domingo, 24 de março de 2019

FORÇA DE DJURTUS: BRAIMA CAMARÁ & DOMINGOS SIMÕES PEREIRA









Fotos: Mustafa Cassamá

Braima Darame

CAN 2019: Guiné-Bissau apurou-se, Moçambique eliminado

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Guiné-Bissau apurou-se para o Campeonato Africano das Nações de 2019, que vai decorrer no Egipto, acabando no primeiro lugar no Grupo K, após o empate a duas bolas frente aos Mambas. Moçambique ficou de fora do CAN 2019 por causa da diferença particular com a Namíbia, que segue para a fase final.

No Grupo K, uma selecção lusófona apurou-se para o CAN, os Djurtus. A Guiné-Bissau empatou, em Bissau, a duas bolas frente a Moçambique.

Os guineenses estiveram na frente, a vencer por 1-0, depois foi a reviravolta dos moçambicanos que venciam por 1-2 à entrada para o minuto 90, no entanto os Djurtus não queriam ser derrotados em casa e empataram já no tempo adicional.


A Guiné-Bissau terminou no primeiro lugar com 9 pontos, à frente da Namíbia com 8 pontos, e de Moçambique, também com 8 pontos, no entanto os moçambicanos acabam no terceiro lugar visto que nos confrontos directos os namibianos venceram por 1-0 em casa e por 1-2 fora.

De notar que no outro jogo do grupo, a Namíbia perdeu por 4-1 na deslocação ao terreno da Zâmbia, que terminou no último lugar com sete pontos.

Cabo Verde sonha, Angola apurada

No Grupo L, Cabo Verde ocupa o último lugar com quatro pontos, mas ainda pode alcançar o apuramento caso vença o Lesoto, segundo classificado com cinco, e que a Tanzânia, que está na terceira posição com cinco pontos também, não vença o Uganda, líder e apurado com 13 unidades.

Cabo Verde recebe o Lesoto no domingo 24 de Março no Estádio Nacional na Cidade da Praia.

A Selecção angolana de futebol alcançou o apuramento para o CAN de 2019, terminando no primeiro lugar no Grupo I com 12 pontos, isto após o triunfo por 0-1 na deslocação ao Botsuana com o único tento a ser apontado pelo avançado Wilson Eduardo, que se estreou com a camisola dos Palancas Negras, ele que joga em Portugal no Sporting de Braga.

No segundo lugar ficou a Mauritânia, comandada pelo treinador luso-francês Corentin Martins, igualmente com 12 pontos, apesar da derrota por 1-0 na deslocação ao terreno do Burkina Faso, comandado pelo técnico português Paulo Duarte.

O Burkina Faso acabou na terceira posição com 10 pontos, enquanto o Botsuana terminou no último lugar do grupo com apenas um ponto.

Selecionador diz que Guiné-Bissau está de parabéns e que jogadores quiseram vencer


O treinador de futebol da seleção da Guiné-Bissau, Baciro Cande, disse hoje que o país está de parabéns e felicitou os jogadores guineenses, salientando que a qualificação para a Taça das Nações Africanas (CAN2019) é "obra deles".


A seleção da Guiné-Bissau qualificou-se hoje, pela segunda vez, para a CAN, depois de empatar em casa, no Estádio 24 de Setembro, 2-2 com a seleção moçambicana, na última jornada do grupo K da fase de apuramento.

Zezinho Djafal Lopes, disse hoje que quem saiu vencedor foi a Guiné-Bissau a nossa pátria.


A seleção da Guiné-Bissau qualificou-se hoje, pela segunda vez, para a CAN, depois de empatar em casa, no Estádio 24 de Setembro, 2-2 com a seleção moçambicana, na última jornada do grupo K da fase de apuramento.


                                          
RFI / DW Português para ÁfricaBraima Darame

sábado, 23 de março de 2019

Refugiado nigeriano de oito anos é agora o novo campeão de xadrez de Nova Iorque

Tani é o mais recente campeão de xadrez escolar, para a sua idade, de Nova Iorque. Fugiu com os pais ao Boko Haram e chegou a morar nas ruas de Nova Iorque. O xadrez abriu-lhe portas.


Contra todas as probabilidades, Tanitoluwa Adewumi, ou Tani como prefere ser chamado, um jovem refugiado nigeriano que chegou a viver com a família nas ruas de Nova Iorque, tornou-se na passada semana, aos oito anos, o mais recente campeão de xadrez escolar de Nova Iorque. O feito é ainda mais impressionante pois Tani só aprendeu a jogar xadrez há um ano, quando chegou aos Estados Unidos.

Foram os ataques do grupo terrorista Boko Haram contra cristãos, que obrigaram Tani e a sua família a fugir do norte da Nigéria em 2017, disse o seu pai, Kayode Adewumi, à CNN.


Tani, os pais e o seu irmão mais velho chegaram a Nova Iorque há pouco mais de um ano e foram ajudados por um padre que os levou para uma casa de apoio a sem-abrigo. Pouco depois, o jovem de oito anos passou a frequentar uma escola em Manhattan, onde foi recrutado por Shawn Martinez para a equipa de xadrez. Aprendeu rapidamente. "É mais do que talento o que levou Tani à vitória sobre os seus colegas, é a sua dedicação. A maioria das crianças faz entre 50 e 100 quebra-cabeças por semana. Tani gosta de fazer 500", sublinhou Martinez.

Tani disse ao NY Times que aspirava ser o grande mestre de xadrez mais novo do mundo. "É um exemplo inspirador de como os desafios da vida não definem uma pessoa," disse a diretora da escola, Jane Hsu.

A mãe de Tani, Oluwatoyin Adewumi, não sabe jogar xadrez mas leva-o todos os sábados a uma sessão de treinos livres de três horas em Harlem e apoia-o nos torneios. O pai deixa-o usar o seu computador portátil todas as noites para praticar. E mesmo que a religião seja extremamente importante para a família, os pais deixam Tani faltar à missa quando precisa de participar num torneio, segundo o New York Times.

"Estamos muito felizes," assegurou o pai, acrescentando que agora Tani tem ainda "tem muitas competições pela frente". Para já, a GoFundMe angariou mais de 166 mil euros em apenas quatro dias para ajudar Tani e a sua família.

A família Adewumi já não é sem abrigo. Depois da vitória de Tani, foi-lhes oferecido um apartamento, segundo Russell Makofsky, responsável pelo programa de xadrez na escola.

A vitória de Tani foi celebrada no mundo inteiro. "Os refugiados enriquecem a nossa nação e o talento é universal, mesmo que a oportunidade não seja", escreveu Bill Clinton, ex-presidente dos Estados Unidos, nas redes sociais.

“Refugees enrich our nation and talent is universal, even if opportunity is not.”

This story made me smile. Tanitoluwa, you exemplify a winning spirit – in chess and in life. And kudos to your hardworking parents. You all should stop by my office in Harlem; I'd love to meet you.

Já o presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, não reconheceu o feito do jovem Tanitoluwa Adewumi.




DN.PT

Se tudo correr como previsto, o tratamento de hemodiálise pode iniciar ainda este ano no país


O Primeiro-ministro Aristides Gomes entregou hoje um cheque 10 milhões de francos a Clinica Madrugada CFA correspondente a primeira tranche de acordo de parceria visando a criação de um serviço de hemodiálise no Hospital Nacional Simões Mendes assegurado pelos equipamentos e pessoal medico daquele estabelecimento hospitalar privado. 

No âmbito desta parceria, o Governo disponibilizará anualmente o montante de 120 milhões de Francos CFA para criação deste serviço que tem constituído custos elevados no orçamento em materiai de encargos de saúde. 


Um pre-acordo desta importante parceria foi assinado durante a recente visita do Primeiro-ministro guineense a Itália tendo sido confirmado hoje a margem da visita do Chefe do Governo as instalações da Clinica Madrugada.

A criação de um serviço de hemodiálise no principal hospital do país será o primeiro na história após várias tentativas sem sucesso. 

Aristides Gomes esteve acompanhado nesta visita a Clinica Madrugada por 2 dos seus conselheiros: Mussa Bari para a area económica e Muniro Conte para a area da Comunicação Social.








Aliu Cande

sexta-feira, 22 de março de 2019

Militares têm ordens para disparar nas manifestações em França

Ministro do Interior, Christophe Castaner, no conselho de crise com o Presidente Macron, após violência nos Campos Elísios.  Christophe Petit Tesson/Pool via REUTERS

Na véspera de mais um sábado de manifestações de coletes amarelos em França, nova disfunção entre o governo, oposição, polícia e militares, após o ministro do Interior, ter anunciado que militares vão trabalhar com a polícia de ordem pública. Do seu lado, o governador militar de Paris, afirmou hoje que os militares estão autorizados a disparar se forem atacados.

A contribuição do exército francês durante as manifestações de amanhã dos coletes amarelos está a suscitar indignação entre partidos da oposição e associações dos direitos humanos.

É que hoje veio o governador militar de Paris, Bruno Leray, evocar a possibilidade dos soldados disparar ou  "abrir fogo" durante as manifestações de amanhã.

"As ordens dadas são extremamente precisas. Os soldados dispõem de diferentes meios de acção frente a qualquer ameaça; meios que podem ir até à abertura de fogo. Os soldados podem responder de maneira proporcionada", sublinhou o governador-general. 

Isto depois do governo, através do seu Ministro do Interior, Castaner, ter anunciado ontem a mobilização de militares da operação anti-terrorista Sentinela, ao lado da polícia de ordem pública e segurança, durante as manifestações.

Sem dizer, que o governo, já tinha proíbido manifestações nos Campos Elísios e nos principais bairros de Paris, em torno de instituições da República, para não se repetir a violência de extremistas, sobretudo, dos Black Blocs, da extrema esquerda, no sábado passado na bela avenida da capital francesa. 

Na oposição, o deputado dos Republicanos, Eric Ciotti, reagiu, dizendo: "em 2017 Emmanuel Macron prometia apaziguar a França, mas em 2019, ele mobiliza a força Sentinela, sem advertir o chefe do Estado Maior dos Exércitos, e deixa entender que os militares poderão disparar contra manifestantes.

Enfim, o líder da França Insubmissa e antigo candidato presidencial, Jean-Luc Mélenchon, pediu hoje  "solenemente", ao primeiro-ministro, Edouard Philippe, para comparecer perante o Parlamento e explicar à nação o porquê desta "declaração de mobilização militar tão aventureira como perigosa".

De recordar, que a França, foi criticada pelo Conselho dos direitos da ONU e pelo Conselho da Europa, guardião das liberdades dos países membros, por causa da violência durante as manifestações, sobretudo, da violência da polícia.  

Esperemos para ver como vai ser o dia de amanhã nas manifestações dos coletes amarelos em toda a França.

pt.rfi.fr

Little King


"RAMOS DO MESMO TRONCO"


Numa altura em que a proclamação da força da nossa União foi posta em causa e de que maneira, por interesses mesquinhos alheios aos de um povo;

Numa altura em que os valores que nortearam a criação da nossa nação são constantemente desrespeitados, com apelos à violência a surgirem a cada dia que passa. Valores e ideais que custaram sangue e suor aos nossos valentes irmãos guineenses;

Numa altura em que o futuro do país está fortemente comprometido e a pobreza a ceifar vidas no seio da população, que não tem outra alternativa, sem outro tecto, sem plano B, e começa a dar sinais de desespero;

Eis que surge no meio de tamanha confusão e desespero um verdadeiro factor de União e Coesão Nacionais - a selecção nacional de futebol.

No meio de toda essa trapalhada situação política, os Djurtus, mais uma vez, irão proporcionar aos guineenses, neste sábado dia 23, uma oportunidade de reafirmamos que a força da nossa União é mais forte e coesa do que qualquer partido político, grupos étnicos, religião ou facções.

Eu, sou do Sporting, tu és do Benfica, ele é do Porto e eles ali são do Barcelona, Real, Liverpool ou Manchester United, mas todos nós respondemos pela mesma bandeira que está a flutuar nos céus e nos nossos corações. Ou seja todos nós somos Djurtus. Somos uma equipa e uma nação.

Não importa o resultado do jogo. Não importa, por agora, se vão jogar bem ou mal, importa, sim, essa força de unidade nacional que a selecção transmite e proporciona. Mais do que um resultado desportivo está um país Unido à volta da causa nacional.

Devemos aproveitar o vento da União que a selecção leva consigo à Guiné-Bissau para juntarmos as mãos e elevar o nível de vida dos mais carenciados e, consequentemente, desenvolver projectos que venham mudar de forma concreta a vida dos guineenses. Devemos aproveitar esse legado deixado pelos jogadores da selecção para colocar de lado as nossas ambições pessoais e colocar a Guiné-Bissau acima de tudo. Primeiro, segundo e terceiro. Quiçá, só assim, seremos os “suíços de Africa” como outrora éramos apelidados.

Todos os sonhos são possíveis até que "Djurtus" seja campeão!





 










Texto: BRAIMA DARAME
FOTOS: ALBANO BARAI

Braima Darame

Condecorar polícia envolvida na maior apreensão de droga na Guiné-Bissau

Em Conselho de Ministros, o Governo decide condecorar a Polícia Judiciária e os Serviços Secretos Francês e Inglês pela histórica operação de apreensão de 800 kg de cocaína pura, e encoraja a prosseguir de forma implacável, o combate ao tráfico de droga no país.





Aliu Cande

MADEM-G15 CONSIDERA FRÁGIL O ACORDO DE INCIDÊNCIA PARLAMENTAR RUBRICADO ENTRE QUATROS PARTIDOS GUINEENSES

O segundo vice-coordenador do Movimento para a Alternância Democrática da Guiné-Bissau (MADEM- G15), considera de frágil o acordo de incidência parlamentar rubricado entre quatros partidos políticos da Guiné-Bissau para obterem maioria no parlamento.

A posição de Umaro Sissoco Embaló, foi transmitida à imprensa esta sexta-feira, 22 de março de 2019, no aeroporto internacional “Osvaldo Vieira”, em Bissau, de regresso do Senegal, no qual diz respeito ao entendimento alcançado, mas fez lembrar que é importante incluir os restantes partidos que participaram nas legislativas de 10 março último.

“A maior arma de um homem é saber ouvir os outros nas suas divergências e ideias, porque se fosse o MADEM que ganhou as eleições legislativas mesmo com 70%, convocaria os restantes partidos na busca de solução viável para a Guiné-Bissau”, argumentou Sissoco Embaló.

Aos jornalistas, Embaló, que foi primeiro-ministro guineense, afirmou que os resultados das eleições legislativas demonstram claramente que é fundamental os esforços de todos atores na busca de solução para crise política do país.

O acordo assinado entre o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), a Assembleia do Povo Unido (APU-PDGB), a União para a Mudança (UM) e o Partido Nova Democracia (PND), prevê entre outros, o estabelecimento de um acordo de incidência parlamentar para a estabilidade governativa, entendimento e no consenso Assembleia Nacional Popular, em torno das grandes reformas políticas nos próximos quatros anos.

Perante este cenário, o antigo governante revela que o seu partido vai estar no parlamento para fazer uma oposição séria, embora tenha disponibilidade para aprovar qualquer programa sustentável para a Guiné-Bissau.

Questionado pela imprensa sobre uma possível candidatura as presidenciais, Embaló, voltou a admitir esta possibilidade, contudo frisou que não confirma nada, mas também não desmente.

O acordo prevê igualmente a formação de um Governo inclusivo que reflita o presente entendimento entre as partes, mas também permitir fazer reformas politicas e institucionais ao normal funcionamento do Estado de Direito Democrático.

Segundo os resultados definitivos das eleições legislativas de 10 de março na Guiné-Bissau, divulgados na sexta-feira pela Comissão Nacional de Eleições, o PAIGC obteve 47 deputados, o Movimento para a Alternância Democrática (MADEM-G15) 27, o Partido de Renovação Social (PRS) 21, a APU-PDGB cinco e a UM e o PND elegeram um deputado, cada um.   

Por: Alison Cabral

radiojovem.info

Campanha de caju 2019 - ANAG pede calma aos associados

Bissau, 22 mar 19 (ANG) – O Presidente da Associação Nacional dos Agricultores da Guiné (ANAG), pediu calma aos agricultores, devido aquilo que chama de desinformação ou seja uma “exposição de má-fé”, referente ao  anúncio do boicote da presente campanha de comercialização da castanha de caju pela Associação dos Importadores e Exportadores da Guiné-Bissau.

Jaime Boles Gomes que falava hoje em exclusivo à Agência de Notícias da Guiné (ANG) sobre as perspectivas da presente campanha, afirmou que o desvio do dinheiro do Fundo Nacional de  Promoção Industrial (FUNPI) não pode por em causa a quotização de 20 francos por cada quilo de castanha a exportar, proposta pela Agência Nacional de Cajú da Guiné-Bissau (ANCA-GB).

Por isso, Jaime Boles Gomes considera de má-fé o boicote da campanha, porque esta organização tem o seu representante ou seja faz parte do Conselho Geral da ANCA-GB.

Boles  acrescentando que, se há problema, deve ser tratado numa das reuniões do referido Conselho e não anunciar o boicote de forma unilateral.      

O líder da Associação dos agricultores avisou que, quem não quer participar no actual processo de comercialização de caju que deixe, salientando que qualquer interveniente na fileira de cajú tem que contribuir com o referido 20 francos para permitir a implementação do plano de investimento apresentado pela ANCA-GB.

O Presidente da ANAG garantiu que a presente campanha será melhor em relação a do ano passado.

Quanto ao Relatório de Contas da Agência Nacional de Caju (ANCA) cuja apresentação é exigida pela  Associação dos Importadores e Exportadores , revelou que o referido documento chegou de ser apresentado pela primeira direcção daquela instituição, frisando que até fora apresentado um  Plano de Investimento, no qual a ANAG devia beneficiar de cerca 2.000 bolsas de formações para os seus associados.

“O desenvolvimento de qualquer actividade não depende dos homens, mas sim da sua capacidade intelectual científica e financeira, porque não podemos ter a castanha de caju há muito tempo como um produto estratégico ou seja o ouro mas não beneficia os agricultores”, disse.

Jaime Boles Gomes considerou de grave o comportamento dos guineenses em pretender apenas ganhar dinheiro na fileira de caju, sem nunca investir um tostão nela.

Falou da necessidade do envolvimento de todos para melhorar as plantações de caju que, no momento, estão a ser atacadas por pragas, acrescentando que essa situação já desperta interesse de muita gente e sobretudo dos políticos.

O presidente da ANAG abordou a necessidade de sensibilizar os produtores sobre  como devem preservar o meio ambiente, reduzindo hectares de plantação de caju.

Apela aos agricultores para não receberem um quilo de arroz em troca de dois quilos de caju, adiantando que devem esperar pelo anúncio oficial do preço e o acordo deve ser alterado em conformidade com o valor indicado pelo governo.

A castanha de caju é o principal produto de exportação da Guiné-Bissau.

ANG/LPG/AC//SG

Deputados da décima legislatura tomam posse a 18 de Abril, noticia a Rádio Nacional,

Noticiou hoje a Rádio Nacional citando o Presidente da Comissão Nacional das Eleições-CNE, JOSÉ PEDRO SAMBÚ à saída de um encontro com o Presidente cessante da Assembleia Nacional Popular-ANP, CIPRIANO CASSAMA, dando conta de reuniões de concertação para a tomada de posse de Novo Parlamento já no dia 18 de Abril.


Aliu Cande

Médicos portugueses usam lanterna do telemóvel em operação na Guiné


Estavam em plena cirurgia a uma hérnia inguinal quando falhou a energia elétrica. O resto da operação teve de ser feita com recurso aos telemóveis dos médicos e enfermeiros, para iluminar a sala, e a baterias, para alimentar alguns equipamentos. Mesmo assim, correu bem.

Esta foi uma das muitas peripécias vividas pelos onze profissionais de saúde dos hospitais de Aveiro e de Famalicão que acabam de regressar da missão humanitária "Rumo à Guiné". Ao longo de duas semanas realizaram 140 cirurgias gerais e de ortopedia (várias dezenas das quais a crianças) e centenas de consultas, no Simão Mendes, o maior hospital da Guiné-Bissau.

VIERAM DE TODO O PAÍS

Entre os doentes estavam "pessoas à espera há mais de um ano" para corrigir artroses do fémur ou úmero e doentes internados há meses. Um deles aguardava há três meses para tratar fraturas do fémur e antebraço e "estava para ser enviado para Portugal", conta a ortopedista Suzana Valente. Os médicos e enfermeiros ficaram num hotel a poucos metros do hospital e trabalharam "10 a 12 horas por dia", a operar e a dar formação, conta o anestesista Nuno Fernandes.

Quando souberam da missão, as pessoas "saíram de vários pontos do país" para pedir ajuda, frisa José Manuel In-Uba, o médico guineense que trabalha no hospital de Aveiro, mas não esqueceu a terra natal. Foi ele que lançou o repto aos colegas portugueses e que levou a esta missão.

Alguns dos doentes "saíram de aldeias e perderam-se na cidade, sem conseguir encontrar o hospital", referiu um elemento da missão ao JN. Outros não puderam ser atendidos. "Ficou muito por fazer", desabafa o enfermeiro José Sousa.


O último dia foi abalado pelo choque entre um camião e um autocarro. Doze morreram. Duas dezenas de vítimas foram assistidas.

Acreditam que os ensinamentos que deixaram, na área da higienização, controlo de infeção e técnicas médicas são "sementes" que ajudarão os médicos guineenses a "atuar em situações mais complexas", diz Suzana Valente. Mas agora querem ajudar essas sementes a germinar e, por isso, para além de se irem inteirando do estado dos doentes que trataram, muitos já começam a sonhar com novas ações. Que ajudem os doentes queimados, que "chocaram" José, e os meninos com pés deformados, que comoveram Suzana. E que deem novo alento aos profissionais de saúde com "vontade de aprender" que surpreenderam Nuno. E porque já têm uma "ligação umbilical", como lhe chamou Sousa, ao povo da Guiné.

jn.pt