Bissau, 09 dez 20 (ANG) – A ministra dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e das Comunidades considerou hoje o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) um parceiro incontornável para a Guiné-Bissau.
Suzi Carla Barbosa que falava esta quarta-feira no ato do Lançamento do Laboratório de Aceleração, garantiu que o governo da Guiné-Bissau está comprometido com o PNUD na procura de novos parceiros e recursos financeiros necessários para desenvolver diferentes soluções propícias para viabilizar o Objetivo do Desenvolvimento Sustentável no país.
Carla Barbosa disse que o Laboratório lançado visa dotar o país de instrumentos necessários à prossecução e a estratégia do alcance do ODS.
Sustentou que o conceito deste laboratório consiste sobretudo na procura de mecanismos para idealizar soluções inovadoras, através de informações sustentadas e que sejam objeto de experimentação e implementação, com vista a produzir resultados aplicáveis às questões de emprego para a juventude e a mudança global do clima no contexto da modernização económica e social.
Suzi Barbosa garantiu que o governo não poupará esforço no sentido de contribuir na modernização das parcerias internacionais eficazes, no apoio a esta iniciativa do PNUD, que já beneficiou de mais de 70 milhões de dólares em investimentos financeiros realizados pela Alemanha, Qatar, Itália e outros parceiros principais do PNUD.
Barbosa disse que no total dos 90 laboratórios de Acelerações em todo o mundo, o país teve a sorte de ter estado entre os últimos 30 inscritos.
“Prossegue-se o objetivo de melhor viabilizar a equação da problemática do desenvolvimento do nosso país, assim como qual são as melhores políticas públicas para as soluções mais eficazes para a concepção de negócios e soluções que também sustentem o crescimento económico, e tenham um impato positivo e significativo na criação do emprego e na redução da pobreza nacional”, disse.
Por sua vez, o representante residente das Nações Unidas no país, Tjark Egenhoff afirmou que a inovação é crucial e imperativo para o desenvolvimento de um país como a Guiné-Bissau, “porque sem as inovações a gente fica estancada dentro de um estado que não é desejável”.
Justificou que só com as inovações em vários âmbitos, nomeadamente na saúde, educação, infraestruturas é que pode haver soluções que mudem a realidade do país.
Segundo Egenhoff, a expetativa de vida na Guiné-Bissau está muito abaixo comparativamente à outros países, exemplificando a questão da escolaridade, acesso à justiça e saúde.
Disse que o PNUD está a implementar programas que vão desde garantir o acesso à justiça, fortalecer o Estado de Direito, apoio ao país para que tenha instituições fortes, luta contra a Covid-19, até a proteção costeira.
Tjark informou ainda que o projeto vai ser especialmente focado para as tabancas sem deixar as ideias inovadoras que merecem a atenção na capital Bissau.