segunda-feira, 10 de julho de 2023

ÁFRICA DO SUL: Queda de neve surpreende moradores em Joanesburgo

© Reuters

POR LUSA   10/07/23 

O Serviço Meteorológico da África do Sul (SAWS, na sigla em inglês) considerou como fenómeno climático raro no país a queda de neve que surpreendeu hoje de manhã os moradores de Joanesburgo.

A queda de neve que caiu desde as primeiras horas do dia em subúrbios como Sandton, Soweto, Roodepoort, e Heidelberg foi de imediato apelidada de "maravilha de Inverno" e registada através de imagens e vídeos nas redes sociais pelos moradores que enfrentam falta de eletricidade e temperaturas baixas na capital económica sul-africana.

"O Serviço Meteorológico da África do Sul não antecipou o desenvolvimento de qualquer precipitação na província de Gauteng", afirmou à imprensa local Puseleto Mofokeng, do SAWS.

Segundo os meteorologistas, a queda de neve era antecipada nas províncias de Mpumalanga, região oriental, e de KwaZulu-Natal, sudeste do país, sendo que a neve mais intensa ainda deve ocorrer nas áreas do norte do Cabo Oriental, extremo sul do país.

"A neve corre em condições muito frias que devem durar até ao final da semana", adiantou, por seu lado, a metereologista Lehlohonolo Thobela.

A cidade de Joanesburgo, localizada a mais de 1.700 metros de altitude, tem registado quedas de neves esporádicas desde os fortes nevões em 1996, tendo a anterior ocorrido em 2012.




O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, admitiu hoje que Ancara pode vir a aprovar a adesão da Suécia à NATO se os países europeus "abrirem caminho" à Turquia a entrar na União Europeia.

© Lusa

 POR LUSA   10/07/23 

 Ancara condiciona adesão da Suécia à NATO a entrada da Turquia na UE

O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, admitiu hoje que Ancara pode vir a aprovar a adesão da Suécia à NATO se os países europeus "abrirem caminho" à Turquia a entrar na União Europeia. 

"A Turquia está à espera à porta da União Europeia há mais de 50 anos e quase todos os países membros da NATO são agora membros da União Europeia. Estou a fazer este apelo a esses países que deixaram a Turquia à espera, às portas da União Europeia, durante mais de 50 anos", disse Erdogan.

"Abram o caminho para a adesão da Turquia à União Europeia. Quando abrirem o caminho para a Turquia, nós abriremos o caminho para a Suécia, tal como fizemos com a Finlândia", acrescentou.

A Turquia é um país candidato à adesão à UE, mas esta candidatura tem estado bloqueada devido ao que Bruxelas considera o retrocesso democrático de Ancara e aos litígios com o Chipre, membro do bloco europeu.

Hoje, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Governo de Estocolmo manifestou otimismo quanto à possibilidade de a Turquia abandonar objeções à adesão da Suécia à NATO, considerando a adesão uma questão de tempo. 

Erdogan e o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, devem encontrar-se hoje em Vilnius, antes da cimeira da NATO que começa na terça-feira.

O ministro dos Negócios Estrangeiros sueco, Tobias Billström, disse à emissora pública SVT que espera que a Turquia acabe por dar um sinal sobre a adesão da Suécia à NATO. 

A Turquia bloqueou a adesão da Suécia à NATO, afirmando que o país precisa de "fazer mais" para reprimir os militantes curdos e outros grupos que Ancara considera como ameaças à segurança nacional turca.

Os recentes protestos contra a Turquia e contra o Islão em Estocolmo levantaram dúvidas quanto à possibilidade de se alcançar um acordo antes da cimeira da NATO.

Billström disse ainda que espera que a Hungria, que também não ratificou a adesão da Suécia à NATO, venha a concretizar a entrada de Estocolmo antes de uma eventual decisão de Ancara.

A Suécia e a Finlândia solicitaram a adesão à NATO no ano passado, após a última invasão da Ucrânia pela Rússia.

A Finlândia aderiu à Aliança Atlântica no passado mês de abril.


Leia Também: A Rússia considerará a adesão da Ucrânia à NATO como um perigo e reagirá de forma "suficientemente clara e firme", avisou hoje o Kremlin na véspera da cimeira de terça e quarta-feira da Aliança Atlântica, em Vílnius.

Kyiv reclama reconquista de 14 quilómetros quadrados no sul e leste

© Ercin Erturk/Anadolu Agency via Getty Images

POR LUSA  10/07/23 

O Exército ucraniano reclamou hoje ter reconquistado 14 quilómetros quadrados de território às forças da Rússia na sequência da contraofensiva, afirmou hoje o porta-voz militar Andri Kovaliov.

"Mais de dez quilómetros quadrados de terras ucranianas foram libertadas no sul da Ucrânia, na semana passada", disse Kovaliov à televisão de Kiev acrescentando que quatro quilómetros quadrados foram "libertados no setor de Bakhmut", no leste do país. 

Estes valores, segundo o mesmo responsável, elevam para 193 quilómetros quadrados a área total reconquistada pela Ucrânia desde o lançamento da contraofensiva no início de junho.

"As tropas ucranianas entrincheiraram-se nas linhas que tinham alcançado, infligindo danos de artilharia a alvos inimigos identificados. O inimigo (forças russas) resiste, transfere unidades e utiliza reservas. Decorrem combates intensos", afirmou ainda Kovaliov referindo-se diretamente a Bakhmut.  

Segundo o Presidente Volodymyr Zelensky, a contraofensiva ucraniana está a progredir lentamente contra as forças russas, "que estão entrincheiradas atrás de poderosas linhas defensivas".

Na sexta-feira passada, Kiev recebeu dos Estados Unidos bombas de fragmentação, proibidas em muitos países.

A Ucrânia pede ainda mais artilharia e a entrega de aviões de combate F-16.

Este último balanço da contraofensiva, elaborado por Kiev, surge no momento em que Volodymyr Zelensky é esperado em Vilnius, na Lituânia, para a Cimeira da NATO que vai abordar a questão do pedido de adesão da Ucrânia à Aliança Atlântica.


Leia Também: O Kremlin anunciou hoje que o chefe de Estado russo, Vladimir Putin, encontrou-se na Presidência, em Moscovo, com Yevgeny Prigozhin, líder do grupo paramilitar Wagner, a 29 de junho, alguns dias após o fracasso de uma rebelião.

Mais de 8% da população da UE incapaz de pagar uma refeição adequada a cada dois dias

Nutrição (Getty Images)

Por cnnportugal.iol.pt,  10/07/23

Maior taxa de pessoas em risco de pobreza incapazes de pagar, a cada dois dias, uma refeição com carne, peixe ou equivalente vegetariano, foi registada na Bulgária, seguida pela Roménia e Eslováquia

Cerca de 8,3% da população da União Europeia (UE) não tinha, em 2022, como pagar uma refeição com carne, peixe ou um equivalente vegetariano de dois em dois dias, divulga esta segunda-feira o Eurostat.

Face a 2021 (7,3%), a taxa aumentou um ponto percentual.

Considerando apenas a parte de população em risco de pobreza na UE que também não conseguiu, no ano passado, pagar uma refeição adequada de dois em dois dias, a percentagem atinge os 19,7%, face aos 17,5% de 2021.

De acordo com os dados publicados pelo serviço estatístico europeu, a maior taxa de pessoas em risco de pobreza incapazes de pagar, a cada dois dias, uma refeição com carne, peixe ou equivalente vegetariano, foi registada na Bulgária (44,6%), seguida pela Roménia (43,0%) e a Eslováquia (40,5%).

No outro extremo da tabela estão a Irlanda (5,0%), o Luxemburgo (5,1%) e Chipre (5,6%).

Em Portugal, a taxa de pessoas em risco de pobreza incapazes de pagar uma refeição adequada foi, em 2022, de 7,2%, recuando para os 3,0% no rácio para o total da população do país.

NATO. Suecos otimistas quanto à retirada das objeções turcas para adesão

© Getty

POR LUSA   10/07/23 

O ministro dos Negócios Estrangeiros sueco, Tobias Billström, mostrou-se hoje otimista quanto à possibilidade de a Turquia desistir das objeções à adesão da Suécia à NATO, defendendo que a adesão é uma questão de "quando" e não de "se".

O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, e o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, deverão reunir-se ainda hoje na capital lituana, Vílnius, antes do início da cimeira de dois dias da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO). 

Billström disse à emissora pública SVT que espera que a Turquia acabe por dar sinais de que vai permitir que a Suécia adira à Aliança Atlântica, embora tenha afirmado não saber se tal acontecerá durante a cimeira anual da organização.

"Estamos a contar chegar a um ponto em que recebamos uma mensagem do Presidente Erdogan, a que se pode chamar 'luz verde', para que o processo de ratificação no Parlamento turco possa começar", afirmou Billström.

A Turquia tem bloqueado a adesão da Suécia à NATO, afirmando que o país tem de fazer mais para combater os militantes curdos e outros grupos que Ancara considera como ameaças à sua segurança nacional. 

Os protestos anti-turcos e anti-islâmicos em Estocolmo levantaram dúvidas quanto à possibilidade de se chegar a um acordo antes da cimeira da aliança.

Billström disse que a Suécia cumpriu a sua parte do acordo tripartido que assinou com a Turquia e Finlândia na cimeira da NATO realizada em 2022 em Madrid.

"Devemos considerar a questão como resolvida, no sentido em que não se trata de uma questão de 'se'. No âmbito da cimeira da NATO em Madrid, no ano passado, a Turquia já concedeu à Suécia o estatuto de país convidado da NATO. É, portanto, uma questão de 'quando'", afirmou.

Billström disse esperar que a Hungria, que também não ratificou a adesão da Suécia, o faça antes da Turquia.

A Suécia e a Finlândia, anteriormente não-alinhadas, candidataram-se à adesão à NATO em 2022, após a invasão da Ucrânia pela Rússia, iniciada a 24 de fevereiro desse ano.

A adesão da Finlândia concretizou-se em abril deste ano.


Rússia afirma ter repelido ataque contra ponte na Crimeia e aeródromo

© REUTERS/Stringer TPX

POR LUSA   10/07/23 

A Rússia afirmou no domingo ter repelido um ataque ucraniano a uma ponte na Crimeia e a um aeródromo militar na região de Rostov, no sul da Rússia, com mísseis 'S-200'.

Segundo o relatório do chefe do Estado-Maior das Forças Aeroespaciais da Rússia, coronel-general Victor Afzalov, os dois mísseis foram abatidos pela defesa antiaérea, escreveu o Ministério da Defesa no respetivo canal na rede social Telegram.

Dois outros mísseis 'S-200' foram desviados dos seus alvos por contramedidas eletrónicas e caíram em terra sem danos ou destruição, acrescenta-se no relatório.

Os 'S-200', de fabrico soviético, são mísseis antiaéreos com um alcance de até 300 quilómetros que podem ser adequados para atacar alvos terrestres.

O chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas Russas, general Valeri Gerasimov, ordenou que se ataquem os locais onde o exército ucraniano tem instaladas bases para lançamento de mísseis 'S-200' e similares e que se tomem medidas adicionais de defesa contra ataques aéreos.

A Defesa divulgou um vídeo da reunião 'online' em que Gerasimov emitiu as ordens, na que constitui a primeira vez em que o general russo aparece publicamente desde a rebelião abortada dos mercenários do Grupo Wagner, a 23 e 24 de junho.


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China. Pelo menos seis mortos e um ferido em ataque a jardim-de-infância

© Reuters

POR LUSA   10/07/23 

Um ataque num jardim-de-infância na cidade de Lianjiang, no sul da China, fez seis mortos e um ferido, informou hoje o governo local.

Entre as sete vítimas estão "um professor, dois pais e três alunos", segundo um comunicado divulgado pelas autoridades locais.

O suspeito foi detido, lê-se na mesma nota, que não deu detalhes sobre a idade ou a identidade das vítimas, nem o tipo de arma utilizada.

O ataque ocorreu às 07:40 (00:40 de domingo, em Lisboa), na cidade de Lianjiang, localizada na província de Guangdong, que faz fronteira com Macau e Hong Kong, de acordo com a imprensa estatal.

Ataques mortais direcionados especificamente a escolas ocorreram em todo o país no passado, levando as autoridades a aumentar a segurança nas escolas.

Autores de ataques semelhantes têm sido descritos como pessoas com distúrbios mentais ou como revoltadas contra a sociedade.

A lei chinesa restringe a venda e a posse de armas de fogo, motivo pelo qual é comum existirem ataques com recurso a facas, explosivos caseiros ou atropelamentos intencionais.


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Novo líder da CEDEAO rejeita mais golpes de estado na África Ocidental

© Lusa

POR LUSA  09/07/23 

O Presidente da Nigéria, Bola Ahmed Tinubu, que assumiu hoje a presidência rotativa da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), afirmou no seu primeiro discurso que não serão tolerados mais golpes de Estado na região.

"Devemos mantermo-nos firmes na democracia. Não há governação, liberdade e Estado de direito sem democracia. Não aceitaremos golpe após golpe novamente na África Ocidental", afirmou o chefe de Estado da Nigéria na cerimónia de encerramento da cimeira de chefes de Estado e de Governo da organização, na qual a Guiné-Bissau cessou a sua presidência.

Salientou que os líderes dos países representados na CEDEAO não equiparam as forças armadas para depois "violarem a liberdade do povo".

"Não demos recursos aos nossos soldados, não investimos neles, nas suas botas, na sua formação, para violarem a liberdade do povo. Virar as suas armas contra as autoridades civis é uma violação dos princípios pelos quais foram contratados, que é defender a soberania das suas nações", sublinhou o também recentemente empossado Presidente da Nigéria.

O Burquina Faso, o Mali e a Guiné-Conacri foram suspensos pela CEDEAO após sucessivos golpes militares em 2020, 2021 e 2022. O retorno à ordem constitucional é teoricamente esperado em 2024 no Mali e no Burquina Faso e em 2025 na Guiné-Conacri.

O chefe de Estado da Nigéria pediu igualmente ações concertadas e urgentes não só contra os golpes de Estado, mas também contra o terrorismo, que considerou ser uma ameaça à paz na sub-região.

No âmbito do combate ao terrorismo, a CEDEAO desenvolveu um Plano de Ação Regional de Combate ao Terrorismo e criou uma força de alerta para esse fim.

"Vou garantir que harmonizamos imediatamente aqueles planos e mobilizamos recursos, bem como a vontade política para a concretização das iniciativas. Como os terroristas não respeitam fronteiras, devemos trabalhar coletivamente para ter uma medida eficaz de contraterrorismo regional", afirmou.

A CEDEAO é composta por 15 países: além dos lusófonos Guiné-Bissau e Cabo Verde, pertencem Benim, Burquina Faso, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné-Conacri, Libéria, Mali, Níger, Nigéria, Serra Leoa, Senegal e Togo.

A Guiné-Bissau assumiu a presidência rotativa da organização de julho de 2022 até hoje.


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domingo, 9 de julho de 2023

GENERAL UMARO SISSOCO EMBALÓ Comandante supremo das forças Armadas, ina divirti diante de homólogos presidentes ku ista nes momento na capital GUINEENSE.

Por Gaitu Baldé

Bombas de fragmentação “têm sido a distração”: submunições adormecidas “comparadas com a quantidade de minas russas são insignificantes”

O ex-secretário-geral adjunto da ONU esteve, este domingo, em direto na CNN Portugal. Em análise, esteve a decisão dos Estados Unidos de enviar bombas de fragmentação para a Ucrânia.

Secretário-geral da ONU avisa que o Sudão está à beira de guerra civil total

Por sapo.pt   9 jul 2023

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, avisou hoje que o Sudão está à beira "de uma guerra civil total" à medida que os confrontos entre generais rivais continuam na capital, Cartum, segundo a Associated Press (AP).

Secretário-geral da ONU avisa que o Sudão está à beira de guerra civil total

De acordo com Farhan Haq, vice-porta-voz do secretário-geral da ONU citado pela AP, António Guterres afirmou que a guerra entre o exército sudanês e uma força paramilitar poderosa poderá destabilizar toda a região.

Nas suas declarações, António Guterres também condenou um ataque aéreo, no sábado, que as autoridades dizem ter matado pelo menos 22 pessoas em Omdurman, uma cidade no rio Nilo perto de Cartum.

O secretário-geral da ONU também lamentou a violência em larga escala, e as baixas na região ocidental de Darfur, que observou alguns dos piores combates no conflito atual, segundo o vice-porta-voz da ONU.

"Há um total desrespeito pelas leis humanitárias e de direitos humanos que é perigoso e perturbador", disse António Guterres.

Responsáveis da ONU já adiantaram também que a violência na região atingiu recentemente uma dimensão étnica, com as forças paramilitares (Forças de Apoio Rápido) e milícias árabes a atingirem tribos não árabes na região do Darfur, uma região extensa composta por cinco províncias.

Em junho, o governador do Darfur, Mini Arko Minawi, disse que a região estava a voltar ao genocídio do passado, referindo-se ao conflito que atingiu a região no início dos anos 2000, com aldeias e vilas inteiras arrasadas, forçando milhares de pessoas a fugir para o Chade.

O Egito afirmou hoje que irá albergar uma reunião na quinta-feira com os vizinhos do Sudão, visando estabelecer "mecanismos efetivos" para atingir a paz, segundo um porta-voz da presidência egípcia.

O Sudão mergulhou no caos após meses de tensão entre o general Abdel-Fattah Burhan, do Exército, e o seu rival, general Mohammed Hamdan Dagalo, comandante das Forças de Apoio Rápido paramilitares, que acabou em combates em meados de abril.

O ministro da Saúde, Haitham Mohammed Ibrahim, disse em junho que os confrontos mataram mais de três mil pessoas e feriram mais de seis mil, mas o número total de mortos deverá ser muito maior.

Mais de 2,9 milhões de pessoas fugiram de suas casas para zonas mais seguras dentro do Sudão, ou atravessaram a fronteira para países vizinhos, segundo números da ONU.

Os confrontos começaram 18 meses depois dos dois generais liderarem um golpe militar em outubro de 2021 que derrubou um Governo civil de transição apoiado pelo ocidente, arruinando as esperanças de uma mudança pacífica para a democracia, depois de deposto o ditador Omar al-Bashir, em abril de 2019.

JE // APN

Lusa/Fim

Kyiv reclama avanços em Bakhmut mas situação no sul permanece difícil

© Lusa

POR LUSA   09/07/23 

Responsáveis miliares ucranianos reclamaram hoje avanços na frente de Bakhmut, na região de Donetsk (leste), onde o exército russo está retido em alguns pontos, mas admitiram que a situação continua difícil no sul.

"Na frente de Bakhmut, estamos a ter sucesso, as forças de defesa estão a avançar e o inimigo está preso em alguns lugares", escreveu o comandante das Forças Terrestres Ucranianas, Oleksandr Sirski, no Telegram.

Sirski acompanhou as suas palavras com um vídeo mostrando o "excelente trabalho" do grupo Privid (Fantasma) da Brigada Presidencial Separada Hetman Bogdan Khmelnitski.

"Um francoatirador com o pseudónimo "Alfa" está em ação. Ele matou o inimigo com um tiro de 1.200 metros de distância", escreveu, acrescentando que enquanto o atirador trabalhava, o grupo estava a ser perseguido por um 'drone' russo, que também foi abatido.

Bakhmut foi tomada há cerca de um mês pelos mercenários do Grupo Wagner, na mais longa e sangrenta batalha desde o início da invasão da Ucrânia, à custa de elevadas baixas dos dois lados, antes de a empresa privada liderada por Yevgeny Prigozhin abandonar o local e ceder as suas posições ao exército regular russo e de empreender uma rebelião falhada contra as lideranças militares de Moscovo.

As forças ucranianas não desistiram porém de Bakhmut, e, após a sua queda, tentam reconquistá-la em curtos avanços pelo norte e sul da cidade, tornada num símbolo para Kiev e Moscovo, numa luta, que, além de meios aéreos e de artilharia, envolve uma guerra de trincheiras, e que remonta a agosto do ano passado.

A porta-voz do Comando Sul das Forças Armadas Ucranianas, Natalia Gumeniuk, sublinhou durante um noticiário nacional que "a situação continua bastante difícil", dado que "o inimigo, procurando sem sucesso a direção para um impacto máximo [dos seus ataques}, tenta bombardear todas as áreas povoadas ao longo da linha de frente".

O exército russo continua a usar bombas aéreas teleguiadas, inclusive na frente de Berislav, na região sul de Kherson, acrescentou, citado pela agência Ukrinform.

Ao mesmo tempo, "a intensidades dos bombardeamentos diminuiu ligeiramente", possivelmente em resultado da destruição de depósitos de munições russos por forças ucranianas na semana passada, referiu.

"Devido à destruição de cinco desses depósitos de munição ao longo da margem esquerda, o número de ataques caiu para 70 no último dia, a partir de mais de 90 anteriormente", afirmou em relação à evolução do curso dos combates, cujas informações, de parte a parte, não podem ser confirmadas no imediato por fontes

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).


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Termina em Bissau a cimeira da CEDEAO que marca o fim da Presidência Rotativa da Guiné-Bissau.


❗️🇬🇼 Cimeira da CEDEAO.:  Depois de discurso do encerramento do então Presidente em exercício da CEDEAO SE. Bola A. Tinubu Presidente da República federativa do Nigéria.

Várias delegações voltaram para os seus respectivos países.👇

❗️🇬🇼 Após o encerramento da Cimeira o Presidente da República Serra Leoa entre outros Presidentes almoçaram-se com Presidente da República da Guiné-Bissau. 

Depois do jantar o chefe do Estado da Serra Leóa  entre outros deslocarem-se ao Aeroporto Internacional Osvaldo Viera com destino aos seus respectivos Países.👇


©Radio Voz Do Povo   Presidente Nigéria é o sucesor de Sissoco Embalo na liderança de maior organização sub-regional_CEDEAO.

 Radio Voz Do Povo 


1_Guine-Bissau _ General Umaro S. Embalo 

2_Senegal _Macky Sall 

3_Benin _ Patrice Talon

4_Liberia _ Jorge weah

5_Costa de Marfim _ A. Ouattara, Rep. Vice-P

6_Ghana _ Nana Akufo-Addo

7_Togo _ Faure Essozimna Gnassingbé

8_Serra-Leoa_ Julius Maada Bio

9_Gambia _ Adama Barrow 

10_Cabo-Verde_ Presidente José M. P. Neves

11_Niger_ Mohamed Bazoum

12_Nigéria_ Bola Tinubu

UMARO SISSOCO EMBALÓ: Regresso à normalidade constitucional é "necessidade imperativa"

POR LUSA   09/07/23 

O presidente da Guiné-Bissau e em exercício da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Umaro Sissoco Embaló, defendeu hoje que o regresso à normalidade constitucional no Mali, Burquina Faso e Guiné-Conacri é uma "necessidade imperativa".

"O retorno à normalidade constitucional nestes três países irmãos é uma necessidade imperativa, para a estabilidade política e a promoção do Estado de Direito democrático e do bem-estar dos povos da nossa comunidade sub-regional", afirmou Umaro Sissoco Embaló.

O chefe de Estado guineense, que falava na sessão de abertura da cimeira de chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, que decorre hoje em Bissau, considerou que os golpes de Estado registados naqueles países representaram uma "regressão dos valores do Estado de Direito democrático" adotados pela organização.

O Burquina Faso, o Mali e a Guiné-Conacri foram suspensos pela CEDEAO após sucessivos golpes militares em 2020, 2021 e 2022.

Em fevereiro, a Comunidade Económica decidiu manter as sanções existentes contra os três países e impor proibições de viagem a membros do Governo e outros funcionários.

O retorno à ordem constitucional é teoricamente esperado em 2024 no Mali e no Burkina Faso, e em 2025 na Guiné-Conacri.

Destacando a crescente ameaça do terrorismo, do extremismo violento e de atos anticonstitucionais, Umaro Sissoco Embaló defendeu também a importância e a urgência de serem mobilizados meios financeiros para operacionalizar o "Plano de Ação de Luta contra o Terrorismo" e "criar condições para a operacionalização da Força de Intervenção da CEDEAO no combate ao terrorismo e às mudanças anticonstitucionais de Governo".

Após a sessão de abertura, aberta à imprensa, os 15 chefes de Estado da CEDEAO vão reunir-se à porta fechada, durante o período da tarde, para analisar vários relatórios, incluindo sobre o Mali, Burquina-Faso e Guiné-Conacri.

Os chefes de Estado da CEDEAO vão igualmente eleger o próximo presidente da conferência dos chefes de Estado e de Governo da organização e a data e local da próxima cimeira.

A Guiné-Bissau assumiu a presidência em exercício da organização em 2022 e deverá terminar hoje o seu mandato.

A CEDEAO é composta por 15 países, incluindo, além dos lusófonos Guiné-Bissau e Cabo Verde, Benim, Burkina Faso, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné-Conacri, Libéria, Mali, Níger, Nigéria, Serra Leoa, Senegal e Togo.


GUINÉ-BISSAU ACOLHE PELA PRIMEIRA VEZ A CIMEIRA DA UEMOA


 Presidência da República da Guiné-Bissau

A CONFERÊNCIA DOS CHEFES DE ESTADO E DE GOVERNO DA CEDEAO REALIZA A SUA SEXAGÉSIMA TERCEIRA SESSÃO ORDINÁRIA EM BISSAU

A sexagésima terceira sessão ordinária da conferência dos Chefes de Estado e de Governo da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) está a decorrer, hoje, 9 de julho de 2023, pela primeira vez, em Bissau, Guiné-Bissau.

Durante a sessão, serão analisados os relatórios da 9ª Sessão Ordinária do Conselho de Ministros da CEDEAO, realizada de 6 a 7 de julho de 2023, em Bissau, entre outros temas que afectam a região.

 Presidência da República da Guiné-Bissau

PRESIDENTE DA REPÚBLICA RECEBE O PRÉMIO AFRICANO DA PAZ

O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló recebeu à margem cimeira da CEDEAO, que se realiza hoje, 9 de julho, em Bissau, o “Prémio Africano da Paz” atribuído pelo Grupo África Emergência Comunicação (GAEC), em reconhecimento do empenho e dedicação do chefe de Estado em prol da paz em África e no mundo.

 Presidência da República da Guiné-Bissau

Pelo menos 24 mortos por homens armados em aldeias no centro da Nigéria

© Getty Images

POR LUSA   09/07/23 

Pelo menos 24 pessoas morreram no sábado num ataque perpetrado por homens armados contra duas aldeias do estado de Benue, no centro da Nigéria, afirmou hoje uma organização da sociedade civil.

Ongu Anngu, presidente do Benue Youth Congress, disse hoje à agência EFE que um grande número de homens armados invadiu as aldeias de Zaki Apouma e Diom, pertencentes à área do governo local, na manhã de sábado.

"Eram cerca de 30, entraram nas duas comunidades a disparar e mataram 24 dos nossos. Recuperámos os corpos de algumas das vítimas e estamos a tentar recuperar mais corpos", disse à EFE, por telefone.

Anngu explicou que os agressores também incendiaram várias casas e destruíram plantações.

"Ultimamente, o estado tornou-se um campo de extermínio e muitas pessoas inocentes morreram prematuramente nas mãos desses agressores", acrescentou.

Catherine Anene, porta-voz da Polícia Estadual de Benue, também confirmou o incidente causado por "um bando de milicianos" na noite de sábado, mas disse que apenas oito corpos foram recuperados após o ataque e que "muitas outras pessoas feridas foram transferidas para o hospital".

"Depois de receber esta informação, as equipas policiais, em colaboração com outros órgãos de segurança, confrontaram estes bandidos, que foram finalmente repelidos", disse à imprensa, assegurando que "a operação continua".

Alguns estados nigerianos - especialmente no centro e noroeste do país - sofrem ataques incessantes de "bandidos", termo usado no país para nomear quadrilhas criminosas que cometem roubos e sequestros em massa para grandes resgates.

O estado de Benue, um dos principais produtores de alimentos da Nigéria, tem registado nos últimos anos violência entre agricultores locais, predominantemente cristãos, e pastores Fulani, muçulmanos, devido à escassez de terras e recursos.

A esta insegurança junta-se a causada desde 2009 pela atividade do grupo jihadista Boko Haram no nordeste do país e, a partir de 2016, também pelo Estado Islâmico.