segunda-feira, 7 de abril de 2025

Drones com 'vírus': a nova tática ucraniana contra os russos

Por Tiago Ferreira Resende  CNN Portugal 

Para além de dificultar a análise dos drones capturados, esta tecnologia também pode permitir que as forças ucranianas localizem os operadores russos que tentem usar esses dispositivos

A guerra na Ucrânia atingiu um novo patamar com uma tática inovadora que surpreendeu o inimigo. De acordo com a Forbes, as forças ucranianas começaram a incorporar malware nos seus drones, adicionando um novo capítulo à guerra cibernétina.

A descoberta aconteceu depois de alguns destes exemplares terem sido encontrados pelas tropas russas. Estes veículos não tripulados continham um software capaz de realizar várias funções disruptivas, como “queimar uma porta USB”, “impedir o reflashing” [atualizar ou reescrever a memória de um dispositivo] ou até “sequestrar o drone reutilizado”, segundo a descrição. 

Vikram Mittal, especialista em defesa da Forbes, diz que a Ucrânia, apesar das suas limitações logísticas, encontrou mais uma forma de perturbar os esforços russos de forma eficaz, sem necessitar de grandes recursos. 

Para além de dificultar a análise dos drones capturados, esta tecnologia também pode permitir que as forças ucranianas localizem os operadores russos que tentem usar esses dispositivos.

Tarifas dos EUA: China não aceita ceder a "ameaças" norte-americanas

Por  SIC Notícias

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou esta segunda-feira impor uma tarifa adicional de 50% à China se Pequim não retirar até terça-feira as taxas que impôs aos produtos norte-americanos em retaliação ao plano tarifário de Washington.

A embaixada chinesa nos Estados Unidos afirmou esta segunda-feira que Pequim não cederá a ameaças norte-americanas, após Donald Trump ter prometido aumentar ainda mais as tarifas alfandegárias sobre os produtos chineses.

"Deixámos claro em várias ocasiões que pressionar ou ameaçar a China não é a forma correta de lidar connosco. A China vai salvaguardar firmemente os seus direitos e interesses legítimos", disse à AFP Liu Pengyu, porta-voz da embaixada chinesa nos Estados Unidos.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou esta segunda-feira impor uma tarifa adicional de 50% à China se Pequim não retirar até terça-feira as taxas que impôs aos produtos norte-americanos em retaliação ao plano tarifário de Washington.

As palavras do Presidente norte-americano, divulgadas nas redes sociais, surgiram após a China ter indicado que irá retaliar contra as tarifas dos Estados Unidos anunciadas na semana passada.

"Se a China não retirar o seu aumento de 34% em cima dos seus abusos comerciais já de longa data até amanhã [terça-feira] , 08 de abril de 2025, os Estados Unidos imporão tarifas ADICIONAIS à China de 50%, a partir de 09 de abril", escreveu o governante na sua rede social Truth Social, recorrendo a letras maiúsculas para acentuar o conteúdo da mensagem.

"Além disso, todas as negociações com a China sobre as reuniões solicitadas connosco serão encerradas! [...] Não sejam fracos! Não sejam estúpidos! [...] Sejam fortes, corajosos e pacientes, e a grandeza será o resultado", referiu ainda.

Bilionários perdem centenas de milhões de euros em poucos dias

As 500 pessoas mais ricas do mundo perderam, na quinta e sexta-feira, devido aos efeitos das tarifas anunciadas por Donald Trump, 488 mil milhões de euros (536 mil milhões de dólares), com Elon Musk a liderar a lista.

Esta foi a maior perda de sempre do Índice de Bilionários da Bloomberg, indicou a agência financeira.

Segundo a Bloomberg, cerca de 90% dos bilionários que compõem a lista perderam dinheiro na quinta e na sexta-feira, com as quedas acentuadas dos mercados bolsistas em todo o mundo, e que hoje continuam.

Exclusivo a CAPGB, Presidente da Rede Nacional dos Jovens Quadros da Guiné-Bissau, Joelson Tavares, Apela governo através do Ministério da Educação Nacional para não avançar com o processo de implementação de mestrado e doutoramento nas escolas Superiores no país, evocando falta de recursos humanos capacitados e habilitados.

Comunicado

 


O Presidente da República, participou no 14.º Fórum Anual de Investimento (Annual Investment Meeting - AIM) em Abu Dhabi.


DENTRO DE OITO DIAS, ALGUNS SERVIÇOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO PODERÃO SER PARALISADOS

Por RSM: 07 04 2025
O Sindicato Nacional dos Oficiais de Justiça anunciou uma paralisação total de 3 dias, a partir do dia 15 a 17 deste mês de abril de 2025 em todas as secretarias judiciais e privativas do Ministério Público ao nível nacional.  

A intenção desta classe sindical foi tornada pública, esta segunda-feira, em uma nota à imprensa que a Rádio Sol Mansi tem acesso na qual o pré-aviso abrange todo o pessoal denominado sem vínculos, que exercem funções nas secretarias supracitadas.  

Ainda segundo a nota, o objetivo da greve visa alcançar um acordo com o Governo relativamente ao cumprimento das exigências constantes no caderno reivindicativo na posse do executivo desde o passado dia 26 de novembro de 2024.  

O Sindicato  Nacional dos Oficiais de Justiça manifesta a sua disposição ao diálogo com vista à evitar consequências maiores ao país. 

No âmbito do reforço das relações bilaterais entre a República da Guiné-Bissau e Azerbaijão, encontra-se no país para uma visita de trabalho, o Vice-Ministro dos Negócios Estrangeiros de Azerbaijão YALCHIN RAFIYEV.

 

 

O Primeiro-ministro, Rui Duarte Barros entregou hoje ao Ministro do Comércio e Indústria, Orlando Mendes Viegas, 04 viaturas cabines-duplos para reforçar a fiscalização da campanha de comercialização de caju, combatendo o contrabando da castanha a nível da fronteira.

 

Ministro das Pescas e Economia Maritima, Mário Musante da Silva, presidiu abertura hoje do workshop nacional para a formulação de uma estratégia e plano de acção para prevenir, impedir e eliminar a pesca ilegal, não declarada e não regulamentada.

 

Liga Guineense dos Direitos Humanos, através do seu Secretario Nacional para comunicação e relações públicas, Gueri Gomes Lopes, condena o comportamento da força policial que impediu a comissão sindical dos Trabalhadores da empresa EAGB realizar uma vigília junto a empresa.

 

Declaração à imprensa após a reunião de urgência convocado pelo ministro do interior aos oficiais superiores do Ministério do Interior.

 

O Presidente da República, participa no 14.º Fórum Anual de Investimento em Abu Dhabi, a convite do Sheikh Mohamed bin Zayed Al Nahyan. O evento reúne líderes internacionais, investidores e representantes de instituições financeiras globais, com o objectivo de promover o desenvolvimento sustentável e reforçar parcerias estratégicas para o crescimento económico global.

 

Bissau, 07-04-2025, Força Policial impede Comissão Sindical dos Trabalhadores da EAGB, realizar uma vigília em protesto ao respeito dos direitos dos trabalhadores e melhoria de condições de trabalho.

AVARIA DA MOTOBOMBA OBRIGA RECLUSOS DO CENTRO PRISIONAL DE BAFATÁ A CONSUMIR MENOS DE MEIO LITRO DE ÁGUA POR DIA

Por   RSM 07 04 2025

 Pelo menos 40 reclusos da prisão de alta segurança de Bafatá, no leste da Guiné-Bissau, estão a consumir menos de meio litro de água potável por dia, devido à avaria da motobomba que abastece o centro há várias semanas.  

A denúncia foi confirmada por fontes entre os guardas prisionais e reforçada por Eusébio Sanca, seminarista maior e conselheiro espiritual do grupo jovem da Paróquia São Daniel, que esteve no local para entregar donativos. “É lamentável que uma pessoa tenha de viver com menos de 500 mililitros de água por dia. Apelamos à solidariedade para ultrapassar esta crise”, afirmou.  

A escassez de água não é o único problema enfrentado pelos detidos. Segundo apurou a Rádio Sol Mansi, os reclusos também lidam com alimentação de baixa qualidade. “Às vezes, a comida não é bem cozinhada e, por vezes, comemos apenas arroz”, revelou uma fonte. 

 Para ajudar a mitigar a situação, a Igreja Católica local entregou paletes de água potável e produtos de higiene. O chefe de turno dos guardas principais, Daniel Djata, agradeceu o gesto: “As prisões são locais de grande vulnerabilidade. Cada oferta é bem-vinda, e os presos ficam sempre contentes com qualquer apoio que recebem.”  

Fontes prisionais indicam ainda que, devido à escassez de água, alguns presos com penas mais leves são retirados das celas para ir buscar água para o consumo geral — prática que, segundo as mesmas fontes, representa riscos adicionais para a segurança do centro.  

Além da água, a prisão necessita urgentemente de bens essenciais, como produtos de higiene e alimentos adequados, para garantir condições mínimas de dignidade aos reclusos.  

Uma mulher morre a cada dois minutos por falta de cuidados de saúde maternos no mundo inteiro, revela o mais recente relatório da Organização Mundial de Saúde.

Por LUSA 

Falta de cuidados maternos 'mata' uma mulher a cada dois minutos

OMS diz que o seu objetivo de reduzir o número de mortes está aquém do esperado.

Uma mulher morre a cada dois minutos por falta de cuidados de saúde maternos no mundo inteiro, revela o mais recente relatório da Organização Mundial de Saúde.

Fazendo referência a dados de 2023, o documento estabelece que se registaram 260 mil mortes maternas, o que corresponde a 712 por dia ou 30 por hora.

A OMS tinha estabelecido a meta de reduzir o numero de mortes maternas para 71 mortes por cada 100 mil mulheres grávidas e mães até 2030, porém esse valor, mas tendo em conta que a TMM global foi de 197 em 2023, será necessária uma diminuição anual de quase 15%, quando o nível atual é de cerca de 1,5%.

A maioria das mortes de mulher grávidas ou em pós parto acontece sobretudo em países de baixo e médio rendimento, como a África Subsariana e no Sul da Ásia, cerca de 70% (182.000) na primeira região e à volta de 17% (43.000) na segunda.

"O acesso a serviços de saúde materna de qualidade é um direito, não um privilégio, e todos partilhamos a responsabilidade de construir sistemas de saúde dotados de recursos que salvaguardem a vida de todas as mulheres grávidas e recém-nascidos", afirma a diretora executiva do Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP), Natalia Kanem, citada num comunicado da OMS de divulgação do estudo.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, associa-se hoje ao alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS) para as mortes maternas e neonatais e ao pedido de ação urgente a todos os governos nesta matéria.

O chefe de Estado sublinha "a importância dos cuidados de saúde de qualidade das mães e dos bebés enquanto pilar fundamental das políticas públicas em saúde, e a urgência na garantia da assistência neonatal, um pedido deixado pela OMS neste Dia Mundial da Saúde, a todos os países e governos", lê-se na nota no site da presidência.


Leia Também: Perto de 92% das cerca de 260.000 mortes de mulheres devido à gravidez e ao parto em 2023 ocorreram em países de baixo e médio rendimento, indica um relatório das Nações Unidas divulgado hoje.

Nigéria com maior número de mortes maternas em 2023

Por LUSA 
A Nigéria foi o país com o maior número de mortes maternas em 2023, de acordo com um relatório sobre o tema hoje publicado, e a Guiné-Bissau está entre as nações com a taxa mais elevada.

De acordo com o estudo "Tendências das estimativas da mortalidade materna de 2000 a 2023", do Grupo Interagências das Nações Unidas para a Estimativa da Mortalidade Materna (MMEIG), que analisou 195 nações e territórios, "a Nigéria registou o maior número de mortes maternas" em 2023, com aproximadamente 75.000 óbitos, e representa 28,7% das mortes maternas mundiais desse ano.

A Nigéria, a Índia (com 19.000 mortes), a República Democrática do Congo (19.000 mortes) e o Paquistão (11.000 mortes) - que representam 7,2%, 7,2% e 4,1% das mortes maternas globais, respetivamente, em 2023 - foram responsáveis por quase metade das mortes maternas mundiais, segundo a informação do relatório.

Entre 2000 e 2023 as taxas de mortalidade materna diminuíram em todo o mundo, continuando a hemorragia a ser a principal causa.

O Vírus da Imunodeficiência Humana é referido no relatório como sendo uma das causas indiretas da morte materna. Os três países com maior percentagem em 2023 foram o Essuatíni (16,9%), Moçambique (14,7%) e a Bielorrússia (10,4%).

 Em 2023 nenhum país registou uma mortalidade "extremamente elevada", mas, de acordo com a análise apresentada, nove países tiveram uma taxa de mortalidade materna "muito alta", sendo oito nações da África Subsariana: Nigéria, Chade, República Centro-Africana, Sudão do Sul, Libéria, Somália, Afeganistão, Benim e a lusófona Guiné-Bissau.

Segundo o relatório, a "África Subsariana foi responsável por aproximadamente 70% das mortes maternas globais" em 2023.

De forma global, 14 países tiveram uma taxa "elevada", 43 países uma taxa "moderada" e 130 uma taxa "baixa".

O combate à mortalidade materna insere-se nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) que entraram em vigor em 01 de janeiro de 2016 para o período de 15 anos que termina em 31 de dezembro de 2030, salientou o MMEIG.

Todavia, alertou, "os contextos humanitários emergentes e as situações de conflito, pós-conflito e catástrofe dificultam significativamente os progressos no sentido de alcançar os objetivos globais em matéria de saúde e bem-estar, incluindo as metas de redução da mortalidade materna".

Em 2023, o Banco Mundial identificou 17 países e territórios afetados por conflitos violentos e 20 outros países e territórios com elevados níveis de fragilidade institucional e social. Coletivamente, "estes 37 países e territórios foram responsáveis por 61,4% de todas as mortes maternas em 2023", citou o MMEIG.

Relativamente ao risco estimado de mortalidade materna ao longo da vida, em 2023 os países com o maior risco estimado foram o Chade e a República Centro-Africana.

Para o MMEIG, "o sistema de saúde tem um papel central" a desempenhar "durante a gravidez, o parto e o período pós-parto (...) e deve ser capaz de responder às necessidades locais e enfrentar os desafios emergentes".

"Quase todas as mortes maternas são evitáveis", lamentou.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), na 10.ª revisão da Classificação Internacional de Doenças, definiu como mortalidade materna "a morte de uma mulher durante a gestação ou até 42 dias após o término da gestação, independente da duração ou localização da gravidez, devida a qualquer causa relacionada com ou agravada pela gravidez ou por medidas em relação a ela, porém não devida a causas acidentais ou incidentais".

O Grupo Interagências das Nações Unidas para a Estimativa da Mortalidade Materna (MMEIG) - que inclui a Organização Mundial da Saúde, a Agência das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP), o Grupo do Banco Mundial e o Departamento dos Assuntos Económicos e Sociais das Nações Unidas, Divisão da População (UNDESA/Divisão da População) - foi criado em 2006.

Leia Também: Um total de 118 pessoas morreram na Nigéria desde o início do ano devido a uma nova epidemia de febre de Lassa, uma doença hemorrágica aguda, anunciou hoje o Centro Nacional de Controlo de Doenças (NCDC) do país

domingo, 6 de abril de 2025

Discurso de Braima Camará durante o encontro de confraternização com as mulheres do API-CG. Video: Madem-g15

G7 manifesta "profunda preocupação" com manobras militares junto a Taiwan

Por LUSA 

Os ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 expressaram hoje "profunda preocupação" numa declaração sobre as frequentes manobras militares da China em torno de Taiwan, e apelaram a um "diálogo construtivo" para resolver as diferenças entre Pequim e Taipé.

Estas atividades cada vez mais frequentes e desestabilizadoras estão a aumentar as tensões entre os dois lados do estreito e a pôr em risco a segurança e a prosperidade globais", declararam os ministros da Alemanha, Canadá, Reino Unido, Estados Unidos da América, França, Itália e Japão, bem como o alto representante da União Europeia (UE).

O grupo dos países mais industrializados manifestou o seu "interesse em preservar a paz e a estabilidade no estreito de Taiwan" e a sua oposição a "qualquer ação unilateral que ameace tal paz e estabilidade, incluindo através da força ou da coação".

"Os membros do G7 continuam a incentivar a resolução pacífica dos problemas através do diálogo construtivo entre os dois lados do estreito", afirmaram.

Esta semana, os militares chineses realizaram exercícios militares perto de Taiwan, incluindo exercícios de tiro real de longo alcance no Mar da China Oriental.

As manobras, apelidadas de "Strait-Thunder 2025A", incluíram bloqueios navais, ataques de precisão contra instalações importantes e lançamentos de mísseis numa área fechada do Mar da China Oriental, a cerca de 400 quilómetros da ilha, disse o Ministério da Defesa de Taiwan.

Os exercícios ocorreram semanas depois de o Presidente de Taiwan, William Lai, criticado pelas autoridades chinesas como um "ativista independentista" e "desordeiro", ter definido a China como uma "força externa hostil" e anunciado iniciativas para conter as operações de "infiltração" de Pequim contra a ilha.

Taiwan, que é autónomo desde 1949, é visto por Pequim como uma "parte inalienável" do território chinês e não descarta o uso da força para conseguir a "reunificação" da ilha e do continente.


Leia Também: Canadá convida Zelensky a participar na cimeira do G7 em junho


Macron defende "ação forte" se a Rússia continuar a "recusar a paz"

Por LUSA 

O presidente francês, Emmanuel Macron, lamentou hoje os novos "ataques mortais" da Rússia na Ucrânia e apelou a uma "ação forte" se Moscovo continuar a "recusar a paz".

"Estes ataques russos têm de acabar. Precisamos de um cessar-fogo o mais rapidamente possível. E de uma ação forte se a Rússia continuar a procurar ganhar tempo e a recusar a paz", defendeu o chefe de Estado francês na rede social X.

Nesta publicação, Macron denunciou que, no sábado à noite, "vários ataques russos tiveram como alvo áreas residenciais" na capital Kiev e em várias outras cidades ucranianas.

"Enquanto a Ucrânia aceitou a oferta do Presidente Trump de um cessar-fogo total e incondicional de 30 dias há quase um mês, e enquanto trabalhamos com todos os nossos parceiros em maneiras de alcançar a paz, a Rússia continua a guerra com intensidade crescente, ignorando os civis", salientou o Presidente de França.

"Por quanto tempo a Rússia ignorará as propostas de paz dos Estados Unidos e da Ucrânia enquanto continua a matar crianças e civis?", questionou ainda Macron.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou hoje que os ataques aéreos russos contra a Ucrânia estão a aumentar, mostrando que a pressão internacional sobre Moscovo é "ainda insuficiente".

O número de ataques aéreos "está a aumentar", escreveu o Presidente ucraniano nas suas redes sociais, após mais uma noite de ataques, que causaram pelo menos um morto e três feridos em Kiev, um morto na região de Kherson, no sul do país, e dois feridos na região nordeste de Kharkiv.

"É assim que a Rússia revela as suas verdadeiras intenções: continuar a semear o terror enquanto o mundo lhe permitir", acrescentou o chefe de Estado ucraniano, contabilizando que, na semana passada, as forças de Moscovo lançaram "mais de 1.460 bombas aéreas guiadas, cerca de 670 drones de ataque e mais de 30 mísseis".

Na sexta-feira, um ataque russo fez 18 mortos, entre os quais nove crianças, perto de um parque infantil em Kryvyi Rig, cidade natal de Zelensky, na região Centro do país.

O Presidente da República, recebeu em audiência de cortesia o Vice-Ministro dos Negócios Estrangeiros da República do Azerbaijão, Yalchin Rafiyev, que iniciou uma visita oficial com duração de dois dias à Guiné-Bissau.

Crimes contra civis devem ser todos documentados e ter consequências

Por LUSA 

A ativista ucraniana Anastasiia Holovnenko defende que as organizações não-governamentais internacionais devem esforçar-se para garantir que todos os crimes contra civis sejam documentados e tenham consequências legais, numa referência às violações cometidas pelas forças russas na Ucrânia.

"Por exemplo, recentemente, jornalistas de investigação publicaram testemunhos de militares russos que assassinaram civis em Bucha [a noroeste de Kiev]. Se a comunidade internacional não tivesse dado atenção a esses crimes há três anos, e se não tivessem sido abertos processos-crime, esses atos teriam passado despercebidos e os criminosos continuariam impunes", exemplifica Anastasiia Holovnenko numa entrevista à agência Lusa.

Holovnenko, especialista em comunicação estratégica e que já trabalhou em meios de comunicação social independentes, como o Kyiv Independent e o Hromadske, no Centro Anticorrupção, sustenta que, para o regime do Presidente russo, Vladimir Putin, os direitos humanos "são tóxicos".  

"Para o regime de Putin, os direitos humanos e os princípios do Estado de direito são tóxicos. Passo a passo, o regime tem vindo a destruir sistematicamente todos os sinais de uma sociedade democrática e aberta, promovendo essa destruição como uma nova norma", afirma Holovnenko, salientando que na Ucrânia é necessária uma grande luta para combater as sucessivas violações.  

Segundo a também especialista em comunicação para o impacto social no Centro para as Liberdades Civis, organização não-governamental ucraniana distinguida com o Prémio Nobel da Paz em 2022 e que promove os direitos humanos e a democracia na Ucrânia, a instituição onde trabalha está a tentar apoiar uma forma "de livrar o mundo da constante ameaça russa".  

"Na sociedade ucraniana, apoiamos fortemente e contribuímos para o desenvolvimento do movimento de direitos humanos, pois oferece uma oportunidade de estabelecer padrões democráticos modernos de convivência, tanto a nível interno como com os nossos parceiros", destaca.  

E prossegue: "Também gostaríamos de ver padrões de direitos humanos e garantias de liberdades na Rússia, porque acreditamos que é tão importante para os russos como para nós que, um dia, seja possível construir uma democracia naquele país, o que, do nosso ponto de vista, livraria o mundo da constante ameaça russa".  

Holovnenko realça que, na Rússia, ainda existe uma rede de organizações de direitos humanos, associações de povos oprimidos, movimentos contra a guerra, grupos feministas e de defesa dos direitos LGBTQ+.  

"No entanto, trata-se de um país autoritário, onde qualquer atividade que desagrade ao governo é criminalizada, uma situação que tem sido a norma na Federação Russa nos últimos 27 anos", conclui a ativista.  

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).  

Coreia do Norte: Kim Jong-un visitou militares e... testou nova espingarda. As imagens

© KCNA via REUTERS  Notícias ao Minuto  06/04/2025 

Segundo a Coreia do Sul, as unidades de operações especiais norte-coreanas fazem parte dos milhares de efetivos que Pyongyang enviou para combater na guerra na Ucrânia.

O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, visitou, na sexta-feira, a base de treino militar das unidades de operações especiais do Exército do país e foi apanhado a testar uma nova espingarda de precisão. Esta visita foi noticiada pelos meios estatais no sábado. 

Segundo a agência KCNA, citada pela Reuters, Kim montou um posto de observação para assistir a um treino tático geral e ao concurso de tiro com armas ligeiras realizado por combatentes de várias unidades de operações especiais no âmbito do programa de treino. 

No local, o líder norte-coreano disse que o reforço das forças de operações especiais é uma parte essencial da atual estratégia militar do país e delineou uma série de tarefas importantes destinadas a melhorar as suas capacidades operacionais, embora não tenham sido revelados detalhes. 

"O reforço das forças de operações especiais constitui atualmente uma componente importante da estratégia de construção do exército",  afirmou Kim. 

Além disso, o líder da Coreia do Norte efetuou também um teste de tiro de uma espingarda de precisão, que será fornecida às unidades de operações especiais. Foi desenvolvida pela tecnologia norte-coreana.

Segundo a Coreia do Sul, as unidades de operações especiais norte-coreanas fazem parte dos milhares de efetivos que Pyongyang enviou para a Rússia para combater na guerra da Ucrânia.

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