segunda-feira, 31 de março de 2025
‼🇬🇼 Aumento de casos de crianças desaparecidas preocupa autoridades da Guiné-Bissau

O Presidente norte-americano, Donald Trump, quer criar "centros de refugiados" em Pretória, na África do Sul, para posteriormente receber cidadãos brancos sul-africanos como refugiados, noticiou o The New York Times.
© Tom Williams/CQ-Roll Call, Inc via Getty Images Lusa 31/03/2025
Trump quer criar "centros de refugiados" para receber 'afrikaners'
O Presidente norte-americano, Donald Trump, quer criar "centros de refugiados" em Pretória, na África do Sul, para posteriormente receber cidadãos brancos sul-africanos como refugiados, noticiou o The New York Times.
O programa "Missão África do Sul" prevê a criação de centros de refugiados em Pretória - berço de Elon Musk, que está à frente do Departamento de Eficiência Governamental da governação Trump - e dar aos cidadãos 'afrikaner' [descendentes de colonos europeus] da África do Sul o estatuto de refugiados, informou o jornal norte-americano, com base em documentos a que teve acesso.
Esta política vai contra as atuais pretensões migratórias dos Estados Unidos, em que foi proibida a entrada à "maioria dos refugiados", nomeadamente "20.000 pessoas que já estavam prontas para viajar" para o país "antes da tomada de posse do Presidente Trump", vindas por exemplo do Afeganistão, da República Democrática do Congo e da Síria, salienta-se no jornal norte-americano.
Um tribunal de recurso decidiu, na semana passada, que a administração Trump deve admitir as milhares de pessoas a quem foi concedido o estatuto de refugiado antes da entrada em funções do novo Presidente e recusou-se também a impedi-lo de suspender a admissão de novos refugiados.
Segundo a investigação jornalística, numa primeira fase do programa, os EUA enviaram várias equipas para a África do Sul para converter escritórios em Pretória em centros de refugiados. No local, já foram estudados mais de 8.200 pedidos para se integrarem estes cidadãos nos EUA e foram identificados 100 'afrikaner' que poderão obter o estatuto de refugiados.
"Até meados de abril, os funcionários norte-americanos no terreno irão propor soluções a longo prazo, para garantir a implementação bem sucedida da visão do Presidente [Trump] para a reinstalação digna dos candidatos 'afrikaner' elegíveis", de acordo com um memorando enviado da embaixada em Pretória para o Departamento de Estado em Washington este mês, citado pelo The New York Times.
Esta ajuda à minoria branca sul-africana coloca os EUA num debate acesso, uma vez que alguns membros 'afrikaner' iniciaram uma campanha a sugerir serem as verdadeiras vítimas no período "pós-'apartheid'" e com o Departamento de Estado norte-americano a defender que estes têm sido alvo de uma "discriminação racial injusta", indicou.
Esta tensão entre as duas nações começou particularmente em 02 de fevereiro quando Trump afirmou que a África do Sul estava a confiscar terras e "a tratar muito mal certas classes de pessoas", referindo-se à Lei da Expropriação, promulgada em 23 de janeiro, que facilita a expropriação de terras do interesse público por parte dos organismos estatais, desde que seja paga uma indemnização justa, substituindo assim a legislação que estava em vigor desde 1975.
Também Musk, que não tem ascendência 'afrikaner', destacou essa lei em publicações nas redes sociais e apresentou-a como uma ameaça para a minoria branca sul-africana.
Em 2017, o periódico City Press noticiou que os agricultores brancos detinham quase três quartos das terras agrícolas da África do Sul, apesar de 23 anos de esforços do Governo para redistribuir terras à maioria negra.
Por sua vez, em 07 de fevereiro, num decreto presidencial, Trump decidiu cortar a ajuda externa à nação africana e declarou que os EUA iriam "encorajar" a reinstalação de refugiados 'afrikaner'.
Ernst Roets, antigo diretor executivo da Fundação Afrikaner, disse ao The New York Times que a criação deste programa de refugiados provocou um debate, porque muitos 'afrikaner' não querem sair do país, mas sim uma "auto-governação" apoiada pelos EUA.
A tensão entre as duas nações tem vindo a aumentar e em 15 de março a África do Sul lamentou que o seu embaixador nos EUA, Ebrahim Rasool, tenha sido declarado 'persona non grata' pelo secretário de Estado, Marco Rubio.
Leia Também: O multimilionário Elon Musk, braço direito do Presidente norte-americano, Donald Trump, responsabilizou hoje a "esquerda radical" pelos "abusos do sistema judicial" após a condenação da líder da extrema-direita francesa, Marine Le Pen, impedida de concorrer às eleições presidenciais.

Jejum intermitente pode aumentar o desejo sexual, revela estudo... A experiência foi elaborada em ratos.
© Shutterstock noticiasaominuto.com 31/03/2025
Se estava a pensar fazer jejum intermitente, saiba que pode ter consequências positivas no que diz respeito à sua vida sexual.
Investigadores do Centro Alemão de Doenças Neurodegenerativas (DZNE) realizaram um novo estudo em ratos machos, chegando à conclusão de que o jejum intermitente aumentou o desejo sexual desses animais ao diminuir a concentração de um neurotransmissor no cérebro, a serotonina.
De acordo com o grupo de investigadores, este mecanismo também poderá acontecer nos humanos, o que significa que pode ser possível tratar a perda indesejada do desejo sexual desta forma.
"Estamos interessados nos efeitos do jejum no envelhecimento. Usando os ratos como modelo, investigámos os mecanismos biológicos subjacentes. O nosso objetivo é obter mais informação que também possa ser relevante para os humanos", explicou o Dr. Dan Ehninger, líder do grupo de pesquisa da DZNE e autor principal do estudo.
"A falta de desejo sexual não é necessariamente interpretada como um problema, mas algumas pessoas sofrem com isso", acrescentou.
Note-se que, de acordo com a Cleveland Clinic, a falta de libido é bastante comum, afetando um em cada cinco homens e mais de metade das mulheres.
No estudo da DZNE, os investigadores exploraram ainda de que forma o jejum intermitente afetava a descendência dos ratos e chegaram a um conclusão inesperada: a reprodução destes animais aumentou significativamente depois de passarem por uma dieta restrita, ou seja, a sua fertilidade aumentou.
Os machos seguiram a dieta ao longo de 22 meses. Quando finalmente foram apresentados às fêmeas, ficou claro que eles estavam mais do que prontos para se reproduzirem.
Aqueles que fizeram jejum durante pelo menos durante seis meses tornaram-se mais sexualmente ativos do que o grupo que comeu livremente. No entanto, um grupo que jejuou por apenas algumas semanas não apresentou o mesmo aumento na libido.
"É uma questão de comportamento", explicou Dan Ehninger. "Os machos em jejum tiveram mais contatos sexuais do que os ratos que podiam comer livremente. Por outras palavras, estes animais tiveram uma frequência anormalmente alta de acasalamento e, como resultado, um número anormalmente alto de descendentes para a sua idade".
Leia Também: Os fatores que mais afetam a fertilidade feminina (e como preveni-los)
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Trump “chateado” com Putin ameaça tarifas extra a quem comprar petróleo russo
Donald Trump e Vladimir Putin Por CNN Portugal
Em causa, comentários feitos por Putin na sexta-feira, que sugeriam que Zelensky não tem legitimidade para conduzir conversações de paz, com o líder russo a lançar a ideia de colocar a Ucrânia sob o controlo da ONU
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confessou estar “muito zangado” e “chateado” com o homólogo russo Vladimir Putin. Declarações feitas pelo presidente norte-americano, numa entrevista telefónica à NBC News.
“Pode dizer-se que fiquei muito zangado, chateado, quando... quando Putin começou a meter-se na credibilidade de Zelensky, porque isso não está a ir para o sítio certo”, disse Trump à NBC.
O presidente dos EUA reagia assim aos comentários feitos por Putin na sexta-feira, que sugeriam que Zelensky não tem legitimidade para conduzir conversações de paz, com o líder russo a lançar a ideia de colocar a Ucrânia sob o controlo da ONU.
“Uma nova liderança significa que não vai haver acordo durante muito tempo”, disse Trump, que ameaçou impor tarifas extras aos países que compram petróleo russo se Putin não concordar com um cessar-fogo.
“Se a Rússia e eu não conseguirmos chegar a um acordo para parar o derramamento de sangue na Ucrânia e se eu achar que a culpa foi da Rússia - o que pode não ser... Vou impor tarifas secundárias... a todo o petróleo proveniente da Rússia”, disse Trump.
Na sexta-feira, na cidade de Murmansk, Vladimir sugeriu que um Governo provisório na Ucrânia, com o apoio da ONU, poderia substituir o Presidente Zelensky, antes de as eleições entregarem o poder a um “governo capaz” de iniciar conversações de paz.
O Presidente russo sugeriu que a supervisão da ONU seria efetuada “a fim de realizar eleições democráticas [na Ucrânia], a fim de introduzir um Governo competente em que o povo confie”.
O Presidente russo afirmou que a Rússia iria então realizar conversações de paz com o novo governo e “assinar documentos legítimos que seriam reconhecidos mundialmente e que seriam fiáveis e estáveis”.
Trump fala em “prazo psicológico” para Putin concordar com o cessar-fogo
O Presidente dos EUA voltou a manifestar no domingo o seu desapontamento em relação a Vladimir Putin, mas acrescentou que “sempre se deu bem” com ele.
Questionado sobre quando quer que a Rússia concorde com o cessar-fogo, Trump disse que existe um “prazo psicológico”. “Se eu pensar que eles nos estão a enganar, não ficarei contente com isso”, afirmou.
O presidente dos EUA falava depois de os drones russos terem atingido um hospital militar, um centro comercial e blocos de apartamentos na segunda maior cidade da Ucrânia, Kharkiv, matando duas pessoas e ferindo dezenas.
Leia Também: Propostas de Trump e Putin para a Ucrânia são "um autêntico disparate"

Condenada por desvio de fundos europeus, Marine Le Pen não se pode candidatar às presidenciais de 2027
Marine Le Pen (EPA) Por CNN Portugal
Condenada por desvio de fundos europeus, Marine Le Pen não se pode candidatar às presidenciais de 2027, decretou o Tribunal Penal de Paris.
Segundo o jornal Le Monde, todos os deputados, incluindo Marine Le Pen, foram condenados à inelegibilidade imediata.
Marine Le Pen foi considerada culpada, esta segunda-feira, na sentença do julgamento por desvios de fundos europeus por assistentes do partido francês União Nacional (RN, extrema-direita).
Para além de Le Pen, também outros oito eurodeputados foram considerados culpados.
O tribunal calculou que o prejuízo total foi de 2,9 milhões de euros, o que fez com que “o Parlamento Europeu pagasse por pessoas que estavam efetivamente a trabalhar para o partido”.
O caso remonta a 2015, quando o Parlamento Europeu lançou um alerta às autoridades francesas sobre a possível utilização fraudulenta de fundos do antigo partido Frente Nacional, posteriormente renomeado União Nacional, devido ao grande número de contratos de assistentes parlamentares que trabalhavam total ou parcialmente para o partido entre 2004 e 2016.

Reino Unido e EUA tentam chegar a "acordo de prosperidade económica"

África: A ONU estima que o rácio da dívida pública sobre o PIB na média dos países africanos caia ligeiramente este ano, para 62,1%, um valor ainda assim insuficiente para garantir o necessário investimento público.
Leia Também: O comércio entre os países africanos só aumentará significativamente se os governos apostarem em "reformas ousadas" na indústria, produtividade e PME, conclui a Comissão Económica das Nações Unidas para África (UNECA) num relatório sobre o tema.

África precisa de "reformas ousadas" para aumentar comércio interno
Leia Também: Costa do Marfim: 1.º país africano a emitir dívida externa em moeda local

domingo, 30 de março de 2025
Portugal prepara nova força das operações especiais para integrar contingente da NATO
Por sicnoticias.pt 30 mar. 2025
O exército português está a preparar o envio de uma nova força das operações especiais para a Roménia na fronteira com a Ucrânia. O desempenho nos últimos meses reforçou a confiança da NATO na capacidade militar de Portugal, que já pediu o aumento do contingente para o segundo semestre deste ano. A SIC acompanhou em exclusivo o aprontamento que decorre no Centro de Tropas de Operações Especiais dos Rangeres em Lamego.
A entrada tem de ser rápida e silenciosa. O objetivo está definido e quando acaba o efeito surpresa, a ordem é para completar a missão e sair rapidamente eliminando todas as ameaças.
Este cenário faz parte do treino de uma equipa das operações especiais do exército português em aprontamento para integrar o contingente da NATO na Roménia.
Portugal tem atualmente 40 militares das operações especiais na fronteira da Europa com a guerra na Ucrânia. Pela primeira vez com capacidade de comando e controlo das operações a realizar ao serviço da NATO.
A incerteza do contexto internacional, mas também o desempenho dos últimos meses da força nacional, levou a NATO a confiar ao exército português um reforço de meios.
A guerra em solo ucraniano tem sido uma espécie de laboratório de experiências para a indústria militar. Novas armas e novos equipamentos trazem também novos desafios. O treino destes rangeres continua a passar pela organização de um grupo selecionado de homens, onde a confiança e a eficácia não admitem o erro.
Equipas usam 'drones' no treino
Mas também a incorporação de novas tecnologias no planeamento e execução de missões. A guerra dos 'drones' exige aperfeiçoamento e se calhar anos de treino nas forças especiais já são lançados, por exemplo, para deslocamento de equipas, análise de contexto envolvente e apoio à execução.
Mais do que o número de militares, em contexto de operações especiais, contam as capacidades multidisciplinares das equipas, mas com uma guerra que pouco conseguem adivinhar qual será o próximo passo, a experiência pesa ainda mais critério de seleção.
A média de idades dos militares em aprontamento ronda os 35 anos. Grande parte com várias missões internacionais.
Esta força das operações especiais do exército português vai ser projetada para Roménia durante o mês de maio com capacidade para cumprir missões em todo o flanco leste ao serviço da NATO.
Em simultâneo, Portugal vai iniciar um novo aprontamento para projetar no contexto internacional, antes do final do ano, uma nova força.
As tropas russas vão intensificar a sua ofensiva para expulsar as forças ucranianas do território que ocupam desde agosto passado na região de Kursk, informou hoje o Ministério da Defesa russo no seu canal do Telegram.
© Yan Dobronosov/Global Images Ukraine via Getty Images Lusa 30/03/2025
Rússia vai intensificar ofensiva na região ocupada de Kursk
As tropas russas vão intensificar a sua ofensiva para expulsar as forças ucranianas do território que ocupam desde agosto passado na região de Kursk, informou hoje o Ministério da Defesa russo no seu canal do Telegram.
"Nas últimas 24 horas, as Forças Armadas Ucranianas perderam mais de 160 militares, um veículo blindado de combate, seis veículos, um veículo todo-o-terreno e quatro pontos de controlo de drones", afirma o relatório militar sobre a situação na região de Kursk.
O Ministério da Defesa disse que unidades do grupo militar russo Norte lançaram ataques e causaram perdas ao inimigo perto das cidades de Gornal, Guevo e Oleshnia, as duas primeiras na região de Kursk e a última na vizinha região ucraniana de Sumy.
"No total, durante as operações militares na Frente Kursk, o inimigo perdeu 71.050 pessoas", enfatizou o comando militar russo.
Enquanto isso, o Ministério de Situações de Emergência russo referiu hoje que desde 12 de março foram retirados aproximadamente 680 moradores das cidades de onde as tropas ucranianas foram expulsas.
Segundo o ministério, os deslocados foram transferidos para áreas seguras, onde estão a receber acomodação e assistência para localizar os seus familiares.
Braima Camara, compre a reza de Eid-Ul-Fitr este Domingo 30 de Março de 2025.
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Radio TV Bantaba/ Movimento para Alternância Democrática - MADEM G15
O Presidente da República, cumpriu a tradição e rezou no pátio do Palácio da República, para celebrar o fim do Ramadan com a oração de Eid al-Fitr.
"Enquanto a Rússia não conquistar as quatro províncias ucranianas não vai desistir"
O especialista em relações internacionais José Palmeira acredita que a guerra na Ucrânia não deverá terminar "enquanto a Rússia não conquistar as quatro províncias ucranianas" - Kherson, Zaporizhzhia, Donetsk e Lugansk -, algo que até para algumas fontes russas "não será possível em 2025".
Mesquita na Bairro de Cuntum 2, Kuma, Ramadã é segunda-feira, 31/03/2025
sábado, 29 de março de 2025
O Coordenador Nacional da Comissão de Observação Lunar confirma que a lua foi vista no Bairro Militar em Bissau e na Aldeia de Ganfondjo no sector do Ganadu na região de Bafatá. Sendo assim, Infali Cotê diz estão reunidas todas as condições para Eid al Fitr. Para a reza que marca o fim de jejum, Cotê convoca para amanhã, domingo, [30.03.2025] todos os fiéis muçulmanos na Guiné Bissau.
A Arábia Saudita anunciou hoje que o próximo domingo, 30 de março, será o primeiro dia do Aid al-Fitr, o feriado que encerra o mês sagrado muçulmano do Ramadão.
© Getty Images Lusa 29/03/2025
Arábia Saudita anuncia domingo como 1.º dia de feriado do fim do Ramadão
A Arábia Saudita anunciou hoje que o próximo domingo, 30 de março, será o primeiro dia do Aid al-Fitr, o feriado que encerra o mês sagrado muçulmano do Ramadão.
"A Corte Real saudita confirmou o aparecimento da lua crescente do mês de Shawwal, o que significa que o próximo domingo é o primeiro dia de Aid al-Fitr no reino", informou a agência noticiosa oficial saudita SPA.
O anúncio da Arábia Saudita foi seguido por outros países, incluindo os Emirados Árabes Unidos, o Qatar, o Iémen e o Kuwait, que também declararam domingo como o dia do início do Aid al-Fitr, e a que se juntaram o Bahrein, o Líbano, o Sudão, o Sudão do Sul e a Palestina.
Embora os países árabes sigam geralmente o exemplo da Arábia Saudita, cinco não viram hoje a lua crescente.
Egito, Omã, Jordânia e Iraque anunciaram que vão começar a observar o Aid al-Fitr na segunda-feira, para além da Síria, que inicialmente confirmou o avistamento da lua, mas corrigiu depois.
O Aid al-Fitr é um período festivo de vários dias, marcado sobretudo por donativos, reuniões familiares e oferta de presentes, depois de terminado o mês de jejum do Ramadão.
As autoridades da maioria dos países muçulmanos declararam esta semana como feriado público.
Assim, milhares de muçulmanos estão em vésperas de celebrar o fim do Ramadão, quando for avistada a Lua Nova, que marcará a conclusão do mês sagrado de jejum, considerado um dos cinco pilares do Islão.
Hoje de manhã, em declarações à Lusa, o imã da Mesquita Central de Lisboa, xeque David Munir, tinha indicado que o Eid al-Fitr (celebração que marca o fim do jejum) pode acontecer no domingo ou na segunda-feira, dando início a um novo mês lunar islâmico -- o Shawwal.
O avistamento da Lua Nova vai marcar o fim do Ramadão -- 30 dias depois -- um período durante o qual, desde a puberdade, os seguidores do islamismo, exceto os muito idosos, as grávidas ou menstruadas, os doentes e os viajantes, todos estão obrigados a não comer e beber entre o amanhecer e o anoitecer.
O jejum pratica-se no nono mês do calendário muçulmano, baseado no ciclo lunar, aquele em que os muçulmanos acreditam que, no ano de 610 depois de Cristo, o anjo Gabriel revelou o Corão - o livro sagrado do Islão - ao profeta Maomé.
A cumprirem ano islâmico de 1446, que começou em 7 de julho de 2024 e terminará em 25 de junho de 2025, os muçulmanos aproveitam o mês do jejum para refletir.
"Basicamente, quebramos o jejum, as pessoas fazem as suas orações pedindo a Deus, ao Criador, tudo aquilo que foi feito durante o mês do Ramadão e que possamos manter este clima e esta solidariedade durante os 11 meses que vêm", realçou o xeque Munir.
O imã da Mesquita Central de Lisboa referiu que "é muito mais fácil" perceber o fim do Ramadão num país islâmico, porque "a comunicação é oficial".
"Quanto mais depressa soubermos, iremos anunciar o mais depressa possível para as pessoas se prepararem para o dia do Eid [al-Fitr], que é o dia de festa. Se não for no domingo, no dia 31 [segunda-feira] é de certeza", vincou.
À Lusa, David Munir adiantou que estão previstas orações na Praça do Martim Moniz e na Alameda, em Lisboa, além das que são feitas todos os anos na Mesquita Central.
Durante o mês do Ramadão, a Mesquita Central de Lisboa confecionou cerca de 2.000 refeições diárias para a quebra do jejum, ao pôr-do-sol.
O facto de o ano lunar ser mais curto que o solar explica que a cada ano a data do Ramadão se aproxime 10 ou 11 dias do início do ano. Em 2030, o Ramadão será celebrado duas vezes, no início de janeiro e no final de dezembro.
De acordo com o líder religioso, a comunidade muçulmana em Portugal "já ultrapassou os 100 mil" crentes.
A nossa conversa com os nossos irmãos guineenses na Mauritânia sobre a onda de deportações e maus-tratos
A organização islamita palestiniana Hamas afirmou-se hoje disposta "a libertar um pequeno número de reféns", desde que Israel garanta um cessar-fogo durante o feriado de Eid al-Fitr, que marca o fim do Ramadão, segundo fonte ligada às negociações.
© Doaa Albaz/Anadolu via Getty Images Lusa 29/03/2025
Hamas admite libertar reféns se Israel cumprir trégua no fim do Ramadão
A organização islamita palestiniana Hamas afirmou-se hoje disposta "a libertar um pequeno número de reféns", desde que Israel garanta um cessar-fogo durante o feriado de Eid al-Fitr, que marca o fim do Ramadão, segundo fonte ligada às negociações.
As celebrações do Eid al-Fitr deverão ter lugar entre domingo e segunda-feira, altura em que termina o Ramadão, mês sagrado do Islão.
Basseim Naim, porta-voz do gabinete político do Hamas, confirmou que as conversações entre os mediadores (Egito, Qatar e Estados Unidos) se intensificaram nos últimos dias e espera "que nos próximos dias haja um verdadeiro avanço no cenário de guerra".
Entre o "pequeno número de reféns" que o Hamas libertaria, segundo uma fonte egípcia citada pela agência de notícias EFE, estaria o soldado israelo-americano Edan Alexander, 21 anos, uma exigência do Presidente norte-americano, Donald Trump.
O grupo também se comprometeria com a retoma do diálogo para conseguir "um fim definitivo dos combates" e apaziguar os manifestantes anti-Hamas.
Nos últimos dias, milhares de palestinianos manifestaram-se em diferentes pontos de Gaza em protestos sem precedentes contra o regime do Hamas, que controla o enclave palestiniano, e pelo fim dos ataques israelitas, que já provocaram mais de 50.200 mortos.
"Basta, queremos o Hamas fora!", "Parem a guerra!" e "Queremos as nossas vidas de volta!" foram algumas das palavras de ordem entoadas pelos manifestantes na quarta-feira, em protestos que tiveram lugar em pelo menos dois pontos do norte do enclave, Beit Lahia e o bairro de Shujaiya, na cidade de Gaza, segundo a EFE.
No enclave há ainda 59 reféns (Israel calcula que cerca de 20 estão mortos) nas mãos de milícias palestinianas e cuja entrega tinha sido contemplada na segunda fase do acordo de cessar-fogo que Israel bloqueou no início de março.
Também hoje, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Autoridade Palestiniana, no poder na Cisjordânia, acusou Israel de provocar a "morte de civis palestinianos" em ações militares para melhorar a sua posição negocial.
"O Governo israelita aproveita-se da passividade internacional para prolongar deliberadamente a sua guerra de genocídio, deslocações e anexações e a morte deliberada de civis palestinianos para melhorar a sua posição negocial. O resultado é a morte diária de crianças, mulheres, idosos e doentes", denunciou o ministério, segundo a agência noticiosa oficial palestiniana WAFA.
A diplomacia apelou à comunidade internacional para que "assuma a sua responsabilidade" e exorte Israel a pôr termo "à matança brutal de civis desarmados". "A ligação destas mortes às negociações de cessar-fogo de Israel é uma armadilha injustificada, sangrenta e colonial", afirmou.
Esta "forma de pressão militar para melhorar a posição negocial", acrescentou, é conseguida através de "bombardeamentos e assassínios em massa de civis à vista do mundo livre e de países que afirmam defender os direitos humanos e os princípios do direito internacional".
Pelo menos 14 palestinianos foram mortos hoje em ataques israelitas em várias zonas da Faixa de Gaza, informaram fontes médicas e de segurança aos meios de comunicação social palestinianos.
Cerca de 920 palestinianos morreram na sequência de ataques israelitas na Faixa de Gaza desde o fim do último cessar-fogo, em 18 de março, segundo o mais recente balanço do Ministério da Saúde do enclave palestiniano, apresentado hoje, mas que não contabiliza estas últimas mortes.
Os ataques de Israel a Gaza, que começaram em 07 de outubro de 2023 - após a morte de cerca de 1.200 israelitas às mãos das milícias palestinianas -- causaram um total de 50.277 mortos e 114.095 feridos.
No ataque em território israelita em outubro de 2023, o Hamas fez cerca de 250 reféns.
Sismo: Pelo menos 250 mortos no desmoronamento de 50 mesquitas em Myanmar
© Getty Images Lusa 29/03/2025
Pelo menos 250 pessoas morreram nas 50 mesquitas que se desmoronaram em várias regiões de Myanmar na sequência do terramoto que na sexta-feira atingiu o país, um número que o Conselho Islâmico da Birmânia prevê que vá aumentar.
A meia centena de mesquitas desmoronou-se na capital do país, Naipidó, e nas regiões de Mandalay e Sagaing.
"Ainda não foi possível remover os escombros. Não há socorristas suficientes. Só podemos estimar o número de pessoas soterradas em casas e mesquitas. Não conseguimos retirá-las dos edifícios desmoronados", afirmou um porta-voz do conselho, segundo o portal de notícias Myanmar Now.
O porta-voz explicou que o terramoto ocorreu quando estavam a decorrer eventos religiosos em todo o país, uma vez que a sexta-feira é o dia sagrado da semana para a religião islâmica.
Referiu, em particular, os graves danos causados à mesquita de Sule Kone, à mesquita de Taung Sin Kung e à mesquita de Shwe Phone Shein, todas em Mandalay. As mesquitas são também edifícios antigos que não são reparados desde 1962 devido à instabilidade política, segundo o portal.
De acordo com as autoridades militares no poder em Myanmar (antiga Birmânia) o terramoto provocou pelo menos 1.002 mortos e 2.376 feridos, embora se espere que o número aumente nas próximas horas.
O sismo foi registado às 12h50 (06h20 em Lisboa) e ocorreu a uma profundidade de 10 quilómetros, com epicentro a cerca de 17 quilómetros de Mandalay, a segunda cidade da Birmânia, com 1,2 milhões de habitantes, e 270 quilómetros a norte da capital.
As forças armadas birmanesas, que estão no poder desde o golpe de Estado de 2021, declararam o estado de emergência em seis áreas: Sagaing, Mandalay, Magway, Shan, Naipidau e Bago.
Em Banguecoque, na Tailândia, a cerca de mil quilómetros de distância, foram registados pelo menos 10 mortos e 100 desaparecidos.
A Rússia lançou mais de 170 drones sobre a Ucrânia e reivindicou a captura de duas aldeias no leste e sul do país, denunciando um ataque das tropas ucranianas a painéis de energia solar, numa violação da "trégua energética".
© GENYA SAVILOV/AFP via Getty Images Lusa 29/03/2025
Rússia lança drones e captura 2 aldeias e Kyiv ataca painéis de energia
A Rússia lançou mais de 170 drones sobre a Ucrânia e reivindicou a captura de duas aldeias no leste e sul do país, denunciando um ataque das tropas ucranianas a painéis de energia solar, numa violação da "trégua energética".
Os dois países prosseguem com os combates enquanto trocam acusações mútuas de inviabilizarem as tentativas de chegar a um acordo de cessar-fogo e de alcançar a paz.
A Rússia reivindicou hoje a responsabilidade pela captura de duas aldeias no leste e sul da Ucrânia, continuando os seus avanços na linha de frente, à medida que os esforços para alcançar um cessar-fogo abrangente solicitado pelo Presidente dos EUA, Donald Trump vacilam.
De acordo com o relatório diário do Ministério da Defesa russo, as forças de Moscovo capturaram a aldeia de Chtchebraki, na região sul de Zaporijjia, e a aldeia de Panteleimonivka, na região leste de Donetsk.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky informou, por sua vez, que a Rússia lançou mais de 170 drones sobre a Ucrânia, durante a noite de sexta-feira para hoje, atingindo alvos nas regiões de Dnipropetrovsk, Kyiv, Soumy, Kharkiv e Khmelnytsky.
A Força Aérea ucraniana e as autoridades da região de Dnipropetrovsk informaram hoje que as forças de defesa ucranianas conseguiram abater 94 do total de 172 drones.
Segundo Zelensky, quatro pessoas foram mortas em Dnipro, onde o ataque atingiu um complexo hoteleiro, e 21 ficaram feridas, incluindo uma mulher grávida.
"A Rússia está a fazer pouco dos esforços de manutenção da paz em todo o mundo. Está a arrastar a guerra e a espalhar o terror porque continua a não sentir qualquer pressão real", denunciou Zelensky.
Por sua vez, a Rússia denunciou hoje que as tropas ucranianas atacaram com morteiros centrais de painéis de energia solar na parte da região ucraniana de Kherson controlada pelas forças de Moscovo, em violação da chamada "trégua energética".
"Por maldade, estupidez e desejo de prejudicar as iniciativas de paz, as Forças Armadas da Ucrânia estão a atacar com morteiros as centrais de energia solar na região de Kherson", escreveu no Telgram o governador do território instalado por Moscovo, Vladimir Saldo.
Saldo acrescentou que estes ataques não têm qualquer significado militar e não afetam seriamente o fornecimento de eletricidade na região, mas "constituem uma violação flagrante dos acordos sobre a moratória dos ataques às infraestruturas energéticas".
Há várias semanas que os Estados Unidos tentam negociar separadamente com Kyiv e Moscovo um cessar-fogo no Mar Negro e nos ataques contra as infraestruturas energéticas na Ucrânia e na Rússia.
Embora os dois países tenham concordado, em princípio, com estas tréguas, a sua aplicação continua pouco clara e Kyiv e Moscovo acusam-se mutuamente de tentar inviabilizá-las.
Na quinta-feira, o Presidente russo, Vladimir Putin, levantou a ideia de uma "administração de transição" para a Ucrânia, sob a égide da ONU, uma opção que implica a saída de Volodymyr Zelensky, antes de quaisquer negociações sobre um acordo de paz.
Leia Também: Ucranianos dispostos a lutar sem os EUA, mas instam a Europa a agir
Eclipse solar: Europa foi 'brindada' com eclipse parcial do sol. Veja as imagens... Fenómeno pôde ser visto em outras partes do mundo.
© Mike Hewitt/Getty Images Notícias ao Minuto 29/03/2025
A Europa foi 'brindada', durante a manhã deste sábado, 29 de março, por um eclipse parcial solar que é conhecido como 'Chifres do Diabo', devido à forma do Sol enquanto está obstruído pela Lua.
Em Portugal, o momento foi visto entre as 9h30 e as 11h30.
O fenómeno pôde também ser visto na América do Norte, Canadá e em outros países europeus, como Reino Unido e Alemanha.
Veja a galeria acima e, em baixo, veja - ou reveja - o fenómeno.