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Notícias ao Minuto 22/11/23
De acordo com o documento, entre os detidos estão pessoas dos 14 aos 59 anos, com acusações que vão desde tentativa de homicídio ao contacto com organizações hostis.
Ainda que o acordo de cessar-fogo temporário entre Israel e o grupo islâmico Hamas tenha contemplado a libertação de 150 prisioneiros palestinianos, Telavive divulgou uma lista com os nomes de 300 pessoas, a maioria das quais homens com idades entre os 17 ou 18 anos.
De acordo com o documento, entre os detidos estão pessoas dos 14 aos 59 anos, com acusações que vão desde tentativa de homicídio ao contacto com organizações hostis.
Estão também incluídos os nomes de 60 mulheres, a maioria detidas nos últimos dois anos por ofensas como colocar em causa a segurança da região, infiltrar-se em Israel sem autorização, atirar pedras, e posse de armas.
De notar que Israel aceitou o acordo para um cessar-fogo de pelo menos quatro dias na terça-feira, tendo todos os membros do Executivo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu a votado a favor, exceto os três ministros do Partido do Poder Judaico (Otzma Yehudit), de extrema-direita, e o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir.
Para o efeito, o Hamas levará os reféns para o Egito através da passagem de Rafah, em grupos diários de cerca de dez, que serão, depois, transferidos para Israel.
Por seu lado, Israel deverá libertar pelo menos 150 prisioneiros palestinianos - na maioria mulheres e menores - que não tenham sido condenados por crimes de sangue.
O Qatar detalhou, esta quarta-feira, que o início da trégua será anunciado nas próximas 24 horas, estando sujeita a prorrogação.
"O número de pessoas libertadas irá aumentar em fases posteriores da implementação do acordo", disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros daquele país, em comunicado.
A entidade sublinhou ainda que cessar-fogo "irá permitir a entrada de um maior número de comboios humanitários e ajuda humanitária, incluindo combustível designado para necessidades humanitárias".
Apesar de o Hamas ter saudado o acordo, o grupo garantiu que a luta não terminou. "Confirmamos que as nossas mãos continuarão no gatilho e que os nossos batalhões triunfantes continuarão atentos", alertou a milícia, em comunicado.
Depois do ataque surpresa do Hamas contra o território israelita, sob o nome 'Tempestade al-Aqsa', Israel bombardeou a partir do ar várias instalações daquele grupo armado na Faixa de Gaza, numa operação que denominou 'Espadas de Ferro'.
O primeiro-ministro israelita declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas, grupo considerado terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e pela União Europeia (UE), tendo acordado com a oposição a criação de um governo de emergência nacional e de um gabinete de guerra.