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sábado, 6 de dezembro de 2025

Forças de Kyiv atacam refinaria de Riazán a 200 quilómetros de Moscovo... A Ucrânia atacou hoje a refinaria de Riazán, a cerca de 200 quilómetros de Moscovo, com o objetivo de "minar o potencial" militar da Rússia, informou o Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia.

Por LUSA 

Segundo avança a agência de notícias Efe, a extensão dos danos está ainda por determinar.

"As forças de defesa continuam a tomar medidas para minar o potencial militar-económico dos agressores russos", garante o comunicado, citado pela Efe.

A refinaria de Riazán tem capacidade de processar 17,1 milhões de toneladas de petróleo bruto por ano e é uma das maiores da Rússia, segundo o Estado-Maior ucraniano, e produz diesel, gasolina e combustível de aviação que abastecem as forças russas,

Além daquela infraestrutura, foi atingida a fábrica metalúrgica de Alchevsk, na parte ocupada da região ucraniana de Lugansk, onde são produzidos componentes de mísseis para o exército russo.

Rússia lançou ataque em massa com drones e mísseis contra Ucrânia... A Rússia lançou esta madrugada uma grande quantidade de mísseis e 'drones' contra a Ucrânia, após autoridades americanas e ucranianas anunciarem regressar, pelo terceiro dia, às negociações, para tentarem por fim à guerra de quase quatro anos.

Por LUSA 

Após negociações que avançaram com um acordo de segurança para a Ucrânia pós-guerra, os dois lados também admitiram que qualquer "progresso real em direção a um acordo" dependerá, em última instância, "da disposição da Rússia em mostrar um compromisso sério com a paz a longo prazo"

.A declaração do enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, do genro de Trump, Jared Kushner, e dos negociadores ucranianos Rustem Umerov e Andriy Hnatov foi feita depois da segunda reunião em que se juntaram, na sexta-feira, na Florida.

Pelo menos oito pessoas ficaram feridas nos ataques, disse o ministro do Interior ucraniano, Ihor Klymenko. Destas, pelo menos três ficaram feridas na região de Kyiv, segundo autoridades locais.

Também foram avistados 'drones' na zona oeste da Ucrânia e na região de Lviv, acrescentaram.

A Rússia realizou um "ataque em massa com mísseis e 'drones'" contra centrais elétricas e outras infraestruturas energéticas em várias regiões ucranianas, informou a operadora nacional de energia da Ucrânia, Ukrenergo, no Telegram.

A central nuclear ucraniana de Zaporizhzhia perdeu temporariamente toda a energia externa durante a noite, informou hoje a Agência Internacional de Energia Atómica citando o diretor-geral do organismo, Rafael Mariano Grossi.

A central está numa área sob controlo russo desde o início da invasão de Moscovo à Ucrânia e não está em funcionamento, mas precisa de energia confiável para arrefecer os seus seis reatores desativados e combustível usado, a fim de evitar incidentes nucleares catastróficos.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky disse que as instalações energéticas foram os principais alvos dos ataques, observando também que um ataque com 'drones' incendiou a estação ferroviária na cidade de Fastiv, na região de Kyiv.

O Ministério da Defesa da Rússia afirmou que as suas defesas aéreas abateram 116 drones ucranianos sobre o território russo durante a madrugada de hoje.

O canal de notícias russo Astra, no Telegram, afirmou que a Ucrânia atacou a refinaria de petróleo de Ryazan, na Rússia, e partilhou imagens que parecem mostrar um incêndio e nuvens de fumo a subir acima da refinaria.

A Associated Press não conseguiu verificar o vídeo de forma independente.

A Ucrânia não comentou imediatamente o alegado ataque. O governador regional de Ryazan, Pavel Malkov, disse que um edifício residencial tinha sido danificado num ataque com drones e que destroços de drones tinham caído no terreno de uma instalação industrial, sem mencionar a refinaria.


Leia Também: AIEA alerta que proteção de Chernobyl não está a funcionar bem

A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) alertou que a estrutura de proteção da central nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, não está a funcionar corretamente após o ataque militar de que foi alvo em fevereiro.



Rússia rescinde acordos militares com Portugal, Canadá e França... O Governo da Rússia anunciou a rescisão de três acordos de cooperação em matéria de defesa, assinados entre 1989 e 2000 com Portugal, Canadá e França.

© Lusa  06/12/2025 

A decisão foi formalizada através de um decreto emitido pelo primeiro-ministro da Rússia, Mikhail Mishustin, na sexta-feira, citado pela agência de notícias oficial russa TASS.

O documento refere que a decisão inclui o tratado entre a Rússia e Portugal para a cooperação militar, assinado em 04 de agosto de 2000, assim como um pacto de 1989 entre a antiga União Soviética e o Canadá e um protocolo de 1994 com a França.

O Governo defendeu que os três acordos carecem de relevância estratégica no contexto atual, pelo que foram rescindidos em simultâneo, sem qualquer consideração de possíveis substitutos ou mecanismos alternativos de cooperação.

A ordem governamental estipula ainda que o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo é responsável por notificar formalmente Portugal, Canadá e França da decisão, a fim de concluir o procedimento diplomático correspondente.

Segundo o decreto, a notificação constitui a etapa final necessária para o encerramento definitivo dos acordos.

A revogação dos pactos reflete o crescente afastamento da Rússia em relação ao Ocidente em matéria de segurança e cooperação técnica.

Em julho, Mishustin já tinha rescindido um acordo de cooperação técnico-militar com a Alemanha, acusando Berlim de seguir uma "política abertamente hostil" e uma "postura militarista cada vez mais agressiva".

Portugal e França apoiam um plano apresentado pela Comissão Europeia para canalizar para Kyiv receitas provenientes dos cerca de 235 mil milhões de euros de ativos russos congelados na União Europeia (UE).

Na sexta-feira, o embaixador russo na Alemanha, Serguei Nechayev, avisou que a utilização de ativos soberanos russos congelados na Europa para financiar a Ucrânia terá "consequências consideráveis" para a UE.

"Qualquer transação com ativos soberanos da Rússia sem o consentimento do país seria um roubo. E é evidente que o roubo de fundos estatais russos terá consequências de longo alcance", afirmou Nechayev.

A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.

Os aliados de Kyiv também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.

A ofensiva militar russa no território ucraniano mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).


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Desde a invasão da Ucrânia, a Rússia trava uma guerra em duas frentes: no campo de batalha contra o país vizinho e, internamente, contra quem ousa discordar.


sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

EUA e Ucrânia dizem que "progresso real" para paz depende de Moscovo... Washington e Kyiv frisaram hoje que "qualquer progresso real" rumo à paz na Ucrânia dependerá da disposição da Rússia, enquanto anunciavam que as negociações entre as delegações norte-americanas e ucranianas na Florida vão continuar no sábado.

Por  LUSA 05/12/2025

Os negociadores, que se reuniram hoje pelo segundo dia consecutivo na Florida, divulgaram uma declaração conjunta que ofereceu um panorama geral do progresso que, segundo elas, foi alcançado.

Ambas as partes concordaram que o progresso real rumo a qualquer acordo depende da vontade da Rússia em demonstrar um compromisso sério com a paz a longo prazo, incluindo medidas para a desescalada e o fim das mortes", pode ler-se no comunicado.

"As partes analisaram também separadamente a agenda da prosperidade futura, que visa apoiar a reconstrução da Ucrânia no pós-guerra, as iniciativas económicas conjuntas EUA-Ucrânia e os projetos de recuperação a longo prazo", acrescentaram.

As negociações entre norte-americanos e ucranianos vão assim continuar na Florida pelo terceiro dia consecutivo.

O processo de negociação foi marcado nos últimos dias por reuniões do enviado especial norte-americano Steve Witkoff e o genro do chefe de Estado norte-americano, Jared Kushner, com o Presidente russo, Vladimir Putin, na Rússia.

Em simultâneo, mas nos Estados Unidos, o negociador ucraniano Rustem Umerov tem-se reunido com responsáveis norte-americanos sem que, para já, tenha sido alcançado um acordo.

Putin disse na quinta-feira, em declarações ao India Today, que o Krmelin teve de rever "cada ponto" do documento apresentado em Moscovo por Witkoff.

Embora tenha confirmado as discrepâncias, Putin optou pela cautela e assinalou que era prematuro detalhar que aspetos não convinham a Moscovo.

"Dizer agora o que não nos convém ou até onde poderíamos chegar a um acordo é prematuro, já que poderia perturbar o modo de funcionamento que o Presidente Trump está a tentar estabelecer", justificou.

Um responsável norte-americano, sob condição de anonimato, indicou na quarta-feira que Witkoff e Kushner iriam encontrar-se com Oumerov na quinta-feira em Miami.

Mykhailo Podoliak, um dos conselheiros da presidência ucraniana, salientou na rede social X que, embora "o processo diplomático decorra principalmente nos bastidores, (...) as posições são claras".

"A Ucrânia quer o fim da guerra e está pronta para discussões", afirmou.

Desde a apresentação do plano norte-americano há quase três semanas, várias sessões de negociações foram realizadas com representantes ucranianos em Genebra e em Miami para tentar alterar o documento.

Poucos detalhes foram divulgados sobre esse plano alterado, enquanto uma versão inicial foi considerada por Kyiv como sendo amplamente favorável à Rússia.

Entretanto, o exército russo registou hoje mais avanços na frente, reivindicando a tomada da localidade de Bezimenné, na região oriental de Donetsk, onde se concentram os combates.

Por seu lado, a força aérea ucraniana informou que a Rússia lançou 137 drones sobre a Ucrânia durante a noite, dos quais 80 foram abatidos.

Várias regiões continuam a enfrentar cortes de energia após os ataques russos que visaram instalações energéticas nas últimas semanas, segundo o Ministério da Energia.

A retirada do Donbass, a renúncia ucraniana a ingressar na NATO, as garantias de segurança e as reparações russas no pós-guerra são algumas das questões que dividem as duas partes nas negociações sob mediação dos Estados Unidos.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

NATO é capaz de responder a ataques e criar "dificuldades" à Rússia... A NATO é capaz de responder aos ataques híbridos que se multiplicam no território dos Estados membros, e até de criar "dificuldades" à Federação Russa, mostrando-se "reativa", disse hoje o comandante supremo aliado na Europa, general Alexus Grynkewich.

© SIMON WOHLFAHRT/AFP via Getty Images    Lusa   04/12/2025 

"Se a Rússia procurar colocar-nos problemas, então talvez existam meios para lhe colocar também problemas", disse, em declarações no quartel-general das forças aliadas na Europa, em Mons, no sul da Bélgica.

"Pensamos também em ser reativos, é a palavra que utilizaria", acrescentou, sem mais detalhes.

Após uma série de ataques híbridos na Europa, como o sobrevoo de drones ou a sabotagem de uma linha férrea na Polónia em novembro, atribuída à Federação Russa, vários dirigentes europeus apelaram a respostas firmes por parte da NATO.

"Estas ameaças híbridas são um verdadeiro problema, e penso verdadeiramente que podemos esperar mais situações deste tipo", antecipou Grynkewich. "Sabemos que a Rússia esta por trás de parte delas, talvez não de todas, mas por certo de parte delas. E a opinião púbica deve sabê-lo".

Em todo o caso, garantiu, a NATO "controla a situação", tal como assegurou que estes ataques híbridos, que se multiplicam - drones, sabotagens e outros atos - não representam "uma ameaça existencial" para a Aliança. "Isto não compromete a nossa unidade. Somos capazes de responder e gerir isto".  


Na Rússia, crianças de oito anos estão a ser treinadas sobre como operar um rifle Kalachnikov em clubes patrióticos e militares.

Ucrânia: Kyiv acusa Moscovo de enviar crianças para campos de reeducação na Coreia... A Ucrânia acusou hoje a Rússia de enviar crianças ucranianas raptadas em territórios controlados pelo exército russo para campos de reeducação na Coreia do Norte.

© Getty Images     Lusa   04/12/2025

Num comunicado, o Provedor dos Direitos Humanos ucraniano, Dmytro Loubinets, referiu novas informações que dão conta da existência de campos na Coreia do Norte onde crianças ucranianas são submetidas, segundo ele, a uma "russificação" e "militarização" forçadas. 

"Todas as crianças devem ser encontradas, protegidas e levadas de volta para casa. As crianças ucranianas não podem ser armas nas mãos do agressor", defendeu Loubinets.

Na quarta-feira, durante uma audiência no Senado norte-americano, Kateryna Rachevska, responsável por uma organização não-governamental (ONG) ucraniana, o Centro Regional para os Direitos Humanos, declarou que a sua organização tinha identificado 165 "campos de reeducação" para crianças ucranianas raptadas por Moscovo.

Segundo Rachevska, esses locais estão situados nos territórios ucranianos ocupados, na Rússia, na Bielorrússia e na Coreia do Norte.

Rachevska afirmou que, de acordo com a sua ONG, duas crianças, uma da Crimeia anexada e outra da parte da região de Donetsk sob controlo russo, foram enviadas para um campo em Songdowon, na Coreia do Norte, a 9.000 quilómetros da Ucrânia.

"Ensinavam às crianças a "destruir os militaristas japoneses" e elas encontraram-se com veteranos [norte-coreanos] que, em 1968, atacaram o navio Pueblo da Marinha dos Estados Unidos", afirmou, referindo-se a militares que participaram num ataque a um navio espião norte-americano que na altura provocou uma crise entre Washington e Pyongyang.

A Ucrânia acusa a Rússia de ter raptado pelo menos 20.000 crianças ucranianas desde o início da invasão em grande escala da Ucrânia, em fevereiro de 2022, e que apenas 1850 delas puderam ser recuperadas.

Em 2023, o Tribunal Penal Internacional emitiu um mandado de detenção contra Vladimir Putin pela "deportação ilegal" de crianças das zonas ocupadas da Ucrânia para a Rússia.

Moscovo nega as acusações, garantindo ter salvado essas crianças da guerra e ter implementado procedimentos para reuni-las com as suas famílias.

A Assembleia Geral das Nações Unidas apelou na quarta-feira ao regresso imediato e incondicional das crianças ucranianas "transferidas à força" para a Rússia, uma questão sensível nas difíceis negociações em curso sobre um eventual acordo entre Kyiv e Moscovo para encontrar uma solução para o conflito.

Com 91 votos a favor, 12 contra e 57 abstenções, o documento foi aprovado e insta a Rússia a "garantir o regresso imediato, seguro e incondicional das crianças que foram deportadas ou levadas à força" para território russo.

Este documento exige o fim, "sem demora, de todas as práticas de remoção forçada, deportação, separação das suas famílias e responsáveis legais, mudança de estatuto pessoal e doutrinação de crianças ucranianas", segundo um comunicado de imprensa da ONU.

Em março de 2023, o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu mandados contra o Presidente russo, Vladimir Putin, e contra a comissária dos direitos das crianças russa, Maria Lvova-Belova, pelo seu papel na deportação de milhares de crianças ucranianas para a Rússia.


quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

EUA vão restringir vistos para nigerianos envolvidos em violência contra cristãos.... Os Estados Unidos vão restringir vistos para nigerianos e seus familiares que estejam envolvidos em assassinatos em massa e violência contra cristãos naquele país da África Ocidental, disse hoje o Departamento de Estado americano.

Por  LUSA 03/12/2025

Os ataques à comunidade fazem parte de uma crise de segurança de longa data e extremamente complexa na Nigéria, uma nação e em relação à qual o presidente dos EUA, Donald Trump, se referiu recentemente pelo "assassinato de cristãos" por "islamistas radicais".  

No mês passado, Trump também disse que tinha ordenado ao Pentágono que começasse a planear uma possível ação militar na Nigéria, após as alegações de perseguição aos cristãos.  

"Os Estados Unidos estão a tomar medidas decisivas como resposta aos assassinatos em massa e à violência contra cristãos por terroristas islâmicos radicais, milícias étnicas Fulani e outros atores violentos na Nigéria e além", disse o Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, num comunicado publicado na rede social X.  

O chefe da diplomacia norte-americana acrescentou que a política aplicar-se-ia a outros governos ou indivíduos envolvidos em violações da liberdade religiosa, e que as restrições estão em conformidade com uma nova política ao abrigo da Lei de Imigração e Nacionalidade.

A medida surge após a designação, no mês passado, da Nigéria pelos EUA como um "país de particular preocupação" ao abrigo da Lei Internacional da Liberdade Religiosa.

 Não ficou imediatamente claro como a decisão de hoje seria colocada em prática, uma vez que o Departamento de Estado já tem a capacidade de restringir viagens para os EUA para os envolvidos em abusos dos direitos humanos.

Além da Nigéria, a lista de países designados como "países de particular preocupação" inclui China, Cuba, Eritreia, Irão, Myanmar (antiga Birmâmia), Coreia do Norte, Nicarágua, Paquistão, Rússia, Arábia Saudita, Tajiquistão e Turcomenistão.

Os ataques na Nigéria têm motivações variadas, há aqueles motivados por questões religiosas, que visam tanto cristãos como muçulmanos, bem como confrontos entre agricultores e pastores, devido à escassez de recursos, rivalidades comunitárias, grupos separatistas e conflitos étnicos.

A população da Nigéria, de cerca de 220 milhões de pessoas, está dividida quase igualmente entre cristãos e muçulmanos.

Por isso, o país enfrenta há muito tempo a insegurança de vários lados, incluindo a do grupo extremista Boko Haram, que procura estabelecer a sua interpretação radical da lei islâmica e também tem como alvo muçulmanos que considera não serem suficientemente muçulmanos.

Além disso, na Nigéria tem havido também um aumento nas atividades de gangues armados na parte central do país, que sequestram habitantes locais para pedir resgates.

Gás? UE celebra "dia histórico", Rússia alerta para "perda de potencial"... Os eurodeputados e os Estados-membros chegaram a acordo para proibir todas as importações de gás russo na União Europeia (UE) no outono de 2027. Se a presidente da Comissão Europeia disse tratar-se de um "dia histórico", o porta-voz do Kremlin advertiu que a medida acelerará "o processo de perda" de poder económico do bloco.

Por Notícias ao Minuto com Lusa 

Os eurodeputados e os Estados-membros alcançaram, na noite de terça-feira, um acordo para proibir todas as importações de gás russo para a União Europeia (UE) no outono de 2027. Se a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, considerou tratar-se de um “dia histórico” que representa um “virar da página" da dependência energética da Rússia, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, alertou que o bloco apenas acelerará “o processo de perda” de poder económico.

Hoje é realmente um dia histórico para a nossa união. Ontem [terça-feira] à noite, chegámos a um acordo provisório sobre a proposta da Comissão de eliminar totalmente os combustíveis fósseis russos", disse Ursula von der Leyen, num ponto de imprensa sem perguntas em Bruxelas.

E acrescentou: "Estamos a virar essa página e estamos a virá-la para sempre. Este é o início de uma nova era, a era da verdadeira independência energética da Europa em relação à Rússia."

Apesar de serem admitidas algumas exceções para os Estados-membros que enfrentem dificuldades para atingir os níveis de armazenamento exigidos, a UE vai eliminar todas as importações de gás russo o mais tardar até novembro de 2027.

"Muitos acreditam que isso seria impossível. Bem, os números falam por si e deixem-me dar-vos alguns hoje: as importações de gás russo, tanto gás natural liquefeito (GNL) como por gasoduto, baixaram de 45% no início da guerra para 13%; as importações de carvão baixaram de 51% no início da guerra para zero atualmente; e as importações de petróleo bruto baixaram de 26% para 2% atualmente", elencou a líder do executivo comunitário.

E adiantou: "No início da guerra, pagávamos [na UE] à Rússia 12 mil milhões de euros por mês por combustíveis fósseis e, agora, reduzimos para 1,5 mil milhões por mês, o que ainda é demasiado. O nosso objetivo é reduzir esse valor para zero."

Também presente neste ponto de imprensa, o diretor executivo da Agência Internacional de Energia, Fatih Birol, comentou que "a Rússia era até agora a principal abastecedora da energia europeia e hoje essa saga chega ao fim".

Já o comissário europeu da Energia, Dan Jørgensen, falou num "bom dia para a Europa e para a Ucrânia e num dia muito mau para a Rússia" por a UE "cortar finalmente a torneira do gás russo".

Rússia alerta para aceleração do “processo de perda" de poder económico da UE

Por seu lado, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, advertiu que, com este acordo, "a Europa está a condenar-se a fontes de energia mais caras, o que, inevitavelmente, apenas acelerará o processo de perda" de poder, disse, citado pela agência noticiosa France-Presse (AFP).

Peskov precisou que a decisão "inevitavelmente acarretará consequências para a economia europeia e uma diminuição da sua competitividade", o que "acelerará o processo, iniciado nos últimos anos, de perda de potencial de liderança por parte da economia europeia".

Mas, afinal, o que está em causa?

O compromisso foi alcançado esta madrugada entre o Parlamento Europeu, que desejava uma proibição mais rápida, e os Estados-membros, que queriam um pouco mais de tempo.

No caso dos gasodutos, a proibição dos contratos de longo prazo, os mais sensíveis porque, por vezes, têm uma duração de várias décadas, entrará em vigor a 30 de setembro de 2027, desde que as reservas sejam suficientes, e será aplicável o mais tardar a 1 de novembro de 2027.

Para o GNL, a proibição dos contratos de longo prazo será aplicada a partir de 1 de janeiro de 2027, segundo anunciou von der Leyen, para sancionar a Rússia.

Já nos contratos de curto prazo, a proibição será aplicável a partir de 25 de abril de 2026 para o gás natural liquefeito e a partir de 17 de junho de 2026 para o gás transportado por gasoduto.

Este calendário terá de ser aprovado uma última vez pelos Estados-membros e pelo Parlamento, mas o acordo abre caminho a uma votação que não antecipa surpresas.

As empresas europeias poderão invocar um caso de "força maior" para justificar legalmente quebras contratuais, mencionando a proibição de importação decidida pela UE.

O executivo europeu optou por uma proposta legislativa em vez de sanções, uma vez que pode ser adotada por maioria qualificada dos Estados-membros. O objetivo é evitar um veto da Hungria e da Eslováquia, consideradas próximas de Moscovo e firmemente opostas a essas medidas.

Quase quatro anos após a invasão da Ucrânia, a UE pretende privar a Rússia da fonte de receitas financeiras provenientes do gás. A quota do gás russo nas importações de gás do bloco passou de 45% em 2021 para 19% em 2024.

Embora a UE se tenha esforçado por reduzir o abastecimento através de gasodutos, este tem sido parcialmente substituído pelo GNL, transportado por navio, descarregado em portos, regaseificado e depois injetado na rede europeia.

Atrás dos Estados Unidos (45%), a Rússia ocupou uma posição central nas importações de GNL pela UE em 2024, fornecendo 20 mil milhões de metros cúbicos dos cerca de 100 mil milhões importados.

Note-se que Portugal é um dos oito Estados-membros da UE que terão de encontrar alternativas às importações de gás russo, dado que o país ainda importa GNL da Rússia, embora em proporções relativamente pequenas. Em 2024, Portugal importou cerca de 49.141 GWh (gigawatt-hora) de gás natural, dos quais aproximadamente 96% eram GNL.

Do total do GNL, cerca de 4,4% teve origem na Rússia. Ainda assim, a quota russa nas importações de GNL em Portugal caiu de cerca de 15% em 2021 para 5% em 2024.

NATO desvaloriza ameaça de Putin de guerra com Europa: "Não vou reagir"... O secretário-geral da NATO desvalorizou hoje a ameaça feita pelo Presidente russo de que estava pronto para uma guerra com os países europeus, insistindo na necessidade de continuar a pressionar Moscovo enquanto prosseguem as negociações de paz.

Por  LUSA 
"Não vou reagir a tudo o que o Presidente russo [Vladimir Putin] diz", respondeu Mark Rutte, à entrada para uma reunião ministerial no quartel-general da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em Bruxelas (Bélgica).

O secretário-geral da NATO recordou que no passado o Presidente da Federação Russa fez comentários semelhantes e pediu que as atenções se concentrassem em deixar a Ucrânia na "posição mais forte possível" enquanto estão a prosseguir as negociações para alcançar um cessar-fogo.

Mark Rutte considerou que "só os Estados Unidos da América" poderiam ter negociado a paz entre a Ucrânia e a Rússia e voltou a saudar os esforços do Presidente, Donald Trump.

"A última noite foi importante, mas haverá mais momento importantes", comentou, recusando comentar todas as reuniões entre autoridades de Washington com o Kremlin e com o Governo ucraniano.

No entanto, "se não houver resultados" destas negociações, o secretário-geral da NATO disse que é preciso "continuar a colocar pressão" na Rússia para que o conflito acabe, de uma maneira ou de outra.

Na terça-feira, Vladimir Putin advertiu que a Rússia está preparada para travar uma guerra com a Europa se for essa a pretensão dos europeus, embora não a deseje.

"Não temos a intenção de fazer guerra à Europa, mas se a Europa o desejar e começar, estamos prontos imediatamente", afirmou Putin aos jornalistas, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).

Putin, que fez o aviso pouco antes de receber o emissário norte-americano Steve Witkoff, acusou os europeus de quererem impedir os esforços dos Estados Unidos que visam pôr fim à guerra na Ucrânia.

"Eles não têm um programa de paz, estão do lado da guerra", disse o líder russo.


Leia Também: Líder sul-coreano entende que deve "pedir desculpas" a Pyongyang

O Presidente sul-coreano, Lee Jae-myung, considerou hoje que deve um pedido de desculpas à Coreia do Norte pela ordem dada pelo seu antecessor de enviar drones e panfletos de propaganda para o outro lado da fronteira.


terça-feira, 2 de dezembro de 2025

Encontro entre EUA e Rússia termina sem "qualquer acordo", mas foi "útil"... A reunião entre o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o enviado especial dos Estados Unidos, Steve Witkoff, já terminou, mas sem acordo. O encontro durou quase cinco horas.

Por  LUSA 

As negociações entre o presidente russo, Vladimir Putin, e o enviado especial da presidência dos Estados Unidos, Steve Witkoff, no Kremlin, foram concluídas, avança o jornal russo Kommersant. A reunião, que começou atrasada, durou quase cinco horas.

No entanto, "não foi alcançado qualquer acordo" sobre os territórios ocupados na Ucrânia, adiantou o Kremlin. "Ainda não foi escolhida nenhuma solução de compromisso (sobre os territórios), mas algumas propostas americanas podem ser discutidas", adiantou o conselheiro diplomático russo, Yuri Ushakov, em declarações aos jornalistas, incluindo a agência France-Presse (AFP).

Segundo Yuri Ushakov, a discussão, que durou cerca de cinco horas, foi "útil" e "construtiva", e os contactos entre Moscovo e Washington vão continuar, mas "ainda há muito trabalho a fazer" para se chegar a um acordo.

"Conseguimos chegar a um acordo em certos pontos (...), outros foram alvo de críticas, mas o principal é que houve uma discussão construtiva e que as partes declararam a sua disponibilidade para continuar os seus esforços", destacou Ushakov.

O conselheiro russo especificou que as discussões não se centraram na "redação concreta" de um acordo, mas sim na "substância", e que foram discutidos vários documentos apresentados a Moscovo, sem entrar em pormenores.

O enviado especial do Kremlin e considerado um dos autores do plano de paz, Kirill Dmitriev, descreveu o encontro entre Putin e Witkoff, na rede social X, como "produtivo" (palavra seguida de uma pomba branca). A acompanhar a partilha juntou duas imagens da reunião.

Antes do encontro, Putin advertiu que a Rússia está preparada para travar uma guerra com a Europa se for essa a pretensão dos europeus, embora não a deseje. Putin acusou os europeus de quererem impedir os esforços dos Estados Unidos que visam pôr fim ao conflito na Ucrânia.

"Eles não têm um programa de paz, estão do lado da guerra", disse o líder russo em declarações aos jornalistas.

Os Estados Unidos apresentaram há 10 dias um primeiro projeto de 28 pontos considerado muito favorável a Moscovo, redigido sem Kyiv e os aliados europeus.

O plano, destinado a pôr fim ao conflito desencadeado pela ofensiva russa contra a Ucrânia em fevereiro de 2022, foi alterado substancialmente após reuniões de Washington com ucranianos e europeus.

A proposta foi de novo trabalhada a nível bilateral no domingo, na Florida, entre delegações presididas pelo chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Marco Rubio, e pelo negociador ucraniano Rustem Umerov.

Putin denunciou que os países europeus, referindo-se principalmente à França, Alemanha e Reino Unido, incluem no plano exigências inadmissíveis para Moscovo com o único objetivo de "bloquear todo o processo de paz".

Já o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse hoje esperar "sinais" da delegação norte-americana após as suas reuniões na capital russa. "Eles pretendem informar-nos diretamente imediatamente após essas reuniões. Os próximos passos dependerão desses sinais", adiantou.

"Se houver jogo limpo com os nossos parceiros, se for percebido como tal, talvez então nos possamos reunir muito em breve. Veremos a que nível", acrescentou Zelensky, que se declarou disposto, nesse caso, a encontrar-se cara a cara com Trump.

Esta é a sexta visita do enviado especial norte-americano a Moscovo, desde que a administração Trump assumiu o poder nos Estados Unidos.


Leia Também: Após Putin ameaçar, Trump fala em "confusão". E Zelensky? "Tenho medo"

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, considerou que resolver a guerra na Ucrânia é "uma confusão" e o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, confessou "ter medo" de que Washington se afastasse das negociações para a paz. Reações surgem enquanto Putin fala com enviados dos EUA.



Putin acusa Kyiv de pirataria e ameaça retaliar contra navios ocidentais... O presidente da Rússia, Vladimir Putin, acusou hoje a Ucrânia de pirataria por atacar navios mercantes russos no mar Negro e ameaçou com "medidas de resposta" contra embarcações ocidentais que ajudam Kyiv.

Por LUSA 

"Se isto continuar, consideraremos a possibilidade, não digo que o faremos, mas consideraremos a possibilidade de tomar medidas de retaliação contra os navios daqueles países que estão a ajudar a Ucrânia a cometer esses atos de pirataria", disse Putin.

O líder russo advertiu ainda que as forças russas alargarão o alcance dos ataques contra "as instalações portuárias e os navios que atraquem nos portos ucranianos".

Putin falava aos jornalistas antes da reunião no Kremlin, a sede da presidência russa em Moscovo, com o enviado especial dos Estados Unidos, Steve Witkoff, segundo a agência de notícias espanhola EFE.

A reunião destina-se a abordar a mais recente versão do plano norte-americano para pôr termo à guerra que a Rússia iniciou contra a Ucrânia com a invasão de fevereiro de 2022.

Putin também ameaçou deixar Kyiv sem acesso ao mar Negro, algo que já tentou em vão nos primeiros dois anos da guerra, se não cessarem os ataques contra os navios russos.

Insistiu que os ataques nem sequer estão a ocorrer em águas neutras, mas sim na zona económica de "um terceiro país", em referência à Turquia.

O Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, descreveu na segunda-feira como inexequível o recente ataque ucraniano contra dois petroleiros no mar Negro que iriam carregar crude num porto russo.

"A guerra entre a Rússia e a Ucrânia atingiu uma dimensão que ameaça a segurança da navegação no mar Negro", disse Erdogan.

"O ataque, na passada sexta-feira, a navios da marinha mercante na nossa zona económica exclusiva mostra uma escalada preocupante", afirmou o líder turco.

Kyiv reivindicou no fim de semana os ataques com drones navais contra os petroleiros "Kairos" e "Virat".

Os navios, ambos com bandeira da Gâmbia e sem carga no momento do ataque, dirigiam-se para o porto russo de Novorossiisk, no mar Negro, supostamente para carregar crude russo.

Outro petroleiro turco, que segundo algumas informações fará parte da chamada frota fantasma russa (utilizada por Moscovo para contornar as sanções ocidentais contra as vendas de petróleo), também foi danificado no sábado por quatro explosões de origem até agora não esclarecida, ao largo da costa do Senegal.

Ao mesmo tempo, a Ucrânia negou hoje qualquer relação com o ataque a um navio russo que transportava óleo de girassol pelo mar Negro.


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Putin ameaça: "Se a Europa quiser entrar em guerra connosco, estamos prontos"

O presidente russo, Vladimir Putin, garante que Moscovo não quer entrar numa guerra com a Europa, mas reitera que as forças armadas russas estão prontas para combater.

Putin atira: "Se a Europa quiser guerra, estamos prontos"

O presidente russo, Vladimir Putin, acusou a Europa de não ter uma "agenda de paz" e de "interferir" nas propostas dos Estados Unidos para acabar com a guerra na Ucrânia, fazendo exigências "inaceitáveis" a Moscovo.

Momentos antes de se reunir com os enviados especiais dos Estados Unidos, esta terça-feira, o presidente russo deixou uma provocação: "Se a Europa quiser guerra, estamos prontos".

Vladimir Putin falava num fórum de investimento em Moscovo pouco antes da hora agendada para o encontro com Steve Witkoff e Jared Kushner, que voaram até à capital russa para apresentar à delegação russa a nova versão do acordo de paz para a Ucrânia.

Durante esse discurso, Putin frisou que não está a planear entrar em guerra com a Europa: "Já o disse cem vezes".

"Não temos a intenção de fazer guerra à Europa, mas se a Europa o desejar e começar, estamos prontos imediatamente", afirmou Putin aos jornalistas, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP).

No entanto, acusou os líderes europeus de "interferirem" nas propostas norte-americanas, insistindo que a Europa "não tem uma agenda de paz, estão do lado da guerra", disse o líder russo.

"A Europa está a impedir a administração dos Estados Unidos de alcançarem a paz com a Ucrânia", acrescentou, citado pelo The Guardian, atirando ainda que as "exigências da Europa são inaceitáveis para a Rússia". Putin não elaborou quais são as exigências inaceitáveis de que falava.

Zelensky revela que plano de paz tem agora 28 pontos

As declarações do presidente russo acontecem pouco depois de o seu homólogo ucraniano ter falado numa conferência de imprensa em Dublin, na Irlanda, onde revelou que o plano de paz que foi levado a Moscovo tem agora 20 pontos, em vez dos 28 iniciais.

Apesar de não se sentir preparado para partilhar "todos os pontos do plano", Zelensky confessou quais as "questões e desafios sensíveis e difíceis" do acordo: cedências territoriais, o uso dos ativos russos congelados (uma decisão que, diz o presidente, precisa de envolver os dirigentes europeus) e a aliança de países que pretende apoiar um futuro acordo de paz na Ucrânia.

Durante o discurso, o presidente ucraniano mostrou-se confiante com a possibilidade de pôr um fim ao conflito, dizendo que "mais do que nunca há uma chance de acabar com esta guerra". Confessou, no entanto, que este está a ser "um dos momentos mais desafiantes e, no entanto, ao mesmo tempo, otimistas" para a paz na Ucrânia.

Sobre o encontro entre Washington e Moscovo (que já estará a decorrer), Zelensky afirmou que espera ser contactado imediatamente após a reunião, afirmando que está "preparado para apoiar todos os sinais [que trouxerem o fim da guerra]" e para se "encontrar com o presidente Trump",

Contudo, acrescentou que "tudo depende das conversas de hoje". Zelensky adiantou ainda que pretende reagir ainda esta terça-feira às negociações "de acordo com os resultados" que saírem da reunião.

"Nós temos de terminar com a guerra de tal maneira, que a Rússia não regresse, com a terceira invasão em dez anos", acrescentou, frisando que é preciso um plano de paz "aberto e justo" e que não seja discutido "nas costas da Ucrânia".

"O nosso objetivo comum é pôr fim à guerra, não apenas obter uma pausa nos combates. É necessária uma paz digna", reiterou o presidente ucraniano.

Rússia reclama captura de Pokrovsk e Vovchansk. Putin enaltece tropas... A Rússia afirmou hoje ter capturado a cidade de Pokrovsk (Donetsk), no leste da Ucrânia, um importante centro logístico para as forças ucranianas, bem como Vovchansk (Kharkiv), no nordeste, tendo Vladimir Putin enaltecido as Forças Armadas russas.

 Por LUSA

"Quanto aos grupos Central e Oriental, aqui, ao longo de toda a linha de contacto de combate, a iniciativa está inteiramente nas mãos das nossas Forças Armadas", afirmou o Presidente russo, Vladimir Putin, citado pela agência de notícias russa TASS, durante a sua visita ao comando militar das tropas que combatem na Ucrânia.

Putin referiu-se especificamente ao "ritmo de avanço" do grupo Vostok, que se está a aproximar da cidade de Huliaipole.

"O chefe do Estado-Maior General, Valery Gerasimov, informou Vladimir Putin sobre a libertação das cidades de Krasnoarmeysk (nome russo para Pokrovsk) e Vovchansk", declarou o Kremlin (presidência russa) na rede social Telegram.

Segundo o Kremlin, este relatório foi entregue ao Presidente russo no domingo à noite, mas a informação só foi divulgada hoje.

O Kremlin também relatou avanços em Dimitrov, onde as forças militares russas supostamente controlam a parte sul da cidade, e na parte sul da linha da frente, onde teriam alcançado o rio Gaichur.

Putin, envergando uniforme militar durante a visita, agradeceu aos militares pela captura das cidades e enfatizou a importância deste setor da frente ucraniana.

Tal "permitirá a resolução de todas as principais missões definidas desde o início, quando iniciámos a operação militar especial", afirmou.

Além disso, outros generais de alta patente informaram sobre a situação nos diversos setores da frente ucraniana.

O comandante da Unidade Militar Central, Valeri Solodchuk, relatou a aniquilação dos ataques inimigos bloqueados nas cidades de Pokrovsk e Mirnograd, com detalhes da captura da área na cidade.

Andréi Ivanáev, comandante do grupo militar, comentou a situação nas regiões de Zaporijia e Dinpropetrovsk, onde as tropas russas atacaram o rio Gaichur e iniciaram a batalha em Huliaipole, uma importante fortaleza ucraniana.

O ministro da Defesa russo, Andrei Belousov, descreveu a captura de Vovchansk como "um passo importante para a vitória e a conquista dos objetivos de Moscovo" na Ucrânia.

Este anúncio surge em plenas negociações entre ucranianos e norte-americanos sobre o plano de Washington para o fim da guerra, sendo um dos pontos de atrito a questão dos territórios ocupados por Moscovo.

O enviado dos Estados Unidos, Steve Witkoff, irá encontrar-se na terça-feira com Putin em Moscovo para prosseguir as discussões sobre o plano de Washington para pôr fim à guerra na Ucrânia, iniciada pela Rússia em fevereiro de 2022.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

Eis a lista de países que já se afastaram desse imbróglio político da Guiné-Bissau:

Cabo Verde

Alemanha

França

Portugal

Senegal

Gâmbia

Nigéria

China

EUA

Rússia

A própria União Europeia já soltou uma nota oficial desmentindo a fake news que andava a circular sobre supostas sanções económicas contra individualidades.

Fonte Abel Djassi Primeiro

domingo, 30 de novembro de 2025

Venezuela? Trump terá proposto saída de Maduro (que pediu amnistia)... O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, terá dado a Nicolás Maduro a oportunidade de sair da Venezuela com vida, mas teria de ser de imediato. O venezuelano pediu amnistia internacional.

Por LUSA 

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, terá dado ao seu homólogo venezuelano, Nicolás Maduro, a oportunidade de sair da Venezuela com vida, mas teria de ser de imediato. Tudo terá acontecido durante uma conversa telefónica na semana passada. 

Conta o Miami Herald, que cita fontes não identificadas, que Donald Trump e Nicolás Maduro falaram por telefone e que, após o ultimato do norte-americano, o venezuelano terá exigido continuar a controlar as forças armadas do seu país, tendo também solicitado amnistia internacional para todos os seus crimes. 

A resposta de Trump terá sido direta e as negociações acabaram por fracassar. O presidente norte-americano terá proposto a Maduro que tanto ele como a mulher e os filhos tinham permissão para deixar a Venezuela em segurança, mas teria de ser no imediato. 

"Primeiro, Maduro pediu amnistia internacional por quaisquer crimes que ele ou o seu grupo pudessem ter cometido, o que foi rejeitado. Em segundo lugar, pediram para manter o controlo das forças de segurança. Em troca, permitiriam eleições livres", disse aquela fonte ao Herold.

No entanto, as propostas foram todas rejeitadas.

Note-se que, recentemente, o New York Times havia noticiado que os dois presidentes tinham falado e que a conversa telefónica, que terá sido tensa, ocorreu no dia 16 de novembro, dias depois de Trump ter dito que estava disponível para conversar com Maduro. 

De acordo com relatos, a conversa serviu para que Trump e a equipa de Maduro discutissem os detalhes de como seria a rendição do presidente venezuelano, uma vez que o Departamento de Estado norte-americano oferece uma recompensa de 50 milhões de dólares pela sua captura. 

Estados Unidos propuseram a Maduro "ir para a Rússia"?

Os Estados Unidos, que atualmente têm um destacamento militar na costa da Venezuela, ofereceram ao presidente Nicolás Maduro a opção de "ir para a Rússia" ou para outro país, afirmou, este sábado, o senador norte-americano Markwayne Mullin.

"Aliás, demos a Maduro a oportunidade de se ir embora", disse o senador republicano do Oklahoma à estação norte-americana CNN.

"Dissemos-lhe que poderia ir para a Rússia ou para outro país", acrescentou.

O que se passa entre os EUA e a Venezuela?

Recorde-se que o presidente norte-americano, Donald Trump, ordenou um grande destacamento militar no mar das Caraíbas e alertou no sábado que considera o espaço aéreo venezuelano "completamente fechado", depois de ter enviado para a região o maior porta-aviões do mundo.

Trump justificou estas operações acusando Caracas de estar por detrás do tráfico de droga que inunda o mercado norte-americano, mas Nicolás Maduro negou estas acusações e considerou que Washington está a usar um pretexto para o derrubar, provocar uma mudança de regime na Venezuela e apoderar-se das reservas de petróleo do país.

No poder desde 2013, o presidente venezuelano socialista é o herdeiro político de Hugo Chávez, uma figura de destaque da esquerda radical na América Latina. Foi reeleito em 2024, após uma eleição contestada, que desencadeou protestos no país, que foram fortemente reprimidos e levaram a centenas de detenções.

"O próprio povo venezuelano também se manifestou e disse que quer um novo líder e a restauração da Venezuela como país", disse ainda Mullin à CNN.

No sábado, o senador republicano Lindsey Graham também considerou abertamente a possibilidade de uma mudança de regime na Venezuela.

"Durante mais de uma década, Maduro controlou um Estado narcoterrorista que está a envenenar os Estados Unidos", declarou na rede social X, chamando o presidente venezuelano de "líder ilegítimo".

"O firme compromisso do presidente Trump em pôr fim a esta loucura na Venezuela salvará inúmeras vidas americanas e dará ao querido povo venezuelano uma nova oportunidade de vida", prosseguiu Lindsey Graham, sugerindo que Maduro poderá ser forçado a exilar-se.

"Ouvi dizer que a Turquia e o Irão são locais encantadores para visitar nesta altura do ano", acrescentou.

Nos últimos dias, foi registada uma atividade constante de caças norte-americanos a apenas algumas dezenas de quilómetros da costa venezuelana, segundo sites de rastreamento de aeronaves.


Leia Também: Deputado (e aliado de Trump) vai reformar-se. Gémeo poderá substituí-lo

O deputado republicano do Texas, Troy Nehls, anunciou que irá aposentar-se, depois de ter tomado a decisão em conjunto com a sua família. O seu irmão gémeo anunciou a sua candidatura para o substituir na Câmara dos Representantes do Congresso


sexta-feira, 28 de novembro de 2025

África do Sul: Recrutar para combater pela Rússia? Deputada filha de Zuma demite-se... A filha do ex-Presidente sul-africano Jacob Zuma demitiu-se do parlamento após acusações de recrutamento de sul-africanos para combaterem pela Rússia na Ucrânia, anunciou hoje o diretor do partido MK.

© Lusa  28/11/2025

"A camarada Duduzile Zuma-Sambudla declarou que cooperará plenamente com a investigação em curso das autoridades competentes" e "apresentou a sua demissão da Assembleia Nacional e de todas as suas funções de representação pública, com efeito imediato. A liderança do partido aceitou a sua decisão", informou o dirigente do MK, Nkosinathi Nhleko, durante um conferência de imprensa em Durban, na África do Sul.

Nem Duduzile Zuma-Sambudla nem o seu pai - Jacob Zuma, Presidente entre 2009 e 2018 -, presentes na sala durante a conferência de imprensa, se pronunciaram.

A própria irmã de Zuma-Sambudla acusou-a, na semana passada, de estar envolvida no recrutamente de 17 sul-africanos que lançaram pedidos de socorro ao atual Presidente, Cyril Ramaphosa, alegando estar encurralados na região ucraniana do Donbass.

"Umkhonto we Sizwe [nome completo do MK], enquanto partido, não está envolvido no caso russo-ucraniano que afeta estes jovens", garantiu Nkosinathi Nhleko, sendo que Jacob Zuma é conhecido pela proximidade ao Governo russo.

"Até onde sabemos, esta demissão não tem nada que ver com uma admissão de culpa ou um reconhecimento da sua culpa por parte do partido", afirmou Magasela Mzobe, outro dirigente do movimento.

A demissão de Zuma-Sambudla tratou-se de uma forma de "se concentrar totalmente na sua cooperação com todos os serviços do Estado", de acordo com Magasela Mzobe.

De acordo com o Governo ucraninano, 1.426 cidadãos de 36 países africanos foram identificado entre as fileiras russas, mas o número de combatentes estrangeiros poderá ser muito mais elevado.

Muitas mulheres africanas também são atraídas pela promessa de contratos lucrativos na Rússia, acabando em fábricas de produção de drones, sobretudo na região central do Tartaristão, de acordo com várias investigações de meios de comunicação internacionais.

Duduzile Zuma-Sambudla tinha sido eleita para o parlamento sul-africano em junho de 2024, concorrendo sob a sigla do partido fundado pelo pai.

A filha do ex-Presidente sul-africano já está a ser processada por icitamento aos motins de julho de 2021, desencadeados após a detenção do pai, que recusara testemunhar em processos de corrupção que o visavam. Cerca de 350 pessoas morreram nos motins.


quinta-feira, 27 de novembro de 2025

Vladimir Putin: "Se ucranianos abandonarem territórios ocupados, cessaremos hostilidades"... O Presidente russo, Vladimir Putin, afirmou hoje que Moscovo cessará as hostilidades com a Ucrânia caso Kyiv retire as suas forças dos territórios que a Rússia alega ter anexado.

© Getty Images   Lusa   27/11/2025

"Se as tropas ucranianas abandonarem os territórios ocupados, cessaremos as hostilidades. Se não saírem, expulsá-las-emos pela força militar", declarou numa conferência de imprensa em Bishkek, capital do Quirguistão, onde está a realizar uma visita de Estado. 

O líder russo não especificou se se referia apenas às regiões de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia, consideradas alvos prioritários pelo Kremlin, ou também às de Kherson e Zaporijjia, no sul.

Em setembro de 2022, a Rússia reivindicou a anexação destes quatro territórios, que não controla totalmente.

A entrega por Kiev das regiões de Donetsk e Lugansk a Moscovo fazia parte do plano original de 28 pontos dos Estados Unidos para pôr fim à guerra na Ucrânia, que foi visto por muitos em Kiev como uma capitulação.

O texto foi entretanto reformulado após consultas com a Ucrânia e os países da chamada "Coligação dos Dispostos", onde a possibilidade de ceder território é uma questão volátil após quatro anos de invasão russa no país.

O enviado norte-americano, Steve Witkoff, é esperado em Moscovo na próxima semana para discutir o plano com responsáveis russos.

Putin também reiterou hoje que o seu país não tem qualquer intenção de atacar a União Europeia (UE), mas indicou que Moscovo tinha elaborado "medidas de retaliação" económicas em caso de apreensão dos bens russos congelados.

Tanto a UE como a Ucrânia têm defendido a utilização dos bens russos apreendidos para apoiar o país que tem sido fustigado por quatro anos de conflito, iniciado com a invasão russa em fevereiro de 2022.

Atualmente, existem cerca de 210 mil milhões de euros em bens congelados russos na UE, principalmente na Bélgica, onde está sediada a Euroclear, uma das maiores instituições de títulos financeiros do mundo.

Vladimir Putin surpreende a tocar instrumento típico do Quirguistão. Ora veja... Vladimir Putin encontra-se numa visita de Estado ao Quirguistão e surpreendeu quando tentou tocar um instrumento típico daquele país - o komuz. O momento contou com a presença do presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko.

© Reprodução X    Notícias ao Minuto com Lusa

O presidente russo, Vladimir Putin, surpreendeu ao experimentar tocar um komuz durante uma visita de Estado ao Quirguistão, esta quarta-feira, dia 26 de novembro, onde foram também assinados acordos de comércio, educação, migração e segurança. 

Vladimir Putin participava num evento promovido pela Organização do Tratado de Segurança Coletiva, quando parou junto de uns senhores que tocavam komuz - um instrumento típico daquela região. 

Um dos indivíduos entregou-lhe o instrumento e, com curiosidade, o presidente russo tentou tocar numa espécie de aula improvisada.

Vladimir Putin estava acompanhado do presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko.

O Quirguistão é um país localizado na Ásia Central.

"Aliança entre a Rússia e o Quirguistão estão a desenvolver-se com sucesso"

O presidente russo, Vladimir Putin, elogiou no Quirguistão o papel de "garante da segurança regional" assumido pela base militar russa instalada naquele país da Ásia Central, bem como comemorou a abertura de escolas russas nos próximos anos.

"Damos especial atenção à cooperação em matéria de segurança. A base militar conjunta russa instalada na República [do Quirguistão] é um fator importante para garantir a estabilidade na região", afirmou Vladimir Putin durante uma reunião com o homólogo quirguiz, Sadyr Japarov.

Os dois líderes assinaram uma declaração conjunta para aprofundar a sua parceria estratégica, "que delineia os principais objetivos para o reforço da cooperação russo-quirguiz em diversas áreas", segundo referiu Putin.

Espera-se também que os dois governantes assinem uma série de documentos nas áreas do comércio, educação, migração, entre outras.

"As relações de parceria e aliança estratégica entre a Rússia e o Quirguistão estão a desenvolver-se com sucesso, baseadas no respeito mútuo e na consideração dos interesses de cada um, no espírito do tratado fundamental de amizade e cooperação", prosseguiu Putin.

Além disso, nove escolas com ensino na língua russa, cada uma com capacidade para 1.224 alunos, deverão ser inauguradas nos próximos anos.

"Em 2023, lançámos um importante projeto conjunto para a construção de nove escolas secundárias no Quirguistão, tendo o russo como língua de ensino. As três primeiras escolas têm inauguração prevista para 01 de setembro de 2027", declarou Putin.

O presidente russo acrescentou que 157 professores russos trabalham atualmente em 42 escolas do Quirguistão, no âmbito de um programa educativo.

Segundo a agência de notícias russa TASS, das cerca de 2.500 escolas do Quirguistão, 10% têm o russo como língua de ensino.

Putin viajou para o país da Ásia Central para participar, na quinta-feira, na cimeira da Organização do Tratado de Segurança Coletiva (OTSC), uma aliança militar pós-soviética liderada por Moscovo.

A organização atualmente inclui a Arménia, a Bielorrússia, o Cazaquistão, o Quirguistão, a Federação Russa e o Tajiquistão [o Uzbequistão suspendeu a sua participação em 2012].


quarta-feira, 26 de novembro de 2025

Lançado processo de seleção para próximo secretário-geral da ONU... O processo de seleção do próximo secretário-geral das Nações Unidas (ONU) foi hoje oficialmente lançado, com o envio aos Estados-membros de um apelo para apresentação de candidaturas ao cargo de substituto de António Guterres.

Por LUSA 

Numa carta conjunta enviada aos 193 Estados-membros da ONU, o embaixador de Serra Leoa, Michael Imran Kanu, atual presidente do Conselho de Segurança, e a presidente da Assembleia-Geral, Annalena Baerbock, "deram início" ao processo de seleção, "solicitando candidatos".

O cargo de secretário-geral é de grande importância e exige os mais altos padrões de eficiência, competência e integridade, além de um firme compromisso com os objetivos e princípios da Carta das Nações Unidas", escreveram.

Também exigiram candidatos com vasta experiência em relações internacionais e habilidades diplomáticas e linguísticas.

Embora alguns Estados-membros defendam claramente que uma mulher deverá ser finalmente escolhida para o cargo, essa ideia não é unânime.

"Observando com pesar que nenhuma mulher jamais ocupou o cargo de secretária-geral", a carta simplesmente incentiva os Estados-Membros a "considerarem a nomeação de uma mulher como candidata".

Cada potencial candidato deve ser oficialmente indicado por um Estado ou grupo de Estados, apresentando a sua "visão" e fontes de financiamento.

Vários candidatos já são conhecidos informalmente, incluindo a ex-presidente chilena Michelle Bachelet, o diretor da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, e a costa-riquenha Rebeca Grynspan, atualmente à frente da agência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (UNCTAD).

Seguindo uma tradição de rotação geográfica nem sempre respeitada, a posição é desta vez reivindicada pela América Latina.

Mas, embora a carta mencione "a importância da diversidade geográfica", não refere nenhuma região específica.

A carta indica ainda que a Assembleia-Geral e o Conselho de Segurança poderão ouvir publicamente os candidatos, um procedimento de transparência iniciado durante a seleção de 2016 que levou ao primeiro mandato de António Guterres.

Contudo, são os membros do Conselho que iniciarão o processo de seleção "até ao final de julho" - e, em particular, os cinco membros permanentes com direito de veto (Estados Unidos, China, Rússia, Reino Unido e França) - que realmente têm o futuro dos candidatos nas suas mãos.

É apenas por recomendação do Conselho que a Assembleia pode eleger o secretário-geral para um mandato de cinco anos, renovável por mais um mandato.

António Guterres assumiu a liderança da ONU em janeiro de 2017, tendo sido reconduzido para um segundo mandato, que termina no final de 2026.


Leia Também: Conselho de Segurança autoriza inspeções ao largo da Líbia por mais 6 meses

O Conselho de Segurança da ONU renovou hoje, por seis meses, a autorização para inspeções a embarcações em alto mar ao largo da costa da Líbia que possam estar em violação do embargo de armas no país.