© Lusa
Notícias ao Minuto 29/10/23
O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, mostrou-se hoje alarmado com a situação "cada vez mais desesperada" na Faixa de Gaza, lamentando que Israel tenha "intensificado as suas operações militares" na região.
"A situação em Gaza está a tornar-se mais desesperada a cada hora que passa. Lamento que, em vez de uma pausa humanitária extremamente necessária, apoiada pela comunidade internacional, Israel tenha intensificado as suas operações militares", disse Guterres durante uma visita a Katmandu, a capital do Nepal.
Guterres descreveu como "totalmente inaceitável" o número de civis mortos e feridos na guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas.
Reiterando o seu apelo a um "cessar-fogo humanitário imediato" na Faixa de Gaza, o secretário-geral da ONU apelou "à entrega de ajuda humanitária sustentada numa escala que satisfaça as necessidades da população" do território palestiniano.
"O mundo está a testemunhar uma catástrofe humanitária que se desenrola diante dos nossos olhos", afirmou António Guterres.
"Mais de dois milhões de pessoas, que não têm para onde ir em segurança, são privadas dos bens básicos da vida -- comida, água, abrigo e cuidados médicos -- enquanto são sujeitas a bombardeamentos implacáveis", acrescentou o secretário-geral das Nações Unidas.
O grupo islamita Hamas desencadeou em 07 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, matando mais de 1.400 israelitas, sobretudo civis, e sequestrando mais de 200.
Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
O conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.
Dez nepaleses já morreram na guerra entre Israel e o Hamas e um décimo primeiro foi dado como desaparecido.