Após um surto de antraz no Gana, as autoridades nigerianas instaram os seus cidadãos a interromperem o consumo de peles de animais cozidas, uma iguaria também conhecida como “pomo” no país.
quarta-feira, 5 de julho de 2023
Nigéria adverte cidadãos contra consumo de peles de animais na sequência de um surto de antraz
Serviços Secretos dos EUA investigam presença de cocaína na Casa Branca
© Reuters
Notícias ao Minuto 04/07/23
O presidente Joe Biden e sua família estavam na residência de Camp David quando a substância foi encontrada.
Uma substância branca que provocou um alerta de segurança elevado na Casa Branca, na noite de domingo, testou positivo para cocaína.
A substância foi encontrada numa área de trabalho durante uma inspeção de rotina, disse o Serviço Secreto dos EUA, citado pela BBC.
O teste positivo preliminar foi relatado pelo Washington Post e pela Associated Press, citando fontes policiais.
O presidente Joe Biden e sua família estavam na residência de Camp David quando a substância foi encontrada e o complexo da Casa Branca foi encerrado por precaução por volta das 20h45, hora local.
Anthony Guglielmi, porta-voz dos Serviços Secretos, revelou que as autoridades estão a realizar mais testes.
Segunda-feira foi o dia mais quente de sempre no mundo inteiro
© Lusa
POR LUSA 05/07/23
O dia de segunda-feira foi o mais quente alguma vez medido em termos mundiais, superando pela primeira vez a barra da média dos 17 graus centígrados (ºC), segundo as primeiras medidas feitas na terça-feira por uma agência norte-americana.
A temperatura média diária do ar na superfície do planeta em 03 de julho foi medida em 17,01°C por um serviço dependente da Agência dos EUA para a Atmosfera e os Oceanos (NOAA, na sigla em Inglês).
Este valor supera o recorde diário precedente (16,92°C) estabelecido em 24 de julho de 2022, segundo os dados dos centros nacionais de previsão ambiental da NOAA, que remontam a 1979.
A temperatura do ar, que oscila entre cerca de 12ºC e 17ºC em termos de média diária ao longo do ano, foi de 16,20ºC no início de julho entre 1979 e 2000.
Este recorde, que ainda tem de ser corroborado por outras medidas, pode ser rapidamente superado, quando o Hemisfério Norte começa a estação estival e a temperatura média mundial continua a subir por regra até ao fim de julho, início de agosto.
Já no início de junho, as temperaturas médias mundiais foram as mais quentes algumas vez registadas no período pelo serviço europeu Copernicus, batendo os anteriores recordes com uma "margem substancial".
Estas observações são provavelmente uma antecipação do que aí vem com o fenómeno designado El Niño (O Menino) em Castelhano -- geralmente associado a um aumento das temperaturas à escala mundial -, complementado com os efeitos do aquecimento climático causado pela atividade humana.
Em 08 de junho, a NOAA tinha anunciado a chegada oficial de O Menino, garantindo que "poderia conduzir a novos recordes de temperatura" em algumas regiões.
Em junho, vários recordes foram batidos na Ásia e o Reino Unido conheceu o seu mês de Juno mais quente alguma vez registado, enquanto o México foi atravessado por uma vaga de calor extremo.
Segundo a Organização Meteorológica Mundial, uma agência especializada da Organização das Nações Unidas, há uma probabilidade de 66% de a temperatura média mundial perto da superfície superar temporariamente em 1,5ºC os níveis pré-industriais durante um mês entre 2023 e 2027.
O ano 2022 foi o oitavo consecutivo onde as temperaturas médias mundiais foram superiores em pelo menos um grau aos níveis observados entre 1850 e 1900.
Leia Também: Água do mar está (mesmo) mais quente e dados de junho comprovam-no
terça-feira, 4 de julho de 2023
Rússia acusa Kyiv, EUA e NATO após abater cinco 'drones' sobre Moscovo
© Reuters
POR LUSA 04/07/23
A Rússia anunciou hoje ter abatido cinco 'drones' que sobrevoavam a região de Moscovo, um ataque que atribuiu a Kiev e que, segundo afirmou, só poderá ter ocorrido com a ajuda dos Estados Unidos e da NATO.
Por sua vez, a Ucrânia referiu-se hoje a diversos ataques russos, em particular o efetuado na região de Kharkiv, nordeste do país, que terá provocado 38 feridos, incluindo 12 crianças.
O ataque na Rússia visou locais na região de Moscovo e arredores, que desde o início da ofensiva na Ucrânia já foram selecionados algumas vezes mas sem graves consequências, segundo indicam as agências internacionais.
De acordo com o Ministério da Defesa russo, quatro 'drones' (aparelhos aéreos não tripulados) foram destruídos pela defesa antiaérea perto da capital e um quinto foi neutralizado por "meios de guerra eletrónicos", antes de se despenhar na região de Moscovo.
O ataque não provocou vítimas nem estragos, sublinhou o ministério.
"Todos os ataques foram repelidos pela defesa antiaérea, todos os 'drones' detetados foram neutralizados", indicou o presidente da Câmara Municipal de Moscovo, Serguei Sobianine, numa mensagem publicada na plataforma Telegram.
No entanto, o ataque perturbou durante três horas o funcionamento do aeroporto Vnoukovo, um dos três grandes aeroportos internacionais de Moscovo.
Um dos 'drones' foi neutralizado perto de Koubinka, localidade situada a 40 quilómetros do aeroporto.
"Estes ataques não seriam possíveis sem a ajuda fornecida ao regime de Kyiv pelos Estados Unidos e seus aliados da NATO", assegurou, por sua vez, o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo.
Os ocidentais "dão formação aos operadores de 'drones' e fornecem as informações necessárias para cometer semelhantes crimes", acrescentou.
Após o ataque, a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, denunciou no Telegram um "ato terrorista" que tentava atingir uma zona onde se situam "infraestruturas civis".
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
Leia Também: Rússia diz ter evitado "ato terrorista" ucraniano em aeroporto de Moscovo
Embaixador de república do Senegal fez uma visita de cortesia esta manhã ao presidente da ANP Cipriano Cassama.
"As praias mais brancas da Crimeia" ou "Relaxe e desfrute do verão em grande estilo". Russos tentam atrair turistas para o mar de Azov (onde ninguém tem medo da guerra)
Por Cnnportugal.iol.pt 04/07/23
Autoridades lutam para manter o turismo em alta na região. Guia turístico garante que os turistas continuam a visitar a região e que o vão fazer "sempre"
A Crimeia, península do Mar Negro que a Rússia anexou em 2014, tem vindo a ser alvo de repetidos ataques nas últimas semanas de guerra na Ucrânia. Depois de Moscovo ter acusado Kiev de ter disparado mísseis britânicos Storm Shadow contra uma ponte que liga Chonhar à Crimeia, a Ucrânia mostra que quer intensificar a sua contraofensiva para tentar recuperar a península.
Mas nem isso parece demover as autoridades russas de que passar o verão junto ao mar de Azov é uma ideia e os anúncios para pacotes de férias e casas para arrendar multiplicam-se nas redes sociais.
De acordo com o Washington Post, aquele que é um dos destinos favoritos quer das elites russas como dos cidadãos comuns tem vindo a ser anunciado sem parar para tentar evitar que a guerra destrua aquela que é uma das fontes de rendimento da Crimeia: o turismo.
"As praias mais brancas da Crimeia!", "Relaxe e desfrute do seu verão em grande estilo", "Praias extensas, mares límpidos e uma infraestrutura hoteleira em desenvolvimento não o deixarão indiferente!", são alguns dos anúncios que podem ser encontrados online, segundo o jornal norte-americano.
Depois de no verão passado a Crimeia ter sido afetada pelo bombardeamento da base aérea e pela explosão da ponte Kerch, a Rússia garante agora que a situação na península é calma e propícia ao turismo e que nem o rebentamento da barragem Kakhovka vai afetar o fornecimento de água da região.
Em declarações ao jornal, um guia turístico da Crimeia garante que os turistas continuam a visitar a região e que o vão fazer "sempre".
"Aqui não temos medo de nada. Aqui é o lugar mais seguro do país em termos de defesa e armas. Isto não é propaganda. Não fariam tais perguntas se passassem um único dia em Lugansk, Donetsk e na Crimeia e falassem com os residentes locais", afirmou Moryachok, identificado apenas pelo nome que usa nas redes sociais.
Elena, uma professora de 55 anos de Moscovo, garante que está nos planos da família tirar férias na Crimeia este ano, como é habitual, e garante que "não está nada preocupada".
"Quanto a eventuais problemas com alimentos, água e eletricidade, não estou nada preocupada. Já houve alturas diferentes e até piores. Costumava ir à Crimeia no tempo da União Soviética, antes de 2014 e depois. É claro que este ano a situação geral é preocupante, mas há fé na prudência, na humanidade e em Deus", garantiu.
Avião militar cai no leste da Rússia. Tripulantes estão desaparecidos
© Mikhail Svetlov/Getty Images
Notícias ao Minuto 04/07/23
As equipas de resgate procuram agora os tripulantes. De notar que a aeronave não transportava armas e que ainda não há detalhes sobre as causas do acidente.
Um caça MIG-31 russo caiu durante uma missão de treino na costa do Pacífico do país, sendo que o paradeiro dos seus dois tripulantes é atualmente desconhecido.
Os militares russos disseram que o avião caiu na Baía de Avacha, na costa sudeste da Península de Kamchatka, revela a Sky News. As equipas de resgate procuram agora os tripulantes.
De notar que a aeronave não transportava armas e ainda não há detalhes sobre as causas do acidente.
O MiG-31 é um caça supersónico bimotor de dois lugares projetado para intercetar aviões inimigos e mísseis de cruzeiro a longas distâncias. Está em serviço com as forças aéreas soviéticas e russas desde 1980.
A guerra na Ucrânia já fez mais de nove mil mortos entre a população civil, além de 15 mil feridos, segundo os dados atualizados no domingo pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. No entanto, a agência alerta que o número real de baixas civis deverá ser muito superior, dadas as dificuldades em contabilizar os mortos em zonas ocupadas pelos russos, como em Mariupol, onde se estima que tenham morrido milhares de pessoas durante o longo cerco à cidade.
Leia Também: Putin admite encaminhar turistas para a Crimeia por regiões ocupadas
EUA aplaudem decisão de Macky Sall de não concorrer às presidenciais
© Getty Images
POR LUSA 04/07/23
O chefe da diplomacia dos Estados Unidos da América, Antony Blinken, considerou hoje que a decisão do Presidente do Senegal, Macky Sall, de não concorrer a um terceiro mandato presidencial é "um exemplo para a região".
"O anúncio claro do Presidente Sall constitui um exemplo para a região, em contraste com aqueles que procuram corroer o respeito pelos princípios democráticos, incluindo os limites de mandatos", afirmou Blinken, citado pela agência France-Presse.
"Acreditamos que eleições livres e justas e transições de poder constroem instituições mais fortes e países mais estáveis e prósperos", acrescentou o secretário de Estado norte-americano, que disse que o seu país está "orgulhoso de apoiar as instituições eleitorais do Senegal" e prometeu "continuar a trabalhar com o Senegal para apoiar o compromisso tenaz do povo senegalês com a democracia".
O Senegal é considerado um parceiro fundamental para os Estados Unidos, que manifestou recentemente a sua vontade de reforçar os seus laços com os países africanos.
Em dezembro de 2022, Joe Biden organizou em Washington uma cimeira que reuniu cerca de 50 dirigentes do continente, entre os quais o Presidente Macky Sall.
A oposição no Senegal considerou que foi a pressão popular, marcada por frequentes protestos, que obrigou o Presidente da República, Macky Sall, a recuar na decisão de concorrer a um terceiro mandato nas eleições de 2024.
"Todos sabemos o que queria, infelizmente para ele a pressão foi tal que não tinha outra opção que não respeitar a Constituição, que citou muitas vezes e que votou em 2016", disse o coordenador do partido Patriotas Africanos do Senegal para o Trabalho, Ética e Fraternidade, Abbas Fall, liderado por Ousmane Sonko.
A ex-primeira-ministra e atual opositora Aminata Touré afirmou que a rejeição de uma nova candidatura "não é um favor que Sall faz ao Senegal, mas sim um recuo perante a vontade popular" e acrescentou: "Creio que podia ter-nos poupado a estes momentos difíceis para o país e especialmente a morte de 16 manifestantes".
As manifestações de concordância com a decisão de Macky Sall de não concorrer às eleições de fevereiro de 2024 foram generalizadas em toda a sociedade senegalesa, noticia a agência Efe, citando, entre outros, o coordenador da plataforma de organizações civis F24, Mamadou Mbodj, que se junta a várias vozes internacionais.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, o presidente da Comissão da União Africana (UA), Moussa Faki Mahamat, e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, saudaram a decisão do Presidente senegalês, Macky Sall, de não tentar um terceiro mandato.
"Gostaria de manifestar o meu profundo apreço pelo Presidente Macky Sall e pelo sentido de Estado que demonstrou. A sua decisão é um exemplo muito importante para o seu país e para o resto do mundo", declarou Guterres, na segunda-feira, na sua conta na rede social Twitter, pouco depois de Sall ter anunciado a sua decisão num discurso à nação.
Também através do Twitter, Mahamat saudou a "sábia decisão" do chefe de Estado senegalês, a quem chamou "irmão", de "não se candidatar às eleições presidenciais de 2024".
"Expresso a minha admiração pelo grande estadista que ele é por ter colocado os interesses superiores do Senegal em primeiro lugar e assim ter preservado o modelo democrático senegalês, que é o orgulho de África", acrescentou o chefe da Comissão (secretariado) da UA.
Na mesma linha, Michel também disse "congratular-se" com o anúncio de Sall.
Também o Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, enquanto presidente da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), saudou a "decisão corajosa" do seu homólogo senegalês, de não se recandidatar a um terceiro mandato, considerando-o um "grande estadista".
Leia Também: Senegal. Oposição aplaude decisão de Macky Sall de não se recandidatar
Funcionário do Parlamento em Cabo Verde faz greve de fome
AFEGANISTÃO: Governo talibã extingue salões de beleza para mulheres no Afeganistão
© Getty/Majid Saeedi
POR LUSA 04/07/23
O Governo talibã no poder no Afeganistão vai proibir os salões de beleza para mulheres em todo o país, aos quais deu o prazo de um mês para encerrarem.
"O ministério enviou uma carta aos municípios para o cancelamento dos salões de beleza" a partir do dia 23 de julho, disse hoje à agência de notícias espanhola EFE o porta-voz do Ministério para a Promoção da Virtude e Prevenção do Vício, Mohammad Sadiuq Akig Mahajir.
Na mesma missiva enviada para as localidades de todo o país, o Governo talibã alerta que os centros de beleza para mulheres devem terminar todas as atividades ao longo do mês de julho e que, "uma vez ultrapassado o prazo", os espaços passam a ser ilegais.
A medida foi adotada após uma ordem do líder supremo dos talibã, mullah Mawlawi Haibatullah Akhundzad.
Esta proibição, que se junta à lista de restrições impostas às mulheres afegãs desde a chegada ao poder dos talibãs em agosto de 2021, afeta também uma das poucas oportunidades de negócio no país.
"Milhares de famílias encabeçadas por mulheres vão perder rendimentos. Isto é realmente difícil para nós, para podermos sobreviver. É uma espécie de tortura para nós (mulheres)", disse à EFE uma maquilhadora de um centro de estética em Cabul.
Desde que os fundamentalistas islâmicos tomaram o poder, as mulheres têm-se visto privadas de direitos e sujeitas a restrições como a segregação sexual em locais públicos, a imposição do véu islâmico ou a obrigação de viajarem com familiares do sexo masculino.
À lista que suprime os direitos das mulheres incluiu-se desde o passado mês de dezembro a proibição de trabalho para organizações não-governamentais ou frequência universitária, ordem que sucedeu à proibição de mulheres no ensino secundário.
A realidade das mulheres no Afeganistão assemelha-se cada vez mais à época do primeiro regime talibã, que se manteve no poder entre 1996 e 2001, e que tem como base uma intrepretação fundamentalista do Islão.
O Ministério para a Promoção da Virtude e Prevenção contra o Vício esteve em funções até 2001 tendo sido extinto após a intervenção militar internacional que se prolongou durante vinte anos e que voltou a fazer parte do novo governo fundamentalista após a retirada das forças da NATO, incluindo Portugal, lideradas pelos Estados Unidos.
Leia Também: Afeganistão foi o país que viveu as piores emoções do mundo em 2022
"A Rússia vai continuar a resistir às pressões exteriores", garante Putin
© GAVRIIL GRIGOROV/SPUTNIK/AFP via Getty Images
POR LUSA 04/07/23
A Rússia "vai continuar a resistir" às pressões "exteriores e às sanções", garantiu hoje o Presidente, Vladimir Putin, durante uma cimeira da Organização de Cooperação de Xangai que se realizou de forma virtual.
"A Rússia vai seguramente resistir e vai continuar a resistir às pressões exteriores, às sanções e às provocações", disse Putin, agradecendo aos países que pertencem à Organização de Cooperação de Xangai que exprimiram apoio a Moscovo durante a rebelião do grupo paramilitar Wagner, no final de junho.
"O povo russo está unido como nunca esteve", disse o chefe de Estado, acrescentando que "toda a sociedade russa" esteve unida numa frente contra a tentativa de rebelião armada" do grupo de mercenários Wagner.
Putin agradeceu aos "colegas da Organização de Cooperação de Xangai que exprimiram o apoio às ações das autoridades russas que visaram defender a ordem constitucional, a vida e a segurança dos cidadãos".
"Agradecemos muito", disse.
O líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, liderou uma sublevação em 23 e 24 de junho, tendo os mercenários contratados pelo oligarca ocupado posições em bases militares no sul da Rússia, antes de terminar com o motim após a mediação do Presidente bielorrusso Alexander Lukashenko.
O grupo Wagner participou na última ofensiva militar de Moscovo contra a Ucrânia, que começou em fevereiro de 2022.
A Organização para a Cooperação de Xangai foi fundada em 2001 pela República Popular da China, Cazaquistão, Quirguistão, Rússia, Tajiquistão e Uzbequistão.
Desde 2017 que a Índia e o Paquistão também integram o organismo destinado à cooperação política, económica, militar, assim como partilha de informações e contactos relativos a áreas de segurança, sobretudo no combate ao "terrorismo, separatismo e extremismo".
Leia Também: "Para mostrar a sua liderança militar, Putin vai endurecer a guerra"
SENEGAL: ONU, UA e UE saúdam decisão do Presidente do Senegal não se recandidatar
© Getty Images
POR LUSA 04/07/23
O secretário-geral da ONU, António Guterres, o presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat, e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, saudaram a decisão do presidente senegalês, Macky Sall, de não tentar um terceiro mandato.
"Gostaria de manifestar o meu profundo apreço pelo Presidente Macky Sall e pelo sentido de Estado que demonstrou. A sua decisão é um exemplo muito importante para o seu país e para o resto do mundo", declarou Guterres na segunda-feira na sua conta na rede social Twitter, pouco depois de Sall ter anunciado a sua decisão num discurso à nação.
Também através do Twitter, Mahamat saudou a "sábia decisão" do chefe de Estado senegalês, a quem chamou "irmão", de "não se candidatar às eleições presidenciais de 2024".
"Expresso a minha admiração pelo grande estadista que ele é por ter colocado os interesses superiores do Senegal em primeiro lugar e assim ter preservado o modelo democrático senegalês, que é o orgulho de África", acrescentou o chefe da Comissão (secretariado) da União Africana (UA).
Na mesma linha, Michel também disse "congratular-se" com o anúncio de Sall.
"Está a trabalhar para o Senegal e a defender uma África forte e respeitada. Obrigado pela excelente cooperação. A UA no G20 (grupo de países com as economias mais desenvolvidas e emergentes), uma transição climática justa e a reforma do financiamento do desenvolvimento: são muitos os desafios que estamos a enfrentar juntos", acrescentou Charles Michel.
Sall anunciou na segunda-feira que não vai concorrer às próximas eleições presidenciais do Senegal, previstas para fevereiro de 2024, após meses de controvérsia, incerteza e tensão política no país, com protestos em larga escala, fortemente reprimidos pelas forças de segurança.
O Presidente, que governa o Senegal desde 2012 e se aproxima do fim de dois mandatos de sete e cinco anos, considera que a sua terceira candidatura não seria ilegal, apesar de a Constituição do país africano proibir mais de dois mandatos consecutivos.
Segundo Sall e os seus apoiantes, como a Constituição foi alterada em 2016 e o Presidente só cumpriu um mandato de cinco anos, o primeiro mandato de sete anos não deveria contar e ele teria o direito a candidatar-se novamente.
Tanto a oposição como a sociedade civil do Senegal, país vizinho da Guiné-Bissau, rejeitam esta tese.
A incerteza provocou um aumento da tensão política no país, agravada pela acusação paralela do líder da oposição Ousmane Sonko, que foi condenado a dois anos de prisão no passado dia 1 de junho.
Sonko denunciou a "instrumentalização" da justiça pelo "poder de Macky Sall" para o excluir da candidatura presidencial.
Leia Também: A consultora Eurasia considerou hoje que a decisão do Presidente do Senegal, Macky Sall, de não concorrer a um terceiro mandato vai acalmar as tensões políticas e permitir o fim da violência que tem marcado as últimas semanas.
NATO. Jens Stoltenberg continuará como secretário-geral por mais um ano
© Omar Havana/Getty Images
POR LUSA 04/07/23
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, anunciou hoje a extensão do seu mandato até 1 de outubro de 2024, na sequência de uma decisão concertada entre os 31 Estados-membros da Aliança Atlântica.
"Estou honrado pela decisão dos aliados da Organização do Tratado do Atlântica Norte [NATO] de prolongarem o meu mandato como secretário-geral até 01 de outubro de 2024", escreveu Jens Stoltenberg na rede social Twitter.
O secretário-geral da NATO acrescentou que "a ligação transatlântica entre a Europa e a América do Norte tem assegurado a liberdade e segurança durante quase 75 anos".
"Num mundo ainda mais perigoso, a nossa aliança é mais importante do que nunca", completou.
O anúncio de Stoltenberg coloca um ponto final na especulação quanto à sua continuação ou não como o secretário-geral da Aliança Atlântica.
O mandato tem habitualmente uma duração de quatro anos. O de Jens Stoltenberg devia ter terminado em setembro de 2022, no entanto, por causa da invasão da Rússia à Ucrânia, em fevereiro desse ano, os aliados optaram por prolongá-lo.
A questão da sucessão surgiu no início deste ano, mas Stoltenberg manteve o 'tabu', enquanto vários órgãos de comunicação social internacionais antecipavam possíveis sucessores.
Na semana passada fontes da Aliança Atlântica confirmaram a vários órgãos de comunicação social, incluindo a Lusa, que estaria em cima da mesa uma segunda extensão do mandato de Jens Stoltenberg, antigo primeiro-ministro norueguês.
A precisamente uma semana do início da Cimeira da NATO, em Vílnius, na Lituânia, o secretário-geral anunciou que os 31 Estados-membros concordaram em manter a liderança, pelo menos mais um ano.
São Estados-membros da NATO Portugal, os Estados Unidos, Espanha, França, Alemanha, Albânia, Bélgica, Bulgária, Canadá, República Checa, Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia, Estónia, Finlândia (aderiu em abril deste ano), Grécia, Hungria, Islândia, Itália, Montenegro, Noruega, Países Baixos, Polónia, Reino Unido, Roménia e Turquia.
Leia Também: A Ucrânia saudou hoje a "forte liderança" de Jens Stoltenberg, um dos principais apoiantes de Kiev face à invasão russa, após o político e diplomata norueguês ter sido reconduzido para a chefia da NATO por mais um ano.
Rússia diz ter evitado "ato terrorista" ucraniano em aeroporto de Moscovo
© Reuters
POR LUSA 04/07/23
O ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia disse hoje ter evitado um "ato terrorista" da Ucrânia, depois de vários 'drones' terem obrigado à interrupção dos voos no aeroporto de Vnukovo, nos arredores de Moscovo.
Foi "uma tentativa do regime de Kiev de atacar uma área onde estão localizadas infraestruturas civis, incluindo um aeroporto que, aliás, recebe voos internacionais", disse, na plataforma Telegram, a porta-voz do Ministério Maria Zakharova.
O Presidente da Ucrânia "está a cometer esses atos terroristas usando armas entregues pelo Ocidente ou compradas com financiamento ocidental, isso é terrorismo internacional", disse Zakharova.
"A comunidade internacional deve perceber que os Estados Unidos, Reino Unido e França, membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, estão a financiar um regime terrorista", acrescentou.
A presença dos 'drones' [veículos aéreos não tripulados] interrompeu brevemente o funcionamento do aeroporto de Vnukovo e obrigou a redirecionar vários voos para outros aeroportos, indicou a Agência de Transporte Aéreo da Rússia.
A partir das 07:00 (05:00 em Lisboa), todas as restrições foram suspensas no aeroporto de Vnukovo, que "retomou a atividade", disse a agência, num comunicado.
O Ministério da Defesa da Rússia disse que o exército neutralizou cinco 'drones' ucranianos perto da região de Moscovo, num ataque que não causou vítimas ou danos.
"Esta manhã, foi impedida uma tentativa do regime de Kiev de realizar um ato terrorista com cinco 'drones'", que tinham como alvos locais em Moscovo e nos arredores da capital russa, disse o Ministério, em comunicado.
As defesas antiaéreas russas destruíram quatro 'drones' perto de Moscovo e um quinto foi neutralizado através de "meios de guerra eletrónica", perto da capital, referiu.
De acorco com os serviços de emergência, citados pela agência de notícias estatal russa RIA Novosti, dois 'drones' foram abatidos perto da aldeia de Valouïevo, nos arredores de Moscovo, enquanto outro foi neutralizado perto de Kubinka, a 40 quilómetros do aeroporto de Vnukovo.
A defesa antiaérea russa também abateu um 'drone' na região de Kaluga, a sudoeste de Moscovo, informou a agência de notícias oficial russa TASS.
A Ucrânia lançou uma contraofensiva em 04 de junho e, de acordo com o Ministério da Defesa ucraniano, o exército de Kiev recuperou na última semana mais de 158 quilómetros quadrados na zona sul do país, conquistados pelas forças russas, na sequência da operação militar lançada em fevereiro do ano passado.
Leia Também: Zelensky pede que Kyiv se torne na "base do escudo aéreo europeu"
segunda-feira, 3 de julho de 2023
Macky Sall anuncia que não será candidato presidencial
© Radio TV Bantaba Julho 3, 2023
É OFICIAL: MACKY SALL ACABA DE ANUNCIAR QUE NÃO SERÁ CANDIDATO ÀS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2024.
O bservadores informados já haviam planejado esse anúncio, eliminando todo suspense, ao anunciar sua candidatura. O presidente pegou boa parte do povo senegalês com o pé esquerdo. Macky Sall não é candidato às eleições presidenciais de fevereiro de 2024. O presidente fez este anúncio durante seu discurso à Nação na noite de segunda-feira. Ele não se candidatará novamente à reeleição, como fez em 2019.
Este anúncio de Macky Sall inevitavelmente levará a um novo padrão dentro da classe política. A oposição senegalesa, como Ousmane Sonko na noite de domingo, já havia anunciado sua oposição categórica à participação do atual presidente nas eleições presidenciais, opondo-se firmemente a um terceiro mandato. É, portanto, uma primeira vitória antes do prazo de fevereiro de 2024.
SNEWS
PR recebe em audiência Presidente da Comissão de CEDEAO.
- PR recebe em audiência Presidente da Comissão de CEDEAO.
"Haverá novas vitórias". Prigozhin apela a apoio ao Grupo Wagner
© Press service of "Concord"/Handout via REUTERS
POR LUSA 03/07/23
O líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, apelou hoje a partir da Bielorrússia, onde se encontra desde que deixou a Rússia após a revolta de junho, ao apoio à organização de mercenários, garantindo que "haverá novas vitórias na frente".
"Hoje, mais do que nunca, o vosso apoio é necessário", disse Prigozhin, na primeira mensagem áudio desde que abandonou o território russo após ter chegado a um acordo com o Presidente da Rússia, Vladimir Putin.
"Obrigado por isso. Quero que compreendam que a nossa marcha pela justiça procurou pôr fim aos traidores e mobilizar a sociedade, e penso que o conseguimos em grande parte", afirmou, segundo a mensagem publicada num canal da rede social Telegram ligado ao Grupo Wagner e citada pelo portal de notícias Meduza.
Na mesma mensagem, o líder da organização de mercenários manifestou "confiança" na ideia de que, "num futuro próximo, todos poderão ver as novas vitórias do grupo na linha da frente"
Prigozhin, contudo, não adiantou pormenores sobre os planos que tem, nem indicou o local onde se encontra.
Após a revolta dos membros do Grupo Wagner no passado mês de junho, Prigozhin fez uma única declaração na qual deu a sua versão dos factos e garantiu que a sua intenção não era "derrubar o regime".
O Kremlin (Presidência russa) admitiu que, como parte de um acordo para acabar com a rebelião, Prigozhin poderia mudar-se para a Bielorrússia, algo que foi confirmado pelo próprio Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko.
Nos últimos meses, os duros e frequentes comentários de Prigozhin suscitaram polémica em várias ocasiões, especialmente quando acusou a oligarquia russa e a liderança militar de "enganar" Putin para invadir a Ucrânia.
POSSE ANP - Coligação PAI TERRA RANKA protesta junto da CNE
Zelensky admite dias difíceis, mas afirma estar "a conseguir progressos"
© Lusa
POR LUSA 03/07/23
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, reconheceu hoje que a passada semana foi difícil na frente de combate, mas reclamou a recuperação à Rússia de mais de 37 quilómetros quadrados de território nas zonas oriental e do sul.
"Estamos a conseguir progressos", disse Zelensky, numa mensagem nas redes sociais em que agradeceu os esforços da população e das Forças Armadas.
"Obrigado a todos aqueles que estão a defender a Ucrânia, a todos aqueles que estão a liderar esta guerra até a vitória da Ucrânia", afirmou o Presidente ucraniano.
A vice-ministra da Defesa ucraniana, Hanna Maliar, estimou que serão já nove os quilómetros quadrados de território recuperado aos russos na região de Bakhmut, a que devem ser adicionados quase 30 noutras regiões do sul.
Kyiv ambiciona reconquistar parte do território perdido para a Rússia com uma contraofensiva que o Ministério da Defesa admite ter já permitido avançar mais de 158 quilómetros quadrados na zona sul desde o início de junho.
Estima-se que a Rússia ainda tenha sob seu controlo mais de 45 mil quilómetros quadrados, sem contar a península da Crimeia (anexada em 2014) e as áreas de Donetsk (também controladas desde 2014).
Zelensky pediu aos seus aliados ocidentais mais armas para tornar esta contraofensiva mais eficaz.
Leia Também: Kyiv afirma reconquista de territórios no sul e leste. "37km quadrados"
INSEGURANÇA: África do Sul. Recomendadas apenas viagens "extremamente prioritárias"
© Shutterstock
POR LUSA 03/07/23
O Consulado moçambicano em Nelspruit recomendou aos moçambicanos para efetuarem viagens à África do Sul, através do posto fronteiriço de Ressano Garcia, só em casos "extremamente prioritários" devido à insegurança que se instalou com caos de camiões na fronteira.
"Os cidadãos nacionais deveriam efetuar deslocações para África do Sul somente para tratar de questões extremamente prioritárias, isto até haver garantias de segurança por parte das autoridades sul-africanas, não só nas proximidades da fronteira de Lebombo, mas também na cidade de Mbombela (Nelspruit), onde também se verifica um aumento considerável do número de assaltos aos moçambicanos", refere-se numa nota distribuída pelo Consulado de Moçambique em Nelspruit, a pouco mais de 200 quilómetros de Maputo.
Em causa estão falhas de serviços fronteiriços na África do Sul que têm provocado quilómetros de filas de camiões pesados na fronteira de Komatipoort-Ressano Garcia para entrar em Moçambique, uma situação que aumentou casos de assaltos na região, segundo as autoridades moçambicanas.
"O tempo médio de espera, que era no máximo de 5 horas no início de 2023, é atualmente de 60 horas do lado sul-africano da fronteira, numa travessia simples que não é suposto levar-se tantas horas de espera [...] Tanto as autoridades sul-africanas, como moçambicanas, alertam para que as pessoas tomem atenção às medidas de segurança quando estiverem no território sul-africano e realçam principalmente que se evitem as viagens noturnas", refere-se na nota.
As autoridades sul-africanas têm anunciado intervenções no sistema de registo na principal travessia entre os dois países, a 100 quilómetros de Maputo e a 450 de Joanesburgo, o que tem provocado paralisações por várias vezes nas últimas semanas.
Segundo o Consulado de Moçambique em Nelspruit, a situação deve-se a um aumento extremo do fluxo de camiões registado nos últimos dois anos, sendo atualmente de cerca de dois mil por dia, contra a média de 600 camiões nos anos anteriores.
"Por outro lado, o sistema de gestão aduaneira de Moçambique não se encontra conectado com o sul-africano, o que torna ainda mais lento o processo do desalfandegamento dos camiões, situação que também poderia ser resolvida com a operacionalização da paragem única", acrescenta-se na nota.
O congestionamento chega a estender-se por mais de cinco quilómetros, com os veículos pesados a ocuparem, por vezes, duas faixas da estrada, dificultando o tráfego também para os ligeiros.
Leia Também: Acidente com minibus faz 15 mortos, incluindo um bebé, na África do Sul
Centro internacional de apoio a processos contra russos inicia funções
© Getty Images
POR LUSA 03/07/23
Um centro internacional destinado ao apoio a processos jurídicos contra altos dirigentes da Rússia pelos alegados crimes de agressão resultantes da invasão da Ucrânia foi inaugurado hoje na sede do Eurojust, em Haia.
O Centro Internacional para a Acusação do Crime de Agressão contra a Ucrânia é o mais recente passo nos esforços concertados a nível mundial para responsabilizar criminalmente os dirigentes russos pela guerra contra a Ucrânia.
O centro está instalado na sede da agência de cooperação judiciária da União Europeia, Eurojust, em Haia, Holanda.
O Procurador-Geral ucraniano, Andriy Kostin, afirmou hoje que o novo organismo é "um sinal claro de que o mundo está unido e inabalável para responsabilizar o regime russo por todos os crimes" cometidos.
Mesmo assim, acrescentou que "infelizmente, existe uma 'falha' na responsabilização pelo crime de agressão na arquitetura da justiça penal internacional".
A Comissão Executiva da União Europeia financia a iniciativa tendo concordado hoje em conceder um apoio financeiro inicial de 8,3 milhões de euros.
O Tribunal Penal Internacional (TPI) está a investigar crimes na Ucrânia tendo emitido um mandado de captura contra o Presidente russo, Vladimir Putin, acusando-o de responsabilidade pessoal pelos raptos de crianças na Ucrânia.
Leia Também: Moscou admite que retirou 700 mil crianças de zonas de conflito na Ucrânia
NIGÉRIA: Presidência nigeriana rejeita com "veemência" conclusões eleitorais da UE
© Native Reporters
POR LUSA 03/07/23
A Presidência da Nigéria rejeitou com "veemência" as "conclusões" do relatório dos observadores eleitorais da União Europeia (UE) sobre as eleições gerais de 25 de fevereiro, que destacou a necessidade de reformas para "melhorar a transparência".
"Consideramos absurdo e inconcebível que qualquer organização estrangeira, de qualquer cor, possa continuar a insistir no seu próprio julgamento e avaliação como a única forma de determinar a credibilidade e a transparência das nossas eleições", afirmou o porta-voz da Presidência nigeriana, Dele Alake, num comunicado divulgado este domingo à noite.
"Rejeitamos veementemente, na sua totalidade, qualquer noção e ideia de qualquer organização, grupo ou indivíduo que sugira remotamente que as eleições de 2023 foram fraudulentas", acrescentou.
Para a Presidência nigeriana, "a cobertura das eleições pela missão da UE" foi "muito limitada", com menos de cinquenta observadores e a análise de cerca de mil mesas de voto num país onde existiam mais de 176 mil mesas de voto.
Alake afirmou que as conclusões da UE se baseiam "indubitavelmente" em "rumores, boatos, cocktails de preconceitos e comentários mal informados nas redes sociais, e líderes da oposição".
A Presidência nigeriana reagiu desta forma à conferência de imprensa da missão de observação eleitoral da UE, realizada em 27 de junho em Abuja, que indicou que as eleições "expuseram fraquezas sistémicas" e indicaram "a necessidade de novas reformas jurídicas e operacionais para melhorar a transparência, a inclusão e a responsabilização".
De acordo com o chefe da missão, o eurodeputado irlandês Barry Andrews, estas deficiências "impediram a realização de eleições inclusivas" e "prejudicaram a confiança" na comissão eleitoral.
As eleições controversas de 25 de fevereiro resultaram na vitória de Bola Tinubu, de 71 anos, do partido no poder, Congresso de Todos os Progressistas (APC, na sigla em inglês), com 36% dos votos, e foram alvo de acusações de fraude por parte dos seus principais opositores.
Os resultados foram contestados em tribunal pelos principais rivais de Tinubu na corrida presidencial, o veterano líder da oposição Atiku Abubakar, do Partido Democrático Popular (PDP), que obteve 29% dos votos, e Peter Obi, líder do Partido Trabalhista (LP), que ficou em terceiro lugar com 25% dos votos.
Ambos os opositores pediram a anulação dos resultados com o argumento da transmissão eletrónica das assembleias de voto não ter podido ser realizada na totalidade, o que a Comissão Eleitoral atribuiu a "falhas técnicas".
Kyiv afirma reconquista de territórios no sul e leste. "37km quadrados"
© REUTERS/Valentyn Ogirenko
POR LUSA 03/07/23
O Exército ucraniano reconquistou às forças russas um total 37 quilómetros quadrados no leste e no sul da Ucrânia durante a contra ofensiva em curso nessas regiões, disse hoje a vice-ministra da Defesa de Kyiv, Ganna Malear.
No sul, "o território libertado aumentou para 28,4 quilómetros quadrados", elevando para 158 quilómetros quadrados a superfície total reconquistada nesta zona do país desde o início da contra ofensiva no início de junho, disse Ganna Maliar.
No leste, os ganhos de Kyiv ascenderam a nove quilómetros quadrados.
Por outro lado, o exército da Ucrânia reclama o derrube de 13 aparelhos aéreos não tripulados ('drones') russos nas últimas horas sem referir a eventual existência de vítimas ou danos materiais.
Segundo o Estado Maior do Exército ucraniano, "durante a madrugada (...) as forças de ocupação russas levaram a cabo outro ataque com drones 'Shaed' (de fabrico iraniano)" indicando que foram projetados 17 aparelhos pelas forças da Rússia.
Os alvos dos 'drones' não foram especificados.
Leia Também: A Rússia diz ter impedido uma tentativa de assassinato contra Sergey Aksionov, governador russo da Crimeia
China. 11 províncias em alerta e 10 mil retirados de casa devido à chuva
© STR/AFP via Getty Images
POR LUSA 03/07/23
Os serviços de meteorologia chineses alertaram hoje que 11 províncias, ou cerca de metade da área terrestre do país, devem ser afetadas por chuva forte nos próximos dias.
As autoridades da província de Hunan, no centro da China, indicaram, no domingo, que mais de 10 mil pessoas tiveram de abandonar as suas casas e foram transferidas com urgência para um local seguro devido a inundações.
Em Hunan, cerca de 70 casas desabaram, 2.283 ficaram danificadas e campos agrícolas ficaram inundados. As perdas foram até agora estimadas em 575 milhões de yuan (72,8 milhões de euros), indicou o Departamento de Gestão de Emergências da região de Xiang'xi.
Na região de Zhenba, na província de Shaanxi (norte), as autoridades relataram que as piores inundações em 50 anos devastaram estradas e danificaram casas. Nenhuma morte foi registada até ao momento.
A Agência Meteorológica chinesa disse acreditar que a falta de chuva pode estar a contribuir para o calor extremo, uma vez que Pequim, cidade já habitualmente seca, está a registar menos precipitação do que o normal este ano.
As inundações na China seguem-se a uma invulgar vaga de calor, durante a qual Pequim registou dez dias em que a temperatura ultrapassou 35 graus Celsius, indicou o Centro do Clima chinês, sob a tutela da agência meteorológica chinesa.
A última vez que Pequim sentiu uma vaga de calor semelhante foi em 1961, décadas antes de a maioria dos residentes da capital chinesa ter acesso a ar condicionado ou mesmo a ventoinhas.
Embora as temperaturas na capital tenham acalmado para os 33 graus Celsius hoje ao meio-dia (05:00 em Lisboa), os meteorologistas avisaram que devem subir novamente esta semana para até 39,6 graus Celsius em Pequim e em outras partes da China.
Em 2021, mais de 300 pessoas morreram na província central de Henan, com chuvas torrenciais a inundar a capital provincial de Zhengzhou em 20 de julho, transformando ruas em rios e cobrindo parte de uma linha de metropolitano.
As piores inundações da história recente da China ocorreram em 1998, quando 4.150 pessoas morreram, a maioria delas ao longo do Yangtze, o terceiro maior rio do mundo.
Leia Também: Japão ordena retirada de 360 mil pessoas devido a chuvas torrenciais
Arábia Saudita convoca embaixadora sueca devido à queima do Corão
© iStock
POR LUSA 03/07/23
A Arábia Saudita convocou hoje a embaixadora da Suécia no país para protestar contra a queima "por parte de extremistas" de um exemplar do Corão durante uma manifestação autorizada em Estocolmo.
"O Ministério dos Negócios Estrangeiros convoca a embaixadora da Suécia no Reino e informa-a da categórica rejeição do Reino sobre a queima por parte de extremistas de uma cópia do Sagrado Corão em frente à mesquita central de Estocolmo na Suécia após o Eid al-Adha [a 'Festa do Sacrifício', que sucede o período da peregrinação a Meca]", indicou a diplomacia saudita, num comunicado publicado na rede social Twitter.
Apesar de a queima do Corão ter sido condenada pela diplomacia sueca, o Governo de Estocolmo recordou que o protesto foi autorizado em cumprimento do direito à liberdade de expressão, como ocorreu em ocasiões anteriores.
O mundo muçulmano protestou com veemência por este incidente, agravado pelo facto de coincidir com a grande festa muçulmana do Eid al-Adha.
No passado dia 28 de junho, um homem de origem iraquiana queimou um exemplar do Corão no exterior da mesquita central em Estocolmo, no primeiro ato deste tipo autorizado pela polícia sueca após os tribunais terem anulado uma proibição anterior. O protesto contou com a participação de cerca de duas centenas de pessoas e uma forte presença policial.
A queima do livro sagrado muçulmano na capital sueca originou fortes consequências para o país no campo diplomático.
Milhares de manifestantes tentaram assaltar a sede da missão sueca no Iraque, e no domingo o Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano decidiu adiar a chegada do seu novo embaixador ao país escandinavo. Em simultâneo, vários países iniciaram uma campanha de boicote a empresas suecas.
No domingo, a Organização da Cooperação Islâmica (OCI), a estrutura de países muçulmanos mais numerosa à escala global, apelou aos 57 países que a integram para responderem de forma "unida e coletiva".
Na passada quinta-feira, o Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, foi dos primeiros dirigentes a condenar o protesto do dia anterior na Suécia com a queima de um exemplar do Corão, assinalando que coloca outro obstáculo à adesão do país nórdico à NATO.
A diplomacia sueca pronunciou-se no domingo sobre o incidente e condenou a queima do Corão, classificando a situação como um "ato de islamofobia".
Em comunicado, o Governo sublinhou que os "atos islamofóbicos cometidos durante os protestos na Suécia podem ser ofensivos para os muçulmanos".
Assim, "condenou fortemente" o ocorrido, ressalvando que os incidentes em causa não refletem as opiniões do executivo, apesar de insistir que o protesto foi autorizado em cumprimento do direito à liberdade de expressão.
Leia Também: Papa Francisco considera "inaceitável" e "condenável" a queima do Alcorão
Leia Também: Suécia condena queima de alcorão e classifica ato como islamofobia
Líder da oposição do Senegal pede para saírem "em massa" à rua
© Getty Images
POR LUSA 03/07/23
O líder da oposição apelou aos senegaleses para "saírem em massa" à rua nos próximos dias, antes de um discurso do Presidente, Macky Sall, no qual poderá anunciar a candidatura a um terceiro mandato, proibido constitucionalmente.
"Devemos sair para enfrentar o regime de Macky Sall e dizer que não cabe ao Presidente escolher os candidatos que deverão concorrer às próximas eleições presidenciais", declarou Ousmane Sonko, no domingo à noite, numa intervenção nas redes sociais.
A condenação de Sonko a dois anos de prisão por "corrupção da juventude" desencadeou, no início de junho, os mais graves protestos em anos no Senegal. A repressão das manifestações causou pelo menos 16 mortos no país.
O líder da oposição, que está retido em casa, em Dakar, desde 28 de maio, cercado por agentes das forças de segurança, disse que a condenação, que o torna inelegível, foi uma tentativa de o afastar da corrida presidencial.
Sonko apelou, na eventualidade de ser formalmente detido, "a todo o povo senegalês para que se levante como um só e saia maciçamente e de uma vez por todas para pôr fim a este regime criminoso".
Macky Sall foi eleito em 2012 e reeleito em 2019, já depois de ter aprovado uma revisão da Constituição, em 2016, que limita a dois consecutivos o número de mandatos do chefe de Estado.
No fim de semana, Sall afirmou que vai falar à nação "muito em breve" para esclarecer se vai candidatar-se a um terceiro mandato, mas indicou que essa decisão, a acontecer, estaria dentro da lei.
Os apoiantes do atual Presidente senegalês defendem que o limite de dois mandatos consecutivos apenas se aplica às eleições realizadas já depois da revisão constitucional, pelo que Sall poderá apresentar-se como candidato em 2024.