O DEMOCRATA 14/01/2024 A Seleção Nacional de Futebol da Guiné-Bissau perdeu frente a sua congénere da Costa do Marfim por 2 a 0, em partida da abertura da 34ª edição da Copa Africana das Nações, CAN’2023, a decorrer na Costa do Marfim.
Os “Djurtus”, que participam pela quarta vez consecutiva continua sem ver na maior competição de futebol em África, organizada pela Confederação Africana de Futebol (CAF).
Em 10 partidas realizadas no CAN até agora, desde a sua primeira participação em 2017, no Gabão, onde também jogou a partida de abertura do torneio. Em partidas que disputou no CAN, a Guiné-Bissau perdeu 7 e empatou 3.
A Guiné-Bissau continua a ter enormes dificuldades para conseguir alcançar a primeira vitória nesta competição, uma vez que continua a ser uma seleção inexperiente nestas andanças do futebol internacional.
Em partida realizada na capital marfinense na presença do Presidente da República, Umaro Sissoco Embalo, os pupilos de Baciro Candé entraram mal e logo sofreram um golo no inicio do jogo.
Na sequência de um erro do defesa direito da seleção nacional, Jefferson Encada, a seleção da Costa do Marfim aproveitou a ocasião para abrir o marcador por intermédio de Seko Fofana, médio centro marfinense que joga na Al Nassr da Arábia Saudita.
A seleção da Costa do Marfim, mostrou a sua superioridade durante os 90 minutos regulamentares, controlando por completo a posse de bola perante uma seleção da Guiné-Bissau que acusou enormes dificuldades.
Apesar da grande exibição de Alfa Semedo, jogador que fez a formação na Academia Fidjus di Bideras e noBenfica de Portugal, a seleção da Guiné-Bissau conseguiu criar jogadas perfeitas para fazer golo.
Após 15 minutos da partida, os pupilos de Baciro Candé tentaram igualar o resultado na sequência de um belo cruzamento de Fali Candé na esquerda, mas o avançado da Guiné-Bissau Mama Baldé, não soube aproveitar a oportunidade.
Para além do controlo da posse de bola, a seleção marfinense bloqueou completamente o ataque da seleção nacional, composta por Mama Baldé, Mauro Teixeira e Carlos Mané. O guardião adversário foi quase um espectador na partida.
Aos 33 minutos da primeira parte, Fofana teve a oportunidade para fazer dois a zero, mas a bola não entrou devido a uma enorme defesa do guarda-redes da Guiné-Bissau, Djoco.
Já na segunda parte, a seleção nacional tentou equilibrar o jogo nos primeiros 10 minutos, mas sem sucesso, porque vários jogadores acusavam cansaço, principalmente Jefferson Encada, Carlos Mané e Morreto Cassamá.
A Guiné-Bissau tentou criar alguns lances, mas a seleção da Costa do Marfim fez o seu segundo golo por intermédio de Jean-Philippe Krasso aos 58minutos.
Na sequência de dois golos sofridos, a equipa técnica da Guiné-Bissau fez várias alterações e aos 73 minutos o jovem avançado nacional, Franculino Dju fez um grande remate para uma grande defesa do guardião marfinense.
Na parte final do desafio Mama Baldé e Alfa Semedo fizeram várias arrancadas, mas sem sucesso e o resultado terminou com a vitória da seleção da Costa do Marfim por 2 a 0.
Em termos da exibição no jogo, a secção do Jornal O Democrata destaca Jérémie Boga, Ibrahim Sangaré, SekoFofana, Alfa Semedo, Mama Baldé e Jânio Bikel.
No final do jogo, os adeptos estrevistados pelo ODemocrata mostraram confiança que a Guiné-Bissau vai conseguir o apuramento para a fase seguinte. Apesar deste otimismo vários adeptos criticaram as opções do selecionador nacional, Baciro Candé.
A partida ficou marcada com a estreia de vários jogadores da Guiné-Bissau no CAN, nomeadamente Carlos Mané, Zé Turbo, Franculino Djú, Carlos Mendes Gomes, Jânio Bikel, Dálcio Gomes, Edgar Ié, Nito Gomes e OuparineDjoco.
Salienta-se que desde 2017 que a Seleção Nacional de Futebol tem participado no CAN, mas nunca conseguiu apurar-se para a fase seguinte da prova, tendo no total três empates e sete derrotas. Além disso, a Guiné-Bissau até agora não conseguiu somar qualquer vitória nas fases finais do CAN.
O guardião Jonas Mendes é o único jogador que esteve em todas as edições do CAN, em que a Guiné-Bissau participou, Mendes esteve no CAN de 2017 no Gabão, no Egito em 2019, nos Camarões em 2021 e agora está na Costa do Marfim.
A Guiné-Bissau e a Costa do Marfim estão no grupo A, que inclui ainda a Nigéria e a Guiné Equatorial.
A primeira jornada prossegue hoje com o jogo entre a Nigéria e a Guiné-Equatorial.
Os dois primeiros classificados de cada um dos seis grupos qualificam-se para os oitavos de final, bem como os quatro melhores terceiros.
No último torneio, em 2021, os guineenses foram últimos do seu grupo, atrás da Nigéria, do Egito e do Sudão.
A fase final do CAN-2023 decorre de 13 de janeiro a 11 de fevereiro de 2024.
Por: Alison Cabral