sexta-feira, 11 de abril de 2025

O Grupo de Contacto para a Defesa da Ucrânia, presidido pela Alemanha e Reino Unido, anunciou hoje um novo organismo para reforçar as capacidades de Kiev face à segurança das comunicações e eficácia dos sistemas eletrónicos.

 

Por LUSA  11/04/2025

Grupo de Contacto para a Defesa da Ucrânia aprova ajuda tecnológica

O Grupo de Contacto para a Defesa da Ucrânia, presidido pela Alemanha e Reino Unido, anunciou hoje um novo organismo para reforçar as capacidades de Kiev face à segurança das comunicações e eficácia dos sistemas eletrónicos.

OGrupo de Contacto para a Defesa da Ucrânia (GCDU) reuniu-se hoje em Bruxelas sob a presidência - pela primeira vez - da Alemanha e do Reino Unido, sobre uma nova coligação com vista a reforçar as capacidades da guerra eletrónica.

Assim, a chamada Coligação de Capacidades de Combate Eletromagnético (CE) foi criada pela Alemanha e por dez outros parceiros para reforçar as capacidades da Ucrânia nas áreas da segurança das comunicações, reconhecimento e interrupção das "telecomunicações inimigas".

De acordo com um comunicado do Ministério da Defesa alemão, a nova coligação prevê ainda melhorar as defesas contra drones e aumentar a eficácia dos sistemas de armamento.

O mesmo documento refere que as capacidades relativas à guerra eletrónica são essenciais para proteger eficazmente as populações, as infraestruturas e o equipamento dos soldados.

"Na guerra moderna, o controlo do espetro eletromagnético é essencial para um combate eficaz. Isto aplica-se, em particular, à utilização e defesa contra drones", acrescenta o comunicado.

Paralelamente, a Alemanha anunciou que disponibilizou mais de 11 mil milhões de euros em apoio militar adicional até 2029.

"Precisamos de uma Ucrânia militarmente forte. Só assim o processo de negociação pode vir a conduzir a uma solução de paz duradoura e justa", afirmou o ministro da Defesa da Alemanha, Boris Pistorius.

Os fundos orçamentais adicionais vão ser investidos em sistemas de defesa aérea adicionais com diferentes alcances e mísseis teleguiados, munições e peças sobresselentes.

Especificamente, estes fundos vão fornecer quatro sistemas de defesa aérea IRIS-T, incluindo 300 mísseis teleguiados; 300 drones de reconhecimento; 120 sistemas portáteis de defesa aérea MANPADS; 25 veículos de combate de infantaria Marder; 15 tanques de batalha Leopard 1A5; 14 sistemas de artilharia; 100 radares de vigilância terrestre e 30 mísseis PATRIOT.

Berlim vai também fornecer à Ucrânia mais 100 mil munições, elevando o total de munições de artilharia fornecidas pela Alemanha para quase 500 mil.

O ministro da Defesa alemão disse ainda que Berlim tenciona finalizar acordos para fornecer mais sistemas IRIS-T nos próximos anos.

O IRIS-T (Infrared Imaging System Tail/Thrust Vetor-Controlled) é um míssil de curto e médio alcance também designado por AIM-2000.

O Grupo de Contacto para a Defesa da Ucrânia reunido hoje em Bruxelas é composto por 57 países, incluindo os 32 membros da Aliança Atlântica e por 25 Estados da União Europeia.  

O Presidente da República, participou na abertura do Fórum Diplomático de Antalya, na Turquia, como convidado de honra do seu homólogo turco, Recep Tayyip Erdoğan. O encontro reúne líderes mundiais e diplomatas.

Durante a cerimónia, o Presidente Recep Tayyip Erdoğan proferiu um discurso marcante, no qual criticou a actuação de Israel na Faixa de Gaza, abordou a guerra na Ucrânia e sublinhou a importância do diálogo para se alcançar a paz e o desenvolvimento sustentável.

Estados Unidos: Uma juíza federal revelou hoje que vai impedir a administração Trump de terminar um programa que permitiu que centenas de milhares de cubanos, haitianos, nicaraguenses e venezuelanos vivessem temporariamente nos Estados Unidos.

© Tom Williams/CQ-Roll Call, Inc via Getty Images  Lusa  11/04/2025 

Juíza impede governo Trump de revogar autorização a milhares de migrantes

Uma juíza federal revelou hoje que vai impedir a administração Trump de terminar um programa que permitiu que centenas de milhares de cubanos, haitianos, nicaraguenses e venezuelanos vivessem temporariamente nos Estados Unidos.

A juíza distrital dos EUA, Indira Talwani, referiu que vai emitir uma suspensão do programa, que deveria terminar no final deste mês.

A medida para ajudar mais de meio milhão de cubanos, haitianos, nicaraguenses e venezuelanos faz parte de um esforço legal mais amplo para proteger os cidadãos da Ucrânia, do Afeganistão e de outros países que estão nos Estados Unidos legalmente.

No mês passado, o Governo revogou a "liberdade condicional humanitária", as proteções legais de centenas de milhares de cubanos, haitianos, nicaraguenses e venezuelanos, preparando-os para uma possível deportação no prazo de 30 dias.

A secretária da Segurança Interna, Kristi Noem, disse que perderão o seu estatuto legal em 24 de abril.

Estes migrantes chegaram com patrocinadores financeiros e receberam autorizações de dois anos para viver e trabalhar nos EUA. Durante este período, os beneficiários necessitaram de encontrar outros caminhos legais se quisessem permanecer nos EUA. A liberdade condicional tem sido um estatuto temporário.

O Presidente Donald Trump tem vindo a encerrar os caminhos legais para os imigrantes chegarem aos EUA, implementando promessas de campanha de deportar milhões de pessoas que se encontram ilegalmente nos EUA.

Numa moção antes da audiência, os demandantes consideraram a ação da administração "sem precedentes" e disseram que isso resultaria na perda de estatuto legal e de capacidade de trabalho das pessoas.

Os advogados da administração Trump argumentaram que os queixosos não tinham legitimidade e que a ação do Departamento de Segurança Interna dos EUA que afeta os imigrantes no programa não violava a Lei de Procedimento Administrativo.

Disseram ainda que os queixosos não conseguiriam provar que o encerramento do programa foi ilegal.

O presidente norte-americano sugeriu hoje que pode aliviar as prioridades de deportação para certos imigrantes que trabalham em quintas ou hotéis, setores económicos que dependem fortemente de mão-de-obra estrangeira e que, segundo Trump, devem ser protegidos.

"Temos de cuidar dos nossos agricultores, hotéis e, sabe, de vários setores onde precisam de pessoas... vamos trabalhar com muito cuidado nisso", destacou Trump, durante uma reunião do seu Governo.

Segundo o governante, os Estados Unidos vão permitir que "certas pessoas fiquem durante algum tempo e trabalhem" antes de partirem para os seus países e regressarem legalmente.

Esta sexta-feira, entra em vigor uma regra da administração Trump que exige que todos os imigrantes com mais de 14 anos que estejam no país sem documentos há mais de 30 dias se registem e enviem impressões digitais.

Aqueles que estão sujeitos à regra que não a cumprirem poderão enfrentar punições que podem levar à prisão.


quinta-feira, 10 de abril de 2025

O Ministro de Saúde pede provas das denúncias feitas pelo Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Bubacar Turé. O Presidente da Liga afirmou hoje que todos pacientes que receberam tratamento no Centro de Hemodiálise do Hospital Nacional Simão Mendes praticamente faleceram. O Ministro Pedro Tipote, perante a gravidade das denúncias solicita que as provas sejam entregues no Ministério Público.


Radio Voz Do Povo

Segundo porta-aviões dos EUA chega ao Médio Oriente... O Comando Conjunto dos Estados Unidos para o Médio Oriente anunciou hoje a chegada de um segundo porta-aviões à região, com a missão de proteger fluxos comerciais.

© Getty Images   Lusa   10/04/2025

O porta-aviões Carl Vinson juntou-se no Médio Oriente ao Harry S. Truman, que os Hutis alegam ter atacado várias vezes nas últimas semanas, enquanto prosseguem os bombardeamentos norte-americanos sobre estes rebeldes iemenitas.

Na mensagem do Comando Conjunto dos EUA nas redes sociais, não é especificado exatamente onde na região estará operacional este segundo grupo de ataque.

Os Estados Unidos atingiram mais de 100 alvos em áreas controladas pelos Huti no Iémen desde o lançamento da sua última campanha aérea contra os rebeldes apoiados pelo Irão, disse um oficial militar norte-americano na quarta-feira.

As forças norte-americanas têm efetuado ataques aéreos quase diários desde 15 de março, afirmando que pretendem proteger a navegação no Mar Vermelho e no Golfo de Aden, passagens fundamentais para o comércio mundial.

Os Hutis lançaram nesta região numerosos ataques em apoio, afirmam, aos palestinianos em Gaza bombardeados e sitiados por Israel.

"Desde essa data, os EUA atingiram mais de 100 alvos nas zonas do Iémen controladas pelos Hutis", afirmou um responsável militar norte-americano que pediu o anonimato.

"Destruímos centros de comando e controlo, fábricas de armamento e locais de armazenamento de armamento avançado", acrescentou.

Os Hutis denunciaram ataques na terça-feira à noite que atingiram o bairro de al-Hawak, em Hodeida, e segundo os rebeldes, foram mortas 10 pessoas e 16 ficaram feridas.

A área abriga o aeroporto da cidade, que os rebeldes usaram no passado para atacar navios no Mar Vermelho.

O porta-voz militar dos rebeldes, Yahya Sarea, reconheceu implicitamente a dureza da operação militar norte-americana, ao referir-se a uma "agressão contínua" e a "massacres horríveis" no Iémen, segundo um comunicado citado pela agência de notícia espanhola EFE.

Os meios de comunicação árabes e norte-americanos afirmaram nos últimos dias que vários líderes dos rebeldes foram mortos nos bombardeamentos, que, segundo Washington, degradaram efetivamente as capacidades militares dos Huthis.

A agência iemenita Saba, controlada pelos Hutis, noticiou hoje que "quatro crianças e duas mulheres" foram mortas nos ataques norte-americanos de terça-feira no oeste do país, levando a um total de 107 mortos de acordo com os rebeldes.

Os rebeldes reivindicaram também o abate de um 'drone' norte-americano "quando efetuava missões hostis".


Leia Também: O porta-voz militar dos rebeldes iemenitas, Yahya Sarea, disse em comunicado que os militares "atacaram navios de guerra inimigos no Mar Vermelho liderados pelo porta-aviões norte-americano Harry S. Truman com vários mísseis de cruzeiro e 'drones'".

Trump volta a subir tarifas contra a China: Agora, passam a ser de 145%

Por LUSA 10/04/2025

Washington e Pequim têm estado a 'medir forças' na guerra comercial, com a China a garantir que não tem receio destes aumentos.

Os Estados Unidos aumentaram novamente a taxa sobre as importações da China, passando estas agora a estar na ordem dos 145%.

A informação foi avançada pelos meios de comunicações dos EUA, que lembram que a última subida contra Pequim a que Donald Trump tinha dado 'luz verde' ia até 125%.

De acordo com uma nota citada pela Bloomberg, este valor inclui uma taxa de 125% que abrange os direitos "recíprocos", bem como as taxas impostas à China por retaliar contra os impostos de importação dos EUA. Inclui ainda, escreve a publicação, uma taxa de 20% imposta por Trump no início deste ano devido ao tráfico de fentanil.

Note-se que após a apresentação das tarifas, na semana passada, alguns países tentaram negociar com Washington - ao contrário da China, que retaliou. Para estes países, Trump anunciar uma suspensão temporária de 90 dias na cobrança de tarifas sobre produtos.

A medida, divulgada pela rede social Truth Social, inclui uma tarifa reduzida de 10% em alguns casos. para 125%.

Esta pausa mexeu com os mercados, com, inclusive, a bolsa de Lisboa a abrir a disparar mais de 5% nesta quinta-feira.

Note-se que ao longo dos últimos dias Pequim reforçou que não tem receio destes anúncios por parte da administração Trump, tendo já garantido que "lutará até ao fim" e que tem, para além da "vontade firme" de o fazer, os recursos.

Na quarta-feira, o Ministério do comércio chinês reforçou que "não há vencedores numa guerra comercial" e que "a China não quer uma", mas "não ficará de braços cruzados se os direitos legítimos do seu povo forem violados".

A Rússia ameaçou hoje o Japão com "medidas severas" se fornecer armas e equipamento militar à Ucrânia, após notícias sobre o interesse de Tóquio em participar num comando da NATO de apoio a Kyiv

Por  LUSA  10/04/2025
 Rússia ameaça Japão com medidas severas se fornecer armas a Kyiv 

A Rússia ameaçou hoje o Japão com "medidas severas" se fornecer armas e equipamento militar à Ucrânia, após notícias sobre o interesse de Tóquio em participar num comando da NATO de apoio a Kyiv.

"Qualquer passo do Japão para participar direta ou indiretamente no fornecimento à Ucrânia de armas e equipamento militar utilizado para matar cidadãos russos (...) será considerado como um ato inequivocamente hostil", disse a diplomacia russa.

A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Maria Zakharova, avisou que se o Japão seguir tal via, vai enfrentar "medidas mais duras, que causarão danos significativos aos interesses do Japão nas áreas mais sensíveis".  

Zakharova, que divulgou a posição de Moscovo num comunicado, não especificou as medidas com que ameaçou o Japão.  

"No contexto de uma remilitarização acelerada, o Japão está a envolver-se cada vez mais no conflito sobre a Ucrânia", disse Zakharova, citada pela agência de notícias espanhola EFE.  

Na terça-feira, o Japão manifestou ao secretário-geral da NATO, Mark Rutte, que visitou Tóquio, a disponibilidade para participar num comando da Aliança Atlântica de apoio à Ucrânia, segundo a agência de notícias Associated Press (AP). 

 Moscovo rejeitou no início da semana um possível reatamento das negociações com Tóquio sobre um tratado de paz, pendente desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), devido à atitude hostil do Japão em relação à Rússia.  

"Neste momento, não há qualquer contacto com as autoridades japonesas", afirmou o porta-voz da presidência, Dimitri Peskov.  Segundo Peskov, o Japão "apressou-se a aderir totalmente a todas as medidas hostis e inamistosas" contra a Rússia.  

Na sequência das críticas japonesas à invasão russa da Ucrânia, a Rússia abandonou em março de 2022 negociações com o Japão sobre o tratado de paz formal referente a 1945.  

Um das principais conflitos entre os dois países é a disputa pelos direitos territoriais das Ilhas Curilhas, que o Japão designa por Territórios do Norte, ocupadas pelas tropas soviéticas no final da guerra.  

Situado entre a península russa de Kamchatka e a ilha japonesa de Hokkaido, o arquipélago de 56 ilhas continua sob administração da Rússia, apesar de Tóquio reclamar as ilhas mais próximas.  

"O lado russo, nas condições atuais, não tenciona continuar as conversações com o Japão sobre o tratado de paz", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo num comunicado de 21 de março, menos de um mês depois da invasão da Ucrânia.  Leia Também: Rússia protesta contra detenção de membro de delegação oficial em Paris

Altos dirigentes do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo-verde "PAIGC", que integram no governo, exigem uma nova liderança antes do mês de Junho deste ano.


Política: INCONFORMADOS DO PAIGC EXIGEM REALIZAÇÃO DE CONGRESSO EXTRAORDINÁRIO

Por  RSM: 10/04/25
Um grupo de dirigentes inconformados do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) exige a realização de um congresso extraordinário como forma de salvar o partido diante dos desafios eleitorais que se avizinham.

As exigências foram tornadas públicas nesta quinta-feira, 10 de abril, durante uma conferência de imprensa realizada num dos hotéis da capital, Bissau. O evento reuniu vários jovens trajando camisolas com as cores do partido.

José Carlos Esteves admitiu a possibilidade de criar mecanismos para convocar o congresso extraordinário, caso a atual direção não apresente uma resposta imediata para resolver a situação interna da organização.

"O congresso extraordinário é a única solução diante do que está a acontecer no partido, perante as alegações que levantamos. Se a direção não apresentar respostas, podem esperar que teremos mecanismos para convocar o congresso extraordinário no PAIGC", garantiu José Carlos Esteves.

Por sua vez, Jaimantino Có afirmou que o objetivo das reivindicações é salvar o partido, que, segundo ele, enfrenta uma situação preocupante.

"O nosso propósito é salvar o partido, porque o PAIGC está fortemente sufocado, e isso é grave. Diante desta situação, como podem imaginar, todos os responsáveis e dirigentes do partido não podem permanecer calados", frisou Có.

Carlos Pinto Pereira também defendeu uma resposta clara da direção do partido às preocupações levantadas pelo grupo, alertando para as possíveis consequências no processo eleitoral previsto para novembro.

"Conhecemos o estatuto do PAIGC e sabemos que, se deixarmos o tempo passar até junho, a solução já não será o congresso extraordinário. Nessa altura, o presidente poderá escolher, por conveniência própria, quem o sucederá", advertiu Carlos Pinto Pereira.

Importa recordar que o grupo de dirigentes inconformados já havia defendido anteriormente a necessidade de clarificar a liderança do PAIGC antes das próximas eleições legislativas e presidenciais previstas para novembro.


Governo da Guiné-Bissau recebe da OAPI o Certificado de Registo de Desenho e Modelo Industriais de Pano de Pente. A recepção aconteceu no salão da reunião do Conselho de Ministros e, foi presidida pelo Primeiro-ministro Rui Duarte Barros na presença de varios Ministros. Ao todo são 100 modelos de Panos de Pente que foram certificados pela OAPI para um período de 15 anos.

Conferência de Imprensa do Serviço de Hemodiálise do Hospital Nacional Simão Mendes em reação as denúncias do Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Abubacar Turé, segundo as quais, todos os doentes que receberam tratamento no Centro de Hemodiálise do Hospital Nacional Simão Mendes, faleceram.

 

Guiné-Bissau LGDH: "Morreram todos os doentes submetidos à hemodiálise no Hospital Simão Mendes" O presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), Bubacar Turé, denunciou esta quinta-feira (10.04) que teriam morrido todas as pessoas submetidas ao tratamento de hemodiálise, no Hospital Nacional Simão Mendes (HNSM).

Por CFM

 Sem precisar o número de pessoas "mortas", o presidente da LGDH apelou aos jornalistas a investigarem este caso que considera "grave" e deixou ainda várias questões sobre o assunto. 

 "Nós temos informações de que as pessoas que foram submetidas ao tratamento de hemodiálise, praticamente, morreram todas. Por que morreram? Será que há um nexo de causalidade entre a falta de preparação dos técnicos de serviços de hemodiálise e as mortes"? questionou o ativista. 

 Babacar Turé falava na abertura do seminário de restituição do Fórum de Dakar, sobre violência nas mulheres e meninas, organizado pela Coordenação Nacional da Rede dos Medias Africanos para a Promoção da Saúde e Meio Ambiente. 

 Turé lembrou que a sua organização tinha chamado a atenção do Governo guineense sobre a complexidade do tratamento de hemodiálise e também questionado o Executivo sobre a capacidade dos técnicos de saúde para esse procedimento.  

Presente também no ato estava o ministro da Saúde Pública, Pedro Tipote, que não desmentiu a denúncia feita pelo presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, mas convidou os cidadãos que tenham conhecimento de práticas de crimes no Sistema Nacional de Saúde, a denunciarem o caso no Ministério Público. 

 “Gostaria de lançar um desafio a todos que tenham informações e provas sobre crime que se possa cometer no Sistema de Saúde, que as entreguem ao Ministério Público para que as verificações sejam feitas, para responsabilizar as pessoas", começou por dizer, antes de fazer alusão à denúncia do presidente da LGDH. 

 "Gostaria que as informações que eu ouvi aqui fossem entregues ao Ministério Público, para que seja averiguada a sua veracidade e responsabilizadas as pessoas envolvidas nos crimes de matar", concluiu sobre o tema.  

O primeiro Centro de Hemodiálise na Guiné-Bissau foi inaugurado no Hospital Nacional Simão Mendes, no passado 25 de fevereiro,  e contou com o financiamento do Reino de Marrocos e da Fundação Hamal.  

Segundo as garantias dadas pelo Presidente Umaro Sissoco Embaló, no dia da sua inauguração, aquele serviço teria um "enorme impacto" na vida dos doentes renais crónicos que eram obrigados a deslocar-se ao estrangeiro para realizar tratamentos. 

 Hemodiálise é o procedimento através do qual uma máquina filtra e limpa o sangue, um trabalho que o rim doente não pode fazer.  


CENTRO DE HEMODIÁLISE DE HOSPITAL NACIONAL SIMÃO MENDES EM PLENO FUNCIONAMENTO☝ @Junior Gagigo 

O número de mortos no desabamento do teto da discoteca Jet Set em Santo Domingo, na terça-feira, subiu para 218, segundo um novo balanço divulgado hoje pelas autoridades locais.


O número de mortos no desabamento do teto da discoteca Jet Set em Santo Domingo, na terça-feira, subiu para 218, segundo um novo balanço divulgado hoje pelas autoridades locais.

Odiretor do Centro de Operações de Emergência (COE), Juan Manuel Méndez, disse que as equipas no local ainda estavam à procura de vítimas e possíveis sobreviventes, embora ninguém tenha sido encontrado com vida desde a tarde de terça-feira.

"Não vamos abandonar ninguém. O nosso trabalho vai continuar", disse Méndez.

O balanço anterior das autoridades indicava 184 mortos no desabamento do teto da discoteca Jet Set, que aconteceu no início da madrugada de terça-feira, na capital dominicana.

As equipas de resgate continuam hoje os trabalhos de retirada dos escombros da famosa discoteca Jet Set, mas a esperança de encontrar sobreviventes é remota, segundo outras autoridades governamentais.

Dezenas de pessoas ainda procuravam os seus amigos e familiares, ficando frustradas por não obterem respostas após terem entrado em contacto com os hospitais e o instituto de medicina legal do país.

Os médicos alertaram que duas dezenas de pessoas permaneceram hospitalizadas e que oito estão em estado crítico. Mais de 200 pessoas ficaram feridas no desabamento do teto da discoteca, famosa por organizar eventos à segunda-feira e frequentada por celebridades locais.

A discoteca estava cheia de músicos, atletas e autoridades governamentais quando o teto desabou no início da madrugada de terça-feira.

Entre os mortos está o cantor de merengue Rubby Pérez, que atuava para a multidão antes do teto cair, assim como os ex-jogadores da Major League Baseball [MBL - liga profissional de basebol dos Estados Unidos] Octavio Dotel e Tony Enrique Blanco Cabrera, e Nelsy Cruz, governadora da província de Monte Cristi, no noroeste do país, cujo irmão é o jogador da MBL Nelson Cruz.

Também morreu um funcionário reformado das Nações Unidas, o saxofonista Luis Solís, que estava a tocar no palco quando o teto caiu, e o 'designer' de moda Martín Polanco, entre outras autoridades e familiares.

As autoridades ainda não esclareceram os motivos do colapso do teto e nem quando o edifício da discoteca foi inspecionado pela última vez.

O Governo disse na quarta-feira à noite que, assim que a fase de recuperação dos corpos terminar, vai iniciar uma investigação completa.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, saudou hoje o anúncio do presidente norte-americano, Donald Trump, de suspender temporariamente as novas tarifas recíprocas como as aplicadas à União Europeia (UE), esperando a estabilização da economia mundial.

Por LUSA  10/04/2025
 "Congratulo o anúncio do presidente Trump de suspender as tarifas"

Donald Trump anunciou ontem a suspensão por 90 dias da aplicação das novas taxas aduaneiras a mais de 75 países, enquanto decorrem negociações comerciais, nomeadamente à UE.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, saudou hoje o anúncio do presidente norte-americano, Donald Trump, de suspender temporariamente as novas tarifas recíprocas como as aplicadas à União Europeia (UE), esperando a estabilização da economia mundial.

"Congratulo o anúncio do presidente Trump de suspender as tarifas recíprocas. Trata-se de um passo importante para estabilizar a economia mundial. Condições claras e previsíveis são essenciais para o funcionamento do comércio e das cadeias de abastecimento", reagiu a líder do executivo comunitário numa declaração hoje publicada.

Para a presidente da instituição que detém a competência da política comercial da UE, "as tarifas são impostos que só prejudicam as empresas e os consumidores", pelo que Bruxelas "continua empenhada em negociações construtivas" com Washington, tendo já proposto, sem sucesso, um acordo pautal zero entre a União Europeia e os Estados Unidos.

A ambição é, de acordo com Ursula von der Leyen, conseguir trocas comerciais "sem atritos e mutuamente benéficas".

A reação surge depois de, na quarta-feira, Donald Trump ter anunciado a suspensão por 90 dias da aplicação das novas taxas aduaneiras a mais de 75 países, enquanto decorrem negociações comerciais, nomeadamente à UE.

Antes nesse dia, a UE aprovou a aplicação de tarifas de 25% a produtos norte-americanos, em resposta às aplicadas pelos Estados Unidos ao aço e alumínio europeus.

Nos últimos dias, as bolsas de valores por todo o mundo têm registado acentuadas perdas devido às tensões comerciais após os anúncios da administração norte-americana.

Cerca de 60 países, incluindo os 27 membros da UE, são afetados pelas sobretaxas adicionais impostas por Trump, que entraram em vigor às 00:00 de quarta-feira em Washington (05:00 em Lisboa).

De acordo com a Comissão Europeia, as tarifas de 25% aplicadas às exportações dos Estados Unidos terão um valor de mais de 22 mil milhões de euros, de acordo com as importações feitas em 2024 para os países do bloco comunitário.

Porém, no total o valor poderá ascender aos 26 mil milhões de euros, equiparando as consequências das tarifas que Washington aplicou aos 27 países do bloco comunitário.

A UE quer negociar tarifas zero com os Estados Unidos para bens industriais, mas até ao momento tal proposta não foi aceite pelo bloco norte-americano.

De momento, o executivo comunitário não exclui qualquer resposta, mas vai reger-se pela cautela para avaliar as consequências possíveis destas tarifas, enquanto continua a negociar com Washington para tentar demover a administração do republicano Trump.

A decisão da Casa Branca de aplicar as tarifas ao bloco comunitário também acelerou a agenda da Comissão Europeia de procurar outros parceiros, estando a Comissão Europeia a focar-se nos 87% do comércio mundial sem os Estados Unidos e em parceiros como o Mercosul ou a Índia.

Moeda chinesa cai face ao dólar para o nível mais baixo desde 2007

 Por Sicnoticias 

A desvalorização da moeda chinesa serve para amortecer o impacto das taxas alfandegárias impostas por Trump sobre bens oriundos da China.

A moeda chinesa, o yuan, desvalorizou para os níveis mais baixos desde 2007, face ao dólar norte-americano, numa altura de agravamento das tensões comerciais entre Pequim e Washington.

O yuan negociado no mercado chinês ('onshore') enfraqueceu no início da sessão desta quinta-feira para 7,351 por cada unidade de dólar, o valor mais baixo em quase 18 anos.

O Banco Popular da China, que gere a moeda através da fixação da taxa diária em torno da qual esta pode ser transacionada, estabeleceu essa taxa em 7,209 yuan por dólar.

O yuan negociado nos mercados internacionais ('offshore'), que é transacionado livremente, caiu para 7,429 por cada dólar norte-americano, durante as negociações de quarta-feira.

Trump influencia moeda chinesa desde 2017

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, advertiu no mesmo dia a China contra uma desvalorização da moeda.

O yuan caiu desde que Donald Trump garantiu um segundo mandato como Presidente dos Estados Unidos, em novembro passado, revertendo os ganhos anteriores, na sequência das medidas de estímulo adotadas por Pequim, no final de setembro.

A desvalorização da moeda chinesa serve para amortecer o impacto das taxas alfandegárias impostas por Trump sobre bens oriundos da China. Durante o seu primeiro mandato (2017-2021), também marcado por uma guerra tarifária com a China, o yuan enfraqueceu mais de 12%, em relação ao dólar norte-americano.

O líder republicano aumentou na quarta-feira as tarifas sobre produtos oriundos da China para 125%.

quarta-feira, 9 de abril de 2025

O presidente norte-americano apontou que "é necessário fazer cirurgia" a um "paciente que está muito doente", referindo-se aos Estados Unidos sob a liderança de Joe Biden.

Por LUSA 

 Taxas? "Estavam a sugar-nos. Aproveitaram-se do nosso país por décadas"

O presidente norte-americano apontou que "é necessário fazer cirurgia" a um "paciente que está muito doente", referindo-se aos Estados Unidos sob a liderança de Joe Biden.

O presidente norte-americano, Donald Trump, salientou, esta quarta-feira, que haverá "acordos justos para toda a gente", mas que "não foram justos" com os Estados Unidos, horas depois de ter anunciado um aumento das tarifas aplicadas à China para 125%.

"Estavam a sugar-nos. Não podem fazer isso. Temos uma dívida de 36 biliões de dólares (cerca de 32.850.611.856.000,00 euros) por uma razão, não é por divertimento. Aproveitaram-se do nosso país e roubaram-nos durante décadas. Penso nisto há décadas", disse, em conferência de imprensa num evento privado, na Casa Branca.

O responsável assinalou ter começado este trabalho no seu primeiro mandato, mas que, uma vez que teve de devolver "as rédeas depois de uma eleição fraudulenta", não teve "tempo de implementar a grande medida, o que estamos a fazer agora".

Trump considerou ainda que o país "está muito, muito doente" e "necessita de cirurgia", devido às ações da anterior administração.

"Joe Biden devolveu-nos um país em sarilhos economicamente e em qualquer outra esfera. Deixou a China apoderar-se de coisas, deixou outros países apoderarem-se de coisas, e talvez o pior de tudo, deixou que pessoas entrassem no nosso país de forma desenfreada. Muitos eram assassinos e traficantes de droga, ladrões, presidiários de todo o mundo. Havia até pessoas vindas de instituições mentais e asilos. Pegavam nos seus cidadãos dementes e largavam-nos no nosso país", enumerou.

Trump acusou ainda os democratas de quererem implementar a mesma decisão, mas "não terem coragem" para o fazer.

"Vai funcionar. Requererá uma transição, mas creio que será uma transição para a grandeza. Não haverá nada como isto. Haverá pessoas a investir no nosso país", disse, ao mesmo tempo que apontou que "a situação era insustentável".

Recorde-se que Trump anunciou, esta quarta-feira, ter aumentado as tarifas contra Pequim para 125%, tendo por base a "falta de respeito que a China tem demonstrado para com os mercados mundiais". Ainda assim, o republicano decidiu autorizar uma pausa de 90 dias aos países que não tenham "retaliado de qualquer forma ou feitio", bem como "uma tarifa recíproca substancialmente reduzida durante este período, de 10%".

Questionado sobre este hiato, o presidente defendeu ser necessário "haver flexibilidade".

De qualquer forma, a China anunciou também que aumentaria as suas taxas de retaliação sobre os produtos americanos para 84%, em vez dos 34% inicialmente previstos, numa nova escalada da guerra comercial entre Pequim e Washington.

Pequim deu conta de que voltou a remeter à Organização Mundial do Comércio (OMC) a questão das tarifas, depois de Donald Trump ter imposto um novo aumento, que chegava aos 104%.

As taxas sobre os produtos do gigante asiático aumentaram de 34% para 84%, valores a que juntavam os 20% impostos desde janeiro.

Wall Street e os mercados bolsistas mundiais registaram perdas nos últimos dias, com os investidores assustados com a guerra comercial desencadeada pelos direitos aduaneiros determinados por Donald Trump e com as medidas de retaliação que começam a ser aplicadas pela China e pelo Canadá.

Cerca de 60 países, incluindo os 27 membros da União Europeia (UE), são afetados pelas sobretaxas adicionais impostas por Trump, que entraram em vigor às 00h00 de hoje em Washington (05h00 em Lisboa).

Zelensky afirma que "há 155 cidadãos chineses a lutar contra a Ucrânia"

Por LUSA 

Note-se que, na terça-feira, Volodymyr Zelensky anunciou a captura de dois cidadãos chineses na zona de Donetsk Oblast.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou, esta quarta-feira, que deverão haver "155 cidadãos chineses" ao serviço da Rússia no conflito entre os dois países. No entanto, o jornal The Kyiv Independent teve acesso a documento da Inteligência Ucraniana e refere que existirão, pelo menos, 163 soldados chineses nas forças armadas russas.

Há 155 cidadãos chineses a lutar contra a Ucrânia em território ucraniano", disse o presidente Volodymyr Zelensky, acrescentando que estão a "recolher informação", que acreditam que "há muitos mais" e que Pequim estará ao corrente do envio dos seus cidadãos para a guerra.

Segundo Zelensky, as autoridades chinesas sabiam que alguns dos seus cidadãos estavam a ser recrutados pela Rússia para combater na Ucrânia, mas ignora se existe alguma ordem dada nesse sentido por Pequim.

"Simplesmente observamos, com base nos dados e detalhes que temos, que a China (...) estava ciente do envio. Não estamos a dizer que alguém deu uma ordem, não temos essa informação", declarou.

O presidente ucraniano descreveu que um dos esquemas de recrutamento envolve as redes sociais, principalmente o TikTok, "onde os russos transmitem vídeos publicitários".

Volodymyr Zelensky explicou que os cidadãos chineses são depois submetidos a exames médicos na Rússia e a vários meses de treino para combater em território ucraniano e que recebem um cartão bancário russo, através do qual recebem o pagamento.

O presidente ucraniano acrescentou ainda que para os mais de 100 chineses "há passaportes" que dizem de "onde são, idade, etc" e que estes estarão introduzidos em várias brigadas russas. 

Já os documentos, citados pelo The Kyiv Independent, têm várias informações sobre estes cidadãos estrangeiros: desde dados pessoais, lugar de serviço, quais as suas posições no exército russo, incluindo fotos de alguns deles.

Note-se que, na terça-feira, Volodymyr Zelensky anunciou a captura de dois cidadãos chineses na zona de Donetsk Oblast e que mantêm-se detidos pelos Serviços Secretos da Ucrânia.

"As nossas forças armadas capturaram dois cidadãos chineses que estavam a combater como parte do Exército russo. O facto ocorreu em território ucraniano, na região de Donetsk. Foram encontrados na sua posse documentos de identificação, cartões bancários e dados pessoais", disse o presidente ucraniano, numa publicação divulgada na rede social X, divulgando também um vídeo. 

Chefe de Estado General Umaro Sissoco Embaló, participa no Fórum Diplomático da Antália que decorre na Turquia. O evento reúne líderes políticos, diplomatas e especialistas de várias nacionalidades para debater questões globais e reforçar a cooperação internacional.

PASSAGEIROS DENUNCIAM NOVO ESQUEMA DE ROUBO NOS TÁXIS EM BISSAU Vários passageiros denunciaram à Rádio Sol Mansi um novo esquema de roubo praticado por alguns taxistas nas vias públicas da capital, Bissau.

 RSM: 09-04-2025

As vítimas relatam que, após o desembarque, os motoristas partem com os seus pertences ainda no carro, sem qualquer aviso.  

De acordo com os testemunhos, trata-se de uma prática aparentemente intencional, que tem deixado os passageiros indignados e inseguros.  

“Quando me preparava para abrir a mala do táxi, o motorista arrancou de repente. Gritei, mas ele não parou. O meu filho, de apenas 7 anos, correu atrás do carro, mas foi inútil”, contou uma das vítimas.  

Outro caso semelhante foi partilhado por um passageiro que, ao chegar à paragem central de Bissau, saiu em busca de outro transporte e só depois percebeu que sua carga tinha ficado no táxi, que já havia desaparecido. 

 A Polícia de Trânsito, através da Brigada Nacional de Prevenção à Pirataria e Acidentes, confirma a existência do fenómeno, que classifica como crime. Em entrevista à Rádio Sol Mansi, a adjunta coordenadora Criscélia Lopes da Fonseca revelou que, entre segunda-feira e hoje, três taxistas foram apanhados em flagrante.  

“É um fenómeno real e preocupante. Só esta semana, já detivemos três condutores envolvidos nesse tipo de ação”, alertou. 

 Para travar esta prática, a polícia pede a colaboração dos passageiros. A recomendação é que denunciem qualquer incidente, indicando sempre a matrícula e a série do veículo.  

“É importante que os utentes estejam atentos e denunciem com detalhes, para que possamos agir de forma eficaz”, apelou Criscélia Lopes da Fonseca. 

 O aumento de casos nos últimos tempos tem manchado a imagem dos taxistas da capital. Em resposta, a associação que os representa promete pronunciar-se oportunamente sobre as denúncias.  


O ministro da Saúde de Cabo Verde anunciou hoje que o país vai contratar 70 médicos especialistas e clínicos gerais de Cuba, com o apoio da cooperação internacional, para reforçar os hospitais centrais e regionais.

Por  LUSA 
Cabo Verde vai contratar 70 médicos cubanos para reforçar hospitais 

O ministro da Saúde de Cabo Verde anunciou hoje que o país vai contratar 70 médicos especialistas e clínicos gerais de Cuba, com o apoio da cooperação internacional, para reforçar os hospitais centrais e regionais.

"Já identificámos cerca de 70 médicos para garantir o funcionamento dos hospitais centrais e regionais sem problemas. Esta é a razão da minha visita a Cuba, ainda este mês, para negociar a contratação desses profissionais", afirmou Jorge Figueiredo, durante a sessão de abril, que decorre até sexta-feira.

O objetivo é que os médicos cheguem ao país ainda este ano, e o Ministério da Saúde já está a trabalhar com outras entidades para definir o quadro de necessidades, tendo em conta a nova carta sanitária e os perfis epidemiológicos e demográficos das diferentes regiões.

O governante também disse que, em 2024, foram integrados 272 profissionais, entre eles 42 médicos, 47 enfermeiros e 130 profissionais de apoio operacional.

Jorge Figueiredo revelou ainda que uma equipa de médicos dos Estados Unidos está a realizar consultas especializadas em oito ilhas do país.

A partir dos centros hospitalares principais, o Hospital Universitário Agostinho Neto (HUAN), na Praia, e o Hospital Batista de Sousa, na ilha de São Vicente, o Governo pretende integrar médicos especialistas que estão fora do sistema, com mais de 40 anos de experiência, permitindo-lhes continuar a prestar atendimento e manter uma ligação entre as duas infraestruturas.

Além disso, garantiu que todas as delegacias de saúde e hospitais terão equipamento para telemedicina, facilitando o acompanhamento à distância de pacientes em áreas como cardiologia, ginecologia e cirurgia.

Com envolvimento dos militares, a Câmara Municipal de Bissau_CMB inicia na próxima semana a campanha de remoção de carros velhos, chucatas e, materiais ao longo das avenidas e, ruas da capital Bissau. José Medina Lobato no lançamento da campanha alertou que, a CMB vai organizar a difícil situação do mercado de Bandim, zona fustigada pela venda ambulante e lixeira. Medina Lobato defende que a cidade Bissau precisa de acompanhar com a dinâmica de modernização das Infraestruturas e higiene saudável, em respeito aos esforços do Governo.

EUA admitem ter cortado por engano financiamento de programas alimentares da ONU

Por CNN  09/04/2025

Programa Alimentar Mundial ainda não se pronunciou sobre as declarações norte-americanas

O Departamento de Estado dos EUA disse terça-feira que reverteu múltiplos cortes de financiamento a projetos de emergência do Programa Alimentar Mundial (PAM) da ONU em 14 países pobres, alegando que os cortes foram feitos por engano.

“Houve alguns programas que foram cortados noutros países que não eram para ser cortados, que foram revertidos e postos em prática”, avançou a porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Tammy Bruce, aos jornalistas.

Bruce disse que não tinha informações imediatas sobre quais países tiveram o financiamento dos EUA para ajuda alimentar restaurado após um corte de um dia.

A porta-voz não deu nenhuma explicação sobre como alguns contratos foram cancelados por engano.

O PAM ainda não se pronunciou sobre as declarações norte-americanas.

A agência de notícias Associated Press noticiou na segunda-feira que a administração Trump cortou o financiamento dos programas de emergência do PAM, ajudando a manter milhões de pessoas vivas no Afeganistão, Síria, Iémen e 11 outros países, muitos deles em conflito, de acordo com a agência e funcionários que falaram com a AP.

O secretário de Estado Marco Rubio e outros funcionários da administração prometeram poupar programas de emergência alimentar e outras ajudas de vida ou morte, mesmo quando a administração Trump e o Departamento de Eficiência Governamental de Elon Musk (DOGE, na sigla inglesa) desmantelaram a Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID, na sigla inglesa).

Todos os milhares de contratos da USAID para programas de ajuda e desenvolvimento no estrangeiro foram eliminados, exceto algumas centenas.

Os novos cortes atingiram alguns dos últimos programas humanitários geridos pela USAID.

Os avisos enviados na semana passada diziam que o financiamento dos EUA para os programas de emergência do PAM em 14 países estava entre os cerca de 60 que foram cancelados no Médio Oriente, África, América Central e do Sul e Ilhas do Pacífico “por conveniência do Governo dos EUA”.

Estas últimas rescisões foram efetuadas sob a direção de Jeremy Lewin, um oficial de topo do DOGE que foi nomeado para supervisionar a eliminação dos programas da USAID, de acordo com os avisos de rescisão enviados aos parceiros e consultados pela AP.

O PAM, o maior fornecedor mundial de ajuda alimentar, apelou publicamente aos EUA na segunda-feira para que reconsiderassem os cortes de centenas de milhões de dólares nos programas alimentares.

 “Isto pode equivaler a uma sentença de morte para milhões de pessoas que enfrentam fome extrema e inanição”, publicou o PAM no X.

Tarifas "recíprocas" de Trump entram hoje em vigor (incluindo na UE)

Por LUSA  09/04/2025

Trata-se de uma taxa que se soma à tarifa mínima global de 10% que se começou a aplicar em 5 de abril.

As tarifas, que o presidente dos EUA chama de "recíprocas", entram hoje em vigor, tratando-se de uma taxa que se soma à tarifa mínima global de 10% que se começou a aplicar em 5 de abril.

O presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou na passada quarta-feira, num dia que apelidou de "dia da libertação", uma tarifa de 10% sobre 184 países e territórios, incluindo a União Europeia (UE), bem como a imposição de uma tarifa adicional para aqueles que considera serem os "piores infratores".

Está em causa uma tarifa "recíproca", que corresponde a cerca de metade da taxa aplicada pelos outros países aos EUA, disse Trump, tendo exibido uma tabela com o nível das barreiras comerciais e não comerciais sobre produtos norte-americanos em vários países.

Contempla uma taxa de 20% sobre as importações da União Europeia e de 34% sobre os produtos chineses, enquanto os produtos da Índia passam a pagar 26%, de Taiwan 32% e do Vietname 46%.

Encontram-se na lista ainda outros países, que podem no entanto entrar em negociações com os EUA para impedir a aplicação imediata das tarifas.

Para o Japão, estava prevista uma taxa de 24%, mas o país está em conversações com os Estados Unidos sobre as tarifas, sendo que o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, pediu que Washington revisse as medidas no âmbito das consultas entre as duas partes.

Entretanto, na terça-feira, a Casa Branca confirmou que os EUA passarão a taxar a 104% as importações chinesas a partir de hoje, cumprindo a ameaça de aumento das tarifas em 50 pontos percentuais (acima dos 54% previstos), após a China ter anunciado que vai impor uma tarifa de 34% sobre as importações de todos os produtos dos Estados Unidos a partir de 10 de abril.

Já a UE espera apresentar a resposta às tarifas de 20% impostas pelos Estados Unidos no início da próxima semana.

Segundo a Casa Branca, estas tarifas adicionais "permanecerão em vigor até que o presidente Trump determine que a ameaça representada pelo défice comercial e pelo tratamento não recíproco subjacente seja satisfeita, resolvida ou mitigada".

A ordem executiva que foi assinada "também contém autoridade de modificação, permitindo que o presidente Trump aumente a tarifa se os parceiros comerciais retaliarem ou diminua as tarifas se os parceiros comerciais tomarem medidas significativas para remediar acordos comerciais não recíprocos e se alinharem com os Estados Unidos em questões económicas e de segurança nacional".

A imposição de novas tarifas está a gerar ondas de choque na economia global, enquanto parceiros e adversários comerciais prepararam resposta perante as incertezas da guerra comercial.

terça-feira, 8 de abril de 2025

Os Estados Unidos manifestaram hoje preocupação com a captura de dois cidadãos chineses que, segundo Kyiv, estavam a combater com o Exército russo no leste da Ucrânia, acusando novamente Pequim de apoiar o Kremlin

Por LUSA 

"Preocupante", diz Washington sobre captura de soldados chineses por Kyiv

Os Estados Unidos manifestaram hoje preocupação com a captura de dois cidadãos chineses que, segundo Kyiv, estavam a combater com o Exército russo no leste da Ucrânia, acusando novamente Pequim de apoiar o Kremlin

"A captura dos soldados chineses é preocupante", frisou a porta-voz do Departamento de Estado, Tammy Bruce, aos jornalistas.

A China é um dos principais apoiantes da Rússia na guerra na Ucrânia", acrescentou.

Bruce denunciou que "a China é um grande facilitador da Rússia na guerra na Ucrânia" e afirmou que fornece 80% dos artigos de tecnologia dupla que o Kremlin "precisa para sustentar a guerra".

"A cooperação contínua entre estas duas potências nucleares só contribuirá para a instabilidade global e tornará os Estados Unidos e outros países menos seguros e menos prósperos", sublinhou ainda a porta-voz.

O Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky ordenou os seus ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa que contactassem os seus homólogos chineses para exigir uma explicação sobre o envolvimento de cidadãos chineses na guerra na Ucrânia, depois de ter capturado dois deles a combater no exército russo.

Ao anunciar a captura dos primeiros soldados chineses que participaram nesta guerra, Zelensky disse que o número de militares com passaporte chinês a combater ao lado das tropas russas pode ser muito maior.

Na rede social X (antigo Twitter), o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano anunciou hoje ter chamado o encarregado de negócios chinês em Kyiv para lhe pedir "explicações" sobre a presença de soldados chineses na Ucrânia a combater pela Rússia.

"Convocámos o encarregado de negócios da China na Ucrânia ao Ministério dos Negócios Estrangeiros para condenar este ato e exigir explicações", disse Andrii Sybiga.

Segundo a Ucrânia, a captura dos dois alegados soldados chineses em combate nas fileiras russas na frente "põe em causa" a posição declarada por Pequim de parte neutra no conflito.

"Os cidadãos chineses que combatem no Exército invasor russo na Ucrânia põem em causa a posição declarada da China a favor da paz", escreveu ainda o chefe da diplomacia ucraniana na plataforma digital.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).


Leia Também: Dois soldados chineses capturados em combates na Ucrânia, diz Zelensky

O Presidente dos Emirados Árabes Unidos, Sua Alteza Sheikh Mohamed bin Zayed Al Nahyan, recebeu hoje em audiência o Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló. O encontro decorreu no âmbito do reforço da cooperação bilateral entre os Emirados Árabes Unidos e a Guiné-Bissau, com vista à exploração de novos horizontes para o crescimento económico e o desenvolvimento sustentável.

Bélgica anuncia apoio de mil milhões a Kyiv e entrega de F-16

Por LUSA 

O primeiro-ministro belga, Bart De Wever, anunciou hoje, durante uma visita a Kiev, um novo pacote de ajuda militar à Ucrânia de mil milhões de euros anuais durante o seu mandato e a entrega imediata de caças F-16.

"Prometemos ser o maior fornecedor de F-16 para a Ucrânia e, claro, vamos cumprir a nossa palavra", declarou De Wever numa conferência de imprensa conjunta com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na qual indicou que os dois primeiros caças serão entregues este ano, seguidos de outros dois em 2026.

De Wever explicou que o objetivo é conseguir um maior número de entregas deste tipo de aeronaves à Ucrânia, mas isso dependerá da chegada dos caças norte-americanos F-35 aos hangares belgas.

"Cumpriremos integralmente as nossas promessas (...) Não haverá atrasos da nossa parte", afirmou.

O chefe do executivo belga e líder dos conservadores flamengos disse que a Bélgica poderá participar no contingente militar que a França e o Reino Unido se propuseram enviar para a Ucrânia assim que fosse confirmado um cessar-fogo total com a Rússia.

"Seria muito lógico se a França, o Reino Unido e talvez a Alemanha tomassem a iniciativa de enviar pessoal, e nós juntar-nos-íamos. Somos um membro fundador da União Europeia (UE) e da NATO. Sempre fizemos parte de coligações multilaterais e de iniciativas de paz", prosseguiu.

Em relação à ajuda financeira, De Wever esclareceu que pretende alocar pelo menos mil milhões de euros anualmente durante todo o seu mandato, que se iniciou há apenas dois meses, além se referir a vários acordos para fortalecer as indústrias de ambos os países.

"Devemos ajudar a Ucrânia a construir as suas próprias capacidades de defesa e a rearmar a Europa contra a renovada agressão russa. Acredito que devemos cooperar para ver como o nosso setor privado pode estar interessado em investir na Ucrânia e criar oportunidades para o nosso complexo militar-industrial", afirmou ainda.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

EUA vão impor tarifas de 104% à China. Medida entra em vigor na 4.ª-feira

Por LUSA 

Depois de ameaçar tarifas na ordem dos 104% à China, Washington vai (mesmo) impor estas taxas a importações de Pequim já na quarta-feira.

Os Estados Unidos vão impor tarifas que podem chegar aos 104% sobre as importações da China, com a medida a entrar em vigor já a partir de quarta-feira.

A notícia foi confirmada pela Casa Branca à Agência France-Presse (AFP), no dia seguinte a Pequim e Washington 'medirem forças' no que diz respeito à imposição de tarifas.

Em causa está uma tarifa adicional de 50%, que o presidente dos EUA, Donald Trump, prometeu aplicar perante a reação de Pequim às tarifas já anunciadas na semana passada - que davam conta de tarifas de 20%, como punição pelo tráfico de fentanil, e às adicionais tarifas de 34%.

Pequim garantiu que não ia ceder a "ameaças" de Washington. "Deixámos claro em várias ocasiões que pressionar ou ameaçar a China não é a forma correta de lidar connosco. A China vai salvaguardar firmemente os seus direitos e interesses legítimos", disse Liu Pengyu, porta-voz da embaixada chinesa nos Estados Unidos.

Isto não só poderá aumentar os preços para os consumidores norte-americanos, como também poderá dar à China um incentivo para inundar outros países com produtos mais baratos e procurar parcerias mais profundas com outros parceiros comerciais, de acordo com vários analistas de mercado.

Dois dias depois do anúncio de Trump sobre as novas tarifas, o presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, alertou que as tarifas poderão aumentar a inflação e disse que "há muita espera e muita observação", antes de serem tomadas quaisquer decisões.

Os investidores esperam que o banco central dos Estados Unidos reduza as taxas de juro de referência pelo menos quatro vezes até ao final deste ano, de acordo com o FedWatch do CME Group, um sinal de que as preocupações com a inflação serão eclipsadas pelos receios de despedimentos e de uma economia em contração.