quinta-feira, 23 de março de 2017

Um dia depois do ataque, ponte de Westminster é reaberta


A ponte de Westminster, em Londres, foi hoje reaberta à circulação, depois de um homem ter atropelado na quarta-feira várias pessoas naquele local, num ataque que causou quatro mortos e vários feridos, indicou a polícia.


Agentes que patrulham a zona revelaram que foi restabelecida a circulação naquela ponte emblemática e central da capital londrina.

O atentado de quarta-feira em Londres, que fez quatro mortos, incluindo o atacante, e cerca de 40 feridos, já foi reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico.


Um homem atropelou várias pessoas na ponte de Westminster e, depois de chocar e abandonar a viatura, correu para o edifício do parlamento britânico, junto ao qual esfaqueou um agente da polícia, tendo então sido abatido por homens armados.

A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, revelou hoje que o agressor é um cidadão de nacionalidade britânica, já investigado pelos serviços secretos por antigas ligações a violência extrema.

A líder conservadora explicou que a identidade do atacante é conhecida pela polícia e pelos serviços secretos britânicos, MI5.

Os mais recentes dados oficiais difundidos pela Scotland Yard confirmam a existência de quatro mortos: o agressor, o polícia britânico, um homem entre os 40 e os 50 anos, e uma mulher de 43 anos, Aysha Frade, que tinha nacionalidade britânica, mas era originária da Galiza, Espanha.


Entre os feridos, de várias nacionalidades, encontra-se um jovem português, residente em Londres, que sofreu cortes profundos numa mão e num joelho, mas teve alta ainda na quarta-feira à noite, depois de ter sido assistido no hospital.

NAOM


segunda-feira, 20 de março de 2017

Partido da Renovação Social denuncia a politização da administração pública e aumento da corrupção


Os participantes da II Conferência do Partido da Renovação Social (PRS) denunciaram, este domingo, 19, a politização da administração pública guineense e o preocupante aumento do índice de corrupção na Guiné-Bissau.

Neste sentido, recomendam a adoção de um acordo interpartidário sobre a estabilização das direções da administração pública e de função de perfil dos cargos públicos.

Os participantes defenderam ainda a observância criteriosa de ingresso, por meio de concursos públicos, e progressão na carreira no aparelho de estado, assim como o preenchimento de direções gerais e demais cargos técnicos também mediante concurso público.

“Não obstante o país dispor de elevado potencial para se devolver, continua na lista de países menos desenvolvidos” referiu um dos participantes na conferência.

Durante dois dias, cerca de trezentos delegados debateram, entre outros temas, o papel dos partidos políticos na construção de um Estado de Direito e Democrático, Acordo de Conacri e os efeitos da politização da Administração Pública.

O encontro decorreu sob o lema: “PRS e os Desafios da Governação, um Olhar para o Futuro”

Tiago Seide

© e-Global Notícias em Português

POLICIAS NA SEDE DO PAIGC, NA PEUGADA DE BANDIDOS POR CENAS DE FLAGRANTE AGRESSÃO AO "JUIZ DO POVO"

CARLITOS COSTA E MAIS UM GRUPO DE 6 AGRESSORES  - VINDOS DA SEDE DO PAIGC DE DSP - E QUE NESTE MOMENTO SE ENCONTRAM A MONTE, PROVAVELMENTE ESCONDIDOS NA SEDE DO PARTIDO SÃO ALVOS DE UMA BUSCA POLICIAL, PELO FLAGRANTE DELITO, PERPETRADO CONTRA NEGADO FERNANDES, JUIZ DE POVO E REPRESENTANTE DOS RÉGULOS DA GUINÉ BISSAU..

AO QUE CHEGAMOS, TRANSFORMAR A SEDE DO PAIGC DE CABRAL E DE TANTOS OUTROS HERÓIS E MARTIRES DE LUTA DE LIBERTAÇÃO NACIONAL NUM ANTRO DE DELINQUENTES E FORAS-DE-LEI E DE CRIMINOSOS DE BISSAU?????!!!!????

COMO DAR GUARIDA A IRRESPONSÁVEIS E DELINQUENTES QUE AGRIDEM PESSOAS NO IMPÉRIO (PRAÇA DOS HERÓIS NACIONAIS) ???????????? 

Publicada por Ditadura do Progresso

Comercialização da castanha de Cajú: LEIS ADOTADAS PELO GOVERNO AGITAM INÍCIO DA CAMPANHA 2017

[REPORTAGEM] O período antes de arranque da campanha de comercialização e exportação da castanha de cajú 2017 está a ser marcado por ‘acordos e desacordos’ entre os vários intervenientes no setor de cajú, por causa das novas leis decretadas pelo governo com vista a regulamentar o setor.

O Conselho de Ministros da Guiné-Bissau aprovou, recentemente, quatro decretos-lei para o principal produto de exportação do país, com destaque para o decreto-lei sobre a regulamentação da profissão de intermediário, lei sobre a comercialização de cajú, lei sobre a comercialização interna da castanha de cajú e por último, a lei sobre a comercialização externa da castanha.

Das quatro leis ora anunciadas pelo governo, a que traz mais discordância é a lei de regulamentação da profissão de intermediário, cujo artigo 5 prevê que será atribuída a licença para o exercício da função de intermediário de posto ao cidadão guineense.

O artigo em causa provocou reações de alguns setores que alinharam com a decisão e outros que acusaram o governo de querer interditar os estrangeiros de comprarem a castanha junto dos agricultores, como tem sido tradição.

Para alguns, a decisão pode comprometer à campanha de comercialização de cajú, uma vez que os intermediários nacionais não possuem poder financeiro suficiente para comprar a castanha junto dos agricultores.

O executivo guineense sustentou a sua decisão com a necessidade de dar a oportunidade aos jovens e quadros nacionais para poderem empregar-se.

MINISTRO DO COMÉRCIO DIZ QUE A LEI NÃO DISCRIMINA ESTRANGEIROS

O Ministro do Comércio e Empreendedorismo, Victor Mandinga, esclareceu que a decisão ‘não visa atingir os estrangeiros que operam no setor’.

“A lei não veda os estrangeiros de fazerem a campanha. A única coisa que a lei diz é que um estrangeiro não pode ir ao terreno. Deve haver um acordo com um intermediário de posto, que segundo o documento é a única entidade que pode comprar a castanha ao camponês”, explica o ministro da tutela.

O governante acrescentou ainda que o operador estrangeiro tem que confiar nos intermediários nacionais, uma vez que, segundo ele ‘nem todos são malandros’.

“Anualmente as pessoas entram o país e fazem a campanha no terreno e levam, através das nossas fronteiras terrestres, mais de 50 milhões de dólares. Se tivesse ficado no país pelo menos metade do valor em causa, daria para resolver muitos problemas”, disse o governante.

O político e igualmente empresário do setor de cajú, convidou os jovens para dirigirem-se aos serviços competentes do seu ministério a fim de tirarem alvará de Intermediário de posto, documento que agora passa a custar 20 (vinte) mil francos CFA, contra os 70.000 francos (setenta mil) que se pagava.

O ministro disse por outro lado que a medida ajudará no controlo da entrada e circulação de valores financeiros.

“Durante a campanha circula dinheiro sujo. Com as novas regras, todos os estrangeiros que querem comprar cajú terão de canalizar todos os seus fundos para canais oficiais”, avançou.

O Democrata soube que o governo poderá trazer para o mercado nacional uma empresa vietnamita que poderá vir a comprar toda a produção nacional. A mesma empresa está a apoiar a instalação de um laboratório de certificação de produtos agrícolas, no Serviço de Proteção Vegetal.

Recentemente uma missão da referida empresa visitou o país e fez o levantamento das necessidades de todas as unidas de transformação da castanha de cajú, incluindo as que foram construídas pelo governo líbio, que desde a sua construção até aqui nunca funcionaram.

O Democrata apurou que a Firma vietnamita, cuja capacidade de processamento é estimada em 700.000 (setecentas mil) toneladas, poderá comprar não só a castanha bruta, mas também as que já foram transformadas.

INTERMEDIÁRIOS COM BOAS EXPETATIVAS PARA A PRESENTE CAMPANHA

A Associação dos Intermediários mostrou-se confiante de que a adoção da lei que regula a sua fileira possa facilitar os seus associados na obtenção de créditos por parte dos bancos.

Para o presidente da Associação Nacional dos Intermediários, Nelson Badinca, a medida tomada pelo governo visando estruturar a atividade profissional dos intermediários terá um impacto positivo na vida dos seus associados, acrescentando que a partir de agora podem conquistar a confiança dos bancos de Bissau.

“Os bancos faziam muitas exigências, sobretudo na formalização das empresas da área de intermediação. Tínhamos dificuldades em conseguir empréstimos. O único caminho para ter fundos era com os exportadores. Se não nos dessem dinheiro, não conseguiamos comprar a castanha no terreno”, recordou.

O responsável dos intermediários mostrou-se confiante que doravante terão dois caminhos para conseguir dinheiro: aos bancos ou aos exportadores.

O líder dos intermediários revelou que há pessoas que estão a desinformar junto dos comerciantes mauritanianos que se dedicam ao setor, de que a lei foi, precisamente, criada para lhes prejudicar.

“Havia uma desorganização do setor de intermediação e o país perdia valores financeiros consideráveis e isso justifica as reformas feitas. Agora cada um deve, independentemente de ser nacional ou estrangeiro, trabalhar de acordo com as regras estabelecidas”, explica Nelsom Badinca.

Na entrevista ao semanário ‘O Democrata’, o empresário lembrou que na sua associação, para além de nacionais, também estão inscritos comerciantes mauritânianos, senegaleses, nigerianos e de outras nacionalidades, por isso entende que não há razão para discriminar ninguém. Contudo admitiu a necessidade de organizar o setor tal como acontece noutros países produtores da castanha.

Badinca prometeu acionar um processo-crime contra qualquer cidadão nacional que queira pôr em causa o processo de reforma em curso no setor, com maior destaque para área de intermediação.

Este líder associativo considerou que cidadãos que não querem ver a castanha de cajú a ser comprada ao preço referenciado e anunciado pelo governo nesta linha é que estão a contrariar a reforma que está a ser feita pelo governo.

MAURITÂNIANOS DECECIONADOS COM AS LEIS DE CAJÚ DO PAÍS

O presidente da Associação da Comunidade Mauritâniana, Sidy El Mocthar, considerou de dececionante a medida do governo, mas prometeu respeitá-la.

De acordo com Sidy El Mocthar, os comerciantes do seu país têm um papel importante na campanha de comercialização de cajú, por isso disse estar esperançado que o governo venha a rever a sua decisão.

“O mundo rural sabe do papel relevante que os mauritanianos desempenham no desenvolvimento do ambiente de concorrência no campo e no combate à pobreza no meio rural”, apontou El Mocthar.

O representante dos mauritânianos no país deixou bem claro que os seus compatriotas têm a obrigação de acatar a decisão do Estado guineense.

Sidy El Mocthar lembrou que os comerciantes do seu país não vão apenas para as vilas no período da campanha, mas também vão as tabancas fora desse período, fazendo empréstimos em dinheiro e arroz, cujas dívidas são liquidadas só no período de cajú.

O líder associativo recusou avaliar se a campanha ficará prejudicada ou não com as reformas, contudo assinalou que seria desejável que fosse permitido a todos concorrer em pé de igualdade. Sidy El Mocthar apelou, entretanto, a uma relação sã entre os empresários nacionais e estrangeiros para o bem da sociedade guineense.

CÂMARA DO COMÉRCIO GUINEENSE DESCONFIA DAS LEIS DO EXECUTIVO

A Câmara do Comércio da Guiné-Bissau alertou que os intermediários e os exportadores nacionais não podem, sozinhos, assegurar a comercialização da castanha.

O vice-presidente da Câmara do Comércio da Guiné-Bissau, António Nunes, lançou um alerta e apontou uma forte possibilidade de a campanha de cajú 2017 poder não correr bem, visto os intermediários e os exportadores nacionais estarem descapitalizados.

“A campanha de comercialização de cajú gera, aproximadamente 150.000.000 (cento e cinquenta milhões) de dólares e acho que os intermediários nacionais poderão  não estar em condições de conseguir o referido fundo”, alerta Nunes.

O antigo líder da Associação Nacional dos Agricultores revelou que a sua organização não tinha recebido do governo, até a realização desta reportagem, os decretos-lei. Por isso, não podia posicionar-se, apesar de considerar que poderá haver consequências na campanha 2017, caso realmente venha a comprovar-se a exclusão de comerciantes estrangeiros.

“Os agricultores podem vir a reagir, se o preço anunciado não efetivar-se na prática”, alertou o empresário.

O líder histórico dos agricultores chamou a atenção que a produção nacional poderá vir a baixar porque os pomares já estão a envelhecer, para além das pragas que estão a atacar os cajueiros na zona norte e sul do país.

“O governo não deve apenas preocupar-se em fixar os preços e criar leis, mas também dar atenção à necessidade da criação de políticas e estratégias com vista a apoiar tecnicamente os agricultores”, realçou.

ANAG VÊ COM BONS OLHOS A REFORMA NO SETOR DE CAJÚ

A Associação Nacional dos Agricultores da Guiné-Bissau (ANAG) assegurou que as reformas no setor não afetará o preço básico estipulado pelo governo.

O representante dos camponeses da Guiné-Bissau, Jaime Boles Gomes, afiançou que a sua organização tem muita confiança no atual ministro do Comércio e Empreendedorismo, que na sua visão, sendo um conhecedor do setor, terá estratégias bem pensadas e montadas para que a castanha seja comprada a um preço não inferior ao fixado.

Jaime Boles, sem qualquer rodeio, disse que ANAG subscreve as leis anunciadas pelo governo com vista a regulamentar a comercialização de cajú.

“Nós não compreendemos algumas pessoas que estão a reagir contra as reformas e como sabem, os agricultores e a própria economia perdiam muito com a desorganização”, afirma Jaime Boles.

O presidente da ANAG descarta, entretanto, a possibilidade de a lei vir a prejudicar os comerciantes estrangeiros, contudo defende que as vantagens financeiras do cajú devem estar ao serviço do desenvolvimento do país e não como tem vindo a alimentar o progresso de outros estados.

Na entrevista ao jornal O Democrata, Boles anunciou que a ANAG perspetiva criar, ainda no decorrer da campanha 2017, uma cooperativa dos camponeses.

“Queremos que os agricultores deixem de vender a sua castanha de uma forma isolada. Para tal avançamos com esta iniciativa, que irá permitir que os camponeses de uma determinada área juntem a sua castanha e que a venda de uma assentada. Assim ganham mais dinheiro”, garante o número um dos camponeses.

O ativista camponês acrescentou, por outro lado, que a ANAG ambiciona, através de cooperativas vir, exportar a castanha para o mercado internacional.

“Com os nossos próprios recursos vamos trabalhar para que nós mesmos entremos também no processo de cajú”, contou o líder camponês.

O governo prevê exportar, segundo Agência Nacional de Cajú (ANCA-GB) durante a campanha de comercialização da castanha de cajú 2017, aproximadamente 200.000 (duzentas mil) toneladas contra 180.000 (cento e oitenta mil) toneladas de 2016. 

Por: Tiano Badjana
Foto: Marcelo Ncanha Na Ritche
Bissau, março de 2017
OdemocrataGB

domingo, 19 de março de 2017

DSP NA CERIMÓNIA DE ENCERRAMENTO DA GIARAH

Domingos Simões Pereira, Presidente do PAIGC, encontra-se em Mansoa a convite do Chefe Religioso, Aladje Abubacar Djalo, Presidente da União dos Imames da Guiné-Bissau e Imame Central da Mesquita de Mansoa, para assistir ao encerramento da GIARAH (um ação de intercâmbio religioso, marcada com um intercâmbio de visitas entre fieis, visando a fortificação de laços e da fé entre humanidade e assinalada com leituras de textos e de canções cornijas, bem como de exposições etc...).


DSP, presidente do PAIGC, Idrissa Djalo, presidente do PUN e Aly Hijazi, secretário nacional do PAIGC
O evento juntou várias personalidades do país dentre quais Presidente do PAIGC DSP, outras formações Política e alguns membros do 'Governo' de iniciativa presidencial. Foram entregues certificados aos leitores corânicos, bem como a cerimónia de conversão de novos crentes ao islamismo.

Publicada por António Aly Silva 

Um almoço de reconhecimento e restricto.

A tarde deste sabado 18 de Março do corrente ano foi de muita alegria.

O Grande mestre Kausso Baldé fez um convite que foi aceite com muita honra e com toda a humildade por parte da S. Excª o sr. 1º  Ministro- General Umaro Sissoko.

Na residência do Grande Mestre Kausso Baldé, o almoço foi num ambiente acolhedôr, aconchegante e cheio de verdade e reconhecimento.



Amigos comuns e próximos de ambos estiveram presentes.
Não eramos muitos, mas a coisa foi boa.
Obrigado Grande mestre.

Publicada por didi lopes

Opinião: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O ACTUAL VAZIO POLÍTICO NA GUINÉ-BISSAU

Por: Fernando Casimiro(nosso Didinho), via facebook

1 - A Presidência Aberta

Na minha perspectiva, uma presidência aberta, mais do que um meio de promoção da figura do Presidente da República, deve ser um meio de facilitação da comunicação directa entre o Povo e o Presidente da República.

Uma presidência aberta deve servir mais, para o Presidente da República ouvir o Povo, tomar nota das suas opiniões, reivindicações e sugestões, tendo em conta as suas constatações, dificuldades e preocupações.

Uma presidência aberta, na minha perspectiva, não deve servir para manipular consciências, instrumentalizar o nosso Povo, em função das intervenções previamente elaboradas pelo Presidente da República.

Os problemas do país, concretamente a crise política guineense, deve ser abordado pelo Presidente da República numa perspectiva e abrangência nacionais, ou seja, sempre que necessário, através de uma Comunicação ao País e não numa presidência aberta.

Não faço ideia quanto custou a organização e realização da recente presidência aberta na zona leste do país, contudo, pelo que se deu a observar, não foram poucos os milhões de Francos CFA gastos no evento, que certamente seriam melhor aplicados em acções concretas de interesse das populações.

Não é preciso gastar rios de dinheiro dos cofres do tesouro público para se falar da corrupção, para repetir justificações sobre demissões de governos. Isso faz-se numa comunicação ao país, com partilha nas rádios, nos jornais e na Televisão.

Uma presidência aberta visa ouvir, auscultar, o Povo, as Comunidades locais, que devem ser os principais protagonistas.

O que vimos e ouvimos, foi um Presidente da República figura central de uma presidência aberta que deveria ter nas populações do leste do pais, a razão de ser da sua organização e realização.

2 - A (ir)responsabilidade do PRS enquanto partido que "sustenta" o actual governo

Não posso aceitar que o PRS permita que o ainda Primeiro-ministro, nomeado pelo Presidente da República, sem soluções para apresentar o seu programa de governo e o Orçamento Geral do Estado em tempo legal, o que o torna duplamente ilegal, também por via da argumentação da sua nomeação com base no acordo de Conacri, entre em discursos de âmbito político usando e abusando de uma certa impreparação política, tal a ausência de ética política nas suas recentes intervenções quer sobre abordagens internas, quer sobre abordagens com referências a instituições e personalidades externas.

Um Primeiro-ministro que não sendo parte da estrutura política do partido que apoia o governo, não deve entrar em disputas políticas, tentando atingir outros partidos políticos.

Deve sim, ficar à margem das disputas políticas e tentar encontrar uma solução de harmonia entre os diversos partidos políticos, sobretudo, com assento parlamentar, para conseguir um consenso, um pacto político capaz de desbloquear o Parlamento e viabilizar a governação, quiçá, o país.

Temos visto e ouvido nas últimas semanas, com espanto e preocupação, um Primeiro-ministro desenquadrado com o exercício do cargo, convencido de ter poderes e competências, constitucionais e legais, que na verdade não tem.

Se de facto, o ainda governo, é apoiado pelo PRS, onde está a responsabilidade política e governativa do PRS, que nunca se preocupou com o processo político e governativo do ainda governo, permitindo que o Primeiro-ministro ponha em causa a própria sustentação da governação pelo PRS?

3 - Depois da primeira sessão recente do Conselho de Estado, mais uma sessão, dada a conhecer através de um Comunicado, do Presidente da República e assinado pelo próprio Presidente da República da Guiné-Bissau.

O que é feito do Sr. Fernando Mendonça, Conselheiro e Porta-voz do Presidente da República, que nunca mais assinou ou apresentou um comunicado da Presidência da República, sendo que os últimos comunicados, ao que tudo indica, são feitos e rubricados pelo próprio Presidente da República?

Foi exonerado, demitido o Sr. Fernando Mendonça?

Se foi ou não, na sua ausência, não há quem o possa substituir?

Tem que ser o Presidente da República a elaborar os comunicados da Presidência da República?

Sobre a segunda sessão do Conselho de Estado, constatamos até que ponto existem fortes contradições nos diversos posicionamentos de políticos guineenses face à crise política, com base nas competências dos órgãos de soberania.

Se a Assembleia Nacional Popular, o nosso Parlamento, está bloqueado há tantos meses, sem que se consiga agendar e realizar uma sessão plenária e sendo o Parlamento um órgão colegial, que precisa de decisões por maioria dos seus membros, como é que o Presidente da Assembleia Nacional Popular, enquanto membro do Conselho de Estado decide apresentar uma proposta para a resolução da crise política, em nome do órgão de soberania colegial que é o Parlamento, sem conhecimento e consentimento de todos os Deputados da Nação?

Se o Parlamento tem estado bloqueado; se os Deputados não se têm reunido em conformidade com a agenda e o calendário prévio e legal das sessões parlamentares, como pode o Presidente da Assembleia Nacional Popular levar ao Conselho de Estado uma proposta que não foi apresentada, discutida, votada e validada pelos Deputados da Nação?

Como pode também o próprio Presidente da República, o suposto garante da Constituição da República, aceitar receber uma proposta que não foi elaborada com base numa visão colegial, de legitimidade constitucional?

Na minha perspectiva, o agendamento e realização da segunda sessão do Conselho de Estado é mais um dos muitos erros do Presidente da República, que continua com a sua agenda de promoção e afirmação de um presidencialismo de Estado contrário à definição constitucional do nosso sistema político.

Já que o Presidente da República continua a fazer afirmações públicas de que o actual governo, mesmo tendo entrado em ilegalidade com a não apresentação, discussão e aprovação do seu programa de governo, vai continuar em funções até final da legislatura, sem dissolução do Parlamento e consequentemente queda do governo, sugeria que em nome da legalidade democrática e no respeito pela Constituição da República da Guiné-Bissau, algum cidadão residente na Guiné-Bissau avançasse com um pedido de fiscalização da constitucionalidade junto do Supremo Tribunal de Justiça da Guiné-Bissau, sobre a legalidade e legitimidade do ainda governo.

Positiva e construtivamente.

Didinho 18.03.2017

Secretário-Geral do PRS: “QUERO RELEMBRAR AO PAIGC QUE O QUE NOS UNE É MAIS IMPORTANTE DO QUE O QUE NOS DIVERGE”


O Secretário-Geral do Partido da Renovação Social (PRS), Florentino Mendes Pereira exortou hoje, 18 de março 2017, o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) a ter em consideração o que une os dois partidos ao invés do que os diverge.

Florentino Mendes Pereira falava durante a cerimónia de abertura da 2ª Conferência de Quadros do PRS que decorre numa das unidades hoteleiras em Bissau até amanhã, 19 de março, sob o lema: “PRS e os Desafios da Governação: Um Olhar para o Futuro”.

A conferência que reuniu cerca de 300 participantes, na sua maioria jovens e mulheres provenientes de diferentes estruturas do partido, conta igualmente com a participação de representantes dos partidos da família ‘Centro Democrática Internacional’ do espaço da lusofonia, designadamente: PSD (Portugal), MpD (Cabo Verde), UNITA (Angola), RENAMO (Moçambique) e ADI de São Tome e Príncipe.


Presidindo a cerimónia de abertura da conferência, o Secretário-geral do partido, Florentino Mendes Pereira, apelou os quadros do partido presentes no encontro a estarem conscientes do momento crítico e difícil que o país atravessa. O politico disse contudo acreditar que as conclusões da conferência venham impulsionar uma profunda reflexão com vista a solução aos problemas que se apresentam à Guiné-Bissau e ao seu povo martirizado.

Pereira criticou ainda a postura de responsáveis de alguns setores da cena política nacional, que segundo ele, tiveram o ‘comportamento antidemocrático’ optando pelo “bloqueio das instituições importantes como o Parlamento, o incumprimento de acordos internacionais  firmados e o não acatamento de decisões judiciais”.

Este responsável político e atual titular da pasta da energia e indústria apelou à união da classe política, alegando existir “inimigos” que influenciam alguns órgãos de comunicação social nacional e estrangeiro para difundir “notícias alarmistas e mentirosas” sobre fragilidades institucionais e o tráfico de estupefaciente no país.


Sobre o ‘Acordo de Conacri’, Florentino Mendes Pereira assegurou que o seu partido contribuiu para o acordo chegado em Conacri na base da expetativa de um desbloqueio institucional destinado a garantir a estabilidade.

“O acordo assinado em Conacri não cumpriu os seus objetivos e, tudo parece ter ficado bem pior do que antes. Assim, afirmo em consciência que não houve nunca consenso quanto ao nome divulgado pelo mediador e pelo presidente da Comissão da CEDEAO. Nem o PRS, nem o país precisam de uma mediação parcial que evoca pontos fantasiosos não escritos na letra do acordo”, contou o Secretário-geral dos renovadores, que entretanto, avançou  ainda que o mediador deve mudar de posição para ajudar melhor a Guiné-Bissau a sair da crise política.

Herménio Celso Fernandes, membro da Comissão Política do Movimento para a Democracia de Cabo Verde (MpD), e José Batista em representação do Partido Social Democrata de Portugal (PSD), durante as suas intervenções enfatizaram a formação dos jovens quadros como “uma das missões mais importantes dos partidos políticos na qualificação dos agentes políticos”.


De referir que durante a conferência os participantes irão debater diferentes temas apresentados por vários especialistas, nomeadamente: Papel dos Partidos Políticos na Constituição de um Estado de Direito Democrático; Comunicação Política; Acordo de Conakry: Relevância Política e Jurídico-Constitucional; Transparência na Gestão da Coisa Pública; Reforma Jurídico-Constitucional; Reformas da Administração Pública e Descentralização; Mulheres na Atividade Política e igualdade de Oportunidade, e Juventude da Renovação Social: A realidade e as perspectivas de reforma.

Por: Assana Sambú/Alcene Sidibé
OdemocrataGB 

sábado, 18 de março de 2017

PAIGC ENCURRALADO E AFLITO

SABEM E AGORA MAIS DO QUE NUNCA TEEM A CERTEZA DE QUE O GOVERNO LIDERADO PELO GENERAL UMARO SISSOKO, COM OU SEM O PROGRAMA DO GOVERNO IRÁ CONDUZIR O PAÍS ATÉ AS PROXIMAS ELEIÇÕES.


ALGUNS ELEMENTOS DA EQUIPA DE DSP FAZEM CORREDORES PARA QUE POSSAM SER INCLUIDOS NESTE GOVERNO PARA QUALQUER TIPO DE CARGO.
JÁ NEM DINHEIRO PARA COMBUSTIVÉL TEEM.  AS VEZES NOS ENCONTRAMOS NO TÁXI...., DINHERU DE FERA KILA GORA KI PINTCHA BARCO.

MAS DOKA INTERNACIONAL RECORDA DO QUE ACONTECEU DURANTE A TRANSIÇÃO.
ANTES DA ENTRADA DO PAIGC NO GOVERNO DE TRANSIÇÃO, TUDO ESTAVA INDO DE VENTO EM PÔPA..., DEPOIS DA INTEGRAÇÃO DO PAIGC NO GOVERNO..., A TRANSIÇÃO FOI UM DESASTRE.

PORTANTO, JÁ QUE FICARAM DE FORA QUANDO FORAM CONVIDADOS E RECUSARAM, POIS BEM QUE ASSIM CONTINUE.

Publicada por didi lopes 

MERCADO DE GABÚ SEM ÁGUA E COM APENAS UMA CASA DE BANHO

[REPORTAGEM] O mercado central da cidade de Gabú (leste da Guiné-Bissau), sede sectorial da região, está atualmente sem água para as necessidades básicas dos utentes e conta apenas com uma casa de banho disponível para acudir milhares de pessoas que frequentam a chamada feira principal, o que complica bastante as condições higiénicas de todas as pessoas que o frequentam.

Os responsáveis da associação dos retalhistas e grossistas encarregaram-se de fazer uma cobrança diária de 25 (vinte e cinco) francos CFA aos utentes, para poder garantir a limpeza da única casa de banho e pagar aos fornecedores de água. 800 (oitocentos litros de água) são garantidos todos os dias pela associação que congrega os comerciantes de Gabú, através da contribuição dos operadores económicos no mercado e o resto do dinheiro entra para um fundo destinado a manutenção de higiene e reparação da latrina, se se justificar.

É normal ver um fluxo enorme de citadinos de Gabú no mercado central que fica ao lado da avenida principal da cidade, sobretudo no período de manhã. Já por volta das 12 às 13 horas, o movimento começa a escassear, e as mulheres que praticam suas atividades comerciais abandonam aos poucos o mercado.

O mercado é exíguo para responder às necessidades de uma população estimada em 81.495 (oitenta um mil quatrocentos noventa e cinco) habitantes pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE) [no senso de 2009]. A prova disso é a dificuldade de circulação com que os clientes e utentes do mercado são confrontados todas as vezes que se deslocam à feira para as habituais compras.

Outro motivo da superlotação é a grande procura que tem, o que origina engarrafamentos na via rodoviária principal, a entrada da cidade. A nossa equipa de reportagem constatou esse fato no terreno.

Mercado central de Gabú está bem segmentado. Cada tipo de produto tem a sua zona específica, facilitando os clientes nas suas compras. Alguns produtos são expostos no chão sob proteção de plásticos, panos ou lonas. Por exemplo, os repórteres viram tomates, beringelas, cenouras, cebolas, couves, mandiocas, malagueta, alface e outros produtos expostos em plásticos estendidos no chão.

O peixe é vendido em mesas improvisadas. A maioria das mulheres opta pelo peixe fumado, devido à falta de frigoríficos para a conservação do pescado fresco. Neste particular, ‘O Democrata’ soube que o ministro das pescas prometeu disponibilizar um frigorífico para o mercado de Gabú.

O talho encontra-se numa situação menos saudável. Foi muito curioso ver jovens magarefes sentados sobre as mesas em cimento e betão armado, onde se deveria expor a carne, mas que foram transformados em cadeiras para os operadores.

Sobre a situação péssima do talho, onde se vende a carne que a população local consome todos os dias, os repórteres tentaram contatar os responsáveis pelo abate e venda de carnes, sem sucesso.

O mercado tem problemas de conservação de produtos alimentares sensíveis ao calor e à temperatura. As regiões do leste da Guiné Bissau são caracterizadas pelas altas temperaturas.

Os utentes do mercado de Gabú, na sua maioria, são mulheres e não deixaram de manifestar as enormes dificuldades com que são confrontados diariamente.

Na altura da realização desta reportagem, o mercado encontrava-se cheio de lixo. De acordo com os utentes, a entidade responsável pela limpeza e remoção de lixo estava há alguns dias sem fazer o seu trabalho, sem dar satisfações à ninguém, motivando descontentamento das mulheres.

“Pagamos a feira todos os dias, mas o Comité do Estado não cumpre com suas obrigações de limpar e retirar o lixo do mercado”, são as palavras ouvidas de várias mulheres.

A escassez de lugares no mercado superlotado fez com que um grupo de mulheres hortaliças montasse os seus negócios à beira de uma rua próxima, mas as mães queixam-se de constantes perturbações da parte dos agentes encarregues das cobranças que lhes exigem que abandonem o sítio, mas acabam sempre por aparecer para cobrar.

COMÉRCIO EM GABÚ: MERCADO VELHO VERSUS NOVO MERCADO


A nossa equipa de reportagem registou opiniões divergentes relativamente à mudança para o novo mercado situado no bairro de ‘Algodão’. Os comerciantes que já se instalaram no novo mercado dizem que os que ficaram no mercado velho recusaram mudar para um lugar mais confortável, por alegada falta de segurança e de espaço para instalar seus negócios.

O mercado de ‘Algodão’ tal como o antigo conta atualmente com uma casa de banho, mas tem água, ao contrário do velho.

O novo mercado tem melhores condições para comercialização dos produtos alimentícios, e dispõe de um talho adequado para a venda de carne. Porém, o maior problema é a falta de comerciantes. Estes ainda resistem no mercado antigo sob pretexto de alguns em como há mais negócio no mercado principal.

Para dar resposta à questão de segurança levantada por alguns comerciantes, a administração setorial decidiu autorizar a concessão de espaços que circundam o mercado aos interessados para alí construírem os seus “boutiques”, garantindo assim maior segurança a parte interior. As referidas construções estão em curso e algumas já concluídas, restando apenas a mudança dos donos para o “Mercado de Algodão”.

O mercado de ‘Algodão’ tem boas condições, mas está vazio em termos de movimento de compra e venda. Mesmo assim, as mulheres que decidiram mudar para lá estão otimistas por verem o mercado começar a ter boa movimentação de negócio.

Mesmo com espaço disponível no mercado novo, algumas mulheres expõem os seus produtos no chão, sobretudo junto ao portão principal.

Contatado pelos repórteres do jornal ‘O Democrata’, a administração local revelou que o mercado novo não estava sob o controlo das autoridades setoriais, mas o problema está ultrapassado e atualmente está nas mãos da administração de Gabú.

De momento, há um volume considerável de construções a serem executadas no novo mercado construído com apoio das Nações Unidas, através da ONU Mulher, indicando que no futuro a nova feira ganhará também a sua vivacidade.

AMADU CASSAMÁ : “NÃO MUDANÇA PARA O NOVO MERCADO DEVE-SE À SUA PRIVATIZAÇÃO”

Amadú Cassamá, presidente da Associação dos Retalhistas e Grossistas dos Mercados da região de Gabú, explicou que nunca os seus associados recusaram mudar para o mercado novo (bairro de Algodão).

Revelou ainda aos repórteres vários aspectos que estiveram na origem da “não mudança” dos comerciantes para o novo mercado. Segundo ele, isso tem a ver com a privatização do referido mercado, à falta de segurança, o estado avançado de degradação das vias de acesso, falta de afluência dos clientes, entre outros.

“A privatização do mercado fez subir o preço de cedência dos cacifos aos comerciantes, na medida em que os preços variavam até 35 mil francos CFA por mês. O preço é muito elevado para nós, por isso é que a maioria prefere continuar neste mercado no centro da cidade e facilita a movimentação de pessoas”, contou.

Explicou ainda que as autoridades sectoriais tinham informado aos comerciantes que aqueles (comerciantes) que tiverem armazéns ou cacifos no antigo mercado não poderiam ter outro espaço no novo mercado.

“Disseram que quem tiver um espaço nesse mercado não pode ter no novo. Mas sabemos que alguém pode ter espaço no mercado que quiser, dependendo das suas possibilidades e cumprindo com as suas obrigações”, defendeu.

“Um comerciante pode ter espaço em qualquer mercado, tanto em Gabú, Bafatá, Bissau, até em Dakar”, observou.

Informou neste particular que o mercado em causa está situado muito longe e de difícil acesso para os clientes. Em sua opinião, o mercado deveria situar-se num sítio de fácil acesso, onde os compradores poderiam chegar com facilidade.

“O troço que liga o mercado ao resto da cidade encontra-se num estado muito avançado de degradação, é intransitável na época das chuvas. Não tinha segurança e verificavam-se várias situações de roubo. Agora está a ser construído um muro de vedação à volta através de cacifos e isso aumentou a segurança. Os comerciantes não precisam de um local bonito, como as outras instituições, mas sim de um local com movimentação e de fácil acesso para os clientes”, precisou.

Sobre a questão de segurança, afirmou que os comerciantes é que pagam ao pessoal da segurança contratados para o efeito, durante o período da noite. Explicado que os comerciantes que possuem cacifos no mercado pagam mensalmente uma soma de 1000 francos CFA, que é usada para pagar os ordenados aos seguranças.

Relativamente à situação da limpeza e de remoção do lixo, Cassamá assegurou que o mercado carece do serviço de limpeza, tendo acrescentado que a entidade responsável pela limpeza no sector não faz o seu trabalho regularmente. Por isso é que os próprios comerciantes são obrigados a limpar os respectivos espaços, diariamente.

Contou que a única coisa que a entidade encarregue deste serviço faz é a recolha de lixo deitado em determinados sítios ao longo do perímetro do mercado. Frisou que aquela entidade podia ajudar a tornar o mercado muito mais limpo e organizado, se cumprisse com os seus deveres.

Revelou por um lado que o mercado principal da cidade não tem água canalizada, razão pela qual o talho se encontra muito sujo e sem as mínimas condições de higiene, facto que constitui muita preocupação da sua parte tendo em conta os riscos de saúde que os consumidores correm.

Lamentou, por outro lado, a falta de frigoríficos para a conservação de peixe e carne que muitas vezes acabam por prejudicar as pessoas que vendem peixe e carne. No entanto, apelou às autoridades do país no sentido de disponibilizar equipamentos para a conservação do pescado e carne, com vista a ajudar os comerciantes a poderem produzir mais.

No concerne às instalações do matadouro que está muito degradado e sem nenhumas condições de higiene, o que na opinião de alguns consumidores interpelados, a única solução é encerrá-lo até que sejam criadas as condições normais para o seu funcionamento.

Sobre o assunto, Amadu Cassamá disse que a falta da água canalizada no matadouro e no mercado constituem o principal entrave para a higiene dos dois espaços.

Cassamá informou ainda que o mercado conta com duas casas de banhos, mas actualmente funciona apenas uma, que no seu entender, não é suficiente para a necessidade de todos os comerciantes e razão pela qual a maioria acaba por regressar até as suas casas se têm alguma necessidade.

Informou que o referido casa de banho está sob a gestão do comité do mercado, criado para o feito e encarregue de cobrar pessoas um valor de 25 francos CFA para o uso da casa de banho. Frisou ainda que as receitas provenientes das cobranças da utilização do mercado servem para a compra da água e alguns produtos de higiene para a sua limpeza e manutenção.

O comité de mercado tem representação de varias nacionalidades como mauritânianos, conakry-guineenses, malianos.

VENDEDORES DE PEIXE QUEIXAM-SE DA FALTA DE FRIGORÍFICO PARA A CONSERVAÇÃO DO PESCADO

Os vendedores de peixe do mercado principal da cidade queixam-se da falta de frigorífico para a conservação do pescado. Segundo os relatos dos vendedores, esta situação prejudica o negócio. Considerando que viajam até Bissau para comprar o pescado, se não o conseguem vender todo no mesmo dia e o que sobra estraga-se.

Joana Cabral, representante de mulheres vendedeiras de peixe no mercado principal, aponta muitas dificuldades que passam diariamente nas suas actividades.

“Saímos de Gabú para comprar peixe em Bissau e pagamos loto para a conservação do peixe. Depois pagamos o transporte do produto até Gabú. O preço é muito elevado. Se não conseguirmos vender todo o peixe no mesmo dia, o que fica estraga-se. Portanto, se assim for, perdemos o dinheiro investido. Pedimos às autoridades regionais e centrais que nos ajudem neste sentido”, observou a vendedeira.

Contou que decidiram ficar no mercado antigo porque não há movimentação no novo e que quando estavam lá não conseguiam vender os seus produtos.

“As vendedeiras do mercado necessitam de apoio para poderem desenvolver as suas actividades comerciais. Precisamos de apoios em crédito para podermos dar mais impulso ao volume dos nossos negócios”, realçou.

Meta Sane, que igualmente exerce actividade da venda de peixe no mesmo mercado, queixou-se da subida do preço do peixe nos grossistas. Segundo avançou aos repórteres, um cartão de 30 kg que custava 25 mil francos CFA passou para 30 à 33 mil francos CFA e o cartão de 25 kg que custava 19 mil francos CFA passou a custar agora 25 mil francos CFA.

UTENTES QUEIXAM-SE DA FALTA DE LIMPEZA E DE ESPAÇO NO MERCADO


Bobó Embaló, uma das vendedeiras que se senta ao lado de um monte do lixo na porta lateral do mercado, contou à nossa reportagem que a Câmara Municipal de Gabú passa dias e dias sem tirar o lixo daquela sítio onde vende legumes.

“Sento-me aqui no chão, tanto na época das chuvas como na época seca, mas sento-me praticamente no lixo, porque a Câmara não tira o lixo, mas cobra-nos todos os dias” sublinhou a retalhista, adiantando que quando não pagam, os fiscais da Câmara prendem-lhes os produtos.

Questionado porque não se mudou para o novo mercado, uma vez que não tem um espaço no antigo, Embaló apontou a falta de movimento e de clientes e a sua localização geográfica como motivos.

Celeste Koumbá é uma horticultora e vendedeira no mercado de Gabú que todos os dias tira legumes da sua horta para vender no mercado municipal.

Koumbá queixa-se da falta de espaço no mercado razão pela qual estende plásticos no chão para expor os seus produtos. “Não temos espaço para colocar os nossos produtos. Ficamos aqui no chão. Mas a Câmara cobra-nos. Às vezes expulsa-nos deste sítio” disse a vendedeira.

Sobre o novo mercado a horticultora assinalou que o volume de venda no mercado novo é muito reduzido pelo que não poderá cobrir as despesas dos estudos e de saúde das crianças e as da alimentação. Daí decidiu vender no mercado velho.

Convidado a falar dos métodos da conservação dos seus produtos, Koumba disse que não têm como conservá-los, por isso tira uma pequena parte para vender.

UTENTES DO NOVO MERCADO APONTAM FALTA DE SEGURANÇA COMO FACTOR DA NÃO OCUPAÇÃO DO MESMO


O representante do Comité do Novo Mercado de Gabú, Aladje Tcherno Djuma, apontou a falta de segurança e de energia eléctrica como factores da não aderência dos comerciantes aquele centro comercial, mas acredita que em breve os comerciantes da região aderirão ao mercado devido à vedação e a algumas construções em curso.

Este responsável avançou ainda que a administração já atribuiu terrenos aos comerciantes no perímetro do mercado e que estes já estão a construir cacifos. De acordo com ele, essas construções servirão de “muro de vedação” do mercado. No entanto, disse acreditar que com a vedação os comerciantes sentir-se-ão seguros.

Na visão do responsável, o novo mercado oferece melhores condições de higiene e infra-estruturais, e possui também água canalizada, o que permite que o talho esteja todos os dias limpo.

Em relação à instalação da corrente eléctrica, informou que os responsáveis do mercado e as autoridades regionais estão a estudar um mecanismo para pôr cobro à situação. Contou que na cidade há entidades privadas que fornecem energia eléctrica e que estão a negociar a possibilidade de tomar a corrente eléctrica a partir de uma delas.

Tcherno Djuma disse que o mercado possui uma casa de banho que oferece boas condições de higiene, mas também estão a pensar em aumentar mais casas de banho de acordo com as necessidades.

O responsável do Comité do Mercado reconheceu a falta de movimentação, situação que considerou como uma das dificuldades que atravessam de momento, mas segundo ele, tudo vai mudar em breve com as construções que estão em curso.

O comerciante mostrou-se optimista em relação à aderência dos citadinos da região, porque “são os próprios comerciantes que estão a construir os novos cacifos e acredito que esses não vão construir os seus empreendimentos e deixá-los vazios, sem ocupá-los”.

Badjé Baldé, vendedeira no mercado novo, considerou que a “não mudança” dos comerciantes deve-se as questões políticas, porque muitos administradores sentem medo de deslocar os comerciantes, devido as eventuais retaliações contra os seus partidos nas eleições.

“Não houve um administrador que consiga tirar os comerciantes do antigo mercado. Tudo foi misturado com questões políticas, para não serem retaliados nas eleições” notou, para de seguida informar que alguns vendem até na estrada. 

Por: Alcene Sidibé/Sene Camará
Enviados especiais à cidade de Gabú
OdemocrataGB

BOMBA: MUDANÇAS A VISTA NO PAIGC DSP CEDE LUGAR, PORQUE A TODO MOMENTO SERÁ PRESO, DEPENDENDO DO LEVANTAMENTO DA IMUNIDADE PARLAMENTAR

AUGUSTO OLIVAIS, SERÁ O PROXIMO PRESIDENTE DO PAIGC, GARANTIU FONTE PRÓXIMO DO GRUPO DE MILITANTES INCONFORMADOS COM A LIDERANCA FALHADA DO DSP.

INTERNAMENTE DSP ENFRENTA OS BAROES DO PAIGC PELA PERDA DE LIDERANCA, COM O FECHO DE MAIS DE METADE DAS SEDES REGIONAIS E SECTORIAS DO PARTIDO.

➧SOBRE DSP AINDA CORRE O RISCO DE SER PRESO POR INDICIOS DE CRIMES QUE LESAM A PATRIA.

Publicada por Ditadura do Progresso

«DIREÇÃO DA REPRESENTAÇÃO DO PARTIDO DA RENOVAVAÇÃO SOCIAL NO REINO UNIDO» NOTA À IMPRENSA



Novo Governo do Gana será composto por 110 ministros

Nana Akufo-Addo
Quando a maior parte dos países tenta reduzir o número de ministros dos seus Governo, o Gana avança no sentido inverso e bate o recorde no número de ministros da sua história política.

O novo presidente do Gana, Nana Akufo-Addo, anunciou que a sua equipa governamental será composta por vinte ministros regionais e suplentes, 40 ministros e 50 vice-ministros, num total de 110 responsáveis pelo novo executivo.

Para a oposição, este mega governo, com os salários dos ministros, veículos de função e outros benefícios, será um peso acrescido para as debilitadas finanças do país. Uma posição que não é partilhada por membros do novo governo que consideram que número de ministros não é exagerado, apesar do país estar endividado em cerca de 30 mil milhões dólares.

© e-Global Notícias em Português

Bruxelas pede a Brasil reunião de emergência sobre carne adulterada

A União Europeia pediu hoje ao Brasil uma reunião de emergência para as autoridades esclarecerem o caso de carne adulterada e que envolve a duas maiores exportadoras do país, disse o ministro da Agricultura brasileiro, Blairo Maggi.



Em declarações à rádio Globo, o ministro assinalou que o responsável pela Agricultura da União Europeia lhe telefonou e ambos devem reunir-se segunda-feira.

O Brasil, um dos maiores produtores de alimentos do mundo, foi abalado sexta-feira por uma operação policial que desmantelou uma máfia que adulterava carne e que envolve duas das maiores exportadoras do país, a JBS e a BRF, e que tinha ligações com pelo menos duas partes do Governo do Presidente Michel Temer.

O país é o maior exportador mundial de carne bovina e de frango e a União Europeia é o seu principal comprador.

"Este problema afeta e vai afetar-nos a todos. Não sei quais serão as consequências, mas vamos ter problemas e de trabalhar para os minimizar ao máximo. Temos um sistema robusto, rígido e que é validado pelos compradores internacionais, mas falha quando as pessoas se corrompem e é lamentável", disse o ministro.

O ministro esclareceu também que as "averiguações da polícia indicam que é um crime contra a população brasileira, que merece ser castigado com todo o rigor".

NAOM


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Empresa brasileira tentou exportar produtos com salmonela para a Europa


A empresa brasileira BRF tentou exportar produtos contaminados com a bactéria salmonela para a Europa, segundo conversas intercetadas no âmbito da operação "Carne Fraca" sobre a venda ilegal de carne, divulgaram hoje as autoridades judiciais.

Segundo informações do delegado Maurício Moscardi Grillo, da Polícia Federal, um alto funcionário da BRF foi gravado a tentar libe contentores de produtos contaminados que foram barrados em Itália.

"Um alto executivo desta companhia [BRF], inconformado com a fiscalização em sete contentores que aparentemente tinham produtos com salmonela, que estavam a ser enviados para Itália e Espanha, tentou desviar este carregamento para o porto de Roterdão, na Holanda, porque estava a ter dificuldade em entrar com esta mercadoria contaminada na Europa", contou o delegado, em conferência de imprensa sobre a operação "Carne Fraca".

Segundo a mesma fonte, a bactéria salmonela foi identificada nos contentores da BRF, mas a fábrica da empresa de onde as carnes exportadas eram oriundas continuou a funcionar normalmente por interferência de fiscais do Ministério da Agricultura, que recebiam 'luvas' para proteger a empresa.

Numa conversa gravada pela polícia brasileira, um diretor da BRF chamado André Baldissera e um interlocutor não identificado falam sobre infrações repetitivas identificadas pela fiscalização italiana, que poderiam suspender as exportações do grupo para a Europa.

Hoje de manhã, a polícia federal do Brasil deu início à operação "Carne Fraca" para recolher provas contra uma organização criminosa liderada por fiscais, executivos e intermediários que estariam a vender carne ilegal e até mesmo produtos estragados no país e para o exterior.

Segundo as investigações, os agentes públicos, utilizando-se do poder de fiscalização do cargo, recebiam 'luvas' para facilitar a produção de alimentos adulterados, emitindo certificados sanitários sem qualquer fiscalização efetiva.

Aproximadamente 1.100 policiais federais cumpriram 309 mandados judiciais, sendo 27 de prisão preventiva (sem tempo para a libertação do acusado), 11 de prisão temporária, 77 de condução coercitiva (quando o acusado é preso e obrigado a depor para depois ser libertado) e 194 de busca e apreensão em residências e locais de trabalho dos investigados e em empresas alegadamente ligadas ao suposto grupo criminoso

NAOM

sexta-feira, 17 de março de 2017

Trump recusa aperto de mão a Merkel em frente às câmaras?


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, terá aparentemente recusado apertar a mão à chanceler alemã Angela Merkel, em frente às câmaras, durante o encontro na Casa Branca.

A imprensa internacional, nomeadamente o jornal Independent, afirmam que Donald Trump não aceitou cumprimentar a chancelar diante das câmaras de televisão.

Nas imagens, é possível ver que o presidente dos EUA ignora Merkel que prossegue com um sorriso.

Angela Merkel e Donald Trump, recorde-se, estão hoje reunidos em Washington, naquele que é o primeiro contacto.

O encontro surge num momento de alívio para a Europa, com a derrota da extrema-direita holandesa.

A líder da Alemanha - a maior economia da Zona Euro - chegou à reunião com Trump com a ideia de realçar o peso que a economia alemã tem para os Estados Unidos.No plano internacional, em cima da mesa poderá estar a guerra na Síria e o conflito na Ucrânia - incluindo as sanções contra a Rússia por causa da anexação da Crimeia - bem como a instabilidade na Líbia e a situação no Médio Oriente.

NAOM