'drone' (aeronave não-tripulada) marítimo ucraniano que tentou atacar o porto.

Acrescentou que um outro 'drone' explodiu sem causar danos.

As autoridades ucranianas não comentaram nem reivindicaram o ataque, mas enfatizaram em ataques anteriores o direito ucraniano de atingir qualquer alvo em resposta à agressão russa,.

Segundo os meios de comunicação russos, um 'drone' ucraniano foi encontrado hoje numa floresta a cerca de 30 quilómetros da capital.

O 'drone' que caiu perto de Moscovo foi identificado pelos meios de comunicação da Rússia como um aparelho de fabrico ucraniano que carregava 17 quilos de explosivos.

O UJ-22 é um pequeno 'drone' de reconhecimento que pode transportar cerca de 20 quilos de explosivos e tem um alcance de voo de até 800 quilómetros.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas - 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,1 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 8.534 civis mortos e 14.370 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


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Motor de avião com 173 pessoas a bordo incendiou-se após embate com aves

© Twitter / FL360aero

Por Notícias ao Minuto  24/04/23 

Aparelho regressou ao local de partida. Apesar do susto, ninguém ficou ferido. Vídeo do momento foi partilhado nas redes sociais.

Um voo da American Airlines, com 173 pessoas a bordo, regressou ao aeroporto de partida devido a um incêndio num dos motores do avião, após uma colisão com várias aves, revela a imprensa norte-americana, esta segunda-feira.

O Boeing 737-800 partiu de Columbus com destino a Phoenix, nos EUA, na manhã de domingo, mas perante o incêndio teve de regressar ao local de origem.

Nas redes sociais foram partilhados vários vídeos que mostram chamas a sair de um dos motores.

Uma das passageiras revelou que havia "pessoas no avião a chorar". "O meu coração ficou partido. Ouvia as pessoas a chorar. Só rezava para que todos ficássemos bem", confessou, citada pela NBC News.

Apesar do susto, de acordo com a Administração da Aviação Federal norte-americana, o avião aterrou em segurança e nenhum passageiro ficou ferido. 



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Passar fome para "encontrar Jesus". Seita matou pelo menos 47 pessoas

© Reuters

Notícias ao Minuto   24/04/23 

Caso, apelidado de 'Massacre do Shakahola', é chocante. Há sobreviventes que recusam comer e relatos de uma vala comum ainda por encontrar.

Quando as autoridades do Quénia encontraram três covas com seis corpos, na floresta de Shakahola, no subcondado de Malindi, na quarta-feira passada, estavam longe de imaginar as proporções do que ainda estava por descobrir.

Em vários dias de exumações, foram descobertos 47 corpos de pessoas que, alegadamente, pertenciam a uma seita. Apesar de já ser chocante, o número de mortes pode não ficar por aqui. Há quem diga que podem chegar a uma centena.

As autoridades não só encontraram sobreviventes em estado lastimável, que recusam comer porque acreditam que só assim vão encontrar Jesus, como estão a investigar a existência de uma vala comum ainda não encontrada. 

De acordo com os meios locais, as terras que serviram de cenário a este achado macabro pertencem ao pastor Paul Mackenzie Nthenge, polémico líder do culto religioso conhecido como Igreja Internacional das Boas Notícias.

O homem, que se entregou à polícia no passado dia 15 de abril, encontra-se detido desde então. As autoridades quenianas acusam-no de encorajar os seguidores da seita, que podem ser centenas espalhadas por todo o país, a jejuarem até morrer, com o objetivo de encontrar Jesus.

Homem, mulher e três filhos enterrados lado-a-lado

No sábado, após três dias de exumação, foram encontrados cinco corpos "recentemente embrulhados num lençol", segundo a imprensa local, e deitados lado a lado.

De acordo com os investigadores trata-se de uma família, enterrada há cerca de uma semana, dias antes de se iniciarem as escavações.

Na cova comum, jaziam um homem, a mulher e os três filhos. Todos terão sucumbido à fome, na esperança de encontrar Jesus.

Massacre de Shakahola

Perante a tragédia, o ministro do Interior do Quénia, Kithure Kindiki, admitiu apertar a regulação dos locais de culto religioso.

"O que aconteceu no massacre da floresta de Shakahola é o exemplo mais claro de abusos num local constitucionalmente protegido para a liberdade de culto. (...) Foram cometidos crimes em grande escala segundo a lei queniana", disse Kithure Kindiki, num comunicado.

"Ainda que o Estado continue a respeitar as liberdades religiosas, este horrível ataque à nossa consciência deve levar não apenas à punição mais severa dos perpetradores da atrocidade cometida contra tantas almas inocentes, mas a uma regulamentação mais restrita - incluindo a autorregulação - de todas as igrejas, mesquitas, templos ou sinagogas no futuro", acrescentou o ministro.

Kithure Kindiki disse ainda que irá visitar Shakahola na terça-feira, enquanto a área, de mais de 300 hectares, está vedada e a ser investigada como um local do crime.

Paul Mackenzie Nthenge já tinha sido investigado

O pastor Mackenzie sempre foi polémico e teve problemas com as autoridades e líderes locais, mas nunca chegou a ser julgado ou proibido de espalhar a sua palavra.

Desde 2018 até agora, foi detido três vezes, mas sempre libertado. E há até quem diga que subornava as autoridades para que a Igreja Internacional das Boas Notícias continuasse com a porta aberta.

Conta o site Nation Africa, que está a cobrir o caso, que, em setembro de 2017, as autoridades fizeram uma busca às instalações da igreja e resgataram cerca de 93 crianças.

Paul Mackenzie Nthenge ainda foi levado a tribunal e acusado de promover a radicalização de menores, mas acabou libertado sob uma fiança de pouco mais de 3.500 euros, apesar de algumas das crianças terem revelado que foram alvo de uma "educação satânica".




China diz que respeita soberania dos países após comentários de diplomata

© REUTERS/Thomas Peter

POR LUSA   24/04/23 

A China assegurou hoje que "respeita a soberania e a integridade territorial de todos os países", após o seu embaixador em França ter questionado se os ex-Estados soviéticos têm "estatuto efetivo" perante o Direito internacional.

"A posição da China é consistente e clara: a China respeita a soberania e a integridade territorial de todos os países e adere aos propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas", disse a porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros do país asiático Mao Ning, em conferência de imprensa regular.

"A União Soviética era um estado federal e, como tal, estava sujeita ao Direito Internacional como um todo. Isso não nega o facto de, após a sua dissolução, cada membro ter adquirido o seu estatuto de Estado soberano", acrescentou.

Os comentários do embaixador chinês em Paris, Lu Shaye, geraram polémica nas redes sociais.

Através da rede social Twitter, o Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell, descreveu os comentários como "inaceitáveis" e indicou que a "UE só pode assumir que as declarações não representam a política oficial da China".

Numa entrevista ao canal de televisão LCI, Lu Shaye considerou, na sexta-feira passada, que as antigas repúblicas soviéticas, incluindo não apenas a Ucrânia, mas também, por exemplo, os países Bálticos, não são verdadeiramente independentes, ignorando as fronteiras internacionalmente reconhecidas da Europa Central e do Leste. A própria China reconhece oficialmente estes países como Estados soberanos desde 1991.

"Estes países ex-União Soviética não têm um verdadeiro estatuto no Direito Internacional porque não há nenhum acordo internacional a materializar o seu estatuto de soberania", afirmou Lu.


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Cientistas já sabem porque é que os cabelos ficam brancos (e acreditam que podem ter fim à vista)

CNN Portugal,  24/04/23

Há quem os adore e quem os odeie ao ponto de os disfarçar com tintas capilares, mas, até agora, permanecia a dúvida: porque é que os fios dos cabelos ficam brancos? A resposta chegou e com ela vem também a possibilidade de acabar com eles

Um grupo de cientistas da Escola de Medicina Grossman da Universidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos, diz ter descoberto o mecanismo biológico que resulta na mudança da cor dos fios de cabelo para brancos.

Publicado na revista Nature, o estudo indica que as células-tronco de melanócitos podem ficar ‘presas’ na protuberância folicular à medida que o cabelo envelhece, perdendo a sua capacidade de amadurecer e manter a cor do cabelo, aparecendo este ‘bloqueio’ para a produção de melanócitos (células produtoras de melanina responsáveis pela pigmentação).  

“As células-tronco de melanócitos precisam ser móveis para demonstrar as suas características de camaleão”, dizem os autores, explicando que o facto de ficarem ‘presas’ faz com que a cor do fio capilar mude para branco.

Para o estudo, os cientistas recorreram a ratos de laboratório (que, tal como os humanos, possuem células-tronco de melanócitos) e, após um processo de envelhecimento forçado, notaram que os folículos capilares com células-tronco de melanócitos que ficaram presos na protuberância folicular aumentaram. Essas células permaneceram incapazes de se regenerar ou amadurecer em melanócitos produtores de pigmento, perdendo assim a sua plasticidade.

“Por razões desconhecidas, o sistema de células-tronco de melanócitos falha mais cedo do que outras populações de células-tronco adultas, o que leva ao envelhecimento do cabelo na maioria dos humanos e ratos”, lê-se no estudo.

Qi Sun, pós-doutorando na Langone Health da Universidade de Nova Iorque e um dos mentores da investigação, explica que a conclusão a que a sua equipa chegou “aumenta a nossa compreensão básica de como as células-tronco de melanócitos funcionam” para dar cor ao cabelo, defendendo ainda que “os mecanismos recém-descobertos levantam a possibilidade de que o mesmo posicionamento fixo das células-tronco dos melanócitos possa existir em humanos”.

“Se assim for, apresenta um caminho potencial para reverter ou prevenir o envelhecimento do cabelo humano, ajudando as células presas a moverem-se novamente entre os compartimentos do folículo piloso em desenvolvimento”, adianta, esperançoso de conseguir encontrar uma forma de travar os cabelos brancos.

Portugueses que estavam no Sudão retirados por avião militar espanhol

ITALIAN DEFENSE MINISTRY VIA AP

Por  SIC Notícias   24/04/23

Espanha anunciou que conseguiu retirar por via aérea cerca de uma centena de pessoas do Sudão, incluindo portugueses, num avião militar para o Djibuti.

Os portugueses que estavam no Sudão já foram retirados do país. O Governo refere que 16 cidadãos nacionais estariam no Sudão quando começaram os combates, há uma semana. Entretanto já todos foram contactados e estão a ser acompanhados.

Um avião militar espanhol descolou ontem à noite de Cartum com destino ao Djibuti, transportando mais de 30 espanhóis e outros 70 cidadãos europeus e latino-americanos, numa operação coordenada pelos Ministérios dos Negócios Estrangeiros de vários países e pela União Europeia.

O avião militar espanhol "descolou de Cartum pouco antes das 23:00 locais (22:00 hora de Lisboa) com cerca de uma centena de passageiros", referiu o Governo espanhol em comunicado.

O avião espanhol "voa com mais de 30 espanhóis e outros 70 cidadãos europeus e latino-americanos retirados de Cartum, capital do Sudão, com destino ao Djibuti, após uma operação coordenada pelos Ministérios dos Negócios Estrangeiros, União Europeia e Cooperação e da Defesa", especificou o Governo de Espanha.

"Nenhum incidente na transferência", também informou na rede social Twitter o ministro dos Negócios Estrangeiros, União Europeia e Cooperação espanhol, José Manuel Albares.

Além de espanhóis, entre os passageiros há portugueses, italianos, polacos, irlandeses, mexicanos, venezuelanos, colombianos e argentinos, bem como sudaneses, detalharam fontes do Ministério da Defesa espanhol.

O Governo português tinha dito que o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) e o Ministério da Defesa Nacional estavam "a trabalhar em articulação, juntamente com outros países aliados, com vista à retirada, em segurança, dos cidadãos nacionais que se encontram no Sudão".

"Foram já contactados todos os cidadãos nacionais conhecidos no Sudão, e as diferentes situações estão a ser acompanhadas", adiantou o Ministério dos Negócios Estrangeiros, em comunicado.

Além dos retirados na operação de hoje, um grupo de espanhóis decidiu, voluntariamente, permanecer no Sudão ou abandoná-lo por outros meios, enquanto outros conseguiram deixar o país já antes da implementação deste dispositivo.

Na operação de hoje, acrescentou o Ministério da Defesa, estiveram envolvidos cerca de 200 militares.

Vários países já iniciaram operações de retirada de cidadãos

Vários países iniciaram hoje operações de retirada dos seus nacionais de território sudanês, assolado por confrontos entre fações militares rivais.

Também os Estados Unidos e o Reino Unido estão a concluir a retirada de funcionários das embaixadas no Sudão.

Grupo de 343 cidadãos da Jordânia, Palestina, Iraque, Síria e Alemanha que foram retirados do Sudão desembarcam de um avião militar no Aeroporto Militar de Marka, em Amã, na Jordânia MOHAMMED ALI

As autoridades líbias concluíram sexta-feira a retirada, por mar, de quase uma centena de cidadãos retidos no Sudão

O Sudão entrou na segunda semana de violentos combates, num conflito que opõe forças do general Abdel Fattah al-Burhane, líder de facto do país desde o golpe de 2021, e um seu ex-adjunto que se tornou um rival, o general Mohamed Hamdan Dagalo, que comanda o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês).

O balanço provisório dos confrontos indica que há mais de 420 mortos e 3.700 feridos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).


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Coreia do Sul repõe Japão como parceiro preferencial após tensões

© Lusa

POR LUSA   24/04/23 

A Coreia do Sul voltou hoje a colocar formalmente o Japão na lista de parceiros comerciais com tratamento preferencial, três anos após ter baixado o estatuto do país vizinho, devido a uma disputa diplomática.

As autoridades sul-coreanas disseram esperar que Tóquio eleve também Seul a parceiro comercial preferencial, mas admitiram que essa medida possa levar mais tempo, devido aos procedimentos para rever os regulamentos de exportação do Japão.

A Coreia do Sul divide os parceiros comerciais em dois grupos no que toca à aprovação da exportação de materiais sensíveis, incluindo tecnologia. O período de espera é geralmente de cinco dias para os parceiros preferenciais, enquanto outros países são obrigados a passar por análises caso a caso que podem levar até 15 dias.

Também hoje, o Ministério do Comércio, Indústria e Energia sul-coreano disse que o país irá restringir ainda mais a exportação de centenas de produtos e componentes industriais e tecnológicos para a Rússia e a aliada Bielorrússia, devido à invasão da Ucrânia.

Até agora, as restrições de Seul abrangiam 57 produtos e componentes, incluindo aqueles ligados à eletrónica e construção naval. A lista irá aumentar para 798 itens a partir de sexta-feira, incluindo exportações ligadas à construção, maquinaria, siderurgia, automóveis, semicondutores e computação avançada.

"Temos planos para trabalhar com os ministérios relevantes para fortalecer a vigilância e a fiscalização para evitar que [os produtos e componente restritos] cheguem à Rússia ou à Bielorrússia por meio de países terceiros", disse o ministério, em comunicado.

Em meados de março, o Japão levantou restrições à exportação de produtos químicos, necessários para fabricar semicondutores, para a Coreia do Sul, horas após o Presidente sul-coreano ter chegado a Tóquio para uma cimeira bilateral.

O ministro do Comércio sul-coreano indicou que o país iria retirar uma queixa apresentada junto da Organização Mundial do Comércio (OMC), que já tinha sido suspensa em 01 de março.

Lee Chang-yang indicou que os dois países tinham chegado a acordo quanto às restrições aos materiais químicos básicos que as empresas sul-coreanas compram para fabricar ecrãs e 'microchips' de memória.

As limitações foram impostas por Tóquio no início de julho de 2019, alegando razões de segurança.

Semanas mais tarde, num alargamento das restrições, o Governo nipónico anunciou que ia retirar a Coreia do Sul da "lista branca" de parceiros comerciais, um estatuto especial que Seul detinha desde 2004, juntamente com um grupo de 26 países.

Seul não tardou a aplicar a mesma medida, num agravamento da tensão entre os dois países.

A Coreia do Sul vai investir 300 mil milhões de won (214 milhões de euros) para criar o maior centro de produção de semicondutores do mundo, em duas décadas, anunciou no início de março o Ministério da Indústria sul-coreano.


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