quinta-feira, 21 de setembro de 2023

Nada substitui as Nações Unidas e Guterres está a "manter a bola em jogo" ...Marcelo Rebelo de Sousa

© Jeenah Moon/Bloomberg via Getty Images

POR LUSA   21/09/23 

 O Presidente da República considerou na quarta-feira que António Guterres tem conseguido "manter a bola em jogo" nas Nações Unidas, o que no seu entender é "um milagre", e insistiu na necessidade de reforma desta organização.

"Deixar cair as Nações Unidas é deixar cair o único sítio onde todos se podem encontrar. Se se perde isso, substitui-se por quê? Por nada", defendeu Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações aos jornalistas, em Nova Iorque.

Segundo o chefe de Estado, "é um milagre aquilo que tem feito o engenheiro Guterres" enquanto secretário-geral das Nações Unidas, "que é manter a bola em jogo, puxando por aquilo que é convergência", condicionado pelo "veto de alguns membros do Conselho de Segurança".

No seu entender, Guterres tem procurado "não deixar deslaçar o tecido" da organização, colocando na agenda temas como "o clima, o futuro, a situação das mulheres, a proteção das minorias, as migrações, as crianças, as transformações sociais, a ciência e tecnologia" e procurando "intervir quando pode na parte da guerra, que é o mais difícil".

Enquanto Marcelo Rebelo de Sousa falava, à entrada da missão permanente de Portugal junto das Nações Unidas, soavam sirenes à medida que passavam comitivas dos países-membros, o que o levou a observar que, apesar de tudo, "o multilateralismo está vivo".

Para o Presidente da República, "a grande interrogação dos próximos anos" é se os líderes mundiais vão ser capazes de "reformar as Nações Unidas, para as tornar mais operacionais" e de "reformar as instituições financeiras para que os países ricos não fiquem cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres".

No discurso que fez na terça-feira, primeiro dia do debate geral anual entre chefes de Estado e de Governo dos 193 países-membros das Nações Unidas, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que "é tempo de cumprir" essas reformas, apelando a que se passe das palavras à ação.

Pelas reações de outros líderes mundiais, o chefe de Estado ficou convencido de que o ouviram e parecem ter concordado: "Agora, se além de ouvirem e de concordarem, se são capazes e querem e vão dar passos nesse sentido, essa é a minha interrogação".

"Pode ser que sim, eu tenho a esperança de que sim, que tenham percebido que é do interesse de todos. E quando é do interesse de todos é bom que se faça um esforço para mudar aquilo que já se percebeu que não dá. Eu já ouço falar do facto de as Nações Unidas estarem desatualizadas há décadas", acrescentou.

Marcelo Rebelo de Sousa salientou que o futuro das Nações Unidas também depende de eleições nacionais que aí vêm: "Há eleições presidenciais americanas, há eleições europeias, há eleições presidenciais em vários países do mundo e, portanto, aí joga depois a política interna".

Nos últimos três dias passados nas Nações Unidas, além de discursar na 78.ª sessão da Assembleia Geral, o chefe de Estado interveio em cimeiras sobre o desenvolvimento sustentável e o clima, deixando uma mensagem sobre a responsabilidade dos políticos perante as populações, e num debate aberto do Conselho de Segurança em que reiterou o apoio de Portugal à Ucrânia contra a invasão da Federação Russa.

Sobre este último debate, o Presidente da República atribuiu à China a tentativa de "aparecer como neutral" e identificou a posição da Rússia como "muito defensiva", num contexto em que "a maioria esmagadora foi -- como se esperaria, pelas inúmeras resoluções da Assembleia Geral das Nações Unidas -- ao lado da Ucrânia".



Lula e Zelensky estiveram reunidos. "Conversa franca e construtiva"

© Zelensky / Rede social X

POR LUSA    21/09/23 

O Presidente brasileiro e o seu homólogo ucraniano estiveram hoje reunidos, com Lula da Silva a salientar "a importância dos caminhos para construção da paz" e Volodymyr Zelensky a referir a "conversa franca e construtiva".

Após o encontro, que começou por volta das 16:00 no hotel onde o Presidente brasileiro está hospedado durante a sua estadia na cidade norte-americana para participar da 78.ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, os dois chefes de Estados lançaram breves notas nas suas redes sociais.

"Hoje me reuni em Nova Iorque com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. Tivemos uma boa conversa sobre a importância dos caminhos para construção da paz e de mantermos sempre o diálogo aberto entre nossos países", escreveu Lula da Silva, na nota, acompanhada por uma fotografia dos dois.

Por outro lado, Volodymyr Zelensky frisou que ambos tiveram "uma conversa franca e construtiva"

"As equipas diplomáticas receberam instruções para trabalhar nas próximas etapas das relações bilaterais e nos esforços para restaurar a paz. O representante brasileiro continuará a trabalhar nas reuniões sobre a Fórmula de Paz", acrescentou.

O encontro entre Lula da Silva e Volodymyr Zelensky, que aconteceu depois da reunião que o líder brasileiro teve com o Presidente norte-americano, Joe Biden, contou ainda com a presença do o chefe de gabinete da Presidência ucraniana, Andrii Iermak, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba, um assessor para a política externa e o assessor para assuntos militares da Ucrânia, de acordo com a imprensa brasileira.

A comitiva de Lula da Sila contou com ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, o secretário de Comunicação Social, Paulo Pimenta, e o assessor especial de assuntos internacionais da Presidência, Celso Amorim.

Mais tarde, um comunicado do Itamaraty, relativamente a uma conferência de imprensa do ministro das Relações Exteriores refere "os presidentes instruíram suas equipes a continuarem em contacto e o presidente Lula disse que um representante continuará participando das reuniões do Processo de Copenhaga, para discutir possibilidades de paz".

"O presidente Lula e o presidente Zelensky tiveram uma longa discussão em um ambiente tranquilo e amigável. Trocaram informações sobre os países e a situação do mundo neste momento", acrescentou o ministro.

Esta foi a primeira vez que Lula da Sila e Volodymyr Zelensky terão um encontro bilateral, depois de, em maio, à margem da cimeira do G7, o encontro ter acabado por não acontecer, com Volodymyr Zelensky a referir que "não houve diligências" por parte de Lula da Silva.

Por outro lado, o chefe de Estado brasileiro afirmou ter ficado "chateado" após a delegação ucraniana adiar o encontro até finalmente não aparecer.

Apesar de condenar a invasão da Rússia na Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro do ano passado, o Presidente brasileiro já tinha, em abril, admitido a cedência da Crimeia, ilegalmente anexada por Moscovo em 2014, como uma saída para o conflito e, na cimeira dos BRICS, voltou a pedir uma paz negociada e o abandono de uma "mentalidade obsoleta da Guerra Fria".

Lula chegou mesmo a afirmar que "quando um não quer, dois não brigam".

A reunião agora confirmada entre os chefes de Estado do Brasil e da Ucrânia acontece numa altura de relação conturbada entre os dois países, devido a declarações que Lula da Silva tem proferido em relação à guerra entre a Rússia e a Ucrânia, a última das quais ao afirmar que não prenderia o Presidente russo, Vladimir Putin, ao abrigo de uma decisão do Tribunal Penal Internacional, caso este viesse ao Brasil.

O Presidente brasileiro voltou atrás nas declarações dizendo que tal decisão caberia à justiça brasileira, mas insistiu que o país deveria rever a sua presença no Tribunal Penal Internacional.

Putin é alvo de um mandado de captura do Tribunal Penal Internacional emitido em março, por suspeita de crimes de guerra pela deportação de crianças ucranianas.

"Quero muito estudar essa questão deste Tribunal Penal, porque os Estados Unidos não são signatários dele, a Rússia não é signatária dele. Então, eu quero saber por que o Brasil é signatário de um tribunal que os EUA não aceitam. Por que somos inferiores e temos de aceitar uma coisa?", afirmou Lula da Silva, na Índia, durante a sua participação na Cimeira do G20, na semana passada.

Dias antes, o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, lembrara o homólogo brasileiro que os ucranianos são vítimas da invasão russa e que "a guerra não é no Brasil", afastando concessões territoriais e pedindo respeito pelos Estados independentes.

"A guerra é em concreto na Ucrânia, as vítimas são concretamente os ucranianos. Não são os brasileiros, ou outros europeus, nem americanos. São concretamente dezenas de milhares de pessoas, centenas de milhares, que morreram ou ficaram feridas, são as nossas casas que foram atacadas ou bombardeadas, não as casas do Brasil ou de outros países", afirmou Zelensky em entrevista à RTP.



Leia Também: Zelensky propõe na ONU medidas para limitar poder da Rússia

GUINÉ-BISSAU: O presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP) da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, defendeu hoje que, 50 anos após a independência, é chegado o momento de cumprir o prometido e colocar a população como única prioridade no país.

© Lusa

POR LUSA   21/09/23 

Após 50 anos, é preciso cumprir para com o povo da Guiné-Bissau

O presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP) da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, defendeu hoje que, 50 anos após a independência, é chegado o momento de cumprir o prometido e colocar a população como única prioridade no país.

A segunda figura do Estado guineense e presidente do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) vincou, em entrevista à Lusa, a responsabilidade dos políticos nas condições atuais do país, que se prepara para assinalar, no domingo, os 50 anos da independência de Portugal.

Durante todo o fim de semana, deputados, restantes órgãos de soberania e convidados viajam até Lugadjol para recriar o momento da primeira assembleia constituinte, nas matas de Madina do Boé, um local de difícil acesso, que torna o evento "uma missão quase impossível", como admitiu o presidente do Parlamento.

"Mas eu penso que é essa impossibilidade que tem que tocar a nossa mente, tem que tocar a nossa responsabilidade para lembrarmos de onde é que partimos e o que prometemos a nós próprios há 50 anos e ter em conta que este povo já aguarda por nós há muito tempo", afirmou à Lusa.

Se os combatentes que declararam a independência há meio século no mato conseguiram lá chegar "em circunstâncias terríveis", Domingos Simões Pereira considera que os atuais responsáveis pelo país também têm "que conseguir", e sobretudo cumprir o desenvolvimento prometido à população.

"Depende de nós, depende dos guineenses, nós já fomos capazes de colocar muitos desafios e muitas prioridades, é chegado o momento de colocarmos a melhoria da condição de vida da nossa população como praticamente a única prioridade", preconizou.

O presidente da ANP defendeu que é necessário que todos conheçam a história do país, que os alunos possam aprender "a epopeia daqueles que de facto deram tudo o que tinham de mais valioso em troca da sua liberdade".

"Hoje beneficiamos de um quadro de paz, de alguma tranquilidade e tudo isto se deve às mulheres e homens que foram capazes de construir a independência. Ainda falta mudar muito, mas até a capacidade de sonharmos com essa mudança tem a ver com o facto de sermos livres e isso não pode ter preço", sublinhou.

O presidente do parlamento considerou que está por cumprir parte do sonho, que tem como símbolo maior o histórico Amílcar Cabral, pois continuam a faltar à população guineense "coisas concretas" como "uma melhor qualidade de vida, melhores escolas, melhores estradas".

Domingos Simões Pereira lembrou que "quando Cabral convocou o povo guineense para a luta de libertação, que se transformou em luta armada, lançou uma divisa extraordinariamente importante, o princípio da unidade, era a primeira vez que todo o povo guineense se juntava por um desafio".

"Todos nós que ouvimos Cabral dizer que a independência era o programa mínimo, o programa maior era a construção do país, agora estamos a perceber que ele se referia ao facto de nós não termos escolas, não termos urbanidade. Eu vejo, muitas vezes, sermos comparados com outras realidades e dizerem como é que estes conseguiram e como é que eles não estão a conseguir", observou.

"Há 50 anos, a Guiné-Bissau tinha 14 pessoas com formação média oficial, hoje temos milhares e portanto temos que assumir o desafio do momento, temos que rever toda a nossa programação e assumir um compromisso connosco e com a sociedade", acrescentou Simões Pereira.

O presidente da ANP considerou que "o desenvolvimento de uma sociedade não se faz com proclamações, não há como queimar etapas, formar uma geração leva tempo".

"Gostávamos todos de já estar num patamar maior, já estar a celebrar outro tipo de conquistas, mas temos que ter capacidade suficiente para compreender que essas etapas não se conseguem queimar. Estamos a aprender, eu espero que ainda viva o suficiente para conhecer o filho do meu filho e com esse poder falar sem complexo", disse.

Domingos Simões Pereira assumiu como responsabilidade própria "legar às próximas gerações de guineenses uma direção, uma orientação".

HFI // VM

Lusa/Fim

quarta-feira, 20 de setembro de 2023

Foto oficial da recepção oferecida pelo Presidente dos EUA terça feira a noite em Nova Iorque

Encontro à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas, Presidente da República General Umaro Sissoco Embaló com o seu homólogo Presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden.

Duelo Ucrânia/Rússia na ONU: Zelensky pede fim do veto da Rússia e Lavrov fala em "nazismo" ucraniano

Zelensky apelou a que seja retirado o direito de veto da Rússia no Conselho de Segurança da ONU. O presidente ucraniano reforçou as principais exigências do plano de paz: a retirada de todos os soldados russos de território ocupado e o regresso às fronteiras originais da Ucrânia, incluindo a Crimeia, o Mar Negro e o Mar de Azov.

Zelensky deixou a sala onde decorria a reunião, quando Sergei Lavrov tomou a palavra.

PRESIDENTE DA REPÚBLICA RECEBE PRÉMIO DE LIDERANÇA FIN 2023

A margem da 78ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, o Presidente da República General de Exército Umaro Sissoco Embaló, recebeu hoje, o “Premio de Liderança de FIN 2023” - Rede de Investimento Estrangeiro.

Cerimónia do Premio de Liderança de FIN 2023 (Rede de Investimento Estrangeiro)... 👇


  Presidência da República da Guiné-Bissau 

Nagorno-Karabakh. Soldados russos mortos a tiro por desconhecidos

© Reuters

POR LUSA   20/09/23 

Um ataque com armas ligeiras contra um veículo em que seguiam soldados russos da força de manutenção da paz em Nagorno-Karabakh fez hoje um número indeterminado de vítimas mortais, informou o Ministério da Defesa da Rússia.

"Um veículo com militares russos foi alvo de fogo de armas ligeiras quando regressava de um posto de observação do contingente de manutenção da paz em Cayataq (cerca de 35 quilómetros a norte da capital de Nagorno-Karabakh, Jankendi). Em consequência do ataque, todos os soldados foram mortos", declarou, num comunicado, o Ministério da Defesa na rede social Telegram, sem quantificar.

O ministério russo também não especificou a hora do incidente, pelo que não se sabe se ocorreu antes ou depois do cessar-fogo declarado entre as partes no Nagorno-Karabakh, mas adiantou que investigadores russos e azeris estão no local para apurar as causas do ataque.

As autoridades da autoproclamada república do Nagorno-Karabakh anunciaram um acordo de cessar-fogo ao meio-dia de hoje, 24 horas depois de o Azerbaijão ter lançado uma operação militar no território separatista povoado por arménios.

As duas partes concordaram em desarmar as suas unidades e dissolver as forças de defesa de Nagorno-Karabakh e vão retomar quinta-feira as negociações, sobretudo no que diz respeito à integração do enclave no Azerbaijão e as garantias de segurança para os habitantes do enclave.

Entretanto, fontes da missão de paz russa indicaram que o cessar-fogo entre o Azerbaijão e os separatistas arménios em Nagorno-Karabakh está, "por enquanto", a ser respeitado.

"Não foram registadas quaisquer violações do cessar-fogo", referiu num boletim informativo o contingente russo, sublinhando que continuam as operações de retirada da população civil.

Segundo as fontes, as forças russas já retiraram 3.154 pessoas, incluindo 1.428 crianças, para o local onde estão instaladas.

Entretanto, em Moscovo, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou hoje quer a crise em Nagorno-Karabakh é "um assunto interno" do Azerbaijão.

"Não há dúvida de que a questão em Nagorno-Karabakh é um assunto interno do Azerbaijão", disse Peskov, citado pela agência Interfax.

"O Azerbaijão está a agir no seu próprio território, o que é reconhecido pela liderança arménia", acrescentou.

Segundo o presidente do Azerbaijão, Ilham Aliev, os separatistas do Karabakh "começaram" já a entregar as suas armas.

Entretanto, o primeiro-ministro arménio, Nikol Pashinyan, falou hoje por telefone com o presidente russo, Vladimir Putin, mais de 24 horas após o início da ofensiva do Azerbaijão neste enclave separatista, segundo informou no Facebook a porta-voz de Pachinian, Nazeli Baghdassarian.

A Arménia responsabilizou hoje a Rússia pela segurança dos cerca de 120 mil arménios de Nagorno-Karabakh, na sequência da decisão dos separatistas de aceitarem depor as armas e negociar com o Azerbaijão.

O acordo, que pôs termo a uma ofensiva militar lançada pelo Azerbaijão em Nagorno-Karabakh há 24 horas, foi negociado pela força de manutenção da paz que a Rússia mantém no território desde 2020.

Situado no sul do Cáucaso, Nagorno-Karabakh é um pequeno território montanhoso que tinha cerca de 150 mil habitantes antes da guerra de 2020, maioritariamente arménios.

Nagorno-Karabakh foi uma região autónoma da então república soviética do Azerbaijão, mas as autoridades locais anunciaram a intenção de pertencer à Arménia no processo de dissolução da União Soviética.

Estados Unidos, Rússia e França têm mediado o conflito entre a Arménia e o Azerbaijão, um exportador de petróleo para a Ásia Central e Europa.


ONU: Blinken invoca "crimes" russos, Lavrov defende direito de veto

© Lusa

POR LUSA    20/09/23 

 O secretário de Estado norte-americano acusou hoje a Rússia de "crimes contra a humanidade" na Ucrânia "quase diariamente", perante o Conselho de Segurança da ONU, onde o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, defendeu o direito de veto.

"O uso do direito de veto é uma ferramenta legítima estipulada na Carta das Nações Unidas", disse o chefe da diplomacia russa perante o Conselho de Segurança, depois de o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ter apelado a que Moscovo fosse privado desse poder.

Lavrov defendeu o direito de veto - detido apenas pela Rússia, Estados Unidos, China, França e Reino Unido - num dia em que também os dez membros não permanentes do Conselho de Segurança pediram que esse poder seja restringido.

O russo, com quase vinte anos à frente da diplomacia do seu país, acusou os Estados Unidos e seus aliados de "tentarem abertamente e sem subterfúgios privatizar o Secretariado (Geral) da ONU (porque acreditam) que têm o direito de acusar aqueles que por uma razão ou outra são inconvenientes para Washington".

Lavrov referiu-se longamente à guerra na Ucrânia, limitando-se a repetir os argumentos de que o Governo de Zelensky discrimina e maltrata os falantes de russo nas áreas orientais.

O chefe da diplomacia russa terminou o seu discurso com palavras favoráveis aos países em desenvolvimento - muitos deles emergentes de golpes de Estado - que estão sujeitos a sanções do Conselho de Segurança.

"As limitações humanitárias às sanções devem ser consideradas, pois devem ser acompanhadas por considerações das agências da ONU sobre as suas consequências humanitárias, em vez de serem acompanhadas por exortações demagógicas de colegas ocidentais. É tão simples quanto isto: que as pessoas comuns não sofram", disse.

Embora não tenha mencionado nenhum Estado em particular, muitos dos países sujeitos a sanções são aliados de Moscovo, como a Síria, o Irão, a Coreia do Norte, Cuba, Venezuela ou Mali.

Do outro lado da mesa estava o embaixador ucraniano, Sergíy Kyslytsya, com os olhos postos no telefone durante pelo menos algumas partes dos comentários de Lavrov, enquanto Blinken, por sua vez, chegou a fazer anotações manuscritas.

Numa reunião em que se antevia um possível confronto entre Zelensky e Lavrov, os dois líderes acabaram por não se cruzar, com o chefe de Estado a abandonar a sala antes de o ministro russo se pronunciar - num movimento que já era esperado por analistas que falaram com a Lusa.

Na reunião do Conselho de Segurança, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, acusou a Rússia de cometer frequentemente "crimes contra a humanidade" na Ucrânia, que invadiu em fevereiro de 2022.

"A Rússia comete crimes de guerra e crimes contra a humanidade na Ucrânia quase diariamente", disse Blinken ao Conselho de Segurança da ONU, pouco depois da intervenção de Zelensky.

Antony Blinken atacou ainda a proximidade entre a Rússia e a Coreia do Norte, e alertou para um possível apoio militar de Pyongyang à Rússia face à guerra na Ucrânia.

O norte-americano referia-se a uma reunião da semana passada entre o Presidente russo, Vladimir Putin, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, a quem chamou de "ditador".

"Putin disse que discutiram formas de cooperar militarmente e Kim expressou o seu apoio incondicional à Rússia na guerra. Um carregamento de armas entre Moscovo e Pyongyang violaria múltiplas resoluções deste Conselho", frisou.

Blinken disse que é "difícil encontrar um país que despreze mais os princípios das Nações Unidas" do que a Rússia, acusando Moscovo de ter violado os princípios de soberania e integridade territorial com a invasão da Ucrânia.



Leia Também: Zelensky propõe na ONU medidas para limitar poder da Rússia

Liga Guineense dos Direitos Humanos pede liberdade provisória dos detidos no caso de 1 de fevereiro.

Radio TV Bantaba

Técnicos de diferentes estruturas hospitalares e clínicas do País estão numa formação de dois dias, sobre a manutenção dos equipamentos Biomedicinais assim como a apresentação do Software e debate sobre o Estado da energia nos Hospitais, sob lema: A Importância da Engenheria na Saúde.

Radio TV Bantaba

Guiné-Bissau inicia vacinação gratuita contra meningite A e Covid-19

© Lusa

POR LUSA   20/09/23 

O Governo da Guiné-Bissau inicia, na quinta-feira, uma campanha de vacinação gratuita contra a meningite A e a covid-19, que abrangerá todo o país até ao final do mês, anunciou hoje o Ministério da Saúde.

A campanha destina-se a pessoas adultas com idade igual ou superior a 18 anos, no caso da vacina da covid-19, e crianças com idades entre um e 7 anos, na vacinação para a meningite A, segundo o Governo.

O lançamento oficial da campanha está marcado para quinta-feira, no Ministério da Saúde, com a presença do ministro Domingos Malu, e o plano de vacinação prolonga-se até 29 de setembro, por todo o território da Guiné-Bissau.

A vacinação decorre "em instalações de saúde e em outros locais públicos devidamente identificados" e o Ministério da Saúde encoraja todas as pessoas elegíveis a vacinarem-se, "a fim de se protegerem a si próprios, às suas famílias e à sua comunidade", como refere, em comunicado.

O Governo sublinha a importância da vacinação contra a meningite pelo facto de a Guiné-Bissau fazer fronteira com os países africanos da cintura desta doença, "caracterizada por fatores que favorecem a ocorrência de epidemias, tais como viagens e grandes movimentações das populações, más condições de vida, a superlotação, entre outras".

A meningite, como explica, é causada por vários tipos de bactérias ou de vírus que provocam a inflamação das membranas protetoras finas do cérebro e medula espinhal, de origem infecciosa.

A transmissão ocorre de pessoa para pessoa, geralmente através de gotículas de secreções respiratórias ou de tosse do doente, e os sintomas são febre alta, dores de cabeça, dificuldade de olhar para baixo e a fotofobia.

A campanha "visa contribuir para a eliminação das epidemias da Meningite "A" como problema de saúde pública, sendo o objetivo vacinar todas as crianças de um aos sete anos de idade".

Relativamente à covid-19, apesar de declarado o fim da epidemia, o Governo guineense convida "toda a população adulta" a vacinar-se, alertando que é a forma mais eficaz de evitar manifestações graves da doença.

O Governo guineense conta com apoio técnico e financeiro do UNICEF, Organização Mundial de Saúde (OMS), Banco Mundial, Aliança Global para a Vacinação (GAVI), povo e Governo do Japão, Fundação Bill e Mellinda Gates, Solina, Centro de Prevenção e Controlo de Doenças para África, entre outros parceiros.


A delegação da Câmara do Comércio de Ziguinchor, Senegal está em Bissau no quadro da cooperação com a Câmara do Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços da Guiné-Bissau, CCIAS. A missão acompanhada pelo Secretário Geral da CCIAS, Saliu Bá foi recebida pelo Ministro do Comércio, João Handem Jr.

 Radio Voz Do Povo

Domingos Simões Pereira, presidente do Parlamento em reunião com Pais e Encarregados da Educação da Escola Patrício Lumumba em Bissau.

Radio Voz Do Povo 

Ucrânia reivindica autoria de explosões na Crimeia

Ponte Kerch (AP Photo)

CNN Portugal, 20/09/23

"Podemos confirmar que se trata de ações das forças de segurança e defesa ucranianas contra alvos militares dos ocupantes", disse um porta-voz dos Serviços Secretos do Ministério da Defesa da Ucrânia

Uma série de explosões registadas na Crimeia foram obra das forças ucranianas, confirmaram os Serviços Secretos do Ministério da Defesa da Ucrânia.

"Podemos confirmar que se tratam de ações das forças de segurança e defesa ucranianas contra alvos militares dos ocupantes. O trabalho planeado das forças de segurança e defesa ucranianas continua, é claro, nas instalações militares dos ocupantes, invasores nos territórios temporariamente ocupados, incluindo a Crimeia ucraniana. Muito em breve os pormenores serão tornados públicos pelas Forças Armadas e pelo Estado-Maior", disse o porta-voz da agência, Andrii Yusov à televisão ucraniana.

Segundo Yusov o "objetivo final é, evidentemente, a desocupação da Crimeia ucraniana".

"Nesta fase, as posições do inimigo devem ser enfraquecidas. A Crimeia ainda está a ser utilizada como centro logístico para, entre outras coisas, a transferência de forças e meios inimigos para outras partes da frente. Para destruir este centro logístico, estão a ser utilizadas e implementadas determinadas operações: no mar, em terra e no ar".

Como consequência das explosões, o tráfego na ponte da Crimeia foi suspenso cerca das 13:00 locais.

"O tráfego na ponte da Crimeia está temporariamente suspenso. Pede-se às pessoas que se encontram na ponte e na zona de inspeção que mantenham a calma e sigam as instruções dos agentes de segurança dos transportes", anunciou o Centro de Informação Rodoviária local no Telegram.

Ao mesmo tempo que o tráfego era cortado, foi vista uma cortina de fumo na zona de Sebastopol, do outro lado da península da Crimeia. As cortinas de fumo são frequentemente utilizadas pelas autoridades russas na Crimeia, numa tentativa de impedir tentativas de ataques com drones.

"Como resultado do trabalho dos meios de defesa aérea, de acordo com dados preliminares, os veículos aéreos não tripulados abatidos caíram em Verkhnesadovoye e em Kacha (ambos perto da cidade). Não houve vítimas", afirmou o governador de Sebastopol, Mikhail Razvozhaev, acrescentando que estavam a ser utilizados "meios de dissimulação de aerossóis".


Veja Também:


Foi a primeira vez que o presidente ucraniano discursou presencialmente na ONU desde que Vladimir Puttin mandou invadir a Ucrânia. O tema chave foi a militarização e Zelensky afirma que os crimes de guerra devem ser punidos.


Empreendedorismo - PNUD abre Centro de Inovação e de Oportunidades “KAU CRIAR” em Bissau


Bissau, 20 Set 23 (ANG) – O Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento (PNUD) vai abrir hoje a tarde , em Cupelum de Cima,Bissau, o primeiro Centro de Inovação, Empreendedorismo e de Oportunidades, designado “Kau Criar”.

Para além deste Centro, segundo um documento da Organização distribuida à imprensa, será também apresentada uma plataforma virtual para apoiar e complementar o espaço físico.

“O nosso objectivo é fornecer um espaço para aproveitar o espírito empreendedor vibrante da Guiné-Bissau, cultivar start-ups e promover as capacidades necessárias que gerarão efeitos multiplicadores em toda a nação e além”, lê-se no documento.

Informa que o Centro e o Portal online oferecerão diversos programas e serviços com o objectivo de acelerar o desenvolvimento empreendedor de micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), permitindo que contribuam para o desenvolvimento de negócio competitivo, sustentável e resiliente.

O PNUD pede  as pessoas à se juntarem a iniciativa,não só para explorar ideias inovadoras e contribuir para crescimento de estratégias inovadoras, mas também para aproveitar os recursos e oportunidades oferecidos pela plataforma virtual para impulsionar suas ambições empreendedoras e causar um impacto duradouro na Guiné-Bissau.

ANG/LPG/ÂC//SG

Gabão. Detidos filho do PR deposto e colaboradores acusados de "traição"

© STEEVE JORDAN/AFP via Getty Images

POR LUSA   20/09/23 

O filho mais velho de Ali Bongo Ondimba, Bongo Valentin, e colaboradores próximos do gabinete do Presidente deposto do Gabão foram presos e acusados na terça-feira por "alta traição" e "corrupção ativa", anunciou hoje o procurador de Libreville.

O filho mais velho de Ali Bongo, a antiga porta-voz presidencial, Jessye Ella Ekogha, e outras quatro pessoas foram "acusados na terça-feira e colocados em prisão preventiva", disse André-Patrick Roponat, procurador de Libreville, capital do Gabão, em declarações à agência de notícias francesa AFP.

No dia 30 de agosto, menos de uma hora depois do anúncio, a meio da noite, da reeleição de Ali Bongo, no poder desde 2009 e acusado de fraude massiva, os militares, liderados pelo general Brice Oligui Nguema, depuseram-no, acusando o seu regime, nomeadamente, do "desvio massivo" de fundos públicos.

No mesmo dia do golpe de Estado, os militares prenderam um dos filhos do chefe de Estado deposto, bem como outros cinco jovens altos funcionários do gabinete do ex-presidente e da sua mulher, Sylvia Bongo Valentin, que está em prisão domiciliária, mas que os advogados consideram uma detenção arbitrária.

Ali Bongo, primeiro em prisão domiciliária em Libreville durante alguns dias após o golpe, está "livre para se deslocar" e tem a possibilidade de "ir para o estrangeiro", anunciou o general Oligui em 06 de setembro.


SAÚDE: Três problemas de saúde que se manifestam nas mãos... Nunca ignore estes sinais.

© Shutterstock

Notícias ao Minuto   20/09/23 

Tal como outras partes do corpo, as mãos oferecem pistas sobre o estado de saúde de cada um e, infelizmente, nem todos conseguem reconhecer os sinais mais preocupantes. Por isso, no Huffpost, agregador de blogues, especialistas falaram sobre três problemas de saúde graves que se manifestam nas mãos. 

1- Tem saliências vermelhas ou roxas nos dedos

Chamam-se nódulos de Osler e podem ser um sintoma de endocardite, "uma doença rara, mas por vezes fatal, em que o revestimento do coração fica inflamado".

2- Tem um caroço sensível nas mãos e/ou os dedos estalam regularmente

Quando tenta dobrar ou endireitar o dedo ele fica preso ou estala? Pode sofrer de tenossinovite estenosante. Normalmente, acontece quando "um tendão, do qual dependemos para mover os dedos, fica demasiado inflamado para deslizar facilmente através das articulações das mãos".  É, muitas vezes, o resulta do uso repetitivo dos dedos ou, em alguns casos, está relacionado com problemas na tiroide,  diabetes, ou artrite reumatoide.

3- Fica com os dedos azuis, brancos ou vermelhos especialmente quando está stressado ou com frio 

Tratam-se de sintomas de doença de Raynaud, caracteriza pela descoloração dos dedos das mãos e/ou dos pés, e a mudança acontece devido a problemas de circulação. Isto significa que as mãos "não conseguem obter sangue suficiente para manter a sua tonalidade normal".

Além disso, em alguns casos, a doença em si, manifesta-se como um sintoma de outras condições como lupus, distúrbios de coagulação e artrite reumatoide. 


TRIBUNAL MILITAR QUER TRANSFERENCIA DOS DETIDOS NA TENTATIVA DE GOLPE DE ESTADO PARA BASE AÉRIA DE BISSAU

O Tribunal Militar solicitou a transferência dos reclusos do caso de 1 de fevereiro de 2022 que se encontram detidos nas celas da segunda esquadra da Polícia da Ordem Pública para o calabouço da Força aérea nacional na Base Aérea, no aeroporto, em Bissau.

A informação foi avançada à CFM por uma fonte que acompanha o processo, tendo citado uma carta com a data de 19 de setembro enviada à ministra do Interior, Adiatu Djaló Nandigna.

Mais de três dezenas de militares e civis estão presos há mais de um ano, sem uma acusação formal pelo tribunal civil da sua alegada participação no ataque armado contra a sede do Governo no dia 1 de fevereiro de 2022.

O confidente adiantou que o tribunal militar justificou o pedido por motivos de segurança e melhorares condições prisionais.

Por Notabanca, 20.09.2023

Rússia atacou instalações médicas após perder Kherson

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POR LUSA  20/09/23 

Uma investigação do Centro para a Resiliência da Informação (CIR) concluiu que a Rússia atacou deliberadamente infraestruturas médicas em Kherson, na Ucrânia, depois de perder o controlo da cidade em novembro.

Pelo menos sete instalações médicas em Kherson foram alvo de pelo menos 14 ataques executados por artilharia russa entre novembro de 2022 e maio deste ano, de acordo com um relatório do CIR a que a agência de notícias EFE teve acesso.

"O bombardeamento contínuo de hospitais, maternidades e centros de reabilitação pode colocar em risco a sustentabilidade e a operacionalidade do setor da saúde na cidade", sublinham os autores do estudo, alertando para o risco de a Rússia repetir este padrão de agressão contra outras localidades ucranianas.

Segundo os peritos desta organização não-governamental (ONG), dedicada a revelar violações dos direitos humanos e crimes de guerra através da análise de imagens de satélite e das redes sociais, a Rússia intensificou os ataques às infraestruturas civis em Kherson após a libertação da cidade a 11 de novembro.

Até então, sob o domínio russo, apenas tinha sido registado um incidente contra uma instalação médica.

No entanto, após a libertação de Kherson, as maternidades, os centros de cardiologia, os centros de reabilitação e os hospitais pediátricos foram atingidos por fogo de artilharia.

A maioria destas instalações foi atingida mais do que uma vez, o que constitui uma prova de assédio deliberado, de acordo com o relatório do CIR, que pode ser consultado aqui: https://www.info-res.org/post/kherson-after-occupation-mapping-russian-attacks-on-medical-infrastructure.

O primeiro destes bombardeamentos teve lugar apenas seis semanas após a expulsão das tropas russas. A maternidade do Hospital Clínico da Cidade de Kherson foi alvo de fogo de artilharia russa em 27 de dezembro de 2022, mas não foram registadas vítimas.

O mês com o maior número de ataques foi janeiro último, com cinco, enquanto em dezembro e fevereiro registaram-se três, dois em março e um em abril.

Entre maio e julho deste ano, registou-se uma diminuição do bombardeamento de instalações médicas, embora os trabalhadores médicos que retiravam civis após o colapso da barragem de Kakhovka tenham sido atacados em junho e, em agosto se tenham verificado danos no mesmo hospital clínico.

A ONG salienta que as ações de Moscovo fazem lembrar as táticas russas nas zonas de Idleb e Alepo, na Síria, controladas pelos rebeldes.


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INDONÉSIA: Condenada a prisão por fazer vídeo a comer bolachas de carne de porco

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POR LUSA   20/09/23 

Um tribunal indonésio condenou uma mulher e influenciadora digital a dois anos de prisão por ter usado uma oração islâmica num vídeo no TikTok e noutras redes sociais antes de comer carne de porco, proibida pelo Islão.

O tribunal da cidade de Palembang, de maioria muçulmana, na ilha de Samatra, considerou Lina Mukherjee, de 32 anos, culpada de "difundir informações suscetíveis de fomentar o ódio contra certos indivíduos e grupos religiosos", de acordo com o veredicto publicado na terça-feira.

O tribunal condenou-a também a pagar uma multa de 250 milhões de rupias indonésias (15.205 euros) ou, em caso de incumprimento, mais três meses de prisão.

A influenciadora, que acumula cerca de um milhão de seguidores nas contas do TikTok, Instagram e Youtube, foi detida em março, depois de um utilizador a ter denunciado à polícia por blasfémia e discurso de ódio, cuja pena máxima na Indonésia pode ir até cinco anos de prisão.

No vídeo, Lina, que se identifica como muçulmana, recita a invocação "bismillah" ("em nome de Alá") e depois começa a comer bolachas de carne de porco "por curiosidade", reconhecendo ao mesmo tempo que está a "violar os pilares dos seis princípios básicos" do Islão, segundo o vídeo.

O consumo de carne de porco é estritamente proibido pela fé islâmica e pode ser considerado blasfémia, assim como invocar o nome de Alá de forma leviana.

Lina declarou-se culpada em tribunal e pediu desculpas publicamente antes do início do julgamento.

Depois de conhecer o veredicto, Lina disse aos jornalistas locais na terça-feira que aceitava a sentença e afirmou que, no futuro, só produziria "conteúdo engraçado que não ofendesse as pessoas".



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Presidente do PAIGC, Domingos Simões Pereira falava a margem do comemoração do dia da fundação do partido e qualifica de importante a celebração de cinquentenário


 Radio Voz Do Povo


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À margem da 78.ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas que decorre em Nova Iorque, Estados Unidos da América, o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, recebe em audiência a Primeira-Ministra da Itália, Giorgia Meloni.

Na ocasião, foram abordadas as relações bilaterais entre os dois países e a situação de segurança na Região. 🇬🇼🇮🇹

 Presidência da República da Guiné-Bissau

Biden com líderes da Ásia central para reduzir influência chinesa e russa

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POR LUSA    20/09/23 

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reuniu-se na terça-feira com os líderes das cinco Repúblicas da Ásia central com o objetivo de diminuir a influência chinesa e russa na região.

O chefe de Estado norte-americano reuniu-se em Nova Iorque com os Presidentes do Cazaquistão, Turcomenistão, Uzbequistão, Quirguistão e Tajiquistão, depois de proferir o seu discurso na sessão de abertura da 78.ª sessão da Assembleia Geral da ONU.

No final da reunião, Biden afirmou que a relação entre os Estados Unidos e a Ásia central atravessa "um momento histórico" e deu como exemplo a "cooperação antiterrorista" e o financiamento norte-americano para a segurança na região.

Joe Biden também falou sobre uma nova plataforma para conectar empresas norte-americanas e da Ásia central e ainda citou o diálogo que estão a conduzir sobre minerais críticos para garantir a segurança energética daquela região asiática.

Numa clara referência à guerra na Ucrânia -- mas sem mencionar este país --, Biden sublinhou que tanto os Estados Unidos como os países da Ásia central estão "comprometidos com a soberania, independência e integridade territorial" dos Estados.

"Na minha opinião, estes princípios são mais importantes do que nunca", declarou o chefe de Estado norte-americano.

Os países da Ásia central não aderiram às sanções ocidentais contra a Rússia após a invasão da Ucrânia, mas defendem uma solução diplomática e não apoiam abertamente a anexação russa de quatro regiões ucranianas.

A Ásia central, uma região tradicionalmente considerada uma zona de influência russa, é uma das poucas regiões para onde o Presidente russo, Vladimir Putin, viajou desde o início da guerra.

Washington está ciente de que neste momento não pode virar as costas à Ásia central, uma vez que não só faz parte da área de influência da Rússia, mas também é uma região onde a China está a expandir o seu papel.

Três dos países (Cazaquistão, Quirguistão e Tajiquistão) têm fronteira com a China, que tem mantido uma posição ambígua na guerra na Ucrânia e solicitou o respeito pela "integridade territorial de todos os países", bem como pediu para ter em conta as "preocupações legítimas" da Rússia.

Num comunicado, a Casa Branca informou que Biden prometeu aos cinco líderes aumentar o investimento para desenvolver a rota comercial do Corredor Internacional Transcaspiano, que liga a Ásia central e a Europa, e que contorna o território da Rússia.



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EUA exigem que Azerbaijão cesse ações militares em Nagorno-Karabakh

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POR LUSA   20/09/23 

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, exigiu na terça-feira que o Azerbaijão termine com as ações militares na região de Nagorno-Karabakh, acusando o governo azeri de colocar em risco a paz com a Arménia.

"Os Estados Unidos estão profundamente preocupados com as ações militares do Azerbaijão em Nagorno-Karabakh e instam o país a cessar imediatamente tais ações", frisou Blinken, citado pelo Departamento de Estado norte-americano.

O governante manteve esta terça-feira uma conversa telefónica com o primeiro-ministro arménio, Nikol Pachinian, a quem expressou total apoio pela "soberania, independência e integridade territorial da Arménia".

Blinken também falou com o Presidente do Azerbaijão Ilham Aliyev, instando as forças azeri a "cessar imediatamente as ações militares" e "a acalmar a situação".

O Exército do Azerbaijão afirmou ter tomado mais de 60 posições arménias na ofensiva desta terça-feira em Nagorno-Karabakh, região disputada com a Arménia há décadas, enquanto se multiplicam apelos internacionais ao fim dos confrontos armados.

Os separatistas de Nagorno-Karabakh declararam que os combates deixaram pelo menos 27 mortos, incluindo dois civis, e mais de 200 feridos nesta região, onde os cerca de 7.000 residentes de 16 localidades foram retirados.

Pelo seu lado, o Azerbaijão informou que dois civis morreram em áreas sob o seu controlo.

O chefe da diplomacia norte-americana realçou que esta operação pode estar a "piorar a já crítica situação humanitária" na região e a "desperdiçar as possibilidades de paz".

"Como já avisamos o Azerbaijão, o uso da força para resolver disputas é inaceitável e vai contra as tentativas de criar as condições para uma paz justa", sublinhou.

O secretário de Estado norte-americano apontou também a disponibilidade do Presidente azeri para "suspender as ações militares e para que os representantes do Azerbaijão e da população de Nagorno-Karabakh se reunissem".

Em junho, Blinken mediou conversações de paz entre o Azerbaijão e a Arménia que tiveram lugar em Washington sem quaisquer acordos concretos.

As tensões entre a Arménia e o Azerbaijão escalaram esta terça-feira, à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas, com a França a pedir uma reunião de emergência do Conselho de Segurança para tomar nota de uma ofensiva "ilegal e injustificável" liderada por Baku.

A reunião de emergência do Conselho de Segurança de Nagorno-Karabakh poderá realizar-se "nos próximos dias", referiram à agência France-Presse (AFP) duas fontes diplomáticas, que apontaram para a possibilidade de decorrer na quinta-feira.

Paris espera obter uma condenação tão unânime quanto possível.



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