sábado, 3 de maio de 2025

Sindicato base do Hospital Nacional Simão Mendes, anuncia Greve Geral de cinco dias a partir da Segunda-Feira, (5 a 9) deste mês. A informação foi tornada pública pelo seu Porta-voz, Iburaimi Sambu durante uma conferência de imprensa.

Barriga cresce com a idade e a ciência descobriu o motivo

Por  msn.com/pt-pt

Se alguma vez se questionou porque é que a barriga parece crescer com o passar dos anos — mesmo que o peso na balança se mantenha estável — a resposta pode estar nas células estaminais do seu próprio corpo. Assim vamos explicar-lhe o motivo pelo qual a barriga cresce com a idade. Isto de acordo com a ciência.

Novas investigações em ratos e tecidos humanos revelam que o envelhecimento ativa células estaminais adultas específicas, programadas para produzir mais células de gordura, especialmente na zona abdominal. Estas células, conhecidas como pré-adipócitos comprometidos (CP-As), foram encontradas no tecido adiposo branco — o tipo de gordura que tende a aumentar com a idade e que está fortemente associado a riscos metabólicos.

Ao contrário do que se poderia pensar, este processo pode ocorrer mesmo sem alterações nos hábitos alimentares ou no nível de exercício físico. A explicação parece estar nos próprios mecanismos internos do corpo. Nos indivíduos mais jovens, as células estaminais só geram gordura quando estimuladas por certos fatores, como o stress. No entanto, com o envelhecimento, algumas destas células tornam-se naturalmente mais ativas, produzindo gordura de forma contínua.

Uma transformação biológica

Os investigadores demonstraram que, ao transplantar células estaminais de ratos jovens para ratos mais velhos, estas não geravam novas células de gordura. Isso sugere que não é o ambiente externo a ditar o aumento da gordura abdominal, mas sim uma transformação biológica ligada ao envelhecimento.

Além disso, descobriu-se que o processo pode estar relacionado com a acumulação de células imunitárias no tecido adiposo e com alterações em vias de sinalização específicas, como a do recetor LIFR (Leukemia Inhibitory Factor Receptor), que incentiva estas células a multiplicarem-se.

Embora o estudo em humanos tenha incluído apenas cinco participantes (quatro homens e uma mulher), os resultados preliminares parecem alinhar-se com os obtidos em ratos. Ainda assim, os investigadores sublinham a importância de análises mais abrangentes e diversificadas para confirmar esta ligação.

Até lá, o melhor conselho continua a ser manter um estilo de vida ativo. A prática regular de exercício físico pode ajudar a contrariar os efeitos metabólicos do envelhecimento e a limitar o aumento da gordura abdominal.

Compreender o papel destas células na regulação do metabolismo poderá abrir portas a novas estratégias médicas para combater o excesso de gordura, melhorar a saúde metabólica e, quem sabe, aumentar a longevidade.

Trump sacrifica programas cientificos da NASA para enviar pessoas à Lua e Marte

© Win McNamee/Getty Images   Lusa  03/05/2025 

Enviar astronautas para a Lua e Marte implica sacrificar importantes programas científicos, como decorre do orçamento que a Casa Branca apresentou para a agência espacial (NASA), que pretende reduzir.

Como numerosos ministérios e agências federais, a NASA deve ter vários dos seus projetos emblemáticos cortados e o orçamento muito reduzido se a intenção de Donald Trump passar no Congresso.

O abandono progressivo do foguete SLS e da cápsula Orion, desenvolvidos para o programa lunar Artémis, estão entre as principais consequências.

Estes aparelhos, muito exigentes financeiramente e cujo desenvolvimento sofreu atrasos, devem ser abandonados depois da missão Artémis 3 - que deve enviar astronautas para a Lua pela primeira vez desde 1972 -- e substituídos pelos foguetes e sistemas de alunagem de empresas privadas, como a SpaceX de Elon Musk, o grande aliado de Trump.

A futura estação espacial lunar Gateway, desenvolvida pela NASA e outras agências espaciais internacionais para ser colocada em órbita em torno da Lua, deve ser pura e simplesmente abandonada.

O mesmo destino (abandono) é o do muito esperado transporte para a Terra de amostras de rochas apanhadas em Marte, que poderiam dar pistas sobre vidas antigas.

Estes abandonos foram apresentados pela Casa Branca como necessários para a NASA conseguir enviar antes da China astronautas à Lua e a Marte.

No total, o corte orçamental pretendido é de 24%, o que implica cortes relevantes nos estudos das ciências do espaço e da Terra, desde logo programas de vigilância por satélite usados para acompanhar a rutura climática.

Segundo a Planetary Society, uma organização que promove a exploração espacial, a intenção de Trump "é a mais importante redução anual do orçamento da NASA desde sempre". Estes cortes, antecipou em comunicado, "não vão tornar a agência mais eficaz, mas vão provocar o caos (...) e minar a liderança dos EUA no espaço",

O regresso de Trump à Casa Branca, acompanhado desta vez por Musk, com interesses empresariais na indústria espacial, faz recear alterações importantes no programa espacial dos EUA, bem como a ocorrência de conflitos de interesse, uma vez que o apontado como futuro diretor da NASA é próximo do empresário.


Leia Também: O bilionário norte-americano Elon Musk, membro da Administração de Donald Trump, defendeu hoje que uma eventual proibição do partido "centrista" Alternativa para a Alemanha (AfD), designado "extremista de direita" pelos serviços secretos alemães, seria "um ataque extremo à democracia".

Leia Também: AfD classificado extremista? EUA acusam Alemanha de "tirania disfarçada"

Mais de 40% dos taiwaneses acreditam que o compromisso dos Estados Unidos com a defesa de Taiwan irá diminuir durante o segundo mandato de Donald Trump, de acordo com uma sondagem.

© Lusa  03/05/2025 

Os resultados, publicados pela Academia Sinica, o principal centro de investigação da ilha, mostram que 21,1% e 23,3% dos inquiridos acreditam que Washington irá fornecer "muito menos" e "um pouco menos" apoio, respetivamente, para a defesa de Taiwan, em comparação com os últimos anos do mandato do democrata Joe Biden (2021-2025).

Em contraste, 5,7% acreditam que os EUA mostrarão "um pouco mais" de envolvimento, e 4,6% acreditam que será "muito mais", enquanto o maior grupo (38,5%) acredita que o nível de proteção permanecerá o mesmo.

Quando questionados se estavam preocupados que os Estados Unidos e a China pudessem chegar a acordos que prejudicassem os interesses nacionais de Taiwan, 59% dos inquiridos responderam afirmativamente.

Sobre a possibilidade de Washington enviar tropas para a ilha para repelir uma invasão chinesa, 18,7% disseram que "definitivamente não" o faria, e outros 23,7% disseram que "provavelmente não o faria".

Os resultados do estudo, realizado em meados de março e envolvendo mais de 1.200 inquiridos, foram divulgados na sexta-feira por Wu Wen-chin, investigador do Instituto de Ciência Política da Academia Sinica, durante um seminário em Taipé.

De acordo com o especialista, citado pela agência de notícias estatal CNA, os resultados da sondagem refletem a forma como a abordagem de Trump à política externa "aumentou a ansiedade" entre os taiwaneses sobre as relações Taiwan-EUA.

A sondagem foi realizada depois de, no final de fevereiro, Trump ter evitado comprometer-se a impedir uma invasão chinesa de Taiwan e reconhecido que tinha uma "ótima relação" com o homólogo chinês, Xi Jinping.

Durante mais de sete décadas, os EUA estiveram envolvidos em disputas entre os dois lados, uma vez que Washington é o principal fornecedor de armas para Taipé e, embora não tenha laços diplomáticos com a ilha, poderá defendê-la em caso de conflito com Pequim.

Esta postura tem provocado constantes atritos entre os EUA e a China, cujo governo definiu a "questão taiwanesa" como a "linha vermelha" nas relações entre as duas potências.

Taiwan é governada autonomamente desde 1949, sob o nome de República da China, e possui Forças Armadas e um sistema político, económico e social diferente do da República Popular da China, destacando-se como uma das democracias mais avançadas da Ásia.

No entanto, Pequim considera a ilha uma "parte inalienável" de território chinês e, nos últimos anos, intensificou a campanha de pressão contra Taiwan, a fim de conseguir a "reunificação nacional", que é fundamental para o objetivo a longo prazo de Xi Jinping de "rejuvenescer" a nação chinesa.


O Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, apelou ao respeito pela atividade jornalística em todo o mundo, no âmbito das celebrações do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, que hoje se assinala.

© Lusa  03/05/2025

Presidente de Timor-Leste apela ao respeito pela atividade jornalística

O Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, apelou ao respeito pela atividade jornalística em todo o mundo, no âmbito das celebrações do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, que hoje se assinala.

"Hoje, 03 de maio, é o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa. Um dia para homenagearmos os jornalistas, especialmente aqueles que perderam a vida ou foram arbitrariamente presos", afirmou Ramos-Horta, numa mensagem em tétum, divulgada à imprensa.

Na mensagem, o também prémio Nobel da Paz apela a todos os que acreditam na liberdade de imprensa e na democracia que façam mais pressão sobre os países que não respeitam a atividade jornalística.

"Devemos homenagear os jornalistas que perderam a vida e os que estão presos, e apelar à comunidade internacional para que se imponha o respeito pela atividade jornalística, especialmente em tempos de conflito", salientou o chefe de Estado, manifestando solidariedade com os jornalistas de todo o mundo.

O Presidente timorense destacou também que Timor-Leste vive em paz, em democracia e com "máxima liberdade de imprensa".

Os jornalistas timorenses celebraram o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa com uma marcha, que contou com a participação do vice-primeiro-ministro e ministro coordenador dos assuntos económicos, ambiente e turismo, Francisco Kalbuadi Lay.

"Desde o início da nossa luta até aos dias de hoje, os jornalistas contribuíram muito, sobretudo com informação. Hoje celebramos este dia para homenagear o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa e também o vosso contributo", afirmou Francisco Kalbuadi Lay, no início da marcha.


Leia Também: Rádio e televisão públicas dos EUA contestam corte de fundos

sexta-feira, 2 de maio de 2025

Um tribunal sul-africano condenou hoje, por rapto e tráfico de seres humanos, a mãe de uma menina de 6 anos, Joshlin Smith, que desapareceu a 19 de fevereiro de 2024 no oeste do país.

Por LUSA 

Mãe condenada por tribunal na África do Sul após vender filha de 6 anos

Um tribunal sul-africano condenou hoje, por rapto e tráfico de seres humanos, a mãe de uma menina de 6 anos, Joshlin Smith, que desapareceu a 19 de fevereiro de 2024 no oeste do país.

O juiz Nathan Erasmus, do Tribunal Superior do Cabo Ocidental, afirmou que Joshlin foi tratada como uma "mercadoria" e que existem provas suficientes para condenar a mãe da criança, o namorado desta, Jacquin Appollis, e o amigo Steveno van Rhyn.

Nenhum dos arguidos apresentou testemunhas de defesa, e todos se declararam inocentes.

As primeiras investigações mobilizaram a comunidade local e despertaram comoção nacional, sendo a mãe inicialmente retratada como vítima.

No entanto, várias testemunhas revelaram que Smith tinha confessado ter vendido a filha por 20 mil rands (cerca de 960 euros).

Uma das 35 testemunhas afirmou durante o julgamento que a criança foi vendida a um 'sangoma', um curandeiro tradicional sul-africano, supostamente interessado nas características físicas da criança.

Racquel Smith, Jacquin Appollis e Steveno van Rhyn enfrentam uma pena de prisão perpétua e o juiz disse que as audiências de condenação terão início na próxima semana.

O julgamento teve lugar num centro desportivo na cidade, para que os membros da comunidade pudessem assistir.

Joshlin Smith desapareceu na cidade costeira de Saldanha Bay, a cerca de 135 quilómetros da Cidade do Cabo há um ano e meio, e ainda não foi encontrada.


Leia Também: Juíza da ONU condenada a seis anos de prisão por escravatura moderna

O Presidente da República, chega ao Gabão para assistir à cerimónia de investidura do Presidente eleito, General Brice Nguema.

Balanço de 1 de Maio: Um óbito registado dentre oitenta casos recebidos

Por CAP GB

O maior centro hospitalar do país, registou oitenta casos no serviço do banco de Socorro, entre os quais, um óbito. A Informação foi avançada hoje, [02-05-2025] à imprensa pelo Diretor do serviço de urgência do Hospital, Bubacar Sissé durante uma conferência de imprensa.

"Os casos que deram entrada no serviço de urgência foram oitenta, nos quais, um óbito vítima de atropelamento na estrada que liga Lala Quema à Antula. Restos foram libertados por registarem menos gravidade.", Afirma.

Em relação ao ano anterior, o Deritor do serviço de urgência do Hospital Nacional Simão Mendes, Bubacar Sissé considerou de negativa os festejos do primeiro do maio celebrado como dia internacional do trabalho.

"Quando registar óbito sempre consideramos de negativa. Mais uma vez, devemos levar em conta as recomendações das autoridades competentes."Apela.

Serviço de urgência do Hospital Nacional Simão Mendes regista 80 casos, nos quais, 1 óbito, 13 de acidentes e 6 agressões físicas ligeiras. De lembrar que, no ano passado foram 29 casos que deram entradas, onde houve 2 óbitos e 6 agressões Físicas.

quinta-feira, 1 de maio de 2025

BOMBEIROS OFERECE AGUA MORADORES DE BAIRRO MILITAR

 RSM.  02/05/2025

O Serviço de Proteção Civil e Bombeiros oferece água aos moradores do Bairro Militar que se encontram sem água potável há mais de uma semana.  

Este gesto vem depois dos moradores se virem privado deste importante líquido na vida humana, pelo que quatro viaturas dos soldados de paz levarem a água aos moradores o qual disserem ser insuficiente para a cobertura de todo o bairro. 

 Em entrevista, realizada hoje, os moradores desse bairro lamentam a falta de água potável que  os leva a buscarem água nos poços a partir das primeiras horas da madrugada, água que nem todos bebem.  

Os moradores pediram ao governo e a Empresa de Eletricidades e Águas da Guine-Bissau que construam fontenário uma vez que o existente está estragado.  Moradores do Bairro Militar encontra-se sem água potável há quase duas semanas, fato que levou os Bombeiros a fornecerem esta sexta-feira  quatro viaturas de água potável.   

A RSM tentou sem sucesso contatar um responsavel da empresa de Eletricidade e Aguas da Guiné-Bissau para saber o que realmente estava a acontecer e quando a situação será resolvida.   

Declaração do líder do PAIGC e da coligação PAI–Terra Ranka, Domingos Simões Pereira, na sua transmissão em direto.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, saudou hoje o que considera um acordo "verdadeiramente justo" com os Estados Unidos sobre a exploração dos recursos minerais da Ucrânia, depois de meses de negociações

Por LUSA 

Zelensky saúda acordo "verdadeiramente justo" com os Estados Unidos

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, saudou hoje o que considera um acordo "verdadeiramente justo" com os Estados Unidos sobre a exploração dos recursos minerais da Ucrânia, depois de meses de negociações.

"O acordo mudou significativamente durante o processo de preparação. Agora é um acordo verdadeiramente justo que cria oportunidades para investimentos significativos na Ucrânia", afirmou Zelensky.

Nas mesmas declarações, Zelensky sublinhou que o documento não prevê a dívida inicial da Ucrânia aos Estados Unidos, como o Presidente norte-americano Donald Trump pretendia inicialmente, e visa criar um fundo "para investir na Ucrânia e ganhar dinheiro aqui".

O acordo firmado diz respeito à extração de minerais, petróleo e gás na Ucrânia, aos quais as empresas norte-americanas terão acesso.

O documento assinado entre Washington e Kyiv prevê também a criação de um "fundo de investimento para a reconstrução" da Ucrânia, mas não inclui garantias explícitas de uma futura assistência militar dos Estados Unidos.

Segundo a agência noticiosa norte-americana AP, os Estados Unidos pretendem aceder a mais de 20 matérias-primas da Ucrânia consideradas estrategicamente críticas para os seus interesses, incluindo o titânio, utilizado no fabrico de asas de aeronaves e outras indústrias aeroespaciais, e o urânio, que é utilizado na energia nuclear, equipamento médico e armas.

Uma versão anterior do texto devia ter sido assinada durante a visita de Zelensky à Casa Branca, no final de fevereiro, mas uma altercação sem precedentes com Trump em direto na Sala Oval precipitou a partida do líder ucraniano de Washington sem assinar o acordo.

Em paralelo decorrem negociações diplomáticas para encontrar uma solução para o conflito na Ucrânia, desencadeado pela Rússia há mais de três anos.

Washington forneceu à Ucrânia ajuda militar no valor de dezenas de milhares de milhões de dólares, durante a presidência do democrata Joe Biden (2021-2025), depois de a Rússia ter invadido o país em fevereiro de 2022.

1.º Maio: Centenas de trabalhadores de várias agências das Nações Unidas manifestaram-se hoje em frente à sede europeia da ONU para protestar contra os cortes de pessoal que muitas das organizações internacionais estão a sofrer.

© Michael M. Santiago/Getty Images  Lusa  01/05/2025 

 1.º Maio. Trabalhadores da ONU manifestam-se contra cortes de pessoal

Centenas de trabalhadores de várias agências das Nações Unidas manifestaram-se hoje em frente à sede europeia da ONU para protestar contra os cortes de pessoal que muitas das organizações internacionais estão a sofrer.

Sob o lema "O pessoal da ONU não é mercadoria" e "Defendemos a humanidade", a manifestação contou com a participação da Public Services International (PSI), da Federação das Associações Internacionais de Funcionários Públicos (Ficsa) e do Comité Coordenador dos Sindicatos e Associações da ONU (Ccisua).

"Estamos numa situação muito difícil e infeliz, em que não são apenas os governos do mundo que estão a ser atacados, mas também a ONU e as suas agências", afirmou o secretário-geral da PSI, Daniel Bertossa, na manifestação de protesto.

Segundo a agência EFE, a situação está a ser agravada pela retirada de grande parte da ajuda do seu principal contribuinte, o governo dos Estados Unidos.

"Não somos uma mercadoria, mas seres humanos que têm direito a boas condições de trabalho e ao respeito pela nossa dignidade", acrescentou a presidente do sindicato dos trabalhadores da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Severine Deboos.

Muitas das agências da ONU já estavam a sofrer crises orçamentais antes da chegada de Donald Trump, mas o regresso à Casa Branca do Presidente dos Estados Unidos, com uma atitude hostil ao multilateralismo, exacerbou os problemas e causou graves cortes no pessoal.

Na sequência do corte drástico na ajuda dos EUA, a Agência da ONU para os Refugiados (ACNUR) e o Programa Alimentar Mundial (PAM) reduziram o pessoal em todo o mundo em cerca de 30%, enquanto a OIT cortou 10% dos seus postos de trabalho, de acordo com os organizadores da manifestação.

Outras agências, como a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Organização Internacional para as Migrações (OIM), a ONUSIDA e o Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA) também foram obrigados a reduzir milhares de postos de trabalho, enquanto o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) viu o seu orçamento diminuir em 20%.

"Não são apenas estatísticas, por detrás delas estão milhares de pessoas que levam ajuda humanitária, asseguram o acesso a água potável, alimentos e cuidados de saúde, protegem os refugiados e as pessoas deslocadas, mantêm as crianças na escola, previnem o trabalho forçado e defendem os direitos humanos", afirmaram as dirigentes da Ccisua e da Ficsa, Nathalie Meynet e Cristina Pierini.


Cerimônia da celebração do dia Internacional dos Trabalhadores 1 de Maio... sob o lema "União, Disciplina e Trabalho".

Radio Voz Do Povo 

Neste 1º de Maio, celebramos a força, a coragem e o compromisso de todos os trabalhadores da Guiné-Bissau. Feliz dia do Trabalhador!


Estudo revela que trabalhadores são mais qualificados do que empregadores

Por  CNN  01/05/2025

No entanto, um quarto recebe o equivalente ao salário mínimo nacional

Os trabalhadores portugueses têm um nível de escolaridade mais elevado do que os empregadores, sendo que cerca de um quarto recebe o equivalente ao salário mínimo nacional, segundo um estudo da Pordata sobre o perfil do trabalhador em Portugal.

O número de trabalhadores em Portugal ascende a 5,1 milhões e, destes, a maior parte (34%) tem pelo menos o ensino superior. Esta percentagem compara com os 28% de empregadores que completaram este nível de ensino.

“No quadro da União Europeia, dos 23 países com dados disponíveis para 2024, Portugal é o país que tem maior proporção de empregadores sem escolaridade ou com o ensino básico no total dos empregadores”, refere o estudo.

A média da UE é, assim, de 16%, enquanto em Portugal se verifica um valor de 42% de empregadores com o menor nível de ensino, “percentagem ainda significativamente distante de Malta (34%), Espanha (32%) ou Itália (31%)”.

Em 10 anos (entre 2014 e 2024), refere ainda o estudo, registaram-se mais 700 mil trabalhadores com o ensino superior, o que traduz uma subida de 61,8% face a 2014, ano em que os que tinham este nível de ensino representavam 25%.

Entre os mais de cinco milhões de trabalhadores em Portugal, estão 302 mil de nacionalidade estrangeira, maioritariamente de países fora da UE27. Um número que quase triplicou em 10 anos, sendo mais 197 mil face a 2014.

Relativamente a remunerações, o retrato sobre o perfil do trabalhador português elaborado pela Pordata a propósito do 1.º de Maio, mostra que o salário médio anual em Portugal é o 9.º mais baixo dos países da União Europeia, sendo o salário médio em Espanha 30% mais elevado.

No topo desta lista dos salários médios surge o Luxemburgo (81.064 euros), seguido da Dinamarca (67.604 euros), sendo em Portugal de 22.293 euros – valor que supera a Letónia, Croácia, Polónia, Roménia, Grécia ou Hungria.

De referir que este valor foi calculado de forma a ter em conta, de forma ajustada, os trabalhadores a tempo parcial.

O estudo mostra ainda que um quarto dos trabalhadores recebe o salário mínimo nacional, sendo este o 10.º mais baixo dos 22 países com SMN (quando medido em paridades de poder de compra) e tendo já em conta o valor em vigor em 2025.

“Em duas décadas, Portugal foi ultrapassado pela Polónia, Lituânia e Roménia”, lê-se no mesmo documento que detalha que cerca de um em cada quatro trabalhadores em Portugal (22,8%) tinham um salário base equivalente ao SMN, em 2022.

A proporção de trabalhadores a receber o SMN era, naquele ano, mais elevada entre as mulheres (27,1%), os jovens (36,1%), aqueles com escolaridade até ao ensino básico (32,9%) e os trabalhadores de nacionalidade estrangeira (38,0%).

O estuado adianta ainda que, entre 2019 e 2023, o salário médio em Portugal, em termos nominais, registou um aumento de 24%, sendo que, no mesmo período, os preços das casas aumentaram 45%, segundo o Índice de Preços da Habitação. No conjunto da UE, o aumento destes dois indicadores, foi de 16% e de 23%, respetivamente.

No que diz respeito ao tecido empresarial, o documento refere que as pequenas empresas são a maioria no país, mas empregam apenas 44% dos trabalhadores.

Já as grandes empresas são responsáveis por mais de um milhão de empregos - tendo estas registado nos dois últimos anos um crescimento de 14% do pessoal ao serviço.

Já foram colocados militares e para militares, inspectores e fiscais em 35 postos fronteiriços, para travar o contrabando da castanha de caju. O Ministro do Comércio e Indústria, Orlando Mendes Viegas afrente de uma delegação, continua a sensibilizar os agentes a nivel da fronteira sobre a importância da fiscalização para economia do país.

Radio Voz Do Povo

Polvo duplica tentáculo ferido e utiliza ambos de forma independente

© Reuters  Lusa  01/05/2025

Um polvo residente nas águas de Ibiza conseguiu uma regeneração invulgar de um dos tentáculos, dividido em dois após um ataque em que perdeu vários membros, e agora usa-o como se fossem dois tentáculos independentes, para tarefas diferentes.

Embora existam mais casos de bifurcação de tentáculos em polvos, este é o primeiro estudo a documentar como estes tentáculos regenerados e bifurcados são utilizados na natureza, de acordo com Jorge Hernández-Urcera, coautor desta investigação do Instituto de Investigação Marinha (IIM) e do Centro Oceanográfico Balear do Instituto Espanhol de Oceanografia (IEO), ambos do CSIC.

Após cinco meses a acompanhar Salvador nas águas de Ibiza, os cientistas confirmaram o uso diferenciado e adaptativo dos seus tentáculos bifurcados e regenerados, de acordo com uma nota do IEO citada na quarta-feira pela agência Efe.

Este 'Octopus vulgaris' (polvo-comum) macho, mostrou sinais de ter sobrevivido a um ataque no qual perdeu vários membros.

Durante a regeneração, um dos tentáculos bifurcou e gerou dois apêndices separados que cresceram com o tempo e começaram a ser utilizados de formas especializadas, um mais frequentemente para alimentação e o outro para comportamentos exploratórios, sugerindo uma adaptação progressiva e específica, de acordo com os investigadores.

Os cientistas observaram também uma menor utilização dos tentáculos afetados em comportamentos de risco, o que pode indicar uma forma de memória de dor ou aprendizagem experiencial.

"Estes padrões não só confirmam a capacidade de adaptação comportamental dos polvos, como também levantam questões sobre a forma como o seu sistema nervoso integra novos membros", sublinhou o IEO, destacando ainda "a surpreendente plasticidade motora do polvo, mesmo perante alterações morfológicas extremas", uma vez que utiliza os seus novos tentáculos individualmente.

"O facto de este polvo ter adaptado o seu comportamento e reorganizado o uso dos tentáculos de forma funcional sugere mecanismos neurais complexos que podem inspirar novas aplicações na robótica, neurociência e medicina regenerativa", acrescentou Miguel Cabanellas-Reboredo, investigador do IEO nas ilhas Baleares.

Os polvos são organismos com vida curta, mas têm uma capacidade de regeneração e adaptação notável, pelo que estudos como este podem ajudar a compreender como outros sistemas biológicos lidam com as lesões e a recuperação.

O caso de Salvador abre novos caminhos de investigação sobre a neurogénese em apêndices regenerados e como os sistemas nervosos central e periférico se reorganizam em resposta a estas anormalidades.

"Embora o estudo se baseie num único indivíduo, a sua raridade e o nível de detalhe obtido tornam-no um elemento-chave para futuras pesquisas sobre comportamento, regeneração e controlo motor em organismos marinhos", sublinhou Sam E. Soule, primeiro autor do artigo.


As autoridades indianas anunciaram o encerramento do espaço aéreo do país às aeronaves paquistanesas, em resposta a igual medida de Islamabad na sequência das tensões bilateais após um atentado na região indiana de Caxemira.

Por LUSA  01/05/2025 

 Índia fecha espaço aéreo a aeronaves paquistanesas

As autoridades indianas anunciaram o encerramento do espaço aéreo do país às aeronaves paquistanesas, em resposta a igual medida de Islamabad na sequência das tensões bilateais após um atentado na região indiana de Caxemira.

O Governo indiano disse na quarta-feira em comunicado aos operadores de companhias aéreas que o espaço aéreo do país está fechado a aeronaves registadas ou alugadas pelo Paquistão, "incluindo voos militares", até 23 de maio.

O Paquistão fechou o seu espaço aéreo às aeronaves indianas a 24 de abril.

A 22 de abril, vários homens armados mataram a tiro 26 pessoas na cidade turística de Pahalgam, na parte de Caxemira administrada pela Índia, o atentado mais mortífero em mais de 20 anos contra civis nesta região de maioria muçulmana.

Nova Deli acusou imediatamente Islamabad pelo atentado, que não foi reivindicado.

As duas potências nucleares estão desde então em pé de guerra: os respetivos Governos multiplicaram as sanções diplomáticas recíprocas e os cidadãos foram convidados a abandonar até terça-feira o território do país vizinho.

Os dois adversários partilham mais de 2.900 quilómetros de fronteira terrestre.

O Governo paquistanês afirmou na terça-feira ter "informações credíveis" de que a Índia planeia um ataque militar iminente em resposta ao recente atentado em Caxemira e prometeu uma "resposta decisiva" ao mesmo.

"O Paquistão tem informações credíveis de que a Índia pretende lançar um ataque militar nas próximas 24 a 36 horas, usando o incidente de Pahalgam como pretexto", disse o ministro da Informação do Paquistão, Attaullah Tarar.

"Qualquer agressão será recebida com uma resposta decisiva. A Índia será totalmente responsável por quaisquer consequências graves na região", acrescentou em comunicado.

Também na terça-feira, o chefe do governo indiano, Narendra Modi, garantiu ao Exército "liberdade operacional" para responder como quiser ao ataque que matou 26 pessoas na Caxemira indiana, indicou uma fonte governamental.

Numa reunião com os seus chefes de Estado-Maior, Modi repetiu que o seu país está "determinado a infligir um golpe decisivo ao terrorismo", declarou a fonte governamental que solicitou o anonimato, citada pela agência de notícias francesa AFP.

O Exército paquistanês anunciou ter discutido na terça-feira com o Exército indiano, no telefonema semanal, os disparos noturnos ocorridos nos últimos seis dias em Caxemira, onde as tensões aumentaram entre as duas potências nucleares.

"Discutimos as violações ao cessar-fogo" ao longo da Linha de Controlo (LoC), a fronteira 'de facto' no território em disputa, declarou o porta-voz do Exército do Paquistão, o tenente-general Ahmed Chaudhry.

A parte indiana de Caxemira é palco de uma rebelião separatista iniciada em 1989 que já fez dezenas de milhares de mortos entre rebeldes, soldados indianos e civis.

Os dois países acusam-se mutuamente de apoiar grupos armados do outro lado da fronteira.

Caxemira foi dividida entre a Índia e o Paquistão quando estes se tornaram Estados independentes, em 1947. Mas os dois adversários continuam desde então a reivindicar total soberania sobre a região.

Desde o cessar-fogo que pôs fim à primeira guerra, em 1949, as tropas indianas e paquistanesas têm-se enfrentado ao longo dos 770 quilómetros da LoC que divide Caxemira em duas, desde os picos nevados dos Himalaias até às planícies férteis do Punjab.

A Índia - o país mais populoso do mundo, com 1,4 mil milhões de habitantes - e o Paquistão - com 240 milhões - possuem ambos armas nucleares e Forças Armadas poderosas.

O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, pediu quarta-feira ao Paquistão que condene o atentado na região indiana de Caxemira e coopere com a investigação ao mesmo, além de exercer moderação nas tensões com a Índia.

Segundo a porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Tammy Bruce, Rubio discutiu num telefonema com o primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, "a necessidade de condenar o ataque terrorista de 22 de abril em Pahalgam", na Caxemira controlada pela Índia.

Numa chamada telefónica separada com o ministro dos Negócios Estrangeiros indiano, Subrahmanyam Jaishankar, Rubio manifestou solidariedade e apelou à moderação da Índia.


Leia Também: Forças militares de Índia e Paquistão envolvidas em conflito em Caxemira

quarta-feira, 30 de abril de 2025

EUA alargam motivos para retirar estatuto legal a estudantes estrangeiros... A nova orientação permite revogar o estatuto dos estudantes se os seus nomes aparecerem numa base de dados criminal ou de impressões digitais de uma forma que não era permitida no passado, disse Charles Kuck, um advogado de imigração de Atlanta que interpôs uma ação judicial em nome de 133 pessoas nos EUA com vistos de estudante que perderam o seu estatuto legal.

© Shutterstock  Lusa  30/04/2025

O governo norte-americano está a alargar os motivos pelos quais os estudantes estrangeiros podem perder o estatuto legal, quando milhares estão sob escrutínio e alguns enfrentam deportações.

Os advogados dos estudantes internacionais dizem que os novos motivos permitem deportações mais rápidas e servem para justificar muitas das ações que o governo está a tomar para cancelar a permissão de estudantes estrangeiros para estudar no país.

Depois de perderem subitamente o seu estatuto legal nas últimas semanas, com poucas ou nenhumas explicações, estudantes de todo o país apresentaram ações judiciais em tribunais federais.

Em muitos casos, os juízes tomaram decisões preliminares assumindo que o governo agiu sem o devido processo legal.

O governo disse depois que iria emitir novas diretrizes para cancelar o estatuto legal de um estudante.

Um documento do Serviço de Imigração e Alfândegas (ICE, na sigla em inglês) partilhado na segunda-feira num processo judicial dizia que os motivos válidos incluem agora a revogação dos vistos que os estudantes usaram para entrar nos EUA.

No passado, se fosse revogado o visto de um estudante, este podia geralmente permanecer nos EUA para terminar os estudos, mas se saíssem do país não conseguiria reentrar.

"Isto apenas deu carta branca para que o Departamento de Estado revogasse o visto e depois deportasse estes estudantes, mesmo que não tenham feito nada de errado", disse à AP Brad Banias, advogado de imigração que representa um estudante que perdeu o seu estatuto.

Este aluno já foi acusado de uma infração de trânsito, que apareceu numa base de dados policial pesquisada pelas autoridades de imigração.

Banias disse que as novas diretrizes expandem enormemente a autoridade do ICE para além da sua política anterior, que não considerava a revogação do visto como motivo para retirar a permissão de um estudante para estar no país.

A nova orientação permite revogar o estatuto dos estudantes se os seus nomes aparecerem numa base de dados criminal ou de impressões digitais de uma forma que não era permitida no passado, disse Charles Kuck, um advogado de imigração de Atlanta que interpôs uma ação judicial em nome de 133 pessoas nos EUA com vistos de estudante que perderam o seu estatuto legal.

"Basicamente, estão a tentar encobrir o que já fizeram de mau, tornando aceitável a coisa má que fizeram", disse Kuck à agência AP.

Muitos dos estudantes que tiveram os seus vistos revogados ou perderam o seu estatuto legal disseram que tinham apenas infrações menores nos seus registos, incluindo infrações de trânsito.

Os advogados do governo forneceram algumas explicações numa audiência na terça-feira no caso do cliente de Banias, Akshar Patel, um estudante estrangeiro no Texas.

O estatuto de Patel foi revogado e depois restabelecido este mês, impedindo que fosse deportado.

Nos autos do processo e na audiência, as autoridades do Departamento de Segurança Interna (DHS) disseram ter verificado os nomes dos titulares de vistos de estudante no Centro Nacional de Informação Criminal, uma base de dados gerida pelo FBI que contém grandes quantidades de informações relacionadas com o crime.

Enquanto o DHS revogava o estatuto legal dos estudantes, o Departamento de Estado cancelava os vistos que alguns estudantes utilizavam para entrar no país.

No total, cerca de 6.400 alunos foram identificados na pesquisa na base de dados, disse a juíza distrital dos EUA Ana Reyes numa audiência na terça-feira.

Um dos alunos era Patel, que foi mandado parar e acusado de condução imprudente em 2018. A acusação acabou por ser retirada --- informação que também está na base de dados.

Reyes disse que o curto período de tempo sugere que ninguém reviu os registos individualmente para descobrir por que razão os nomes dos alunos estavam na base de dados.

"Tudo isto poderia ter sido evitado se alguém tivesse agido", disse Reyes, que foi nomeado pelo presidente Joe Biden. Ela disse que o governo demonstrou "uma total falta de preocupação com os indivíduos que chegaram a este país".


EUA e Ucrânia chegam a acordo sobre minerais, avança a Bloomberg... Recorde-se que era esperado que os Estados Unidos e a Ucrânia assinassem o acordo esta quarta-feira.

© Getty Images   Notícias ao Minuto  30/04/2025

Os Estados Unidos e a Ucrânia assinaram o acordo sobre o acesso aos minerais ucranianos, esta quarta-feira, informou a agência de notícias Bloomberg.

O acordo vai providenciar ao Estados Unidos o acesso privilegiado a novos projetos de investimento que permitam desenvolver os recursos naturais da Ucrânia, incluindo o alumínio, grafite, petróleo e gás natural.

O Departamento do Tesouro norte-americano confirmou o acordo, que criará um "fundo de investimento para a reconstrução", após semanas de negociações bilaterais sobre o acesso aos recursos naturais ucranianos.

Num vídeo publicado no X, o secretário norte-americano do Tesouro, Scott Bessent, adiantou que "esta parceria permite aos Estados Unidos investir em conjunto com a Ucrânia, desbloquear os ativos de crescimento da Ucrânia, mobilizar talentos, capital e padrões de governação americanos que irão melhorar o clima de investimento da Ucrânia e acelerar a recuperação económica do país".

A ministra da Economia da Ucrânia, Yulia Svyrydenko, confirmou à Associated Press (AP) que o acordo foi assinado em Washington.

Numa publicação no X, Svyrydenko disse que Kyiv está a criar com os Estados Unidos "o Fundo que atrairá investimento global para o país".

"O documento na sua forma atual é uma garantia de sucesso para ambos os países", garantindo ainda que Kyiv mantém "a propriedade e o controlo totais" dos seus recursos naturais, adiantou Svyrydenko.

Segundo a agência AP, os EUA pretendem aceder a mais de 20 matérias-primas da Ucrânia consideradas estrategicamente críticas para os seus interesses, incluindo o titânio, utilizado no fabrico de asas de aeronaves e outras indústrias aeroespaciais, e o urânio, que é utilizado na energia nuclear, equipamento médico e armas.

"Em reconhecimento do significativo apoio financeiro e material que o povo dos Estados Unidos forneceu à Ucrânia desde a invasão da Rússia, esta parceria económica posiciona os nossos dois países para colaborar e investir em conjunto para garantir que os nossos ativos, talentos e capacidades possam acelerar a reconstrução económica da Ucrânia", refere o Departamento do Tesouro norte-americano em comunicado.

Washington forneceu à Ucrânia ajuda militar no valor de dezenas de milhares de milhões de dólares, durante a presidência do democrata Joe Biden (2021-2025), depois de a Rússia ter invadido o país em fevereiro de 2022.

O projeto de acordo esteve durante semanas no centro de tensões entre Kyiv e Washington, cujo apoio é essencial à Ucrânia.

O secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, declarou hoje após uma reunião do Governo Trump que os Estados Unidos estavam prontos para assinar o acordo sobre minerais, detalhando que os ucranianos "decidiram [na terça-feira] à noite fazer algumas alterações de última hora".

Questionado sobre as alterações, o secretário do Tesouro respondeu: "Nada foi retirado. É o mesmo acordo que alcançámos este fim de semana. Não há alterações da nossa parte".

Por sua vez, o Presidente norte-americano, Donald Trump, reiterou que os Estados Unidos queriam algo em troca "dos seus esforços" em relação à Ucrânia.

"E nós dissemos: as terras raras. Eles têm terras raras muito boas", acrescentou.

"Concluímos um acordo que garante o nosso dinheiro e nos permite começar a escavar e a fazer o que precisamos de fazer", prosseguiu Trump, sublinhando que "também é bom para eles porque haverá uma presença norte-americana" na Ucrânia.

Uma versão anterior do texto devia ter sido assinada durante a visita do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, à Casa Branca, no final de fevereiro, mas a altercação sem precedentes com Trump em direto da Sala Oval precipitou a partida sem assinar o acordo.

Uma nova versão, proposta por Washington em março, foi considerada pelos deputados e pela comunicação social ucranianos muito desfavorável.

No decurso das negociações, esse documento foi transformado numa versão mais aceitável para Kyiv, segundo responsáveis ucranianos.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

DIREÇÃO DO HOSPITAL REGIONAL DE BAFATÁ COM DÍVIDA QUE SUPERA OS 20 MILHÕES DE FRANCOS CFA

Por Rádio Sol Mansi

A atual direção do Hospital Regional de Bafatá denuncia ter herdado uma dívida superior a 20 milhões de francos CFA, acumulada pela anterior gestão, que esteve à frente da instituição durante 11 meses.

Em entrevista exclusiva à Rádio Sol Mansi, a diretora do hospital, Ndafa Binalu, revelou que a situação financeira da unidade é crítica e afeta diretamente a missão de salvar vidas humanas. “Encontrámos muitas lacunas na parte financeira, o que poderia ter sido evitado”, afirmou.

Segundo Binalu, o hospital enfrenta atualmente os seus piores momentos financeiros, operando com limitações significativas. A responsável sublinhou que estas dificuldades comprometem o funcionamento normal do hospital.

Este caso soma-se a um outro escândalo de desvio de fundos ocorrido há quatro anos, também no mês de abril, quando foi denunciado o desaparecimento de mais de 100 milhões de francos CFA. O então ministro da Saúde Pública esteve envolvido na denúncia, e o caso continua a gerar constrangimentos no funcionamento não só do Hospital Regional de Bafatá, como também de outras regiões.

Confira o vídeo 👈.

Lisboa aprova consulta pública do plano para integrar migrantes

© Lusa  30/04/2025

A Câmara de Lisboa decidiu esta quarta-feira submeter a consulta pública os projetos do IV Plano Municipal para a Integração de Migrantes 2024-2027 e do Programa Municipal para a Educação Antirracista, Intercultural e para os Direitos Humanos.

Em reunião privada do executivo municipal, a proposta relativa ao projeto do IV Plano Municipal para a Integração de Migrantes de Lisboa (PMIML) foi aprovada com a abstenção de BE, PCP, Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre) e Livre, e os votos a favor de PS e da liderança PSD/CDS-PP. 

Subscrita pela vereadora dos Direitos Humanos e Sociais, Sofia Athayde (CDS-PP), o documento a ser submetido a consulta pública, por um período de 30 dias úteis, para recolha de contributos e sugestões, refere que a elaboração do novo PMIML surge do cumprimento do Plano Nacional de Implementação do Pacto Global das Migrações, do Plano de Ação para as Migrações e do Pacto Europeu em matéria de asilo e migração.

Estes três documentos, de âmbito nacional, europeu e mundial, "enquadram as políticas públicas municipais ao nível das migrações e interculturalidade", explica Sofia Athayde.

Também as Grandes Opções do Plano 2024-2028 da cidade de Lisboa incluem como medidas "promover, apoiar e participar em programas e iniciativas de integração das comunidades imigrantes, refugiados e requerentes de asilo, minorias étnicas, culturais e religiosas", assim como "fortalecer as associações, instituições e comunidades", e "reativar o Conselho Municipal da Interculturalidade e Cidadania -- CMIC".

Para a elaboração deste novo plano, foi feito pelo Instituto de Geografia do Ordenamento do Território -- IGOT o diagnóstico sociodemográfico, síntese da população migrante de Lisboa, lê-se na proposta, sem adiantar mais informação.

Apesar de votar a favor, sobretudo para que o plano possa entrar em vigor "o mais brevemente possível", a vereação do PS criticou a demora de "quase três anos" na apresentação do PMIML 2024-2027 por parte da liderança PSD/CDS-PP, sob presidência do social-democrata Carlos Moedas.

Os socialistas criticam ainda a ausência de informação sobre o grau de execução do anterior plano, o que não permite concluir o que já foi implementado, referindo que também não há um orçamento nem calendarização para as medidas.

"Faltam medidas essenciais que até já foram aprovadas, como campanhas para o recenseamento eleitoral dos migrantes e o Conselho Municipal para a Interculturalidade, que neste mandato só reuniu uma vez, não foi auscultado", apontou o PS, esperando que a fase de consulta pública permita corrigir falhas.

O Livre adiantou que o plano apresenta 66 medidas divididas por três eixos, mas, entre elas, "não há uma única que represente um verdadeiro investimento municipal em habitação para migrantes", avisando que "sem garantir o direito à habitação, não há integração possível".

O BE acusou Carlos Moedas de fazer "uma política de costas voltadas para as pessoas migrantes", por ter apresentado o plano sem aprovação do CMIC, crítica também subscrita pelos Cidadãos Por Lisboa, a que se juntam as preocupações com a ausência de cronograma e orçamento para a concretização do plano.

Para o PCP, o plano para integração de migrantes, assim como o Programa Municipal para a Educação Antirracista, Intercultural e para os Direitos Humanos, "pecam por já vir tarde, uma vez que o início do processo, remete para deliberações de 2022 e 2023".

A proposta de submeter a consulta pública o Programa Municipal para a Educação Antirracista, Intercultural e para os Direitos Humanos, subscrita por PSD/CDS-PP e pela vereação dos Cidadãos Por Lisboa (CPL), foi aprovada por unanimidade.

Lembrando que a proposta surge no seguimento da sua iniciativa, apresentada em julho de 2022, os CPL reforçaram que este programa "vai proporcionar às escolas de Lisboa projetos e ações de formação no terreno, já com maturidade e capacidade de replicação", entre eles está a iniciativa "Com uma mala na mão contra a discriminação", da Escola EB 1 do Castelo.


África: Mais de 500 mil crianças com menos de cinco anos morrem anualmente em África de doenças evitáveis, como o sarampo e a poliomielite, por falta de vacinas, anunciou esta quarta-feira a agência de saúde pública da União Africana (UA).

© Lusa  30/04/2025

 Meio milhão de crianças morrem anualmente em África por falta de vacinas

Mais de 500 mil crianças com menos de cinco anos morrem anualmente em África de doenças evitáveis, como o sarampo e a poliomielite, por falta de vacinas, anunciou esta quarta-feira a agência de saúde pública da União Africana (UA).

"Apesar do poder comprovado das vacinas para salvar vidas, mais de 500 mil crianças com menos de cinco anos ainda morrem todos os anos em África devido a doenças evitáveis como o sarampo, a difteria, o tétano, a poliomielite e a tosse convulsa, doenças que foram quase erradicadas em grande parte do mundo", afirmou o Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC África) num comunicado.

 "O financiamento nacional limitado da saúde, a desconfiança em relação às vacinas, a instabilidade política e a dificuldade de acesso às comunidades remotas" são alguns dos fatores que impedem milhões de crianças no continente de ter acesso às vacinas.

De acordo com o CDC África, em 2023, apenas 16 países africanos excederam 90% de cobertura para as vacinas infantis essenciais, como a terceira dose para a difteria, o tétano e a tosse convulsa ou a primeira dose para o sarampo.

De facto, nesse ano, o número de "crianças não vacinadas" (que não receberam nenhuma vacina) atingiu 7,9 milhões, um aumento de 16% em relação a 2019.

"Estes números refletem o impacto prolongado da covid-19, as iniquidades no acesso à saúde e as fragilidades de todo o sistema", referiu a agência.

Países como a Nigéria, a República Democrática do Congo, o Sudão do Sul, a Etiópia e o Zimbabué continuam a ter elevadas taxas de mortalidade por doenças que poderiam ser evitadas se tivessem as vacinas necessárias.

Estas doenças também custam a África um valor estimado em 13 mil milhões de dólares (mais de 11,4 mil milhões de euros) por ano, colocando mais pressão sobre os sistemas de saúde e abrandando o desenvolvimento económico.

"Atualmente, África produz menos de 1% das vacinas que utiliza. Estamos empenhados em mudar este desafio. O nosso objetivo é produzir localmente 60% das vacinas utilizadas em África até 2040", afirmou o diretor-geral do CDC África, John Kaseya.

A este respeito, a organização observou que, até 2024, 25 projetos estavam em curso para fabricar vacinas em África, enquanto oito antigénios deverão ser pré-qualificados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e estar prontos para o mercado entre 2025 e 2030.