quinta-feira, 17 de abril de 2025

O mapa mais pormenorizado do cérebro humano: como se forma a nossa mente

A imagem colorida artificialmente é o resultado da análise de uma das diferentes áreas da amostra. As cores mostram regiões neuronais com funções diferentes. Esta imagem tem o tamanho aproximado de um décimo de um alfinete. © Google Research e laboratório Lichtman
Por  msn.com/pt-pt
 O cérebro humano é o puzzle mais complexo que a humanidade alguma vez enfrentou. Esta teia de 86 mil milhões de neurónios, células da glia e triliões de ligações representa um desafio quase intransponível para as mentes mais aguçadas da nossa sociedade.

No entanto, nos últimos anos, a neurociência tem conseguido gradualmente desvendar o emaranhado de células no interior da cabeça e criar mapas cada vez mais precisos para explicar o funcionamento da nossa mente.

Actualmente, o mapa cerebral mais preciso alguma vez criado é o resultado de uma colaboração entre a Universidade de Harvard e o gigante tecnológico Google. O projecto, que foi realizado no laboratório do reitor da faculdade de artes e ciências, Prof. Jeff Lichtman, deu um enorme salto tanto na resolução dos mapas anteriores como na compreensão do cérebro.

E qual é a dimensão desse salto científico? Um cérebro humano completo é uma palavra grande e, com os métodos actuais, impossível, metade também não seria viável, nem um quarto, nem um oitavo... Na realidade, o enorme salto para a ciência é do tamanho de um grão de arroz.

Um grão de arroz e o mapa cerebral mais exacto de sempre

Na pequena quantidade de massa cerebral que analisaram durante meses, os investigadores encontraram 57.000 neurónios, 23 centímetros de vasos sanguíneos e 150 milhões de ligações neurais. Assim, apesar do seu pequeno tamanho, dissecar cada pedaço do cérebro foi um verdadeiro desafio para os modelos computacionais. Foi por isso que utilizaram inteligência artificial especialmente treinada para distinguir os neurónios. Uma vez pronta, puseram-na a trabalhar analisando mais de 1.400 terabytes de dados para encontrar cada uma das ligações neuronais e, após vários meses, chegaram a uma das mais belas imagens para um neurocientista.

Nesta imagem, é possível ver seis camadas de neurónios excitatórios, ou seja, neurónios que são responsáveis por comunicar entre si para realizar acções. Destes neurónios saem cabos, chamados axónios, que ligam células próximas e distantes, criando assim canais por onde circulam neurotransmissores e hormonas. Desta forma peculiar de falar que os neurónios têm, surgem as propriedades que nos tornam humanos: pensar, reflectir e até a nossa identidade.

É por isso que ter um mapa cerebral completo e exacto de uma zona do cérebro, mesmo que seja do tamanho de um grão de arroz, é extremamente útil. Um mapa dá-nos um vislumbre do funcionamento interno da caixa negra que é o nosso cérebro. Além disso, ao transferir este conhecimento para outros mapas com menor resolução, mas que abrangem regiões maiores, é possível compreender de onde surgem alguns comportamentos. Mas ainda há muitos anos de trabalho pela frente para se conseguir um mapa completo, “se é que alguma vez se conseguirá”, dizem os autores do mapa.

O próximo grande salto: o rato

Actualmente, o maior cérebro totalmente mapeado é o da mosca-da-fruta Drosophila Melanogaster, um marco alcançado em Novembro de 2024. Neste cérebro de mosca, com cerca de 140.000 neurónios, estão entrelaçadas cerca de 50 milhões de ligações, um terço do total de ligações que puderam ser observadas na amostra humana analisada pelo laboratório Lichtmann. Isto deve-se ao facto de, como somos animais mais complexos, os neurónios serem também mais ramificados para terem mecanismos redundantes que garantam a execução de comportamentos e acções mais elaborados.

Assim, o próximo grande salto que têm em mente é um mamífero, o rato. Embora isto possa parecer uma ideia rebuscada, tendo em conta os avanços que foram feitos nos últimos anos na análise de dados em massa, não seria invulgar que conseguissem atingir este objectivo dentro de 5 a 10 anos. Actualmente, as estimativas sugerem que, para atingir o seu objectivo, os investigadores da Iniciativa BRAIN dos Institutos Nacionais de Saúde terão de analisar cerca de 1.000 vezes a quantidade de dados no laboratório de Lichtman, pelo que a incipiente computação quântica poderá ser de grande ajuda para atingir os seus objectivos.

No rato, a ideia é começar por desmontar as peças e, eventualmente, juntá-las todas. O primeiro alvo da equipa é o hipocampo, uma região do cérebro envolvida na perceção espacial e na criação de memórias. Quando conseguirem mapeá-lo, os resultados poderão ser extrapolados para os seres humanos, o que poderá ajudar a compreender melhor as doenças neurodegenerativas, como a demência ou a doença de Alzheimer. No final, os mapas mostram o caminho e, no caso da biomedicina, o caminho pode significar um antes e um depois na vida das pessoas.

Os talibãs afegãos congratularam-se esta quinta-feira com a retirada da lista russa de "organizações terroristas", saudando-a como um "desenvolvimento importante" nas relações entre o regime talibã e Moscovo

Por LUSA 

Talibãs saúdam "desenvolvimento importante" após saída da lista russa de terroristas

Os talibãs afegãos congratularam-se esta quinta-feira com a retirada da lista russa de "organizações terroristas", saudando-a como um "desenvolvimento importante" nas relações entre o regime talibã e Moscovo.

Numa reunião com o embaixador russo na capital afegã, o ministro dos Negócios Estrangeiros do regime talibã afegão, Amir Khan Muttaqi, agradeceu à Rússia por uma medida que, frisou, "é um desenvolvimento importante nas relações" entre Cabul e Moscovo.

"Com esta decisão, o único obstáculo restante para uma maior cooperação política e económica foi removido", disse o ministro, durante uma reunião com o embaixador russo, Dmitri Zhirnov, considerando tratar-se de uma "decisão histórica", segundo um comunicado citado pelas agências internacionais.

Hoje, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) da Rússia retirou o movimento talibã, que domina o Afeganistão, da sua lista de organizações terroristas, abrindo caminho para o reconhecimento pelo Kremlin (presidência) das novas autoridades afegãs.

A decisão entra imediatamente em vigor, indicou a alta instância, após o Gabinete do Procurador-Geral da Rússia ter pedido que os talibãs deixassem de ser classificados como um grupo terrorista, estatuto que mantinham desde 2003.

A decisão representa uma vitória diplomática para os talibãs, porque esse estatuto tornava qualquer contacto com o grupo punível ao abrigo da legislação russa.

Apesar da designação, delegações talibãs participaram em diversos fóruns organizados pela Rússia, numa altura em que Moscovo tem procurado afirmar-se como mediador regional.

Os talibãs regressaram ao poder no Afeganistão em agosto de 2021, após o colapso do governo apoiado pelos Estados Unidos e a subsequente retirada total das tropas internacionais, sobretudo norte-americanas, do país.

Desde então, Moscovo tem procurado normalizar as relações com o novo regime afegão, que considera um potencial parceiro económico e na luta contra o terrorismo.

Contudo, a decisão do Supremo Tribunal russo não equivale, nesta fase, a um reconhecimento formal do governo talibã.

Este último não foi oficialmente reconhecido por nenhum país, devido, nomeadamente, à situação dramática dos direitos das mulheres no Afeganistão.

No entanto, além da Rússia, o Paquistão, a China, o Irão e a maioria dos países da Ásia Central mantêm relações diplomáticas de facto com o regime afegão.

Moscovo recebeu em diversas ocasiões emissários talibãs no seu território, mesmo antes do seu regresso ao poder.

A aproximação entre o Kremlin e Cabul pareceu acelerar-se após um atentado, em março de 2024, nos arredores de Moscovo: 145 pessoas foram mortas numa sala de concertos por quatro atiradores do grupo Estado Islâmico do Khorasan (EI-K), a filial regional da organização 'jihadista' presente no Afeganistão.

Em julho de 2024, o Presidente russo, Vladimir Putin, afirmou considerar os talibãs como "aliados na luta contra o terrorismo". Posteriormente, assinou no final de 2024 uma nova lei que permitia às autoridades russas alterar a lista de organizações proibidas no país.

Segundo este texto, a proibição de uma organização pode, doravante, ser "temporariamente suspensa" pela justiça em caso de "provas reais" de que o grupo em causa deixou de promover "o terrorismo".

Em outubro de 2024, o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, apelou ao Ocidente para que levantasse as sanções impostas ao Afeganistão e assumisse a "responsabilidade" pela reconstrução do país, devastado por décadas de guerra.

O secretário do Conselho de Segurança russo, Serguei Shoigu, deslocou-se a Cabul no final de dezembro, numa rara visita de um alto responsável estrangeiro, durante a qual declarou querer reforçar a "cooperação" com o Afeganistão.

Vários dirigentes talibãs combateram Moscovo nos anos 1980, durante a guerra travada durante uma década no país pela antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).


Leia Também: Rússia retira Talibãs da lista de organizações terroristas

O Presidente ucraniano acusou esta quinta-feira a China de "fornecer armas" à Rússia e de participar na "produção de certo armamento" em território russo, anunciando, paralelamente, que quer comprar mísseis Patriot aos Estados Unidos.

Por LUSA 

 Zelensky acusa China de "armar" Rússia e quer comprar mísseis aos EUA

O Presidente ucraniano acusou esta quinta-feira a China de "fornecer armas" à Rússia e de participar na "produção de certo armamento" em território russo, anunciando, paralelamente, que quer comprar mísseis Patriot aos Estados Unidos.

"Recebemos finalmente informações de que a China está a fornecer armas à Rússia. [...] Acreditamos que representantes chineses estão envolvidos na produção de certas armas em território russo", disse Volodymyr Zelensky numa conferência de imprensa.

Zelensky não entrou em pormenores sobre estas acusações, mas referiu-se a "pólvora e artilharia", prometendo dizer mais "na próxima semana".

Na semana passada, a Ucrânia anunciou a captura de dois cidadãos chineses que combatiam no exército russo. Zelensky já tinha acusado a China de "estar envolvida" no conflito, o que Pequim negou.

O Presidente ucraniano também afirmou que "várias centenas" de cidadãos chineses estão a combater nas fileiras do exército russo na Ucrânia.

A China apresenta-se como parte neutra e um potencial mediador neste conflito, mas continua a ser um aliado político e económico fundamental da Rússia, ao ponto de o Ocidente a ter descrito como um "facilitador decisivo" do ataque russo, algo que Pequim nunca condenou.

Pequim é acusada, nomeadamente, de ajudar Moscovo a contornar as sanções ocidentais, permitindo-lhe adquirir os componentes tecnológicos necessários para produzir armas de guerra. No entanto, esta é a primeira vez que Zelensky acusa a China de fornecer armas diretamente a Moscovo.

Na mesma conferência de imprensa, Zelensky acusou o enviado do homólogo norte-americano, Donald Trump, Steve Witkoff, interlocutor de Moscovo nas negociações de cessar-fogo, de "adotar a estratégia russa" e de "espalhar histórias russas".

"Penso que Witkoff adotou a estratégia russa. Penso que isto é muito perigoso, porque ele está, consciente ou inconscientemente, a divulgar histórias russas", declarou Zelensky.

Steve Witkoff é o interlocutor privilegiado do Presidente russo, Vladimir Putin, nas negociações para resolver o conflito na Ucrânia. Os dois homens encontraram-se três vezes desde fevereiro, a última das quais na semana passada, na Rússia.

Segundo Zelensky, Witkoff vai manter conversações com os chefes da diplomacia ucraniana, francesa, alemã e britânica durante a visita a Paris, que começou hoje.

Há várias semanas que a administração Trump tem mantido conversações separadas com responsáveis russos e ucranianos, para encontrar uma saída para a guerra na Ucrânia.

Até agora, porém, estas conversações não conduziram a uma cessação das hostilidades.

Independentemente das palavras sobre o enviado de Trump, Zelensky garantiu que a Ucrânia está pronta para comprar "pelo menos" 10 sistemas antiaéreos Patriot aos Estados Unidos, um sistema caro que Kiev havia exigido anteriormente aos aliados na forma de ajuda.

"A Ucrânia está pronta para comprar pelo menos 10 sistemas. Discuti esse mínimo com o Presidente Trump durante nossa conversa telefónica. Disse-me que os Estados Unidos trabalhariam nisso", sublinhou o chefe de Estado ucraniano.

"Até agora, não tenho mais informações", indicou, acrescentando estar a conduzir "conversações separadas com os europeus porque é muito caro".

Segundo analistas, uma bateria Patriot pode custar até 2.500 milhões de dólares (2.200 milhões de euros) para ser exportada e cada um dos mísseis custa até 10 milhões de dólares (8,81 milhões de euros) para ser exportado.

Na passada sexta-feira, Zelensky já tinha pedido aos aliados da Ucrânia para fornecerem 10 sistemas Patriot adicionais para ajudar o país a enfrentar o número crescente de ataques aéreos russos.

"Precisamos mesmo deles", pediu numa mensagem de vídeo dirigida aos chefes militares dos países aliados da Ucrânia, reunidos em Bruxelas.

Nos últimos três anos, a Ucrânia já recebeu várias baterias Patriot fornecidas pelos Estados Unidos, pela Alemanha, pelos Países Baixos e pela Roménia.

Bancos e postos de abastecimento do Mali fecham após detenção de dirigentes sindicais

Por LUSA 

Muitos bancos e postos de abastecimento fecharam esta quinta-feira no Mali após uma greve convocada pelo Sindicato Nacional de Bancos, Seguradoras, Instituições Financeiras e Empresas (Synabef), avançou a agência de notícias France-Presse (AFP).

O Synabef exige a libertação de três dos seus membros, detidos há um mês no âmbito de um processo de garantia bancária. Por outro lado, reclama melhores condições de trabalho.

Num comunicado de imprensa emitido na quarta-feira, o sindicato anunciou uma greve de 72 horas a partir de hoje até à meia-noite de sábado.

A greve é renovável por 120 horas a partir de 22 de abril e terminará a 26 de abril, segundo o documento.

"De momento, as negociações estão num impasse. O Ministério do Trabalho criou uma comissão de conciliação. Ao fim de três dias de discussões, separámo-nos com o argumento de que as negociações tinham falhado", disse à AFP o secretário-geral adjunto do Synabef, Abdoulaye Keïta.

"As negociações prosseguem", afirmou um conselheiro do ministro do Trabalho do Mali, Fassoun Coulibaly, assegurando que será alcançado um acordo nos próximos dias.

Esta manhã, quase todos os bancos, seguradoras e postos de abastecimento na capital, Bamaco, permaneciam fechados.

O país é governado por uma junta desde dois golpes de Estado, em 2020 e 2021.

No início de junho de 2024, uma greve bancária iniciada pelo mesmo sindicato, em que também se exigia a libertação de um dos dirigentes, teve grande apoio.


Leia Também: Mali encerra escritório de gigante mineiro canadiano Barrick Gold em Bamaco

Justiça: Ministério Público nega que Bubacar Turé esteja a ser perseguido pelas autoridades judiciais

Bissau, 17 Abr 25 (ANG) – O Ministério Público (MP) considerou, quarta-feira, de “infundadas e falsas”, as informações segundo as quais o presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Bubacar Turé, esteja a ser perseguido, pelas autoridades judiciais.

Em nota à imprensa do Gabinete de Imprensa e Relações Públicas do Ministério Público (GIRPMP), a instituição indica que  tomou  conhecimento das denúncias  do Bubacar Turé sobre mortes de pacientes em tratamento de hemodiálises, através dos órgãos de comunicação social e  das redes sociais.

O mesmo documento informa ainda que, por se tratar de uma denúncia de crime público, o Ministério Público por conhecimento próprio, ordenou nos termos da lei, a abertura de um competente procedimento criminal com o fito de investigar a verdade  material dos factos constantes na denuncia do Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH).

“Foi nesta prespetiva que o Ministério Público (MP), através do seu competente serviço, tentou, sem sucesso, no dia 10 de Abril, notificar Bubacar Turé, na Sede da LGDH em Bissau, na qualidade de denunciante, para colaborar na investigação, fornecendo as provas de que despõe”, lê-se na nota.

Acrescenta que  este procedimento de recolha de prova pessoal não pode ser interpretado  como perseguição, porque o mesmo constitui um acto processual ordinário aceite no Estado de Direito Democrático, pelo que “são falsas e caluniosas” quaisquer aproveitamento do referido ato processual para fins de motivação política.

Para concluir, a Procuradoria-Geral da República diz  que a sua atuação foi, é e será sempre em estreita observância às leis em vigor na República da Guiné-Bissau

O Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, aquando da sua participação no ateliê de restituição do Fórum dos Mídias contra a violência nas mulheres e crianças, disse que todos os pacientes submetidos ao tratamento  de hemodiálise no Hospital Nacional Simão Mendes (HNSM) faleceram.

ANG/LLA/ÂC//SG         

O exército do Níger reforçou a sua presença no sudoeste do país, perto do Burkina Faso, para "conter a ameaça terrorista" que tem provocado deslocações da população, declarou esta quinta-feira uma fonte de segurança.

Por LUSA 

 Níger reforça presença perto do Burkina Faso face à ameaça terrorista

O exército do Níger reforçou a sua presença no sudoeste do país, perto do Burkina Faso, para "conter a ameaça terrorista" que tem provocado deslocações da população, declarou esta quinta-feira uma fonte de segurança.

"A zona de Torodi foi palco de vários incidentes de segurança nos últimos dias", segundo o mais recente boletim de operações do exército no seu 'website'.

Em 06 de abril, um "grupo criminoso armado" atacou um distrito e uma esquadra de polícia na cidade de Makalondi, de acordo com o exército, mas "não causou vítimas". Também foram atacados miniautocarros em 02 de abril.

Para "tranquilizar a população", o exército declarou ter "reforçado imediatamente a sua presença" e "o seu dispositivo de segurança" na zona, o que permitiu o "regresso progressivo das populações deslocadas".

Em 14 de abril, um destacamento militar foi alvo de um ataque numa estrada principal da região, no qual seis membros do grupo armado foram mortos.

Localizada a 100 quilómetros de Niamey, capital do Níger, no departamento de Torodi, Makalondi é a última cidade antes do Burkina Faso e tem sido alvo de ataques de extremistas islâmicos desde 2018, apesar do destacamento maciço de forças e do estado de emergência em vigor.

Dirigido por uma junta militar desde um golpe de Estado em julho de 2023, o Níger é atormentado pela insegurança e por ataques recorrentes de grupos armados, alguns dos quais ligados à Al-Qaida ou ao Estado Islâmico.

A 03 de abril, o exército também afirmou ter detido entre Niamey e Torodi "um membro influente do Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos [GSIM, na sigla em francês]", que tem ligações à Al-Qaida.

O Mali e o Burkina Faso, dois dos países vizinhos do Níger, todos governados por militares, também foram alvo de ataques recorrentes de grupos extremistas ao longo da última década.

Os três países são membros da Aliança dos Estados do Sahel (AES) e criaram uma força unificada para combater estes grupos na sua área, sem litoral, de 2,8 milhões de quilómetros quadrados.

"Os nossos povos esperam resultados (...), temos o dever histórico de responder a esta aspiração legítima (...) e a criação desta força unificada deve ser a manifestação da nossa recusa categórica em depender de apoio externo", declarou o general Moussa Diallo, chefe do Estado-Maior do Burkina Faso, numa reunião realizada no início da semana em Ouagadougou, capital do Burkina Faso, com os homólogos do Mali e do Níger.

O Presidente guineense justificou hoje a decisão do Governo de extraditar para os Estados Unidos quatro estrangeiros condenados por tráfico de droga com a falta de prisões de alta segurança

Por LUSA 

Extraditar narcotraficantes? "Não temos ainda prisão de alta segurança"

O Presidente guineense justificou hoje a decisão do Governo de extraditar para os Estados Unidos quatro estrangeiros condenados por tráfico de droga com a falta de prisões de alta segurança.

"Não temos prisões aqui para ter essa gente. Não temos ainda prisão de alta segurança. Infelizmente um deles morreu. É complicado", referiu Umaro Sissoco Embaló, à saída da reunião semanal do Conselho de Ministros.

Dois mexicanos, um colombiano e um equatoriano foram "transferidos para uma prisão dos Estados Unidos, à luz da cooperação judicial", segundo o Governo de Bissau.

A defesa estranha esta transferência sem que exista um acordo de extradição entre os dois países.

"O Governo decidiu, em colaboração com os Estados Unidos da América, extraditá-los. O Governo dos EUA pediu a extradição deles", declarou o Presidente guineense.

Embaló afirmou que se trata de um sinal que a Guiné-Bissau está a dar ao mundo e aos traficantes, que no passado realizavam as suas operações no país.

"Qualquer narcotraficante que apanharmos aqui, mesmo se for guineense, se pedirem, será enviado para lá. Não temos condições físicas de deter essas pessoas", sublinhou.

Este tipo de medidas, adiantou Sissoco Embaló "é a forma também de demonstrar aos narcotraficantes que a Guiné-Bissau deixou ser aquele narco-Estado".

"Quem for apanhado [no tráfico de droga] na Guiné-Bissau será enviado para o país que o reclamar", avisou o chefe de Estado guineense.

Os quatro prisioneiros foram levados para os Estados Unidos "a pedido" da agência federal dos EUA para o combate à droga - DEA (Drug Enforcement Administration) -, entidade que também colaborou com a Polícia Judiciária guineense na detenção, a 07 de setembro de 2004.

Foram capturados cinco pessoas, a bordo de um avião que vinha do México, mas, no dia 03 de março, um cidadão brasileiro morreu, de doença, num hospital de Bissau.

Os cinco foram condenados a pena de prisão efetiva de 17 anos.

Umaro Sissoco Embaló aproveitou as declarações aos jornalistas para esclarecer que a DEA não o vai prender, "como se ouve dizer por aí", em alusão às afirmações de ativistas políticos, nas redes sociais.

"As pessoas dizem que serei detido pela DEA. A DEA não prende ninguém, nem tem vocação para prender pessoas", observou o Presidente.

Vários ativistas políticos têm repetido que, a qualquer momento, Sissoco Embaló poderá ser detido pela DEA, pela sua alegada conexão com tráfico de droga.

Com um sorriso no rosto, Embaló acrescentou: "Mesmo nos Estados Unidos não têm mandato para prender pessoas. Quem tem essa competência pode ser FBI ou outro tipo de polícia que têm lá, mas em flagrante delito".

Com apenas 10 anos, vai formar-se na universidade com dois diplomas

Por LUSA 

Alisa Perales tornar-se-á na mais jovem licenciada de sempre da Crafton Hills College.

Uma criança, de 10 anos, de San Bernardino, na Califórnia, está a um mês de formar-se com dois diplomas, pela Crafton Hills College, de Yucaipa, no mesmo estado norte-americano. 

Segundo o Inland Empire Community News, Alisa Perales tornar-se-á na mais jovem licenciada de sempre da faculdade pública, em maio.

Vai obter diplomas de associada - um nível de graduação que fornece conhecimentos técnicos e académicos básicos- em Matemática e Ciências Múltiplas, pouco depois de completar o 11.º aniversário. 

A menina começou a aprender os números e o abecedário quando ainda nem tinha um ano. Foi aos oito anos que começou a frequentar a Crafton Hills College e a sua paixão académica continua a crescer. 

"Para mim, é muito divertido. É quase tão divertido como brincar ao ar livre ou andar de bicicleta ou fazer o que quer que seja. Gosto de aprender. Há tantas coisas interessantes por aí", disse. 

Alisa tem o objetivo de vir a trabalhar em inteligência artificial - numa empresa de tecnologia ou numa empresa em fase de arranque com o pai - a quem atribui parte deste gosto por aprender. 

O Presidente da República, recebeu em audiência os Cônsules Honorários da Guiné-Bissau, reunidos em Bissau por ocasião do IV Encontro de Interacção, promovido pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, da Cooperação Internacional e das Comunidades. Durante o encontro, foi reforçado o compromisso com a promoção da imagem externa do país, a captação de investimento estrangeiro e a assistência aos cidadãos guineenses no exterior.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros anunciou que este encontro passará a realizar-se anualmente, alinhado com a actual dinâmica de desenvolvimento sustentável da Guiné-Bissau.

BANCO MUNDIAL | Comunicado de Imprensa: Banco Mundial concede financiamento adicional de 4 milhões de dólares para apoiar o primeiro recenseamento digital da Guiné-Bissau

BISSAU, 16 de abril de 2025 - O Banco Mundial aprovou uma subvenção adicional de 4 milhões de dólares para apoiar o Recenseamento Geral da População e Habitação da Guiné-Bissau, elevando para 10 milhões de dólares o financiamento total para o recenseamento. Este apoio faz parte do projeto Harmonização e Melhoria das Estatísticas na África Ocidental e Central (HISWACA), que agora disponibiliza um total de 19 milhões de dólares para reforçar as capacidades estatísticas na Guiné-Bissau.

O financiamento adicional cobrirá um excedente de custos na implementação do recenseamento, garantindo recursos suficientes para realizar o primeiro recenseamento totalmente digital da Guiné-Bissau.

“O Governo da Guiné-Bissau identificou a necessidade de financiamento adicional para garantir a implementação bem sucedida do recenseamento, e o Banco Mundial respondeu prontamente a este pedido”, afirma Rosa Brito, Representante Residente do Grupo Banco Mundial na Guiné-Bissau. “Este apoio adicional ajudará a garantir a equipa de trabalho, o equipamento e as infraestruturas necessárias para o recenseamento. É um processo crítico para o país, uma vez que dados populacionais exatos são essenciais para a elaboração de políticas baseadas em evidências e desempenharão um papel fundamental no desenvolvimento da Guiné-Bissau a longo prazo.”

O último censo populacional da Guiné-Bissau foi realizado em 2009, e a falta de dados atualizados tem colocado desafios significativos ao planeamento, monitorização e formulação de políticas de desenvolvimento eficazes. O próximo recenseamento fornecerá informações essenciais sobre a dimensão, a distribuição e as caraterísticas socioeconómicas da população do país.

As atividades abrangidas por este financiamento adicional incluem a cartografia, o recenseamento piloto, a enumeração, o processamento e a análise dos dados, bem como a divulgação e a utilização dos resultados e dos dados do recenseamento.

O projeto regional HISWACA visa melhorar o desempenho estatístico dos países, promover práticas de dados harmonizadas entre países, melhorar o acesso e a utilização de dados e modernizar os sistemas estatísticos nacionais na África Ocidental e Central. A iniciativa inclui oito países - Benim, Guiné, Guiné-Bissau, Mali, Mauritânia, Níger, Senegal e Gâmbia - e três organizações regionais: a União Africana (UA), a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e a União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA), com um montante total de financiamento de 464 milhões de dólares.

Contactos:

Em Bissau: Joana Rodrigues, +245 96 640 17 28, jdossantosrodrig@worldbankgroup.org

Para saber mais sobre o trabalho do Banco Mundial na Guiné-Bissau: https://www.worldbank.org/en/country/guineabissau

Para mais informações visite: https://www.worldbank.org/en/region/afr/western-and-central-africa

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Comunicado de imprensa

2025/064/AFW

Acidente de Viação: Mulher Morre Atropelada por Taxista na Avenida João Bernardo Vieira

Por: Marcelino Adriano Foia  CAP.GB  17/04/2025 

Uma mulher perdeu a vida na manhã desta quinta-feira, após ser atropelada por um táxi na Avenida João Bernardo Vieira, nas proximidades do posto Petromar, em Bissau.

Segundo testemunhas, a vítima encontrava-se a exercer a sua atividade comercial à beira da estrada no momento do acidente. O condutor do veículo saiu ileso e permaneceu no local.

Até o momento, a identidade da vítima e o paradeiro da sua família não foram confirmados pelas autoridades.

O antigo presidente da Rússia Dmitry Medvedev aponta que a reunião desta quinta-feira, em Paris, França, servirá para discutir "quantos caixões" serão precisos, caso a Coligação dos Interessados avance com a colocação de tropas na Ucrânia.

Por LUSA 

Medvedev: Tropas europeias vão "voltar em caixões" se lutarem na Ucrânia

O antigo presidente da Rússia Dmitry Medvedev aponta que a reunião desta quinta-feira, em Paris, França, servirá para discutir "quantos caixões" serão precisos, caso a Coligação dos Interessados avance com a colocação de tropas na Ucrânia.

O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, ameaçou, esta quinta-feira, as tropas estrangeiras que foram combater na Ucrânia, no âmbito da Coligação dos Interessados, uma iniciativa realizada pelos países Europeus.

As declarações surgem no mesmo dia em que Andrey Yermak,  chefe do gabinete de Vladimir Zelensky chegou a Paris juntamente com os ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa, Andrey Sibiga e Rustem Umerov, para discutir a situação de apoio a Kyiv, com representantes do Reino Unido, Alemanha e França.

"Aparentemente, os líderes da panelinha fascista ucraniana foram a Paris para conversações com o Reino Unido, a Alemanha e a França sobre o número de caixões europeus que estarão dispostos a aceitar após o destacamento das tropas da Coligação dos Interessados na Ucrânia", disse o político, citado pela agência russa Tass.

Para além dos europeus que se deslocam à capital francesa, também o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, e o enviado especial dos Estados Unidos para o Médio Oriente, Steve Witkoff, são esperados para discutir a Ucrânia.

O reforço por parte de dezenas de países, que conta nas reuniões com membros do bloco comunitário europeu, foi discutido há algumas semanas. Entre algumas das hipóteses para prestar apoio à Ucrânia, a colocação de tropas europeias na Ucrânia foi posta em cima da mesa.

Ainda não é conhecido quantos - ou quais - os países que estão a pensar em avançar para a Ucrânia, mas o mês passado o Ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, disse que a presença de tropas da NATO na Ucrânia seria considerado como uma ameaça para a Rússia.

Conferência de imprensa do coletivo dos Advogados da Liga Guineense Dos Direitos Humanos, Sobre a notificação do Ministério Público pelo seu Constituinte (Bubacar Turé), presidente da LGDH.

Presidente da República, Umaro Sissoco, fala à imprensa, à saída na reunião do Conselho de Ministros desta quinta-feira (17-04-2025)


Veja Também:

Conferência de Imprensa do Tribunal de Contas da Guiné-Bissau

A Rússia acusou hoje a Europa de querer que a guerra continue, numa altura em que representantes norte-americanos, ucranianos e europeus são esperados em Paris para reuniões sobre o conflito na Ucrânia.

Por LUSA 

Rússia acusa europeus de quererem prolongar a guerra na Ucrânia

A Rússia acusou hoje a Europa de querer que a guerra continue, numa altura em que representantes norte-americanos, ucranianos e europeus são esperados em Paris para reuniões sobre o conflito na Ucrânia.

"Infelizmente, o que vemos da parte dos europeus é um enfoque na continuação da guerra", disse o porta-voz do Kremlin (presidência), Dmitri Peskov, citado pela agência de notícia France-Presse (AFP).

Peskov disse também que os Estados Unidos "continuam a trabalhar na direção" da resolução do conflito "com os europeus e os ucranianos", segundo a agência de notícias russa TASS.

"Além disso, como é óbvio, esperamos que os europeus e os ucranianos demonstrem estar empenhados em encontrar uma solução pacífica", afirmou, antes de acusar a Europa de querer prolongar a guerra.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, recebe hoje em Paris o chefe da diplomacia norte-americana, Marco Rubio, e o enviado especial dos Estados Unidos Steve Witkoff para conversações sobre o conflito na Ucrânia.

O Departamento de Estado disse na quarta-feira que Rubio e Witkoff vão manter conversações com os parceiros europeus para "avançar na meta do Presidente [Donald] Trump de pôr fim à guerra entre a Ucrânia e a Rússia e travar o derramamento de sangue".

Peskov recordou que o Presidente russo, Vladimir Putin, se reuniu na passada sexta-feira em São Petersburgo com Steve Witkoff.

"Segundo sei, haverá discussões [em Paris] sobre os vários aspetos da questão ucraniana. O nosso Presidente teve recentemente uma longa conversa com Witkoff", disse, citado pela agência de notícias espanhola EFE.

Peskov referiu que o conteúdo da conversa de Putin com Witkoff "foi comunicado ao Presidente Trump".

Witkoff disse, após a reunião com Trump, que uma das questões-chave é o futuro das regiões ucranianas anexadas pela Rússia em 2022, Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia, e da Crimeia, anexada em 2014.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, respondeu que a integridade territorial da Ucrânia era uma "linha vermelha" para Kiev.

Em Paris, também estão o chefe da administração presidencial ucraniana, Andrii Yermak, e os ministros ucranianos dos Negócios Estrangeiros, Andriy Sybiga, e da Defesa, Rustem Umerov.

Segundo Yermak, está planeado um programa de reuniões bilaterais e multilaterais com representantes da França, da Alemanha, do Reino Unido e dos Estados Unidos.


Leia Também: O Presidente ucraniano pediu hoje "mais pressão" sobre os "assassinos russos" para pôr fim à invasão do seu país, enquanto uma delegação ucraniana de alto nível chegou a Paris para se reunir com autoridades europeias e norte-americanas.

O exército libanês deteve um grupo de pessoas ligadas ao disparo de foguetes contra Israel no mês passado, divulgaram os militares.

Por LUSA 

Líbano detém vários suspeitos de disparo de foguetes contra Israel

O exército libanês deteve um grupo de pessoas ligadas ao disparo de foguetes contra Israel no mês passado, divulgaram os militares.

Em comunicado divulgado na noite de quarta-feira, o exército disse ter detido várias pessoas, incluindo alguns palestinianos, que estiveram envolvidos no disparo de foguetes em dois ataques separados contra Israel no final de março, que desencadearam intensos ataques aéreos israelitas em partes do Líbano.

O grupo libanês Hezbollah negou na altura que estivesse por detrás dos disparos dos foguetes.

No comunicado, o exército informou que um veículo e outros equipamentos utilizados nos ataques foram confiscados e que os detidos foram encaminhados para as autoridades judiciais. 

O exército libanês disse ter efetuado rusgas em diferentes partes do Líbano para deter os suspeitos, sem dar mais pormenores.

Hoje, a agência noticiosa estatal National News Agency noticiou que o general Rodolph Haikal deu conta dos últimos desenvolvimentos da situação na reunião semanal do gabinete sobre a segurança ao longo da fronteira e a implementação em curso da resolução do Conselho de Segurança da ONU, que pôs fim à guerra de 14 meses entre Israel e o Hezbollah.

Três oficiais de segurança e um oficial de justiça disseram hoje à agência noticiosa Associated Press (AP) que quatro palestinianos ligados ao grupo Hamas estão a ser interrogados.

Um funcionário do Hamas avançou à AP que vários membros do grupo foram recentemente detidos no Líbano, mas libertados pouco depois, acrescentando que não estavam envolvidos no lançamento de foguetes contra Israel. 

Num dos casos, sublinhou, as autoridades detiveram um membro do Hamas que era portador de uma pistola sem a devida licença.

Todos os funcionários falaram sob condição de anonimato.

O Hezbollah começou a lançar ataques contra Israel um dia depois do início da guerra entre Israel e o Hamas, a 07 de outubro de 2023, com o ataque dos militantes palestinianos ao sul de Israel. 

A guerra que causou a morte de mais de 4.000 pessoas no Líbano e provocou grande destruição terminou no final de novembro com um cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos.

Desde que o cessar-fogo entrou em vigor no final de novembro, Israel tem efetuado ataques aéreos quase diários que causaram a morte de dezenas de civis e de membros do Hezbollah.

Na terça-feira, o gabinete do Alto-Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos afirmou que pelo menos 71 civis, incluindo 14 mulheres e nove crianças, foram mortos por ataques israelitas no Líbano desde que o cessar-fogo entrou em vigor.


Leia Também: Israelitas dizem ter atacado infraestruturas do Hezbollah no Líbano

Guiné-Bissau: Bubacar Turé não vai ser ouvido esta quinta-feira no Ministério Público

Por CFM

A audição do presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), Bubacar Turé, pelo Ministério Público, não vai ter lugar esta quinta-feira (17.04) como pretendia aquela instância judicial guineense, soube a Rádio Capital FM.  

Na quarta-feira, o Ministério Público notificou Bubacar Turé para que comparecesse às 10horas desta quinta-feira perante um magistrado, para ser ouvido no âmbito da denúncia que fez há uma semana, sobre alegadas mortes no Centro de Hemodiálise do Hospital Nacional Simão Mendes (HNSM).  

No entanto, uma fonte da Liga Guineense dos Direitos Humanos disse à CFM que esta audição não terá lugar, devido a um requerimento que a organização deu entrada no Ministério Público, em que pediu o adiamento "sine die" da audiência, por questões de segurança e do tempo, entre a entrega da notificação e a audição.  

"Por causa de tudo que aconteceu nos últimos dias, a invasão da casa do presidente [da LGDH], obrigando-o a procurar um lugar mais seguro, e todas as movimentações à volta da sua pessoa, achamos que não há condições para Bubacar Turé comparecer no Ministério Público no dia e hora indicados", disse a fonte que acrescentou.  

"É preciso preparar bem a sua ida ao Ministério Público, garantindo a sua segurança, mas também para permitir que haja um tempo suficiente para preparar essa deslocação àquela instância", disse.  

O presidente da LGDH denunciou no passado 10 de abril, na abertura de um seminário de jornalistas, que "praticamente" todos os doentes submetidos ao tratamento de hemodiálise teriam morrido. A denúncia provocou uma reação contra, da direção do Hospital Nacional Simão Mendes, que ameaçou mover uma queixa-crime contra Bubacar Turé.   

Encontrados "indícios mais fortes até agora" de vida em outro planeta

Por LUSA 

A equipa da Universidade de Cambridge partilhou um estudo com base em observações feitas pelo telescópio James Webb.

Um estudo publicado na revista científica Astrophysical Journal Letters aponta para sinais promissores para a existência de vida no K2-18b, um exoplaneta localizado na constelação de Leão e que se encontra a cerca de 120 anos-luz de distância da Terra.

O estudo foi levado a cabo por uma equipa de investigação da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, com base em observações recolhidas pelo Telescópio Espacial James Webb. De acordo com a BBC, o K2-18b tem mais do dobro do tamanho da Terra e foram detectados sinais para a presença de moléculas que, no nosso planeta, apenas são produzidas por organismos.

“Estes são os indícios mais fortes até agora de um planeta potencialmente habitado para além do nosso Sistema Solar”, afirmou Nikku Madhusudhan,um astrofísico da Universidade de Cambridge.

Apesar disso, ainda há a necessidade de fazer mais observações e recolher mais dados, pelo que é prematuro considerar estes sinais como uma prova definitiva. “É um grande 'se’ que os dados estejam mesmo a apontar para vida. E não interessa a ninguém afirmar prematuramente que a detetamos”, notou Madhusudhan.


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"Este tipo está a destruir a economia dos EUA": Califórnia processa Trump para travar tarifas... O governador Gavin Newsom alega abuso de poder presidencial e danos financeiros ao estado e à nação. A ação contesta a legalidade da decisão sem aprovação do Congresso.

Por SIC Notícias  17/04/2025

A Califórnia interpôs na quarta-feira uma ação judicial para tentar bloquear as tarifas da administração de Donald Trump sobre os parceiros comerciais estrangeiros, acusando o Presidente norte-americano de abusar dos seus poderes e de infligir danos financeiros ao Estado e à nação.

O governador do Estado norte-americano, Gavin Newsom, contesta a legalidade da decisão sem o aval do Congresso e acusa o presidente dos Estados Unidos de abuso de poder.

A Constituição dos Estados Unidos atribui a autoridade para impor tarifas ao Congresso, e a lei que Trump cita como autoridade para as suas novas tarifas, a Lei de Poderes Económicos de Emergência Internacional, não permite que o presidente “tribute todos os bens que entram nos Estados Unidos por capricho”, disse o Estado na sua ação judicial.

As tarifas podem prejudicar os 12 portos da Califórnia, que recebem 40% das mercadorias importadas para os EUA e proporcionam uma receita fiscal estável para o estado. E as tarifas retaliatórias da China e de outras nações podem prejudicar as exportações agrícolas da Califórnia.

Esta não é a primeira ação judicial para tentar travar as tarifas

Em reação à ação judicial, o porta-voz da Casa Branca, Kush Desai, disse na quarta-feira que o governador da Califórnia deveria concentrar-se em resolver o problema da criminalidade, dos sem-abrigo e dos preços elevados no seu estado, em vez de tentar bloquear as tarifas de Trump.

Na ação judicial de quarta-feira, intentada no tribunal federal de São Francisco, Newsom e o procurador-geral da Califórnia, Rob Bonta, ambos democratas, pediram a um juiz que impedisse o Departamento de Segurança Interna e a Alfândega e Proteção das Fronteiras de aplicar as tarifas.

A administração Trump já enfrenta três ações judiciais semelhantes - uma no Tribunal de Comércio Internacional de Nova Iorque, movida pelo grupo de defesa dos negócios Liberty Justice Center, que procura bloquear todas as tarifas, uma no tribunal federal da Florida, movida por um pequeno empresário que procura bloquear as tarifas sobre a China, e uma terceira movida no Montana por membros da Nação Blackfeet - uma tribo nativa americana que abrange o Montana e a província canadiana de Alberta - que contesta as tarifas de Trump sobre o Canadá.


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O “desacoplamento” entre EUA e China seria um divórcio complicado

Xi Jinping e Donald Trump  Por CNN, 17/04/2025

Mesmo que os sinais fossem evidentes há anos, terminar uma relação nunca é fácil. A China e os Estados Unidos raramente estão em sintonia, mas durante décadas concordaram, de forma geral, que era preferível serem parceiros comerciais do que adversários no comércio.

Esta aliança está agora por um fio. E os danos colaterais no mundo real já estão a acumular-se.

Os presidentes das duas maiores economias do mundo não parecem prontos para negociações sérias. A China indicou na quarta-feira que só estaria disposta a negociar se as conversações se basearem no “respeito” e numa maior “consistência e reciprocidade” por parte da administração de Donald Trump, disse uma fonte familiarizada com o assunto aos meus colegas da CNN. (Pessoalmente, não estou a suster a respiração).

Sem um recuo significativo, espera-se que o comércio entre os EUA e a China caia mais de 80% - uma magnitude “equivalente a um desacoplamento”, afirmou Ngozi Okonjo-Iweala, diretora-geral da Organização Mundial do Comércio, que também divulgou esta quarta-feira um relatório sombrio sobre o comércio global. (Em suma: antes das tarifas impostas por Trump, previa-se que o comércio global crescesse 2,7% este ano. Agora, espera-se que recue 0,2%.)

Eis como a guerra comercial de Trump já está a afetar a economia:

  • As vendas a retalho nos EUA subiram 1,4% em março - impulsionadas sobretudo pela venda de automóveis e peças - à medida que os consumidores tentam antecipar aumentos de preços;
  • A Boeing, maior exportadora dos EUA e um importante empregador, terá sido impedida de fazer entregas a companhias aéreas chinesas;
  • Pequim impôs recentemente restrições à exportação de sete tipos de minerais de terras raras - componentes vitais para tudo, desde iPhones a veículos elétricos, sobre os quais a China detém quase um monopólio;
  • A Nvidia, líder norte-americana na produção de chips, anunciou um prejuízo de 5,5 mil milhões de dólares depois de Washington ter ordenado à empresa que suspendesse as vendas à China;
  • As empresas chinesas de moda rápida, como a Shein, e o marketplace Temu deverão aumentar os preços na próxima semana, segundo a Reuters;
  • As ações nos EUA caíram esta quarta-feira - penalizadas pelo bloqueio da Nvidia à China, pelo sombrio relatório da OMC e por declarações do presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, que alertou para um “cenário desafiante”, no qual as tarifas levam a uma combinação de menor crescimento económico, aumento do desemprego e aceleração da inflação - tudo ao mesmo tempo.

“Não existe uma experiência moderna para lidar com isto,” disse Powell num evento promovido pelo Economic Club de Chicago, esta quarta-feira. Seria de esperar que o presidente que escreveu The Art of the Deal (A arte do negócio, em tradução livre) estivesse ansioso por chegar a um acordo com a China. Mas, se Trump ensinou algo ao mundo, foi a esperar o inesperado.

“Pode haver outro plano em jogo”, afirmou Ed Yardeni, investidor veterano e presidente da Yardeni Research, num podcast com o investidor Louis Navellier, divulgado esta semana. “É possível que ele [Donald Trump] não tenha qualquer interesse num acordo com a China. É possível que os EUA tenham chegado à conclusão de que a China representa uma ameaça geopolítica... e que o que estamos a tentar fazer é arruinar a sua economia”.

E novas informações da Bloomberg parecem dar força a essa teoria. De acordo com o meio de comunicação, que cita fontes anónimas, a administração de Trump está a “preparar-se para pressionar outras nações a restringirem o comércio com a China”. Uma das opções em cima da mesa, segundo a Bloomberg, seria essencialmente uma sanção monetária, na qual os EUA pediriam a outros países que impusessem tarifas a nações com fortes laços comerciais com a China.

Se o objetivo for ou não chegar a um acordo comercial, “não é um espetáculo bonito de se ver”, reconhece Yardeni. “Ele [Trump] está a tentar usar o poder económico dos EUA para intimidar outros países... Mas vai ser muito difícil intimidar a China”.

Como muitos observadores já notaram, a China poderá estar em melhor posição para resistir a uma guerra comercial de retaliação, em parte porque mantém um controlo autoritário sobre praticamente todos os aspetos da sua economia. Mas talvez mais importante ainda, Pequim aprendeu com o primeiro confronto com Trump em 2017. O país já está a ir além das medidas “olho por olho” que caracterizaram a disputa anterior.

A suspensão das entregas da Boeing e as restrições à exportação de terras raras mostram que a China “aprendeu a transformar as suas importações numa arma de forma inovadora”, adianta Mary E. Lovely, investigadora sénior no Peterson Institute for International Economics, durante uma entrevista.

“A China ainda quer parecer um parceiro comercial respeitável” para países como a Austrália, a União Europeia e o Sudeste Asiático - regiões que o Presidente Xi Jinping visitou esta semana, continua Lovely. “Querem dizer: ‘A porta está aberta. Somos razoáveis, estamos apenas a reagir à agressão dos EUA.’ E estão agora a fazê-lo com um leque de ferramentas muito mais vasto”.

O Ministro dos Negócios, Cooperação Internacional e das Comunidades, Carlos Pinto Pereira, presidiu hoje dia 16 de abril de 2025 a cerimónia de Abertura do IV Encontro dos Cônsules Honorário da Guiné-Bissau.

Por Ministério dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e das Comunidades

Sob o lema "Diplomacia Económica e Cooperação: O Papel Estratégico dos Cônsules Honorários no Desenvolvimento da Guiné-Bissau", o encontro de dois dias tem como objetivo, contribuir para uma maior coesão e eficiência no trabalho dos Cônsules Honorários, maximizando o seu impacto na promoção do desenvolvimento sustentável da Guiné-Bissau, reforçar o papel dos Cônsules Honorários na promoção da Guiné-Bissau no exterior.

Ainda, pretende-se facilitar o intercâmbio de informações e boas práticas entre os Cônsules Honorários e o Ministério dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e das Comunidades, mobilizar apoios para a implementação de projetos estratégicos de desenvolvimento.

O Chefe da Diplomacia na sessão de abertura agradeceu a presença dos Cônsules presentes  neste encontro e realçou a importância dos mesmo na promoção e no apoio ao país.

A França quer que a cooperação bilateral no domínio comercial com a Guiné-Bissau seja dinâmica e mais frutífera. A saída de uma audiência com o Ministro do Comércio e Indústria, o novo Embaixador da França na Guiné-Bissau, Arnoud ROUX afirmou que a modesta relação comercial entre Bissau e Paris precisa de ser elevada para novo patamar.

A audiência se realizou no quadro dos preparativos para a próxima Conferência Ministerial da Organização Mundial do Comércio- OMC.