Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló
terça-feira, 7 de setembro de 2021
No âmbito da Visita de Trabalho ao Reino da Bélgica, Sua Excelência Presidente da República foi recebido por Sua Majestade Rei Filipe para cumprimentos de cortesia. Nesta mesma visita, será também recebido nas Instituições Europeias.
SÃO TOMÉ — "Não queremos um país do ódio, de perseguição", diz Presidente eleito de São Tomé e Príncipe
Carlos Vila Nova, Presidente eleito de São Tomé e Príncipe
Por VOA setembro 06, 2021
Carlos Vila Nova desafiou os sao-tomenses a "trabalhar juntos"
O Presidente eleito de São Tomé e Príncipe agradeceu aos que votaram nele e prometeu trabalhar com todos e juntos, assegurando que será o mesmo para “os adversários e amigos de caminhada”.
"Vamos trabalhar juntos. Não queremos um país de ódio, da perseguição, onde quem luta pela sobrevivência leva com a palmatória", disse Carlos Vila Nova nesta segunda-feira, 3, ante uma multidão de apoiantes que celebraram a vitória dele na eleição de domingo,
O Presidente a partir do dia 29, quando tomar posse, criticou o Governo por “andar a brincar”, e destacou que “é o povo quem escolhe os seus dirigentes é o povo, não é no gabinete que se escolhe”, disse Vla Nova, sublinhando que“quando o povo quer, o povo põe. Quando não quer, o povo tira".
Neste sentido, Carlos Vila Nova retierou que vai “respeitar o povo sempre" por ser o único que lhe dá ordens.
“As únicas pessoas que me poderão dar ordens enquanto Presidente será o povo", disse para delírio dos centenas de manifestantes presentes na Praça da Independência.
Na segunda volta das eleições, realizada no domingo, Carlos Vila Nova, apoiado pela ADI, na oposição, obteve contra 57,54 por cento dos votos, enquando o candidato apoiado pelo MLSTP/PSD e pela coligação governamental, Guilherme Posser da Costa conseguiuapenas 42,46% dos votos.
TÉCNICOS DO CENTRO DE TRATAMENTO DE COVID-19 ANUNCIAM BOICOTE ÀS ATIVIDADES
O Coletivo dos Técnicos afetos ao Centro de Tratamento da Covid-19 do Hospital Nacional Simão Mendes anunciou para o próximo dia 8 de setembro o boicote a todas as suas atividades.
Em nota, o coletivo deu 24h ao Alto Comissariado para a Covid-19 (AC) para devolver o dinheiro subtraído do pagamento de 3 meses (Abril-Junho), a atualização dos subsídios de motivação em atraso aos os técnicos afetos ao Centro segundo a grelha aprovada pelo AC, e a afetação de um psicólogo ao centro, tendo em conta o aumento do número de casos de infeções e o aumento da carga de trabalho, o aumento de número de óbitos de pessoas jovens, familiares próximos dos técnicos.
“Essa situação acaba por gerar situações traumáticas nos técnicos e familiares, afetando negativamente a nossa saúde mental, assim como a nossa produtividade”.
O coletivo dos técnicos denunciou também a falta de geladeiras e placas para conservação das amostras, obrigando o pessoal do laboratório a deslocar-se todos os dias a UDIB para trocar as placas. Exigiu o aumento de monómetros para os cilindros de oxigénio, diminuindo a interrupção desnecessária de fornecimento do preciso gás a doentes com necessidade de fornecimento contínuo e diminuição da carga de trabalho à equipa clínica, nomeadamente médicos e enfermeiros.
Denunciou também a fuga de doentes, através das janelas do centro, por o centro não ter condições.
“As tomadas elétricas estão danificadas e representam riscos acrescidos de causar danos aos equipamentos biomédicos em uso no centro” denunciou o coletivo.
Por: Tiago Seide
Foto: Arquivo de AC sobre vacina
Forças Armadas guineenses em prevenção "por tempo indeterminado" após golpe em Conacri
As Forças Armadas guineenses estão em restado de prevenção "por tempo indeterminado", o que significa que "todos os militares, de oficiais generais aos soldados, têm de estar 24 horas nos quartéis."
As Forças Armadas guineenses estão a partir desta segunda-feira em estado de prevenção “por tempo indeterminado” em todas as unidades militares do país, por ordens do Chefe do Estado-Maior General, Biague Na Ntan, disseram à Lusa fontes do exército.
O estado de prevenção “por tempo indeterminado”, decretado após o golpe de Estado na Guiné-Conacri, pressupõe que todos os militares, de oficiais generais aos soldados, permaneçam 24 horas nos quartéis, apenas podendo sair para missões de patrulhamento ou reuniões, com ordens superiores.
Nenhum militar está autorizado a dormir na sua residência durante o período de estado prevenção.
As mesmas fontes militares indicaram ainda que as ordens são no sentido do reforço do patrulhamento às fronteiras, sobretudo com a Guiné-Conacri, e as ruas das cidades onde existam aquartelamentos do exército guineense.
A ordem de estado de prevenção também engloba a Guarda Nacional e as diferenças corporações das policias guineenses, precisaram as fontes militares.
Desde sábado de manhã que os postos de fronteira da Guiné-Bissau com a Guiné-Conacri contam com reforço de segurança por parte de soldados guineenses dos quartéis de Gabu (leste) e Buba e Quebo (sul).
A medida surge na sequência do golpe militar ocorrido no sábado na vizinha Guiné-Conacri, onde soldados capturaram o Presidente Alpha Condé, de 83 anos, dissolveram os órgãos civis eleitos, suspenderam a Constituição e ainda encerraram as fronteiras terrestre e aérea do país.
Governo da Guiné Bissau acompanha acontecimentos na vizinha república da Guineé-Conakry.
Líder da oposição da Guiné-Conacri manifesta apoio aos golpistas
GUINÉ-BISSAU: QUATRO MILITARES ESTÃO DETIDOS POR ALEGADA TENTATIVA DE GOLPE DE ESTADO.
Por Rádio Jovem Bissau
Quatro militares guineenses estão detidos nas instalações do Estado Maior General das Forças Armadas por alegada tentativa de golpe do estado.
A informação foi avançada esta segunda-feira pelo advogado de defesa dos referidos militares, Marcelino Intupé numa conferência de imprensa em Bissau.
" Todos foram chamados ao Estado-maior onde foram ditos que estão a armar um golpe de estado e consequentemente detidos por serviço de inteligência militar " . Afirmou Intunpé.
Decisão que segundo Marcelino Intupé e em concordância com o código penal guineense no seu artigo 124 nº2 de alínea a, o EMGFA está a cometer crime de sequestro agravado contra os referidos militares.
" Como disse o código, quem deter qualquer individuo fora dos processos normais, o autor desta prática está a cometer crime de sequestro agravado e quero chamar atenção, porque o próprio Estado-Maior é consciente da existência da lei, então se existe a lei para a aplicar ela tem que ser aplicada". Disse o advogado.
E segundo soube a Rádio Jovem, os magistrados que acompanhavam o caso decidiram por um despacho no passado dia 31 de agosto, por emliberdade todos os quatro militares e consequentemente a arquivação do processo que envolve os mesmos, decisão que não foi acatada por invocação de uma ordem superior que o advogado diz desconhecer.
Mas, segundo as informações apuradas pela rádio jovem nas últimas horas, os referidos militares foram libertados.
Por: Eliseu Sambú.
segunda-feira, 6 de setembro de 2021
SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - Presidente do Príncipe promete lealdade institucional a Vila Nova
© Lusa
Notícias ao Minuto 06/09/21
O presidente do Governo Regional do Príncipe, Filipe Nascimento, felicitou hoje o Presidente eleito são-tomense, Carlos Vila Nova, garantindo "total lealdade institucional" e trabalho conjunto em prol da coesão e integridade nacionais.
"Apresento, em nome do Governo Regional do Príncipe, da população da região, e em meu próprio, as cordiais saudações de felicitação a sua excelência o senhor Presidente eleito, eng.º Carlos Vila Nova, pela vitória, desejando que tenha êxitos no exercício das funções do mais alto magistrado da nação e que seja Presidente de todos os são-tomenses", afirma, numa nota de felicitação divulgada esta manhã, horas após o anúncio dos resultados provisórios pela Comissão Eleitoral Nacional (CEN).
"Posso garantir, da minha parte como Presidente do governo regional do Príncipe, total lealdade institucional e entusiasmo em trabalharmos juntos na promoção da coesão e Integridade Nacional, face à descontinuidade geográfica da Ilha do Príncipe e as desigualdades dela decorrentes, por um desenvolvimento harmonioso e bem-estar de todos os são-tomenses", acrescenta na nota.
Carlos Vila Nova foi eleito Presidente de São Tomé e Príncipe, à segunda volta, com 57,54%, com um total de 45.481 votos, indicam resultados provisórios divulgados esta madrugada. Guilherme Posser da Costa, o outro candidato na segunda volta, realizada este domingo, obteve 42,46% da votação, com um total de 33.557 votos.
"Felicito o povo são-tomense pela forma pacífica e ordeira em que participaram em todo o processo eleitoral, o que fortalece sobremaneira a nossa democracia", refere ainda Filipe Nascimento.
Na região autónoma do Príncipe, Vila Nova alcançou 56,83% da votação, enquanto Posser da Costa teve 43,17%.
GUINÉ-CONACRI - Militares golpistas convocam antigos ministros para reunião "obrigatória"
© Reuters
Notícias ao Minuto 06/09/21
Os líderes do golpe de Estado militar na Guiné-Conacri convocaram hoje ministros e presidentes das instituições dissolvidas para uma reunião e avisaram que qualquer falta será considerada como um ato de "rebelião" contra a junta militar no poder.
A reunião foi marcada para as 11 horas (locais e TMG) no parlamento em Conacri e espera-se que no seu final os golpistas, que capturaram o Presidente Alpha Condé e dissolveram as instituições de Estado do país no passado domingo, revelem como pretendem dar continuidade a um golpe amplamente condenado pela comunidade internacional.
As forças especiais guineenses, lideradas pelo seu comandante, tenente-coronel Mamady Doumbouya, dizem ter capturado o chefe de Estado para pôr fim à "má gestão financeira, à pobreza e à corrupção endémica", e ainda "à instrumentalização da justiça (e) ao atropelo dos direitos dos cidadãos".
Ao colocar a nação da África ocidental de novo sob domínio militar, pela primeira vez em mais de uma década, a junta informou que os governadores provinciais do país seriam substituídos por comandantes regionais.
Foi instituído um recolher obrigatório noturno, e a constituição do país e a Assembleia Nacional foram ambas dissolvidas.
A junta militar recusou-se a revelar quando pretende libertar Conde, mas garantiu que o Presidente deposto, com 83 anos, tem acesso a cuidados médicos e aos seus médicos.
A CEDEAO apelou à libertação imediata de Alpha Condé e ameaçou impor sanções, se esta exigência não vier a ser satisfeita.
Imagens de Conde num vídeo divulgado pelos golpistas mostram-no calmo, em calças de ganga e camisa, sentado num sofá. Os golpistas asseguraram que se encontra de boa saúde e está a ser "bem tratado".
Mamady Doumbouya anunciou num vídeo divulgado após o golpe a criação de um "Comité Nacional de Agrupamento e Desenvolvimento", com o objetivo de "iniciar uma consulta nacional para abrir uma transição inclusiva e pacífica".
A alegada tentativa de golpe de Estado foi já condenada pela Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO), que exigiu também a "imediata" e "incondicional" libertação do Presidente da Guiné-Conacri, Alpha Condé, e o mesmo fez a União Africana e também a França.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, também já condenou "qualquer tomada de poder pela força das armas".
Guterres apelou ainda, numa publicação no Twitter, "à libertação imediata do Presidente Alpha Condé" e disse que está a seguir a situação na Guiné-Conacri "de muito perto".
A Guiné-Conacri, país da África Ocidental que faz fronteira com a Guiné-Bissau e é um dos mais pobres do mundo e enfrenta, nos últimos meses, uma crise política e económica, agravada pela pandemia de covid-19.
A candidatura do Presidente Alpha Condé a um terceiro mandato, considerado inconstitucional pela oposição, em 18 de outubro de 2020, gerou meses de tensão que resultou em dezenas de mortes.
A eleição foi precedida e seguida da detenção de dezenas de opositores.
Vários defensores dos direitos humanos criticam a tendência autoritária observada durante os últimos anos na presidência de Condé e questionam as conquistas do início da sua governação.
Condé, um ex-opositor histórico, preso e até condenado à morte, tornou-se, em 2010, no primeiro Presidente eleito democraticamente no país.
Formação dos técnicos de Ordenamento do Território 06 a 24 de Setembro 2021
Ministério Das Obras Publicas, Habitação e Urbanismo
MOPHU/ 06.09.2021 ( segunda-feira)
No âmbito do Projeto N'Tene Terra Apoio a implementação da lei da terra e o seu regulamento geral na Guiné-Bissau
Financiado pela União Europeia e gerida pela FAO.
Deu Início hoje a formação especializada de técnicos da Direção Geral de Ordenamento do Território de 06 a 24 de Setembro.
A formação vai decorrer na sala da reunião do Ministério das Obras Públicas, Habitação e Urbanismo.
Presidente da Guiné-Bissau efetua visita de quatro dias à Bélgica e UE
© Lusa
Por LUSA 06/09/21
O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, iniciou hoje uma visita oficial de quatro dias ao reino da Bélgica, onde se vai encontrar com o rei Filipe, e ainda terá encontros de trabalho na sede da União Europeia.
De acordo com uma nota de imprensa da Presidência guineense, Umaro Sissoco Embaló será recebido pelo presidente do Conselho Europeu e pelos comissários europeus para as Parcerias Internacionais, Meio Ambiente, Oceanos e Pescas.
O chefe de Estado terá ainda reuniões de trabalho com o secretário-geral da OEACP (Organização de Estados de África, Caraíbas e Pacifico) e com o comité de embaixadores de Estados daquela organização.
Embaló será acompanhado nesta visita pela ministra dos Negócios Estrangeiros, Suzi Barbosa, pelo ministro das Finanças, João Fadiá, e por membros do seu gabinete.
A visita é apresentada pela Presidência guineense como de aprofundamento de relações de cooperação entre a Guiné-Bissau e a Bélgica e ainda entre o país e a União Europeia.
Filho de Gaddafi libertado após mais de 7 anos de detenção
FILE - In this undated file photo made available on Sept. 25, 2011, al-Saadi Gadhafi, son of the late Libyan leader Moammar Gadhafi, watches a military exercise by the elite military unit commanded by his brother, Khamis, in Zlitan, Libya. A Libyan official said authorities released al-Saadi on Sunday, Sept. 5, 2021, after more than seven years of detention in the capital of Tripoli. (AP Photo/Abdel Magid al-Fergany, File)
Saadi Gadafi estava preso desde 2014 e foi libertado após uma decisão judicial
Saadi Gaddafi, filho do Muammar Kadafi, preso desde 2014, foi libertado após uma decisão judicial, informou uma fonte do Ministério da Justiça neste domingo (5).
"Saadi Muammar Kadafi foi libertado da prisão em execução de uma decisão judicial" emitida anos atrás, disse a fonte à France Presse, sem especificar se ele ainda estava na Líbia.
Uma fonte da promotoria confirmou à AFP a soltura de Gaddafi. "O promotor-chefe pediu há meses a execução da decisão sobre Saadi Kadafi quando todas as condições foram cumpridas", afirmou. Ele acrescentou que Gaddafi estava livre para permanecer no país ou partir.
Saadi, de 47 anos, fugiu para o Níger após o levante que depôs seu pai em 2011 e mais tarde foi extraditado de volta para a Líbia.
O ex-jogador de futebol profissional estava detido em uma prisão de Trípoli acusado de crimes contra manifestantes em 2011 e pelo assassinato do técnico de futebol líbio Bashir al-Rayani.
Um tribunal de apelações o absolveu em abril de 2018 no caso da morte de Rayani.
Durante o levante de 2011, três dos sete filhos do ex-ditador foram assassinados e o país entrou em colapso, com facções rivais lutando pelo poder.
Uma trégua em 2020 pôs fim aos combates entre facções e abriu caminho para negociações de paz e a formação de um governo de transição em março, antes das eleições marcadas para dezembro.
Quem é Mamady Doumbouya, o novo homem forte de Conakry?
É um oficial graduado na casa dos quarenta anos, casado e pai de três filhos, que irrompeu na arena pública neste domingo, 5 de setembro, tomando o poder em Conakry, depondo Alpha Condé.
De acordo com informações recolhidas junto dos serviços de comunicação do Exército, Mamady Doumbouya, que até agora era chefe do Grupo de Forças Especiais do exército guineense, é oficial licenciado da Escola de Guerra, com mais de quinze anos de experiência militar, nomeadamente durante missões operacionais (Afeganistão, Costa do Marfim, Djibouti, República Centro-Africana) e proteção próxima (Israel, Chipre, Reino Unido, Guiné).
O Comandante Mamady Doumbouya concluiu de forma brilhante o treinamento de especialista em proteção operacional na International Security Academy (Israel), o curso de treinamento de comandantes de unidade na Escola de Aplicação de Infantaria (EAI - Senegal), o treinamento de oficial de estado-maior (EEML - Libreville) e a Escola de Guerra de Paris . Capaz de identificar e neutralizar situações de risco, mantendo a calma diante de um ambiente hostil e extrema pressão. O chefe do Grupo de Forças Especiais se adapta e improvisa a qualquer situação que requeira autocontrole, avaliação de risco e rápida tomada de decisão.
O comandante Doumbouya detém um mestrado 2 (bac + 5) em defesa e dinâmica industrial na Universidade Panthéon Assas Paris II. Especialista em defesa em gestão, comando e estratégia. Instrutor Commondo, instrutor na legião estrangeira na França. avaliação de risco e rápida tomada de decisão. O comandante Doumbouya detém um mestrado 2 (bac + 5) em defesa e dinâmica industrial na Universidade Panthéon Assas Paris II. Especialista em defesa em gestão, comando e estratégia. Instrutor Commondo, instrutor na legião estrangeira na França. avaliação de risco e rápida tomada de decisão. O comandante Doumbouya detém um mestrado em defesa e dinâmica industrial na Universidade Panthéon Assas Paris II. Especialista em defesa em gestão, comando e estratégia. Instrutor Commondo, instrutor na legião estrangeira França.
Fotos: leguepard.net
Fonte: Guineenews
domingo, 5 de setembro de 2021
Nous invitons tous les responsables de la société civile et les différents partis politiques a une rencontre d’urgence pour que collectivement nous sortions de ce moment inaugural et amorcer la seconde étape, celle d’organiser la société guinéenne sous les principes de l’État de droit ...Colonel Mamady Doumbouya
Chers compatriotes,
Le geste que nous posons aujourd’hui n’est pas un coup d’État mais une action inaugurale permettant de créer les conditions d’un État. Plus précisément un État droit. Car l’histoire politique de notre pays, marqué par des violences, des injustices et inégalités, prouve qu’en Guinée la volonté du plus fort a toujours supplanté le droit, et donc que depuis l’accession à l’indépendance l’esprit autoritaire a triomphé sur l’esprit du juste et du raisonnable. Et c’est d’ailleurs parce que nous jugeons cette situation profondément anormale et injustifiable que nous avons décidé d’agir, de poser un geste autour duquel nous voulons mobiliser toutes les bonnes consciences afin de sortir notre pays de la malédiction politique.
Chers compatriotes,
Notre action n’a rien d’un coup d’État. Il traduit seulement l’aspiration légitime des personnes à vouloir vivre dans un environnement où les besoins humains de base peuvent être satisfaits ; où il est possible à chacun, sans crainte, de jouir de la vie, d’étudier, de se soigner, de travailler humblement sans être soumis aux contraintes de réseaux informels ; où enfin le pouvoir est responsable de sa population. Nous ainsi réconcilier la politique et l’humain. Notre geste donc n’est rien d’autre que l’expression de notre désir de dignité que certainement vous partagez avec nous. Or, c’est parce que le respect de notre dignité est bafoué depuis 1958 par une minorité qui confisque le pouvoir et ses avantages économiques que nous avons pris l’initiative, convoqués par le sens du devoir, de créer les conditions d’un nouveau départ politique et social. L’action que nous accomplissons aujourd’hui se veut par ce fait même un premier pas. Un moment inaugural.
Chers compatriotes
Nous n’avons aucune mission prophétique. Ce n’est pas le peuple de Guinée que nous voulons sauver, mais la Guinée avant tout. Car un peuple ne peut pas être sauvé alors que l’espace dans lequel il vit est un enfer. Il faut éteindre le feu d’abord. C’est ce rôle de pompier que nous avons voulu assumer. Notre pays ne souffre pas d’un manque de ressources humaines, moins encore est-il victime d’une précarité des ressources naturelles. Non : nos maux se nomment manque de courage politique ; tyrannie de l’argent ; extraversion ; absence de moralité collective. Ce dont nous manquons et que nous avons manqué, ce sont des hommes capables de traduire politiquement et économiquement cette richesse qu’est la Guinée. Notre problème, ce n’est même pas l’absence de démocratie, mais le manque de vision, de valeur politique et sociale. C’est pour mettre fin à cet aveuglement volontaire, qui a rendu misérable la vie du Guinéen, que nous décidons aujourd’hui d’assumer notre responsabilité. Pour que nous autres guinéens accédions enfin à la lucidité, celle qu’exige justement l’état de droit.
Aux partenaires extérieurs de la Guinée, nous ne demandons pas forcément un soutien financier, mais une compréhension de votre part. Avant de brandir l’idée de restauration de l’État, demandez-vous avant s’il n’a jamais existé un État en Guinée. Avant de brandir des sanctions, cherchez à savoir si la sanction n’a toujours pas été le lot infernal des Guinéens, de Sékou Touré à Alpha Condé. Nous, nous contestons notre condition injuste ; nous jugeons que notre situation politique n’est pas acceptable et est humaine condamnable. Nous espérons de votre part donc un soutien moral.
Nous invitons tous les responsables de la société civile et les différents partis politiques a une rencontre d’urgence pour que collectivement nous sortions de ce moment inaugural et amorcer la seconde étape, celle d’organiser la société guinéenne sous les principes de l’État de droit. Ce qui inclura essentiellement une réorganisation de l’armée afin de mettre un terme à sa longue et tragique politisation.
Colonel Mamady Doumbouya
Fait à Conakry le 5 septembre 2021
Communiqué de la CEDEAO sur la situation politique en Guinée 👇
Exigem libertação de Alfa Conde e devolução do poder aos civis e reiteram tolerância zero ao Golpe.
Com: ecowas.int
Guterres condena golpe na Guiné-Conacri e pede libertação de Presidente
© Lusa
Notícias ao Minuto 05/09/21
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, condenou hoje "qualquer tomada de poder" na Guiné-Conacri "pela força das armas", depois de forças especiais do país terem afirmado que capturaram o Presidente e dissolveram as instituições.
Guterres apelou ainda, numa publicação no Twitter, "à libertação imediata do Presidente Alpha Condé" e disse que está a seguir a situação na Guiné-Concari "de muito perto".
As forças especiais da Guiné-Conacri afirmaram hoje ter capturado o Presidente Alpha Condé e "dissolvido" as instituições, num vídeo enviado à agência de notícias AFP, enquanto o Ministério da Defesa garantiu ter repelido a tentativa de golpe.
"Decidimos, depois de retirar o Presidente, que atualmente está connosco (...), dissolver a Constituição em vigor e dissolver as instituições; decidimos também dissolver o Governo e fechar as fronteiras terrestres e aéreas", disse um dos membros do grupo envolvido no alegado golpe de Estado e que se apresentou de uniforme e armado numa declaração divulgada nas redes sociais, mas não transmitida pela televisão nacional.
Os golpistas, que confirmaram à AFP a origem do vídeo, divulgaram imagens do Presidente, nas quais lhe perguntam se foi maltratado, tendo Alpha Condé, vestido com calças de ganga e camisa, e sentado num sofá, recusado responder.
Por seu lado, o Ministério da Defesa afirmou, em comunicado, que "os insurgentes semearam o medo" em Conacri antes de tomarem o palácio presidencial, mas que "a guarda presidencial, apoiada pelas forças de defesa e segurança leais e republicanas, conteve a ameaça e repeliu o grupo de atacantes".
Hoje de manhã foram ouvidos tiros de armas automáticas no centro de Conacri, capital da Guiné-Conacri, e muitos soldados eram visíveis nas ruas, segundo relataram várias testemunhas à agência AFP.
A Guiné-Conacri, país da África Ocidental que faz fronteira com a Guiné-Bissau e é um dos mais pobres do mundo, enfrenta, nos últimos meses, uma crise política e económica, agravada pela pandemia de covid-19.
A candidatura do Presidente Alpha Condé a um terceiro mandato em 18 de outubro de 2020, considerada inconstitucional pela oposição, gerou meses de tensão que resultaram em dezenas de mortes.
A eleição foi precedida e seguida da detenção de dezenas de opositores.
Vários defensores dos direitos humanos criticam a tendência autoritária observada durante os últimos anos na presidência de Condé e questionam as conquistas do início da sua governação.
Condé, um ex-opositor histórico, preso e até condenado à morte, tornou-se, em 2010, no primeiro Presidente eleito democraticamente no país.
Guiné-Bissau reforça segurança na fronteira com a Guiné-Conacri
© Lusa
Notícias ao Minuto 05/09/21
A Guiné-Bissau reforçou as medidas de segurança na fronteira leste e sul com a Guiné-Conacri, depois de forças especiais daquele país terem afirmado que capturaram o Presidente, disseram hoje à Lusa fontes militares.
Os batalhões dos aquartelamentos de Gabu (leste), de Quebo e Buba (no sul) receberam ordens do Estado-Maior das Forças Armadas no sentido de reforçarem as medidas de segurança nos postos de fronteira com a Guiné-Conacri.
Fontes do Governo disseram à agência Lusa que Bissau "está a acompanhar o evoluir da situação" na Guiné-Conacri.
As forças especiais da Guiné-Conacri afirmaram hoje ter capturado o Presidente Alpha Condé e "dissolvido" as instituições, num vídeo enviado à agência de notícias AFP e que está também a circular nas redes sociais, enquanto o Ministério da Defesa garantiu ter repelido a tentativa de golpe.
"Decidimos, depois de retirar o Presidente, que atualmente está connosco (...), dissolver a Constituição em vigor e dissolver as instituições; decidimos também dissolver o Governo e fechar as fronteiras terrestres e aéreas", disse um dos membros do grupo envolvido no alegado golpe de Estado e que se apresentou de uniforme e armado numa declaração divulgada nas redes sociais, mas não transmitida pela televisão nacional.
O autor das declarações foi identificado como sendo o coronel Mamady Doumbouya, comandante das forças especiais, que anunciou também o encerramento das fronteiras terrestres e aéreas da Guiné-Conacri.
Foram também divulgadas imagens do chefe de Estado, nas quais lhe perguntam se foi maltratado, tendo Alpha Condé, vestido com calças de ganga e camisa e sentado num sofá, recusado responder.
Por seu lado, o Ministério da Defesa afirmou, em comunicado, que "os insurgentes semearam o medo" em Conacri antes de tomarem o palácio presidencial, mas que "a guarda presidencial, apoiada pelas forças de defesa e segurança leais e republicanas, conteve a ameaça e repeliu o grupo de atacantes".
Hoje de manhã foram ouvidos tiros de armas automáticas no centro de Conacri, capital da Guiné-Conacri, e muitos soldados eram visíveis nas ruas, segundo relataram várias testemunhas à agência AFP.
A Guiné-Conacri, país da África Ocidental que faz fronteira com a Guiné-Bissau e é um dos mais pobres do mundo e enfrenta, nos últimos meses, uma crise política e económica, agravada pela pandemia de covid-19.
A candidatura do Presidente Alpha Condé a um terceiro mandato, considerado inconstitucional pela oposição, em 18 de outubro de 2020, gerou meses de tensão que resultou em dezenas de mortes.
A eleição foi precedida e seguida da detenção de dezenas de opositores.
Vários defensores dos direitos humanos criticam a tendência autoritária observada durante os últimos anos na presidência de Condé e questionam as conquistas do início da sua governação.
Condé, um ex-opositor histórico, preso e até condenado à morte, tornou-se, em 2010, no primeiro Presidente eleito democraticamente no país.
SARS-COV2 - ESTADO DE CALAMIDADE PÚBLICA.
O Governo acaba de alterar a renovação do estado de calamidade pública em vigor em todo o território nacional.
Um conjunto de medidas e recomendações foram feitas no sentido de reforçar o combate ao vírus.
Informe e cumpre o protocolo sanitário!
Nuno Gomes Nabiam- Primeiro Ministro da República da Guiné-Bissau