O PRS Partido da Renovação Social inicia amanhã as atividades do Vº Congresso para legitimar os órgãos diretivos do Partido.
O evento vai decorrer na Vila Gardete Região de Biombo, sob lema: A Consolidação do Estado de Direito para melhor servir a Guiné-Bissau, além dos 1001 delegados inscritos, tomarão parte no evento a título de convidados os partidos amigos do PRS em especial os da família política IDC Internacional Democrata Centrista.
A propósito a Comissão Organizadora do evento promove esta segunda-feira uma conferência de imprensa para dar ponto de situação do processo, que o Presidente da Comissão Orlando Mendes Viegas considera justo, transparente e responsável, uma vez respeitando as orientações estatutárias do Partido para o efeito.
Com efeito, Orlando Mendes Viegas garante que nada pode inviabilizar a realização do Vº congresso do PRS que em princípio deve começar amanhã a partir das 10 horas.
Os 1001 delegados irão decidir pela continuidade ou não da atual direção do Partido da Renovação Social, 8 candidatos concorrem a Presidência do Partido entre os quais o Presidente cessante Alberto Nambeia, e, dois concorrentes ao cargo de Secretário-geral, contando com a recandidatura do atual secretário-geral Florentino Mendes Pereira.
Diamantino D. Lopes RN
segunda-feira, 25 de setembro de 2017
FERNANDO CORREIA LANDIM EXIGE ADIAMENTO DO Vº CONGRESSO DO PRS
O Candidato ao cargo do Presidente do Partido da Renovação Social Fernando Correia Landim Ex-ministro das Pescas proferiu denúncias sobre as irregularidades observadas ao longo do processo de seleção dos delegados ao Vº Congresso do Partido da Renovação Social, um dos vícios prende-se com o facto de os Candidatos serem impedidos de terem a quota de delegados por inerência. Além demais acusa a direção cessante do PRS liderada por Alberto Nambeia Presidente e Florentino Mendes Pereira de desmando, promoção de incompetência e violação de estatuto do Partido.
Correia Landim fez saber que participou na criação do PRS e jamais admitirá que o grupinho continuar a dominar e a viver a custa daquela formação política.
Landim disse que concorre a liderança do PRS devido a existência de um fosso na liderança, que naturalmente só pode ser colmada por dirigentes sérios, honestos e competentes.
O Candidato a Presidente do PRS disse que foi observado muitos erros e injustiça cometidos pela direção cessante do partido contra os militantes que trabalham arduamente pelo bem do partido, privilegiando o nepotismo e clientelismo.
Landim regozijou que deixou bons sinais nas instituições por onde se passou como dirigente, exemplificou ministério do interior, comércio e pescas, com efeito afirma que tem competência políticas e humanas para assumir o PRS e consequente a Guiné-Bissau, porque segundo ele, o PRS foi criado para desenvolver a Guiné-Bissau e garantir o bem-estar dos guineenses, uma missão totalmente falhada pela direção cessante do partido.
Sem esclarecer o que vai fazer caso o processo não foi anulado, Fernando Correia Landim proferiu algumas ameaças em como alguém verá e viverá as consequências das incoerências cometidas pela comissão organizadora do Vº Congresso em conluio com a direção cessão do PRS.
Os renovadores agendam para os dias 26 a 29 de setembro o Vº congresso, concorrendo para presidente 9 candidatos entre os quais o Presidente cessante Alberto Nambeia e Artur Sanhá ex-secretário-geral do partido que também chegou a exercer funções do primeiro-ministro e ministro do interior.
Diamantino D. Lopes RN
Correia Landim fez saber que participou na criação do PRS e jamais admitirá que o grupinho continuar a dominar e a viver a custa daquela formação política.
Landim disse que concorre a liderança do PRS devido a existência de um fosso na liderança, que naturalmente só pode ser colmada por dirigentes sérios, honestos e competentes.
O Candidato a Presidente do PRS disse que foi observado muitos erros e injustiça cometidos pela direção cessante do partido contra os militantes que trabalham arduamente pelo bem do partido, privilegiando o nepotismo e clientelismo.
Landim regozijou que deixou bons sinais nas instituições por onde se passou como dirigente, exemplificou ministério do interior, comércio e pescas, com efeito afirma que tem competência políticas e humanas para assumir o PRS e consequente a Guiné-Bissau, porque segundo ele, o PRS foi criado para desenvolver a Guiné-Bissau e garantir o bem-estar dos guineenses, uma missão totalmente falhada pela direção cessante do partido.
Sem esclarecer o que vai fazer caso o processo não foi anulado, Fernando Correia Landim proferiu algumas ameaças em como alguém verá e viverá as consequências das incoerências cometidas pela comissão organizadora do Vº Congresso em conluio com a direção cessão do PRS.
Os renovadores agendam para os dias 26 a 29 de setembro o Vº congresso, concorrendo para presidente 9 candidatos entre os quais o Presidente cessante Alberto Nambeia e Artur Sanhá ex-secretário-geral do partido que também chegou a exercer funções do primeiro-ministro e ministro do interior.
Diamantino D. Lopes RN
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segunda-feira, setembro 25, 2017
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TERMINANDO A MISSAO DE ALGUNS ELEMENTOS DA ECOMIB, O PRESIDENTE JOSE MARIO VAZ OFERECEU UM JANTAR DE RECONHECIMENTO E AGRADECIMENTO AOS MESMOS.
MAS DEVIDO A SUA AUSENCIA NO PAIS, JOMAV SERA REPRESENTADO PELO MINISTRO DO INTERIOR BOTCHE CANDE.
NO SEU DISCURSO BOTCHE CANDE AGRADECEU A PRESENCA E O TRABALHO ARDUO DESEMPENHADO POR ESTAS FORCAS VIVAS DE SEGURANCA.
UMA SALA REPLETA, FOI VISIVEL A SATISFACAO DOS GRANDES MILITARES.
A MESA DE HONRA COM GRANDES HOMENS
E DOKA INTERNACIONAL FOI CONVIDADO ASSISTIR A ESTE EVENTO DE HONRA.
AGRADECO ESTE GESTO.
Fonte: Dokainternacionaldenunciante.blogspot.sn
NO SEU DISCURSO BOTCHE CANDE AGRADECEU A PRESENCA E O TRABALHO ARDUO DESEMPENHADO POR ESTAS FORCAS VIVAS DE SEGURANCA.
UMA SALA REPLETA, FOI VISIVEL A SATISFACAO DOS GRANDES MILITARES.
A MESA DE HONRA COM GRANDES HOMENS
AGRADECO ESTE GESTO.
Fonte: Dokainternacionaldenunciante.blogspot.sn
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segunda-feira, setembro 25, 2017
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Referendo ao Código Deontológico dos Jornalistas realiza-se no final de outubro
O referendo ao Código Deontológico dos Jornalistas realiza-se a 26, 27 e 28 de outubro. O referendo tem como universo eleitoral todos os jornalistas com Carteira Profissional.
O referendo ao Código Deontológico dos Jornalistas, promovido pelo Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas, realiza-se a 26, 27 e 28 de outubro, anunciou o Sindicato dos Jornalistas esta segunda-feira. O referendo tem como universo eleitoral todos os jornalistas com Carteira Profissional, à semelhança do que aconteceu em 1993.
“Procurar que o Código Deontológico responda às questões, aos problemas e às necessidades que se colocam hoje aos jornalistas e que reflita as modificações de contexto profissional dos jornalistas, assim como as mudanças sociais e constitucionais, são os objetivos desta iniciativa do Conselho Deontológico, aprovada pelo 4.º Congresso dos Jornalistas Portugueses, cujas instituições organizadoras – Sindicato dos Jornalistas, a Casa da Imprensa e o Clube de Jornalistas — são as entidades fiscalizadoras do referendo”, refere a mesma fonte.
As alterações assentam em três pontos: a autonomização da cláusula de consciência, a compatibilização constitucional do direito à igualdade de tratamento e à não discriminação e o reforço da proteção de menores.
No que respeita à cláusula de consciência, é proposta a autonomização da cláusula de consciência num artigo próprio, retirando-a do artigo 5.º do Código Deontológico dos Jornalistas, criando assim um novo 6.º artigo: “O jornalista deve recusar atos que violentem a sua consciência”.
A segunda alteração visa o 7.º artigo e “tem como objetivo especificar a proteção aos menores que deve obrigar o trabalho jornalístico”, refere o Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas.
O atual artigo 7.º tem a seguinte formulação: “O jornalista deve salvaguardar a presunção de inocência dos arguidos até a sentença transitar em julgado. O jornalista não deve identificar, direta ou indiretamente, as vítimas de crimes sexuais e os delinquentes menores de idade, assim como deve proibir-se de humilhar as pessoas ou perturbar a sua dor”.
A nova formulação proposta para o futuro 8.º artigo retira a expressão “delinquentes” e apresenta a seguinte redação: “O jornalista deve salvaguardar a presunção de inocência dos arguidos até a sentença transitar em julgado. O jornalista não deve identificar, direta ou indiretamente, as vítimas de crimes sexuais. O jornalista não deve identificar, direta ou indiretamente, menores, sejam fontes, sejam testemunhas de factos noticiosos, sejam vítimas ou autores de atos que a lei qualifica como crime. O jornalista deve proibir-se de humilhar as pessoas ou perturbar a sua dor”.
Já a terceira alteração que vai a referendo refere-se ao atual artigo 8.º do Código Deontológico dos Jornalistas, que passará a nono e consiste numa alteração ao conteúdo sobre o que deve ser considerado hoje “tratamento discriminatório das pessoas”.
Onde hoje se lê “O jornalista deve rejeitar o tratamento discriminatório das pessoas em função da cor, raça, credos, nacionalidade, ou sexo”, o Conselho Deontológico propõe que passe a constar: “O jornalista deve rejeitar o tratamento discriminatório das pessoas em função da ascendência, cor, etnia, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social, idade, sexo, género ou orientação sexual”.
O referendo será realizado através de métodos de votação tradicionais, com mesas de voto presencial, cuja localização será posteriormente anunciada, mas também com votação eletrónica, através de uma plataforma digital, criada pela Comissão da Carteira Profissional de Jornalista, viabilizada pelo Estado português. Além disso foi criado um blogue, que será o suporte de um fórum de debate sobre estas alterações.
Por Agência Lusa
O referendo ao Código Deontológico dos Jornalistas, promovido pelo Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas, realiza-se a 26, 27 e 28 de outubro, anunciou o Sindicato dos Jornalistas esta segunda-feira. O referendo tem como universo eleitoral todos os jornalistas com Carteira Profissional, à semelhança do que aconteceu em 1993.
“Procurar que o Código Deontológico responda às questões, aos problemas e às necessidades que se colocam hoje aos jornalistas e que reflita as modificações de contexto profissional dos jornalistas, assim como as mudanças sociais e constitucionais, são os objetivos desta iniciativa do Conselho Deontológico, aprovada pelo 4.º Congresso dos Jornalistas Portugueses, cujas instituições organizadoras – Sindicato dos Jornalistas, a Casa da Imprensa e o Clube de Jornalistas — são as entidades fiscalizadoras do referendo”, refere a mesma fonte.
As alterações assentam em três pontos: a autonomização da cláusula de consciência, a compatibilização constitucional do direito à igualdade de tratamento e à não discriminação e o reforço da proteção de menores.
No que respeita à cláusula de consciência, é proposta a autonomização da cláusula de consciência num artigo próprio, retirando-a do artigo 5.º do Código Deontológico dos Jornalistas, criando assim um novo 6.º artigo: “O jornalista deve recusar atos que violentem a sua consciência”.
A segunda alteração visa o 7.º artigo e “tem como objetivo especificar a proteção aos menores que deve obrigar o trabalho jornalístico”, refere o Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas.
O atual artigo 7.º tem a seguinte formulação: “O jornalista deve salvaguardar a presunção de inocência dos arguidos até a sentença transitar em julgado. O jornalista não deve identificar, direta ou indiretamente, as vítimas de crimes sexuais e os delinquentes menores de idade, assim como deve proibir-se de humilhar as pessoas ou perturbar a sua dor”.
A nova formulação proposta para o futuro 8.º artigo retira a expressão “delinquentes” e apresenta a seguinte redação: “O jornalista deve salvaguardar a presunção de inocência dos arguidos até a sentença transitar em julgado. O jornalista não deve identificar, direta ou indiretamente, as vítimas de crimes sexuais. O jornalista não deve identificar, direta ou indiretamente, menores, sejam fontes, sejam testemunhas de factos noticiosos, sejam vítimas ou autores de atos que a lei qualifica como crime. O jornalista deve proibir-se de humilhar as pessoas ou perturbar a sua dor”.
Já a terceira alteração que vai a referendo refere-se ao atual artigo 8.º do Código Deontológico dos Jornalistas, que passará a nono e consiste numa alteração ao conteúdo sobre o que deve ser considerado hoje “tratamento discriminatório das pessoas”.
Onde hoje se lê “O jornalista deve rejeitar o tratamento discriminatório das pessoas em função da cor, raça, credos, nacionalidade, ou sexo”, o Conselho Deontológico propõe que passe a constar: “O jornalista deve rejeitar o tratamento discriminatório das pessoas em função da ascendência, cor, etnia, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social, idade, sexo, género ou orientação sexual”.
O referendo será realizado através de métodos de votação tradicionais, com mesas de voto presencial, cuja localização será posteriormente anunciada, mas também com votação eletrónica, através de uma plataforma digital, criada pela Comissão da Carteira Profissional de Jornalista, viabilizada pelo Estado português. Além disso foi criado um blogue, que será o suporte de um fórum de debate sobre estas alterações.
O Conselho Deontológico e as entidades fiscalizadoras promovem também debates nas redações de órgãos de comunicação social. Vão decorrer também sessões de debate presencial: um no Porto, a 17 de outubro, às 21:00, no Sindicato dos Jornalistas, e outro em Lisboa, a 19 de outubro, às 21h00, na Casa da Imprensa”, refere a entidade.A proposta de alteração ao Código Deontológico dos Jornalistas foi aprovada sob a forma de moção ao congresso por maioria qualificada, sem votos contra e 53 abstenções.
Por Agência Lusa
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segunda-feira, setembro 25, 2017
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SAÚDE - Dormir poucas horas pode custar anos de vida
Se dorme pouco, temos más notícias. A privação do sono afeta dois em cada três adultos e é uma porta aberta a sérios riscos de saúde que podem mesmo custar-lhe anos de vida.
Dormir menos de 7h de sono é considerado privação de sono
WANG ZHAO/AFP/Getty Images
Se tem por hábito dormir mal ou por pouco tempo, é provável que a sua saúde esteja em risco. O diretor do Centro de Ciência do Sono Humano da Universidade da Califórnia, Matthew Walker, avisa que estamos perante uma “epidemia catastrófica de privação do sono” que pode aumentar a probabilidade de contrair problemas de saúde graves e de reduzir em algumas décadas a nossa vida. Para Walker,”não é natural que sejamos a única espécie animal que deliberadamente se priva de dormir”.
Walker passou os últimos quatro anos a escrever o livro Why We Sleep [Porque dormimos?], um resumo dos seus já 20 e poucos anos de experiência na análise do sono, e que revela ligações preocupantes entre a privação do sono e problemas de saúde como Alzheimer, cancro, diabetes, obesidade e distúrbios de saúde mental, como a depressão e paranóia.
A Organização Mundial de Saúde dita que o ideal são oito a nove horas de sono por noite, sendo que no mínimo dos mínimos, uma pessoa consegue ser saudável a dormir só sete horas. Abaixo disso, é privação do sono. Walker diz ao The Guardian que estamos a chegar a um ponto em que a intervenção tem de partir “do governo e de outras grandes instituições”.
Mas por que somos tão maus a dormir um número de horas decentes? O que mudou tanto em tão pouco tempo? Em 1942, menos de 8% da população vivia a dormir menos de seis horas por noite. Mas em 217, uma em cada duas pessoas vive essa realidade.
Walker explica que as razões são simples: “Primeiro, demos luz à noite. A luz é um degradador profundo do nosso sono. Segundo, há a questão do trabalho: nunca é certo quando entras ou sais e a deslocação para o trabalho leva cada vez mais tempo. Ninguém quer abdicar de tempo com a família ou de entretenimento, por isso abdicam do sono”.
Um alerta que várias personalidades já deixaram, incluindo Arianna Huffington, para quem a privação de sono se tornou já numa “epidemia global“.
Mas o britânico, que agora vive nos EUA, explica que a psicologia também desempenha um forte papel. Somos levados a acreditar que dormir é uma fraqueza da qual devíamos ter vergonha: “Estigmatizámos o sono com o rótulo de preguiça. Queremos parecer ocupados e uma forma de expressarmos o quão ocupados estamos é ao proclamar quão poucas horas dormimos. É um crachá de honra!”
O estudo do sono é ainda uma ciência pouco explorada, mas Walker garante que pode ser a cura para muitos problemas: “Porque é que o nosso instinto, com uma gripe, é dormir? É o corpo a gritar por descanso. O descanso cura. Todos os animais o fazem, alguns durante meses, mas nós escolhemos estar acordados quando não devíamos”. A privação do sono resulta em distúrbios como insónias e, em alguns casos mais extremos, situações de apneia e paralisia do sono.
Que importância tem a fase de sono profundo? É que dormimos em ciclos de 90 minutos (uma hora e meia) e no final desses ciclos atingimos sempre a fase de sono profundo. Primeiro, temos o sono NREM (ou não-REM), e seguidamente o sono REM.
“Durante o sono NREM, o cérebro entra num padrão sincronizado e rítmico, quase de cântico”, diz Walker. “Há uma união fantástica em toda a superfície do cérebro. Os investigadores foram enganados durante muito tempo ao acharem que o sono era como um coma – não há maior mentira possível. Quando dormimos, grandes quantidades de memória estão a ser processadas.”
O investigador britânico explica que “para produzir tais ondas cerebrais”, milhares de milhões de células “cantam juntas, e depois entram em silêncio e etc, etc”. É nesse momento que todo o trabalho de processamento de memória e de informação e restauro é feito. E de repente o corpo entra numa fase de pouca energia, a pressão sanguínea mais baixa possível: sono REM, também referenciado como sono paradoxal, porque o cérebro entra num estado altamente ativo, semelhante ao de uma pessoa acordada. “O teu coração e sistema nervoso entram em picos de atividade: ainda não sabemos porquê”, explica Walker.
Contudo, dormir demais não é um mar de rosas. “Demasiada água mata, demasiada comida mata, demasiado sono deve, em última instância, matar. Acho que 14 horas [a dormir] é demasiado“.
A solução pode passar por implementar medidas em casa e no trabalho (e até a nível legal), sugere Walker.: “Temos alarmes para acordar. Não podemos ter alarmes para nos mandar para a cama? Devíamos pensar na meia-noite como o que ela é: o meio da noite. E não hora de estar nas redes sociais“.
Observador.pt
Dormir menos de 7h de sono é considerado privação de sono
WANG ZHAO/AFP/Getty Images
Se tem por hábito dormir mal ou por pouco tempo, é provável que a sua saúde esteja em risco. O diretor do Centro de Ciência do Sono Humano da Universidade da Califórnia, Matthew Walker, avisa que estamos perante uma “epidemia catastrófica de privação do sono” que pode aumentar a probabilidade de contrair problemas de saúde graves e de reduzir em algumas décadas a nossa vida. Para Walker,”não é natural que sejamos a única espécie animal que deliberadamente se priva de dormir”.
Walker passou os últimos quatro anos a escrever o livro Why We Sleep [Porque dormimos?], um resumo dos seus já 20 e poucos anos de experiência na análise do sono, e que revela ligações preocupantes entre a privação do sono e problemas de saúde como Alzheimer, cancro, diabetes, obesidade e distúrbios de saúde mental, como a depressão e paranóia.
A Organização Mundial de Saúde dita que o ideal são oito a nove horas de sono por noite, sendo que no mínimo dos mínimos, uma pessoa consegue ser saudável a dormir só sete horas. Abaixo disso, é privação do sono. Walker diz ao The Guardian que estamos a chegar a um ponto em que a intervenção tem de partir “do governo e de outras grandes instituições”.
Nenhum aspeto da nossa biologia é poupado quando se fala de privação do sono. Entra em cada canto e recanto e, ainda assim,ninguém faz nada em relação a isso. As coisas têm que mudar: no trabalho e nas comunidades, em nossa casa, com a nossa família. Mas quando é que viste um poster do Serviço Nacional de Saúde a alertar para a necessidade de dormir? Quando é que um médico, em vez de recomendar comprimidos para dormir, recomenda só dormir?“, questiona o especialista.
Mas por que somos tão maus a dormir um número de horas decentes? O que mudou tanto em tão pouco tempo? Em 1942, menos de 8% da população vivia a dormir menos de seis horas por noite. Mas em 217, uma em cada duas pessoas vive essa realidade.
2/3
Dois em cada três adultos em países desenvoldidos não dormem no mínimo 8h/noite, como recomenda a Organização Mundial de Saúde
6,5 horas
Quem dorme, em média, apenas 6,5 horas/noite não vive além dos 60 anos
–29%
Um estudo de 2013 diz que os homens que dormem abaixo do número de horas recomendado têm uma contagem de esperma 29% mais baixa quando comparados com homens que dormem as horas necessárias
11,5
Com menos de 5 horas de sono, a probabilidade de ter um acidente de carro é 4,3 vezes maior. Com menos de 4 horas, a probabilidade aumenta para 11,5 vezes
10 a 30%
A exaustão física é atingida 10 a 30% mais cedo para quem dorme menos de 6 horas/noite
1º C
É um mito que um banho quente ajude a adormecer por ajudar a relaxar. Com um banho quente, os vasos sanguíneos dilatam-se deixando escapar calor interior. A temperatura do núcleo do corpo reduz. Para o processo de sono se iniciar é preciso arrefecer, no mínimo, 1º C
+100
Há mais de 100 distúrbios do sono identificados e diagnosticáveis, sendo que as insónias são o distúrbio mais frequente, seguido da apneia do sono e da paralisia do sono (que em casos sistemáticos leva à demência)
0%
Percentagem da população que vive bem com menos de 5 horas de sono e sem complicações de saúde (arredondada a um número inteiro)
200%
Adultos com mais de 45 anos que dormem menos de 6 horas por noite correm 200% mais risco de sofrer um AVC ou um ataque de coração. Essa percentagem sobe para 400% se for fumador
19 horas
Ao fim de 19 horas acordados temos a mesma capacidade cognitiva que uma pessoa alcoolizada
Um alerta que várias personalidades já deixaram, incluindo Arianna Huffington, para quem a privação de sono se tornou já numa “epidemia global“.
Mas o britânico, que agora vive nos EUA, explica que a psicologia também desempenha um forte papel. Somos levados a acreditar que dormir é uma fraqueza da qual devíamos ter vergonha: “Estigmatizámos o sono com o rótulo de preguiça. Queremos parecer ocupados e uma forma de expressarmos o quão ocupados estamos é ao proclamar quão poucas horas dormimos. É um crachá de honra!”
Ninguém olha para um bebé a dormir e diz ‘Ah, que bebé preguiçoso!‘ — Sabemos que o sono não é uma coisa negociável para um bebé, mas essa noção é abandonada à medida que crescemos. Os humanos são a única espécie que deliberadamente se priva de sono, sem razão aparente.”Se tem aquele amigo que lhe diz que vive bem com cinco horas (ou menos) de sono sem grandes problemas, duvide: “O número de pessoas que vive bem com cinco ou menos horas de sono, expresso em percentagem da população e arredondado a um número inteiro é 0%.”
O estudo do sono é ainda uma ciência pouco explorada, mas Walker garante que pode ser a cura para muitos problemas: “Porque é que o nosso instinto, com uma gripe, é dormir? É o corpo a gritar por descanso. O descanso cura. Todos os animais o fazem, alguns durante meses, mas nós escolhemos estar acordados quando não devíamos”. A privação do sono resulta em distúrbios como insónias e, em alguns casos mais extremos, situações de apneia e paralisia do sono.
AVC e ataque de coração
A causa está na pressão arterial. Até uma noite de sono curta faz disparar a pressão arterial de uma pessoa (mais ainda se beber café ou bebidas energéticas)
Diabetes
A privação do sono impede que o corpo controle de forma eficaz o nível de açúcar no sangue. Nos testes realizados, as pessoas privadas de sono respondem menos à insulina e entram num estado pré-diabético de hiperglicemia
Obesidade
Com menos horas de sono, o corpo produz menos quantidades da hormona responsável pelo sentimento de saciedade, leptina, e aumenta os níveis da hormona responsável pela fome, grelina
Sistema imunitário
Se está cansado(a), é mais provável que apanhe uma constipação.O sistema imunitário precisa de no mínimo 7 horas por noite para otimizar as defesas. Mais gravemente, a falta de sono afeta as células responsáveis por combater cancros
Alzheimer
Pouco sono ao longo da vida adulta pode resultar em Alzheimer. As razões são difíceis de sumarizar, até porque o Alzheimer é uma doença pouco compreendida. Mas os depósitos de amilóides (uma proteína tóxica ligada ao Alzheimer) acumulam-se no cérebro e só são devidamente "limpos" durante o sono profundo
Saúde mental
Walker sugere que sonhar (mesmo que não nos lembremos) acalma a mente, o cérebro e o sistema nervoso. O sono profundo é um tipo de sono terapêutico e que equilibra as emoções, coordenações e processamento de informação
O investigador britânico explica que “para produzir tais ondas cerebrais”, milhares de milhões de células “cantam juntas, e depois entram em silêncio e etc, etc”. É nesse momento que todo o trabalho de processamento de memória e de informação e restauro é feito. E de repente o corpo entra numa fase de pouca energia, a pressão sanguínea mais baixa possível: sono REM, também referenciado como sono paradoxal, porque o cérebro entra num estado altamente ativo, semelhante ao de uma pessoa acordada. “O teu coração e sistema nervoso entram em picos de atividade: ainda não sabemos porquê”, explica Walker.
Contudo, dormir demais não é um mar de rosas. “Demasiada água mata, demasiada comida mata, demasiado sono deve, em última instância, matar. Acho que 14 horas [a dormir] é demasiado“.
A solução pode passar por implementar medidas em casa e no trabalho (e até a nível legal), sugere Walker.: “Temos alarmes para acordar. Não podemos ter alarmes para nos mandar para a cama? Devíamos pensar na meia-noite como o que ela é: o meio da noite. E não hora de estar nas redes sociais“.
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